Revista ACRJ - Dez. 2009

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RIO SUSTENTáVEL ENTREVISTA Cidade é a primeira do país a estabelecer metas para diminuir a emissão de gases de efeito estufa Maria Elena Johannpeter, presidente da ONG Parceiros Voluntários Dezembro de 2009 - n o 1401 - ano 68 EMPRESÁRIO REVISTA DO ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO

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Cidade é a primeira do país a estabelecer metas para diminuir a emissão de gases de efeito estufa

Maria Elena Johannpeter, presidente da ONG Parceiros Voluntários

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aCRJ - biênio 2009/2011

Presidente José Luiz Alquéres1º vice-PresidenteRonaldo Cezar Coelho2º vice-PresidenteJoaquim Falcão vice-Presidente de Relações com o legislativoAristóteles Drummond

núCleo GeStão

vice-Presidente de Recursos Parcerias e Marketing Cristiano Buarque Franco Netovice-Presidente JurídicoDaniel Correa Homem de Carvalhovice-Presidente de PatrimônioOswaldo Antonio Arriaga Schmidtvice-Presidente administrativo Contábil e Financeiro Paulo Roberto Ribeiro Pintovice-Presidente de associados e ComercialRonaldo Chaer do Nascimento

núCleo PRoJeção no Mundo de neGóCioS

vice-Presidente de Ética, Governança e SustentabilidadeClarissa de Araújo Linsvice-Presidente de Relações internacionaisJosé Botafogo Gonçalvesvice-Presidente de Comércio exteriorMarco Polo Moreira Leitevice-Presidente de Concessões e Serviços ReguladosOtávio Marques Azevedo

núCleo Rio

vice-Presidente de Petróleo e energiaJoão Carlos de Lucavice-Presidente de desenvolvimento imobiliárioJosé Conde Caldasvice-Presidente de CulturaRosiska Darcy de Oliveiravice-Presidente de Conselhos empresariais e eventosSergio Cavina Boanada

viCe-PReSidenteSAntenor Barros LealAureo Salles de BarrosBenjamin Nasário Fernandes FilhoChaja Ruchla SchulzDora Martins de CarvalhoJuarez Machado GarciaMaria Silvia Bastos MarquesMarta Maria Ferreira ArakakiMaurício de Castilho Dinepi

ConSelho SuPeRioR

PresidenteHumberto Eustáquio César Mota

vice-Presidente Rubens Bayma Denys

GRandeS beneMÉRitoS

Amaury Temporal Célio de Oliveira BorjaClara Perelberg Steinberg Guilherme LevyHumberto Eustáquio César MotaJuarez Machado Garcia Lázaro de Mello BrandãoMarcílio Marques Moreira Paulo Manoel Lenz Cesar Protasio Paulo Victor da Costa MonneratRuy Barreto

entidadeS GRandeS beneMÉRitaS

Jornal do Commercio Banco do Brasil S/A IRB – Brasil Resseguros S/A

Ricardo Cravo AlbinRoberto Paulo Cezar de Andrade Rodrigo Paulo de Pádua Lopes Roger Agnelli Rogério Marinho Ronaldo Chaer do Nascimento Ronaldo Petis FernandesRondon Pacheco Rubens Bayma DenysSérgio Andrade de Carvalho Sérgio Guilherme Lyra de Aguiar Suely da Costa V. Mendes de Almeida Theóphilo de Azeredo Santos

Maria Aguinaga de MoraesMaria de Lourdes Teixeira de MoraesMaria Luiza Corker C. N. de AlmeidaMaria Regina de A. Corrêa da CâmaraMaria Silvia Bastos MarquesMaurício AgnelliMilton Ferreira TitoNelson SendasOrlando LimaOsvaldo Henrique Meireles TorresOswaldo Antonio Arriaga SchmidtOswaldo Aranha NetoPatrícia Diniz Barcellos CorrêaPaulo César Milani GuimarãesPaulo Manoel Protásio FilhoPaulo Roberto MeinerzPaulo Roberto Ribeiro PintoPaulo Sérgio Petis FernandesPedro José Maria Fernandes WahmannRaphael José de Oliveira BarretoRaul Eduardo David de SansonRenato Ferreira MotaRicardo Costa GarciaRicardo Lagares HenriquesRicardo LevyRicardo Pernambuco BackheuserRicardo VarellaRoberto Antônio Raposo D’AssunçãoRonaldo Cezar CoelhoRonaldo Goytacaz CavalheiroRosiska Darcy de OliveiraRudolf HöhnRui PatrícioRuy Barreto FilhoSávio Luis Ferreira Neves FilhoSergio Cavina BoanadaSérgio Francisco M de C GuimarãesSérgio Gomes MaltaSérgio Reis da Costa e SilvaTácito Naves SanglardTeresa Cristina Gonçalves PantojaTomas Tomislav Antonin ZinnerVera Costa Gissoni

beneMÉRitoS

Abel Mendes Pinheiro Júnior André La Saigne de Botton Antenor Barros Leal Antônio Sanchez Galdeano Aristóteles Drummond Aroldo AraújoArthur Antônio Sendas Filho Aureo Salles de Barros Benjamin Nasário Fernandes FilhoBrigitte Barreto Carlos Alberto Lenz César Protásio Chaja Ruchla Schulz Conrado Max Gruenbaum Dahas Chade Zarur Daniel Corrêa Homem de Carvalho Daniel KlabinDora Martins de Carvalho Eduardo Baptista Vianna Eduardo Lessa Bastos Francisco Luiz C. da Cunha Horta Frederico Axel Lundgren Guilherme Arinos L.Verde de B. FrancoHaroldo Bezerra da Cunha Haroldo de Barros Collares Chaves João Augusto de Souza Lima João Portella Ribeiro Dantas Jonas Barcellos Corrêa Filho José Antônio do Nascimento BritoJosé Luiz AlquéresJosé Maria Teixeira da Cunha SobrinhoLinneo Eduardo de Paula Machado Luíz Carlos Trabuco CappiManuel Teixeira Rodrigues Fontes Márcio Castro de Almeida Marco Antônio Sampaio Moreira Leite Marco Polo Moreira Leite Marta Maria Ferreira ArakakiMaurício de Castilho Dinepi Mauro José Miranda GandraMauro Moreira Mauro Ribeiro Viegas Nelson Janot Marinho Olavo Egydio Monteiro de Carvalho Olympio Faissol Pinto Omar Carneiro da Cunha Oscar Böechat FilhoOtávio Marques AzevedoPatrick Larragoiti Lucas Pedro Ernesto Mariano de Azevedo Renato Ribeiro Abreu

ConSelho diRetoR

Alberto Paulo de Garcia MonneratAlberto Soares de Sampaio GeyerAlberto Sozin FuruguemAldo Carlos de Moura GonçalvesAndré GuimarãesArethuza Figueiredo H. S. de AguiarAry S. Graça Fº Augusto de Rezende MenezesBruno ArmbrustCarlos Alberto VieiraCarlos Geraldo LangoniCarlos Henrique MoreiraCarlos Moacyr Gomes de AlmeidaCarlos Roberto Mendonça Alves DiasCarmen Fridman SirotskyCelso Fernandez QuintellaCesar Augusto Mattos Maia NeumannChrista Bohnhof-GrühnCícero Ivanildo Alves CasimiroClarissa de Araujo LinsCorintho de Arruda Falcão FilhoCristiano Buarque Franco NetoDaniel PláDilio Sérgio PenedoDomingos BulusEdson de Godoy BuenoEduardo Eugenio Gouvêa VieiraElisa Dalcin Mendes PinheiroGeraldo César MotaGeraldo Rezende CiribelliGermano H. Gerdau JohannpeterGilberto Caruso RamosHaroldo João Naylor RochaHekel de Miranda RaposoHenrique Bastos RochaHumberto Eustáquio César Mota FilhoJaime RotsteinJoão Roberto MarinhoJoaquim de Arruda Falcão NetoJoel KornJosé Botafogo GonçalvesJosé Carlos Costa da Silva RosaJosé Conde CaldasJosé de Souza e SilvaJosé Gustavo de Souza CostaJosé Pires de SáJosé Roberto MarinhoJúlio IsnardJulio Luiz Baptista LopesLaudelino da Costa Mendes NetoLilibeth Monteiro de CarvalhoLucy Villela Barreto BorgesLuiz Antonio de Godoy AlvesMarcelo Henriques de BritoMarcos Castrioto de Azambuja

diRetoReS ConvoCadoS

André Urani Jacob Kligerman João Carlos de Luca Mozart Vitor Serra Ricardo Simonsen

Sócio honorário

José Luiz de Magalhães Lins

ConSelho FiSCal

efetivos

Abel Mendes Pinheiro JúniorCarlos Henrique FróesEduardo Costa GarciaMauro José Miranda GandraPaulo Sobrino Marques d’Oliveira

Suplente

Aureo Ricardo Salles de BarrosFerdinando Bastos de SouzaHelena Spyrides

Secretário Geral

Nestor Rolim Lacerda

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SuMáRio

alMoço doeMPReSáRio

Edição no 1401Dezembro de 2009 - ano 68

6 entReviStaMaria Elena Johannpeter, uma das principais lideran-ças da área social do País fala sobre voluntariado

16 ConheCiMentoLivro revela bastidores da festa popular que movimen-ta milhões de reais

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10

eSPeCial

CaPa

O vice-presidente da Repú-blica José Alencar é home-nageado como Sócio Emé-rito da ACRJ

22As mensagens do presidente da ACRJ, José Luiz Alquéres, e do presidente do Conselho Superior Humberto Mota

inStituCional

Rio SuStentável O Rio é a primeira cidade brasileira a estabelecer metas para combater as emissões de gases de efeito estufa. O plano lançado pela prefeitura do Rio tem como parceiros a ACRJ, a FBDS e o Rio Como Vamos

23Jerson Kelman comenta os desafios do novo Conselho Empresarial das Indústrias Reguladas da ACRJ

aRtiGo 29Debates, seminários e outros eventos realizados pelos Conselhos da ACRJ

ConSelhoS

37Os principais nomes da política e do empresariado discutem a conjuntura nacional

40Conheça nossos associados e junte-se à ACRJ, uma das instituições mais antigas e representativas do Brasil

aSSoCiadoS

Órgão Técnico e Consultivo do Governo Federal no estudo

dos problemas que se relacionam com a economia nacional.

Decreto-Lei nº6348, de 26/09/1940

PresidenteJosé Luiz Alquéres

Conselho EditorialJosé Luiz AlquéresMaurício DinepiOlavo Monteiro de CarvalhoRonaldo Chaer do NascimentoAndré Urani

Gerente de Comunicação e Jornalista ResponsávelAndréa Mury (MTB nº 23787)

Edição e RevisãoAndréa Mury

CapaVista Chinesa/RJFoto: Andréa Mury

FotografiaIvanoé Gomes Pereira

Projeto Gráfico / DiagramaçãoDueto Brasil (21) 9124-1472 / 7889-3225www.duetobrasil.com.br

Fotolito e ImpressãoRower Gráfica & Editora Ltda(21) 3881-3150

RedaçãoRua da Candelária, 9 /11º andarcep: 20091-020 - Centro - RJ(21) 2514-1219/1269

Publicidade(21) 2514-1211/1204/1208

www.acrj.org.br

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entReviSta MARIA ELENA PEREIRA JOHANNPEtER

o que a motivou a fundar a onG Parceiros voluntários? em que va-lores está baseado o trabalho da Parceiros voluntários?

Me - Sempre fui muito inquieta a respeito de me envolver com o outro, me envolver com o social, trabalhar para transformar realidades. Cresci vendo minha mãe agir efetivamen-te, não somente discursando. Mas

a grande oportunidade de colocar em prática o que eu acreditava veio em 1996, quando o então presidente da Federasul (Federação das Associa-ções Comerciais do Rio Grande do Sul), Mauro Knijnik, me convidou para assumir a diretoria do Departamento de Desenvolvimento Social da entida-de. Como já atuava como conselheira de algumas organizações sociais e ti-

nha pesquisado muito, no Brasil e no exterior, exemplos de participação de pessoas em suas comunidades – sa-bendo como o brasileiro é solidário por natureza – percebi que poderíamos passar de uma cultura paternalista para uma cultura mais participativa. Ao fundar a ONG Parceiros Voluntários foi essa proposta que fizemos à comuni-dade gaúcha.

Construir um Rio Grande do Sul voluntário. Foi com essa visão que a administradora de empresas gaú-cha, formada pela PUC-RS, Maria Elena Pereira Johannpeter fundou, em janeiro de 1997, a ONG Parceiros Voluntários, uma organização não-gover-namental, sem fins lucrativos e apartidária, que es-timula, capta, capacita e encaminha voluntários às organizações sociais.

A iniciativa já conquistou mais de 300 mil voluntá-rios em 13 anos de atuação, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas nas 78 cidades que integram a Rede Parceiros Voluntários (www.parceirosvolun-tarios.org.br). A Parceiros também criou o maior movimento de voluntariado jovem do Brasil, que envolveu, em 2008, 108 mil estudantes dos ensi-nos fundamental e médio de 379 escolas do Rio Grande do Sul.

Andréa Mury

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Em 2008, Maria Elena Johannpeter lançou, juntamente com a escritora Lilian Dreyer, o livro O Quinto Poder – Consciência Social de uma Nação. A obra reúne análises e questionamentos de especialistas nacionais e internacionais sobre o terceiro Setor, a atuação da sociedade civil organizada e o voluntariado, como o professor norte-americano Lester Salamon, um dos pioneiros do terceiro Setor no planeta e a queniana Wangari Maathai, ativista distinguida com o Prêmio Nobel da Paz.

Maria Elena integra instituições como a Schwab Foundation, da Suíça, o Conselho Deliberativo da Federasul, o Conselho de Cidadania da Federação das Indústrias do RS e o Conselho Pa-ranaense de Cidadania Empresarial da Federação das Indústrias do Estado do Paraná.

A presidente-executiva (Voluntária) da ONG Parceiros Voluntários, uma das principais lideranças da área social do País, falou à Revista do Empresário da ACRJ sobre o trabalho desenvolvido pela ONG e a importância do trabalho voluntário.

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entReviStaMARIA ELENA PEREIRA JOHANNPEtER

O trabalho da ONG Parceiros Vo-luntários está baseado em sua missão, que é promover, ampliar e qualificar o atendimento às demandas sociais pelo trabalho voluntário, visando à melhoria da qualidade de vida no Rio Grande do Sul. Dentre os nossos valores, co-locamos que toda pessoa é solidária e, portanto, um voluntário em potencial; a filantropia e o exercício da cidadania, pela prática do voluntariado, como in-dispensáveis à transformação da reali-dade social; e, por fim, que o desenvol-vimento sustentado é alcançado pela interação entre os sistemas econômico, ambiental e social.

há perspectivas de estender esse trabalho a outros estados, como o Rio de Janeiro?

Me - temos bases conceituais mui-to fortes e um largo trabalho em todo o Rio Grande do Sul. Essa experiên-cia é que alavanca a nossa participa-ção em outros estados, sempre por intermédio de parcerias locais como, por exemplo, o curso Gestão para a Sustentabilidade, Empreendedorismo e Redes Colaborativas, que estamos levando a instituições do Rio de Janei-ro e do Amazonas em parceria com o Sebrae Nacional. Essa metodologia busca instrumentalizar dirigentes de Organizações da Sociedade Civil para uma gestão sustentável, desenvolven-do a liderança, o empreendedorismo e o estímulo à formação de redes cola-borativas. É importante frisarmos que a Parceiros Voluntários se vê como uma potencializadora de causas sociais por dois eixos: encaminhando voluntários qualificados e profissionalizando, de-senvolvendo lideranças e capacitando gerencialmente as Organizações. Outro grande desafio que temos é o curso “Educando para a transparência”, que é parte do projeto “Desenvolvimento de Princípios de transparência e Prestação de Contas para Organizações Sociais”. Esse projeto, realizado com o FUMIN/

BID, tem o patrocínio da Petrobras e inúmeras parcerias com empresas, ins-tituições e profissionais liberais. Quando estivermos com o projeto piloto conclu-ído, a metodologia também deverá ser expandida para outros estados.

Como a srª avalia o desempe-nho do terceiro Setor no brasil? Quais os maiores desafios para as pessoas e organizações que atuam nesta área?

Me - Como dizia Peter Drucker: “O resultado do terceiro Setor é um ser humano melhor. As instituições sem fins lucrativos são agentes de mudança humana. Seu ‘produto’ é um paciente curado, uma criança que aprende, um jovem que se transforma em um adulto com respeito próprio; isto é, toda uma vida transformada”. Para se ter uma ideia de importância, é só analisarmos que, em 2007, o terceiro Setor teve sua participação econômica reconhe-cida pelo IBGE, quando foi incluido na composição do cálculo do Produto In-terno Bruto (PIB). Segundo o Centro de Estudos da Johns Hopkins University, dos Estados Unidos, o setor sem fins lucrativos no Brasil representa 5% do PIB nacional e assegura em torno de 3 milhões de empregos diretos.

Os números da Parceiros Voluntá-rios também mostram um crescimento exponencial. De 2003 a 2009, passou de 31 mil para 300 mil voluntários ca-dastrados; o número de empresas ca-dastradas saltou de 850 para 2,5 mil; e as organizações da sociedade civil conveniadas aumentaram de 1 mil para 2,7 mil. Esse movimento todo de mobi-lização e articulação traz um benefício para aproximadamente 1 milhão e meio de pessoas.

O grande desafio de todos os pa-íses no século XXI é a formação do Capital Social nas comunidades. Eu concordo com o economista e soció-logo Bernardo Kliksberg que diz: “se os valores dominantes se concentram no

individualismo, na indiferença frente ao destino do outro, na falta de responsa-bilidade coletiva, no desinteresse pelo bem-estar geral, na busca do consu-mismo (...), pode-se esperar que essas condutas debilitem seriamente o tecido social e conduzam a toda ordem de impactos regressivos”. Assim, entende-mos que uma das funções das organi-zações do terceiro Setor é desenvolver formas democráticas de intervenção social, em que as pessoas sejam capa-zes de construir, de forma cooperativa, a ordem social em que querem viver. O sociólogo colombiano Bernardo toro diz isso muito bem: “se a intervenção é assistencialista, cria a dependência; se é autoritária, cria a baixa auto-estima; se é clientelista, cria uma cultura de ade-são; se é democrática, cria cidadania e autonomia”.

a srª participou do Fórum Pers-pectivas para o Marco legal do ter-ceiro Setor, no Rio de Janeiro, para discutir e avaliar os resultados deste trabalho, elaborado pelo Grupo de institutos, Fundações e empresas (GiFe). Quais foram as principais constatações deste encontro?

Me - Este é um trabalho que o GIFE vem construindo, a muitas mãos e ca-beças, há alguns anos. Este documen-to estabelece os cinco temas que a rede GIFE identifica como prioritários no processo de aperfeiçoamento do mar-co legal do terceiro setor, que são: (1) liberdade de organização e funciona-mento para as organizações da socie-dade civil, (2) transparência e controle social (accountability), (3) imunidades e isenções tributárias, (4) incentivos fis-cais para iniciativas de interesse público e (5) segurança jurídica, na qualidade de tema transversal.

Agora, com a publicação e propa-gação dessa obra “Perspectivas para o Marco Legal do terceiro Setor” é que os debates levarão, certamente, a muito boas contribuições, visando um

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benefício organizacional para o terceiro Setor. A pesquisa, que teve apoio das Fundações Ford e W. K. Kellogg, agora será distribuída a associados do GIFE e disponibilizada para download no site www.gife.org.br

a crise afetou de algum modo o investimento das empresas em projetos de Responsabilidade So-cial (RS) ?

Me - Como ainda não está muito forte o entendimento de que o desen-volvimento sustentado está alicerça-do, igualitariamente, em três pilares (econômico - social – ambiental), em qualquer crise a primeira rubrica a ser cortada, ou pelo menos diminuída, é a que se refere aos projetos sociais, ou melhor dizendo, aos projetos que dizem respeito ao envolvimento com a comunidade. É claro que teve reflexo, no final de 2008 e inicio de 2009, da crise econômica mundial. Porém, com os novos sinais de um retorno do cres-cimento das empresas, os investimen-tos estão sendo retomados, embora, ainda, com muita cautela.

Mas, como todas as circunstâncias nos trazem aprendizados, o cenário tor-nou-se positivo por um lado: as organi-zações se viram obrigadas a uma ime-diata profissionalização na sua gestão, seja no planejamento, na prestação de contas, na prospecção de novas ma-neiras de sustentabilidade, etc. Essa é uma das razões pelas quais a Parceiros Voluntários se preocupa em capacitar gerencialmente as instituições, para que crises não venham a acabar com projetos que têm profundo significado em suas comunidades, pois o resul-tado final dessas instituições é medido em vidas transformadas.

há uma grande expectativa em torno dos acordos que poderão ser firmados em Copenhague, em busca de uma comunidade global sustentável. Como a srª vê o papel do brasil neste processo, em re-

lação à mobilização da sociedade civil no sentido de influir e cobrar políticas públicas voltadas ao de-senvolvimento sustentável?

Me - É sonho de todos os países a solução ou a minimização de proble-mas sociais, como a fome, a educação para todos, a redução da mortalidade infantil, a não violência, o respeito ao meio ambiente, entre outros. O Brasil também está perseguindo esse sonho. Para isso, está desenvolvendo ações tanto pelos meios governamentais, quanto pela sociedade civil organizada. Segundo pesquisa do IBGE, divulgada em 2008, estavam registradas cerca de 338 mil fundações privadas e associa-ções sem fins lucrativos, que emprega-vam 1 milhão e meio de pessoas em todo o País. São organizações dispos-tas a sair do discurso e a colocar a mão na massa. Essas mãos, geralmente, têm sido representadas por uma força de trabalho silenciosa, que crê na so-lidariedade, na promoção social e na cidadania. Essa força de trabalho não busca resultados apenas financeiros; busca, sim, a recompensa maior: pro-jetos de vidas transformados.

transformando o sonho em realida-de, os Centros de Voluntariado de SP, RJ, SC e RS, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvol-vimento (PNUD), se uniram formando uma Rede de Colaboração. Hoje, atra-vés do trabalho voluntário, fomentado pela Rede Brasil Voluntário, esta realida-de arregimenta um batalhão de 42 mi-lhões de voluntários, que impulsionam projetos, que articulam soluções.

todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a de-sempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos: todos são chamados a oferecer uma liderança criativa. A par-ceria entre governo, sociedade civil e

empresas é essencial para uma gover-nabilidade efetiva. Penso que, para co-brarmos posições fora, temos que estar cumprindo o nosso papel internamen-te, e nisso os brasileiros estão dando o exemplo devido a essa forte mobiliza-ção e articulação aqui descrita.

a prática do voluntariado já in-tegra o dia-a-dia das empresas brasileiras ou ainda é uma reali-dade distante? Como estimular o maior envolvimento das empresas em ações de RSe e a participação de seus colaboradores?

Me - Ainda há muito o que se fazer em relação ao envolvimento de todos os setores, mas saber que as lideranças empresariais já estão mudando a sua concepção sobre o trabalho voluntário, é meio caminho andado. A outra me-tade é uma questão de organização e mobilização. O estímulo que buscamos oferecer é por meio da metodologia da criação de comitês internos na empre-sa, de responsabilidade social. Hoje, as empresas já percebem que a responsa-bilidade social agrega valor à marca. Até por uma questão prática: para recebe-rem certificações ou atuarem no merca-do externo, as empresas precisam estar envolvidas com a comunidade. Outro fator importante é o clima que gera in-ternamente quando os funcionários se juntam para apoiar projetos sociais: os interrelacionamentos ficam mais facilita-dos, as pessoas mais dispostas, a equi-pe mais unida e focada; melhora a ca-pacidade na busca de soluções, enfim, cria ou fortalece um capital social interno na empresa. Não importa o tamanho da empresa: ela é feita por pessoas. Se elas estão felizes, os resultados são bem mais significativos.

a Parceiros voluntários criou um dos maiores movimentos de volun-tariado jovem do país, que envolve também pais e educadores. Como incentivar a criança, o jovem a ser voluntário? Como instituições de

MARIA ELENA PEREIRA JOHANNPEtER

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ensino, empresas e governos po-dem contribuir para isso?

Me - A ação se chama “tribos nas trilhas da Cidadania” e iniciou em 1999, por desafio de quatro jovens em sala de aula. Funciona da seguinte maneira: ao longo de todo o ano, os jovens do ensino médio, de escolas públicas ou privadas, desenvolvem ações em suas comunidades, escolhidas por eles mes-mos, buscando atender a três “trilhas”: Educação para a Paz, Meio Ambiente ou Cultura. A metodologia utilizada na ação tribos nas trilhas da Cidadania fa-vorece a co-autoria dos jovens, o traba-lho em grupo e o compartilhamento de experiências. também cria condições para a reflexão e o desenvolvimento de habilidades e competências, qualifican-do e fortalecendo a atuação juvenil e promovendo capacitações de estudan-tes em liderança, empreendedorismo, voluntariado e cidadania.

Já tivemos ano com mais de 100 mil jovens mobilizados e, em 2009, ti-vemos mais de 80 mil estudantes, em 55 cidades no Rio Grande do Sul. Eles têm muito gás, querem viver o “hoje” e vibram quando recebem a oportunida-de de agir. O que é preciso, na verda-de, é direcionar essa energia pulsante para o bem dos outros e do próprio jo-vem. O apoio da escola, do educador e dos pais é fundamental. Eles podem estimular e orientar o jovem a trabalhar no projeto em áreas de maior afinidade, já pensando em seu futuro quando tiver que decidir por uma formação univer-sitária, mas, principalmente, valorizar as conquistas dos jovens ao longo das atividades. Os pais podem, inclusive, participar de ações pontuais junto com os filhos. O que é comum de vermos e isso dá “uma liga” muito grande no inter-relacionamento.

Os governos e as empresas preci-sam estar atentos aos jovens, pois eles não são o futuro: são o presente. E é necessário valorizá-los, formando-os

como cidadãos conscientes de seus direitos e de suas responsabilidades. O grande biólogo e educador Humber-to Maturana diz: “educar se constitui no processo em que a criança ou o adul-to convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma esponta-neamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência”.

a srª costuma destacar a im-portância da Responsabilidade Social individual. Como ampliar a conscientização da sociedade para este conceito?

Me - Esse é o conceito que vem embasando o trabalho da Parceiros Vo-luntários nesses 13 anos. A RSI - Res-ponsabilidade Social Individual – nos diz que “trabalhar os valores internos faz despertar na pessoa o seu verdadeiro valor, o que a torna mais ativa e social-mente transformadora do mundo ao seu redor”. tudo inicia nesse pequeno núcleo chamado “eu”. A RSI vem an-tes da RSE, da RSG (governamental) ou de qualquer outra. As pessoas não dispõem apenas de habilidades (ca-pital humano), conhecimentos (capital intelectual), dinheiro (capital financeiro), prédios e maquinários (capital físico). Possuem também elos de solidarieda-de, fraternidade, cooperação, reciproci-dade e de confiança que estabelecem com outras pessoas. São esses elos a chave para resolver os problemas de desenvolvimento humano que enfren-tamos na época atual, pois proporcio-nam ao indivíduo uma visão holística

e sistêmica da realidade. Ele sente-se parte de um todo e trabalha para a in-tegração e harmonização desse todo. Dá-lhe o verdadeiro sentido de ser ci-dadão. Uma das melhores formas de levar esse “contágio” adiante é, quem está fazendo e se sentindo feliz, deve propagar para seus familiares, amigos, colegas, enfim, fazendo uma grande corrente do bem.

Qual conselho ou alerta a srª da-ria aos empresários brasileiros?

Me - Em 2006, a CNI (Confede-ração Brasileira da Indústria) publicou um Manual no qual constava: “a sus-tentabilidade - além de ser boa para a sociedade e para o meio ambiente - é também boa para os negócios. Signi-fica oportunidades para as empresas construírem diferenciais competitivos, reduzirem custos e aprimorarem seus níveis de eficiência e desempenho”. Eu complementaria ainda que, para os próximos anos, as empresas terão de mudar sua atenção para o seu pes-soal interno, para satisfazer não ape-nas suas necessidades físicas mas também emocionais, mentais e espi-rituais. As pessoas desejarão trabalhar em empresas para onde possam levar seus mais elevados valores, que lhes dêem oportunidade de fazer uma di-ferença positiva no mundo e que as encorajem a tornarem-se tudo o que puderem ser. Quando as pessoas consideram seu trabalho significativo, alcançam seus mais profundos níveis de intuição e criatividade. Isso é bom para elas, é bom para a empresa e é muito bom para as comunidades.

“Os governos e as empresas precisam estar atentos aos jovens, pois eles não são o futuro: são o presente. E é necessário valorizá-los, formando-os como cidadãos conscientes de seus direitos e responsabilidades”

MARIA ELENA PEREIRA JOHANNPEtER

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CaPa RIO SUStENtáVEL

Cidade é a primeira do país a estabelecer metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa

Rio Sustentável

No dia 27 de novembro, a prefeitura do Rio lançou o Plano Rio Sustentável, durante uma solenidade no Palácio da Cidade, que reuniu autoridades, empre-sários, ambientalistas e acadêmicos. O Protocolo de Intenções, assinado pelo prefeito Eduardo Paes, pelo vice-prefei-to e secretário municipal de Meio Am-biente, Carlos Alberto Muniz, pelo mi-nistro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e pelos presidentes da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), da Fundação Brasileira para o Desenvolvi-mento Sustentável (FBDS) e do Movi-mento Rio Como Vamos, José Luiz Al-quéres, Israel Klabin e Rosiska Darcy de Oliveira, respectivamente, tem por ob-jetivo reduzir as emissões de gases de

efeito estufa em 8% até 2012, em 16% até 2016 e em 20% até 2020. Com isso, o Rio é a primeira cidade brasilei-ra a estabelecer metas para combater as emissões de gases de efeito estufa (GEE), preparando-se para se tornar a capital da sustentabilidade.

Os detalhes do Plano foram apre-sentados por Carlos Alberto Muniz, que dividiu as metas e ações previstas em dois eixos principais: um deles voltado para a cidade e suas principais fon-tes de emissão de gases, os resíduos sólidos e a malha de transportes (os quais respondem por 73% do total de emissões); e outro voltado para as ins-talações da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz.

Para alavancar o Plano serão en-volvidos diferentes setores. No de transportes, as ações prevêem a construção de dois corredores de Bus Rapid transit (BRt), um para interligar

os bairros da Penha e Barra da tijuca e outro na Avenida Brasil; a expansão das ciclovias; e a utilização de biocom-bustíveis. A prefeitura estima que só o corredor t5, da Penha à Barra (onde serão usados BRts), substituirá 43 li-nhas que hoje circulam nesse trajeto. Com isso, estima-se que até 500 ve-ículos movidos a diesel sejam tirados de circulação.

Na área de Habitação, a intenção é fazer um trabalho de retrofit nos prédios da cidade. Já para as construções futu-ras, será adotado um modelo de arqui-tetura verde para melhorar a eficiência energética dos prédios.

A expansão da política de reflo-restamento em áreas desmatadas da cidade também será uma das ações do Rio Sustentável, além do tratamen-to de resíduos sólidos com a constru-ção de aterro sanitário para reduzir as emissões em até 30%.

Cida Belford

Andréa Mury

Lançamento do Rio Sustentável reuniu lideranças políticas, empresariais e da sociedade civil no Palácio da Cidade

“A economia depende do am-biente. Se não há ambiente, se tudo está destruído, não há economia”.

Lester Brown

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CaPaRIO SUStENtáVEL

A macrodrenagem da Bacia de Jacarepaguá, a ampliação do sistema de saneamento da Zona Oeste, a ne-gociação para compensações mitiga-doras das emissões produzidas pela CSA – a empresa já comprometeu-se em reduzir suas emissões de GEE em 17% - e a disseminação da cultura de sustentabilidade e de eficiência ener-gética também integram as principais estratégias do Rio Sustentável, que será apresentado pela prefeitura na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP–15) em Co-penhague, Dinamarca, entre os dias 7 e 18 de dezembro.

Foram assinados seis decretos e firmado um contrato com o Instituto de Pesquisa e Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe) para a realização de um novo inventário de emissões. O último teve como base o ano de 1998. O prefeito Eduardo Paes lembrou que os grandes vilões da ci-dade são os lixões, emissores de gás metano, e o gás carbônico emitido pe-los automóveis. Por isso, estes serão os setores que mais receberão inves-timentos da prefeitura. De acordo com Paes, as metas foram estabelecidas para que a sua administração realize o que está previsto. “Nós estabelecemos uma meta objetiva da redução naquilo que é possível. Até 2012, vamos redu-zir em 8%. É inferior a algumas das me-

tas já estabelecidas por outras cidades, mundo afora, mas é a meta que garan-timos que vamos cumprir, sem falsear números”, declarou.

Entre os decretos assinados estão o Plano de Gestão de Resíduos Sus-tentável; o Programa de Redução de Emissão de GEE no setor de transpor-tes; e o Fórum Carioca de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Susten-tável. Este último envolverá o poder pú-blico, a sociedade civil e acadêmicos. O Plano também prevê um programa de adaptação do sistema de Saúde e Defesa Civil para minimizar os impactos das mudanças do clima, como proje-ções e prevenção a epidemias e en-chentes e um programa de ecoeficiên-cia e sustentabilidade da prefeitura, que permitirá a economia de água, energia, gás e combustíves.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu que o mais importante é dar o primeiro passo, como fez o Rio, destacando ainda o pioneirismo do Bra-sil de se posicionar a favor da redução da emissão de gases de efeito estufa.

Carlos Minc: o importante é dar o primeiro passo

Lixo e excesso de veículos – os grandes vilões

“O Brasil foi pioneiro, foi o primeiro país em desenvolvimento que estabeleceu as metas. Logo em seguida, a Indoné-sia e a Coréia também apresentaram as suas. Houve pressão e os Estados Unidos e a China tiveram que mudar de posição. Acho que essa questão vai avançando no mundo e o Rio de Janei-ro vai avançar também”, afirmou.

“O Brasil foi pioneiro, foi o primeiro país em desenvolvimento que estabeleceu as metas. Acho que essa questão vai avançando no mundo e o Rio de Janeiro vai avançar também”

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CaPa

O ex-prefeito do Rio e presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvi-mento Sustentável (FBDS), Israel Kla-bin, destacou o momento importante para a cidade. “O Rio passa a ser uma das primeiras cidades do planeta que assume a responsabilidade ambien-tal na sua expressão mais importante, que é a contenção das emissões. É um projeto bastante complexo, mul-tidisciplinar, mas o prefeito merece os parabéns pela iniciativa”, disse Klabin, lembrando que outras iniciativas desta ordem, em cidades importantes como Nova Iorque, têm se saído muito bem e o Rio, com isso, passa a ostentar uma bandeira da maior importância, de atra-tivo global com relação ao seu futuro. “Nós teremos aqui a Copa do Mundo, as Olimpíadas e vários eventos. O Rio era uma cidade ancorada no passado e passa a ser uma cidade projetada no futuro”, concluiu.

Presidente da Câmara técnica de Desenvolvimento Sustentável do muni-cípio, o economista e ambientalista Ser-

gio Besserman, também acredita que as Olimpíadas de 2016 serão uma grande oportunidade de mostrar ao mundo que a cidade está trabalhando em prol da sustentabilidade. Ele ressaltou que a agenda do século XXI é a agenda da sustentabilidade e a marca do Rio de Janeiro, este ativo intangível que hoje é totalmente decisivo na competição dos negócios e entre as cidades, também é a sustentabilidade. O trabalho conjunto da ACRJ, com a boa base técnica da FBDS, da prefeitura, da Coppe/UFRJ e com uma estratégia de engajamento e participação da sociedade, com muita transparência, além da presença do Rio Como Vamos, poderá dar um retorno extraordinário à cidade do Rio de Janei-ro”, declarou.

O presidente da Associação Co-mercial do Rio de Janeiro e da Light, José Luiz Alquéres, ressaltou a impor-tância do apoio do empresariado ao Rio Sustentável, que pode contribuir agindo como um promotor do Plano, através do Fórum Carioca de Mudanças Climá-

ticas. “Vamos participar do Fórum, que será permanente. Cada empresa tem que pensar sua redução de emissões. Muitas terão que recorrer à compensa-ção, pois ainda não há como mudar a forma de produção”.

Ele destacou três passos que a ACRJ define como fundamentais: “o primeiro passo é medir para conhecer, utilizando indicadores que possam ser monitorados. O segundo é praticar nas empresas ações que as transformem em modelos de sustentabilidade e exemplos a serem imitados. E o tercei-ro passo é divulgar esses conceitos e vê-los expressos em políticas públicas. A classe empresarial está engajada”, afirmou. Em relação à Light, Alquéres informou que a empresa está desenvol-vendo um Plano Diretor que prevê, en-tre outros pontos, a criação de uma Re-serva de Proteção Permanente (RPPN) em torno dos reservatórios de água de Piraí. “São 20 mil hectares que pode-mos reflorestar com espécies da Mata Atlântica”, explicou, lembrando que cer-ca de 95% da água consumida pelos cariocas saem daqueles reservatórios.

Cultura CidadãAs ações do Rio Sustentável se-

rão monitoradas pelo movimento Rio Como Vamos, que já acompanha os indicadores de qualidade do município. A presidente-executiva da instituição e vice-presidente de Cultura da ACRJ, Rosiska Darcy de Oliveira, informou que o RCV se comprometeu a monitorar a evolução dos indicadores de sanea-mento, tratamento do lixo e refloresta-mento. “Vamos acompanhar o que foi proposto e tornar público o cumprimen-to ou não das metas por meio desses indicadores. As metas de lixo reciclável, por exemplo, dependem muito da aju-da da população. Cada gesto individual melhora a cidade para todos. Cultura cidadã é isso: quem colabora, tem mais direito de cobrar”, frisou Rosiska.

Eduardo Paes e Israel Klabin – Compromisso com o meio ambiente

“O Rio era uma cidade ancorada no passado e passa a ser uma cidade projetada no futuro”

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O que é sustentabilidade?A palavra mais pronunciada no mun-

do atualmente ainda é desconhecida da grande maioria das pessoas que não lidam com questões ambientais. Até mesmo profissionais graduados não sabem ao certo o seu significado. Para muitos, é só a palavra da moda.

Opiniões à parte, a coordenadora adjunta e professora do MBE em Eco-nomia e Gestão da Sustentabilidade do Instituto de Economia da UFRJ, Analice Araújo, acredita que a definição mais in-dicada para o termo é a da Comissão Bruntland, que define desenvolvimento sustentável como aquele “capaz de su-prir as necessidades da geração pre-sente sem afetar a habilidade das gera-ções futuras de suprir as suas”.

Recomendações do tipo “Feche bem a torneira” ou “Use apenas duas folhas de papel toalha”, há alguns anos, eram interpretadas como política de redução de custos das empresas, mas hoje já são entendidas como prá-ticas de um novo modelo de gestão corporativa, mais preocupada com o desenvolvimento sustentável das or-ganizações, interessadas em apoiar campanhas em prol do meio ambiente e a se adequar às novas exigências de um mercado no qual clientes e con-sumidores estão mais conscientes so-bre os impactos negativos que a má utilização dos recursos naturais pode causar à sociedade.

Extrair da natureza todas as possi-bilidades de produzir bens e serviços necessários à vida diária do homem sem comprometer a capacidade das gerações futuras de garantir o seu pró-prio sustento é o grande desafio dos lideres de todo o mundo e de toda a sociedade nas próximas décadas. “Sustentabilidade é pensar, planejar e agir no presente, mas com os olhos no futuro. O indivíduo que incorpora essa competência aplica os princípios da sustentabilidade em sua própria vida,

em atividades do cotidiano e leva essa experiência para as organizações ou grupos com os quais interage, inclusive na empresa onde trabalha. A empresa consciente desse fundamento incorpo-ra as competências individuais numa estratégia que estará integrada ao seu capital intelectual e ao sucesso de seus negócio”, acrescenta Analice Araújo.

O conceito de sustentabilidade corporativa vem adquirindo força des-de 1994, quando o ambientalista John Elkington sugeriu a adoção do triple Bottom Line, uma forma de medir os resultados de uma empresa com base nos aspectos econômico, social e am-biental. É crescente o número de em-presas preocupadas em apresentar tais resultados em seus relatórios anuais e de forma voluntária, mas ainda não é uma prática comum. “A sustentabilida-de ainda não é uma realidade em todas as empresas, mas é uma realidade em um grupo de empresas que se des-tacam quanto à agenda sustentável. Geralmente são empresas lideres de mercado, que sofrem grande pressão de órgãos reguladores, de consumi-dores ou estão expostas às exigências de mercados internacionais”, explica a diretora executiva da FBDS e vice-pre-sidente de Ética, Governança e Susten-tabilidade da ACRJ, Clarissa Lins.

Buscar orientação junto a institui-ções especializadas em serviços de consultoria em gestão da sustentabi-lidade pode ajudar as empresas a se inserirem neste novo modelo de gestão e a fazer parte de listas de indicadores confiáveis e reconhecidos mundialmen-te, como o Índice de Sustentabilidade da Bolsa de Nova Iorque, o Dow Jones Sustainability World Indexes (DJSI), o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE), além dos índices das bolsas de Londres, o FtSE4Good, e o de Johannesburg, o SRI. “O maior de-safio das empresas é entender que a sustentabilidade agrega valor aos ne-

gócios e que não é uma estratégia de marketing”, afirma Clarissa Lins, que su-gere uma espécie de 10 mandamentos da empresa sustentável:

1. Ter o compromisso da alta lideran-ça da empresa com a agenda da sus-tentabilidade.

2. Inserir a sustentabilidade na estra-tégia de negócios e não apenas no discurso de comunicação e marke-ting da empresa.

3. Estabelecer mecanismos de go-vernança que garantam uma gestão eficiente da sustentabilidade.

4. Ter definidas políticas corporativas fortes, como código de ética, política ambiental e política de sustentabili-dade.

5. Divulgar amplamente as políticas corporativas e demais compromissos assumidos pela empresa.

6. Desdobrar as políticas corporativas em sistemas de gestão.

7. Eleger indicadores – claros e de fácil apuração – que possam mensu-rar a evolução da agenda da empre-sa, assegurando que tais indicadores são os mais relevantes.

8. Reportar periodicamente, interna e externamente, a mensuração e a evo-lução dos indicadores, assumindo o compromisso de transparência.

9. Estabelecer formas estruturadas de diálogo com as principais partes interessadas (que podem ser consu-midores, fornecedores, colaborado-res, órgãos reguladores, comunida-des do entorno).

10. Assumir um compromisso de transparência com a sociedade, por exemplo, por meio da publicação de relatórios de sustentabilidade.

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O Banco Bradesco, associado à ACRJ desde 1971, integra o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bo-vespa (ISE), está entre as 20 empresas premiadas no Guia Exame de Susten-tabilidade 2009 e apóia o Pacto Global, iniciativa da ONU cujo objetivo é incen-tivar empresas a adotarem políticas de responsabilidade social corporativa e de sustentabilidade. Há mais de 20 anos en-gajado na defesa das questões ambien-tais, o Bradesco mantém parceria com a ONG S.O.S Mata Atlântica, uma das pioneiras no trabalho de proteção aos biomas brasileiros. O Bradesco integra ainda a Fundação Amazonas Sustentá-vel, cujo objetivo é promover a melhoria da qualidade de vida das comunidades moradoras e usuárias das unidades de conservação no Amazonas. Apoiar pro-jetos de sustentabilidade e integrar a lista do índice Dow Jones é um grande orgu-lho para o banco. “O Dow Jones é um certificado de que nosso negócio tem bases sólidas, uma visão de negócio que privilegia o conjunto da sociedade. Ou seja, está programado para se per-petuar, na medida em que respeita todos os públicos de interesse, estabelecendo compromissos com valores humanitários e de proteção ao meio ambiente”, disse o presidente do Bradesco, Luiz Carlos trabuco Cappi. Benemérito da ACRJ, Cappi afirma que o banco segue as me-lhores práticas de governança e respon-sabilidade social e acredita que todos devem participar, de alguma forma, do esforço pela preservação da civilização. “Não há novidade, apenas bom senso e compromisso prático com os interes-

ses da sociedade. A cada ano vemos mais empresas aderindo aos conceitos modernos de governança. Se o nosso exemplo servir de estímulo, ótimo: nos sentiremos bem com isso”, declarou.

A Eletrobrás, associada à ACRJ desde 1997, é integrante do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Boves-pa (ISE). Em 2006, criou o Comitê de Sustentabilidade do Sistema Eletrobrás, com grupos de trabalho focados no conceito das três dimensões da sus-tentabilidade empresarial (triple bottom line). Este Comitê empreende uma série de ações que possibilitaram, dentre ou-tras conquistas, a sua adesão ao Pacto Global, a inclusão no ISE, a elaboração do primeiro relatório socioambiental do Sistema Eletrobrás e a capacitação de seus colaboradores na metodologia GRI (Global Reporting Initiative), inter-nacionalmente reconhecida como guia para a elaboração de relatórios de sus-

tentabilidade. O presidente da Eletro-brás, José Antonio Muniz, ressalta que administrar é, cada vez mais, a arte de ir ao encontro do outro. “Quando fala-mos em sustentabilidade, por exemplo, pensamos na preservação do meio ambiente, na construção de uma ma-triz energética limpa e na promoção da economia e da eficiência como formas de assegurar um futuro livre de polui-ção. Mas pensamos também na re-lação com as comunidades afetadas pelos empreendimentos geradores de energia, nos benefícios que podemos levar a cada recanto do país que rece-be a eletricidade pela primeira vez e na construção de um ambiente de trabalho inspirador para todos os nossos cola-boradores”, disse Muniz.

José Antonio Muniz

bons exemplosBradesco e Eletrobrás, empresas associadas da ACRJ, são reconhecidas por suas ações de sustentabilidade

Luiz Carlos Trabuco Cappi

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pecuária, que é o mais difícil. Se a nossa soja tiver o estigma que vem de desma-tamento da Amazônia, não conseguire-mos vender óleo de soja na Europa e nos Estados Unidos. O meu recado é: empresários, sigam o exemplo dos se-tores que realmente estão avançando, introduzindo tecnologia limpa, cogera-ção, eficiência energética, declarando e reduzindo suas emissões.

O Brasil é protagonista

Reduzimos muito o desmatamento da Amazônia, estamos em uma po-sição ofensiva, mas parece uma coi-sa distante. Quando o estado de São Paulo diz que vai reduzir, é interessante. Eles vão reduzir queimada de cana, vão fazer cogeração das indústrias. Quan-do a cidade do Rio diz que vai reduzir, começa a ficar mais perto do dia-a-dia das pessoas. A questão climática é uma questão dos governos, das empresas, da sociedade e das famílias.

Ninguém acreditava que o Brasil ia apresentar metas. A posição mais pró-ativa era minoritária na sociedade e no governo. É bom frisar isso. En-tão, houve um esforço muito grande. A sociedade civil começou a se mobi-lizar, querendo que o Brasil desempe-nhasse um papel mais forte no Fórum de Mudanças Climáticas. O professor Luiz Pinguelli, a Suzana Khan, a nossa Secretária Nacional de Clima, e outros, mobilizaram as áreas dentro do gover-no e nós mostramos ao presidente Lula e à ministra Dilma que os países do Grupo dos 77 não ficariam ofendidos se o Brasil ousasse mais, desde que não impuséssemos a eles metas ou os criticássemos. A agricultura aumenta a produtividade com a recuperação de áreas degradadas, integração lavoura-pecuária, plantio direto. A siderurgia ganha produtividade com aço verde. tudo isso pode ser um a marca bra-sileira. O Brasil avançou e apresentou essas metas.

3 minutos com Carlos MincCida Belford

A contribuição de cada um O consumo consciente e a respon-

sabilidade de cidadania são básicos. É muito bom que o cidadão se proponha metas, como melhorar sua coleta, com a separação domiciliar do lixo; regular o motor do carro para emitir menos; comprar o eletrodoméstico mais efi-ciente. Hoje, no Rio de Janeiro, só 4% das famílias separam lixo em casa. É muito pouco. todos nós temos que ter nossas metas, porque o planeta está ameaçado.

Quando a gente diz que o IPI, os juros, o crédito podem ser ousados, para ajudar a política ambiental, não significa reduzir tudo, porque senão o Estado quebra. As áreas econômica e financeira têm que calibrar as reduções com a temperatura do mercado, com a margem de produção e com a oferta existente. A minha questão é criar me-canismos para estimular o consumo consciente, de baixo carbono e bai-xo impacto ambiental. Então, vamos cortar o IPI do carro elétrico, desone-rar os equipamentos eólicos e solar, e também o material reciclado. O Brasil não pode perder ‘o vento da história’. Somos a terra dos ventos, do sol, da biomassa.

Compromisso da classe empresarial

O empresariado tem dado mostras que quer realmente participar. Alguns exemplos: fizemos a moratória da soja com os exportadores de soja na Ama-zônia e eles cumpriram a moratória. A soja deixou de ser fator de desmata-mento na Amazônia. também fizemos um acordo com os empresários da

área de madeira de exportação. Nós íamos aumentar a oferta da madeira le-gal e eles só comprariam madeira para exportar, baseada na madeira licencia-da de origem conhecida de planos e manejos. Assinamos um pacto público com a Federação Nacional de Seguros e o sindicato do Rio de Janeiro. Eles só vão fazer seguro para as empresas que estiverem com o licenciamento ambiental em dia, se estiverem enfren-tando seu passivo ambiental, que não usem substâncias muito agressivas ao meio ambiente. Isso é fundamental, pois estamos dando condições mais vantajosas para aquelas empresas que têm tecnologias mais seguras, mais lim-pas, em relação ao meio ambiente, ao pulmão das pessoas e as emissões de CO2 para o planeta. Fizemos um acor-do público com os bancos privados, através da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), conhecido como Protocolo Verde dos bancos. Então, os bancos também se comprometem a só dar crédito e financiar atividades sustentáveis àquelas empresas cujas ações não impliquem em desmatamen-to, agressão, degradação ambiental.

Esse conjunto de atividades aca-ba sendo, às vezes, mais eficiente do que mil policiais, do que 300 fiscais do Ibama, porque todo empresário, prati-camente, precisa de crédito, de seguro para seus equipamentos, suas mer-cadorias transportadas. Se o setor de seguros e o bancário incorporam vari-áveis ambientais, climáticas aos seus padrões, rotinas e critérios, isso signi-fica que os mecanismos da economia estão incluindo a prevenção ambiental.

Várias empresas tem declarado que querem também metas. Mas ainda há uma distância entre a intenção e o ges-to. todo mundo faz juras de amor ao planeta. Então, vamos cobrar para ver tudo isso realmente acontecer. A gente fez o pacto da soja, o da madeira e o do minério. Agora, só falta o acordo com a

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ConheCiMento

A Constituição estabelece o direito de todo cidadão de saber quanto paga de impostos. Afinal, são esses impos-tos, pagos pelos contribuintes, que ge-ram recursos para os serviços públicos em áreas como educação, saúde, se-gurança e transportes, e para sustentar os gastos do Estado. No entanto, falta transparência na divulgação dessas in-formações.

Segundo dados da Comissão Eco-nômica para a América Latina e o Cari-be (Cepal) da ONU, a carga tributária no Brasil corresponde a 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e é a maior da América Latina. Com tamanha arre-cadação, a consequência natural seria o investimento desses recursos para garantir serviços públicos de qualidade. Mas, não é o que se constata.

O advogado tributarista Condor-cet Rezende, presidente do Conselho de Assuntos Jurídicos e tributários da ACRJ, alerta que o cidadão comum ain-da não sabe que é ele o principal contri-buinte de todos os impostos. Esse fato acontece porque o valor dos impostos já está embutido nos preços dos su-permercados, shoppings, lojas, etc. “O método brasileiro de recolhimento de

impostos propicia ineficiência econômi-ca, subornos, corrupção, desemprego e pobreza. De uma maneira impercep-tível são os cidadãos comuns que sus-tentam a nação com mais da metade dos seus rendimentos. Uma quantia exagerada que poderia ser utilizada na fomentação da economia e na geração de emprego”, critica o especialista.

A ACRJ, por meio dos seus conse-lhos empresariais, tem promovido vá-rios eventos, como seminários, pales-tras e debates, para discutir a questão dos impostos, que sobrecarregam pro-fissionais e empresas, buscando reunir propostas e soluções que contribuam para a tão necessária reforma tributária.

Com esta perspectiva, no início de outubro, a ACRJ, por meio do seu Con-selho de Jovens Empreendedores, se uniu à Confederação Nacional de Jo-vens Empresários (Conaje), para realizar a 7ª edição do Feirão do Imposto. Lan-çado no Rio, o Feirão foi realizado no dia seguinte em mais de cem cidades brasileiras, simultaneamente.

O Feirão do Imposto, que reuniu de produtos alimentícios a aparelhos eletrônicos, foi instalado na movimen-tada estação do Metrô da Cinelândia,

Centro do Rio, e provocou muita curio-sidade. Para explicar os impostos e ti-rar dúvidas, um grupo de empresários da ACRJ, liderado pelo presidente da Conaje, Eduardo Machado, e pela pre-sidente do Conselho de Jovens Empre-endedores da ACRJ (Conjove), Vanes-sa Rouvier, passou o dia na estação.

O público ficou surpreso com os im-postos embutidos em produtos como a gasolina, que custa R$ 2,52 o litro e tem 53,03% (R$ 1,34) do seu valor destinado a tributos, ou a carne, que sofre taxação de 17,47%. O bancário Roberto Ferreira lembrou que, em países como a Suécia, os impostos também são altos, mas a sua população tem acesso aos serviços básicos necessários ao seu desenvol-vimento. “Quando, aqui no Brasil, uma autoridade se internaria em um hospital público para ter seu filho?”, indagou.

Outra atração do evento foi o impos-tômetro (www.impostometro.org.br), serviço disponibilizado pela Associação Comercial de São Paulo e pelo Institu-to Brasileiro de Planejamento tributário. Em um computador, as pessoas pude-ram verificar o total arrecadado em im-postos, desde 1º de janeiro deste ano, nos estados ou municípios brasileiros, e descobrir o que poderia ser construído com esses valores, como por exemplo, casas populares, escolas ou hospitais.

Segundo a presidente do Conjove, a realização de eventos como o Feirão do Imposto é importante para conscientizar a população sobre a alta taxa tributária em-butida nos produtos e incentivá-la a mu-dar essa situação, cobrando a aplicação eficiente dos recursos e a redução dos tributos. “O cidadão precisa saber que pode ter voz e que algo pode ser feito, por meio do voto, por exemplo. A partir do momento que ele tem acesso à informa-ção, passa a ter base para tomar uma de-cisão. A carga tributária também ocasiona o desemprego, porque as empresas es-tão cada vez mais enxutas para poderem se manter no mercado”, afirmou.

Feirão do imposto 2009

O presidente da Conaje, Eduardo Machado (à esq) e o conselheiro do Conjove/ACRJ, Paulo Protásio Filho, (centro), orientam consumidores

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ConheCiMento

Conselho de Comércio da aCRJ também discute a carga tributáriaMariana Santos

O Conselho Empresarial de Co-mércio de Bens e Serviços da ACRJ, presidido por Aldo de Moura Gonçal-ves, se reuniu no dia 2 de dezembro com o deputado estadual (PSDB) e presidente da comissão de tributa-ção, Controle da Arrecadação esta-dual e Fiscalização dos tributos esta-duais, Luiz Paulo Corrêa, para discutir o peso da carga tributária no Rio de Janeiro e no país.

Para o deputado, o sistema tri-butário opera de maneira regressiva sobre a população, recaindo, em termos relativos à renda, mais forte-

mente sobre as camadas de menor renda do que sobre as classes de renda mais elevada. tal situação é ainda realçada pelo fato de a regres-sividade ser mais elevada nas áreas metropolitanas localizadas nas regi-ões mais pobres do país.

O sistema de cobrança de im-postos faz com que o consumo seja mais tributado do que a renda. Logo, pessoas com rendimento menor pa-gam relativamente mais impostos do que aqueles com ganhos maiores. “A injustiça tributária no Brasil é tris-te. Quanto mais alta a renda, menor a

carga tributária do contribuinte”, criti-cou Luiz Paulo Corrêa.

O nível da carga tributária do Brasil é comparável ao de países desenvol-vidos. Enquanto o PIB em 2008 foi de R$ 2,88 trilhões, a arrecadação tributá-ria bruta do país foi de R$ 1,034 trilhão. A receita do setor público cresceu em uma velocidade maior que a do cres-cimento da economia. Enquanto o PIB cresceu 5,1% em 2008, a arrecadação tributária nos três níveis de governo su-biu 8,3%. O sistema tributário brasileiro é composto por 61 tributos federais, estaduais e municipais.

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ConheCiMento

Mauro Osório, Aldo Gonçalves e Marta Arakaki

uma radiografia do Comércio

Mariana Santos

Levantamento comparativo das dez principais capitais do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Manaus) realiza-do pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), apontou que o crescimento da atividade econômica do Rio, nos últimos 10 anos, alcançou 12,5%, enquanto os demais estados mantiveram uma média de 38,6%.

O estudo, batizado de Radiografia do Comércio e abrangendo o período de 1998 a 2008, foi apresentado pelo economista da UFRJ e consultor do CDL-Rio, Mauro Osório, na reunião do Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços da ACRJ, presidido por Aldo Gonçalves, que contou com a participação da presidente do Con-selho de Micro e Pequenas Empresas da entidade, Marta Arakaki.

A pesquisa, cujo objetivo é dar em-basamento a estratégias de fomento ao desenvolvimento do Comércio no Rio de Janeiro, utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do trabalho e do Em-prego. Os resultados ficaram aquém do esperado. “Estamos preocupados com esse crescimento de 12,5%. O Rio ficou em último lugar no percentual de crescimento da atividade econômi-ca. Chegou a hora de consolidarmos um projeto de desenvolvimento para a cidade em um momento bastante fa-vorável”, disse o economista.

Ele lembrou que, desde a mudan-ça da capital para Brasília em 1960, o Rio vem passando por um contínuo processo de perda de participação na economia brasileira. Entre 1970 e 2006, o PIB da cidade registrou uma queda de participação de 62,5% no PIB nacional, uma trajetória que deriva da transferência da capital e da carên-cia de estratégias de fomento ao seu desenvolvimento econômico-social.

Mauro Osório destacou que o setor de comércio varejista é um forte em-pregador de jovens. De acordo com dados da Rais para 2008, enquanto para o total de atividades econômicas existentes na cidade do Rio, apenas 13,6% encontram-se na faixa de 18 a 24 anos de idade, no comércio varejis-ta esse percentual é de 30,1%. “O Rio de Janeiro e a região metropolitana vêm recebendo uma série de investimentos que podem contribuir, principalmente com o refinamento de estratégias, para sua dinamização econômica e melhoria nas condições de vida da população carioca em todas as suas localidades”.

O comércio varejista também tem conquistado expressiva melhoria na qualificação profissional dos trabalha-dores do setor. Em 1998, cerca de 32,1% deles tinham o ensino médio completo, já em 2007 o percentual subiu para 58,5%. Para Osório, este é um dado importante, primeiro pelo atu-al cenário de crise; segundo, pelo fato de que, o Brasil e suas metrópoles, ao serem comparados com países de similar nível de desenvolvimento, apre-sentam um problema particular no que diz respeito ao emprego para jovens; e por último porque no Rio, de acordo

com a Pesquisa Mensal de Empre-go – PME/IBGE, o número de jovens ocupados formal e informalmente caiu, entre março de 2002 e setembro de 2009, de 356 mil para 322 mil ocupa-dos, o que revela a importância de se criar alternativas e perspectivas para os jovens da cidade, principalmente para os moradores de regiões dominadas pelo tráfico ou por milícias.

Outro dado a destacar é a amplia-ção da presença de pessoas com fai-xa etária mais elevada. O número de trabalhadores no comércio com 50 anos ou mais, com carteira assinada, é o que registra o crescimento mais ex-pressivo (66,1%) entre todas as faixas etárias, de 1998 e 2008.

No subtotal de micro empresas, o crescimento no Rio, entre 1998 e 2008, é de apenas 4,6%, contra 33,1% na ci-dade de São Paulo e 18,9% de Belo Ho-rizonte. De acordo com Osório, a pouca evolução das microatividades formais no Rio é fruto da falta de dinamismo econômico em diversas regiões da ci-dade, como no subúrbio, e de questões vinculadas à formalização de empresas em determinadas localidades.

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ConheCiMento

desconsideração da Pessoa Jurídica

Cida Belford

Ministro Marco Aurélio Mello

Para debater a teoria da descon-sideração da pessoa jurídica, a ACRJ realizou, no início de novembro, o Se-minário Desconsideração da Pessoa Jurídica, que reuniu magistrados, advo-gados, especialistas e empresários.

A desconsideração da pessoa jurí-dica pode ser utilizada por um juiz com o objetivo de penhorar os bens do re-clamado e assegurar o pagamento de dívidas aos credores da organização devedora. No entanto, esse recurso vem sendo usado sistematicamente pelo Judiciário que, em muitos casos, criticam os especialistas, não funda-menta de maneira clara a sua decisão.

Um empresário pode ser gravemen-te prejudicado, quando o mesmo, ain-da que tenha deixado a sociedade em um negócio ou seja apenas um acionis-ta minoritário de uma organização, tem sua conta bancária bloqueada por uma ordem judicial, uma espécie de penho-ra on line, em função de dívidas adqui-ridas pela empresa da qual foi sócio ou é acionista, mesmo sem ter qualquer relação com a dívida.

O artigo 28 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) diz que o juiz pode desconsiderar a pessoa jurídica da sociedade quando, em de-

trimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. Já o Có-digo Civil, artigo 50 (Lei 10.406/2002) tem como pressupostos básicos para a aplicação da teoria o desvio de finalida-de e a confusão patrimonial.

O presidente do Conselho Empre-sarial de Assuntos Jurídicos e tributários da ACRJ, Condorcet Rezende, lembrou que o Código tributário, em seu artigo 135, também fundamenta a aplicação da desconsideração em caso de fraude. O texto diz que quando existe a culpa comprovada dos administradores, a res-ponsabilidade fiscal passa a ser imputa-da diretamente a eles, “mas sempre que provada a culpa”, ressalva Condorcet.

Na mesma linha, o conselheiro da ACRJ Guilherme Stussi Neves ressal-tou a importância da comprovação da fraude para a aplicação da teoria da desconsideração. “É de extrema im-portância a prova da fraude, do desvio ou da intenção e não somente julgar o empresário que não teve sucesso com seu negócio. A empresa estar insolven-te não significa necessariamente que se deve desconsiderar completamente a pessoa jurídica”, frisou.

Um problema observado pelos pa-lestrantes, durante o encontro, é o fato de o Judiciário não observar o direito de ampla defesa do empresário. De acordo com o Ministro do Supremo tribunal Federal (StF), Marco Aurélio Mello, a atuação do Fisco deve ser fi-dedigna à Constituição. “Quando nos reunimos para trocar ideias a respeito

disso, temos presente a necessidade de avançarmos culturalmente e esse avanço passa justamente pelo respeito às regras estabelecidas. É isso o que objetivamos”, frisou.

A falta de fundamentação de juízes trabalhistas na aplicação da teoria da desconsideração da pessoa jurídica também foi criticada. O ministro Marco Aurélio Mello reafirmou que toda decisão judicial deve ser bem fundamentada. “A fundamentação é necessária. Para trans-ferir-se a responsabilidade trabalhista do tomador dos serviços para a pessoa do sócio, para a pessoa da empresa inte-grante do grupo econômico, nós temos que ter base legal, temos que ter base nos fatos verificados e que se amoldem à lei, ao figurino legal”, declarou.

Na Câmara Federal tramita um pro-jeto de lei que visa frear os excessos cometidos na aplicação da desconsi-deração da pessoa jurídica, mas a juíza trabalhista thereza Christina Nahas não vê a necessidade de novos PL’s. “Não precisamos de uma nova lei. Basta que se cumpram as já existentes”, concluiu.

O seminário, mediado pela advoga-da e Benemérita da ACRJ Dora Martins de Carvalho, foi dividido em cinco pai-néis: Abusos na aplicação indiscrimi-nada da teoria da desconsideração da pessoa jurídica; Responsabilização por dívidas trabalhistas; Embargos à execu-ção e exceção de pré-executividade; Necessidade do devido processo legal e ampla defesa nos processos admi-nistrativos fiscais e judiciais e Respon-sabilização de sócios e administradores por dívidas fiscais.

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ConheCiMento

O presidente da ACRJ, José Luiz Alquéres, Humberto Mota e Luiz Carlos Prestes Filho

Carnaval do Rio uma festa que movimenta milhões

Cida Belford

Segundo a Riotur, para 2010 são esperados cerca de 730 mil turistas no carnaval, o que deverá gerar um movimento em torno de US$ 528 mi-lhões, mais de R$ 1 bi. “O Rio vive um excelente momento. Foi assim o ano inteiro e será assim na alta tem-porada, especialmente no carnaval”, disse o secretário especial de turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello.

Os bastidores da maior festa popu-lar do Rio foram detalhados no livro A Cadeia Produtiva da Economia do Car-naval (editora E-papers), lançado em 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura, num evento que reuniu representantes do mundo do samba, autoridades e empresários. A obra, resultado de uma ampla pesquisa coordenada pelo jorna-lista e escritor Luiz Carlos Prestes Filho e pelo diretor de Cultura da Portela, Carlos Monte, contou com o apoio da Associação Comercial do Rio de Janei-ro (ACRJ), do Sebrae/RJ e do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O estudo dividiu as atividades ligadas ao carnaval da seguinte forma: desfile das escolas de samba do Grupo Especial; desfile das escolas do Grupo de Acesso; blocos e bandas; atividades especializadas (bordadeiras, fabricação

de máscaras e calçados); comércio e exportação; atividades sociais, culturais e profissionais.

Prestes Filho disse que o livro ser-virá como base para outras pesquisas e ações. “Esse trabalho pode ser o marco inicial de uma série de estu-dos para promover o desenvolvimen-to econômico da nossa cidade e do nosso estado, articulando todos os agentes econômicos que têm poten-cial para gerar mais emprego e renda; e para repensar o crescimento do Rio, focando na valorização das nossas vo-cações”, disse ao agradecer o incen-tivo do ex-presidente da ACRJ, Olavo Monteiro de Carvalho, e do presidente do Conselho Superior da instituição, Humberto Mota, ao projeto.

De acordo com ele, o setor gera pelo menos 260 mil postos de traba-lho temporário. O diretor-superinten-dente do Sebrae/RJ, Sergio Malta, destacou que o livro é uma ferramenta valiosa para a organização de arranjos produtivos, como as bordadeiras de Barra Mansa e as escolas de samba do Grupo de Acesso. “Cada escola, cada diretor de escola de samba é uma pequena empresa, que emprega centenas de pessoas que dependem daquilo para viver e prosperar”, disse.

O polo produtivo do carnaval de Barra Mansa, no Sul Fluminense, por exemplo, é responsável pela fabricação de 39 milhões de peças de bordados, com um lucro de R$ 53 milhões ao ano, cerca de 4,4 milhões por mês. Mas, o estudo revela que, mesmo com um volume de trabalho expressivo, não há

uma organização satisfatória com rela-ção às cooperativas de trabalho. A obra também reúne dados do Ecad. Um levantamento feito entre 2004 e 2006, envolvendo as atividades do carnaval, festas juninas e réveillon, mostra que o mercado fonográfico chegou a arre-cadar R$ 43,3 milhões, sendo que o estado arrecadou 15,8% do valor e o município do Rio de Janeiro cerca de 10%. Para a superintendente do Ecad, Glória Braga, o livro é mais uma con-quista para a cultura do Rio. “A cultura brasileira é muito pouco estudada, em se tratando de números. Não existem estudos tão profundos quanto este que a equipe do Luiz Carlos vem fazendo, como o primeiro deles, a ‘Cadeia Pro-dutiva da Música’ ”, lembrou.

O diretor de administração da As-sociação das Escolas de Samba do Rio, Walter José da Silva, conhecido como Cabelinho, também ressaltou a importância da pesquisa para quem faz o carnaval carioca. “Esse livro reve-la aspectos desconhecidos para muita gente, como o desfile popular da Inten-dente Magalhães (em Madureira), com portões abertos, realizado com sacrifí-cio, pois são escolas que dependem da ajuda da Riotur e do governo do estado”, declarou. Já o presidente da Comissão de Cultura da Alerj, deputa-do Alessandro Molon (Pt), disse que pretende seguir a sugestão de Prestes e promover audiências públicas sobre a economia da cultura, a fim de discutir as oportunidades e também os pro-blemas que impedem que o setor se desenvolva ainda mais.

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inStituCional

Pró-Formalidade, Medicina e Saúde, Indústrias Reguladas e Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura – e reformulamos o Conselho Empresarial do Comércio de Bens e Serviços.

Assinamos com a prefeitura do Rio, junto com o Rio Como Vamos e a Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável de Israel Klabin, o convênio do Plano Rio Sus-tentável – que faz da nossa cidade a primeira a ter metas de redução das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Em breve, será firmada também a parceria para a implan-tação da nota fiscal eletrônica. Mantivemos a cooperação com o Sebrae/RJ e efetuamos algumas ações de grande repercussão política, como a luta pelos recursos do pré-sal, em conjunto com a Firjan.

Lançamos os Cadernos da ACRJ, com uma síntese dos encontros realizados pelo Projeto OsteRio – um novo e di-ferenciado espaço destinado ao debate das questões mais importantes do Rio de Janeiro, com as principais lideranças do nosso estado e do país.

temos muito a fazer em 2010, mas esta Casa saberá surpreender a todos pela sua juventude.

o ano do bicentenário

Carta do Presidente

Humberto MotaPresidente do Conselho Superior da ACRJ

José Luiz Alquéres

No dia 13 de dezembro, na Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, foi realizado o Culto Cívico Ecumênico que marcou a conclusão do calendário do primeiro semestre de comemorações dos 200 Anos da Edição do Alvará Régio do Príncipe Regente Dom João, autorizando a criação da Praça do Commercio, marco inicial da história da nossa As-sociação Commercial.

Iniciada com uma missa solene na Igreja de Nossa Se-nhora do Carmo, Catedral da Antiga Sé, em 15 de julho, data da publicação do Alvará Régio, os eventos se desen-rolaram com a emissão do Selo Postal, pela Empresa Bra-sileira de Correios e telégrafos, e a edição da Série Numis-mática com medalhas em ouro, prata e bronze pela Casa da Moeda do Brasil.

Em setembro, no dia 21, o Jockey Club Brasileiro pro-moveu uma noite de gala com a disputa de um páreo de corridas com o troféu ACRJ – 200 Anos. Em outubro, no dia 4, tivemos no Maracanã a disputa das taças Grande Benemérito Antônio Moreira Leite e Benemérito Luiz Mur-guel - 200 Anos da ACRJ, no Jogo Flamengo e Fluminense, diante de 75.000 mil torcedores.

Desejamos aos nossos associados Boas Festas e um ótimo 2010.

Este ano ficará lembrado por alguns fatos memoráveis na vida da ACRJ. O primeiro que merece destaque são as comemorações dos 200 anos do Alvará Régio que marca o reconhecimento público da força já existente do “corpo de comércio” do Rio de Janeiro. A esses pioneiros devemos nossa história de lutas em defesa da liberdade, da coope-ração, da busca pela excelência. Sempre focados na cons-trução do melhor para o nosso Rio de Janeiro.

O encerramento da gestão de Olavo Monteiro de Carva-lho marca também um momento de maturidade da Casa e a edição por ele promovida do livro “A Casa do Empresário – trajetória da Associação Comercial do Rio de Janeiro” que conta a nossa história é apenas um dentre os tantos marcos relevantes de sua administração ímpar.

Encontrei uma casa motivada, vibrando com a conquista da Copa e das Olimpíadas, respeitada pelos poderes públicos.

Estamos implantando um projeto de reorganização em-presarial voltado especialmente a equilibrar o orçamento, adequando-o à nossa realidade, e a atrair novos sócios de grande porte. Criamos novos Conselhos Empresariais –

O vice-presidente José Alencar Gomes da Silva, primei-ro comerciante a ocupar a Presidência da República Fe-derativa do Brasil, recebeu em 28 de outubro, dia de São Judas tadeu, em nosso Centro de Convenções, o título de Sócio Emérito da Associação Commercial do Rio de Janei-ro, homenagem singular que reconheceu em sua exemplar personalidade o símbolo do bicentenário.

Em seu discurso de agradecimento, peça oratória das mais emocionantes e belas pronunciadas na Casa de Mauá, José Alencar destacou que a ACRJ é a mais tradicional e importante instituição de representação civil do empresaria-do brasileiro.

O Congresso Nacional, por iniciativa dos deputados flu-minenses Otávio Leite e Marcelo Itagiba, realizou em 6 de Novembro uma sessão solene na Câmara Federal, transmi-tida ao vivo para todo país pela tV Câmara, homenageando a Casa de Mauá pelos seus 200 Anos de história em prol do Brasil e dos brasileiros.

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aRtiGo

o Conselho de indústrias Reguladas

O modelo de desenvolvimento adotado

no Brasil até os anos 90 era o de um Estado

que, além de cumprir suas funções básicas,

tinha também a responsabilidade de atuar

no setor produtivo, tomando iniciativa em

investimentos nos quais se acreditava que

a participação do setor privado seria inviável

ou desinteressante. Historicamente, o atra-

so dos ajustes tarifários durante períodos

de forte inflação para minimizar os efeitos

sobre a população teve a sequela de de-

satrelar os preços dos custos. Como resul-

tado, as empresas públicas prestadoras de

serviços ficaram menos transparentes e os

investimentos em nova infraestrutura deixa-

ram de ser feitos no ritmo necessário. Foi

nesse contexto que fermentou a discussão

sobre a retomada de investimentos privados

na prestação de serviços públicos e foram

criadas as primeiras agências reguladoras,

respectivamente ANAtEL, ANEEL e ANP.

Mas a novidade foi recebida com sus-

peição por alguns segmentos da socieda-

de, por motivos essencialmente ideológicos.

Isto é, opunham-se à prestação de serviço

público por empresa privada, a despeito de

que os primeiros serviços públicos no Brasil

foram organizados exatamente por empre-

sas privadas. Apesar do notório sucesso da

privatização em alguns setores - a telefonia

é o exemplo mais óbvio - os oponentes à

privatização ainda hoje existem e têm força

política na discussão sobre a legitimidade

das agências reguladoras.

Na esteira dessa realidade política – de

oposição à privatização – ocorrem de tem-

pos em tempos questionamentos quanto

à legitimidade das agências e tentativas de

retomar para a classe política a prerrogativa

de fixar as tarifas. O mais recente episódio

ainda está em curso: uma CPI estabelecida

na Câmara dos Deputados para discutir a

“conta de luz”.

As agências reguladoras existem para

fiscalizar o cumprimento dos contratos, tanto

de prestação de serviço público quanto de

uso de bem público. Sob o ponto de vista do

investidor em linhas de transmissão e usinas

geradoras de energia elétrica ou redes de

distribuição de água, a decisão de investir é

irreversível. Se ocorrer qualquer divergência

com o Poder Concedente, não será pos-

sível transportar a infraestrutura para outro

país. A recuperação do capital investido

se dá ao longo de muitos anos e é preciso

confiança de parte à parte. Qualquer desa-

cordo pode levar a grandes prejuízos. Como

é impossível prever em cláusulas contratuais

tudo o que pode ocorrer ao longo de déca-

das de concessão, o que se espera é que

as agências tenham sabedoria e imponham

o seu poder de polícia com equilíbrio. Para

isso é necessário ter competência técnica e

independência decisória.

Nesse sentido, não se pode admitir que

os dirigentes de uma agência reguladora

sejam escolhidos em função da respectiva

vinculação política. O mesmo critério técni-

co deve pautar a escolha do corpo funcional

da agência. Em oito anos como regulador

nunca aceitei indicações políticas. todos os

que nomeei, tanto na ANA quanto na ANE-

EL, passaram num concurso público ou

são pessoas capacitadas a ocupar cargos

comissionados pelas suas qualidades, não

por suas conexões.

Uma agência reguladora deve atuar de

forma independente, procurando arbitrar

eventuais conflitos de forma a equilibrar os

interesses do Governo, do concessionário e

do consumidor. Por tal motivo deve ser uma

entidade de Estado, e não de Governo, à se-

melhança dos tribunais. A independência de-

cisória do “árbitro” só existe com autonomia

administrativa. Se não, mais cedo ou mais

tarde, o “dono” do Orçamento pode impor

alguma condicionalidade para a liberação de

recursos. Se a agência fosse uma entidade

de Governo, haveria o risco de que o interes-

se de longo prazo dos consumidores viesse

a ser sacrificado em favor do interesse de cur-

to prazo do Governo de plantão. É o que se

verifica na Argentina: o congelamento tarifário

resultou em paralisação de investimentos e,

consequentemente, em falta de energia.

Os empresários do estado do Rio de

Janeiro, como os dos demais estados, têm

interesse na existência de um marco regula-

tório bem concebido e estável para o ade-

quado funcionamento dos serviços públicos

essenciais - eletricidade, telefonia, água e

saneamento, transportes - e para o bom uso

de bens públicos - rios e campos petrolífe-

ros. Porém, o estado do Rio deve dedicar

uma atenção especial a esses assuntos, em

comparação aos outros estados, pois é aqui

que se localizam as sedes da maioria das in-

dústrias reguladas. É aqui, também, que se

localizam muitas das principais entidades de

consultoria técnica e jurídica, bem como de

produção acadêmica, relacionadas à regula-

ção. Foi com essa percepção que José Luiz

Alquéres, presidente da ACRJ, decidiu criar,

e convidou-me para presidir, o Conselho

Empresarial de Indústrias Reguladas. Aceitei

a tarefa com entusiasmo.

Jerson Kelman

*Texto parcialmente extraído do livro Desafios do Regulador, Jerson Kelman, Editoras Synergia e Centro de Estudos Econômicos do Setor Elétrico, 2009.

Jerson Kelman é professor da COPPE-UFRJ, sócio da BR-Investimentos, ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Águas/ANA, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica/ANEEL.

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eSPeCial 200 ANOS DO ALVARá REAL

Beneméritos e diretores da ACRJ na sessão solene em Brasília

Câmara dos deputados homenageia a aCRJ

Por iniciativa dos deputados flumi-nenses Otávio Leite e Marcelo Itagiba, ambos do PSDB, foi realizada, no dia 6 de novembro, uma sessão solene na Câmara Federal em homenagem aos 200 anos de história da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Eles justificaram a homenagem lem-brando que a ACRJ é uma das mais antigas entidades de representação civil do país, sempre atuante em mo-mentos decisivos da história do país. “Há poucos metros daqui está o Palácio do Planalto e todos os presidentes da República em períodos eleitorais, obri-gatoriamente, tiveram que passar pela ACRJ. Lá eles apresentaram suas pro-postas, debatendo com a sociedade fluminense suas ideias em prol do país. Isso mostra o grande valor e a impor-tância institucional da Associação para a democracia brasileira”, disse Otávio Leite, em nome também de Itagiba, que não pôde comparecer.

O presidente da Câmara Michel te-mer encaminhou uma mensagem na qual destacou que a ACRJ teve papel

ativo em muitas das transformações econômicas, sociais e políticas do Bra-sil, como os movimentos que levaram à proclamação da Independência, à abo-lição da escravatura e à consolidação da República.

O primeiro vice-presidente da ACRJ, representando o presidente José Luiz Al-quéres, Ronaldo Cezar Coelho, agrade-ceu a homenagem e lembrou do traba-lho desenvolvido pela diretoria da ACRJ. Ele lembrou dos valores defendidos pela Associação e cobrou do Congres-so uma atenção especial à educação no país. “Queremos lançar um desafio para os próximos 200 anos, ao Brasil, à sociedade, às classes produtoras, aos trabalhadores, aos servidores públicos em geral. Precisamos ter em mente uma prioridade maior, que é a educação bá-sica, o ensino médio e profissionalizante que verdadeiramente poderão transfor-mar esse país”, defendeu.

O presidente do Conselho Superior da ACRJ, Humberto Mota, enfatizou que os 200 anos do Alvará Real emitido pelo Príncipe Regente Dom João, em

15 de julho de 1809, que autorizou a construção da Praça do Commercio, representam uma história marcada por movimentos pioneiros e profundo en-volvimento com as causas nacionais e locais. “Nossa história bicentená-ria comprova que, desde a origem, a ACRJ atua como um berço de ideias renovadoras para o Brasil, sempre na li-derança do processo de modernização do país”, declarou.

O deputado Miro teixeira afirmou que esses 200 anos têm que ser pre-paratórios de outros 200. “Acredito que, além do carinho, além de estar aqui lembrando daquele prédio no Rio de Janeiro, lindo; dos momentos que ali foram vividos, dos debates que ali fo-ram travados, além de tudo isso, deve-mos perceber democraticamente que temos de lutar de maneira firme e sem hostilidades”.

Na ACRJ nasceram algumas das mais importantes entidades do cenário nacional como a Confederação Nacional da Indús-tria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), entre outras.

Andréa Mury

Mariana Santos

Cida Belford

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eSPeCial200 ANOS DO ALVARá REAL

Humberto Mota, José Alencar e José Luiz Alquéres

aCRJ concede título de Sócio emérito ao vice-Presidente José alencar

O ponto alto das comemorações pe-los 200 Anos de história da Associação Comercial do Rio de Janeiro, cuja origem remonta à Edição do Alvará Régio de 15 de julho de 1809 que criou a Praça do Commercio do Rio de Janeiro, foi a ho-menagem prestada ao vice-presidente da República, José Alencar, no dia 28 de ou-tubro, durante uma solenidade que lotou o Centro de Convenções da entidade.

O Conselho Superior da ACRJ criou o titulo de Sócio Emérito especialmente para concedê-lo ao comerciante José Alencar Gomes da Silva, primeiro comer-ciante e presidente de associação comer-cial a exercer a Presidência da República Federativa do Brasil. Além do título, José Alencar recebeu a medalha de ouro dos 200 anos. O presidente da ACRJ José Luiz Alquéres relacionou a exclusividade do título e da medalha ao trabalho de-senvolvido por Alencar. “Queremos man-ter esta distinção na sua forma singular,

como tem sido singular o seu exemplo de vida para nós, seus colegas de ofício, em-preendedores”, declarou ele.

O presidente do Conselho Superior da ACRJ, Humberto Mota, disse que a homenagem ao vice-presidente da Re-pública é uma homenagem a todos os comerciantes brasileiros. “Este título visa enaltecer, através desta personalidade ím-par, a figura do comerciante brasileiro, que aqui chegando com as caravelas de Ca-bral, desbravou nossas terras, consolidou nossas fronteiras continentais e construiu uma nação plural.”

José Alencar destacou a sua grande ligação com a ACRJ e destacou o ecle-tismo da entidade, que “congrega todas as classes produtoras do setor primário, secundário, terciário e de infraestrutura”. Bem humorado, Alencar recordou mo-mentos vividos no Rio de antigamente e comentou sua luta contra o câncer, emo-cionando o auditório repleto.

Antes da cerimônia, o vice-presidente reuniu-se com Alquéres, Humberto Mota, o vice-presidente da ACRJ, Ronaldo Ce-zar Coelho, o ex-presidente e Benemérito da ACRJ, Olavo Monteiro de Carvalho, de quem ganhou o livro “A Casa do Empre-sário – trajetória da Associação Comercial do Rio de Janeiro, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bue-no, que representou o governador Sérgio Cabral, o vice-presidente do Conselho Superior, general Rubens Bayma Denys, o Benemérito e presidente do Conselho Empresarial de Segurança Pública e Ci-dadania, Francisco Horta, o presidente do Jornal do Commercio e Benemérito, Mau-rício Dinepi, o vice-presidente do Flamen-go e o presidente do Fluminense, Kléber Leite e Roberto Horcades, e atletas como Jairzinho e Amarildo. José Alencar ga-nhou camisas autografadas da Seleção Brasileira, do Flamengo, do Fluminense e do Atlético Mineiro.

José Alencar iniciou sua vida profissio-nal aos 14 anos de idade como caixeiro viajante, tornando-se, em quatro déca-das, o maior empresário têxtil do Brasil. A vocação política se manifestou primeiro na Associação Comercial de Caratinga e, de-pois, presidindo a Associação Comercial de Ubá, ambas cidades mineiras. Atuou também na direção das associações comerciais de Belo Horizonte, Muriaé e Montes Claros. Presidiu a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e foi vice-presidente da Confederação Nacio-nal das Indústrias. Para conferir o discurso do vice-presidente José Alencar, proferido na ACRJ, acesse http://www.acrj.org.br/IMG/pdf/doc-779.pdf

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eSPeCial

200 anos no Jockey e no Maracanã

Dois eventos esportivos especiais marcaram também o ciclo de come-morações alusivas aos 200 anos de Edição do Alvará Real.

Em 21 de setembro, o Jockey Club do Rio de Janeiro reuniu Gran-des Beneméritos, Beneméritos, di-retores e colaboradores da ACRJ, que acompanharam atentos o quarto páreo - Prêmio Bicentenário da His-tória da ACRJ - da série de corridas disputadas naquela noite de gala. O páreo foi vencido pelo jóquei Fagner Rodrigues dos Santos, montando a égua Point Grey, de propriedade do Stud Sorato’s. Ele e o treinador R. Freire receberam seus troféus, com a inscrição “ACRJ 1809 - 2009”, do 1º vice-presidente da ACRJ, Ronal-do Cezar Coelho, representando o presidente José Luiz Alquéres, do

presidente do Conselho Superior e da Comissão 200 Anos de História da ACRJ, Humberto Mota, e dos Be-neméritos Francisco Horta e Marta Arakaki.

No domingo, 4 de outubro, o Fla x Flu, que terminou com a vitória do ru-bro-negro por 2 a 0, foi dedicado aos

O jóquei Fagner Rodrigues dos Santos, com a égua Point Grey

Abel Mendes Pinheiro, Ronaldo Cezar Coelho, Marta Arakaki, Francisco Horta e Ricardo Cravo Albin

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JCB 200 anos. A ACRJ entregou troféus

ao vice-presidente do Flamengo, De-lair Dumbrosck, e ao vice-presidente de Futebol do Fluminense, Ricardo tenório. Ao lado do diretor de Com-petições da CBF, Virgílio Elíseo da Costa Neto, da secretária estadual de Esportes, Márcia Lins, e do ex-presi-dente do Fluminense e presidente do Conselho de Segurança Pública da ACRJ, Francisco Horta, o presiden-te do Conselho Superior da ACRJ, Humberto Mota, entregou o troféu Associação Commercial 1809-2009 Luiz Fhelippe Saldanha da Gama Murgel (ex-presidente do Flu) a Dum-brosck. Já o presidente do Conselho de Comércio Exterior da ACRJ, Marco Polo Moreira Leite, entregou o troféu Associação Commercial 1809-2009, que leva o nome de seu pai, Antônio José Moreira Leite (benemérito do Flamengo), a Ricardo tenório.

Mota, Ricardo Tenório, Márcia Lins, Virgílio Elísio, Francisco Horta, Marco Pólo Moreira Leite e Delair Dumbrosck

200 ANOS DO ALVARá REAL

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ConSelhoS

Clara Steinberg, Humberto Mota e Germano Gerdau

eleição no Conselho Superior

Joaquim nabuco - 160 anos

Mariana Santos

Cida Belford

O Conselho Superior da ACRJ, presidido por Humberto Mota, elegeu no dia 5 de novembro, Jua-rez Machado Garcia como seu diretor secretário, os empresários Germano Gerdau Johannpeter e Ro-naldo Cezar Coelho e o professor Joaquim Falcão como Beneméritos e o ex-presidente da ACRJ, Ola-vo Monteiro de Carvalho, como Grande Benemérito da ACRJ, pelos serviços prestados à entidade e ao estado do Rio de Janeiro. Na ocasião, o Conselho Superior prestou homenagem póstuma aos Bene-méritos Juan Clinton Llerena e Júlio César Isnard, falecidos em agosto deste ano. Humberto Mota en-tregou o título de Grande Benemérita a Clara Stein-berg, que foi eleita em 3 de agosto deste ano. No dia 30 de setembro, a ACRJ aprovou o relatório de gestão referente ao período de 1º julho de 2008 a 30 junho de 2009, sob a presidência de Olavo Monteiro de Carvalho.

O Conselho Diretor da ACRJ realizou, em 9 de setembro, palestra sobre os 160 anos de nasci-mento (19 de agosto) de Joaquim Nabuco, com o ministro do tribunal de Contas da União (tCU) e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Mar-cos Vilaça. Imortal da ABL, Vilaça é um estudioso da vida de Joaquim Nabuco que, na sua opinião, “foi o maior político do século XIX”. Uma das homenagens que devem ser feitas a Nabuco, sugeriu Vilaça, é a incorporação de sua obra às aulas de História do Brasil nos ensinos Fundamental e Médio. “O melhor trabalho que podemos fazer é com os estudantes, para que o seu legado não seja esquecido”, afirmou o ministro. O neto de Joaquim Nabuco, José Nabu-co Filho prestigiou o encontro. Marcos Vilaça, José Nabuco Filho e

Marcílio Marques Moreira

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ConSelhoS

O comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, e Francisco Horta

O coronel Edson Silva

aCRJ homenageia 200 anos da PM e Forte de Copacabana

Cida Belford e Mariana Santos

O Conselho Empresarial de Segu-rança Pública e Cidadania da ACRJ, presidido por Francisco Horta, junto com os Conselhos Superior e Diretor, prestou uma homenagem ao coman-dante-geral da Polícia Militar do Estado, Mário Sérgio Duarte, pelos 200 anos da corporação, em outubro. Ele recebeu do presidente do Conselho Superior da ACRJ, Humberto Mota, a medalha Grau Ouro alusiva ao bicentenário da Praça do Commercio, origem da ACRJ.

Segundo o comandante, a PM está fazendo uma reengenharia de suas ações e a sua principal bandeira é a luta pela tranquilidade pública e a paz social. O comandante criticou o fato de a Justiça beneficiar traficantes com o regime semi-aberto.

Na reunião do conselho de novem-bro, o Forte de Copacabana, que com-pletou 95 anos, representado pelo seu comandante Edson Silva, também foi homenageado.

O Forte de Copacabana foi inaugurado em 28 de setembro de 1914. tornou-se o terceiro ponto turístico mais visitado do Rio de Ja-neiro, atrás apenas do Corcovado e do Pão de Açúcar. “Hoje, os visi-tantes além de conhecerem nossa história, dispõem de atrações cultu-rais e de lazer e conhecem nossos projetos sociais, como o curso de informática para a 3ª Idade e para as crianças da comunidade do Pavão-Pavãozinho, entre outras”, destacou o coronel Edson Silva.

Lars Grael

Rio 2016 em pautaCida Belford

O Conselho Diretor da ACRJ se reuniu, em 7 de outubro, para assistir à palestra do iatista Lars Grael, sobre a Rio 2016. Para Grael, a realização dos Jogos Olímpicos Militares na ci-dade do Rio de Janeiro, em 2011, será um incentivo para os atletas bra-sileiros nas Olimpíadas de 2016. Se-gundo o campeão olímpico, 26% das medalhas conquistadas em Pequim foram de atletas militares. De acordo com o iatista, com tamanha responsa-bilidade, a cidade precisa se preparar para receber o maior evento esportivo

do mundo. “A partir desse momento, o Rio terá que ser um lugar próprio para investimentos, de planejamento urbano, de combate à informalidade, de busca de soluções para os seus problemas, declarou.

Para garantir o sucesso das Olim-píadas de 2016, o medalhista olímpi-co fez algumas considerações. “tem as boas referências, como Sidney e Pequim, sobretudo Barcelona, de transformação urbana de uma cidade. Acho que o Rio pode ir além. Pode-mos não apenas transformar o muni-

cípio no aspecto urbano, mas ter um Brasil olímpico, que faça do esporte um meio de inclusão social e de valo-rização da juventude, com uma edu-cação de qualidade”, afirmou.

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ConSelhoS

Presidentes dos Conselhos

Conselhos empresariaisMariana Santos

No dia 11 de setembro, o presi-dente da ACRJ José Luiz Alquéres, diplomou os presidentes dos Conse-lhos Empresariais da instituição para o biênio 2009-2011.

tomaram posse, os seguintes presidentes: Assuntos Juridicos e tributários (Condorcet Rezende); Co-mércio de Bens e Serviços (Aldo de Moura Gonçalves); Comércio Exterior

(Marco Polo Moreira Leite); Cultura (Ricardo Cravo Albin); Energia (Carlos Alberto Afonso); Ética e Responsabili-dade Social (Nelson Janot Marinho); Indústrias Reguladas (Jerson Kelman); Infraestrutura e Desenvolvimento Ur-bano (José Conde Caldas); Inovação e tecnologia (Fernando Baratelli Jr.); Jovens Empreendedores (Vanessa Rouvier); Logística e transporte (Fran-

cisco Pinto); Medicina e Saúde (Jacob Kligerman); Meio Ambiente (Haroldo Mattos de Lemos); Micro e Pequena Empresa (Marta Arakaki); Parceria Pró-Formalidade (André Urani); Politicas Econômicas (Marcilio Marques Morei-ra); Relações do trabalho (Laudelino da Costa Mendes Neto); Segurança Pública e Cidadania (Francisco Horta); e turismo Pró-Rio (Sávio Neves).

exportar sem crise Cida Belford

Em setembro, foi realizado na ACRJ, através do Conselho Empresarial de Comércio Exterior, o VI Seminário Ex-portAção, coordenado pela secretaria estadual de Desenvolvimento Econô-mico e promovido pela Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior (Re-deagentes) do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior. O encontro discutiu a inclusão de em-presas de pequeno porte no mercado internacional e a cultura exportadora.

De janeiro a agosto deste ano, o Estado do Rio exportou mais de U$ 9,5 bilhões. Em julho, o boletim Rio Exporta, da Firjan, registrou o maior resultado em valor de 2009 em ex-portações fluminenses. Foram US$ 1,7 bilhão, com superávit comercial de US$ 726,3 milhões. De acordo com o Exporta Fácil - serviço dos Correios que oferece facilidades para empresas e pessoas físicas exporta-rem seus produtos - o Rio de Janeiro

ficou em segundo lugar no ranking de encomendas no primeiro semestre do ano, com 11,79% das exportações. O setor mais presente no mercado internacional é o de serviço. O estí-mulo à internacionalização através da redução de gastos com despesas de promoção, a diminuição do custeio de operação, movimentação e transporte de carga, e orientação para incentivo fiscal foram os principais assuntos discutidos no encontro.

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ConSelhoS

Os vencedores do Ensino Fundamental com o projeto “Banco verde, bazar verde” e Sergio Malta

Os vencedores do Ensino Médio com o projeto “Ecojolos”

Prêmio inovar para Crescer 2009Mariana Santos

Ideias que preservam o meio ambiente foram as vencedoras do prêmio Inovar para Crescer nas Esco-las deste ano, que aconteceu no dia 17 de novem-bro, na ACRJ. Dividido em duas categorias - Ensino Médio e Ensino Fundamental - os primeiros lugares ficaram, respectivamente, com os projetos “Ecojolos”, da Escola técnica Estadual Adolpho Bloch, em São Cristóvão, e “Banco verde, bazar verde”, do Polo de Educação pelo trabalho Fernando de Azevedo, colé-gio municipal de Santa Cruz. Dos 152 projetos inscri-tos, foram selecionados 16 finalistas.

Os tijolos ecológicos dos alunos da escola Adol-pho Bloch são vazados, têm bom isolamento térmico e acústico, além de reduzirem o custo das constru-ções em aproximadamente 40%. Já o projeto “Banco verde, bazar verde” funciona na base da troca: estu-dantes que levarem materiais recicláveis para o colégio recebem uma moeda verde. Essa moeda verde, por sua vez, pode ser trocada por algum artigo do bazar da própria escola, como peças de artesanato.

A premiação foi concedida aos estudantes, ao professor orientador e à escola do projeto vencedor de cada grupo. Os colégios vencedores ganharam vale-presente da Livraria Saraiva no valor de R$ 2.500. Os orientadores das equipes receberam um vale de R$ 1.500 e os alunos, um cupom de R$ 50 cada um.

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ConSelhoS

Conselho Pró-Formalidade Aline Mandina

Em outubro, o Conselho Empre-sarial Parceria Pró Formalidade, pre-sidido por André Urani, reuniu-se pela primeira vez. Formado por represen-tantes do governo, de organizações e empresas de diversos segmentos, o Conselho tem como objetivo debater e encontrar soluções para o crescen-te e complexo fenômeno da informali-dade. Segundo Urani, a informalidade

contribui diretamente para a queda da produtividade de empreendedores e pela baixa qualidade dos serviços prestados. Para Eduarda De La Ro-cque, secretária municipal de Fazen-da, a formação do conselho é uma iniciativa conveniente e oportuna. O secretário especial de Ordem Pública da prefeitura, Rodrigo Bethlem, disse que não há como realizar um combate

efetivo à desordem sem antes reduzir a taxa de informalidade. Cezar Vas-quez, diretor do Sebrae/RJ, informou que 70% das consultas feitas pela entidade são voltadas à pessoa físi-ca. “O Sebrae migra para o seguinte conceito: só atenderemos quem for formal. Esse é um dos modos que encontramos para estimular a formali-zação das atividades trabalhistas.”

Plano diretor do Rio em debate

Mariana Santos

O Conselho Empresarial de turis-mo da ACRJ reuniu-se, em novembro, para debater a política de turismo do Plano Diretor do Rio. O conselheiro e ex-presidente da Pluna Líneas Aéreas Uruguayas S.A, Jorge Neves, apre-sentou sugestões para a atualização do documento, que faz menção ao turismo carioca em uma página ape-

nas. Segundo ele, o turismo, vetor de desenvolvimento sustentável por ex-celência, não recebeu tratamento à altura de sua importância para a Cida-de, ficando em posição coadjuvante no Plano Diretor. “temos que incluir a utilização do turismo sustentável como matriz de desenvolvimento, valorizando e protegendo o meio am-biente, a paisagem e o patrimônio na-tural, cultural e turístico da cidade. A ACRJ propõe à Câmara Municipal do Rio, por meio da Comissão Especial do Plano Diretor do Município, a ado-ção de Políticas Públicas de turismo

como matriz de desenvolvimento sus-tentável” declarou o conselheiro.

O presidente do Conselho de tu-rismo da ACRJ, Sávio Neves, criticou o Plano. “É preciso resolver os pro-blemas, como a sinalização, os esta-cionamentos e áreas de embarque e desembarque”, disse. Ele defendeu ainda as correções pontuais para o Plano Diretor, que deve ser atualizado com o consenso de toda a socieda-de. “Uma política pública não pode ser exclusividade do poder público. temos que dar ao Plano uma identi-dade”, afirmou.

Jorge Neves e Sávio Neves

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ConSelhoS

tecnologia aliada à gestão empresarial

Gestão de Recursos humanos

Aline Mandina

Mariana Santos

tecnologia na gestão empresarial foi o tema abordado no Programa de Aperfeiçoamento em Gestão Empre-sarial (PAGE), realizado pela ACRJ. André Ceciliano, da Avaya Brasil, co-mentou o impacto das comunicações unificadas no modelo de negócios das empresas, ressaltando o fato de o Brasil vir se destacando tecnologi-camente. “Hoje já somos líderes em algumas ferramentas e iniciativas da Internet, como o Orkut e o Youtube”. Ele explicou que a convergência tec-nológica nas empresas significa uma tendência de fusão de tecnologias di-versas a fim de oferecer um elevado número de novas funcionalidades e serviços. “Para obter sucesso é ne-cessário quebrar barreiras geográficas

Gestão de Recursos Humanos foi o tema de outro seminário do Programa de Aperfeiçoamento em Gestão Empre-sarial. Na sociedade do conhecimento, a gestão de recursos humanos deixou de ser vista como uma gestão auxiliar para passar a ser a principal variável es-tratégica que pode fazer a diferença.

A diretora de Recursos Humanos da Concremat, Cláudia Bomtempo Var-gas, afirmou que na empresa, a aposta é nos empregados. “Investir em recur-sos humanos quer dizer ter um olhar mais cuidadoso com as pessoas que trabalham em sua empresa. É criar um ambiente de trabalho onde todos se sintam confortáveis e com vontade de voltar lá no dia seguinte, não só pelo sa-lário ou pelas obrigações, mas porque

e hierárquicas da empresa com a uti-lização da convergência tecnológica e da comunicação unificada.”

Já Luidi Xavier Fortunato, da EduWeb, exibiu dados que informam que 80% do conhecimento de uma pessoa são adquiridos ao longo de sua vida profissional e não durante a vida acadêmica. “Grandes talentos vão se aposentar e, com eles, seu conhe-cimento. Hoje as empresas se preocu-pam em capturar esse conhecimento, pois do contrário perderão parte de seu rendimento”. Fortunato avaliou também a tendência de preparar profissionais para cargos ainda não existentes. “Um jovem aprendiz mudará seu foco pro-fissional entre dez e catorze vezes até seus 38 anos.”

realmente gostam do que fazem. Investir em recursos humanos quer dizer adotar uma postura de liderança autorizada e não autoritária, onde os funcionários e empregados recorram ao líder como al-guém que realmente sabe o que fazer e não como alguém que quer as coisas feitas”, ressaltou.

Para Elizabeth Matoso Maia, diretora da Right Management, não existem po-líticas e processos que facilitem o de-senvolvimento organizacional, sem que no centro das atenções e investimen-tos exista o talento humano. “Quando falamos em retenção de talentos, es-tamos falando também de valorização, reconhecimento, alcance de objetivos”. Segundo ela, pode até ser que, duran-te um certo momento, a organização

O presidente da Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), Eduardo Machado, diretor da Central 24 Horas, empresa as-sociada da ACRJ, acredita que falta planejamento básico na aplicação de tecnologia nas empresas. “Não basta só implantar a tecnologia na empre-sa ou no fornecimento do serviço, ela deve ser bem entendida por fun-cionários e clientes”. Segundo ele, o cliente é a peça chave de qualquer negócio e é ele que escolherá o meio e a linguagem de comunicação com a empresa. “É preciso ter conheci-mento de todas as formas possíveis de comunicação. É imprescindível que a empresa esteja preparada para ouvir seus clientes”.

dissemine boas práticas através de po-líticas que facilitem o processo de pro-dutividade ou de otimização de tempo, porém o gestor ou líder de equipe não vai conseguir alavancar seus proces-sos sem realizar o desenvolvimento e a retenção dos talentos humanos da or-ganização. “É necessário compreender que lidar com pessoas não é adminis-trar apenas o quantitativo ou o quanto se espera que a sua organização seja eficiente em números”.

O Programa de Aperfeiçoamento em Gestão Empresarial é uma iniciativa do Conselho Empresarial da Micro e Pe-quena Empresa da ACRJ, em parceria com o governo do Estado e o Sebrae/RJ, e com o apoio do Conselho de Jo-vens Empreendedores da entidade.

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ConSelhoS

Jacob Kligerman

Hans Dohmann

Saúde do Rio em focoMariana Santos

O Conselho Empresarial de Medici-na e Saúde da ACRJ, formado por 42 membros, entre médicos, empresários e profissionais atuantes no setor, se reuniu com o diretor médico do Comitê Olímpico Brasileiro, João Alves Gran-jeiro Neto, para ouvir os planos para o suporte à Saúde nas Olimpíadas de 2016, e com o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio, Hans Do-hmann. Segundo José Luis Alquéres, presidente da ACRJ, o novo conselho contribuirá para resgatar a liderança do Rio em Medicina e Saúde.

Presidente do conselho, Jacob Kligerman citou o problema da corrup-ção, que provocou o afastamento das empresas sérias do sistema público de saúde, destacando a importância do momento atual, no qual governos mu-nicipal e estadual trabalham alinhados e estão dispostos a atuar via parcerias público-privadas.

O diretor médico do COB, Granjei-ro Neto, explicou que um grande staff de médicos e voluntários trabalhará

nos Jogos, será instalada uma policlí-nica 24 horas dentro da zona residen-cial da Vila Olímpica e organizada uma rede de hospitais públicos e privados para atender a demanda de visitantes que a cidade receberá. No Rio existem 266 hospitais, entre públicos e priva-dos. “teremos um aumento no número de leitos e esses investimentos serão mantidos depois”, disse Granjeiro.

O secretário municipal de Saúde e Defesa Civil, Hans Dohmann, lembrou que a saúde foi um dos temas que a co-mitiva olímpica avaliou destacadamente quando esteve no Rio. “tanto a estrutura para os atletas e a família olímpica, quan-to para os turistas”, disse ele.

Planejamento para 2010-2013

O secretário apresentou o plane-jamento que traça novas estratégias para a área da saúde do município. Dos recursos totais do Plano Plurianual 2010-2013 (PPA) da prefeitura do Rio, quase 20% serão destinados à Saúde. Este investimento reflete R$ 1,5 bilhão a mais de recursos próprios nos pró-ximos quatro anos em comparação a 2009. Segundo ele, os números mos-tram um aumento real do orçamento da saúde nos últimos oito anos. E, pela primeira vez, a saúde terá o maior orçamento de toda a prefeitura, pas-sando de 15% a 19%.

O PPA 2010-2013 prioriza recursos para o planejamento, o avanço e a recu-peração do sistema de saúde atual. O foco principal é ampliar a assistência dos programas de atenção básica, a partir de uma nova estratégia de saúde da família. Para isso, 27,4% dos recursos serão vol-tados à atenção primária, para organizar os fluxos de pacientes, ampliar a rede de atenção básica e focar na estratégia de

saúde da família, que hoje cobre apenas 3,3% da população do município. “A expansão desse programa e o funcio-namento de unidades básicas de saúde vão garantir o atendimento digno ao ci-dadão para questões como hipertensão, diabetes e outras. Enquanto a população não tiver cobertura universal de atenção básica, será impossível organizar a rede hospitalar para o atendimento de casos que demandem verdadeiramente a es-trutura de um hospital”.

Dohmann apresentou as cinco di-retrizes estratégicas que norteiam o Plano Plurianual: ampliar a cobertura assistencial dos programas de aten-ção básica; melhorar a efetividade dos serviços especializados ambulatoriais e hospitalares de referência; modernizar a gestão e melhorar a infraestrutura da rede; priorizar as atividades de contro-le e fiscalização de produtos, serviços e ambientes que necessitam de maior regulação; difundir o conhecimento so-bre o modelo de proteção civil e imple-mentar ações preventivas para reduzir a ocorrência de desastres.

A meta do PPA é ampliar a cober-tura do Programa de Saúde da Famí-lia para 55% da população até 2013. Além disso, a intenção é que as 70 clí-nicas da família que serão construídas na cidade resolvam 85% dos casos que hoje procuram as emergências municipais, o que reduzirá em 20% o tempo de espera por atendimento nestas unidades, em comparação à média de 2009.

“Queremos devolver o prestígio e padrão de qualidade que a secretaria merece. Nossa função como gestores é de facilitar e criar condições ideais para que os servidores realizem suas atribuições e melhor atendam à popu-lação”, concluiu Hans Dohmann.

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alMoço do eMPReSáRio

Julio Bueno

ACRJ debate o pré-salEm setembro, a ACRJ, em parceria

com a Firjan, realizou o Almoço do Em-presário com a participação especial do secretário estadual de Desenvolvi-mento Econômico, Júlio Bueno, que representou o governador Sérgio Ca-bral. Ex-presidente da BR Distribuido-ra, Bueno fez um amplo panorama so-bre a exploração do petróleo no Brasil e as perspectivas em torno do pré-sal, refutando os argumentos do governo

federal para justificar a mudança do modelo de exploração. A ACRJ enca-minhou uma mensagem à Presidência da República e ao Congresso Nacio-nal, na qual declarou seu apoio ao Governo do Estado do Rio de Janeiro e seu posicionamento institucional em prol do respeito ao pacto federativo, da manutenção do modelo compe-titivo definido pela legislação atual do petróleo, e da sustentabilidade.

Eduardo Hitiro Nakao

Otimismo no mercado de RessegurosEm outubro, o Almoço do Empre-

sário homenageou com o Diploma Visconde de Mauá o presidente do IRB-Brasil Resseguros, Eduardo Hitiro Nakao. O presidente da ACRJ, José Luiz Alquéres, destacou a determina-ção do grupo de resseguros que per-maneceu no Rio de Janeiro, quando a cidade perdia suas principais ativi-dades econômicas. Eduardo Nakao explicou que o setor de seguros está otimista devido aos projetos de hidre-

létricas, do PAC e da Petrobras, além da realização de megaeventos esporti-vos no Brasil. Estiveram presentes Luiz tavares Pereira, conselheiro da Bra-desco Seguros e Previdência, Gustavo Capanema, presidente da Federal Se-guros, Carlos Alberto Protásio e Patrick Larragoiti Lucas, beneméritos da ACRJ e presidentes da Associação Brasileira das Empresas Corretoras de Seguro e da Sul América Companhia Nacional de Seguros, respectivamente.

Angra 3 estará pronta em 2015No dia 2 de outubro, foi assinada a

primeira ordem de execução de servi-ços do contrato de construção civil de Angra 3, durante o Seminário Eletronu-clear - Energia Nuclear: Desmistificação e Desenvolvimento, seguido pelo Almo-ço do Empresário na ACRJ. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, os presidentes da ACRJ, da Eletronuclear e da Eletrobrás, José Luiz Alquéres, Othon Luiz Pinheiro e José Antonio Muniz, res-pectivamente, fecharam a “cápsula do tempo”, que transmitirá às gerações fu-

turas documentos que caracterizaram o evento, marcando o início das obras. A finalização da usina, prevista para maio de 2015, custará R$8,6 bilhões. Durante os cinco anos de obra, 9 mil empregos diretos e 15 mil indiretos serão criados, e, após a entrega, mais 500 empregos fixos. Segundo Lobão, Angra 3 será a primeira de uma série de usinas a serem construídas nos próximos anos. O semi-nário reuniu mais de 300 profissionais, entre eles os principais representantes do setor de energia do país.

Edison Lobão e Othon Luiz Pinheiro com a cápsula do tempo

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alMoço do eMPReSáRio

Jerson Kelman e o 2º vice-presidente da ACRJ Joaquim Falcão

Indústrias ReguladasJerson Kelman, ex-presidente da

Agência Nacional de águas (ANA) e ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), assumiu, em 8 de ou-tubro, durante o Almoço do Empresário, o recém-criado Conselho Empresarial de Indústrias Reguladas. Para Kelman, a ACRJ, por meio do Conselho de In-dústrias Reguladas, vai trazer benefí-

cios para a economia e fazer com que o setor se desenvolva no Brasil. “Vamos contribuir para criar um melhor ambiente de negócios, mais competitivo e lucra-tivo”, afirmou. Após o evento, Kelman lançou o livro Desafios do Regulador (Synergia Editora). O livro revela o que ainda precisa ser feito para consolidar as agências reguladoras.

José Jorge Homenageado

O ministro do tribunal de Con-tas da União (tCU), José Jorge de Vasconcelos Lima, foi homenageado durante a realização do tradicional Al-moço do Empresário e recebeu do presidente da instituição, José Luiz Alquéres, o diploma Visconde de Mauá. Na ocasião, o ministro comen-tou a atuação do tCU.

José Botafogo Gonçalves, Makhtar Diop e Marcílio Marques Moreira

ACRJ homenageia Makhtar DiopMakhtar Diop, diretor do Banco

Mundial para o Brasil, foi o homena-geado do Almoço do Empresário do dia 19 de novembro. Diop comentou os projetos do Banco Mundial em parceria com o governo do estado e a prefeitura carioca. Os embaixado-res Marcílio Marques Moreira e José Botafogo Gonçalves, presidente do Conselho Empresarial de Políticas

Econômicas e vice-presidente de Relações Internacionais da ACRJ, respectivamente, entregaram a ele o Diploma Visconde de Mauá. Prestigia-ram o evento o subsecretário estadual da Fazenda, Renato Vilela, o secretá-rio estadual de Agricultura, Christino áureo, e a secretária municipal de Fa-zenda, Eduarda La Rocque, além de vários empresários.

O Brigadeiro Mauro Gandra entrega ao Major Élcio Picchi o Diploma Visconde de Mauá

Homenagem à Força Aérea Brasileira

Pelas comemorações à Semana da Asa, a ACRJ promoveu, em 7 de outubro, o Almoço do Empresário em

homenagem à Força Aérea Brasilei-ra. O Benemérito e vice-presidente da ACRJ, Antenor Barros, saudou a Força Aérea brasileira e o tenente bri-gadeiro Mauro Gandra, também Be-nemérito, representando o presiden-te Alquéres, entregou ao Major Élcio Picchi o diploma Visconde de Mauá. Estiveram presentes os generais de Exército Rubens Bayma Dennys e Rui Alves Catão, o embaixador Marcí-lio Marques Moreira, o vice-almirante Gilberto Max Hirschfeld, o major bri-gadeiro Hélio Paes Barros júnior e o major brigadeiro Israel Batista Ferreira, entre outros.

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alMoço do eMPReSáRio

Moretzsohn, representando Eike Batista, disse que a empresa vai investir R$ 9 bi-lhões em projetos culturais e patrimoniais no Rio. “Investir em cultura é retribuir à sociedade um pouco da riqueza gerada por nossos negócios”. Nelson Savioli e Ricardo Piquet, superintendente e ge-rente de Desenvolvimento da Fundação Roberto Marinho, representaram José Roberto Marinho, presidente da Fun-dação. Savioli lembrou os projetos da Fundação em andamento, como o novo Museu da Imagem e do Som (MIS) e a Pinacoteca na Zona Portuária. O presi-dente do Conselho de Cultura, Ricardo Cravo Albin, ressaltou a importância da valorização da cultura e da crença em um país mais qualificado”.

A expectativa para 2010 é am-pliar os horizontes do projeto para além da música erudita. Em janeiro, dois fins de semana serão dedica-dos aos blues e derivados. Em fe-vereiro, será a vez dos clássicos do carnaval interpretados por músicos e cantores de formação clássica. O V Rio Harp Festival acontece em maio; em julho o projeto aborda a Músi-ca Antiga; e estão previstos ainda o III Concurso Jovens Músicos e o IV Encontro de Empreendedorismo na área Musical. Para conferir a progra-mação e a história do projeto Música no Museu, acesse www.musicano-museu.com.br

O Almoço do Empresário da ACRJ é patrocinado pelo Banco Bradesco e pela Bradesco Seguros e Previdência.

Leonardo Moretzsohn, Armando Mariante e Nelson Savioli

Moreira Lima em apresentação no Museu da República

Prêmio Barão de Mauá de Cultura – 2009

Música no Museu

No dia 8 de dezembro, a ACRJ, por meio do seu Conselho Empresarial de Cultura, realizou a cerimônia de en-trega do Prêmio Barão de Mauá - Cul-tura 2009, em parceria com o Jornal do Commercio, durante o Almoço do Empresário. Foram premiados o Ban-co Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES), pelo volu-me de auxílio a projetos culturais, do cinema a instituições museológicas e

O projeto Música no Museu é a versão brasileira do que acontece nos maiores museus do mundo que, além de suas atividades principais, dedicam amplos espaços à música. Os con-certos, gratuitos, privilegiam a música de boa qualidade, de Bach e Mozart a Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga e Pi-xinguinha, interpretados pelos melho-

institutos que cuidam da memória do País; o Gupo EBX, pela postura em-preendedora, com investimentos no Rio e nas áreas de cultura e turismo; e a Fundação Roberto Marinho, pelo conjunto de investimentos na recupe-ração de memória, patrimônio artísti-co, cultural e na educação. José Luis Alquéres, presidente da ACRJ, frisou que o empresário moderno pode ter compromisso com a cultura sem dei-xar de ser eficiente e competitivo.

Armando Mariante, vice-presidente do BNDES, declarou-se honrado com o prêmio e lembrou que o Banco vem atu-ando há décadas em projetos culturais de resgate da memória do país. O dire-tor financeiro do Grupo EBX, Leonardo

res solistas, grupos brasileiros e alguns internacionais.

Fundado pelo empresário Sérgio da Costa e Silva, diretor da ACRJ, o Mú-sica no Museu é considerado a maior série de música clássica do país, com um público superior a 250 mil pessoas, desde 1997. O projeto também sempre abriu espaço aos jovens músicos. “Em 2008, realizamos 503 concertos - e cer-ca de 30% foram destinados a estudan-tes e músicos recém-formados”, disse o empresário, lembrando também que o projeto já ocupou 60 espaços diferen-tes, incluindo outras capitais e cidades brasileiras, e países como Espanha, França, Portugal e Estados Unidos.

Aline Mandina

Mariana Santos

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ulhôa Canto, Rezende e Guerra advogadosAtua no Rio de Janeiro e São Paulo, com

correspondentes em Brasília e nas principais capitais brasileiras. Forte presença nas áre-as do Direito tributário, societário, bancário e financeiro, administrativo, de petróleo e gás, energia elétrica e telecomunicações. tem participado das mais relevantes operações negociais realizadas no Brasil.Condorcet Pereira de Rezende - Diretortel: (21) 3824-3265/ 3215e-mail: [email protected]

Zarb Scientific Com. e dist. de equip. e Peças para laboratórios ltda Atua em todo o Brasil. Reúne profissionais especializados nos segmentos petroquímico, farmacêutico, siderúrgico e naval, mantendo laços de informações com os Institutos de Pesquisas de Universidades.Braz de Oliveira – Presidentetel: (21) 3701-3345e-mail: [email protected]

Carolyne albernardAdvogadatel: (21) 2586-6362e-mail: [email protected]

Fernando vila Pouca de SousaDelegadotel: (21) 3399-3001/3002e-mail: [email protected]

Jayme Porto Carreiro FilhoEngenheirotel: (21) 3906-2130e-mail: [email protected]

Rosiska darcy de oliveiraEscritoratel: (21) 2274-3374e-mail: [email protected]

NOVOS SóCIOS

Caixa PostalA ACRJ quer ouvir seus

associados. Envie sua

mensagem, com críticas

ou sugestões, para o e-mail

[email protected]

As comemorações dos 200 anos da nossa Associação têm sido uma excelente oportunidade para demonstrar os serviços que ela prestou em prol da liberda-de de iniciativa e do desenvolvimento econômico do Brasil. Cabe agora lançar novos projetos, dando continuidade ao que as gerações passadas deixaram como herança. Nossa revista e o boletim serão sempre excelentes veículos de aproximação e relacionamento entre os empresários e as autoridades.Pedro ernesto Mariano de azevedobenemérito da aCRJ e presidente da adeSG

A comemoração dos 200 anos de história da ACRJ serviu para resgatar mo-mentos marcantes da Casa do Empresário. Tomara que a ACRJ prospere em seus ideais por mais 200 anos. aroldo araujobenemérito da aCRJ e presidente da aroldo araujo Propaganda ltda.

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aSSoCiadoS

Seja Sócio da aCRJA Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) oferece a seus associados diferentes oportunidades de realização de negócios, de ampliação do networking e de contato com autoridades e representantes dos governos municipal, estadual e federal. A instituição realiza eventos altamente qualificados, como seminários, debates, workshops e, mensalmente, pro-move o Almoço do Empresário com personalidades da economia e da política.

Também oferece aos seus associados vários benefícios, como descontos, por meio de con-vênios e parcerias com renomadas empresas. A ACRJ é uma entidade de classe sem fins lucrativos, mantida exclusivamente pela contribuição de seus sócios, sem ajuda financeira oficial. Isso garante à instituição independência e transparência em sua atuação.

Informações pelos telefones [21] 2514-1204 / 2514-1208 / 2514-1211 ou acesse www.acrj.org.br

A Associação Comercial do Rio de Janeiro se renova constantemente. Conheça alguns desses jovens associados que fazem a diferença quando o assunto é empreender.

vanessa Rouvier Primeira mulher a ser eleita como presidente do Conselho Empresarial de Jovens Empreende-dores da ACRJ (Conjove), para o período 2009-2011, a empresária Vanessa Rouvier, 31 anos, for-mada em Comunicação Social pela UniverCidade e pós-graduada em Gestão Empresarial pela FGV, viveu no Canadá, onde fundou o grupo de jovens da organização BrazilNet, rede de contatos entre brasileiros. É sócia da Reimagine Comunicação, empresa que inova na interação do marketing com projetos em acessibilidade. Ingressou na ACRJ em 2003, como conselheira do Conjove.

elisa PinheiroA vice-presidente do Conjove e diretora da ACRJ, Elisa Pinheiro, 28 anos, formada em Ci-ências Sociais pela UFRJ e Administração de Empresas pela Universidade Cândido Mendes, é gestora e sócia da AD Assessoria, empre-sa prestadora de serviços de administração e gestão financeira de imóveis e condomínios, além de diretora das empresas MP Consulto-ria & Administração e MP Informática. Seu avô Abel Mendes Pinheiro, associado em 1948, foi Grande Benemérito da ACRJ, e seu pai, Abel Mendes Pinheiro Júnior, é Benemérito da Casa. Ela é associada desde 2005.

áureo Ricardo Salles áureo Ricardo Salles, 42 anos, criou junto com 20 empresários o chapter de uma associação Norte América, sendo durante anos o represen-tante do Rio. Logo depois, iniciou sua atuação na A. Salles, empresa associada à ACRJ, fun-

dada por seu avô em 1938, especializada em engenharia de sistemas de ar condicionado e automação predial. É presidente do Conselho de Empreendedores e Jovens do Estado do Rio de Janeiro e membro do Conselho Fiscal da ACRJ. Seu pai, o Benemérito áureo Salles apresentou-o à ACRJ. Ricardo se dedica ao trabalho social na Ação Jovem Brasil (AJB). eduardo augusto MachadoEx-presidente do Conjove (2007-2009) e atual presidente da Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários), Eduardo Machado atua na área da tecnologia da informação e telecomunicações. Ele é diretor da Central 24 Horas, empresa especializada em call e con-tact Center, comércio e integração de soluções, associada à ACRJ. tem pós-graduação em Marketing pelo IAG Master da PUC-Rio e MBA Executivo pela COPPEAD/UFRJ. Ele atribui a seu pai, Walter Machado, o interesse por movi-mentos associativos.

Paulo Protásio FilhoEconomista pela Universidade Cândido Mendes, 42 anos, Paulo Manoel Protásio Filho, é diretor da EtC IberoAmerica Soluções e Serviços em tec-nologia Educacional, empresa de capacitação e certificação em ferramentas de alfabetização digi-tal, produtividade e mídias. Seu tio Carlos Alberto Protásio é Benemérito e seu pai, Paulo Manoel Protásio foi presidente da entidade (1989-1993) e é Grande Benemérito desde 1995. Protásio Fi-lho, diretor da ACRJ desde 97 e associado des-de 2005, atua como conselheiro do Conjove.

Aline Mandina

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