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    RevistadaAssociaoNacionaldosProgramasdePs-

    Grad

    uaoem

    Comunicao|E-comps,

    Braslia,

    v.1

    5,

    n.3,

    set./dez.

    2012.

    www.e-compos.org.br

    | E-ISSN 1808-2599 |

    Resenha

    INNIS, Harold. O vis da comunicao. Trad. Luiz

    Martino. Petrpolis, RJ: Vozes, 2011.

    1/6

    Leonel Aguiar | [email protected] em Comunicao e Cultura pela Universidade Federal do Rio

    de Janeiro (UFRJ). Proessor do Programa de Ps-graduao em

    Comunicao Social da Ponticia Universidade Catlica do Rio de

    Janeiro (PUC-Rio).

    Uma das obras que compem o pensamento

    comunicacional do canadense Harold Innis

    (1894-1952), proessor do Departamento de

    Economia Poltica da Universidade de Toronto,

    est recm-traduzida, em um primoroso trabalho

    de Luiz Martino, para a coleo Clssicos da

    Comunicao Social, da editora Vozes.O vis

    da comunicao, publicado originalmente em

    1951, rene oito artigos que apresentam os

    conceitos principais para a concepo terica

    innisiana de que as tecnologias da comunicao

    no s criam as condies de possibilidades

    para as conguraes da cultura como tambm

    so dispositivos de produo de subjetividade.

    Ainda que o autor no utilize essa terminologia

    conceitual e arme que seus trabalhos seguem

    uma obsesso pela abordagem poltica, Innis

    discute como a materialidade dos meios de

    comunicao aeta o modo de estruturar o

    conhecimento; portanto, simultaneamente,

    o prprio processo cognitivo e as ormaes

    culturais. Ou, diria Guattari (1992), como asmquinas inormacionais operam, ao mesmo

    tempo, nas dimenses da subjetivao nos

    A Comunicao como

    perspectiva de anlisepara a cultura

    Leonel Aguiar

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    aetos, nas sensibilidades, na memria e

    nas interaes sociais, recongurando outra

    ecologia dosocius.

    Innis, entretanto, est mais ocado em

    estabelecer as relaes entre a materialidade

    dos meios, os monoplios do conhecimento, as

    relaes de poder e as conguraes da cultura.

    The Bias of Communication (1951) compem,

    junto comEmpire of Communications (1950)

    e Changing Concept of Time (1952), o perodo

    que Marshall McLuhan denomina o ltimo

    Innis. Principal divulgador dos trabalhos de

    comunicao de Innis, McLuhan nunca escondeu

    a orte infuncia da concepo innisiana de

    que o processo de transormao cultural est

    implcito nas ormas da tecnologia dos meios.

    J bem conhecida a reverncia que ele presta

    ao seu inspirador emA galxia de Gutenberg,

    quando arma que este seu livro [...] representa

    apenas nota de p de pgina sua obra, visando

    explic-la (McLUHAN, 1972, p. 82).

    Foi exatamente essa proximidade de perspectiva

    terica, na qual se demonstra que a emergncia

    de uma nova tecnologia de comunicao implica

    em mudanas na esera cultural e alteraes

    nas ormas de sociabilidade, que possibilitou

    a alguns estudiosos reunir Innis, McLuhan

    e ainda Eric Havelock, outro intelectual

    canadense, tanto sob a denominao de Escola

    de Toronto quanto serem qualicados comopesquisadores da Teoria do Meio. Esses trs

    autores se debruaram sobre o processo de

    alabetizao na Grcia Antiga, discutindo

    as implicaes do letramento e da cultura da

    escrita em relao ao primado da oralidade.

    Ou seja, de como os modos de comunicao

    aetam as conguraes culturais e implicam em

    transormaes sociais (GOODY; WATT, 2006).

    A edio brasileira de The Bias of

    Communication apresenta trs precios

    extremamente elucidativos sobre a vida e a obra

    de Innis. O primeiro desses textos, do proessor

    Luiz Martino, destaca como Innis passou das

    pesquisas histricas em economia para os

    estudos de comunicao, enatizando o papel dos

    meios de comunicao nas ormaes culturais

    e nas relaes de poder. Para Martino, esse

    o melhor signicado do conceito de bias: uma

    perspectiva de anlise que coloca omedium como

    determinante para as abordagens explicativas

    de longa durao da histria empreendidas

    pelo pesquisador canadense. O que realmente

    motiva Innis a realizar essas pesquisas histricas

    so as tenses entre a tradio e a atualidade,

    expressas no plano da comunicao pelos embates

    que acontecem entre a ora da oralidade e o

    processo de mundializao das tecnologias

    comunicacionais. A motivao poltica em relao

    ao papel da cultura e da tecnologia na sociedade

    contempornea parece ser marcante nos trabalhos

    de histria da comunicao desenvolvidos por

    Innis. Nesse sentido, ele realiza uma histria do

    presente, tal como armava Michel Foucault sobresua prpria obra, escrevem Paul Heyer e David

    Crowley no precio para a edio em ingls de

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    1995. Como diria o lsoo rancs em relao

    a seu mtodo arqueolgico de historiograar o

    passado para diagnosticar o presente:

    [...] a anlise do arquivo comporta uma regio

    privilegiada: ao mesmo tempo prxima de ns,

    mas dierente de nossa atualidade; trata-se da

    orla do tempo que cerca nosso presente, que o

    domina e que o indica em sua alteridade (FOU-

    CAULT, 1997, p. 151).

    A ormao de arquivos como uma metodologia

    para os estudos de comunicao tambm

    ressaltada por Alexander John Watson, o

    principal bigrao de Innis. Autor do precio

    para a segunda edio inglesa (2008), Watson

    detalha como Innis mudou seu mtodo de

    pesquisa ao se deslocar da histria econmica

    para o campo comunicacional, realizando uma

    anlise macro-histrica sobre o papel dos meios

    de comunicao e sua relao com os imprios

    do passado para reletir sobre os eeitos dos

    monoplios de comunicao no presente. Esse

    precio traz ainda dois quadros sinpticos,

    nos quais so sintetizadas as caractersticas

    dos meios de comunicao e suas inluncias

    nas coniguraes dos imprios que os

    utilizavam. O undamental, para Watson, o

    desaio enrentado por Innis de ormular uma

    sntese que reunisse uma teoria da cultura,

    da tecnologia e do Estado. Esse argumento,

    detalhadamente explanado emMarginal

    Man (WATSON, 2007) visa criticar leituras

    reducionistas da obra innisiana ao plano dosensorial em relao ao seu entendimento do

    papel dos meios de comunicao na histria,

    evitando o determinismo tecnolgico e a

    despolitizao do conceito de monoplio.

    Os ensaios que compem O vis da

    comunicao, classicados pelos preaciadores

    como de notria complexidade e de dicil

    leitura, so apresentaes orais realizadas

    no perodo de 1945-1950. No primeiro artigo,A

    coruja de Minerva conerncia eita na posse

    da presidncia da Royal Society o Canada, em

    1947 , Innis traa um vasto panorama histrico

    de como a civilizao ocidental oi infuenciada

    pela materialidade domedium. Nesse texto, o

    autor divide os perodos histricos a partir da

    hegemonia dos meios. Essa periodizao vai da

    argila e da escrita cuneiorme na Mesopotmia,

    passa pelo papiro, pergaminho e papel, continua

    atravs inveno da imprensa tipogrca e do

    celuloide na expanso do cinema at chegar ao

    aparecimento do rdio. O artigo seguinte, com o

    mesmo ttulo do livro e apresentado na University

    o Michigan em 1949, demonstra a relao entre

    as caractersticas do meio de comunicao e a

    sua infuncia na disseminao da inormao,

    sendo que a nase no espao ou no tempo vai

    determinar um vis de signicao para a

    cultura na qual est inserido (INNIS, 2011, p.

    103). Esses dois artigos resumem as principais

    ideias do autor, dentre as quais se destaca a de

    monoplio do conhecimento.

    Os dois prximos captulos Uma defesa dotempo e O problema do espao discutem

    a noo de bias enquanto tendncia de uma

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    cultura para o tempo ou para o espao,

    vinculando-a as caractersticas materiais

    dos meios de comunicao. Isto , se uma

    determinada sociedade possui um modo de

    comunicao dominante, sempre existir

    uma tendncia de orientao cultural: ou

    um vis para o tempo, como os antigos

    imprios babilnicos e egpcios, as sociedades

    europeias medievais e as civilizaes baseadas

    na oralidade; ou um vis para o espao,

    exempliicado pelos imprios expansionistas,

    como o imprio romano e as naes coloniais e

    neocoloniais europeias modernas.

    Os trs captulos seguintes discutem a imprensa

    por um diagrama que traa relaes entre

    tecnologia, construo da opinio pblica,

    inormao como commoditie e valores culturais.

    EmIndustrialismo e valores culturais,

    apresentado em 1950 no encontro da American

    Economic Association, esto presentes as

    ideias de que as tecnologias de comunicao

    so extenses das sensorialidades humanas. A

    inveno da imprensa implicou o incio de uma

    retomada de um tipo de civilizao dominada

    pelo olho, mais do que pelo ouvido (INNIS, 2011,

    p. 222). Ainda que Tremblay (2003) arme no

    encontrar na obra de Innis reerncias de uma

    teoria da percepo ou domedium como extenso

    dos sentidos, esse captulo do livro est repleto

    de passagens demonstrando essa implicao. J

    os textos a seguir, O comrcio editorial ingls nosculo XVIIIassim como Tecnologia e opinio

    pblica nos Estados Unidos, abordam, atravs

    de uma minuciosa descrio das mudanas de

    comportamento dos polticos nesses dois pases

    em uno do mercado editorial e dos jornais,

    os eeitos que as tecnologias da comunicao

    produziram nos processos de interaes sociais e

    na sociabilidade dapolis.

    A edio brasileira contm ainda Uma reviso

    crtica, na qual Innis declara que seu vis

    a tradio oral presente na civilizao grega

    e prega a necessidade de recuperar o contato

    pessoal para a discusso de ideias, e um

    apndice voltado para a ormao universitria,

    no qual destaca a importncia do proessor

    vincular os livros com a conversao, a

    universidade com a comunidade e a pesquisa

    com as questes sociais. Tais questes so,

    certamente, menos conhecidas da obra tardia

    innisiana, mas nada dspares, se as olharmos

    com a viso atual de um imperativo tico de

    reinventar a educao para superar a crise de

    valores decorrente do impacto dos meios de

    comunicao de massa.

    Em suma: o legado terico de Innis procuo

    para as cincias da comunicao. Uma de suas

    ideias mais apreciadas a de que as caratersticas

    materiais do meio de comunicao no s

    determina o modo de produo da inormao a

    ser comunicada como tambm acaba induzindo

    a mudanas culturais. Outro ponto de destaque

    na teoria innisiana, bem menos reconhecido, a noo de que a comunicao um dispositivo

    de controle do tempo e do espao, pois todo

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    medium implica em bias. Innis enatiza como,

    em cada poca histrica, o meio de comunicao

    dominante gera monoplio de saber exercido por

    um grupo social, reorando o poder hegemnico.

    Ou, no enoque oucaultiano: [...] no h relao

    de poder sem constituio correlata de um

    campo de saber, nem saber que no suponha

    e no constitua, ao mesmo tempo, relaes de

    poder (FOUCAULT, 1977, p. 30). Portanto, as

    relaes de poder/saber que Innis denomina

    monoplio do conhecimento so imanentes

    a outros tipos de relaes sociais, possuindo

    um papel produtor em todas as instncias onde

    atuam. Essas perspectivas tericas parecem

    convergir, apontando que a comunicao, mais do

    que produzir uma representao da realidade,

    um dispositivo de construo social da realidade

    atravessado por relaes de poder/saber. Por

    esse aspecto, Innis talvez merea ser tambm

    entendido como um pesquisador prximo ao

    campo da economia poltica da comunicao.

    Referncias

    FOUCAULT, Michel.A arqueologia do saber. Rio de

    Janeiro: Forense Universitria, 1997.

    ______.Vigiar e punir: nascimento da priso.

    Petrpolis, RJ: Vozes, 1977.

    GOODY, Jack; WATT, Ian.As conseqncias do

    letramento. So Paulo: Paulistana, 2006.

    GUATTARI, Flix. Caosmose: um novo paradigma

    esttico. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

    INNIS, Harold. O vis da comunicao. Trad. Luiz

    Martino. Petrpolis, RJ: Vozes, 2011.

    McLUHAN, Marshall.A galxia de Gutenberg: a

    ormao do homem tipogrco. So Paulo: EdUSP:

    Nacional, 1972.

    TREMBLAY, Gatan. De Marshall McLuhan a Harold

    Innis ou da aldeia global ao imprio mundial.Revista

    FAMECOS, n. 22, p. 13-22, 2003.

    WATSON, Alexander John. Marginal man: the dark

    vision o Harold Innis. Toronto: University o Toronto

    Press, 2007.

    Recebido em:21 de agosto de 2012

    Aceito em:17 de setembro de 2012

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    CONSELHO EDITORIAL

    Afonso Albuquerque,Universidade Federal Fluminense, BrasilAlberto Carlos Augusto Klein,Universidade Estadual de Londrina, Brasillvaro Larangeira,Universidade Tuiuti do Paran, BrasilAndr Luiz Martins Lemos,Universidade Federal da Bahia, Brasilngela Freire Prysthon,Universidade Federal de Pernambuco, BrasilAngela Cristina Salgueiro Marques,Faculdade Csper Lbero (So Paulo), BrasilAntonio Roberto Chiachiri Filho,Faculdade Csper Lbero, BrasilArthur Autran Franco de S Neto,Universidade Federal de So Carlos, BrasilBenjamim Picado,Universidade Federal Fluminense, BrasilCsar Geraldo Guimares,Universidade Federal de Minas Gerais, BrasilCristiane Freitas Gutfreind,Ponticia Universidade Catlica do Rio Grandedo Sul, Brasil

    Denilson Lopes,Universidade Federal do Rio de Janeiro, BrasilEduardo Peuela Caizal,Universidade Paulista, BrasilEduardo Vicente,Universidade de So Paulo, BrasilEneus Trindade,Universidade de So Paulo, BrasilErick Felinto de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

    Florence Dravet,Universidade Catlica de Braslia, BrasilGelson Santana,Universidade Anhembi/Morumbi, BrasilGislene da Silva,Universidade Federal de Santa Catarina, BrasilGuillermo Orozco Gmez,Universidad de GuadalajaraGustavo Daudt Fischer,Universidade do Vale do Rio dos Sinos, BrasilHector Ospina,Universidad de Manizales, ColmbiaHerom Vargas,Universidade Municipal de So Caetano do Sul, BrasilIns Vitorino,Universidade Federal do Cear, BrasilJay David Bolter,Georgia Institute o TechnologyJeder Silveira Janotti Junior,Universidade Federal de Pernambuco, BrasilJohn DH Downing,University o Texas at Austin, Estados UnidosJos Afonso da Silva Junior,Universidade Federal de Pernambuco, BrasilJos Carlos Rodrigues,Ponticia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, BrasilJos Luiz Aidar Prado,Ponticia Universidade Catlica de So Paulo, BrasilKelly Cristina de Souza Prudncio,Universidade Federal do Paran, Brasil.

    ExpedienteA revista E-Comps a publicao cientfca em ormato eletrnico daAssociao Nacional dos Programas de Ps-Graduao em Comunicao

    (Comps). Lanada em 2004, tem como principal fnalidade diundir aproduo acadmica de pesquisadores da rea de Comunicao, inseridos

    em instituies do Brasil e do exterior.

    E-COMPS | www.e-compos.org.br | E-ISSN 1808-2599

    Revista da Associao Nacional dos Programas

    de Ps-Graduao em Comunicao.E-comps, Braslia, v.15, n.3, set./dez. 2012.A identifcao das edies, a partir de 2008,

    passa a ser volume anual com trs nmeros.

    Laan Mendes Barros,Universidade Metodista de So Paulo, BrasilLance Strate,Fordham University, USA, Estados UnidosLorraine Leu,University o Bristol, Gr-BretanhaLucia Leo,Ponticia Universidade Catlica de So Paulo, BrasilMalena Segura Contrera,Universidade Paulista, BrasilMrcio de Vasconcellos Serelle,Ponticia Universidade Catlica de MinasGerais, Brasil

    Maria Aparecida Baccega, Universidade de So Paulo e Escola Superior de

    Propaganda e Marketing, Brasil

    Maria Ataide Malcher,Universidade Federal do Par, BrasilMaria das Graas Pinto Coelho,Universidade Federal do Rio Grande do Norte, BrasilMaria Immacolata Vassallo de Lopes,Universidade de So Paulo, BrasilMaria Luiza Martins de Mendona,Universidade Federal de Gois, BrasilMauro de Souza Ventura,Universidade Estadual Paulista, BrasilMauro Pereira Porto,Tulane University, Estados UnidosMirna Feitoza Pereira,Universidade Federal do Amazonas, BrasilNilda Aparecida Jacks,Universidade Federal do Rio Grande do Sul, BrasilOsvando J. de Morais,Universidade de Sorocaba, BrasilPotiguara Mendes Silveira Jr, Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil

    Renato Cordeiro Gomes,Ponticia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, BrasilRobert K Logan,University o Toronto, CanadRonaldo George Helal,Universidade do Estado do Rio de Janeiro, BrasilRose Melo Rocha,Escola Superior de Propaganda e Marketing, BrasilRossana Reguillo,Instituto de Estudos Superiores do Ocidente, MexicoRousiley Celi Moreira Maia,Universidade Federal de Minas Gerais, BrasilSebastio Guilherme Albano da Costa,Universidade Federal do Rio Grandedo Norte, Brasil

    Simone Maria Andrade Pereira de S,Universidade Federal Fluminense, BrasilTiago Quiroga Fausto Neto,Universidade de Braslia, BrasilSuzete Venturelli,Universidade de Braslia, BrasilValerio Fuenzalida Fernndez,Puc-Chile, ChileVeneza Mayora Ronsini,Universidade Federal de Santa Maria, BrasilVera Regina Veiga Frana,Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

    COMISSO EDITORIAL

    Adriana Braga | Ponticia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, Brasil

    Felipe Costa Trotta |Universidade Federal Fluminense, BrasilCONSULTORES AD HOC

    Ana Carolina Escosteguy,Ponticia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, BrasilBruno Campanella, Universidade Federal Fluminense, Brasil

    Edison Gastaldo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil

    Elizabeth Duarte, Universidade Federal de Santa Maria, Brasil

    Roseli Figaro, Universidade de So Paulo, Brasil

    EDIO DE TEXTO E RESUMOS | Susane Barros

    SECRETRIA EXECUTIVA | Juliana DepinEDITORAO ELETRNICA | Roka Estdio

    TRADUO | Sieni Campos e Markus Hediger

    COMPS| www.compos.org.br

    Associao Nacional dos Programas de Ps-Graduao em Comunicao

    Presidente

    Julio PintoPonticia Universidade Catlica de Minas Gerais, Brasil

    [email protected]

    Vice-presidente

    Itania Maria Mota GomesUniversidade Federal da Bahia, Brasil

    [email protected]

    Secretria-Geral

    Ins VitorinoUniversidade Federal do Cear, Brasil

    [email protected]