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‘UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMSFACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO E GEOLOGIA

MESTRADO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE

Resenha do artigo: Criando valor sustentável.

Autores: Stuart L. Hart e Mark B. Milstein.

Mestranda Juliana Santos Fialho

Disciplina Gestão Energética da Sustentabilidade

CAMPO GRANDEAGOSTO – 2013

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Resenha do artigo: Criando valor sustentável. Autores: Stuart L. Hart e Mark B.

Milstein.

O artigo apresenta que a sustentabilidade é conciliável com o crescimento

econômico e defende que é uma importante fonte de vantagem competitiva ede geração de lucro para os acionistas.

Os autores definem a sustentabilidade como a habilidade para satisfazer as

necessidades do presente sem comprometer a habilidade das futuras gerações

para satisfazerem suas necessidades, e o desenvolvimento sustentável é um

processo para se alcançar o desenvolvimento humano de uma maneira

inclusiva, interligada, igualitária, prudente e segura. Uma empresa sustentável

é aquela que contribui para o desenvolvimento sustentável ao gerar benefícios

econômicos, sociais e ambientais, que são conhecidos como os três pilares do

desenvolvimento sustentável.

Porem alguns executivos considera a sustentabilidade um mandato moral,

enquanto que outros, uma exigência legal. Para diferentes executivos a

sustentabilidade é considerada um mal necessário para se manter a

legitimidade e o direito da empresa funcionar. Algumas poucas empresas temtratado a sustentabilidade como uma oportunidade de negócios, diminuindo os

custos e riscos, ou até mesmo elevando seus rendimentos e sua participação

de mercado.

No ponto de vista dos autores, existem quatro conjuntos de motivadores para a

sustentabilidade global. O primeiro conjunto relaciona-se com a crescente

industrialização, com o consumo de matérias-primas, poluição e geração de

resíduos, pois a atividade industrial gera uma significativa quantidade depoluição e continua consumindo matérias-primas naturais, recursos,

combustíveis fósseis, e a eficiência de recursos e a prevenção de poluição são

cruciais para o desenvolvimento sustentável. Um segundo conjunto relaciona-

se a proliferação e interligação dos stakeholders , que significa publico

estratégico ou parte interessada, pois o desenvolvimento sustentável desafia

as empresas a funcionarem de uma maneira transparente, responsável, tendo

em vista a existência de uma bem informada e ativa base de stakeholders .

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O terceiro conjunto de motivadores relaciona-se com as tecnologias

emergentes que oferecem soluções poderosas e revolucionárias, pois podem

transformar as bases de indústrias que usam energia e matérias-primas de

forma intensiva. A inovação e as transformações tecnológicas são a chave para

a busca do desenvolvimento sustentável.

O quarto conjunto de motivadores relaciona-se com o aumento da população,

da pobreza e desigualdade associado a globalização, pois o aumento da

população aumenta a migração da zona rural para a zona urbana, ocorrendo o

crescimento das desigualdades de renda. A combinação entre crescimento

populacional e aumento da desigualdade cada vez mais contribui para a

decadência social, caos político e com o terrorismo.

Em resumo, a sustentabilidade global é um conceito complexo que não tem

como ser equacionado por meio de uma única ação corporativa. A criação de

valor sustentável requer que as empresas levem em conta cada um dos quatro

conjuntos abrangentes de motivadores. Primeiro, as empresas podem criar

valor reduzindo o nível de consumo de matéria-prima e de poluição associado

com a rápida industrialização. Segundo, as empresas podem criar valor ao

operar com níveis mais amplos de transparência e responsabilidade, uma vez

que são impulsionadas pela sociedade civil. Terceiro, as empresas podem criar

valor por meio do desenvolvimento de novas e revolucionárias tecnologias que

tenham o potencial para reduzir as pegadas do homem sobre o planeta.

Finalmente, as empresas podem criar valor ao atender às necessidades

daqueles localizados no extremo inferior da pirâmide de renda do mundo, e

isso de uma forma que facilite a criação e distribuição de renda inclusiva.

As empresas que são desafiadas a minimizar as perdas, combatendo a

poluição, estão se tornando mais sustentáveis, com tecnologia limpa. As

mesmas são também desafiadas a desenvolverem soluções economicamente

interessantes para os problemas sociais e ambientais do futuro. O desafio para

a empresa é decidir quais ações e iniciativas perseguir, bem como o melhor

modo de administrá-las. Os autores recomendam passos específicos na busca

pelo valor sustentável: um diagnóstico, uma avaliação de oportunidades e uma

implementação.

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Ficou claro com o texto que a oportunidade para criar valor sustentável, sendo

riqueza ao acionista e, simultaneamente, leve-nos em direção a um mundo

mais sustentável, é muito grande, embora ainda não plenamente colocada em

ação. A simplicidade do modelo não deveria ser confundida com facilidade de

execução: compreender as ligações não é o mesmo que implementar, de forma

bem-sucedida, as estratégias e práticas envolvidas. As tarefas são muito

desafiadoras e complexas, sugerindo que apenas algumas poucas empresas

serão capazes de realizar atividades bem-sucedidas, principalmente aqueles

que exigem os maiores esforços em termos de visão, criatividade e paciência.