Renascimento e maneirismo em camões

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Renascimento e Maneirismo: Camões 2014/2015 FICHA TÉCNICA TÍTULO: Renascimento e Maneirismo: Camões AUTORIA: Professora Doutora Maria Luísa de Castro Soares PRODUÇÃO: Dr. Paulo Luís Rodrigues Veloso Gonçalves DIREÇÃO: Drª. Maria Margarida Melo de Carvalho DATA: 2014/2015 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD

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Renascimento e Maneirismo: Camões

2014/2015

FICHA TÉCNICA

TÍTULO: Renascimento e Maneirismo: Camões

AUTORIA: Professora Doutora Maria Luísa de Castro Soares

PRODUÇÃO: Dr. Paulo Luís Rodrigues Veloso Gonçalves

DIREÇÃO: Drª. Maria Margarida Melo de Carvalho

DATA: 2014/2015

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD

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Renascimento e Maneirismo: Camões

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RENASCIMENTO

Serve de mote e ilustração ao tema, o pormenor central do qua-dro “Escola de Atenas ”, de Rafael, que contém os bastiões filosó-ficos do Renascimento, recuperados da Antiguidade : Platão e Aristóteles

Platão (figura da esquerda) representa a filosofia abstrata e teóri-ca e aponta para o alto, para o mundo das formas ideais ou mate-máticas e Aristóteles, gesticula em direção ao que o rodeia a indi-car a sua preocupação com o mundo concreto e material, repre-sentando a filosofia natural e empírica

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Introdução:

O Humanismo (florescimento das Letras e das Artes em conformidade com os modelos do pensamento da Antiguida-

de Clássica; valorização da ciência experimental e do espírito crítico) surgiu em Itália no século XIV . É o movimento

cultural defensor do Homem em pleno desenvolvimento das suas virtualidades e empenhado na ação, sendo uma das

causas do Renascimento. Porém, não se confunde com este período histórico-literário, o qual se fundamenta em aspe-

tos não apenas culturais, mas ainda políticos, sociais e económicos (Dresden s/d; Martins 1971: 151-233).

Nos séculos XV e XVI, com a descoberta de novos mundos, com a amplificação, aperfeiçoamento e invenções técnicas

e com a vinda de muitos Gregos e Bizantinos fugidos dos Turcos para Itália, não devemos só falar em Humanismo, mas

em Renascimento. O século XV é, na verdade, o período de florescimento do Renascimento italiano (Garin 1966; Garin

1975; Martins 1989) que tem de ser caracterizado pelo surgimento, no plano literário, do classicismo renascentista.

No campo filosófico, há uma nova forma de ver o homem e o mundo, em parte decorrente do Humanismo e que con-

diciona a cosmovisão renascentista (Garin 1982).

Renascimento e Maneirismo

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Introdução:

Em Portugal, o século XVI apresenta uma fisionomia particular relativamente ao resto da Europa. A grande contribui-ção portuguesa para o Renascimento foram os Descobrimentos que vieram alargar o conhecimento do mundo e do homem, ostentando-se a primazia da observação e da experiência sobre o saber livresco. Enquanto na Europa ocidental prevalecia o culto da Antiguidade, os homens de ciência portugueses afirmavam a superioridade dos modernos pela certeza do saber experimental. Neste contexto, na écloga polémica “Basto”, o pastor Gil (porta-voz do ideário de Sá de Miranda), afirma:

“Andei d' aquém para além;

vira terra e lugares,

tudo seus avessos tem;

o que não espermentares

Não cuides que o sabes bem;” (Miranda 1976: 150).

Renascimento e Maneirismo

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“O Nascimento de Vénus”- Botticelli

Séc. XV

A mundividência do Renascimento (Soares 2007: 27-29) caracteriza-se genericamente por vetores ideológicos como:

1. O otimismo antropológico ou antropocentrismo: a noção de que o homem é por si capaz de progresso, de vitória sobre as barreiras, de co-

nhecer sempre mais e de dominar o mundo que vai conhecendo. O homem é, além disso, o centro de todas as construções artísticas, literárias e filosófi-

cas, contrariamente à ordo teocêntrica medieval.

2. As tentações antropolátricas e a euforia naturalista: a noção de que o homem, criatura modelar, pode ser feliz à face da terra. De facto, os

renascentistas consideram que o mundo é o local ideal para o homem viver. Em sua opinião, o homem não tem que fugir da ligação sensual com esse

mundo, devendo antes procurar aí a sua glória. O homem vai realizar-se plenamente ao nível da natureza, não precisa de hipotecar a sua felicidade para

um mundo sobrenatural.

3. O hedonismo: Interligado com o otimismo antropológico e a euforia naturalista, o hedonismo vem acrescentar aos anteriores princípios filo-

sóficos de ampla expressão artística, a componente do prazer. O homem - além da busca da alegria e da afirmação dos seus poderes naturais - deve pro-

curar o prazer dos sentidos e do espírito.

4 . O racionalismo é um vetor filosófico dominante. O homem do Renascimento recusa tudo o que possa ser entrave à marcha da razão. Eis a

semente do racionalismo, em que a razão vem retirar à fé o papel de instância decisiva no conhecimento da verdade.

Em suma: A essência do espírito renascentista - que sintetiza o movimento em termos ideológicos - reside na eudemonia, ou procura da

felicidade, com fundamento nas características anteriores, vetores praticamente inexistentes no pensamento medieval (Soares 2007: 27).

RENASCIMENTO

MUNDIVIDÊNCIA

https://www.google.pt/search?q=nascimento+de+v%C3%A9nus+de+botticelli%

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“O Nascimento de Vénus”- Botticelli

Séc. XV e 1ª metade do séc.XVI

Primavera de Botticelli - Século XV

euforia naturalista

e hedonismo

RENASCIMENTO

MUNDIVIDÊNCIA

https://www.google.pt/search?q=nascimento+de+v%C3%A9nus+de+botticelli%

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RENASCIMENTO

MUNDIVIÊNCIA

•Está-se a Primavera trasladando

em vossa vista deleitosa e honesta;

nas lindas faces, olhos, boca e testa,

boninas, lírios, rosas debuxando.

De sorte, vosso gesto matizando,

natura quanto pode manifesta

que o monte, o campo, o rio e a floresta

se estão de vós, Senhora, namorando.

Se agora não quereis que quem vos ama

possa colher o fruito destas flores,

perderão toda a graça vossos olhos.

Porque pouco aproveita, linda Dama,

que semeasse Amor em vós amores,

se vossa condição produze abrolhos. (Camões pág. 128)

O homem - além da busca da alegria e da afirmação dos seus poderes naturais - deve procurar o prazer dos sentidos e do espírito. Veja-se co-

mo exemplo o soneto camoniano, intertexto – ideologicamente falando - do subtexto “Alegoria da Primavera”, de Boticelli:

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Os crespos fios d' ouro se esparziam

Pelo colo que a neve escurecia;

Andando, as lácteas tetas lhe tremiam,

Com quem Amor brincava e não se via;

Da alva petrina flamas lhe saíam,

Onde o Minino as almas acendia.

Polas lisas colũnas lhe trepavam

Desejos, que como hera se enrolavam.

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Cum delgado cendal as partes cobre

De quem vergonha é natural reparo;

Porém nem tudo esconde nem descobre

O véu, dos roxos lírios pouco avaro;

Mas, pera que o desejo acenda e dobre,

Lhe põe diante aquele objecto raro.

Já se sentem no Céu, por toda a parte,

Ciúmes em Vulcano, amor em Marte.

Pansensualidade e erótica hedonista do Renascimento

Retrato de VÉNUS Camões - Lusíadas canto II

Nascimento de Vénus - Sandro Botticelli

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Mundividência do Renascimento—Classicismo

Pietà - Miguel Ângelo Séc. XVI

A beleza da escultura deriva do classicismo nela

impresso. Tem como tema a mãe com o seu filho

morto nos braços.

Em momentos de angústia, sobressai a serenidade

da composição em forma triangular.

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Mundividência do Renascimento — Classicismo

David - Miguel Ângelo Séc. XVI

•David foi uma obra que se transformou num sím-

bolo de Florença. Foi esculpida em 1501.

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Maneirismo - Tendência artística do séc. XVI europeu.

Provém do italiano Maniera, usado como sinónimo de

estilo que tem por base os grandes Mestres do princí-

pio do século (Miguel Ângelo, Rafael e Leonardo). De

início paralela à persistência das fórmulas do Renasci-

mento e, mais tarde, aos primórdios do Barroco.

Miguel Ângelo - Estátua de Moisés –

Pormenor da cabeça.

Renascimento/Maneirismo

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Maneirismo - Características:

1. desintegração do equilíbrio clássico do Renascimento;

2. ruptura da noção de harmonia entre a natureza e a razão;

3. perda da noção humanista de um mundo antropocêntrico;

4. violação da regra clássica da rigorosa organização em perspectiva;

5. indiferença face ao conceito cúbico de espaço;

6. indiferença em relação à regra do eixo de simetria;

7. Procura de efeitos de surpresa;

8. Gosto do bizarro;

9. Gosto pela ambiguidade e pelo equívoco;

10. Predilecção pelo anti-naturalismo;

11. Valorização neoplatónica de uma beleza ideal;

12. Importância concedida à invenção, à criatividade;

13. Insistência nas alusões obscuras;

14. tendência para a codificação de receitas estéticas e artísticas;

15. tendência para o jogo de contrastes;

Maneirismo – Pintura Pietà

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David: o mesmo modelo estético, duas mundividências

Séc. XVI (Renascimento) - Miguel Ângelo Séc. XVII (Maneirismo/Barroco) - Bernini

Pormenor do rosto: Expressividade

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Temas do Maneirismo

1. O homem e a sua miséria

1.1. desde o ventre materno;

1.2. desde o pecado de Adão;

1.3.pela “baixeza” do barro que o gerou. Ex: soneto “A miséria do homem desde que nasce”

1ª quadra:

“Abre os olhos ao pranto, antes que ao dia

O mísero mortal; quando amanhece

Logo nas fachas da prisão padece

Do mal para que nasce em companhia”

Último terceto

“Chega enfim da sua vida a noite escura

Tão breve que chorando digo,

Ai! Que há do berço um passo à sepultura”

2. A vida e o mundo: caos, tormenta, labirinto 2.1. a vida comparável a um mar embravecido, onde o homem é um náufrago;

2.2. o tópico do pereat mundus ou “mundo às avessas”

2.3. A imagem do labirinto, espaço de perda e inquietação

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Temas do Maneirismo

3.O tempo, metamorfose e destruição 3.1. A celeridade do tempo entendido como degradação, trânsito do prazer para o sofrimento.

Ex: A vida é algo que

“passa como sombra (…) a vida é sonho vão”

(Martim de Crasto Rio)

3.2. A alienação temporal, fruto do envelhecimento.

4. O engano e o desengano - Ideia de insignificância ontológica e empírica e do carácter ilusório da vi-

da.

4.1. A ideia do mundo como um teatro

4.2. a ideia do mundo como um tecelão que urde as teias dos enganos até que chegue o desengano a cortar esse fio

4.3. A imagem da areia movediça, instável, para ilustrar o carácter enganoso do mundo (Ex. Frei Agostinho da Cruz)

5. A melancolia e angústia - entendimento da vida como um desterro, um “Vale de lágrimas”

http://www.youtube.com/watch?v=XpJ3OvqgVBg

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Pintura e escultura maneiristas

O Enterro do Conde de Orgaz- El Greco Senhor dos Passos

El Greco

http://www.youtube.com/watch?

v=XeZftq8XQW0&feature=relmfu

Senhor dos Passos

https://www.google.pt/search?

q=senhor+dos+passos

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Maneirismo em Camões

1. O homem e a sua miséria

Ex: “Quando vim da materna sepultura” (Canção X)

1.2 - A miséria do homem, desde o barro que o gerou (Concepção bíblica)

Ex: O Homem “bicho da terra vil” (Os Lusíadas)

2. Vida e mundo, caos, tormento, labirinto Ex, Soneto: Cá nesta Babilónia, donde mana

Matéria a quanto mal o mundo cria; Cá donde o puro Amor não tem valia,

Que a Mãe, que manda mais, tudo profana;

Cá onde o mal se afina e o bem se dana, E pode mais que a honra a tirania;

Cá onde a errada e cega Monarquia Cuida que um nome vão a desengana;

Cá neste labirinto, onde a nobreza, Com esforço e saber pedindo vão

Às portas da cobiça e da vileza;

Cá neste escuro caos de confusão, Cumprindo o curso estou da natureza.

Vê se me esquecerei de ti, Sião!

1.1 - A Miséria humana desde o ventre materno

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3. O engano e o desengano Ex, Soneto:

Que poderei do mundo já querer, Que naquilo em que pus tamanho amor,

Não vi senão desgosto e desamor, E morte, enfim, que mais não pode ser?

Pois vida me não farta de viver, Pois já sei que não mata grande dor,

Se cousa há que mágoa dê maior, Eu a verei, que tudo posso ver.

A morte a meu pesar me assegurou De quanto mal me vinha; já perdi O que perder o medo me ensinou.

Na vida desamor somente vi; Na morte, a grande dor que me ficou:

Parece que para isto só nasci.

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4. tópico do Pereat mundus - (O mundo às avessas) e solução para o desconcerto na fé: Ex, Soneto:

Verdade, Amor, Razão, Merecimento Qualquer alma farão segura e forte, Porém Fortuna, Caso, Tempo e Sorte Têm do confuso mundo o regimento.

Efeitos mil revolve o pensamento, E não sabe a que causa se reporte,

Mas sabe que o que é mais que vida e morte, Que não o alcança o humano entendimento.

Doutos varões darão razões subidas, Mas são experiências mais provadas E por isso é melhor ter muito visto.

Cousas há i que passam sem ser cridas E cousas cridas há, sem ser passadas;

Mas o melhor de tudo é crer em Cristo

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5. O tempo: Metamorfose e destruição - Perspetiva agónica da mudança : Ex, Soneto:

Correm turvas as águas deste rio, Que as do céu e as do monte as enturbaram;

Os campos florescidos se secaram, Intratável se fez o vale, e frio;

Passou o Verão, passou o ardente Estio, Umas cousas por outras se trocaram;

Os fementidos Fados já deixaram Do mundo o regimento ou desvario.

Tem o tempo sua ordem já sabida, O mundo, não; mas anda tão confuso, Que parece que dele Deus se esquece.

Casos, opiniões, natura e uso Fazem que nos pareça desta vida

Que não há nela mais que o que parece.

EX, Soneto:

O tempo acaba o ano, o mês e a hora, A força, a arte, a manha, a fortaleza; O tempo acaba a fama e a riqueza, O tempo o mesmo tempo de si chora;

O tempo busca e acaba o onde mora Qualquer ingratidão, qualquer dureza, Mas não pode acabar minha tristeza, Enquanto não quiserdes vós, Senhora.

O tempo o claro dia torna escuro E o mais ledo prazer em choro triste; O tempo, a tempestade em grão bonança;

Mas de abrandar o tempo estou seguro

O peito de diamante, onde consiste

A pena e o prazer desta esperança.

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Em suma: O homem - Criatura miserável

Desconcerto ontológico Ex, Soneto:

O dia em que eu nasci, moura e pereça, Não o queira jamais o tempo dar,

Não torne mais ao mundo e, se tornar, Eclipse nesse passo o sol padeça.

A luz lhe falte, o sol se lhe escureça, Mostre o mundo sinais de se acabar,

Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar, A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas, pasmadas de ignorantes, As lágrimas no rosto, a cor perdida, Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes, Que este dia deitou ao mundo a vida Mais desgraçada que jamais se viu!

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Maneirismo In: http://www.youtube.com/watch?v=XpJ3OvqgVBg

Senhor dos Passos In: https://www.google.pt/search?q=senhor+dos+passos

El Greco In: http://www.youtube.com/watch?v=XeZftq8XQW0&feature=relmfu