Relatório do Segundo Semestre de 2004 · 2013. 10. 17. · Depois desse mergulho no Hino...

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Depois desse mergulho no Hino Na- cional, foi a vez de iniciarmos uma “olimpíada musical”. As turmas foram divididas em equipes, cada equipe es- colheu seu nome e começamos, através de jogos e brincadeiras, uma animada jornada. Os conteúdos aprofundados foram: apresentação das figuras rítmi- cas e suas pausas, leitura e escrita rít- mica e melódica, ditado rítmico e prática de conjunto. A última prova da olimpía- da foi um “show de talentos”. Cada e- quipe escolheu uma música para apre- sentar e cuidou da distribuição de tare- fas e do arranjo. Depois de apresenta- dos os “shows”, os pontos foram soma- dos e tivemos uma alegre premiação. As Olimpíadas foram, sem dúvida, o ponto máximo do semestre, um evento muito enriquecedor e gratificante tanto para nós, que a idealizamos, como para as crianças que participaram efetiva- mente e tiveram seus valores a todo o momento sendo testados, remexidos e até modificados. No decorrer do semestre seguimos com nossos jogos e atividades pré- desportivas, aprendendo novas regras, modificando outras, discutindo condu- tas, descobrindo novas habilidades e aprimorando as já adquiridas. Tudo isso nos divertindo a valer, como sempre. Acreditamos que o “jogo”, dentro de qualquer uma de suas classificações, quer seja “de exercício”, “simbólico”, “de construção” ou “de regras”, continua sendo fonte inesgotável de aprendiza- gem e prazer. MÚSICA Começamos o semestre em clima de Olimpíadas. Aproveitamos este contexto para fazer uma apreciação do Hino Na- cional. As crianças ouviram oito versões diferentes do hino, cada uma delas a- presentando um arranjo diferente. Pu- demos observar como uma mesma mú- sica pode inspirar variados ritmos e for- mações instrumentais e como o trata- mento que cada arranjo recebeu remete a diferentes emoções e climas. Projeto: Rita de Cássia Oliveira Matemática: Flávia Renata Coelho Inglês: Gabriela A. Irigoyen Expressão Corporal: Ana Cecília Guimarães Educação Física: Renato Lent Música: Manoela Marinho Rego Teatro: Rodrigo Maia Artes: Sabrina Romeio Tribo: Mariana Fiori Orientação: Andréa de Rezende Travassos Coordenação e Direção : Maria Teresa Moura e Maria Cecília Moura Relatório do Segundo Semestre de 2004 Ensino Fundamental Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434 Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected] TRIBO A Tribo se configura como lugar privi- legiado para trabalhar com as crianças o sentimento de pertencimento ao gru- po. Sentimento esse esvaziado de sen- tido numa sociedade que prima pelo in- dividualismo, pela esperteza de uns so- bre outros, que gera formas silenciosas de violência. Nesse sentido, é um espa- ço onde as crianças podem reconhecer suas possibilidades, suas responsabili- dades no coletivo, compreendendo as conseqüências que tem a ação individu- tos para um cotidiano escolar cada vez mais saudável, colaborando no aprendi- zado da escuta do outro e das situações de conflito que as crianças vivenciam. Intervimos no sentido de ajudá-los a compreender o que seja o problema ins- taurado e a levantar soluções possíveis, reconhecendo na diferença o fator cha- ve para a transformação das relações. Procuramos vincular as vivências es- pecíficas da Tribo às demais instâncias da comunidade escolar e às questões do mundo atual. O trabalho em parceria al na construção de um projeto que os aproxime ao máximo da solidariedade e do compromisso com o grupo. Dessa forma, se apropriam da percepção de suas formas de inserção e, portanto, de suas contribuições com a comunidade escolar, atribuindo significado às suas vivências, dimensionando o valor da tr o- ca com o outro e criando, através do diálogo, a autonomia individual e do grupo. Um espaço a serviço da trans- missão dos valores e regras da escola, que busca a construção de instrumen- Segunda Série Manhã Ana Clara Naves Lontra / André Lucena de Castro / Anna Julia Hilling Mendes / Antonio Augusto Martins Teixeira / Antonio Saisse Tupinambá Graça/ Clara Faria Mello de Menezes / Daniel Figueiredo Velho / Gabriela Couto Rosa Bezerra de Mello / Helena de Medina Porto Ribeiro / João Cavedagne Lobato / João Vassimon Rios / João Vitor da Silva / Juliana Machado de Oliveira Caldas / Lia Fonseca Lattman-weltman / Luisa de Lima Resende Lessa / Luiza P. de Cerqueira Costa / Michelle Katz / Nina Cotrim Coutinho / Olavo Passos de Souza / Rafael da Rosa Martins / Rafael Pimenta da Silva / Raphael K. Kale Torres / Tiago Lubiana Alves / Victoria B. de Lima Nunes / Vitor Novello Moreira / Yuri Swmerd Monteiro

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Depois desse mergulho no Hino Na-cional, foi a vez de iniciarmos uma “olimpíada musical”. As turmas foram divididas em equipes, cada equipe es-colheu seu nome e começamos, através de jogos e brincadeiras, uma animada jornada. Os conteúdos aprofundados foram: apresentação das figuras rítmi-cas e suas pausas, leitura e escrita rít-mica e melódica, ditado rítmico e prática de conjunto. A última prova da olimpía-da foi um “show de talentos”. Cada e-quipe escolheu uma música para apre-sentar e cuidou da distribuição de tare-fas e do arranjo. Depois de apresenta-dos os “shows”, os pontos foram soma-dos e tivemos uma alegre premiação.

As Olimpíadas foram, sem dúvida, o ponto máximo do semestre, um evento muito enriquecedor e gratificante tanto para nós, que a idealizamos, como para as crianças que participaram efetiva-mente e tiveram seus valores a todo o momento sendo testados, remexidos e até modificados.

No decorrer do semestre seguimos com nossos jogos e atividades pré-desportivas, aprendendo novas regras, modificando outras, discutindo condu-tas, descobrindo novas habilidades e aprimorando as já adquiridas. Tudo isso nos divertindo a valer, como sempre. Acreditamos que o “jogo”, dentro de qualquer uma de suas classificações,

quer seja “de exercício”, “simbólico”, “de construção” ou “de regras”, continua sendo fonte inesgotável de aprendiza-gem e prazer. MÚSICA

Começamos o semestre em clima de Olimpíadas. Aproveitamos este contexto para fazer uma apreciação do Hino Na-cional. As crianças ouviram oito versões diferentes do hino, cada uma delas a-presentando um arranjo diferente. Pu-demos observar como uma mesma mú-sica pode inspirar variados ritmos e for-mações instrumentais e como o trata-mento que cada arranjo recebeu remete a diferentes emoções e climas.

Projeto: Rita de Cássia Oliveira Matemática: Flávia Renata Coelho Inglês: Gabriela A. Irigoyen Expressão Corporal: Ana Cecília Guimarães Educação Física: Renato Lent Música: Manoela Marinho Rego Teatro: Rodrigo Maia Artes: Sabrina Romeio Tribo: Mariana Fiori

Orientação: Andréa de Rezende Travassos Coordenação e Direção : Maria Teresa Moura e Maria Cecília Moura

Relatório do Segundo Semestre de 2004 Ensino Fundamental

Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434

Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected]

TRIBO A Tribo se configura como lugar privi-

legiado para trabalhar com as crianças o sentimento de pertencimento ao gru-po. Sentimento esse esvaziado de sen-tido numa sociedade que prima pelo in-dividualismo, pela esperteza de uns so-bre outros, que gera formas silenciosas de violência. Nesse sentido, é um espa-ço onde as crianças podem reconhecer suas possibilidades, suas responsabili-dades no coletivo, compreendendo as conseqüências que tem a ação individu-

tos para um cotidiano escolar cada vez mais saudável, colaborando no aprendi-zado da escuta do outro e das situações de conflito que as crianças vivenciam. Intervimos no sentido de ajudá-los a compreender o que seja o problema ins-taurado e a levantar soluções possíveis, reconhecendo na diferença o fator cha-ve para a transformação das relações.

Procuramos vincular as vivências es-pecíficas da Tribo às demais instâncias da comunidade escolar e às questões do mundo atual. O trabalho em parceria

al na construção de um projeto que os aproxime ao máximo da solidariedade e do compromisso com o grupo. Dessa forma, se apropriam da percepção de suas formas de inserção e, portanto, de suas contribuições com a comunidade escolar, atribuindo significado às suas vivências, dimensionando o valor da tro-ca com o outro e criando, através do diálogo, a autonomia individual e do grupo. Um espaço a serviço da trans-missão dos valores e regras da escola, que busca a construção de instrumen-

Segunda Série Manhã Ana Clara Naves Lontra / André Lucena de Castro / Anna Julia Hilling Mendes / Antonio Augusto Martins Teixeira / Antonio Saisse Tupinambá Graça/

Clara Faria Mello de Menezes / Daniel Figueiredo Velho / Gabriela Couto Rosa Bezerra de Mello / Helena de Medina Porto Ribeiro / João Cavedagne Lobato / João Vassimon Rios / João Vitor da Silva / Juliana Machado de Oliveira Caldas / Lia Fonseca Lattman-weltman /

Luisa de Lima Resende Lessa / Luiza P. de Cerqueira Costa / Michelle Katz / Nina Cotrim Coutinho / Olavo Passos de Souza / Rafael da Rosa Martins / Rafael Pimenta da Silva / Raphael K. Kale Torres / Tiago Lubiana Alves / Victoria B. de Lima Nunes / Vitor Novello Moreira / Yuri Swmerd Monteiro

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com a Educação Física foi rico nas dis-cussões acerca das Olimpíadas, ressal-tando sempre a importância de uma conduta solidária, do jogar com o outro e não contra o outro, desconstruindo a visão do que representa ser vencedor, ressaltando a amizade e a diversão co-mo o principal nesse momento propor-cionado pela escola.

Trabalhamos no sentido de estreitar as relações com o Projeto Institucional e com os projetos de cada turma, colabo-rando com uma parcela no entendimen-to de seus desdobramentos e procuran-do, junto com as crianças, relações que possam acrescentar o repertório de sig-nificações que elas atribuam ao projeto que desenvolvem.

Acreditamos que esse trabalho tenha

nações, tantas culturas, tantos hábitos diferentes despertaram ainda mais o de-sejo das crianças em conhecer os “limites” do mundo. Decidimos, então, viajar pelos vários continentes...

No semestre anterior havíamos inter-rompido nossos estudos sobre a cultura indígena, comentando sobre o pajé, a sua importância e a sua função para o seu povo. Descobrimos que ele é aque-le que dentre tantas obrigações, tem o poder de medicar e curar. Em vídeos, passeios e leituras entramos em contato com algumas narrativas de integrantes de diferentes comunidades indígenas. Eles comentavam sobre a importância da floresta para a vida de seu povo e ainda a mostravam como fonte de uma série de recursos que podem agir em

dado suporte ao prazer de conhecer e de viver nesse mundo, mesmo com to-das as dificuldades que ele traz. PROJETO

Nossos meninos e meninas retornaram das breves férias com a mesma disponi-bilidade do início do ano. Estavam pron-tos para continuar a escrever a nossa his-tória iniciada já há um tempo, trazendo com eles alguns desejos e curiosidades. Era chegada a hora de recomeçar.

As Olimpíadas estavam aí ocupando todos os espaços da mídia e todas as falas. Aproveitamos a oportunidade para aquecer nossas prosas com temas como vitória e derrota, sucesso e fracasso, em-penho, coragem e determinação. Notí-cias de jornais e revistas circularam pela sala e preencheram os murais. Tantas

alegria em nossa festa de encerramento. EDUCAÇÃO FÍSICA

O semestre teve início, como é de pra-xe, cheio de expectativas por conta das crianças que ficam muito ansiosas aguar-dando nosso torneio anual. Imbuídos do espírito olímpico que tomou conta de to-dos neste ano e totalmente engajados no nosso projeto institucional “Catando So-nhos no Tempo”, conseguimos, enfim, realizar um desejo antigo: fazer uma grande Olimpíada na Sá Pereira.

Foram três dias de muita diversão, muita garra e muito empenho das crian-ças e de toda a equipe da escola, pois foi preciso muita cooperação mútua pa-ra que tudo saísse a contento.

As equipes foram formadas por crian-ças de todas as turmas, o que fez desta olimpíada um momento ímpar de integra-ção, de socialização, de aprendizado e de grande confraternização, tendo “o respei-to ao outro” como ponto fundamental.

Além de uma belíssima abertura, com direito a performance criada nas aulas de expressão corporal, Hino Nacional e hino da olimpíada trabalhados nas aulas de Música e juramento do atleta com versão em inglês estudados nas aulas de Inglês e Teatro; tivemos várias modalidades de jogos e esportes, como: pique-bandeira, queimado, futebol, ping-pong, cabo-de-guerra, corrida do saco, estafetas (competições por equipes), pular corda, ginástica artística e salto em distância, onde os pequenos atletas colocaram to-das as suas habilidades à prova.

Também participaram de uma ginca-na cultural muito bacana abordando “condutas solidárias” (que foi tema das aulas da Tribo), “conhecimentos gerais sobre esportes e Olimpíadas” e um be-líssimo concurso de “grito de guerra”, no qual as crianças esbanjaram criativida-de tocando, dançando e cantando com muita disposição e alegria.

das foi embarcar na mitologia Grega, en-carando o desafio de contar uma história através da integração das linguagens: Te-atro, Expressão Corporal e Música.

Nossos ensaios estão repletos de jo-gos que estimulam e favorecem a união de tais elementos, e com isso adquiri-mos a possibilidade cada vez maior de exercitar a integração dessas três lin-guagens em uma mesma aula. Criamos um ambiente favorável para que cada aluno pudesse experimentar os vários personagens e assim, mostrar sua visão sobre cada um deles.

Em seguida mergulhamos de corpo e alma na peça de final de ano através dos mitos de criação e das histórias dos povos e países trabalhados durante o ano, presentes na música composta pa-ra o carnaval “Gregos, Árabes, Andinos, Africanos, Egípcios, Chineses”. Com a peça pronta demos início aos ensaios vivenciando a maioria dos personagens, até decidirmos qual seria o time oficial

para o dia da apresentação. E com essa mesma alegria e entusi-

asmo, pretendemos apresentar um es-petáculo que celebre numa grande festa o final de mais um ano letivo. EXPRESSÃO CORPORAL

No início do semestre, as aulas de Expressão Corporal foram dedicadas a envolver as crianças no universo das Olimpíadas. Conversamos sobre as mo-dalidades de ginástica conhecidas e a-bordamos, em especial, os movimentos e aparelhos utilizados na ginástica rítmi-ca. Houve uma apresentação das possi-bilidades de utilização destes aparelhos em uma aula que, gentilmente, a Carla, professora de Educação Física, veio nos dar. Os movimentos de circundu-ções e dos balancês, que podem ser realizados com o corpo e com os apare-lhos em direções variadas pelo espaço, foram apresentados. A partir daí foram também vivenciados nas aulas de Ex-pressão Corporal. Fitas, arcos, massas e cordas foram explorados e ainda a-proveitados para enriquecer o grito de guerra das equipes.

Também escolhemos uma versão do Hino Nacional trazida pela Manoela, professora de Música, interpretada pelo grupo Olodum, para coreografarmos a abertura das Olimpíadas.

Em um segundo momento, aprecia-mos um vídeo do grupo Corpo e realiza-mos atividades explorando a orientação espacial, envolvendo as crianças em dinâmicas de cruzamentos diagonais e invertendo movimentos nos diferentes planos (baixo, médio e alto).

No final do semestre, coreografamos a entrada do coro grego e os gestos que enriqueceram a trama cantada para a representação do mito “Orfeu e Eurídi-ce”, além do samba da Sá Pereira "Catando Sonhos No Tempo", que foi dançado para finalizar com entusiasmo e

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ram convidadas a completar a estampa de um retalho de tecido colado no pa-pel. Foi uma atividade bastante desafi-ante, pois tiveram que fugir das formas figurativas habituais. Procurando o ma-terial que mais se aproximasse da es-tampa, experimentaram várias técnicas para resolverem o problema proposto.

O envolvimento da turma com as er-vas e as plantas medicinais nos fez pensar em Margareth Mee, artista que se consagrou por seu interesse botâni-co, trazendo para seus desenhos e a-quarelas a dimensão científica além da estética. Apreciamos alguns de seus trabalhos para fazermos um desenho de observação de uma orquídea. Para isso utilizamos a aquarela.

Por fim, as crianças, envolvidas com a peça de final de ano, apreciaram ima-gens de alguns mitos de criação e fica-ram entretidas na reprodução desse u-niverso. Com a utilização de diferentes materiais exploraram, como artistas, su-as possibilidades e limites. O resultado pôde ser apreciado no vídeo da peça “Catando Sonhos no Tempo”, quando outros significados puderam ser atribuí-dos, dando novos sentidos às produ-ções desse final de ano. TEATRO

Começamos o semestre de olho nas Olimpíadas. Alguns jogos que aprende-mos no 1° semestre foram adaptados e outros foram criados especificamente para trabalharmos a realidade das Olim-píadas. Os jogos visam estimular atitu-de, solidariedade, respeito, entre outros aspectos. São eles: Corrida em câmera lenta com obstáculos, Congela e Más-cara com temas de esporte, Jogo do Passo, criação de esquetes baseados em notícia de jornais, situações de bas-tidores e familiares, tudo em torno dos “Jogos Olímpicos”.

Com a P2, o trabalho após as Olimpía-

tórias que fazem parte do folclore dos países que falam inglês. Cada um esco-lheu um desses seis contos para recon-tá-lo e escolher dez palavras que gosta-ria de aprender em inglês. As crianças, a partir dessa atividade, se familiariza-ram com o uso de dicionários bilingües e vivenciaram a grafia e pronúncia cor-retas dessas palavras. Com essas pala-vras as crianças também criaram um dicionário ilustrado da turma no qual ca-da criança colaborou com dez palavras diferentes. ARTES

Envolvidos com as Olimpíadas, co-meçamos o semestre com muito entusi-asmo, pesquisando sobre as mascotes, procurando responder: O que é uma mascote? Como é a mascote das Olim-píadas de Atenas 2004? O que ela re-

presenta? As crianças entenderam que a mascote não podia ser uma criação qualquer; precisariam, então, criar um desenho que simbolizasse a união das turmas, o espírito olímpico...

Empenharam-se na criação dessa figura que foi eleita por toda a escola para representar as Olimpíadas da Sá Pereira.

Em seguida, apreciamos o quadro “O jogo”, de Henri Rousseau. O jogo que ele representa foi associado, pelas cri-anças, a duas modalidades esportivas simultaneamente. Observamos também a utilização intensa da cor presente na obra. A partir daí cada criança criou um jogo que associasse duas modalidades fazendo uso do lápis de cor e pastel pa-ra representá-las.

Em outro momento, as crianças fo-

bre as plantas e suas estruturas veio através da pesquisa de diferentes ima-gens de vegetais e depois através da colagem das gravuras, em pequenas caixas de sapato. Iniciávamos assim, a confecção de um singelo fichário con-tendo informações sobre algumas ervas medicinais. Em pequenos grupos e com toda autonomia, através de várias fon-tes, fizeram uma minuciosa pesquisa e realizaram os fichamentos, cuidando de ler os textos e de destacar e identificar os aspectos mais importantes de cada um deles. O resultado ficou lindo e de bastante utilidade.

Noções de jardinagem e culinária também fizeram parte deste nosso gos-toso estudo. Todos puderam colocar a mão na terra. Várias ervas foram planta-das e até hoje nossos jardineiros cui-dam dos canteiros que, por sinal, estão

benefício do homem, dentre eles, as ervas medicinais.

Unimos então o desejo de viajar para além dos limites do Brasil, com o estudo sobre a importância das plantas, na his-tória da humanidade. Dois assuntos re-pletos de magia, encanto e muitos con-tos. Escolhemos o livro “Lá vem histó-ria” para rechear nossa viagem.

“Lá vem Sá Pereira Espalhando histórias ao vento...”

Iniciamos pela Ásia, já que os primei-ros registros encontrados sobre o uso das ervas pertencem à China. Neste enorme continente também comenta-mos um pouco sobre a Índia, mãe de um povo que reúne uma série de co-nhecimentos a este respeito. Depois aportamos na África, especialmente no Egito. Em seguida, na Europa, onde vi-mos a Grécia. Para completar, uma rá-

pida navegação pela América, Antártida e pela Oceania. A Geografia e a História estiveram presentes durante todo o tempo em nossas aulas, chegando mesmo a surpreender nossos curiosos viajantes. Planisférios, globos e muitos mapas foram decifrados. E todos fica-ram mais sabidos e felizes com tantos conhecimentos.

Durante toda essa trajetória muitas histórias pertencentes ao folclore mun-dial foram contadas, recontadas e inter-pretadas. Nossos ávidos meninos e me-ninas exercitaram a leitura e puderam, aos poucos, ir descobrindo a riqueza das entrelinhas, presentes nos tantos textos lidos.

Era hora de iniciarmos o livro “Francisco, o jardineiro”. A sensibiliza-ção para um estudo mais específico so-

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anças foram aprimorando recursos para recontar as mais diversas histórias que, com autonomia e muito desejo, escolhe-ram nas estantes. Em sala, tiveram vá-rias oportunidades de escrita. Aos pou-cos, foram reconhecendo diferentes ti-pos de texto e sendo capazes de in-ventar tantos outros de modo criativo e autêntico. A ortografia e a pontuação tornaram-se preocupações constantes. Estão concluindo um importante ciclo, motivadas, cada vez mais, por este ma-ravilhoso e instigante universo da leitura e da escrita.

O ano já estava quase chegando ao fim e resolvemos retornar à Grécia, local onde tínhamos parado, enquanto estu-dávamos a história das ervas. Atenden-do a um desejo das crianças de conhe-cer um pouquinho sobre a mitologia gre-ga, fechamos o ano conhecendo o Olim-po, lendo e pensando sobre tantos deu-ses e sobre lindas e inusitadas histórias de amor.

Orfeu amava Eurídice e, no palco do teatro Baden Powell, com ela se casou...

O ano termina e mais uma vez é che-gada a hora da despedida. Ficamos jun-tos um bom tempo, o que nos tornou mais próximos e amigos. Compartilha-mos conquistas, aprendizados, alegrias e tristezas. Muitas festas, passeios e novidades. Foi muito bom fazer parte da história desse grupo querido que vai deixar saudade em nossos corações.

“A amizade nasce com a luz e se afir-ma com o trato.”

Moliere

MATEMÁTICA O início do semestre foi marcado pela

expectativa de irmos ao supermercado fazer compras de verdade. Nosso obje-tivo era estimular o cálculo mental, fa-zendo uso de estimativas e arredonda-mentos, envolvendo o nosso sistema monetário. As crianças fizeram uma pe-quena lista de compras, estimaram os

bastante viçosos! Na cozinha, preparamos uma gosto-

sa salada de frutas, após um cuidadoso estudo sobre os frutos e suas variadas sementes. Sucesso, todos amaram!

Para coroar tantas descobertas fomos numa bonita manhã à Escola Nacional de Horticultura. Lá, as crianças visitaram a horta, reconheceram alguns legumes e verduras e ainda conheceram um jar-dim muito especial só de plantas medici-nais. E, com a colaboração do Paulo, um guia muito sabido, aprenderam mais um tanto de coisas. Daí em diante, as Ciências Naturais impregnaram a at-mosfera não só de nossa sala, como também de toda a escola.

A Feira Moderna se aproximava! Quanta novidade! Algumas ervas foram desenhadas e reconhecidas em sua es-trutura e em suas propriedades. Fize-mos um breve estudo sobre o corpo hu-mano, seus aparelhos e órgãos vitais. Em grupos, as crianças construíram, em recorte e colagem, um boneco contendo interessantes representações destes

órgãos. Depois tiveram a divertida tare-fa de pesquisar o uso medicinal de algu-mas ervas e localizar no corpo os siste-mas por elas beneficiados.

Conceitos sobre raiz, caule, folhas, frutos e flores circularam pela sala, as-sim como conhecimentos sobre a repro-dução dos vegetais e sobre o processo da fotossíntese.

No dia do grande e esperado evento todos com muita competência oferece-ram ao grande público seus tantos a-prendizados e ainda distribuíram delicio-sas massagens e saborosos chás.

Com certeza, crianças e adultos, saí-ram felizes e relaxados após esta expe-riência cheia de tanto significado!

“Flores passeiam / no azul do dia / fa-bricam coloridos silêncios, / como se fos-sem lenços / de seda e ar.

Flores pintam / norte e sul / em todos os timbres / e tons de azul.

Flores alimentam sonhos / dão de co-mer aos olhos / arrumam e desarrumam / formas e cores.”

Roseana Murray Na Biblioteca, demos continuidade

aos empréstimos e devagarzinho as cri-

gastos e chegaram à escola animados com a idéia de cumprir uma tarefa de gente grande. Chegamos ao supermer-cado divididos em pequenos grupos e combinamos que passaríamos por to-das as seções. E que era preciso aten-ção às marcas dos produtos e aos pre-ços, para não faltar dinheiro.

Cada criança, com sua cestinha na mão, olhava a lista e procurava os itens com a maior atenção para atender à so-licitação da família. Cada vez que es-queciam em quanto estavam os gastos, era preciso refazer os cálculos e lá ía-mos todos na máquina “leitora” de pre-ços. Foi preciso substituir marcas, dei-xar de comprar alguns itens que nos pareceram caros demais e outros que não estavam à venda. No momento de passar as compras no caixa, olho vivo no subtotal observando, passo a passo, os cálculos para saber se o dinheiro era suficiente.

No caminho de volta à escola, a sen-sação de tarefa cumprida e muitos co-mentários sobre a atividade “mais legal” das aulas de Matemática.

Retomamos o trabalho com as unida-des de medidas, tentando descobrir quanto media o Pereirão, utilizando dife-rentes tamanhos de barbante. Ao final, cada criança deveria escrever o resulta-do de sua medição. Assim o espaço do Pereirão ficou traduzido em “dez bar-bantes e mais um pedacinho”, “cinco barbantes e um palmo”, “oito barbantes e dois passos”. Trabalhamos também com as unidades de massa e capacida-de. A idéia era discutir com as crianças a necessidade de padronização das uni-dades de medida ao longo da história da humanidade.

Os jogos estiveram presentes com o objetivo de estimular o raciocínio lógico-matemático, propiciar a interação e o confronto entre diferentes modos de o-perar. Estiveram presentes desafios em

tema Olimpíadas. Pudemos nos familia-rizar com os nomes das modalidades olímpicas em inglês e em português, desenhando as favoritas, escrevendo suas legendas, brincando de mímica e bingo para praticar o vocabulário apren-dido e observando um livro de fotografi-as da equipe olímpica dos Estados Uni-dos de 1996 (Olimpíadas de Atlanta), fotografadas por Annie Leibovitz.

Demos continuidade ao semestre de-dicando-nos à localização no atlas dos países que têm o inglês como língua oficial ou uma das línguas oficiais. As crianças vivenciaram as noções de país e continente, além de localizá-los e situ-á-los e perceberam que o inglês faz par-te da vida cultural e econômica de paí-ses diversos espalhados pelos cinco continentes.

Finalizamos o semestre com as histó-rias dos países que falam inglês do livro “Lá vem história outra vez” também utili-zado nas aulas de Projeto. O livro reúne 30 histórias do mundo inteiro e nas au-las de Inglês nos detivemos em seis his-

um campo numérico mais amplo e o contato com as quatro operações. Por seu caráter lúdico, os jogos permitem que os alunos façam repetidas vezes diferentes cálculos de forma significati-va, permitindo a exploração e a solução de problemas em um clima alegre e descontraído.

O semestre foi marcado também por uma maior sistematização e organiza-ção no registro das estratégias de reso-lução. Estimulamos um uso mais siste-mático das técnicas operatórias da adi-ção e da subtração, inclusive daquelas que exigem reagrupamentos e trocas. As idéias e conceitos da multiplicação e divisão estão garantidos na resolução de problemas que exigem essas opera-ções, entretanto o uso do algoritmo for-mal fica para a terceira série.

Concluímos essa etapa com a certe-za de muitas aprendizagens. Foi uma alegria compartilhar mais um ano com uma turma tão especial! INGLÊS

Iniciamos o segundo semestre com o