Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf ·...

96

Transcript of Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf ·...

Page 1: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para
Page 2: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulga EscritorRevista Literária da Lusofonia

Ano I INº 08ago/set 2014

Publicação:Bimestral

Editora Responsável: Shirley M. CavalcanteDRT: 2664

Projeto gráfico: EstampaPB

Diagramação: Ilka Cristina N. Silva

Para Anunciar:[email protected] – 83 – 9121-4094

Para ler edições anterioresacesse www.divulgaescritor.com

Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor.

EntrevistaMatéria exclusiva com a ativista cultural Mirian Menezes....................................06

BrasilEntrevista escritor Andrei Medalha .......................................................................14Entrevista escritora Carmen Jacques Larroza .........................................................19Entrevista escritora Cristina Loddi.........................................................................25Entrevista escritora Francisca Vânia Rocha............................................................33Entrevista escritor Gilmar de Souza Queiroz .........................................................36Entrevista escritor Giuliano Filippi.........................................................................40Entrevista escritor Júnior Pereira............................................................................44Entrevista escritor Maurício Gohmes.....................................................................49 Entrevista escritora Mylena Araújo.........................................................................54Entrevista escritor Sandro Cuesta...........................................................................59Entrevista escritor Tarciso Filgueiras......................................................................64

PortugalEntrevista escritor José Lopes da Nave..................................................................71Entrevista escritor Alvaro Giesta............................................................................76

ColunasA Vida em Partes – Francisco Mellão Laraya.........................................................13Mercado Literário – Leo Vieira...............................................................................18Entre Ideias&Atos – Patrícia Dantas.......................................................................23Vício de Viagens – Adriana Gomes de Farias..........................................................42Panorama Cultural – Ana Stoppa............................................................................52Na Boca do Povo com Ruby Redstone.....................................................................63Solar de Poetas – José Sepúlveda............................................................................73

Participação especial Escritora/Palestrante Fabiana Barbosa....................................................................29Escritora Lígia Beltrão............................................................................................39Escritora Rô Mierling.............................................................................................47Escritora Bernadete Bruto.......................................................................................56Escritora Cassiane Santos.......................................................................................67Homenagem do jurista nobiliário Dr. Mário de Méroe a S.A.I. Príncipe Alexander Comnène Palaiologo Maia Cruz..............................................82

Momentos de poesiaEduardo Garcia.......................................................................................................90Helena Santos.........................................................................................................91Maurício Duarte......................................................................................................92Regina Alonso..........................................................................................................93Paulina Rodrigues....................................................................................................94

Page 3: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

é jornalista, radialista, editora, autora do livro: Manual Estratégico de Comunicação Empresarial/Organizacional, administradora do projeto Divulga Escritor, assessora e consultora de Comunicação Empresarial, diretora executiva da SMC Comunicação Humana.

Que maravilha, chegamos agosto, o mês da 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, maior evento literário do mundo.Mês em que irei ser emposada como Acadêmica Imortal do Coninter – Conselho Internacional de Acadêmicos de Ciência, Letras e Artes.Mês em que eu irei receber o meu certificado como Acadêmica Correspondente da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba Grande.Mês de muita alegria e realizações.Estamos na 8 Edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, felizes com a conquista do seu ISSN.

Muito obrigada a cada um pelo apoio e incentivo ao projeto.

Aproveitem a leitura, compartilhem, o compartilhamento é importante para que mais pessoas possam conhecer e prestigiar o projeto que hoje caminha sem patrocínio público ou privado.

Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para todo o mundo.

Boa Leitura!

Shirley M. Cavalcante

www.divulgaescritor.com

Matéria exclusiva com a ati-vista cultural Mirian Menezes

Page 4: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Divulgue o seu livro, artigos científicos, textos literários, sua empresa... na Divulga Escritor:

Revista Literária da Lusofonia.

Há um ano divulgando Literatura!

Contato [email protected]

Page 5: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para
Page 6: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

6 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Matéria exclusiva com a ativista cultural Mirian Menezes

Mirian Menezes de Oliveira, Nascida em Guaratinguetá-SP, residente em São José dos Campos-SP, lançou, em 2011, o livro de poesias “O cientista e a poeta”, pela Editora TRIOM, com patrocínio do CETRANS (CENTRO DE TRANSDISCIPLINARIDADE). Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação – UBC – Mogi das Cruzes – SP, Mirian tem se destacado no universo literário, não só por suas publicações em territórios: brasileiro e estrangeiro, mas pela articulação com o Universo das Artes e da Cultura. Além de sua participação já garantida na 24ª Bienal Internacional do Livro, em que terá livros, catálogos e materiais de divulgação de suas obras, disponíveis em stands; promoverá uma Coletiva de Escritores no dia 30 de agosto das 20h às 22h, pela GARCIA EDIZZIONI e PROJETO DIVULGA ESCRITOR. Nesse dia, lançará também o escritor “menino” Andrei Medalha. Dos diversos títulos que conquistou nos últimos tempos, Mirian será uma das artistas a expor no Carrossel do Louvre em Paris, no período de 24 a 26 de outubro de 2014.

Boa Leitura!

Fotos: Aroldo César Custódio e Eliciane Alves Pereira CustódioEspaço “Tita Selicani”

Page 7: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • abril/maio de 2014 7

Escritora Mirian Menezes para nós é um prazer entrevistá-la, novamente, no projeto “Divulga Es-critor”, destacando que se encontra conosco, desde o início, como voluntária e colunista. Para contex-tualizar os leitores, cite, brevemente, sua formação acadêmica e trabalhos técnicos já desenvolvidos.Mirian Menezes - Em primeiro lugar, expresso mi-nha eterna gratidão ao Projeto Divulga Escritor, por me entrevistar em dois momentos. No primeiro, em uma etapa em que o mercado editorial começava a me descobrir e eu deixava, lentamente, de ser “auto-ra desconhecida” (Inclusive, escrevi uma crônica para o Divulga Escritor sobre isso!) e nesse segundo mo-mento, de tantas realizações. A entrevista é uma gran-de oportunidade de divulgação de meu trabalho, pois muitas coisas boas aconteceram nesse período. Muito obrigada, Shirley Cavalcante e equipe! Em relação à pergunta realizada, possuo: Mestrado em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação; Pós Gradu-ação em Leitura e Produção de Textos; Licenciatura Plena em Letras: Português e Inglês e cursei o antigo Magistério. Nunca parei de estudar e considero-me uma leitora compulsiva. Dessa forma, no que se refere ao universo da pesquisa e da produção científica, par-ticipei e participo de vários Congressos, Seminários e Simpósios Nacionais e Internacionais, relacionados à leitura e literatura, tendo, até o momento, sete ou oito artigos publicados em e-books, CDs e revistas on-line. Sou estudiosa da “transdisciplinaridade” e participo como membro ativo do CETRANS (CEN-TRO DE TRANSDISCIPLINARIDADE), conforme já foi citado.

Mirian, além de escritora e professora, você realiza um trabalho de contação de histórias, conte-nos de que forma, como e onde pode ser feito este tipo de atividade?Mirian Menezes – Com muito orgulho, trabalho na rede pública de ensino de São José dos Campos há quase 25 (vinte e cinco anos). Desse tempo, 14 (qua-torze) têm sido dedicados a um Programa de fomento à leitura. Além de exercer minha profissão com muito amor, desenvolvo trabalhos voluntários, em diversas instituições, de acordo com minhas possibilidades e agenda. Já atuei na Biblioteca de São Paulo – Cruzeiro

do Sul, aos domingos, desenvolvendo rodas de leitura, com públicos variados. Fui convidada, por instituições religiosas, ONGs, Assentamentos, Instituições rurais, “Fundações Casa”, Asilos, Orfanatos, para desenvol-vimento deste tipo de atividade... A agenda é enorme e, infelizmente, não consigo atender 100% a todos os convites, mas faço o possível, pelo prazer do próprio trabalho. Na 21ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, contei histórias no stand da Volkswagen, pelo Projeto Entre na Roda (parceria entre o CENPEC, Fundação Poiesis e Fundação Volkswagen). Penso que as contações de histórias podem e devem ser re-alizadas em qualquer situação ou espaço, desde que haja predisposição dos interlocutores e um ambien-te propício. Contar histórias é acender a chama deste “ato mágico”, cultivado por nossos ancestrais.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Page 8: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

8 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Mirian conte-nos sobre o Encontro que estas pro-movendo com escritores de São José dos Campos, a ser realizado, em agosto, na Bienal Internacional do Livro em São Paulo?Mirian Menezes - Esta Coletiva de escritores repre-senta muito para minha vida. Gostaria de ter inserido o nome de vários autores queridos, mas eles chega-riam aos milhares e isso não seria possível. Dessa for-ma, optei por convidar alguns amigos, para partilha-rem o momento de celebração, no espaço na Bienal, acreditando que o trabalho em rede é sempre mais consistente. Quando iniciei, formalmente, meus escri-tos, digo FORMALMENTE, porque escrevo desde os nove anos de idade, como o menino Andrei. A única diferença é que o livro “As aventuras de Mário”, foi uma obra escrita com letra cursiva, em papel sulfite, ilus-trado por mim - capa em cartolina rosa. Devo muito à professora Euterpe K. Bartelega, que me fez acreditar que eu era escritora. Sabe, Shirley, é uma pena que eu não tenha recursos para ser uma “Mecenas”, pois gos-taria de alavancar a produção artística e literária do mundo todo. Isso é um delírio, mas “fato” e verdade, em meu coração. Dessa forma, aproveito para convi-dar cada leitor (a) desta entrevista, para compartilhar o momento da Coletiva - dia 30 de agosto (sábado), das 20h às 22h, na GARCIA EDIZZIONI. Você, que está lendo estas linhas, é meu convidado especial!

SMC – Agora como escritora: Que tipos de poesia você apresenta em seu livro “O cientista e o poeta”? Mirian Menezes - “O cientista e a poeta”, publicado pela Editora TRIOM, apresenta complexidade e foi concebido para “quebrar” paradigmas. Possui uma organização diferente, o designer foi idealizado por Adriana Caccuri; as ilustrações e escrita à caneta bi-co-de-pena foram realizadas por Ricardo Chachá. A ilustração da capa e o desenho introdutório de três árvores se entrelaçando foram realizados por mim… Enfim, foi um livro escrito por muitas mãos… mistura ciência e poesia… o macro e o micro… física quânti-ca… fala desde a expansão do universo, até o univer-so do átomo… fala da prostituta, do amor, da dor, do presidiário, da tempestade… um livro repleto de reti-cências e indagações… Os elementos coexistem e os versos não são, rigorosamente, metrificados… Penso que, se não há ainda a denominação que atreverei ci-tar, gostaria de classificar meus versos como “caóticos”

(combina com o conceito do livro).

SMC- Além de “O cientista e a poeta” e de seu trabalho articulado à fotografia e à escultura (trabalho con-junto com outros artistas), você possui outras produ-ções?Mirian Menezes - Sim. Atu-almente, possuo crônicas, poemas e memórias publi-cados em diversas Antolo-gias (Cerca de quinze, se não me engano!), fora as que serão publicadas nos próxi-mos meses, no Brasil, na França e nos Estados Uni-dos. Sendo uma leitora com-pulsiva, sou fanática pelo “portador de texto”: LIVRO. Entretanto, tenho que admi-tir que, apesar de pertencer à Geração X, aos poucos, tenho publicado textos pela Internet, em revistas on--line. Já participei, algumas vezes, da Revista “VARAL DO BRASIL”, coordenada por Jacqueline Aisemann, representante da REBRA, na Suíça. Atualmente, possuo textos publicados no Brasil, Portugal, Itália, França, Suí-ça e, em breve: Suécia e Estados Unidos. Meus ar-tigos acadêmicos encontram-se, em CDs e e-books. No Google Acadêmico, é possível encontrar dois deles pelo menos. Destaco que, participar como colunista, do Projeto Divulga Escritor é, para mim, motivo de muita honra. Estou chegando a 15ª crônica publicada. A coluna oferece imensa visibilidade aos meus textos e tenho meus leitores fiéis, o que muito me alegra. Quem escreve... escreve para alguém... para ser lido... Particularmente, gosto muito de ler, “curtir” e comen-tar as colunas de meus colegas! Mais uma vez, agrade-ço ao Projeto, em sua pessoa Shirley Cavalcanti!

Page 9: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 9

SMC - Você possui textos publicados em diversos formatos e “portadores de textos”. Conte-nos em que momento você começou a colocá-los em exposições? Mirian Menezes - Shirley Cavalcante, sinto-me honra-da pela oportunidade de re-latar, brevemente, uma tra-jetória que teve início numa brincadeira entre amigos. Conheço o fotógrafo Gilmar Dueñas há anos… Certa vez, nos candidatamos a um con-curso, que contemplava pro-jetos culturais. Não fomos contemplados, mas da ini-ciativa, nasceu a ideia de ar-ticulação entre fotografias e poemas. Digo, “articulação” e não “justaposição”, pois há, realmente, um diálogo entre nós e as linguagens artísticas. Em 2012, houve a inserção da terceira artis-ta no processo: Tita Selicani http://www.titaselicani.com.br/ e o nascimento da “Tri-lha de Olhares”. Em 21 de setembro do mesmo ano, foi realizado Vernissage: “Tri-lha de Olhares: Fragmentos da Mata Atlântica”, em par-ceria com o Instituto Eco-

-Solidário. Em outubro de 2014, conforme já mencio-nado, participaremos de uma Mostra, que agrega os mais reconhecidos artistas plásticos brasileiros, fran-ceses e demais europeus que irão expor suas obras no Carrousel Du Louvre - Galeria do Museu do Louvre no Art Shopping Paris - França, que destaca artistas con-temporâneos do mundo inteiro. O Salão de Arte será realizado, de 24 e 26 de outubro de 2014, pela Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture tendo como Curadora Diva Pavesi, escritora representante, na Europa, da REBRA - Rede de Escritoras Brasilei-ras e administradora da Académie. Dos vinte e cinco

brasileiros convidados foram selecionados apenas três artistas de São José dos Campos que levarão a Paris as belezas naturais, históricas e culturais do Vale do Pa-raíba - SP, por meio da “Trilha de Olhares”, expressão plástica que articula três linguagens: a poesia, a foto-grafia e a escultura em vidro. Um sonho... Às vezes, tenho que me beliscar, para me certificar de que tudo isso está acontecendo!

SMC – Escritora Mirian, você sempre cita a REBRA – Rede de escritoras brasileiras. Gostaria de falar um pouco a respeito?Mirian Menezes – Tenho muito orgulho de ser mem-bro da REBRA e parabenizo a Presidente Joyce Ca-valcante pela brilhante organização e estrutura da imensa REDE. No aniversário de 15 anos da REBRA, fui condecorada pela Presidente, uma pessoa maravi-lhosa (ícone para mim), com um diploma de excelên-cia literária. Este diploma é uma joia rara! Guardo-o com muito carinho. O Evento foi fabuloso e houve cobertura da Revista CARAS – Edição 1062 – ano 21- nº 11- 14/03/2014. Aproveito para destacar que meu próximo livro “solo” de poemas e fotografias, já no prelo, será lançado pela EDITORA SCORTECCI e terá o SER - SELO EDITORIAL REBRA. Além do CETRANS, posso dizer que a REBRA foi e é um divi-sor de águas em minha vida. http://rebra.org/escrito-ra/escritora_ptbr.php?id=1794

SMC – Por falar em prêmios, gostaria que nos con-tasse um pouco sobre as últimas novidades: inser-ção em Academias, condecorações.Mirian Menezes –Shirley, este ano tem sido de gran-des realizações para mim. Agradeço muito a Deus por isso! Em relação às entidades e pessoas envolvi-das, tenho até medo de cometer injustiça e deixar de citar alguma. Houve a tessitura de uma grande rede e tenho muito a agradecer a todos os parceiros. Sin-tam minha eterna gratidão!. Acho que é mais fácil citar as entidades às quais me inseri e alguns títulos recebidos. Vamos lá... Membro da REBRA – REDE DE ESCRITORAS BRASILEIRAS; membro do CE-TRANS (CENTRO DE TRANSDISCIPLINARIDA-DE); Membro do Conselho (Vice – Presidência) da UBT (UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES) – Diretoria da Seção – São José dos Campos – SP; membro associado da ALB (ASSOCIAÇÃO DE LEI-

Page 10: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

10 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

TURA DO BRASIL – roda de pesquisadores). Acadê-mica Estrangeira do NÚCLEO DE LETRAS E ARTES DE LISBOA N.A.L.A.L; Acadêmica Correspondente da ACADEMIA DE LETRAS DE GOIÁS; Acadêmica Correspondente da ACADEMIA DE LETRAS, CIÊN-CIAS E ARTES DE VITÓRIA – ES; Patronesse Per-pétua AD IMORTALLEM, cadeira nº 110, da ACA-DEMIA DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES de Iguaba Grande – RJ. Não posso deixar de expressar meus eternos agradecimentos a todos os parceiros e, entre eles, citar também a Academia de Letras de Fortale-za e à LITERARTE, instituição que tanto valoriza ar-tistas brasileiros, divulgando-os também no exterior. Como todos sabem, sou Colunista e voluntária do PROJETO DIVULGA ESCRITOR, coordenado pela jornalista Shirley Cavalcanti e colaboradora do Gru-po SOLAR DE POETAS (facebook), coordenado por José Sepúlveda, em Portugal. Agradeço, muitíssimo, a vocês dois e parabenizo-os pelo belíssimo trabalho!

SMC – Quais seus próximos projetos literários?Mirian Menezes – Não sei se conseguirei citá-los. Além da participação na 24ª Bienal Internacional do Livro, estou trabalhando, arduamente, com meus par-ceiros, na Exposição: “VERDE ÓRION”, que irá para o Carrosel do Louvre. Depois disso, tenho mais duas ou três Antologias, para lançar ainda em 2014 e ha-verá uma participação minha na próxima Antologia da REBRA, a ser lançada em português e francês. A versão francesa será lançada no próximo Salão do Li-vro, em Paris, em março de 2015. Talvez, em 2015, pu-blique o livro “solo”, pela SCORTECCI, com o SELO EDITORIAL REBRA, conforme já mencionei.

SMC – Pois bem, estamos chegando ao fim da en-trevista, agradecemos sua participação no projeto “Divulga Escritor”! Muito bom conhecer melhor a Escritora Mirian Menezes de Oliveira! Que mensa-gem você deixa para nossos leitores?Mirian Menezes – Repetirei uma das frases citadas em minha primeira entrevista, acrescentando algu-mas palavras: Leiam o mundo, leiam a vida, leiam a si mesmos e não deixem jamais de lutar por seus so-nhos! A vida é feita de fé, de coragem e de batalhas contínuas! “Pensar” e “agir” em rede é edificante e coerente com as Leis do Universo. Não tenham a pre-tensão de agradar a todos! Nem Jesus e os Grandes

Mestres conseguiram isso! Penso que a vida é um mi-lagre, que deve ser reverenciado todos os dias!Deixo alguns links: http://rebra.org/escritora/escri-tora_ptbr.php?id=1794 http://www.divulgaescritor.com/products/mirian-menezes-colunista/http://www.triom.com.br/estudos/tag/literatura--brasileira/ http://www.adrianacaccuri.com.br/artes/artesgraficas/o-cientista-e-a-poeta/ http://cetrans.com.br/livro-o-cientista-e-a-poeta/ Muito obrigada, Shirley Cavalcante, por mais esta grande oportunida-de! Particularmente, amo o Projeto DIVULGA ES-CRITOR! Parabenizo-a pela iniciativa! Abraço frater-nal a todos!

Obrigada a você Mirian por sua importante contri-buição para o desenvolvimento da Literatura Na-cional. Sucesso, e, nos encontramos na Bienal no dia 30 de agosto, dia também do meu aniversário, rsrs... vamos lá comemorar com a família literária!

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 11: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para
Page 12: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

12 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 13: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

A VIDA EM PARTES

Por Francisco Mellão Laraya advogado, músico e escritor [email protected]

Shirley,

Sabe, abro o jornal e só vejo revoluções: Re-volução na América Latina, Revolução no pen-samento Humano, Revolução na Doutrina da Igreja, Revolução Sexual, Revolução Marxista e a Liberal.

E, sabe, passo a acreditar que o mundo está passando por uma Grande Revolução, que ninguém cita: A Exata Revolução Mate-mática!

Hoje em dia a Ciência Humana virou ma-temática, os conceitos humanos viraram teore-mas, fórmulas e outros quês da Ciência Exata, exatamente neste mundo desumano.

O conceito de justiça foi completamente modificado, esqueceu-se Platão, Sócrates, Kant, e outros por aí... e a justiça se resumiu ao quo-ciente do produto Interno Bruto, sobre o número de habitantes.

A Democracia foi definida como a diferen-ça entre as consciências coletivas, para a ob-tenção de uma consciência final, onde a Cons-ciência Coletiva é a somatória dos votos em si, que é diferente da somatória das consciências individuais.

O ser humano define-se por um número, seja RG ou CPF, tanto faz, aconselho aos sábios revolucionários que para distinguir os sexos po-nham sinais positivos, ou sem sinais para os in-definidos.

Outro conceito que me deixa perplexo é o da dicotomia de posições, onde todo ângulo é su-jeito a uma bissetriz que o divide em dois exata-mente iguais em valor, mas de sinais opostos.

Falando com um matemático não me assustei de haver tantos engenheiros na política, pois ao fi-nal de um longo papo, descobri que a tônica desta revolução, é criar um mundo tal, onde a sensibili-dade é uma derivada que tende a zero.

Page 14: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

14 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 15: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 15

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritor Andrei Medalha

Olá! Meu nome é Andrei e nasci em São José dos Campos às nove e meia da noite do dia 13 de julho de 2004. Eu amo a natureza, principalmente a vida marinha. Sempre gostei de livros, mesmo antes de aprender a ler ficava encantado com as histórias que liam para mim. Quando gostava demais da história não me contentava que a lessem uma vez só para mim, mas pedia para ler e reler muitas vezes. Comecei a ler sozinho antes dos 5 anos e daí para frente mais e mais leituras fazem parte da minha vida. Quando estou lendo parece que estou dentro da história. Não viajo sem livros. Gosto de pintar quadros e contar histórias. Meus passeios preferidos são em praias, aquários e, é claro, em livrarias. Amo ler! E agora, escrever minhas próprias histórias!!!

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Olá Andrei, é um prazer contar-mos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte--nos em que momento começou a escrever o seu livro “Viagem ao Lago Ness”? Andrei Medalha - Obrigado, Shirley! É uma honra para mim também! Bom, comecei a escrever “Viagem ao Lago Ness” quando eu estava fazendo uma tarefa de português, uma produção de tex-to do tipo eu-narrador. Nesse tipo de produção de texto você é nar-rador, personagem e escritor ao mesmo tempo.

De onde veio a inspiração para construção do seu livro?Andrei Medalha - Para ser mais exato, foi a minha curiosidade so-bre grandes mistérios e sede por aventuras. O monstro do Lago Ness sempre me chamou a atenção. Sua existência nunca foi comprovada, mas sua não existência também não. Como gosto muito de ani-mais, me propus na história a ser o guardião desse animal lendário. Por que escolheu escrever sobre este tema?Andrei Medalha - Porque eu amo peixes e animais marinhos. Tam-bém gosto de lendas. Muitas estão relacionadas com o mar e outros habitats aquáticos. Essas lendas

são: Serpentes marinhas, krakens (lulas gigantes) e obviamente monstro do lago Ness. Escrever sobre essa lenda é uma forma de mantê-la viva, ou seja, não deixar que ela seja esquecida com o pas-sar do tempo.

Como você se sente por estar lan-çando o seu primeiro livro, aos nove anos, em uma das maiores feiras literárias do Brasil, a Bie-nal Internacional do Livro de São Paulo?Andrei Medalha - Muito feliz e honrado!!! Gosto muito de ler... muito mesmo! Toda vez que a Bienal acontece, compareço como leitor. Agora, irei como escritor! Poderei compartilhar a minha própria história, o meu próprio livro.

Page 16: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

16 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Você pensa em escrever um novo livro?Andrei Medalha - Mas é claro que sim! Mas esperem para ver! Mui-tos outros virão depois desse!

Onde podemos comprar o seu li-vro?Andrei Medalha - O primeiro lo-cal de venda será na Bienal Inter-nacional do Livro de São Paulo.

Quais os principais hobbies do escritor Andrei Medalha?Andrei Medalha - Tenho vários hobbies. Os principais são: ler, pescar, criar peixes exóticos em meus aquários, escrever, desenhar, pintar, jogar videogames.

Que tipos de livros você gosta de ler?Andrei Medalha - Suspenses, fá-bulas, informativos, contos fan-tásticos, histórias em quadrinhos, diários...

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradece-mos sua participação no pro-jeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Es-critor Andrei Medalha, que mensagem você deixa para nossos leitores?Andrei Medalha - A leitu-ra leva as pessoas a viajarem

por mundos fascinantes! Ler é um prazer. Espero que meu livro incentive vá-rias crianças a ler!!!

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 17: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 17

Page 18: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura

[email protected].

Não basta somente a ideia na cabeça. É preciso também desenvolvê-la, ex-plorando todos os pontos positivos para cativar o máximo possível o pú-

blico infantil, que também é muito exigente.Para formular, antes de tudo é necessário a si-

nopse. Você precisa ter o ponto principal do tipo de história que quer contar para os pequenos. Depois, você precisa desenvolver o enredo. No enredo, você insere características do ambiente, cenário, coadjuvantes, detalhes fundamentais para o fechamento da história e por fim, o argu-mento fica completamente elaborado. Somente com o argumento que o autor fica completamen-te pronto para roteirizar, porque a melhor forma de não se perder no embalo da história, é já ter o desfecho da história definida na cabeça.

Os personagens precisam ser o mais carac-terizados possível. Se for uma história para um público menor, estereotipe em animais antropo-mórficos, tornando-os mais caricatos possíveis. Caso seja um público infantil de mais idade, re-

FORMULANDO O CONTO

force no humor. Mas procure sempre ser o mais sucinto possível para manter o foco e atenção deles.

A linguagem da história precisa ser simples. Nada de palavras rebuscadas. As crianças preci-sam deslizar pela leitura. A melhor piada é aquela que você não precisa explicar.

O autor de livro infantil também precisa se atentar em tornar o conteúdo mais “adoçado”, isto é, evitar usar temas fortes e complexos, pro-vocando tristeza, revolta ou agressividade. Dei-xe essas emoções para o público adulto. Escreva sempre textos em que a criança possa ler sozinha e também que os pais possam ficar admirados na companhia deles. Evite falar de tragédias, amar-guras, entre outras coisas que provoquem rea-ções negativas na criança que for ler ou ouvir. Os livros infantis precisam ter aspectos de sonhos, onde as crianças possam sonhar juntas e o des-fecho sempre deve ter uma mensagem positiva, fazendo com que elas queiram ler sempre várias e várias vezes.

MERCADO LITERÁRIO

Page 19: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Entrevista

Escritora Carmen Jacques Larroza

CARMEN JACQUES LARROZA, professora de Português, Espanhol e Literatura, pela Fundação Universidade Federal Do Rio Grande (FURG).Teve trabalhos publicados em: Cadernos Literários, Vol. I, II. III e IV (FURG); Jornal Agora (Rio Grande); Jornal Cassino; Antologia Poética Poetas do Brasil I (ZMF Ed.,RJ).Participou de vários concursos de poesia, com os quais foi agraciada com certificados: Casa do Poeta Brasileiro (Cassino/Rio Grande), Z.M.F. Ediições e Promoções Culturais LTDA., I Concurso Nacional de Poesia Roldão Mendes Rosa (Santos/SP), Concurso Primavera de Prosa e Verso do Grupo Poetas do Espaço Cultural (Santos/ SP). I Primeiro lugar no Concurso de Poesias da Revista Observando. (Rio Grande).Ativista do Tradicionalismo Gaúcho, teve poesias defendidas e classificadas, em primeiro e em segundo lugar, em vários concursos locais e regionais.

“Muita, muita fé em Deus. Não parem de lutar por um ideal. Empecilhos, lutas e “baldes de água fria”, fazem parte da vida. Não desistam. Se algo não for para o seu bem, Deus fechará a porta. Se for, Ele abrirá e a porta que Ele abre, ninguém pode fechar, se você tiver uma aliança com Ele.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Carmen Larroza é um prazer contarmos com sua par-ticipação no Projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que a mo-tivou a ter gosto pela escrita? Carmen Larroza - Participar do projeto Divulga Escritor é uma honra para mim, e, portanto, só tenho a agradecer.O que me levou a interessar--me pela escrita? Diria que dois motivos foram fundamentais. O primeiro, foi o gosto pela inú-mera quantidade de “versinhos” que meu avô sabia e os dizia para mim. Um dia ganhei um caderno e resolvi anotá-los. Vivia de lápis e caderno, na mão, atrás do coita-do. Não lhe dava sossego. Depois fui interpelando mãe, pai, tios e a mim mesma, pois resolvi inventar os meus próprios e ... o caderno

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 19

Page 20: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

20 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

acabou. Fiquei tão triste, porque ninguém dava valor para ele. “Bo-bagens de criança”. Acho que che-guei a coletar mais de trezentos. Como lamento não ter guardado essa relíquia, mas... O segundo motivo foi o fato de não saber fa-zer o que, na época, chamava-se “composição”; hoje, se diz reda-ção. Era péssima! E, no meu bar-co, havia uma boa tripulação. Um dia, nossa professora, nos chamou para uma aula extra, à tarde. Leu para nós, (mimiógrafo ou xérox eram inimagináveis. Se aparecesse algum, acho que até os professores fugiriam com medo da “alma do outro mundo”) rs rs. Bem, voltan-do ao assunto, Dona Célia, leu a fábula A Cigarra e a Formiga. De-pois, partiu para uma composição coletiva, no famoso quadro-negro. Não lembro o tema. A partir dai, minhas redações eram sempre fá-bulas. É claro que naquela época eu desconhecia essa palavra e seu conceito. Cada vez, era um bichi-nho e um cenário diferente.

Que tipos de textos gostas de es-crever? Carmen Larroza - Adoro poesias! Agora, com o incentivo e o “Vamos lá!” do Divulga Escritor, comecei a gostar e muito, de crônicas. Penso até, em rabiscar um conto.Incentivada por minha mãe, que sempre sonhava estudar e nunca pôde, eu lia muito. Até bula de remédio! Um pedaço, rasgado, de jornal velho era motivo para eu parar tudo o que estava fazendo e ler. Fotonovelas (é... sou des-te tempo), romances como Júlia, Bianca, Sabrina... Meus professo-res de Português, admiravam-se do meu vocabulário e minha pre-

ocupação em não repetir palavras nas ditas composições. rs rs. Por falar nisso, quando passava férias de verão com meus avós, li meu primeiro romance: Thelma a Prin-cesa da Noruega. Era “um tijolo de oito furos”. A noite, meu avô me entregou e disse: A partir de hoje, todas as noites vais ler para nós.

Lembro que chorei muito, com determinadas passagens. Ele ria, minha vó ficava séria e suspirava. Como gostaria de reaver este livro e ler de novo. Fazê-lo meu livro de cabeceira! Se o primeiro amor nunca se esquece (só tive um, meu marido), meu primeiro livro nun-ca esquecerei.

Page 21: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 21

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor, através de seus textos literários?Carmen Larroza - Reflexão sobre o que estão fazendo de suas vidas, de seus relacionamentos, de seu ver e tratar o outro, já que nada levare-mos daqui, que deixemos marcas positivas. Que não passemos à vida centrados em nós mesmos. O ego-centrismo é letal. Ele corrói a alma e nos entulha de doenças psicosso-máticas. Deixa-nos vazios, ocos. Vai matando, enquanto a pessoa se acha super herói. Não consegue ver-se como um “Chaves, da vida real.” In-felizmente! Outra mensagem é que jamais deixem de sonhar, nem de lu-tar pelos seus sonhos. Se eles forem bons e não lesarem ninguém, lutem e mantenham-se firmes em um pen-samento “Não posso parar”. Como foi a construção do seu li-vro “Não posso, parar”? Carmen Larroza - Há muito tem-po, as escrevia e as engavetava. Al-gumas de cunho tradicionalista, foram defendidas em concursos e venceram. As vezes, as envia-va para concursos interestaduais. Ganhei alguns diplomas e certifi-cados. Entretanto, as confiava às gavetas. Um dia, navegando pela internet, me deparei com o Di-vulga Escritor e pensei: - E por que não me informar? A Shirley me deu a oportunidade das crô-nicas. Depois, através de um link, também enviado por ela, entrei em contato com Ismael da Garcia Edizione. E estamos ai. Não digo realizando um sonho, porque ja-mais sonhei isso. O que sei é que Deus abre as portas de onde está a felicidade. É por isso, que O amo e respeito tanto.

Que temas você aborda nessa obra?Carmen Larroza - Abordo diver-sos temas reflexivos, sociais, cul-turais, sagrados, amor, valoriza-ção da família, desamor, saudade, solidão... Tudo que faz parte da vida de qualquer ser humano.

A quem você indica a leitura de seu livro?Carmen Larroza - A todos que gostam de ler, refletir, pensar além de si mesmo.

Onde podemos comprá-lo?Carmen Larroza - Pelo site da Garcia Edizione. Custa R$ 12,00 sem despesas de frete. http://www.garciaedizioni.com.br/nao-posso--parar

Você pensa em publicar um novo livro?Carmen Larroza - Agora que pro-vei esse sabor maravilhoso, sim penso. Sempre com essa dupla maravilhosa Shirley e Ismael. En-quanto me aceitarem. Obrigada queridos. No próximo, pretendo mesclar crônicas, poesias e assun-tos sociais, que nos tire da mesmi-ce e nos leve à reflexão e à ação.

Quais os principais hobbies da escritora Carmen Larroza?Carmen Larroza - Hum... Adoro ir para o sítio, nos fins de semana, mexer nas minhas flores e plan-tar novas. Amo artesanato, prin-cipalmente agora, que descobri a reciclagem. Passo horas criando coisas. Meu projeto, atual, é tor-nar-me uma multiplicadora: com-partilhar, gratuitamente, o pouco que já sei com mães de alunos. Enquanto as crianças ficam na

escola, elas esperaram-nos produ-zindo. Quem sabe também a arte as ajude na renda familiar?

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista; agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor. Muito bom co-nhecer melhor a escritora Car-men Larroza. Que mensagem você deixa para nossos leitores?Carmen Larroza - Muita, muita fé em Deus. Não parem de lutar por um ideal. Empecilhos, lutas e “baldes de água fria”, fazem par-te da vida. Não desistam. Se algo não for para o seu bem, Deus fe-chará a porta. Se for, Ele abrirá e a porta que Ele abre, ninguém pode fechar, se você tiver uma aliança com Ele. E a última, ler, ler e ler tudo e de tudo. A leitura faz parte do cur-rículum interior de cada um. Au-menta o conhecimento, leva ao raciocínio lógico e a expressá-lo com mais clareza, (sem os famosos hãm), amplia nosso conhecimento de mundo, nos faz crescer. Abre um leque em nossa intelectualida-de. Jamais afunila. Leia e creia.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 22: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

22 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 23: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 23

Era para ser do imaginário, qualquer coi-sa fugidia, fora da perceptível e dura re-alidade. Mas ela não se sustentava em si, nem acreditava que era capaz de se afas-

tar aos poucos da “nuvem” (foi como passou a chamar o seu modo de pesar sobre as coisas, seu comportamento inusitado e torpe). Mas queria e sabia que podia realizar o que chamou de sua transfiguração – dera um sentido místico e sa-grado a sua porta de entrada, ao seu íntimo into-cável pelas mãos dos outros, pois jamais tiveram sequer qualquer controle sobre ela.

Sabia que agora estava defronte ao descon-forto do acaso da novidade. Seu novo caminho era andar por um tapete limpo, intocável, imaculado – seguindo pelo seu profundo e particular misti-cismo – e se libertar da sua irritabilidade e instabi-lidade com a normalidade azul que a transpassara e a atingira em cheio,como uma prisão invisível que maltrata e sucumbe o instinto responsável pe-las sutis vontades inconfessáveis. Em poucos dias estaria o mais distante possível da realidade.

(Lembrava todos àqueles momentos em que se deixava envolver em casos amorosos que sur-giam como meros acasos, coincidências ou o inexplicável que costumava sugar suas energias. Tudo parecia mais algo vivo em movimento, eram mesmo seres que rolavam no ar, em todas as direções, anunciando suas presenças breves mas cada vez mais fortalecidas. Via-os, sentia--os, ignorava-os. Já não podiam conviver na mesma pessoa. Sugavam as energias dela por completo porque ela se entregava sempre ao desconhecido.)

Haveria ainda tempo para algo que não a delimitasse em amores, paixões e outros tipos de

arrebatamentos? –perguntava-se ansiosamente e logo vinha a resposta: “Tudo depende da inten-sidade que tens pelas coisas que te cercam, pe-las prioridades das suas conquistas.” Foi assim que preferiu abrir seu leque de opções de tudo o quanto fosse possível e também pudesse cair na impossibilidade de existir.

A partir daí, passaria horas ou dias de recu-peração ininterrupta, imersa em pensamentos e reflexões que lhe roubariam o fôlego de noites adentro. Não haveria vinhos, conhaques ou vod-cas cortantes que pudessem aliviar seu estado de sobrevivente autônoma de si mesma. Era sua liberdade que estava em jogo e talvez pudesse alcançar também o estado da felicidade, ou des-cobrisse enfim que o paradoxo das suas escolhas fizesse algum sentido.

Procurava uma saída, era otimista o sufi-ciente para continuar, afinal, sempre fora a dona e senhora que respeitava o que tinha diante de si e da vida que levava, não importava onde es-tivesse. Agora teria que mudar - sem pausas ou interrupções- era sua necessidade real que de-pendia da sua criação interior. Passou então a conhecer outros seres que começaram a pousar lentamente e se demorar mais para irem embora. Não se conhecia a ponto de saber suas estadas em outros ambientes, mas podia sentir e visualizar marcas gravadas em sua pele que contavam suas histórias, narrações entrecortadas, gradações de desfechos que em nada poderiam enganar uma essência tão convicta do que era capaz, mas que não pudera jamais revelar parte do que fora, não ousaria desfilar seus atos como os atores em uma peça teatral. Talvez tudo fosse articulado num grande palco, mas sabia que existia doses de ilu-sões e realidades que persistiam gravados numa teia montada para suportar a melodia que acom-panha os tangos e tragédias.

Nem seus pés aparentemente no chão davam conta de tocar em frente o que estava por vir, era o momento que chegava - o transeunte perdido no espaço - que mais lhe importava. Precisava estar sempre diante do irretocável presente, com os pés sentindo o chão que pisava. Necessitava sobretudo da ocasião inescapável.

A MAIS ENVOLVENTE DAS FICÇÕES

Por Patrícia Dantas Licenciada em História e Pós Graduação em Turismo de Base Local (UFPB), blogueira, poetisa, colunista de alguns portais e revistas

eletrônicas - [email protected]

ENTRE IDEIAS & ATOS

Page 24: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

24 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 25: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 25

Entrevista

Escritora Cristina Loddi

Cristina Loddi – Paulistana, com formação em Matemática. Casada, 2 filhos. Atuei na área de informática por 10 anos no Banco do Estado de São Paulo. Desde muito jovem já escrevia poemas e reflexões que foram surgindo da observação do comportamento humano. Em 1996 deixei a área de informática e passei a desenvolver trabalhos voluntários em diversas áreas. Há 9 anos tomei conhecimento da Síndrome de Williams, e em uma visita de Natal à ABSW – Associação Brasileira da Síndrome de Williams, conheci a Jô Nunes, passando a ser voluntária da ABSW. A partir de então, fui me engajando junto à essa e outras causas. Paralelamente, desenvolvo trabalhos na área espiritual. Há 3 anos, através de grupos fraternos dos quais participo, a escrita tomou uma dimensão maior, e passei a me dedicar com mais interesse. Há 2 anos, Jô me fez a proposta de escrever o livro Mãe Coragem.

“A principal mensagem que nós quisemos transmitir ao leitor, foi a de que devemos trabalhar os preconceitos e medos, trazendo a fé em Deus e a coragem como uma forma de passar por essa vida com determinação, ética, amor e fraternidade, na superação de tantas questões que são apresentadas para o nosso aprendizado pessoal.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Cristina Loddi, é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor, conte-nos como surgiu a oportunidade de participação no livro “Mãe Coragem - Conviven-do com a Síndrome de Willia-ms”?Cristina Loddi - Há 9 anos to-mei conhecimento da Síndrome de Williams através de uma cam-panha de Natal, na qual me enga-jei com uma sobrinha. Sem saber a quem oferecer a grande quanti-dade de brinquedos arrecadados, perguntamos a uma ou outra pes-soa, sobre uma instituição que pu-desse recebe-los. Minha mãe nos apresentou a Jô Nunes e realiza-mos a festa de Natal da ABSW – Associação Brasileira da Síndrome de Williams. Nesse mesmo dia, me

Page 26: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

26 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

ofereci para ser voluntária da casa, mas o voluntariado não surgiu de imediato e nos distanciamos por um ano. No Natal seguinte, surgiu a ideia da arrecadação de brinque-dos, novamente. Fiz uma pequena campanha entre amigos, e procu-rei novamente a ABSW. Somente a partir desse segundo ano, me tornei trabalhadora da associa-ção. Afeiçoei-me muito à Jéssica e à Jô Nunes. De voluntária passei a amiga. No ano de 2010, Jéssica veio a falecer por complicações no transplante cardíaco. Como eu ha-via assumido outras atividades em paralelo, afastei-me um pouco do trabalho na ABSW, e passei a me dedicar à escrita. Nos reencontra-mos após um ano. Jô me contou o desejo de escrever o livro. Como eu já estava desenvolvendo o tra-balho de escrita nos grupos fra-ternos, me ofereci para ajudá-la. Ficamos um ano trabalhando jun-tas. Finalmente no mês de janei-ro de 2014, iniciamos os contatos para viabilizar a publicação.

Vocês já tinham pautado o enre-do para construção do livro, ou ele foi se moldando na medida em que o livro ia sendo escrito?Cristina Loddi - Costumo di-zer que foi muito fácil abraçar o trabalho com a Jô, pois ela tinha o enredo completo gravado na me-mória. Existia pouca coisa escrita, e eu não escrevi um roteiro antes. Simplesmente fui escrevendo, ba-seada nas memórias da Jô. Ela sabia exatamente tudo o que deveria ser escrito para a divulgação da Síndro-me de Williams, que trouxesse uma palavra de amparo aos familiares de pessoas com SW. Apesar de ter sido meu primeiro livro, eu também

tinha a intuição de como devería-mos desenvolver o trabalho, para que ele pudesse ser sensível, sem ser piegas. Para que ele pudesse ser maduro e trazer essa força em suas linhas e entrelinhas. Jô Nunes e eu formamos uma ótima parceria. Em nenhum momento durante o de-senvolvimento do trabalho, tivemos qualquer tipo de dúvida ou discor-dância. O projeto fluiu com muita inspiração e trabalho de equipe.

O livro é baseado em fatos reais, em quanto tempo o livro foi es-crito?Cristina Loddi - Sim, o livro é baseado no período da vida de Jô, entre o nascimento e desencarne de Jéssica, que nasceu com Síndro-me de Williams. Nós escrevemos o livro em um ano, com encontros periódicos, geralmente, uma vez por semana.

Você fala que a escrita do livro transformou sua forma de pensar, qual a principal mensagem que o livro quer transmitir ao leitor?Cristina Loddi - Apesar de já estar trabalhando há tantos anos com voluntariado, em diversas instituições, e principalmente, ser amiga de Jô há oito anos, a escri-ta da biografia criou um forte laço entre nós. Precisei ter uma empa-tia muito forte com os sentimen-tos de Jô, para que pudesse exter-na-los, de modo que, as pessoas ao lerem o livro, “ouvissem a voz” dela, e não a minha.Em todas as páginas desse livro, você encontra a personalidade da “Cris”, até porque, eu e Jô temos pensamentos semelhantes, temos sintonia muito parecida, o que tor-na a fluidez do trabalho muito me-

Page 27: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 27

lhor. O livro foi transformador, na medida em que, apesar de termos realidades tão diferentes, durante os relatos dela, eu consegui colocar os meus sentimentos. Muitas vezes, eu escrevi antes mesmo dela falar, e ao lermos juntas o texto, ela me dizia: irmãzinha, como você conse-guiu ler a minha alma? Isso é sin-tonia e a sua manifestação é trans-formadora! A principal mensagem que nós quisemos transmitir ao lei-tor, foi a de que devemos trabalhar os preconceitos e medos, trazendo a fé em Deus e a coragem como uma forma de passar por essa vida com determinação, ética, amor e fraternidade, na superação de tan-tas questões que são apresentadas para o nosso aprendizado pessoal.

O que é a “Síndrome de Williams”, conte-nos um pouco sobre ela?Cristina Loddi - A Síndrome de Williams é uma rara desordem genética frequentemente não diagnosticada. Não é transmitida geneticamente. Não tem causas ambientais, médicas ou influên-cia de fatores psicossociais. Tem impacto sobre diversas áreas do desenvolvimento, incluindo a cog-nitiva, comportamental e motora. Estimasse que 1 em cada 20.000 crianças nasçam com SW. Foi des-crita pela primeira vez em 1960 por um médico neozelandês, Dr. J. C. P. Williams, quando verificou que um grupo de pacientes pediá-tricos possuía sintomas parecidos, problemas cardiovasculares, ros-tos com características semelhan-tes, atraso mental moderado, difi-culdade para ler, escrever e efetuar operações matemáticas. Alguns possuíam extraordinário talento musical com alta noção de ritmo.

Afeta tanto homem, quanto mu-lheres. Podem ocorrer em qual-quer lugar do mundo e em qual-quer grupo étnico. A maioria das crianças tem grandes dificuldades de alimentação no primeiro ano de vida, incluindo vômitos, recu-sa de alimentação, podem mostrar grande irritação e chorar excessi-vamente. Geralmente apresentam uma face característica (descrita como a de um duende): nariz pe-queno e empinado, cabelo encara-colado, lábios cheios, dentes pe-quenos, sorriso frequente.

Onde podemos comprar o livro?Cristina Loddi - O livro pode ser encontrado através do site www.asabeca.com.br Devido a renda do livro ser beneficente, nós damos preferência para que as pessoas adquiram o livro conosco, através da página Mãe Coragem – Convi-vendo com a Síndrome de Willia-ms, no facebook. Direcionamos a renda, à divulgação da SW, atra-vés do trabalho que Jô Nunes rea-liza com as pessoas com Síndrome de Williams e seus familiares.

O que é a “ABSW - Associa-ção Brasileira da Síndrome de Williams”?Cristina Loddi - A ABSW foi fundada em 9 de fevereiro de 2002. No início eram pais e mães de filhos diferentes, que sozinhos tentavam compreender esse uni-verso, encontrando-se nos cor-redores dos hospitais. Tinham o diagnóstico tardio, e muitas vezes errado, ocasionando o tratamento precário. Então surgiu a ideia de fundar a ABSW, primeira enti-dade filantrópica com o objetivo de dar apoio e suporte as pessoas

Page 28: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

28 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

com SW e seus familiares no Brasil. Objetivos: Orientação sobre a im-portância fundamental e a viabili-zação no serviço público dos testes para diagnosticar com segurança a SW e realizar todos os tratamentos existentes, além de avaliações e tes-tes pedagógicos e neuropsicológi-cos; Melhora da qualidade de vida das pessoas com SW, promoven-do campanhas de esclarecimento quanto às suas reais possibilidades de incluir-se na rede regular de en-sino, em cursos profissionalizan-tes, no mercado de trabalho e em todas as atividades da sociedade a qual pertence;Identificação de ser-viços e profissionais de instituições de ensino e pesquisa que possam atender as pessoas com SW; Reuni-ões mensais para orientações, além de terapias em grupos e individual;Orientação, por meio de visitas, para toda a comunidade escolar sobre a inclusão, aprendizagem e adaptações do currículo escolar;Lutar por uma sociedade inclusiva – garantia dos direitos e deveres;Participar na elaboração de políti-cas públicas para PcD; Inclusão so-cial por meio de passeios em par-ques, museus, teatro entre outros centros culturais; Que ao nascer uma criança com SW o profissio-nal neonatal tenha condições de diagnosticar corretamente e pre-cocemente, evitando desta forma comprometimento geral de saúde; Organização um Cadastro das pes-soas com SW afim de mapear suas necessidades.

Como as pessoas devem fazer para conhecer melhor a Instituição?Cristina Loddi - Poderão conhe-cer e acompanhar as atividades da ABSW através de todo Brasil pelo

site www.swbrasil.org.br Através das páginas no facebook: Absw Sín-drome de Williams SW_Capital SP E ainda curtindo a página do livro Mãe Coragem – Convivendo com a Síndrome de Williams. Adquirindo o livro por R$ 35,00, estarão contri-buindo na divulgação e amparo das pessoas e familiares de SW. Periodi-camente são realizados encontros regionais por todo Brasil e almoços beneficentes com o intuído de arre-cadar fundos para a ABSW. Esses eventos são amplamente divulgados nos links sugeridos.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário no Brasil?Cristina Loddi - Minha partici-pação no mercado literário ainda está começando, e não tenho mui-ta base para dar essa resposta com segurança. Mas, pela pouca experi-ência que venho adquirindo como escritora, e também como leitora, posso afirmar que as pessoas de-vem ser estimuladas ao hábito da leitura desde tenra idade, através da família, escola e mídia. Nosso país vem passando por uma crise econômica e cultural. A maior par-te da população não tem condições financeiras e tão pouco o hábito da leitura. Devido a esses fatores, o preço dos livros deve ser baixo, para estimular a compra. Em con-tra partida, os custos com a impres-são e publicação de livros é alta. O que percebo é que um escritor não consegue viver apenas da área lite-rária, assim como ocorre em tantas outras áreas culturais no Brasil.

Quais são seus próximos proje-tos na área literária?Cristina Loddi - No primeiro

semestre de 2014, paralelamente ao livro Mãe Coragem, trabalhei na publicação do livro Advérbios Cotidianos, que tem o mesmo ob-jetivo beneficente. Foi lançado na semana passada e já está à venda através dos mesmos links citados anteriormente. Nesse momento, estou trabalhando como Ghost Writer em mais uma biografia, ainda sem título, que deverá ser publicada até o final de 2014. Com Jô Nunes, tenho diversos outros projetos a serem desenvolvidos, todos com foco no assunto “Sín-drome de Williams”.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor a Escritor Cris-tina Loddi, que mensagem você deixa para os nossos leitores?Cristina Loddi - É elementar: um país que não investe em educação e cultura, poderá com o tempo ser vítima de seu próprio descaso. Pre-cisamos ensinar nossas crianças o hábito da leitura, do estudo e re-flexão. Principalmente em relação à temática desenvolvida através dos livros que tenho escrito, pre-cisamos abrir novos horizontes, isolando preconceitos e trazendo discussões do interesse de toda a sociedade, estimulando a ética e cidadania. Necessitamos rapida-mente reverter o quadro cultural e social de nosso país, pois sem esses estímulos poderemos nos tornar um país doente. Nós, escritores e leitores, fazemos parte integrante de todo esse processo.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 29: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 29

ENTENDA COMO FUNCIONA O NOSSO CORPO ATRAVÉS DA LINGUAGEM CORPORAL

Participação Especial

Escritora/palestrante Fabiana Barbosa

Por Fabiana Barbosa – Psicanalista; Psicoterapeuta Junguiana; Parapsicóloga; Psicoterapeuta Holística;

Master Practitioner; Palestrante; Escritora e Consultora de treinamentos empresariais.

Falando parece ser difícil, coisa de outro mundo, mas na verdade nós fala-mos menos verbalmente e

nos expressamos mais através dos movimentos corporais sem dar-mos uma palavra. O nosso corpo fala em silêncio o tempo todo. Es-pero que a minha mensagem pos-sa colaborar claramente e trazer alguns benefícios. Sempre busco pesquisar livros de autores espe-cialistas em comunicação

De acordo com David Cohen , ele nos deixa algumas dicas inte-ressantes que valem a pena serem destacadas:

1. Preste atenção não apenas ao que as pessoas dizem, mas a todos os aspectos do comportamento delas.2. Use os olhos com sagacidade – i.e. Pratique olhar com o canto dos olhos. (As mulheres em geral usam muito essa técnica)3. Lembre-se de não se deixar le-var pelos desejos. O Fato de alguém sorrir para você e segurar o seu bra-ço não significa, necessariamente, que essa pessoa esteja interessada em você. Pode ser uma confirma-ção positiva da comunicação. 4. Análise os seus próprios “hábi-tos” de linguagem corporal.

5. Decida que aspectos da sua pró-pria linguagem corporal podem revelar coisas sobre você e o que você não quer revelar.

Page 30: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

30 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

6. Aprenda a controlar as mensa-gens da linguagem corporal que você demonstra.7. Use sua resposta a testes par analisar os seus pontos fortes e fracos na própria linguagem cor-poral. Depois, você pode começar a mudar e lidar com as suas fra-quezas.8. Aprenda a rir dos seus hábitos de linguagem corporal. A capaci-dade de rir de si mesmo mostra que você tem verdadeira auto-confiança, aquela que acompanha um MLC – Mestre em Linguagem Corporal.

Segundo Pierre Weil (1924 – 2008), foi Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris, pro-fessor na Universidade de Minas Gerais, Diretor do Centro de Psi-cologia Aplicada do RJ, Especialis-ta em Psicoterapia de Grupo, Psi-codrama e também autor de vários livros editados em vários países, incluindo o conhecido Best Seller “Relações Humanas na família e no trabalho”. Ele esperava apresen-tar em sua obra literária “O Corpo Fala”, uma forma de comunicação simples, clara, objetiva, simples e divertida. O autor também fez al-gumas comparações com metáfo-ras para facilitar o entendimento de suas narrações e interpretações. A forma como o autor expressava as suas explicações eram funda-mentadas em experiências cienti-ficas e fazem sentido no que tange as experiências vividas por várias pessoas no dia a dia de suas vidas.

A comunicação pode ser fei-ta de várias formas, mas a comu-nicação oral é a mais utilizada. A comunicação escrita serve para registrar observações como pen-samentos, mensagens, interroga-

ções, informações, expressar sen-timentos, e hoje é muito utilizada na era digital para comunicação, facilitando a vida das pessoas no mundo dos negócios, sociais e en-tretenimento.

Apesar dos grandes avanços tecnológicos, a palavra continua a ser um dos meios de comunicação mais eficazes que existem, pois sa-ber comunicar é uma obra de arte, ela envolve expressões corporais,

praticamente todos os sentidos que possuímos (tato, olfato, pala-dar, audição e visão), inclusive as emoções e sentimentos.

Saber comunicar verbalmente e não verbalmente hoje em dia é uma ferramenta importantíssima e essencial para o indivíduo geren-ciar conflitos, fazer bons negócios, ter bons relacionamentos, liderar pessoas e muito mais...

Uma pessoa que busca o seu

Page 31: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 31

dos fatores primordiais para dar um dos primeiros passos para a mudança interna começar ocorrer com sucesso.

A comunicação eficaz é aque-la em que a pessoa passa a men-sagem expressando-se coerente-mente, com segurança, confiança, adequando seu conhecimento as expressões corporais.

Quando uma pessoa mente por exemplo, nem sempre é bem sucedida por não saber adequar o contexto que foi criado para expor a mensagem verbalmente, sem que perceba seu corpo se expres-sa sem confiança, segurança, os olhares acabam por refletir toda a incerteza e desconfiança... Portan-to, especialistas em leituras corpo-rais, detectam perfeitamente bem, quando uma pessoa está sendo sincera ou não. Se está falando a verdade ou não.

Esses estudos foram impor-tantes para auxiliarem os profis-sionais em diversas áreas e entre elas destaco a área de Vendas.

Hoje é muito comum pro-fissionais da área de marketing, administração, vendas, negócios, psicologia, medicina e tantas ou-tras profissões, utilizarem estudos que agreguem conhecimentos so-bre o comportamento do ser hu-mano. Aprendendo a lidar com as suas deficiências e seus pontos fortes.

Imagine um médico do século

XXI recebendo o seu cliente com um sorriso nos lábios, e com o bra-ço estendido para apertar sua mão como uma apresentação pessoal e cumprimento de boas-vindas? O que você sentiu ao imaginar essa cena? Acredito que uma agradável sensação de bem estar, respeito, dignidade, segurança, confiança, alivio e conforto.

Como você tem se comporta-do nos ambientes por onde se lo-comove diariamente?

A primeira impressão é a que fica quando entramos em qual-quer ambiente, portanto, valorize a sua marca, VOCÊ!

Forte abraço.Fabiana Barbosa

www.polimentodoser.com.brhttp://polimentodoser.blogspot.com.br/

REFERÊNCIAS

COHEN, David. A Linguagem do corpo: o que você precisa saber. Tradução de Daniela

Barbosa Henriques. 7ª ed. Petrópolis, RJ, Ed. Vozes, 2013.

WEIL, Pierre. O corpo fala: A Linguagem Silenciosa da Comunicação Não verbal. 69ª ed.

Petropólis - Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1986.

NOTAS

1 COHEN, David. A Linguagem do corpo: o que você precisa saber. Tradução de Daniela

Barbosa Henriques. 7ª ed. Petrópolis, RJ, Ed. Vozes, 2013.

autoconhecimento, observa a im-portância de atualizar-se em vá-rios aspectos de sua vida pessoal e profissional. A comunicação é um

Page 32: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

32 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 33: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 33

Escritora Francisca Vânia Rocha

Francisca Vânia Rocha Nóbrega, mora na cidade de João Pessoa - PB, é formada em Letras, pela UFPB, tendo duas Pós-graduações, Especializações; uma em Linguística, outra em PROEJa, as duas pela UFPB. É professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação do Lyceu Paraibano, autora de 3 livros: “Tecendo poemas nos ecos do eu”, “Ponto e Contraponto: Releituras, Das Palavras à Imagem Fílmica” e “A Cartomante pelo viés da Psicanálise”.

Foi uma construção á base de muito estudo, pesquisa e dedicação, uma vez que aproximo psicanálise e literatura. A psicanálise lacaniana e a literatura machadiana, dois gênio em áreas diferentes. Portanto, muito cuidado em aproximar corretamente seus trabalhos.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

SMC - Escritora Francisca, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que mo-mento você decidiu publicar o seu primeiro livro?Francisca Vânia - Devo essa deci-são à professora Margarida Assad, da Pós-Graduação em letras da UFPB, pois ao corrigir meu traba-lhar final sobre o Outro de Lacan e a adaptação fílmica do conto A Cartomante, de machado de Assis, onde faço uma ponte entre o su-jeito lacaniano e o sujeito em Ma-chado, no qual ambos se revelam plenamente nos atos falhos e nos deslizes.

SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos apresentados em seu livro “Tecendo poemas nos ecos do eu”?Francisca Vânia - São várias as mensagens, porém o núcleo cen-tral, a temátima mãe é a sensibi-lidade feminina, o ser feminino frente aos sentimentos e emoções mais profundas.

SMC - Que temas você aborda em seu livro “Ponto e Contra-ponto: Releituras”?Francisca Vânia - Temas diversos, como as injustiças sociais, com o artigo Sob o signo da justiça dos homens e da de Deus: O martírio

de João Vermelho, na página 61, a exuberância do erotismo amoro-so, na análise do cordel Salomão e Sulamita, na página 101, a filoso-fia estoica de Sêneca, em Medeia, na página 11, perfis femininos na obra de José de Alencar, na página 37, e assim outros temas mais.

SMC - Conte-nos sobre a cons-trução do seu livro “Das Palavras à Imagem Fílmica: A Cartoman-te pelo viés da Psicanálise”Francisca Vânia - Foi uma cons-trução á base de muito estudo, pesquisa e dedicação, uma vez que aproximo psicanálise e literatura. A psicanálise lacaniana e a litera-tura machadiana, dois gênios em áreas diferentes. Portanto, muito cuidado em aproximar correta-mente seus trabalhos.

Entrevista

Page 34: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

34 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

SMC - Qual o gênero literário que mais gostas de escrever? Por quê?Francisca Vânia - Sinceramente não posso escolher, pois me re-presento completamente no que escrevo, independente do gênero. Em breve estarei publicando um livro de Contos, e posso afirmar que esse sim, foi o gênero literário que maia senti dificuldade de es-crita, uma vez que ele necessita de síntese, de condensação, de finais surpreendentes.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?Francisca Vânia - No Sebo Cultu-ral na cidade de João Pessoa – PBSMC -Quais os seus principais objetivos como escritora?Vânia Rocha - Escrever para mim é uma necessidade, uma fome e uma sede que nunca são saciadas. Acredi-to que quem escreve tem como ob-jetivos partilhar emoções, crenças, anseios, medos esperanças...

SMC - Quais os principais hob-bies da Escritora Francisca Vânia R. Nóbrega?Francisca Vânia - Caminhar a beira mar, ler bons livros, assis-ti filmes interessantes, e escrever, claro.

SMC - Como você vê o mercado literário brasileiro?Francisca Vânia - Difícil, muito complicado e fechado, principal-mente para escritores iniciantes, das regiões menos favorecidas economicamente e culturalmente em relação à leitura e escrita.

SMC - Pois bem, estamos che-gando ao fim da entrevista, agra-decemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escri-tora Francisca, que mensagem você deixa para nossos leitores?Francisca Vânia - Que continuem sendo leitores assíduos e divulga-

dores do Divulga Escritores, pois além da qualidade, esse é um es-paço muito significativo para os novos escritores brasileiros, de to-das as regiões, é preciso ressaltar. Visite o Blog e conheça um pou-co mais do trabalho da escritora Francisca Vania Rocha - http://profvaniarocha.blogspot.com.br/ - Navegando, aprendendo e ensi-nando.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 35: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 35

Page 36: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

36 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Escritor Gilmar de Souza Queiroz

Gilmar de Souza Queiroz nasceu no dia 21/12/1977 em São Paulo. Filho de Luiz Alves de Queiroz e Margarida de Souza Queiroz. Professor da rede estadual e municipal de São Paulo. Casado com Vanessa Xavier Queiroz e pai, daquela que ele diz ser sua maior, sublime e indizível poesia: Clarice Ayê Xavier Queiroz.Nos tempos de criança observava com muita ternura seus pais contando histórias, proseando, tocando violão, ouvindo músicas de Dilermando Reis, Nelson Gonçalves, entre outros, universo que o estimulou rumo à poesia. Hoje – aos 36 anos - leciona em escolas públicas na qual convive com dificuldades e alegrias todos os dias. Declamando, escrevendo, lendo poemas com crianças, adolescentes, professores, que assim como ele, encontram na literatura uma forma de terapia.

“Toda literatura é válida desde um John Green a um Dostoiévski, porém o mercado literário foca no canonizado, no lucro, no entretenimento. Acontecem muitos movimentos na periferia, muita poesia, literatura, que o mercado desconhece e ignora.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritor Gilmar de Souza Queiroz, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o moti-vou a ter gosto pela poesia? Gilmar Queiroz - Nos tempos de criança, meus pais contavam muitas histórias, “causos típicos do Nordes-te”, e eu ficava imaginando, cons-truindo as imagens diante das des-crições, etc. Esse foi o meu primeiro contato com a literatura. Logo mais passei a ler Fernando Pessoa, Carlos Drummond e me vislumbrei de vez com o universo da poesia.

Em que momento decidiu publi-car “Morada sem prumo”? Gilmar Queiroz - Quando se pro-duz um livro, se tem uma ideia, é como uma gestação, tem prazo para nascer, chega um momento que a “bolsa rompe” e a vida eclode.

Page 37: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 37

Como foi a escolha do Titulo? Gilmar Queiroz - O título – Mo-rada sem prumo - tem haver com minhas experiências pessoais em uma empreita que fiz em minha casa. Tive muitas dificuldades em encontrar bons profissionais na área da construção civil, por outro lado – esses aspectos negativos – estimulou-me a construir versos que abordam a ideia de um mun-do “fora de prumo”, o ser humano como um paradoxo, que idealiza planos em terrenos acidentados. É um certo diálogo com Camões em o desconserto do mundo.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos

textos literários que compõe a obra? Gilmar Queiroz - Poemas que migram em temas da condição humana. A principal mensagem é mostrar que em tudo há poesia, basta o olhar para captá-la.Onde podemos comprar o seu livro? Gilmar Queiroz - No site https://www.clubedeautores.com.br/book/167733--MORADA_SEM_PRUMO#.U6jdWfldVqU

Quais os seus principais objeti-vos como escritor?Gilmar Queiroz - Explorar o ines-gotável universo da linguagem.

Quais os principais hobbies do es-critor Gilmar de Souza Queiroz? Gilmar Queiroz - Jogar futebol e escrever poemas.

Como você vê o mercado literá-rio Brasileiro? Gilmar Queiroz - Toda literatu-ra é válida desde um John Green a um Dostoiévski, porém o mer-cado literário foca no canoniza-do, no lucro, no entretenimento. Acontecem muitos movimentos na periferia, muita poesia, litera-tura, que o mercado desconhece e ignora.

Que ações você sugeriria para atrair leitores para a literatura Nacional? Gilmar Queiroz - Ler para as pes-soas, declamar, produzir saraus, encontros em que se possam ex-pressar as opiniões, as leituras, etc.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom conhe-cer melhor o Escritor Gilmar de Souza Queiroz, que mensagem você deixa para nossos leitores? Gilmar Queiroz - Minha mãe, uma senhora simples e de grande sabedoria, sempre dizia que apren-der a ler é acordar para o mundo. Tal expressão soa como uma boa mensagem aos leitores, quando se ler compartilham-se as ideias, sonhos, conhecimentos. A leitura amplia e repertoria a linguagem, as concepções, a vida. Meu muito obrigado!

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 38: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

38 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

O TEMPO É NOSSO SENHOR

Participação Especial

Escritora Lígia Beltrão

Olho a taça de vinho com aquele líquido de cor indecifrável dan-çando diante de mim.

Hoje resolvi beber dessa taça que há milênios seduz as criaturas. Quero pensar. Na ciranda dos tempos, eu me vejo memória viva. Dentro de mim há uma tempes-tade de emoções várias. Reminis-cências. Quero o tempo atempo-ral. Quero os amores não vividos, esquecidos nesse passado que grita jogado nas brumas do tem-po e que me castiga com saudades vãs. Memória tirânica que não me deixa em paz, sempre voltando e trazendo sensações indefinidas. Vida passada que jamais retorna-rá, mas teimosamente vem bater à minha porta interior. Na minha inquietação quero explodir em

desabafos. Não sou conformada com nada. Quero fugir das abstra-ções de mim mesma. Impossível. Elas me acompanharão vida afora. Não pretendo definir-me. O meu drama humano reclama portas de saída e eu guardo um mínimo de esperanças.

Goethe já dizia que o homem nada mais é que um drama, e um drama de caráter ontológico. Sou desassossego e uma ansiedade crescente habita em mim. Não quero, ou não sei falar o que me vai à alma, assim opto pelo silên-cio e grito através da minha escri-ta. As intempéries da vida já não me assustam mais, mas caminhar de quando em vez por dentro de mim mesma, aí sim, me dá medo, do que vou encontrar. Dos des-troços que fui acumulando sem

porquês, dos gritos mudos que en-gasguei com o tempo. Dos desejos que morreram sucumbidos pelo desprezo. Sigo a pensar...

Gosto de um pensar mais pro-fundo para poder me renovar. Ob-servo-me pelo avesso e vejo que na gaveta do meu inconsciente ha-bitam memórias imperecíveis. En-tre o passado e o presente há um ritmo nem sempre em superposi-ção, o verbo se conjuga em outro modo; - o era. A metamorfose do agora outorga a crueza da irre-versibilidade. Lembro fotografias do infinito. Floresço sonhos im-possíveis e me dou conta que lido com o tempo, e a simbologia dos instantes depende da perspectiva do sentir. Há uma fusão entre o passado, o presente e o futuro, não há como questionar. Pensar é um

Page 39: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 39

ato cognitivo do ser humano e nos leva a várias inclusões na vida.

Sentada na poltrona, dian-te de mim mesma, brinco com a taça de vinho, até esqueço que o tempo não me pertence. Queria poder guardar as horas, mas é im-possível. Às vezes, viver me ame-dronta, porque o tempo urge ine-xorável, fazendo os ponteiros de o relógio correrem com a certeza de não retrocederem. Saboreio o vinho lentamente, como gostaria de viver desde então. Sem pressa pra nada. A vida já foi tão corrida!

Um misto de sensações se confun-de dentro de mim com essa in-constância angustiosa. É chegada a hora de renovar-me, pois tenho consciência da transitoriedade da vida. Acato o futuro de um novo amanhecer. Quebro o silêncio pensativo que me fez reverenciar nobres sentimentos. Vim de lon-ge. Vim do longínquo mundo de dentro de mim, que silencia para ver-me transpassar as barreiras, agora transponíveis, do passado para o presente com a esperança do futuro.

Quero sonhos. Devanear. De-sejos da carne e prazeres munda-nos. Quero ser humana. Quero ser mulher senhora de mim. De-senhar meu tempo e o colorir com as tintas de um amor infindável. Quero ter a poesia dos dias e das horas enquanto bebo o tempo, esganada por viver. Afinal, “todas as coisas têm seu tempo, e existe o momento certo para cada uma delas sob o reino do céu”. – Ecle-siastes – Muito mais agora, respei-to o mistério da finitude da vida. Do tempo, nosso senhor.

Page 40: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

40 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Escritor Giuliano Filippi

Giuliano Filippi é um artista plástico dedicado ao trabalho de grandes esculturas. É um homem que ama a vida e acredita que ninguém é dono da verdade. Por isso, pensa que a fantasia pode criar acontecimentos sobre Jesus, os quais podem ou não ter existido.Segundo ele, um dia em sonhos, encontrou-se diante de Jesus, o qual lhe disse: “Escreva sobre minha história tal como você a imagina.”Assim, nasceu Jesus, o carona, uma história fruto da imaginação, mas na concepção do autor, pode ter sido algo que realmente aconteceu.

“Me senti realizado por haver conseguido me aprofundar um pouco mais na vida de Cristo, e encontrar as repostas que tanto procurava, mesmo sendo uma só resposta para todas as perguntas: A Fé.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritor Giuliano Filippi, é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor, conte-nos em que momen-to você pensou em escrever o seu livro “Jesus, o carona”?Giuliano Filippi - No momento que um dia me perguntei, será que é possível ao longo de minha vida um dia me encontrar com Jesus? Para lhe fazer dezenas de pergun-tas, ao qual não encontro respos-tas. E talvez tenha criado, mesmo sem querer, um personagem onde Eu gostaria de estar em seu lugar. Me senti realizado por haver con-seguido me aprofundar um pouco mais na vida de Cristo, e encontrar as repostas que tanto procurava, mesmo sendo uma só resposta para todas as perguntas: A Fé.

Page 41: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 41

Em que você se inspirou para es-crever esta obra? Conte-nos so-bre o percurso percorrido para construção do enredo.Giuliano Filippi - Me inspirei no maior homem do mundo; e me baseei no livro sagrado, a bíblia, e demais fontes, como outras religi-ões, e relatos.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de “Jesus, o carona”?Giuliano Filippi - A verdadeira fé sempre se manifesta nos mo-mentos mais críticos, desespe-radores e sempre nos momentos irrevessiveis.

A quem você indica a leitura do livro?Giuliano Filippi - Especialmen-te para aquelas pessoas que ainda não conseguiram verdadeiramen-te encontrar sua fé

Onde podemos compra-lo?Giuliano Filippi - O livro se en-contra hoje disponível na página da Edizione Garcia.http://www.garciaedizioni.com.br/jesus-ocarona

Quais os seus principais objeti-vos como escritor?Giuliano Filippi - Reconheci-mento de meu trabalho.

Pensas em escrever um novo li-vro?Giuliano Filippi - Ja tenho mais 12 livros prontos para a edição... Todos de contos totalmente dife-rentes, porém, mesmo sendo con-tos estão dentro da nossa realida-de.

Quais os principais hobbies do escritor Giuliano Filippi?Giuliano Filippi - Sou artista plástico de grandes esculturas em fibra de vidro.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário no Brasil?Giuliano Filippi - Mais incentivos nas escolas, e mais oportunidades de desenvolvimentos aos novos escritores.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor o Escritor Giulia-no Filippi , que mensagem você deixa para nossos leitores?Giuliano Filippi - Gostaria de di-zer que todos assim como eu que quando sentir a necessidade de sentar e fazer aquilo que o faz bem e feliz, algo de bem, mesmo que a vida ponha barreiras e impecilhos Nunca desistam de seguir enfren-te, confie nessa força linda e pode-rosa que se chama Fé.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 42: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

42 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

15 DIAS PELA ITÁLIA – VERONA

Verona foi imortalizada por Shakespeare em sua tragédia romântica Romeu & Julieta, sen-

do conhecida como a “cidade do namorados”. E hoje é procurada por turistas de todo o mundo que acreditam que a história do casal realmente aconteceu ali. E a cida-de explora muito bem esse tipo de turismo.

Verona fica entre Milão e Veneza, então dá para fazer uma parada e passar o dia na cidade. A viagem de trem saindo de Mi-lão durou 1h30m. Nossa chegada foi aproximadamente às 10h da manhã.

As cidades da Itália são gran-des, mas todas têm um centro an-tigo com seus monumentos que te dá uma impressão de voltar no tempo: ruas de pedras, todos an-dando a pé ou de bicicleta, ou de carruagem. E do lado de fora do centro ficam as ruas de asfalto e os prédios modernos, o que te reme-te de volta ao presente. Eu adoro esse contraste, essa aula de história ao vivo.

O centro de Verona é encanta-dor. Quando entrei na cidade logo pensei: eu moraria aqui.

A primeira vista se nota que

a cidade histórica é cercada por uma muralha gigantesca como muitas cidades medievais da Eu-ropa. E a partir dali se desenvol-veu. Seguimos pela Piazza Brà que é a praça central onde fica a Arena, um anfiteatro menor que o Coliseo de Roma, mas bem mais conservado e ainda estava fechado para restauração quan-do estivemos lá.

Você pode observar pela ci-dade, várias referências ao con-to de Romeu & Julieta, como a fonte de Julieta, jorrando água em meio a um lindo jardim da

praça, mas sem dúvida, o ponto turístico mais visitado da cidade é a Casa de Julieta. E como não tínhamos muito tempo, foi nos-sa escolha de passeio na cidade. Não há provas concretas de que a casa realmente pertenceu à famí-lia Capuleto, mas os locais juram que a história foi baseada em uma família da cidade.

É muito fácil localizar a casa na Via Capello, todo mundo sabe onde é, e existem sinalizações in-dicando como chegar.

A entrada da casa é feia, um muro de pedra todo rabiscado e

Page 43: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 43

Adriana Gomes de Farias - Mais detalhes e sugestões você encontra no blog viciodeviagens.blogspot.com.br no instagram @viciodeviagens

15 DIAS PELA ITÁLIA – VERONA

VÍCIO DE VIAGEM

com chicletes grudados, nem um pouco parecido com o que vi no filme Cartas Para Julieta (2010). Passando pelo muro e pelo por-tão de entrada, você segue por um pequeno corredor com um pátio ao fundo, onde fica a está-tua de bronze de Julieta, a sacada onde ela se lamentava sofrendo de amor, uma lojinha de lembranças e um outro portão ao fundo cheio de cadeados.

Você pode entrar para conhe-cer a casa (que é pago), ver os apo-sentos, roupas dos personagens e tirar a famosa foto na sacada da

Julieta, mas como estava muito cheio nós não entramos.

Mas no pátio realizamos to-das as superstições do local: es-crever nossos nomes no muro da casa; passar a mão no seio esquer-do da estátua para ter sorte no amor e trancar um cadeado com o nome do casal no portão do jar-dim para garantir amor eterno. O cadeado e a caneta são vendidos na lojinha.

Depois almoçamos num res-taurante super charmosinho ao ar livre chamado Lui e Lei (ele e ela em italiano), a garçonete era

brasileira e aceitamos suas su-gestões de massa: uma delicia. Os pratos foram na faixa de € 8 a 15. Só não gostei da bebida típi-ca de lá, acho que chama spritz, achei muito enjoativa!

Nós tivemos que seguir via-gem logo após o almoço, mas a cidade deixou um gostinho de “quero-mais”, e se você tiver mais tempo ou puder dormir por lá pode conhecer outros pontos turísticos como a Piazza delle Erbe, a Catedral de Vero-na, Castel Vecchio e a Basílica de San Zeno.

Page 44: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

44 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Escritor Júnior Pereira

Júnior Pereira é palestrante, blogueiro, pensador, escritor e Diretor fundador do Centro Motivacional Vida Plena ( que antes era chamado, Centro Cristão Escola de vencedores) na cidade de Paranatama Pernambuco, onde desenvolve diversos trabalhos e reúne grupos de pessoas 2 vezes por semana para dar palestras de Auto ajuda e Motivação e ensino da nova espiritualidade a luz da Bíblia. Também é diretor da FAITE ( Faculdade internacional de teologia) e CONADIC no estado de Pernambuco. Ministra palestras desde 2005, já viajou por vários estados, levando sempre uma mensagem de auto ajuda motivação e cura interior, que tem ajudado pessoas a vencerem seus problemas no dia-a-dia, o mesmo já ajudou pessoas de diversas classes sociais, em vários estados brasileiros Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Bahia, São Paulo, Paraná e Rio grande do sul, ousado naquilo que ensina, e com uma forma dinâmica de ensinar, tem ganhado o carinho e confiança daqueles que participam de suas palestras. Também é presidente do projeto SEM LIMITES que está vinculado a ONG que foi fundada e é presidida por mesmo, onde ajuda jovens a desenvolverem seus talentos.

“Acredito que o que precisa mudar é a visão dos escritores, não podemos mais ficar dependendo de editoras que porventura se interessem por nossos escritos, quantos grande autores não morreram sem ter um livro se quer publicado, pelo simples fato de não ser aceito por nenhuma editora?”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritor Júnior Pereira é um pra-zer contarmos com a sua partici-pação no projeto Divulga Escri-tor, conte-nos o que o motivou a ter gosto por temas de Auto Aju-da e Motivação?Júnior Pereira - O prazer é todo meu, sou grato por essa oportu-nidade de poder falar sobre meus trabalhos, e desde já quero para-benizar esse projeto que tanto tem ajudado escritores. O que me mo-tivou a ter gosto pela Auto Ajuda e Motivação, foi a vontade de ajudar as pessoas a vencerem suas crises interiores e ao mesmo tempo, mo-tivar as mesmas a conquistar seus objetivos e descobrirem o vence-dor que existe dentro de si.

Page 45: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 45

Que temas você aborda em seu livro “Segredos para uma vida abundante”?Júnior Pereira - O tema central do livro é descoberta, descobrin-do quem somos, a capacidade que temos e daí por diante. Desde o dia 18 do presente mês já está dis-ponível para compras também o meu segundo livro que tem por ti-tulo “25 Passos para o sucesso, paz interior e felicidade”. Nesse são 25 textos muito profundos que foram temas de Palestras e que tem um poder transformador, vale a pena adquirir também.

Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de seus textos literários?Júnior Pereira - Quero transmitir justamente o que ensino em mi-nhas Palestras, mostro que todo ser humano é capaz de vencer na vida, que isso não está resumido a um grupo de privilegiados ou sor-tudos, mas que isso é direito de to-

dos, qualquer pessoa pode vencer na vida, ter paz interior, ser feliz, basta saber o caminho, eu mostro o caminho as pessoas tanto por meio de minhas palestras como nos meus escritos.

Onde podemos comprar o seu livro?Júnior Pereira - O livro Segredos para uma vida abundante pode ser comprado no site da Amazon, Gbook ou Clube de autores.Já o segundo livro pode ser com-prado por enquanto apenas no Clube de autores, mas para facili-tar ao leitor nesse link você pode comprar qualquer um dos livros: http://autoajudaemotivacao.wor-dpress.com/produtos/

Como palestrante, quais os prin-cipais objetivos de suas pales-tras?Júnior Pereira - Mostrar para todo mundo que é possível reali-zar sonhos e projetos, que todos temos uma imensa capacidade escondida no nosso interior e que podemos usufruir do melhor que existe. Mostro que somos capazes, Deus nos criou para vencer e to-dos podemos alcançar isso.

Quem desejar como deve fazer para contrata-lo?Júnior Pereira - Muito simples. Só precisa mandar um email de-talhado sobre o evento para [email protected] ou [email protected] e estaremos analisando e re-tornando o contato.

Júnior, conte-nos um pouco so-bre o projeto SEM LIMITES, o qual você é hoje presidente?

Júnior Pereira - O projeto SEM LIMITES é um trabalho que faço voltado a crianças, adolescentes e jovens, onde desenvolvemos vá-rios trabalhos, dentre eles, dança, escolinha de futebol, teatro e esta-remos iniciando também uma es-colinha de Judô, dentro do projeto também fazemos um trabalho de intercambio, onde levamos os gru-pos a se apresentarem em outros estados. Também ministro Pales-tras uma vez por mês para todos os participantes do projeto, além de os incentivar semanalmente.O projeto funciona no Salão de Palestras do Centro Motivacional Vida Plena, instituição que tam-bém sou presidente e ministro palestras duas vezes por semana, além de conferências mensais e outros eventos que organizamos.

Quais os principais hobbies do escritor/palestrante Júnior Pe-reira?Júnior Pereira - Sou muito casei-ro, gosto de ler, escrever, assistir

Page 46: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

46 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

um bom filme, sair com a família, jogar futebol com os amigos, via-jar (apesar que a maioria das mi-nhas viagens são a trabalho). Ter contato com a natureza.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário no Brasil?Júnior Pereira - Acredito que o que precisa mudar é a visão dos escritores, não podemos mais ficar dependendo de editoras que por-ventura se interessem por nossos escritos, quantos grande autores não morreram sem ter um livro se quer publicado, pelo simples fato de não ser aceito por nenhu-ma editora? Então o que precisa para melhorar o mercado literá-rio é a união entre os escritores e a criação de eventos que venham de certa forma mostrar meios de um autor independente conseguir melhor sucesso com seus escritos.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-

nhecer melhor o Escritor Júnior Pereira, que mensagem você dei-xa para nossos leitores?Júnior Pereira - Eu que sou grato ao projeto Divulga Escritor e sei que esse projeto vai crescer mais e mais. A mensagem que deixo é parte do meu livro “25 Passos para o sucesso, paz interior e fe-licidade”. “Nos deparamos todos os dias com situações que tentam nos desanimar, nos fazer desis-tir, jogar a toalha. Porém desistir nunca foi a melhor saída, se qui-sermos de fato conseguir realizar nossos sonhos precisamos des-pertar para realidade de que so-mos os seres mais capazes da ter-ra. Não podemos ficar parados, olhando apenas o exemplo da-queles que fizeram história, o que precisamos é nos levantarmos e fazer a nossa própria história.” Grato pela oportunidade. Blog: www.autoajudaemotivacao.wor-dpress.com Site: www.autoaju-daemotivacao.com.br Facebook: https://www.facebook.com/PensamentosDeJuniorPereiraAutoAjuda?fref=ts

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 47: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 47

Depois de muito escutar crí-ticas nada menos que deploráveis sobre escritores de contos e crôni-cas, eis uma crônica sobre contos e crônicas.

A literatura se divide em vá-rios ramos e caminhos e um deles é a estrada dos Contos e Crônicas (narrativas de enredo curto com suas devidas particularidades). Ser um contista não nos diminui e nem nos faz inaptos a escrever livros com 500 ou mais páginas.

Somos contistas por opção e não por incapacidade literária ou imaginativa.

Um escritor - contista que é minha inspiração - Stephen Edwin King - escreve livros com mais de 800 páginas e ao mesmo tempo escreve contos de 4 pági-nas. Poder perambular por esses dois extremos nos faz escritores amplos, criativos, múltiplos e JA-MAIS nos faz menores.

Sinto que a grande parte dos “novos” leitores nunca leu um con-

NÃO GOSTO NEM DE CONTOS NEM DE CENOURAS

Participação Especial

Escritora Rô Mierling

to ou nunca gostou de conto (como a criança que não come cenoura porque não gosta, mas nunca pro-vou), mas se qualquer leitor parar e analisar a história da literatura bra-sileira e mundial verá que ela é feita de grandes escritores - contistas.

Ne verdade esse termo “con-tista”, somente e exclusivo, rara-mente existe, pois um escritor que escreve contos, escreve tudo, mas conheço escritores que se sentem incapazes de formar um enredo interessante em cinco páginas.

Para um escritor não existe es-paço, não existem limites, existem ideias. O que manda no quesito “livro impactante” é a imaginação e a criatividade, o poder das pala-vras e do enlace do enredo e não a quantidade de páginas de um livro e muito menos, JAMAIS, a capa dele. Mas eu falo isso para leitores, e não para crianças seguidoras de modinha literária..

Vamos ampliar nossos hori-zontes???

Deixo então aqui alguns gran-des contistas e-ou cronistas me-moráveis, não me aprofundei mais porque alguns são bem mais clás-sicos e nem sempre “badalados midiaticamente”, logo poderiam parecer 100% desconhecidos, quando na verdade são ícones da literatura mundial: Luis Fernando Veríssimo, Gabriel García Márquez,Martha Medeiros, Monteiro LobatoCarlos Drummond de Andrade, Edgar Allan Poe, Rubens Fonseca, Shakespeare, Guimarães Rosa, Ir-mãos Grimm

Curiosidade:1. O Prêmio Nobel de Litera-

tura 2013 foi dado a Alice Mun-ro, UMA EXTRAORDINÁRIA CONTISTA.

2. Você sabia que os “con-tos de fada” dos quais surgiu boa parte da literatura fantástica são “CONTOS”???

Agora se mesmo assim você ainda não “gosta” de contos e crônicas, ou torce seu lindo na-riz para eles, acredito que você não gosta de ler ou pelo menos ainda não conhece a verdadeira literatura....

Page 48: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

48 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 49: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 49

Escritor Maurício Gohmes

Mauricio Gohmes é pedagogo (professor de sociologia/filosofia), gestor cultural e palestrante. Já publicou sete livros. Em 1998, lançou seu primeiro livro, “Os Cadernos de Jacinto”, e de lá pra cá estabeleceu intervalos curtos entre uma publicação e outra. É verbete do Dicionário de Autores Baianos. “Airam e o Herdeiro de Lúcifer” constitui para o autor um texto que reúne questionamentos e reflexões sobre aspectos relevantes da vida cotidiana, pensados sem nenhum constrangimento religioso. Esta é uma obra que convida o leitor à reflexão e a uma tomada de decisões quanto ao seu posicionamento no seio de uma sociedade martirizada pelo império de uma falsa liberdade de expressão e subjugada pela tirania da religiosidade. O livro une emoção, perseverança e reflexão que ajudarão o leitor a se reencontrar consigo próprio e com Todo, o autor do universo, o Deus criador.

“Peço que experimentem a leitura de “AIRAM E O HERDEIRO DE LÚCIFER”. Tenho certeza de que algo muito bom este texto irá te proporcionar. Sou muito grato à revista Divulga Escritor por abrir espaço para a divulgação de novos autores. Acredito muito em seu trabalho. E para concluir: “seu destino é você quem faz”. Um forte abraço a todos.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritor Maurício Gohmes é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divul-ga Escritor, hoje você tem livros publicados de diferentes temas: contos, poesias, romances (fic-ção), biografias e históricos. Como foram surgindo estes dife-rentes gostos literários?Mauricio Gohmes - Isso é fruto de uma leitura variada. Desde crian-ça sou viciado em leitura. Li desde as revistas em quadrinhos (gibis) aos bolsilivros, aqueles com histó-rias do Far West americano. Como sempre fui apaixonado por histó-ria, e, principalmente pela história da minha cidade, escrevi dois li-vros históricos, sendo um biográfi-co sobre um dos grandes nomes da administração municipal. Os con-tos e a poesia foram meus primei-

Page 50: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

50 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

ros trabalhos, além de “passear” pela literatura regional, escrevendo cordéis. Acho que o escritor deve ser versátil e escrever para públicos variados, daí o surgimento espon-tâneo de diferentes temas.

De que forma você apresenta a cidade de Itapetinga em sua obra literária “Itapetinga, quero te co-nhecer”? Mauricio Gohmes - Falo da mi-nha cidade desde o seu desbra-vamento, apresentando inclusive os índios que habitavam a nossa região. Abordo aspectos relevan-tes de sua luta pela emancipação e falo de todas as gestões adminis-trativas, além de abordar sobre a cultura, o esporte e lazer, a educa-ção, a economia, os aspectos geo-gráficos, populacionais etc. Tenho o prazer em saber que meu livro é um dos mais utilizados pelas esco-las do Município para a pesquisa histórica da cidade.

Conte-nos qual o livro que de-morou mais tempo para ser es-crito e publicado? Que temas você aborda neste livro? Mauricio Gohmes - Sem dúvi-das, é o livro que estarei lançando em agosto, na 23ª Bienal Interna-cional do Livro de São Paulo, pela editora Garcia Edizione. “AIRAM E O HERDEIRO DE LÚCIFER” é o nome do livro e teve um período em que o texto ficou estacionado, pois sei da grande responsabilidade que é abordar um tema que pode abrir precedentes para a polêmica. Contudo, posso adiantar que o tex-to traz uma mensagem extrema-mente positiva e ajudará o leitor em situações cruciais para o exercício de sua fé, sem nenhum apego reli-

gioso. O tema em questão é a reali-dade da ligação de todo ser com o Criador do Universo. A centralida-de do tema consiste na afirmação de que vivemos em um mundo de infinitas possibilidades, pois tudo nos é possível, desde que estejamos ligados ao Todo, e isso independe de dogmas. Paradoxalmente, para estarmos ligados a Deus, devemos nos desligar de velhos paradigmas que nos aprisionam.

Qual o livro que demorou menos tempo para ser escrito e publica-do? O que o motivou a escrever de forma mais intensa que os de-mais livros escritos?Mauricio Gohmes - Foi o livro “Sete Contos e Um Bocado de Poesias”. Eu já tinha um enorme acervo de poemas, inclusive em publicações em um jornal local, e os contos foram escritos a partir de situações vivenciadas por mim ou de histórias que ouvia contar em minha infância. Unir contos e poesias foi só uma questão de or-ganização, daí o livro ficou pronto

e teve excelente aceitação.

Em que momento você pensou em escrever o livro “Airam e o herdeiro de Lúcifer”?Mauricio Gohmes - Foi a partir de um sonho. Sonhei com par-te da história. Nos sonhos eu me via sentando em uma mesa da cozinha de minha casa e, ao con-trário do que habitualmente faço, escrevia manualmente a história. Quando acordava me lembrava integralmente do que escrevia no sonho e, ia ao computador e digi-tava. Mas como disse, o texto ficou “estacionado” por algum tempo. Já não sonhava escrevendo, até que encontrei, não casualmente, na internet, algumas coisas que “ba-tiam” com o que estava sonhando e daí em diante me veio a inspira-ção para concluir o trabalho, agora sem sonhar com o enredo. Escre-ver este livro foi uma experiência muito boa. É por isso que acredito irremediavelmente nesse trabalho e tenho certeza de que ele atingirá números inimagináveis de leito-

Page 51: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 51

res. E, o que é melhor, ajudará a quem usufruir dele.

Como foi a construção do enre-do desta obra? Mauricio Gohmes - Como disse anteriormente, uma parte foi tra-balhada pelo subconsciente, pois sonhava com o texto enquanto dormia. A conclusão veio a par-tir de experimentar assuntos re-lacionados e organizar o texto de acordo com aquilo que acredito e que tenho a certeza de poder aju-dar a quem lê. Acredito piamente de que, se o que for escrito não ti-ver o objetivo de ajudar quem lê a se melhorar como ser humano, o trabalho não terá nenhum valor, nenhum sentido.

Você estará lançando este livro na Bienal Internacional do livro de São Paulo, pela Editora Gar-cia Edizione, podes nos adiantar o dia e o horário do lançamento? Mauricio Gohmes - A Editora em questão é um instrumento que me foi dado para a projeção deste trabalho. Como não acredito no “acaso”, mas em um universo de infinitas possibilidades, sei que “todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus”. En-tão, não foi por acaso que encon-trei essa Editora. Fui muito bem recepcionado por ela e faremos sucesso juntos. O lançamento do meu livro será no dia 28 de agosto, das 20:00h às 22:00h.

Onde podemos comprar os seus livros?Mauricio Gohmes - Inicialmen-te, no stand da Editora, na 23ª Bie-nal Internacional do Livro de São Paulo. Posteriormente, pelo site

da Editora; nas livrarias Cultura e Saraiva e diretamente com este autor, solicitando-o pelo E-mail: [email protected].

Vamos conhecer um pouco sobre o Palestrante Maurício Gohmes, conte-nos que temas você aborda em suas palestras?Mauricio Gohmes - Leciono So-ciologia e Filosofia para alunos do ensino médio, o que considero uma experiência muito boa, ob-servar como se comporta o jovem em relação às questões que envol-vem a vida em sociedade e seus comportamentos, afinal, são eles o futuro do nosso País. A experi-ência com vários temas literários e a vivência pessoal me permitiram construir palestras sobre questões que dizem respeito à vida em co-letividade, uma vez que todos so-mos um. Essa coisa de indivíduo, com RG e CPF faz parte desse sis-tema ao qual estamos presos, mas para o universo de infinitas pos-sibilidades somos todos um, liga-dos ao Todo, ou seja, Deus. Então, palestro sobre o homem, sua vida social, sua fé, suas ambições, sua relação com seu semelhante e com seu criador. Tudo isso, sem ne-nhum nervosismo religioso.

Quem desejar contratá-lo como deve proceder? Mauricio Gohmes - Pode fazê--lo através do E-mail: [email protected] ou pelo E-mail: [email protected], além dos fones: 77 8119-7285; 77 9968-9967; 77 9128-6200.

Como você vê o mercado literá-rio brasileiro?

Mauricio Gohmes - Apesar do avanço dos aparatos tecnológicos e das peculiaridades da rede mun-dial de computadores, vejo que ler o livro impresso continua sen-do algo prazeroso. Me emociono quando chego em uma livraria de um shoping, em pleno domingo, e a vejo cheia de pessoas, em sua maioria jovens, adquirindo vários títulos e os colocarem em uma programação de leitura. Temos ex-celentes autores e muitos deles no anonimato por não encontrarem oportunidades, pois as grandes editoras procuram os “consagra-dos”. Mas vejo o Brasil em um óti-mo momento no contexto literário. As bienais do livro atestam isso.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor o Escritor Maurí-cio Gohmes, que mensagem você deixa para nossos leitores? Mauricio Gohmes - A mensagem que deixo é de otimismo. Otimis-mo para consigo próprio e para o convívio com seu semelhante. Peço que experimentem a leitura de “AIRAM E O HERDEIRO DE LÚCIFER”. Tenho certeza de que algo muito bom este texto irá te proporcionar. Sou muito grato à revista Divulga Escritor por abrir espaço para a divulgação de no-vos autores. Acredito muito em seu trabalho. E para concluir: “seu destino é você quem faz”. Um forte abraço a todos.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 52: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

52 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

VIVER É UMA OBRA DE ARTE

Por Ana Stoppa - Advogada, Pós Graduada em Direito e Processo do Trabalho, PUC/SP, Escritora,

Ambientalista, Ativista Cultural. [email protected]

PANORAMA CULTURAL

Quanta magia reside no nascer de um novo dia!

Tal qual uma folha de papel em branco, pelo dom da vida despertamos como artistas de nossa própria existência.

Em cada minuto, segundo ou hora podemos desenhar nesta fo-lha do tempo o que desejamos.

Às vezes somos obrigados a fazer grosseiros rascunhos diante dos desafios.

Mas, ao final do dia, quando colocamos a cabeça no travessei-ro podemos fazer um balanço e ver como ficou nossa obra de arte

reflexões necessárias para o apri-moramento espiritual.

Cada dia, cada obra, cada momento simplesmente únicos.

Ser artista da própria vida e se tornar capaz através do apren-dizado contínuo, de pintar com as aquarelas da sabedoria todas as telas do tempo.

Mas que isso, no aprimora-mento diário podemos perfumá--las de encantamento, iluminá-las com o sol da bondade, banhá-las com as águas da paciência e do perdão.

No esmero gradativo aprende-mos a adornar as margens destas

telas únicas com traços delicados de benevolência,amor ao próxi-mo, generosidade, humildade.

Obras que como por magia fi-cam armazenadas nos arquivos de Deus para nos receber quando da viagem de volta com a mais linda das galerias de artes, fruto da pos-tura cristã e do aprendizado

Sejamos artistas de nosso bre-ve existir adeptos da sutileza, da delicadeza, da gentileza e da sabe-doria, da simplicidade, da com-paixão, do amor ao próximo, da humildade,da paz e do aprendi-zado...

Sempre!

Page 53: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 53

Page 54: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

54 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Escritora Mylena Araújo é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor. O que a motivou a ter gos-to pela escrita?Mylena Araújo - Olá, o prazer é todo meu. Meu gosto pela escrita começou com a leitura dos livros da Saga Harry Potter, fiquei bas-tante interessada pelo mundo fan-tástico dos bruxinhos, e então re-solvi me aventurar no mundo das fanfics, onde comecei a escrever.

Você escreveu e publicou 3 livros em 2013, porém, hoje, apenas um “O Mundo de Marguerite Sülever” esta sendo comerciali-zado, que lições você tirou desta experiência que a levou a tirar dois livros de circulação no mer-cado?Mylena Araújo - O Mercado li-terário é bem complicado quan-do se trata de novos escritores, a maioria das editoras não valoriza o nosso trabalho, descartando a possibilidade de avaliar os origi-nais. Percebi que havia, de certo modo, apressado o meu trabalho, lançando três livros de uma única vez. Não foi muito legal, porque apenas um deles teve uma maior divulgação. Por esse motivo sen-ti a necessidade de retirar os dois volumes da Saga Elyse D’ark de circulação, no futuro irei trazê-los de volta.

Escritora Mylena Araújo

É uma escritora nacional de ficção/sobrenatural e fantasia. Natural de Fortaleza, nascida em 2 de setembro de 1991. Seu gosto pela leitura começou com os livros da saga Harry Potter, desde então passou a escrever fanfics inspiradas no famoso bruxinho. Publicou seu primeiro livro “O Mundo de Marguerite Sülever” em 2013, posteriormente mais dois volumes da quadrilogia Elyse Dark. Atualmente a autora dedica seu tempo a sua primeira trilogia fantástica “Valera” estreando na 23º Bienal Internacional de São Paulo com o vol. 1 - A herdeira de Ótavos, que traz aventura e ação. Como diz Peter Pan: “Pensamentos felizes te fazem voar”.

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Conte-nos um pouco sobre o “O Mundo de Marguerite Sülever”Mylena Araújo - Foi o primeiro livro que escrevi, meu primeiro sonho que se tornou realidade. Trata-se de um romance de épo-ca, envolvendo um drama familiar. Passa-se em uma pequena cidade da França, Lyon em 1814. Conta à história da jovem Marguerite que perde a mãe ao nascer ganhando o desprezo de seu pai, ela é uma garotinha muito meiga, mas que convive com maus-tratos ao longo dos anos. Felizmente a protago-nista tem a companhia de sua fiel governanta Suellen e seus primos. O livro gira em torno da separação entre pai e filha, o final é surpre-endente.

Page 55: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 55

Onde podemos comprar o seu livro?Mylena Araújo - O Mundo de Marguerite Sülever está à venda na Cultura, Saraiva e Amazon em formato digital e na Loja RM Edi-ções. Também pode ser adquirido no site da Editora. http://www.se-lojovem.com.br/

Quais os seus principais objeti-vos como escritora? Mylena Araújo - Sempre estou aprendendo novas experiências nesse ramo incrível da literatura, e só tenho a ganhar mais e mais. Aprendo muito lendo novos li-vros, com meus amigos escrito-res, com os próprios leitores. Meu grande objetivo é divulgar o meu trabalho, que se torne conhecido.

Conte-nos sobre o lançamento do seu novo livro “A Herdeira de Ótavos”?Mylena Araújo - Estou super animada, é a primeira vez que me aventuro no gênero fantasia. Trata-se de um livro que envolve ação, aventura e descobertas. O

primeiro volume da Trilogia Va-lera, contou com a ajuda de sete betas leitores, onde embarcamos ao lado de criaturas mágicas, al-gumas que eu mesma criei, os famosos guardiões feiticeiros, os anjos caídos, e o que não pode fal-tar, O Temido Vilão. É uma obra que adorei e ainda estou amando escrever... Passa-se em um Reino Lendário rodeado por Cidades e seus povos. Desde já estão todos convidados para o lançamento na Bienal Internacional de São Paulo, na stand da editora TDL, por toda a semana.

De que forma divulgas o teu tra-balho? Mylena Araújo - Sempre divul-go em minhas redes sociais, no meu blog e Fan Page. Também conto com a ajuda dos meus blo-gs parceiros. Para quem quiser saber mais a respeito das minhas obras literárias e futuros lança-mentos, é só acessar os links: Fan Page:https://www.facebook.com/pages/Escritora-Mylena ra%C3%BAjo/1414555452116616

Twitter: @MylenaAraujo21 Blog: http://mylenaaraujo21.blogspot.com.br/ Site: http://myllen18.wix.com/mylenaaraujo

Como você vê o mercado literá-rio no Brasil?Mylena Araújo - A cada dia um novo e talentoso escritor surge para mostrar que nós, autores na-cionais, somos capazes. Acredito que se o Mercado Literário nos desse mais oportunidades, nosso trabalho seria muito mais valori-zado. Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário brasileiro?Mylena Araújo - A mesma coisa do item acima, Mais oportunida-des para os escritores, as editoras precisam investir nas obras nacio-nais.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor a Escritora Myle-na Araújo, que mensagem você deixa para nossos leitores?Mylena Araújo - Primeiramente quero agradecer pelo espaço. Se-gundo, agradeço pela atenção dos leitores ao lerem essa entrevista. Terceiro espero conhecer todos no Lançamento do meu novo livro. E sempre acreditem em seus sonhos. Um forte abraço e até a próxima.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 56: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

56 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

No lançamento do livro, entre fotografias, musicas diversas e po-esias foi contada a seguinte histó-ria:

Vou contar para vocês a his-tória de alguém que saiu de casa para encontrar seu destino, saiu

RECITAL QUERIDO DIÁRIO PEREGRINO: A HISTÓRIA

Participação Especial

Escritora Bernadete Bruto

sozinho somente, mas encontrou pelo caminho muita gente. Essa história tem começo, mas pare-ce não ter fim.O que dizia e sen-tia essa pessoa, vem em forma de poesia, mas também tem muita fotografia de um outro peregrino

e começa mais ou menos assim: querido diário peregrino

No diário peregrino, as dores que a gente sente, que estão bem na nossa frente, escrevia. Dessa forma olhava para o mundo, para ver se seu destino entendia e reci-tava muitas poesias.

Caminhando pela vida procu-rando uma nova direção se depa-rando toda hora com o que pensa-va ser mau e bom, sabia que devia seguir em frente, como faz muita gente, quando anda num trem.

Era tanto o caminho expe-rimentado, para frente, para trás e de lado, entrando e saindo por comunidade, procurava sua iden-tidade.

Os valores que encontrava, estranhava e perguntava o que era bem e o que era mal, se tudo aqui-lo era real.

Olhando para a vida que havia

Contatos com a autora: [email protected]

Page 57: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 57

na cidade descobria que a natureza podia lhe ensinar a simplicidade e a beleza e que talvez para sua feli-cidade, que o mal não fosse real.

Nesse olhar para a natureza de certa forma pedia que ela fosse seu guia e ensinasse de verdade como viver na cidade

Uma das formas mais bonitas encontrada por toda parte, era ver a naturalidade das pessoas convi-vendo numa comunidade, cada qual com sua expressão e arte.

Agora a pessoa compreendia que devia encontrar sua inteireza na natureza, mas podia encontrar a felicidade na sua cidade, que as-sim fosse aprendendo e sua vida refazendo.

Vivendo assim, aqui e agora é uma boa hora para levar uma vida de partilha, trazer de volta a comunidade os valores de família.

Que mensagem afinal quer deixar a poeta? Apenas a felicida-de de viver na cidade de acordo com sua natureza e cantar junto com muita gente que também as-sim sente.

E como esta história tem ini-cio e não tem fim

Então vamos viver com ale-gria, brincar, cair na folia, todos juntos assim.

(História: Bernadete Bruto e Foto: Wagner Okasaki)

Page 58: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

58 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 59: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 59

Escritor Sandro Cuesta é um pra-zer contarmos com a sua partici-pação no projeto Divulga Escri-tor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita?Sandro Cuesta - Primeiramente eu é quem devo agradecer a aber-tura que você e o projeto Divulga Escritor estão me concedendo para falar um pouco de literatura e por-que não de poesia também. Bem, tudo começou em um momento de mudança em minha vida, pois precisei vir morar em São José dos Campos e posteriormente ficar sozinho na cidade. Sempre gostei muito de ler os letreiros de trânsi-to nas ruas, mas nunca livros. De um momento de reflexão em um parque da cidade veio a idéia de escrever pensamentos, mas nun-

Escritor Sandro Cuesta

Sandro Luiz Cuesta, nascido na cidade de São Paulo no dia 12 de Agosto de 1976, mas reside há 6 anos em São José dos Campos. Filho de Claudio Cuesta (in memorian) e Ivani Cuesta. Formado em Administração de Empresas com habilitação em Recursos Humanos pela Universidade Paulista, com diversos cursos de extensão voltados para a área administrativa, financeira e serviços ,atualmente como escritor, tem realizado diversas oficinas e momentos de prosa com estudantes em escolas da cidade.Chegando Perto(2012), Descobertas-Discoveries(2013) e Olhos nos Olhos(pré-lançamento em Julho/2014) são os títulos dos livros do autor. Pratica alguns esportes, como ciclismo e corrida. Gosta de passear aos finais de semana para caminhar, ler, visitar amigos, ir ao cinema ou teatro e também adora viajar.

“As pessoas têm uma grande dificuldade de olhar nos olhos umas das outras, principalmente quando o assunto é sério, mas percebi que em quase todas as situações as pessoas não se olham, por isso me motivei em ter este título no livro.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Page 60: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

60 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

ca imaginei que seriam poesias. E daí tudo criou uma nova forma de pensar e agir e de todas as escritas, nasceu um trabalho que particu-larmente nem eu acreditava que sairia do papel.

Em que momento você pensou em escrever e publicar um livro?Sandro Cuesta - Nunca pensei em escrever livros, mas quando apre-sentei os escritos para uma coor-denadora de linguagens e profes-sora (Sandra Guimarães, que hoje é minha parceira nas divulgações nas escolas da cidade) que traba-lha comigo, ela me disse na hora para transformarmos tudo aqui-lo em um livro. Eu disse que era loucura e ela me incentivou muito neste momento à fazer o trabalho. Inclusive ela mesma foi quem re-visou cada poesia junto comigo; Me orientou e indagou em algu-mas, apresentou sugestões e daí nasceu a grande vontade de es-crever. Acredite se quiser: um ano depois ela também escreveu um livro destinado ao público infantil. Veja como é o destino das coisas. Só basta querermos.

Que temas você aborda em seu livro “Chegando Perto”?Sandro Cuesta - Chegando Per-to é exatamente o ideia do título: chamar o leitor para se aproximar de mim e ir além do papel. Falo da sustentabilidade do planeta, a falta de educação no trânsito, o preconceito das pessoas ao que é diverso, ao excesso de informação e a falta de perspectiva que ronda o mundo atualmente. Sigo uma linguagem concretista neste livro, que oras se torna lispectoriano, já que a minha inspiração para leitu-

ra primeiramente foi Clarice Lis-pector (Livro: A hora da estrela). Achei lindo este livro e ele sempre me guia nos pensamentos de meus projetos. Quero dar esperança ao leitor de que tudo será melhor, mesmo em se tratando de uma linguagem abstrata.

Como foi a construção do seu li-vro “Descobertas-Discoveries”?Sandro Cuesta - O Descobertas – Discoveries foi um livro pen-sando no retorno dos leitores de Chegando Perto. Fiz poesias e de-diquei a cada pessoa que me retor-nou ou sugeriu mudanças na for-ma de escrever. Fiz uma interação literária com os leitores e construi parte deste livro com as idéias de-les. Falo muito do amor neste tra-balho e a classificação dele seria mais para o público adolescente e adulto. Também pensei no públi-co estrangeiro e por isso construi poesias em inglês para prestigiar à todos, pois como trabalho em uma escola internacional, senti que po-deria atender àquelas crianças de uma maneira educativa e poética.

Qual a mensagem que você quer levar ao leitor através de suas obras?Sandro Cuesta - Quero que eles cresçam em sabedoria e que se motivem também à escreverem pequenos textos, que futuramente poderão se tornar grandes livros, porque não. Muito amor no cora-ção, sensibilidade, esperança, afe-to, equipe, união, espiritualidade entre outros adjetivos importantes para a nossa vida.

Sandro, soube que esta vindo um novo livro, podes nos con-

tar um pouco sobre sua nova obra literária?Sandro Cuesta - Sim. Está che-gando mais um trabalho e estou muito feliz. Desta vez, consegui apresentar à uma editora de Gua-ratinguetá que me deu um retorno muito positivo, gostou do trabalho e irá publicar. Fiquei sem palavras quando o editor me retornou a li-gação para dizer isso. Em Olhos nos Olhos, título do livro, vou tra-balhar com o leitor três formas de olhar: Olhares nos olhares, olhares da alma e olhares nonsenses. As pessoas têm uma grande dificul-dade de olhar nos olhos umas das outras, principalmente quando o assunto é sério, mas percebi que em quase todas as situações as pessoas não se olham, por isso me motivei em ter este título no livro. Quando o leitor ler minhas poe-sias, sentirá que eu estou na frente

Page 61: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 61

dele, de olhos fixos nele e falando diretamente à ele sobre os temos que abordo nas páginas do livro. Aguardem…

Conte-nos sobre o seu projeto nas Escolas, qual o objetivo, pú-blico-alvo?Sandro Cuesta - Bem, me juntei com dois professores, sendo um deles artista plástico e montamos um projeto para divulgar nas es-colas da cidade. Eu entro com as oficinas de poesias, flores, papel reciclado para fazer cartões poé-ticos, fotopoemas e sarau poético intitulado descobertas. Tenho re-alizado alguns trabalhos em esco-las desde o segundo semestre de 2013 e neste ano de 2014 não está diferente: Fechei com uma escola da cidade a realização de todas as oficinas elencadas acima em troca da mesma adotar um número de

livros para trabalhar nas salas de aula com as crianças. Minha meta neste ano é disseminar a literatura e a poesia em todas as escolas que eu puder entrar, pois futuramente os próprios alunos farão as suas produções e se tornarão indepen-dentes para a realização até das oficinas que eu ofereço.

Quem desejar como deve fazer para levar o projeto para sua Ins-tituição de Ensino?Sandro Cuesta - A instituição interessada deve apenas enviar um e-mail para: [email protected] site www.chegando-perto.blogspot.com.br Tel: (12): 99221.9066 Depois do primeiro contato eu marco para enviar ou ir pessoalmente na escola apresentar o projeto e as condições.

Como você vê o mercado literá-rio no Brasil?Sandro Cuesta - Vejo ainda mui-tos desafios no mercado literário no Brasil. As crianças brasileiras ainda leem pouco e como os es-tudantes atualmente estão ligados muito nas tecnologias do momen-to, acabam deixando de lado um pouco o livro físico. Esta tendên-cia tecnológica já era esperada, mas nunca devemos abrir mão de um livro de papel. Lembro-me de uma entrevista em que o can-tor Zeca Baleiro disse que sempre leva seus filhos à uma livraria para escolherem um livro, todos os me-ses, sem proibí-los de lerem pelos IPAD’s e Tablets e isso deveria ser uma regra para todos. O governo investe muito pouco na cultura e isso implica diretamente no mer-cado literário, mas não vou pole-mizar isto aqui, pois não cabe so-

mente à mim, mais há mais de 200 milhões de brasileiras, certo?kkk.

Quais as melhorias que você ci-taria para o mercado literário brasileiro?Sandro Cuesta - Um incentivo maior nas escolas públicas em re-lação à literatura. Existem tantos dias para celebrar com os alunos e com a comunidade escolar: Dia do livro, da poesia, do escritor, do leitor, etc. Precisamos criar este clima nas escolas e repartições que lidam com as crianças, para que elas se desenvolvam cada vez mais. Vejo tantos erros nas redes sociais e isto é nada mais do que falta de leitura de bons livros.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor o Escritor Sandro Cuesta, que mensagem você deixa para nossos leitores?Sandro Cuesta - Agradeço a opor-tunidade de partilhar um pouco da minha caminhada literária, que apenas começa. Gostaria anteci-padamente de agradecer algumas pessoas que estão fazendo parte deste sucesso: Deus, minha família, Sandra Araújo, Quinho Miranda, Cyntia Consiglio, Aldo Simões e Mirian Menezes. Deixo para os leitores a seguinte mensagem: Pro-curem sempre chegarem perto das descobertas, mas com olhos nos olhos, sempre. Não tenham medo de arriscar. Adicionei o título dos meus três filhos nesta frase final. Até mais e viva a poesia.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 62: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

62 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 63: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 63

Por Ruby Redstone - Escritor e jornalista graduado com honras pela conceituada California State University (Universidade Estadual da

Califórnia), com especialidade em Comunicação Intercultural e língua Inglesa. [email protected]

NA BOCA DO POVO

“A BATINA NÃO FAZ O MONGE, NEM O TERNO O PASTOR.”

Original: “A batina não faz o monge...”

Seria correto julgar uma pessoa pela aparência exterior? – Certamente que não! Tal procedimento seria o mesmo que ‘julgar o livro pela capa’. Ainda que a roupa ou o ‘invólucro’ possa dar muitas dicas a respeito do conteúdo, seria muito precipitado tirar qualquer conclusão sobre o caráter de uma pessoa por uma análise tão superficial. Existe um ditado in-glês que critica o perigo em julgar apressadamente qualquer situação e muito menos pessoas. “The only exercise of many is to jump into conclusion” [O úni-co exercício de muitos é saltar (precipitadamente) no julgamento]. A pessoa vocacionada para o bem, ou seja, cheia de virtudes admiráveis, não se apressará em tirar conclusões a respeito de alguma coisa e es-pecialmente sobre alguém; olhará a todos com bons olhos procurando virtudes ainda que num maltrapi-lho ou alguém sem qualquer formosura e atrativo fí-sico. Lembremos que é o monge quem faz [valoriza] a batina, e o pastor o terno.

Original: “Enganosa é a aparência e vã a formosura...”

Um sábio da antiguidade ilustrou a formo-sura como a camada de orvalho matinal sobre as folhas: fina e frágil! Basta poucos minutos de sol para dissipá-la completamente. Outro [sábio] mais contemporâneo declarou com sabedoria e substância que a “beleza tem a espessura da pele”. Você já imaginou deparar-se com uma miss uni-verso completamente ‘despelada’? Tente imaginar essa criatura cheia de dotes físicos, porém, sem a camada de pele para cobrir sua carne e músculos. Seria o quadro mais horripilante imaginável, ex-traída de um filme de horror! – Não só causaria náuseas, mas igualmente pânico sobre os expec-tadores. Aos vaidosos, gostaria simplesmente de lembrá-los de que por mais sedosa que seja sua ‘cobertura’, um dia ela irá minguar-se, enrugando--se com os anos.

“A APARÊNCIA É ENGANOSA E ENRUGA COM OS ANOS.”

[Provérbio extraído do livro: “PROVESSAS: Provérbios Populares às Avessas...”

Page 64: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

64 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Escritor Tarciso Filgueiras

Nasci em Goiânia, estado de Goiás, em 1950. Formei-me em Agronomia, depois fiz cursos de pós-graduação em Botânica. Trabalhei durante muitos anos em Brasília, na área de pesquisa e ensino. Depois de aposentado, comecei a escrever ficção. Meu interesse maior, ao escrever ficção, é resgatar a língua, os costumes, a culinária e os valores culturais do interior do Estado de Goiás.

“Leiam. Dêem uma oportunidade para os autores ficcionais brasileiros. Valorizem nossa língua, lendo autores nacionais. Nada contra autores estrangeiros, mas, em geral, eles passaram pelo filtro do tradutor e, frequentemente, perdem muita coisa.

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

Escritor Tarciso Filgueiras é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que o mo-tivou a ter gosto por textos de ficção?Tarciso Filgueiras - Durante mi-nha vida profissional, eu sempre escrevi textos científicos. O texto científico é bastante diferente do literário, nele as regras são rígidas e devem ser seguidas integralmen-te. O texto literário, a ficção, ao contrário, significa liberdade de criação.

Que temas você aborda em seu livro “Tempo de Tarumã”?Tarciso Filgueiras - Abordo a vida de um jovem do interior do Estado de Goiás que, depois de co-meter um crime, tenta reconstruir sua vida. A história de passa entre os anos de 1930-1950.

Como foi a escolha do titulo para o seu livro “O roseiral de Henri-queta”? Conte-nos um pouco so-bre esta obra.Tarciso Filgueiras - Este é meu primeiro livro de contos. O título do livro coincide com o título de um dos contos, o último dos doze. A escolha do titulo foi sugestão da minha editora, Lucia Koury. Eu havia proposto outro , ela su-

geriu este, eu gostei e ficou! São doze histórias curtas, envolvendo, na maioria dos casos, personagens goianas, no cenário rural ou su-burbano. Gosto de retratar a vida no campo, suas dificuldades, mas também sua beleza, originalidade e frescor.

Já tens data para o lançamento do livro “O roseiral de Henri-queta”?Tarciso Filgueiras - Sim, primeira quinzena de agosto/14.

Como foi a construção do seu li-vro “Ensaio sobre Jesus: Revelan-do o homem”? Tarciso Filgueiras - Ah, este deu trabalho. Durante, mais ou menos, uns dez anos, eu estudei o assunto, até então sem a mínima intenção

Page 65: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 65

de escrever um livro. Eu queria, eu precisava entender esta história sob o ponto de vista científico, já que o ponto de vista religioso, teo-lógico, todo mundo conhece. Meu processo de leitura foi muito orga-nizado, eu anotava tudo, resumo, referências, etc. No final, eu fiquei com vários cadernos de preciosas anotações. Quando resolvei escre-ver o livro, foi só uma questão de ordenar o material, checar nova-mente as fontes e ir “montando” os capítulos.

Que tipos de textos você apresen-ta em seu livro “Botânica para quem gosta de plantas”?Tarciso Filgueiras - Eu tentei apresentar as ciências botânicas para uma pessoa que não é da área biológica, ou seja, donas de casa, enfermeiros, comerciantes, astrô-nomos, matemáticos, etc. Por isto, a linguagem é simples, decodifica-da. Em geral, botânica é confun-

dida com floricultura, horticultu-ra ou agronomia. Não é. É uma ciência básica, isto é, sem aplica-ção direta, o estudo das plantas em si mesmas. Porém, sem o conheci-mento botânico, não se faz ciência na área da biologia vegetal. Seria como querer ser engenheiro sem entender de cálculo.

Escritor Tarciso, onde podemos comprar os seus livros?Tarciso Filgueiras - Há várias ma-neiras: nas lojas da rede Livraria Cultura, na Livraria Travessa, no site da editora (www.outrasletras.com.br) ou contatando direta-mente o autor ([email protected]).

Quais os seus principais objeti-vos como escritor? Tarciso Filgueiras - Como es-critor de ficção, contar uma boa história, que surpreenda, divirta e instrua o leitor. Como escritor científico, comunicar novos co-

nhecimentos sobre as plantas bra-sileiras, sua morfologia, anatomia, taxonomia, filogenia, nomencla-tura, ecologia, etc.

Como você vê o mercado literá-rio brasileiro?Tarciso Filgueiras - Extremamen-te limitado. As grandes editoras só querem publicar autores estran-geiros consagrados, pelos quais pagam uma ninharia (pelos direi-tos autorais e tradução) e conse-guem lucro certo. Romances de autores brasileiros? Esqueça. Nin-guém quer publicar. Não dá lucro, portanto, não interessa.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor o Escritor Tarciso Filgueiras, que mensagem você deixa para nossos leitores?Tarciso Filgueiras - Leiam. Dêem uma oportunidade para os auto-res ficcionais brasileiros. Valori-zem nossa língua, lendo autores nacionais. Nada contra autores estrangeiros, mas, em geral, eles passaram pelo filtro do tradutor e, frequentemente, perdem muita coisa. Obrigado!

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 66: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para
Page 67: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

UM GRITO PELA LIBERDADE

Participação Especial

Escritora Cassiane Santos

Eu era muito jovem quan-do me casei, sempre sonhava com um belo casamento e cheguei a

realizar o sonho de me casar na igreja como manda o figurino, quando conheci Mateus logo me apaixonei de cara , ele era muito bonito e engraçado, eu pensei esse é para casar, namoramos durante dois anos e em seguida ficamos noivos e começamos os preparati-vos para o casamento sabe como é cada um tinha a sua tarefa, de-pois de economizar finalmente estava com meu pai no altar tive o casamento dos sonhos, casamos e tudo era um mar de rosa, mais no mar existe também tempesta-de e ate tsunami, um dia Mateus

estava demorando a chegar em casa, quando ligava para ele esta-va sempre dando caixa postal, 2 horas depois ele chega em casa to-talmente embriagado eu fiquei fu-riosa, pergunto a ele o porquê da demora, e ele na maior grosseria diz que estava com os amigos, fui para o quarto muito chateada com ele, não demorou muito ele veio atrás de mim dizendo que queria ter relação comigo, fiquei furiosa da vida e recusei disse que não te-ria nada com um homem bêbado, ele ficou furioso pegou pelo meu braço fortemente e puxou meu ca-belo falando coisas horríveis e dis-se que eu tinha que fazer o que ele queria, então ele me bateu, achei que morreria no dia seguinte ele

falou comigo como se nada tives-se acontecido, meu casamento foi um fracasso e cenas como essas aconteceram varias e varias ve-zes , minhas amigas diziam que era para eu denunciar e foi o que fiz , decidi não ficar quieta dian-te de tanta violência, aprendi que primeiro tenho que me amar para depois amar os outros se eu não tenho respeito comigo, ninguém vai me respeitar, eu o amava mais não podia continuar aguentando todas aquelas humilhações ele ti-nha que aprender a lição denun-ciei e não me arrependo, quando ele me batia eu sempre me lembra-va de minha mãe que apanhava do meu pai, quantas e quantas vezes eu via meu pai batendo na minha

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 67

Page 68: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

68 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

mãe por isso eu não podia ficar ca-lada, existem situações que há ate morte, e eu amo viver.

História como essa tem se re-petido constantemente, a cada 1 minuto uma mulher é agredida, e em alguns casos além de serem espancadas são estupradas pelos seus maridos, mais infelizmente existem mulheres que se calam e não denunciam seus agressores para se ter uma ideia o Afeganis-tão é um dos países com maior índice de violência contra a mu-lher recentemente o Brasil esta em sétimo lugar, como país que mais tem violência domestica, ouve um caso em que o marido jogou ácido

na esposa por causa de ciúme, fora que existem países em que bater numa mulher é considerado nor-mal, e para a nossa tristeza a jus-tiça dá passe livre para os homens cometerem tal atrocidade, por isso é importante você mulher que talvez seja uma vitima denunciar, não tenha medo vá ate a uma de-legacia mais próxima de sua casa e faça o boletim de ocorrência, não devemos ficar caladas esse é o nosso direito, para isso existe a lei Maria da penha, certa vez estava eu e minhas amigas numa praça de alimentação quando chegou o noivo de uma amiga nossa ele era muito ciumento e não podia vê a

nossa amiga conversando com al-gum homem que ele ficava agres-sivo, foi quando ele a chamou para ir embora e ela foi chegando ao estacionamento ele bateu nela ate que seu rosto e olhos ficassem ma-chucados, no dia seguinte ela foi à delegacia e denunciou ele, dois dias depois ela retirou a queixa, ficamos decepcionadas com ela e para piorar ela voltou para ele, uma mulher não é saco de pan-cada de homem, se você mulher quer mudar a sua situação então lute pelos seus direito e denuncie TELEFONE É 180.

UM GRITO PELA SUA LI-BERDADE

Page 69: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para
Page 70: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

70 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 71: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 71

Poeta José Lopes da Nave é um prazer contarmos com a sua par-ticipação no projeto Divulga Es-critor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita?Nave - Antes de mais, quero agra-decer a oportunidade que o pro-jeto me oferece e louvar a Shirley pelo empenho com que abraça e manifesta na difusão de autores. O meu gosto pela escrita (diga-se foi a contragosto), pois logo aos treze anos, o professor de português exi-gia aos alunos a redacção do Diá-rio. Tal circunstância, para fugir à descrição das rotinas quotidianas, obrigava a atenta observação dos ambientes e a muita imaginação. De facto, este embrião ficou mar-cado em mim. Este gosto pela lei-tura foi crescendo, acompanhan-do o tempo. Na juventude, tentei os primeiros poemas, dos quais a grande maioria se perdeu. Toda-via, as exigências da atividade pro-fissional obrigaram a pôr de parte o prazer por este tipo de escrita, até há cerca de alguns anos.

Que temas aborda em seus textos literários?Nave - O ler as cartas de Vincent Van Gogh e do o irmão Theo, lem-brei-me de registrar também a cor-respondência com minha mulher (que ela guardou), desde o tempo em que nos conhecemos, noivado e ausências, quando me deslocava em serviço, a que intitulei O Amor

Escritor José Lopes da Nave

José Arménio Lopes da Nave, natural da Guarda, Portugal, licenciado em Ciências Sociais e Políticas.Viúvo com três filhos e sete netos, dos quais cinco são raparigas. Frequentei o Liceu da Guarda e, tive a felicidade em ter magníficos professores de Português.Devido aos curricula, muito cedo comecei a ler os autores clássicos portugueses, para além daqueles que a biblioteca liceal dispunha.Recordo que o primeiro livro que li, aos 11 anos, (para além de, anteriormente, os infantis) foi de Júlio Verne: Um Herói de 15 anos. A biblioteca municipal era também uma preciosa fonte de leitura. Profissionalmente, exerci a minha atividade no Departamento Central de Planeamento, tendo tido a meu cargo os sectores da Segurança Social, Educação e Saúde. Neste caso, exerci funções de direcção na Região Autónoma dos Açores e Administração Regional de Saúde de Lisboa.

“Desde muito cedo, a apreciava em casa, dita por um tio que coabitava em casa de meus pais e muito me influenciou. De tal modo que alguns poemas, ainda retenho na memória.”

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Entrevista

em Carta. Posteriormente, a fim de deixar testemunho aos filhos e netos, redigi um segundo texto O Nosso Tempo, descrevendo a nossa vivência, ao longo dos anos, nome-adamente a profissional. Tenho em mãos um terceiro texto, A Saudade do Presente, motivado pela leitu-ra do livro de Carlos Ruíz Zafon, Marina, que refere “a recordação desses momentos acompanha-nos para sempre e transforma-se num país da memória”. Presentemente, o facto de ser membro de alguns Grupos do Facebook, reconduziu--me à poesia, conjuntura que havia interrompido desde a juventude.

Page 72: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

72 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Que a poesia representa para você?Nave - Antes de mais, o deleite em a ler, discuti-la ao tempo, entre amigos e em ouvi-la dizer.Desde muito cedo, a apreciava em casa, dita por um tio que coabita-va em casa de meus pais e muito me influenciou. De tal modo que alguns poemas, ainda retenho na memória. Simultaneamente, vejo a poesia como expressão de senti-res reais ou imaginários, sempre a reflectir estados de alma.Considero-a uma libertação de anseios. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do seu texto?Nave - Seria estultícia da minha parte querer transmitir uma men-sagem, perante a plêiade de escri-tores consagrados e já publicados no Divulga. Sinto apenas a gratifi-cação da escrita e a alegria que me traz. Paralelamente, é um desafio a que me proponho, tentando pro-gressivamente melhorar. E, publi-car em livro, é na verdade um an-seio. O futuro o dirá. Esperemos? Pensas publicar um livro?Nave - Como referi, tenho dois livros de edição circunscrita, to-davia não tenho excluída essa hi-pótese, relativamente ao terceiro texto que referi.

Quais os seus principais hobbies?Nave - Reconheço que ultima-mente, tenho permanecido dema-siado tempo em casa. Daí que a dedicação a Grupos do Facebook de que sou Administrador e me preenche, praticamente, o tempo. Todavia não dispenso a música,

quer seja dita ligeira ou clássica, bem como a leitura. Os convívios familiares e de amigos, sempre constituíram um prazer, além de referir o cinema, o bom cinema.Cozinhar, revelou-se uma surpre-sa! Eu que não conseguia estrelar um ovo, resolvi comprar um livro de receitas experimentar. E, saía--me bem. Que escritores são a sua prefe-rência literária? Por que eles se tornaram uma referência para você?Nave - Difícil responder a esta questão. A preferência foi evo-luindo ao longo do tempo e, qua-se todos deixaram marcas. Por exemplo, li Servidão Humana de Somerset Maugham e O Homem que Ri de Victor Hugo, muito jo-vem e deixaram-me confundido.Sem ignorar os clássicos portugue-ses e estrangeiros, O Sentido da Alma de Thomas Moore, Aldous Huxley, Milan Kundera, Mircea Eliade, Roger Graudy são autores que vou relendo, porquanto sinto certa afinidade com o conteúdo dos textos.No domínio da poesia, o mes-mo sucede com Florbela Espan-ca, Fernando Pessoa e Antero de Quental, entre mais. De que forma você divulga o seu trabalho literário?Nave - Diria que foi um mero aca-so. Aderi ao Facebook, em mea-dos de 2012 e comecei a publicar no meu perfil. Quase de imediato, convidaram-me para um Grupo, onde continuei a divulgar alguns poemas, todavia apenas durante um curto espaço de tempo. Mais tarde, em Outubro (?) de 2012,

fui igualmente convidado para o Grupo Jardim de Poesia e segui-damente para o Solar de Poetas e Sorrisos Nossos, nos quais fui de-signado como Administrador, ao mesmo tempo em que procurava aperfeiçoar, progressivamente, a escrita. Tem sido uma aprendiza-gem. Como vê o mercado literário em Portugal?Nave - Ponderando o rendimen-to das famílias, a partir do século actual, o custo dos livros é relativa e consideravelmente muito mais elevado. Assiste-se, diria, ao fenó-meno da venda em pacote, pro-movida por alguns grupos, com um comportamento agressivo. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projecto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer o Escritor/Poeta José Lo-pes da Nave, que mensagem você deixa para os nossos leitores?Nave - Que poderei dizer?Aos autores consagrados que se lêem nos diversos Grupos, dese-jo que continuem a publicar, pois torna-se num deleite a sua leitu-ra e uma fonte de aprendizagem, constante. A todos que sintam gosto pela escrita, simplesmente não desistam e, assumam essa de-cisão quase como uma aventura. Os resultados far-se-ão sentir.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 73: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 73

Quando abria aque-la porta, invariavel-mente, deparava com aquele armário, bem

mais alto que eu, com uma série de prateleiras cheias de livros até aos cucurutos. Tinha duas portas envidraçadas a toda a sua altura. Ee entrava na sala, aproximava‐me e olhava.

Com os meus sete anos, en-trei no ensino primário. Comecei então a aprender a ler e a escrever. Fui juntando vogais e consoantes, uma a uma, lentamente. Então, já me aproximava daquelas portas cor outro ar e tentava juntar as palavras das lçombadas de cada livro, letra por letra: J...u...l...i...o... d...i...n...i...s... Olha, outro júlio... v...e...r...n...e... Nome estranho!...

Por José Sepúlveda

SOLAR DE POETAS

A BIBLIOTECA

l…u…i…s… d…e… c…a…m-…õ…e…s…

Pela noitinha, o meu pai che-gava a casa cansado da sua oficina de alfaiataria. As vezes, sentava-se na cadeira da sala de jantar, pega-va‐me ao colo e lia para mim... Um trecho de um romance..., como se fora uma história de embalar.... Eu olhava, correspondia aos ao seu terno olhar, e pensava com os meus botões: o que me quereria transmitir.

Os dias passavam, mas aque-le ritual mantinha-se. Entrava, parava frente do armário, tocava nos vidros… Depois, então, se-guia para as minhas brincadeiras, no terraço que existia nas trasei-ras daquele modesto bairro, onde a criançada dava aso à sua fértil

imaginação. Momentos inesque-cíveis.

Um dia apareceu na aldeia um furgão citroen, cinzento es-curo, e parou a poucos metros da casa. Com curiosidade, as pessoas foram‐se aproximando. Na par-te lateral da viatura, podíamos ler: Biblioteca Itinerante Calouste Gulbenkian. Uma carrinha que calcorreava aldeia após aldeia na tentativa de proporcionar às pes-soas a possibilidade de um acesso a alguns livros e incentivar o gosto pela leitura ‐ cultura popular. Era o primeiro contacto real com os li-vros. O Pequeno Príncipe, O Gato das Botas, A Bela Adormecida... He, espera!!! Essa eu já conheço! A Esperança já me contou! ... Espe-rança era a minha tia que foi cria-da como nossa irmã. Poucos mais anos tinha que eu. Ei-la recolhida pelo velho Armando e a desempe-nhar o papel de ama na ausência da Geninha, a minha mãe, que se esfalfava a trabalhar para ganhar o pão de cada dia. Tempos difíceis!

Foi nesta Biblioteca que tive o meu batismo de leitura. Quan-do requisitava um livro e o levava para casa, sentia ter um tesouro meu, só meu, que religiosamente lia e guardava com carinho até ao regresso do grande furgão cinzen-to, para poder penetrar em novas aventuras.

Page 74: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

74 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Um dia descobri a chave do armário. Foi o acesso secreto aos livros. E fui desbravando um após outro… Camilo, Junqueiro, Ferrei-ra de Castro, Campos Junior – ah, aquele livro, Pedras que Falam. Um navegar pela história através da nar-ração de visitas de estudo a algumas igrejas e monumentos... Um génio, aquele professor criado pelo gran-de génio das palavras. Pegava ale-atoriamente num, noutro livro, e lia com avidez: Lá vai a nau catrineta/ que tem muito que contar... Pela es-trada plana/toc toc toc... Acima, aci-ma gajeiro/ acima só mastro real/ vê se enxergas Espanha/areias de Por-tugal. E o gosto pela poesia ia nas-cendo no meu pequenino coração de criança...

O tempo passa, caramba! De repente, cheguei à Póvoa. A cena repetia‐se. Entrava em casa ‐ agora, uma casa imensa… E na sala, inca-

riàvelmente, o mesmo armário... os mesmos livros carinhosamente en-cadernados ‐ a Faculdade de Letras onde o pai adquirira a sua Forma-tura. Agora já tinha livre acesso aos livros. Campos Júnior, Alexandre Dumas, Ferreira de Castro, Boca-ge, Nobre, Antero, sei lá… tantos. Deleitava-me a ler as Crónicas da I Grande Guerra, editada em fas-cículos, profusamente ilustrada e carinhosamente encadernada em quatro grandes volumes. Descober-ta a descoberta, ia criando o meu próprio mundo. Foram assim nas-cendo, timidamente, os primeiros textos. Tentativas de imitação das coisas que ia descobrindo no decor-rer das aulas de português no ensino secundário. As quadras, as redondi-lhas, os acrósticos, os floreados poé-ticos tão comuns na idade média, os poemas com mote, enfim, um mun-do que se abria à imaginação. Com Camões descobri a arte do soneto..., suscitou‐me interesse e entusiasmo. Mas era ainda cedo.... Pobre /crian-ça/minhota /pobre dor/ que vive /na esperança/ remota/ duma vida /em flor...Depois, o fervor de ir mais longe... Regresso aos livros de Ante-ro, de Nobre, de Bocage que ali per-maneciam silenciosos, no mesmo armário, agora, meu confidente. E apaixonei‐me pelo soneto.

Os tempos corriam, as exigên-cias aumentavam. Surge o primeiro ensaio poético ‐ Musa Perdida. Tão tosco, tão imperfeito. Versos tênues, relatos de vida, segredos ocultos... Jovem metido muito dentro de mim. O velho armário era o refúgio que encontrava para matar muito do tempo que me devorava nos mo-mentos de maior solidão.

O tempo voou. Cresci, abri asas... Na casa do velho armando ficara o velho Armário – um Armá-rio Armando Armadilhas. Cheio de livros... No meu lar fui criando os meus próprios Armários, Armadi-lhas…, a minha Biblioteca...

Um dia voltei à velha casa da Pó-voa... O Armário tinha desaparecido. Os livros foram encaixotados numas prateiras improvisadas no quarto da frente, encrostadas numa porta for-jada. Não sei porquê, fui encontra‐la mais tarde tapada com uma parede falsa de madeira, selada dos dois la-dos, com os livros empacotados no seu interior, sem qualquer acesso.... para sempre...para sempre, para a posteridade. Com eles, muitos es-critos, insípidos, talvez, mas escritos com muita dedicação e carinho. Vol-tei triste. Assim nascem e morrem as lendas. A Biblioteca da minha infân-cia e juventude morreu… Eu tam-bém… um pouco!

Page 75: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 75

Escritor Alvaro é um prazer contarmos com a sua participa-ção no projeto Divulga Escritor, conte-nos como foi a escolha do pseudônimo Alvaro Giesta?Alvaro Giesta - Escrevi um dia, há muitos anos, mais de trinta, tal-vez... num poema, ainda por pu-blicar, mas que está reunido num original a que dei o nome “do meu cais e a outra voz”, os seguintes versos que talvez expliquem a es-colha do pseudónimo: “ Rios de sangue rubro (...) teimam em fa-zer definhar o meu poema // mas o meu poema há-de ser grande! // (...) / que eu hei-de compor poe-mas com mãos de mestre. / E com um nome sonante. Porque eu que-ro / para esses novos poemas usar um nome sonante. / Um nome que

Escritor Alvaro Giesta

Alvaro Giesta (Vila Nova de Foz Côa, 1950), pseudónimo de Fernando António Almeida Reis. Viveu em Angola entre duas guerras - a colonial e a civil - entre 61 e 75. Aos 16 anos aluno do Liceu Norton de Matos, Nova Lisboa, funda o jornal académico “O Baluarte” de que foi editor e redator. Colabora nesta época, com o pseudónimo Moraes de Mello, no jornal académico “ O Grito”. Autodidata nas coisas da escrita, desenvolve a sua actividade literária em vários sítios da internet.Sócio da Associação Portuguesa de Escritores e da Associação Portuguesa de Poetas. Membro do “Movimiento Poetas del Mundo” com sede no Chile. “Cônsul de Poetas del Mundo em Barreiro - Portugal” desde Fevereiro 2008 e Membro da Academia de Letras e Artes Lusófonas (ACLAL), Portugal.Colaboração independente em: Jornal on-line ROSTOS, com poesia e recensão literária e na revista literária, impressa, a Chama, da qual é Director e Editor.Publicações: Onde os Desejos Fremem Sedentos de Ser, Meditações sobre a palavra, Há o silêncio em volta e, no prelo pela Editora Calçada das Letras, O Retorno ao Princípio - uma dialética Vida-Morte. Publicações dispersas em mais de duas dúzias de antologias em Portugal e no Brasil.

Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Page 76: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

76 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

vá para além de mim, (...) // Quero um nome sem ser nome de cédula de baptismo / para que todos sai-bam que quem escreveu esses ver-sos / não fui eu mas outro eu para além de mim. // Como se eu fosse os degraus na terra / e o outro eu os anéis que prende a Terra ao Céu.”

Em que momento pensou em pu-blicar o seu primeiro livro?Alvaro Giesta - Já tardiamente. E porquê? Porque sempre entendi que, para editar, assumindo-me como poeta, tinha que alcançar mérito por quem me lê e critica - como pretendo e quero - tinha que escrever de ordem a não dizer algo que já conheço previamente, mas sim, escrever de ordem a suscitar, a mim e aos que me leiam, algo que eu mesmo ignoro. Tinha que escrever de ordem a que “desco-brisse” o que eu mesmo desconhe-ço, de molde a “descobrir” o que é novo, o inicial, a pureza absoluta do desejo, que é o que desejo, afi-nal. Porque entendia que a poesia se deve dar a conhecer pelo que é, triunfando das trevas, erguendo--se do vazio para construir o seu próprio espaço, e não deixar-se permanecer no cantar eterno do mesmo tema, repetitivo, que de tantas vezes cantado, de tantas repetido, se torna cansativo e des-valoriza a verdadeira intenção do acto de o cantar.

Apresente-nos de forma resumi-da o seu livro “Onde os Desejos Fremem Sedentos de Ser”.Alvaro Giesta - eu escrevo as obras quase sempre por temas e, dentro do tema, organizo a obra, dentro do possível, por segmentos como se a obra fosse um poema

único. Não foi assim que aconte-ceu neste livro. Seleccionei, dentre os melhores, meia centena deles em que o denso artefacto das pala-vras na construção frásica, dá um equilíbrio constante à abundância da imagem que compõe cada verso de cada poema, conferindo valor ao real. A proposta do livro é “ In-ventem-se novos sentidos de dizer e de sentir o real, como se “inventa a música onde não há mais música” fazendo crescer a “roseira bravia” de cujos espinhos “sangram orgias” e brotam “sangue novo” nas rosas que nascem indefinidas de dentro do eu–poético onde se acendem “estrelas / iradas” – é a palavra nova que brota em chamas e turbilhões. Desiludam-se aqueles que pensam que vão ver na obra apenas poemas de exaltação ao amor… mas tam-bém não percam a esperança de não ver alusão a tal, ainda que, de algum modo, diluído na imagística que abundantemente lavra a obra. Contudo, a sagacidade do leitor desvendará nesses poemas em que

há alusão, ainda que breve, ao fe-minino oculto, muito mais para além disso.

Qual a mensagem que você quer transmitir através de seus textos publicados no livro “Meditações sobre a palavra”?Alvaro Giesta - Parece-me que, o crítico Xavier Zarco andou “por dentro” do sentir do eu-poético ao fazer, tão bem, o desenho da ideia que me norteou para a men-sagem deste livro. Vejamos, a este respeito, apenas algumas linhas da longa crítica ao livro: “ (...) Alvaro Giesta, logo na abertura deste seu tomo, numa nota de autor, avisa o leitor que “O homem, ao criar, põe no que cria engenho e arte sem estar sujeito a qualquer entidade inspiradora”. (...) no presente volu-me de Alvaro Giesta, “Meditações sobre a palavra”, (há) o saber que a palavra em si pode e deve ser mais do que a palavra para cada um de nós, inclusive para o próprio, daí a utilização da linguagem poética, registo esse onde a palavra adquire valores diversos aos que comum-mente lhes são atribuídos. A pala-vra é aquilo a que, colhido como sombra, urge saber-lhe do corpo, (...).Alvaro Giesta traça-nos o po-ema partindo, porque o demanda, do que radicalmente nomeia a coi-sa, que em sombra nos é apresen-tada, para o trabalhar, retirando--lhe os excessos, levando, direi, ao osso, ao mínimo, ao essencial para que o corpo, ele próprio, na palavra se possa vislumbrar para, posteriormente, saber da via, o ter consciência que o poema pode e deve ser luz, (...)para que o poe-ma, tal como uma escultura, que nasce do ventre de uma pedra em

Page 77: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 77

bruto, seja o revelar do corpo que nessa mesma pedra estava oculto. Tal efeito só é possível se o arte-são dominar o uso dos artefactos e souber das próprias propriedades da matéria a trabalhar. (...)

Como foi a escolha do Título para o seu livro “Há o silêncio em volta”?Alvaro Giesta - “Há o silêncio em volta” é uma poética de guerra. Em poucas palavras é difícil defi-nir a escolha do título escolhido para esta obra! Toda ela, do pri-meiro ao último poema, retrata a minha vivência, como veterano de guerra e autor, em contacto di-recto com a morte em pleno teatro de guerra. Quando se anda numa guerra, como aquela em que eu andei, uma guerra de guerrilha, onde nunca se sabe de onde vem a bala traiçoeira, nem onde está a mina que pisamos e a embosca-da mortífera que à saída do tri-lho para a clareira à nossa frente nos varre sem dó nem piedade, a morte e o silêncio imposto para não nos denunciarmos, é o con-vívio único que parece impossível de ser. Mas é! É nessas alturas que a poesia da ausência, que a poe-sia da falta, a poesia da raiva e do medo, nos nasce na alma e grava-mo-la na mente. É por isso que, a este tempo de falta, a este tempo de ausência, a este tempo da dor, só consigamos dar corpo ao silên-cio até aí existente ao fim de algu-mas décadas, porque até aí faltou a coragem da denúncia, de o deixar expresso por palavras escritas para a posteridade, amordaçadas pelo receio, pelo medo do julgamento que nos possam fazer. É o mun-do das mentalidades tantas vezes

em julgamentos injustos, porque não passaram por lá, porque não enfrentaram a morte, porque não enfrentaram a dor de ter de matar para não morrer. É a injustiça dos homens a julgar os outros homens, a julgar aqueles que tiveram a co-ragem para escrever da guerra em que andaram envolvidos que tam-bém remete o título desta obra para o silêncio existente à nossa volta.

Onde podemos comprar os seus livros?Alvaro Giesta - Os títulos estão nos escaparates de algumas li-vrarias de Portugal, se bem que a maior parte das vezes, é mais fácil adquiri-los directamente às edito-ras ou ao próprio autor, sendo o autor bem mais célebre no envio das obras. Mais célere e mais bara-to. Pelo que, os pedidos ao autor de-vem ser encaminhados para o email “[email protected]” e os pedidos às editoras, endereçados às mesmas. Do livro “Meditações sobre a pala-vraa”, em edição de papel esgotada,

ainda possuo, no meu espólio, vá-rios exemplares para venda.

Pensas em publicar um novo li-vro?Alvaro Giesta - Neste momento está um livro de poesia, “A Pala-vra (des)Velada” entregue numa editora de S. Paulo/Brasil, a Escri-turas Editora, com vista à publi-cação, dado que já foi apreciado e muito bem aceite pela referida Editora, que é, nem mais nem me-nos, do que o fechar do ciclo ini-ciado com o “Meditações sobre a palavra”; ele é composto por este, aumentado do original, “Um Ar-busto no Olhar”, escrito na mesma linha de pensamento poético.No prelo, pela Editora Calçada das Letras, tenho o “O Retorno ao Princípio”, uma dialética Vida--Morte, a lançar dentro da Feira do Livro de Lisboa (29 de Maio a 15 de Junho). Trata-se de um ensaio filosófico apresentado sob a forma poética sobre o tema “O Retorno ao Princípio numa Dia-lética Vida-Morte”, em que todo o pensamento desde o princípio ao fim da obra se desenvolve na mes-ma linha lógica de raciocínio sem quaisquer desvios do fio condutor do “retorno ao princípio”.

Quais os seus principais objeti-vos como escritor?Alvaro Giesta - Com esta idade pouco se pode almejar já no cam-po da literatura, dentro dos limi-tes do tempo que terei de vida (64 anos), principalmente se não hou-ver uma crítica justa, por aqueles estudiosos que, efectivamente, se dedicam a estudar e divulgar as obras que tal merecem. Porven-tura, quiçá os meus netos venham

Page 78: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

78 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

um dia a saber que o avô deixou para a posteridade este ou aquele livro com algum valor literário. Contudo, devo acrescentar que fa-zem parte do meu espólio alguns originais - talvez uma boa deze-na, entre poesia e conto - escritos com aquilo que eu comumemte designo por “ARTE”, que de outro modo não sei escrever.A par disto, continuarei a desen-volver a minha actividade de di-rector e editor da revista literária impressa “a Chama”, de minha propriedade, que prima pela se-lecção rigorosa de textos - poesia (prioritariamente) e crítica literá-ria - dos poetas da actualidade.

Como você vê o mercado literá-rio em Portugal?Alvaro Giesta - O mercado literá-rio em Portugal continua a cres-cer, ainda que de forma modera-da para as obras classificadas com valor literário. O aumento é mais a nível de publicações de títulos estrangeiros que a maior parte das vezes não vão além do lúdico, dificilmente se lhes vislumbran-do o verdadeiro carácter literário da obra. Talvez o baixo índice de leitura e as alternativas ao livro sejam as justificações para este aumento moderado. Contudo, a nível de poesia, começam a abun-dar os poetas com alguma ânsia, amadorística, de verem o seu livro editado. Até cerca de 1973 as edi-toras primavam por possuir nos seus quadros, pessoas qualificadas para analisarem e decidirem se de-terminada obra era com valor lite-rário, ou não, para a sua edição, e só saíam para os escaparates obras de qualidade; hoje, infelizmente, poucas são as editoras que publi-

cam com seriedade, tanto na aná-lise da obra como do proveito que tiram dela após editada. O grande número de editoras que hoje pro-liferam, que se arrogam a esse tí-tulo, não o sendo, contudo, pois não passam de meras prestadoras de serviço “caseiro” que editam on demand, tanto em Portugal como no país vizinho, Espanha, vão en-ganando os incautos “escritores/poetas” com algumas publicações que apenas são vendidos os ma-gros exemplares aos amigos que assistem aos lançamentos.

Quais as melhorias que você cita-ria para o mercado literário em Portugal?Alvaro Giesta - Que as editoras, com alguma idoneidade, mesmo essas que vão proliferando, por aí, antes de pensarem no lucro fácil, se artilhassem dos meios huma-nos qualificados e necessários a uma análise cuidada e selectiva das obras que lhe são muitas ve-zes “impingidas” por quem tem pressa de ver o seu nome em li-vro. Repare-se que agora até apa-

recem falsos apregoadores, que não entendem patavina de escrita nem de leitura, na noite lisboeta, a lançar tertúlias poéticas, ao Deus dará, como se isto fosse coisa de usar e deitar fora, com pessoas que, muitas vezes, mal articulam as palavras do poema que leem. Isto é que arruína a verdadeira obra literária.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Di-vulga Escritor, muito bom co-nhecer melhor o Escritor Alvaro Giesta, que mensagem você dei-xa para nossos leitores?Alvaro Giesta - Obrigado. Eu é que agradeço. Aos leitores, que façam uma boa escolha das obras que lêem, porque são eles que são os responsáveis por haver bons ou maus escritores. É a má escolha que fazem das obras que adquirem (muitas vezes nem são lidas) que faz com que haja muito mais lite-ratura má do que literatura boa.Mas, principalmente, aos escrito-res actuais, àqueles que não pisam ainda terreno firme neste campo ingrato do meio literário, que não desperdicem, com a pressa de edi-tar, aquilo que muitas vezes, pode-ria passar do sofrível ao bom, se burilassem a palavra. É que, quan-do o leitor abre um livro, que tem nas suas mãos e se dispõe a lê-lo, não é a ele que compete decidir se o vai ler até final. Não. É ao escri-tor, ao autor que lhe compete levar o leitor até ao termodo livro, atra-vés da sua arte de escrita.

Participe do projeto Divulga Escritor

https://www.facebook.com/DivulgaEscritor

Page 79: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 79

Page 80: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

80 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

VOCÊ CURTE OU COMPARTILHA?

Participação Especial

Escritor Geraldo Sant’Anna

Vivenciamos um momen-to bastante significativo da humanidade. Intera-gimos de maneira natu-

ral com o mundo virtual, o que seria inconcebível há não muito tempo atrás. O avanço tecnológico em rela-ção à internet não pode ser descon-siderado. As redes sociais crescem e cada indivíduo acaba por obrigar-se a integrar alguma delas. Talvez o Re-gistro de Identidade hoje seja sua página virtual.

Segundo algumas pesquisas recentes 95% de usuários de in-ternet acessaram ao menos uma rede social nos últimos 30 dias. Segundo a Social Bakers maior parte dos usuários possui entre 18 e 34 anos e são do sexo femi-nino. Podemos ampliar as infor-mações da pesquisa e dizer que 82% dos entrevistados indicaram que usam a internet para fazerem trabalhos escolares, 68% para visitarem uma rede social, 66% para verem vídeos do youtube, 54% para jogar online e 40% ape-

nas para postarem fotos, vídeos, músicas e mensagens.

Esses dados são importantes e demonstram que a escola precisa interagir nesse novo espaço. Novas formas de ensinar e aprender emer-gem. Antes nos dirigíamos, predo-minantemente, à biblioteca para realização dos trabalhos escolares. Hoje buscamos sites específicos. Da mesma maneira que precisávamos aprender a ler, interpretar e selecio-nar autores para comporem nosso trabalho de pesquisa, hoje a orienta-ção se faz ainda mais necessária. O volume de informações é incalculá-vel e saber filtrá-las não é tarefa fácil.

Da mesma forma, as escolas se deparam com inúmeras informa-ções sobre sua produtividade. Indi-cadores importantes como o Saresp, o Enem, os índices de perda, os ín-dices de frequência e rendimento es-colar dos alunos nos apontam para nosso semáforo pedagógico: atentar--se, parar ou prosseguir. Reforçando o link do semáforo, cito sempre a im-portância do GPS Educacional que

nos aponta onde queremos chegar, contudo também emite mensagens para parar, recalcular rota, diminuir a velocidade. As informações coleta-das devem ser utilizadas a favor do processo ensino aprendizagem. Não podemos olvidá-las.

Uma proposta. Quantos pais de alunos se utilizam da internet em sua escola? Esse dado pode acionar mecanismos importantes para um novo processo de comu-nicação escola- família. A tarefa de aproximação família e escola pode ser encurtada com a instalação de programas onde os pais possam consultar a frequência e rendimen-to escolar de seus filhos, receber alertas e até acompanhar a propo-sição de tarefas pela internet.

O processo de utilizar produ-tivamente as informações tem sido chamado de inteligência estratégica. Saber relacionar a internet ao coti-diano de nossas escolas é uma estra-tégia inteligente.

Nessa perspectiva, você curte ou compartilha sua escola?

Page 81: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 81

Homenagem do jurista nobiliário Dr. Mário de Méroe a S.A.I. Príncipe Alexander Comnène Palaiologo Maia Cruz

Dom Alexander Comnène Palaiologos Maia Cruz, Dona Cristina Maya (esposa), Victor Alexander(filho) e Anna Beatriz (filha)

Page 82: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

82 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Da perenidade das tradições dinásticas

“Resplandeça a vossa luz diante dos homens...” (Mateus 5, 16)

Dedico este estudo ao amigo e irmão

S.A.I. Príncipe Alexander Comnène Palaiologo Maia Cruz Caput Domus Kaesariensis et Regia Apostolica Aertrijcke Comnène Palaiologos

Bispo da Santa Igreja Apostólica Ortodoxa Antioquena-Mardaita

e à sua ilustre família, enaltecendo a inestimável cooperação de sua esposa D. Cristina e seus filhos Victor Alexander e Ana Beatriz, os quais, em trabalho conjunto, fazem resplandecer a

“luz de Deus diante dos homens” com seu trabalho em favor dos necessitados, em especial, ministrando cultura e Fé, à infância e juventude.

São Paulo-SP, junho de 2014.

Page 83: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 83

Mateus, 5:14 Vós sois a luz do mun-do; não se pode esconder uma cidade edificada so-bre um monte;15 Nem se acende a can-deia e se coloca debaixo do alqueire , mas no vela-dor , e dá luz a todos que estão na casa.16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos ho-mens, para que vejam as vossas boas obras e glo-rifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

A bela parábola da Luz do Mundo que emoldura esta página, tem sua verdade incontestável gra-vada na história das grandes di-nastias, que governaram o mundo através dos séculos. “Resplandeça a vossa luz diante dos homens...” diz o mandamento divino.

A sagração dinástica se inse-re de maneira indelével na pessoa que a recebe, e nela permanece até o final de seus dias, como uma “marca da eleição de Deus”, no di-

zer de famoso mestre dinástico. É uma unção inextinguível, mesmo que o monarca deixe de exercer o mandato governamental, trans-mitindo-se aos seus herdeiros ou sucessores, ad infinitum. Assim, perpetuam-se os poderes dinásti-cos através dos séculos, seguindo o curso da história.

Das conhecidas dinastias da antiguidade, algumas subsistem, no mundo atual, em suas ramifi-cações adaptadas à era moderna. Outras já desaparecidas como po-der político, mas sobrevivem nas tradições e culturas dos povos.

Em trabalho de nossa lavra , assim exprimimos nosso entendi-mento:

“Na sequência dos séculos, o mapa político da terra e dos povos foi transformado, mer-cê da renovação imposta pelo contínuo evoluir dos tempos e dos valores. Entretanto, o estu-do das antigas civilizações, de suas tradições, suas lendas, e suas peculiaridades sociocultu-rais, faz nascer um sentimento vivo de que nos encontramos diante de um grandioso legado,

moral e espiritual”.Nesse diapasão, ilustre jurista espanhol6 nos ensina:“A História não se improvisa; nem se compra nem se altera com a técnica, a civilização ou o poder econômico. A História é o resultado dos feitos huma-nos, desenvolvidos através do tempo. E o tempo é inexorável. O que não se fez, fica eterna-mente por fazer. Mas, de outra parte, o grande e o pequeno, o heroico e o vulgar, a glória e o cotidiano – posto que tudo é história – ficam permanente-mente nesse gigantesco painel de fundo, que constitui o pas-sado da humanidade”.

Consideramos, também, a edificante mensagem contida na apresentação da obra “Uma He-rança Sagrada: a Teocracia do Egito e de Kash “, historiando a saga de uma Casa oriunda dos an-tigos impérios do Egito e de Kash (Kush), em exílio dinástico:

“E essa herança está viva. Não ficou perdida à sombra dos grandes monumentos, antes

Da perenidade das tradições dinásticas

Mário de Méroe

2Lâmpada, vela. 3Nome antiquado para vaso, vasilhame, pote.

4Candeeiro, aparador. 5 Méroe: Um Legado Dinástico do Egito e da Núbia.

6 Valterra Fernández, Luís. Derecho Nobiliario Español, Editorial Comares, 3ª ed., 1995, p. 541, vertido ao português e adaptado.

Page 84: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

84 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

se vale deles – como símbolos e valores, que são inconfundí-veis forças de eternidade – para projetar, sobre os espíritos que passam, uma luminosa orienta-ção e um chamamento à reve-rência e necessária observação dos valores eternos, únicos que podem conduzir ao crescimen-to individual e, por esse reto caminho, ao crescimento co-munitário e à felicidade perfei-ta” (vol. I).

A História registra muitos nomes de famílias ilustres, que no passado dignificaram a histó-ria dos povos, os quais figuram no onomástico universal como lembrança viva dos tempos his-tóricos, como farol imorredouro a “resplandecer a luz diante dos homens”. Esse fenômeno é obser-vado, especialmente, nas dinastias em exílio, as quais, entretanto:

“...não recebem subsídio esta-tal, nem gravam os cofres públi-cos com nenhuma verba pessoal. Seus membros sobrevivem com seus próprios recursos e desem-penham atividades profissionais como cidadãos comuns, atuando, discretamente e às próprias ex-pensas, voluntariamente, nas áre-as de educação, saúde e auxílio às pessoas carentes.

“Não são raras as creches e ins-tituições para deficientes man-tidas unicamente pelo esforço pessoal e direto de príncipes

sem trono – que conservam vivo o ideal de solidariedade e fraternidade humana que herdaram de seus ancestrais. Sem poder político, eles repre-sentam, entretanto, a reserva histórica e moral de seu povo, que poderá reclamar sua volta na época oportuna, conforme exemplos recentes ”“ Seus titulares exercem tra-balho voluntário, imbuído da importância de se manter as tradições e a força moral e his-tórica que delas advém. Não mais exercem o poder mode-rador, não comandam as forças armadas nem abrem as sessões dos parlamentos. Representam, entretanto, a perpetuidade da verdadeira índole cultural e moral das tradições maiores de seus povos ”.

Antigas dinastias nem sempre

mantiveram a mesma denomina-ção. Há razões que justificam sua substituição, seja por questões de segurança ou de adaptação civil, principalmente ao deixarem seu país de origem. A história registra muitos nomes de dinastias histó-ricas, que adotaram o nome do país que representam, ou trans-mudaram-se em nomes comuns, mercê de conversão religiosa, ou proteção contra perseguições ide-ológicas.

Um exemplo recente10 .

(extraído de “Notas sobre o nome civil do rei Constantino II da Grécia”).

“A necessidade de adoção de nomes de família (sobrenomes) para individualizar os príncipes europeus, e assim possibilitar sua integração como cidadãos e dotá--los de personalidade capaz para os atos jurídicos tornou-se impe-riosa, na nova sociedade igualitá-ria em formação. Notadamente a partir de 1918, como reflexo da dissolução dos grandes impérios, os nobres tiveram que submeter--se à identificação documental, para que seus atos da vida civil fossem reconhecidos com os efei-tos legais.

Há autores que defendem, para os reis, a adoção da denominação de trono seguido apenas do nome do país no qual reinam. Exemplo: “Nuestro Rey es Juan Carlos I de España y punto”, afirma Mercadal, Fernando Garcia, em sua obra Los Títulos y la Heráldica de los Reys de España, Bosch Casa Editorial – Barcelona, 1995, p. 38.

Essa tese é reforçada pela en-trevista concedida pelo rei Cons-tantino II da Grécia, em exílio, então domiciliado em Londres, a Lola Galán, do periódico espanhol El País, publicada em 15/04/1994. O Rei Constantino II (conforme já mencionado, não é correta a ex-pressão “ex-rei”, para monarcas em exílio, pois conservam a plenitude

7Trabalho memorável do historiador e jurista Saul Palma Souto (Nome civil. Omitimos sua qualidade dinástica por respeito à privacidade e à confiança em nós depositada).

8Méroe, Mário de, Tradições Nobiliárias Internacionais e sua integração ao Direito Civil Brasileiro,

p.350, Ed. Centauro-SP. 9Ibidem, p.355.

Page 85: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 85

dos poderes inerentes à soberania dinástica), poucas horas depois que o Parlamento Grego decretou arbitrariamente a perda da cida-dania do ex-soberano, e diante da possibilidade de, no exílio, receber tratamento documental como ci-dadão Constantino Glucksburg desabafou:

- Minha família não necessita de sobrenomes. Sou Constantino da Grécia , e nada mais. Glucks-burg é somente o nome de uma localidade”.

No exemplo acima, ao assu-mir a identificação documental como cidadão, o rei substituiu o nome de família Schleswig Hols-tein Sonderburg Glucksburg, por “da Grécia”, no que foi acompa-nhado por todos os membros de sua família.

Mas esse nome dinástico não desapareceu no ramo grego da fa-mília. Apenas ficará adormecido nos registros históricos, até que um descendente, mesmo um lon-gínquo elo na cadeia das gerações reclame seu uso, para que as gló-rias de tão ilustre nome sejam no-vamente lembradas.

Verifica-se, então, que é pos-sível a um ramo familiar usar o nome de família “da Grécia” por longas gerações, e, oportunamen-te, seus membros, que ao mesmo

tenham direito, venham a recla-mar o nome originário, mesmo que este permaneça em prolonga-do desuso.

De outra parte, no sentido in-verso, ao longo dos tempos podem surgir novos componentes de um nome de família, ocasionados pelo uso continuado de predicados nobiliários ou nomes dinásticos antigos agregados ao nome civil, mesmo que considerados apenas como apelidos, no trato social. Muitas vezes, quando a família, no passado, adotou um sobreno-me muito comum, podem surgir constrangedoras situações de ho-monímia, o que justificaria sua retificação, substituindo-o pelo nome histórico originário.

Assim, possuidores desses atributos históricos podem ser conhecidos, em suas relações so-ciais, pelo nome civil acrescido do nome ancestral, gerando uma identidade material que discrepa do registro de nascimento.

No uso cotidiano, uma vez usado por determinada pessoa que a tal tenha direito, o nome históri-co adquire o caráter de elemento de distinção pessoal do portador, corporificando um elemento da natureza do nome.

Em casos especiais, justifica-dos em face de situações concre-tas, o Poder Judiciário poderá au-

torizar a retificação dos registros de nascimento e/ou casamento, para harmonizar a identificação comunitária efetiva do requeren-te, com o nome constante de seu registro civil de nascimento, me-diante procedimento regular junto as Varas de Registro Público.

Efeitos da adoção de predi-cados nobiliárquicos ou nome de dinastias históricas no registro civil14 .

No Brasil, eventual autoriza-ção do Poder Público para acres-centar predicados nobiliários ou nomes históricos ao nome civil não implica em reconhecimento de qualidade nobiliárquica – que não desfruta de proteção jurídica no ordenamento pátrio – limitan-do-se seus efeitos à identificação pessoal do requerente.

O provimento judicial pode reconhecer os efeitos sociais do uso continuado de predicado no-biliário ou nome histórico, como parte do nome e da identificação do requerente, e permitir sua ins-crição no registro civil integran-do-o ao nome já registrado.

Há interessantes precedentes, na justiça paulista:

“Nada impede que se abra ex-ceção ao art. 57 da Lei de Registros

10Notas sobre o nome civil do rei Constantino II da Grécia, in Méroe, Mário de,Tradições Nobiliárias Internacionais e sua integração ao Direito Civil Brasileiro, página 40, Ed.Centauro-São Paulo-SP-Brasil, 2005.

11 Informes colhidos dos arquivos do periódico El País, traduzidos pelo autor. 12 O monarca pertence à formação dinástica das famílias reais Schleswig Holstein Sonderburg Glucksburg. Os seus membros incluem as casas reais da

Dinamarca, da Noruega, da Grécia, da Rússia, do Reino Unido e os quinze Commonwealth. 13 A rainha Sofia de Espanha, irmã do rei Constantino II usa o nome Sofia da Grécia, bem assim seu filho Felipe (sobrinho de Constantino), atual rei

Felipe VI da Espanha, é denominado Felipe de Borbón y Grecia. 14 NOTA: omitimos os nomes das partes, por respeito à privacidade e segurança.

Page 86: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

86 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Públicos, quando a pessoa interes-sada sempre foi conhecida pelo nome que deseja adotar” (Fonte: RT 532/86, RJTSP 47/189).

Com base nessa orientação, o juiz Ruy Coppola, da comarca de São Bernardo do Campo/SP, defe-riu pedido do então líder metalúr-gico cidadão Luís Inácio da Silva, que era conhecido socialmente pelo apelido “Lula”, autorizando-o a alterar seus registros civis para Luís Inácio Lula da Silva15.

De uma r. sentença, também do Judiciário Paulista, colhemos:

“A prova da afinidade com o apelido com o qual se identifica e assim é conhecido se revela com a farta documentação juntada aos autos (fls.), o que se constitui só-lido elemento para justificar e au-torizar o deferimento do pedido... A circunstância não prejudica a terceiros e o Ministério Público não se opõe ao deferimento (fl.) ”. NOTA: nº do processo e nome das partes preservadas, na forma da nota de rodapé nº 13.

A decisão acima autorizou a retificação do registro civil de um cidadão que reuniu provas, sem qualquer restrição ou dúvida, de que detém o direito ao uso do nome da dinastia Comnène Palai-ólogos (outra grafia: Paleólogos), nome esse pelo qual sempre fora conhecido em suas relações so-ciais. A conexão com o nome di-nástico centenário foi amplamente demonstrada por conjunto proba-tório aceito pelo Ministério Públi-

co, diante do qual, o Poder Judici-ário autorizou sua retificação.

De um brilhante parecer do Ministério Público, em ação se-melhante, destacamos:

“No caso dos autos, a motiva-ção da alteração do nome como proposto na inicial, objetivamente enfocada, insere-se seguramente nas razões acima expostas, ou seja, adequa-se à necessidade de me-lhor identificação do autor, já que, como comprovado nos autos, so-cialmente é o apelante identificado como (omissis) e, assim, ainda que excepcionalmente, o pedido tem base para o seu deferimento”...

Mencionamos, ainda, um fato notório:

Um conhecido político e es-critor brasileiro, nascido José Ri-bamar Ferreira de Araújo Costa, invocando relevantes motivos de identificação pessoal, obteve a mudança judicial de seu nome civil para José Sarney de Araújo Costa, que adotou o nome polí-tico de José Sarney, nome sob o qual exerceu importantes manda-tos eletivos, entre outros, o de 31º Presidente do Brasil (1985-1990).

As decisões judiciais têm exi-gido cabal comprovação quanto ao nome pelo qual o interessado é conhecido no seu meio social, para reconhecer a legitimidade de seu pedido.

Via de regra, os feitos trami-tam em segredo de justiça para preservar a privacidade das pes-

soas e instituições envolvidas, no-tadamente quando há menores, e evitar, também, uma desnecessá-ria exposição, mercê da bisbilho-tice de curiosos.

No passado, muitas dinastias, algumas conhecidas atualmente apenas nos livros de História, bus-caram o solo brasileiro, buscando, entre outros atrativos, a paz ide-ológica para criar suas famílias. Felizmente, em nossa pátria, nin-guém pensa em perseguir alguém por ser descendente dos Romanov, dos Capetíngios, dos Bourbons, Bourbon-Duas Sicílias, Comnnè-ne-Palaiólogos, e muitas outras, que têm suas vidas, patrimônios e costumes respeitados, nos termos da Constituição Federal.

Os nomes tradicionais dessas dinastias são considerados “patri-mônio cultural imaterial”, e des-frutam de proteção internacional. Para ilustração, reportamo-nos à Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, aprovada na 32ª Sessão da UNES-CO, realizada em Paris, de 29 de setembro a 17 de outubro de 2003, como segue, em resumo, com gri-fos do autor:

CONVENÇÃO PARA A SALVA-

GUARDA DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL

Paris, 17 de outubro de 2003

A Conferência Geral da Orga-nização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, doravante denominada “UNES-CO”, em sua 32ª sessão, realizada em Paris do dia 29 de setembro ao

15 Presidente da República Federativa do Brasil, tomou posse em 01/01/2003, sendo reeleito para novo mandato até 01/01/2011.

Page 87: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 87

dia 17 de outubro de 2003, aprova a presente Convenção:

.........Artigo 2: DefiniçõesPara os fins da presente Con-

venção,1. Entende-se por “patrimô-

nio cultural imaterial” as práti-cas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, ar-tefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunida-des, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimô-nio cultural. Este patrimônio cul-tural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constan-temente recriado pelas comuni-dades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, geran-do um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo as-sim para promover o respeito à di-versidade cultural e à criatividade humana. Para os fins da presente Convenção, será levado em conta apenas o patrimônio cultural ima-terial que seja compatível com os instrumentos internacionais de direitos humanos existentes e com os imperativos de respeito mútuo entre comunidades, grupos e in-divíduos, e do desenvolvimento sustentável.

2. O “patrimônio cultural imaterial”, conforme definido no parágrafo 1 acima, se manifesta em particular nos seguintes cam-pos:

a) tradições e expressões orais, incluindo o idioma como veículo do patrimônio cultural imaterial;

........

No conceito de “tradições” do item acima, podemos incluir as su-cessões dinásticas, com os poderes majestáticos inerentes, bem como o nome histórico da dinastia.

Os Poderes Públicos dos pa-íses onde fixaram residência, em sendo repúblicas, não podem re-conhecer os atavios dinásticos que acompanham essas famílias em seu exílio, mas têm o dever de garantir-lhes o uso e a inviolabili-dade do direito ao nome, atribuin-do-lhes as garantias legais de pro-teção, autorizando as necessárias retificações, quando requeridas, com base em documentação idô-nea apresentada em juízo. Os efei-tos dessa retificação limitam-se a aperfeiçoar a identificação pes-soal, harmonizando a identidade civil documentalmente registrada com a identificação social com que se apresenta, em suas relações sociais ou profissionais.

Convém ressaltar que a retifi-cação de registro civil não alcan-ça os ascendentes do interessado, salvo se expressamente por eles requerida ou o recomendar o in-teresse público. Geralmente a pes-soa requer a retificação baseada em experiências pessoais de iden-tificação social, o que pode não ocorrer com seus ascendentes. Ir-relevante, portanto, se o nome dos ascendentes não constar referên-cia ao nome histórico pleiteado, desde que a afinidade seja com-provada. Quanto aos descenden-tes, seus registros civis serão auto-maticamente retificados, por força da decisão judicial que autorizou a retificação do genitor.

A obtenção de provimento

judicial para acrescer predicados ou nomes históricos ao nome civil não implica, por si só, em reco-nhecimento de eventual qualidade nobiliárquica do titular, pois essa matéria é atributo exclusivo e sea-ra privativa das autoridades dinás-ticas.

Estas autoridades, mesmo em exílio, poderão exercer seus pode-res dinásticos, já exaustivamente referidos em outros trabalhos, e, ao contrário do registro civil, in-dependem de autorização ou reco-nhecimento, em face da soberania dinástica que lhes é inerente.

Há casos conhecidos de des-cendentes ou sucessores de famí-lias reais em exílio, cujos ances-trais, no passado, adotaram nomes comuns por desejar discrição quanto à sua qualidade dinástica, que pleitearam e obtiveram a reti-ficação de seus registros civis, para integrar o nome histórico omitido por diversas gerações, o que não os impede de usar os poderes ma-jestáticos, desde que presentes as demais condições dinásticas (legi-timidade, proclamação ou suces-são, nos termos da lei orgânica de organização da dinastia).

Page 88: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Sobre o autor Mário de Méroe é advogado em

São Paulo-SP, membro catedrático da Academia Brasileira de Ciências So-ciais e Políticas, e Doutor Honoris Cau-sa em Ciências Sociais.

No seara do Direito Nobiliário, são de sua lavra as obras: “Tradições Nobiliárias Interna-cionais e sua Integração ao Direito Civil Brasileiro”, “Estudos de Direito Nobiliário”, pela Editora Centau-ro – São Paulo-SP, e “A Perpetuação das Qualidades Soberanas em Dinastias ex-Reinantes”, e-book.

No campo histórico-eclesiástico elaborou o es-tudo “La Teocrazia Bizantina in Italia: “Studio sugli attributi di sovranità della Real Casa di Margiana e

Arachosia, dinastia teocratica di dirito Storico in esilio”, veiculado na Itália.

É autor da trilogia composta pelos romances: “O Refúgio – A saga de pessoas especiais que cruza-ram o caminho de Jesus”, agosto/2010 e “O Estigma – Desvendando o segredo da lança que profanou o corpo de Jesus”, junho/2012, e “O Outro – A saga do salteador que foi crucificado ao lado esquerdo de Jesus”, 2013, publicada pela Paco Editorial-SP, veiculados também em formato digital (e-books).

Colunista no site Divulga Escritor, com artigos quinzenais, no endereço:

http://www.divulgaescritor.com/products/ma-rio-de-meroe/

Site do autor: www.mariodemeroe.org

Page 89: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para
Page 90: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

90 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Momentos de poesiawww.divulgaescritor.com

Eduardo Garcia

LA CASILLAA casa da minha infância não existe mais, tampouco os caminhos nos quais brinquei. Uma esquina, um terreno baldio, dela restando apenas a figueira e umas folhas de louro. Não está como a deixei... O bairro não viu o progresso, as ruas, as mesmas; as pessoas, não. poucas ficaram, somente amigos contados nos dedos, marcas da minha visita ao meu Bairro em Montevidéu. De repente perdi o passado, perdi a memória,perdi a calçada onde sentava; não a lembrança marcada na minha mente.

RASCUNHOS DE PENSAMENTOSUm pedaço de papel qualquer, uma mesa de bar. Ao relento, pensamentos vão, nem sempre atento, os leva o vento. Tento ordená-los, porém o vendaval de sonhos os transforma em surreal. Sereno de ideias, orvalho de sentimentos, sutileza do subconsciente de aceitar o esquecimento.

PÁSSAROSDa janela eu posso ver, pelos dias a fio, os pássaros coloridos, da água a beber.

Mergulham sua cauda no pote que deixei, suas asas distendem, acodem molhado o seu corpo e, ainda, revoam, cantam, até que o dia finda.

BEM-TE-VI Bem-te-vi amanhece gorjeando.Da casa, o quintal é o cenário.Vejo-o durante o dia.Escuto o seu trino.Procura a parceirabuscando-a no ninho;Anoitece em seu canto.

MADRUGADAPor que choras, madrugada,lágrimas de orvalho triste?Se a lua cheia através das nuvensainda existe, e virá o sol nascenteenxugar teu rosto frio.

Do Livro Derramando VersosLuis Eduardo Garcia Aguiar ISBN 978-85-62883-60-6

Page 91: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 91

Momentos de poesia

Helena Santos

SOU FRACASOU MESMO FRACAtão fraca que,penso em ti e um vulcão apodera-se do meu corpoperco o controlo de mime toda eu me contorço para acalmar esse fogoque me queima as entranhas e deixa um gosto a melno fimSOU MESMO FRACAmas não uma fraqueza que me debiliteé uma fraqueza que me faz caminhar com firmeza,encarar a vida sem pestanejare que me leva a acreditarna grandeza de valoresdas pessoas que me são especiaisSOU MESMO FRACAe essa minha fraquezapermite-me viver aluada, num mundo de fantasiaonde tudo é luz, cor e alegriaA vida passa a correre se me preocupar com imbecilidadesnão terei tempo de a viverSOU MESMO FRACAnão sei o que é certo ou errado, no amorsó sei que dele dependo sem qualquer pudore não me vejo sem amar.Contra-indicações? Há muitas, mas não as leio,simplesmente amo.SOU MESMO FRACAe de tão fraca,os meus sentimentos entram em ebuliçãoa minha alma voa na esperança de encontrar a tuae todos os dias olho para a Luarezando para que traga alguma mensageme me faça sentir que não fosteuma miragem.SOU MESMO FRACAe amar-te sem condiçãofaz da fraqueza a minha fortalezaonde se espraia o meu coração.SOU MESMO FRACAe foi nessa fraquezaque encontrei força para suportara dor tua ausênciaacreditando que o melhor a seu tempo viráé só esperar.

SEMPRE TE VI

Sempre te viEm forma de poesiaNos versos que escreviasE eu tanto lia

Sempre te viComo um poetaApaixonado pelo escritaDe magia na almaA escorrer pela caneta

Sempre te viComo semeador de sonhosNas palavras que pintavasE no amor com que te entregavas

Sempre te viComo um poema únicoInacabado só para mimLia e relia cada versoMas nunca queria chegar ao fim.

PEQUENO ALMOÇO PARA DOIS

O amanhecer nasceu frioapesar do sol radioso lá foraAcordei e o teu lugarestava quentemas vazioTriste perguntei-me:o que aconteceu agora,se nem um beijo me deue não disse que ia embora?Levantei-me e cambaleandonão sei se do recente acordar,ou da desilusão de não te encontrar,dirigi-me à cozinhaprecisava algo forte para tomarO espanto foi ainda maior,

quando entrei e deparei contigosentado confortavelmente e disseste:chega-te a mim, ternura,pequeno almoço para dois,o ingrediente principal, é o amor…e sei que vais gostar.Fiquei atónita!Levantaste, seguraste a minha mãoe meus lábios beijasteA roupa era pouca,a cada toque um arrepiomas de prazer, não de frioTornou-se num amanhecer escaldanteporque os ingredientes envolventes,eram própriospara quem gosta, para quem senteque a base da vidaé o amor, naturalmente!

Page 92: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

92 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

www.divulgaescritor.com

Catorze linhasLinha um:Decepado o sonho,o sonhador não sonha mais.Erra por dentre caminhos,não tem paz.

Linha dois:Caminhante por natureza,especial altivez.De estirpe nobre?Quem sabe, talvez...

Linha três:Saiu à mãe,o filho mais novo.A mais velha não.Parece do povo.

Linha quatro:Clarividentes disseramcom risos entredentes,que aquela seria a última,a última geração, aparentemente, eis

Linha cinco:Por placebo entendo tarja pretae por tarja pretaentendo e não entendo.É letra de médico à caneta.

Linha seis:Trazido à tonapor vias não usuaisFoi embora à fórceps,sem nem um aceno, sem mais.

Linha sete:Temendo por sua sanidadenasceu logo tortoa fim de que o esquecessemlogo de cara e o dessem por morto.

Linha oito:De quem eu faloafinal de contas?

Maurício Duarte

Dele sabe-se pouco,dela, menos ainda conta-se.

Linha nove:Desabalada corridaentre iluminados. Mas eles correm?São meninos mimados.

Linha dez:Não são nada disso.São apenas eleitos.Vivem e não se importam.Pois então, com tantos defeitos.

Linha onze:Quando desponta o soldanam-se a acordarque acordar é uma danação.E quem dirá levantar?

Linha doze:Todos rejubilam-sea vida recomeça.Nesse pedacinho de terrae a felicidade atravessa...

Linha treze:De linhas chameiesses versos.De linhas que se entrecruzamsão os diários terços.

Linha catorze:Não são mais do que linhas,talvez sejam menos.Mas não mais.Espero que sejam plenos...

Jovens velhosJovens de ontem,o ontem de velhos.Velhos de hoje,o hoje de jovens.Ou vice-versa?Quem sabe?

Jovens numa juventude,de cadavéricos ares,pelo todo anseiam e singram pelos mares.

Mas não alcançam seu objetivo, não, em tempo algum.Porque essa é a sinade todo vivente, triste lundum.

São tão novose fazem tudo parecer tão velho.São anciões, em verdade,mais antigos do que um escaravelho.

Jovens, jovens,Logo mortos-vivos serão.Na última jornada da barca de Caronte,porque jovens velhos são.

Jovens de ontem,o ontem de velhos.Velhos de hoje,o hoje de jovens.Ou vice-versa?Quem sabe?

Momentos de poesiawww.divulgaescritor.com

Page 93: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 93

Ana CecíliaGosto da companhia da Ana CecíliaEla é muito divertida!

Juntas tomamos café, cantamos, dançamos, estudamos, conversamos sobre os animaisEla é muito especial!

Ana Cecília é super inteligentePor que se interessa em saber de tudoEla não tem medo de ir ao médicoE muito menos de fazer exame de sangue!

Ama ir à escola, ama fazer amizadeDividir seus conhecimentos e se esforça para aprender coisas novasAma os animais, ama a natureza!

Ana Cecília tem paixão por floresEla tem muito amor por sua famíliaDesenha a sua família em todos os seus desenhos!

Isso mostra o quanto Ana Cecília sabe da importância da família em sua vidaEla sabe como se divertirPor isso aproveito o máximo de sua companhia!

Cinthia GabrielleOlho com amor e admiração aquele anjo doce repousando lindamente em seu berço cor de abacate, espumas grossas é seu colchãoÉ bem verdade que ela é muito divertida, esperta e que por onde passa deixa seu rastro de felicidade, chamando muito atenção!

Esse pequeno anjo é atenciosa, amorosa, inteligente, seu sorriso é cativante

Paulina Rodrigues

Amo quando ela faz carinha de bichinhoFranzindo seu delicado narizinho e deixando à mostra seus pequeninos dentes!

Ha muita luz em seu olhar, mesmo sendo negros eles iluminam meu viverSeus olhos são como pérolas negras preciosas a ponto de tudo à sua volta perceber!

Anjo que sabe muito bem fazer sorrir os que por perto estiverem, pois para ela todos merecem a sua atenção sem descriminaçãoCom sua voz firme e forte esse anjo canta, grita, conversa na linguagem de um anjo bebêzãoGesticula com a cabeça, com os pés e com as mãos!

Esse anjo veio de muito longeSua viagem durou cerca de nove mesesTeve que escalar montanhas, nadar riosSer forte e corajosaPara continuar sua viagemSua chegada foi muito bem-vinda e graciosa!

Anjo que tem seu nome próprioQue veio para nós com um propósitoO de unir o que estava quebradoDar esperança aos desanimadosConfirmar o que já era esperado!

Esse anjo de nome: Cinthia GabrielleChegou numa tarde de sol forteDuas coisas ela não quis revelarQual seria seu sexo e nem quando iria chegar

Só pára uma pessoa ela se mostrouMas aconteceu um, “porém”Quando essa pessoa contou a novidadeNinguém acreditou!

Finalmente a tão esperada: Cinthia GabrielleChega ao nosso larAumentando assim a nossa vontade de viver de amar e de sonharA presença desse lindo anjo nos trouxe novo vigor e novo renovarDeus nos comprovou com sua graça que ao que crer tudo é possível, pois Cinthia Gabrielle é a prova!

Momentos de poesia

Page 94: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

94 Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014

Page 95: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para

Revista Divulgar Escritor • agosto/setembro de 2014 95

Page 96: Divulga Escritor - Recanto das Letrasstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/5767034.pdf · 2016-09-20 · Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para