Relatório - Volumetria de Precipitação

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Relatório VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO: Determinação de Cloreto em Água Potável; Determinação da Pureza do Sal de Cozinha. Disciplina: Química Analítica II. Professor: Rafael Ribeiro. Dhion Meyg da Silva Fernandes, Acadêmico do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE campus Quixadá, Quixeramobim, Março de 2014.

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Relatório

VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO:

Determinação de Cloreto

em Água Potável;

Determinação da Pureza do

Sal de Cozinha.

Disciplina: Química Analítica II.

Professor: Rafael Ribeiro.

Dhion Meyg da Silva Fernandes,

Acadêmico do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE campus Quixadá,

Quixeramobim, Março de 2014.

Page 2: Relatório - Volumetria de Precipitação

2

Sumário

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3

Volumetria de Precipitação ...................................................................................... 4

Método de Mohr .................................................................................................... 5

Reações entre Titulante e Analito ..................................................................... 5

Reações entre Titulante e Indicador .................................................................. 5

Método de Volhard ............................................................................................... 7

Método de Fajans .................................................................................................. 9

OBJETIVOS .................................................................................................................. 12

MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 12

Materiais e Reagentes .............................................................................................. 12

Procedimentos .......................................................................................................... 13

Preparação das Soluções .................................................................................... 13

Padronização da Solução de AgNO3 ................................................................ 13

Ensaio em Branco ................................................................................................ 14

Determinação do Teor de Cloreto em Água potável Utilizando o Método

de Mohr ................................................................................................................ 14

Determinação da Pureza do sal de Cozinha ................................................... 14

RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 15

CONCLUSÕES............................................................................................................. 19

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 19

Page 3: Relatório - Volumetria de Precipitação

3

VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO

1 INTRODUÇÃO

No âmbito químico, principalmente no que se refere à análise

quantitativa, é muito comum a necessidade de determinar a concentração de

determinadas soluções e/ou quantidade e percentual de determinadas espécies

químicas em uma dada solução. Para se determinar estas medidas quantitativas

utiliza-se, frequentemente, métodos analíticos dos quais destacam-se a

volumetria.

A palavra volumetria é formada da junção de dois termos, volu, oriunda

do termo volume, e metria, derivada do antigo grego que significa medida.

Assim tem-se o significado expresso na própria formação sintáxica da palavra,

medida de volume, este dado fornecerá informações para a determinação da

concentração desconhecida.

Em uma volumetria utiliza-se uma solução padrão, de concentração

conhecida, e cuidadosamente preparada para abster-se de erros maiores na

análise. Esta solução será utilizada para titular (por isto é denominada titulante)

um volume conhecido da solução de concentração desconhecida (solução

titulada ou analito).

Neste procedimento também é utilizada uma substância que

caracterizará o término do processo de titulação, esta substância é o indicador, o

qual varia sua coloração em função do pH reacional, em geral estas substâncias

são ácidas ou básicas e o pH do meio irá interferir na sua estrutura química,

desta forma o indicador pode liberar o íon H+ se for um ácido ou OH- se for

uma base e esta alteração em sua molécula lhe confere um diferença na vibração

ondulatória que nosso cérebro caracteriza como cor, assim percebemos o

término da titulação.

Existem diversos tipos de volumetria, a título de exemplo tem-se:

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4

Volumetria ácido-base utilizada na determinação da concentração de

ácidos ou bases; volumetria de oxido-redução empregada em soluções passíveis

de reações redoxes; volumetria de complexação onde geralmente são

empregados os dados de formações dos complexos formados ou modificados

em reação; volumetria de precipitação onde a formação de diferentes

precipitados e alterações de coloração e/ou turbidez. Uma vez que a prática

referente à este relatório envolve apenas a volumetria de precipitação abordar-

se-á apenas este procedimento analítico com mais aprofundamento.

1.1 Volumetria de Precipitação

Esse método está entre os procedimento de análise quantitativa mais

antigos, consiste na formação de um composto pouco solúvel, assim este

precipitará. É necessário que a reação ocorra em um período de tempo bastante

rápido e que o precipitado seja consideravelmente insolúvel, desta forma há

uma menor probabilidade para erros.

Porém este método não é tão abrangente uma vez que muitos tipos de

precipitados apresentam uma solubilidade baixa causando erros mensuráveis e

comprometedores; outro fato é a velocidade das reações, muitas delas ocorrem

vagarosamente e o volume do titulante pode ser demasiado a mais que o

necessário para a equidade de número de mols, causando sério erro, além disto

em casos de soluções de concentração desconhecida que sejam bastante diluídas

em termos do analito, terá um maior erro devido ao fato de as colisões para

ocorred a transformação de reagentes a produtos ser menor, assim haverá um

maior volume da solução titulante adicionada à solução titulada do que seria

necessário.

É um método utilizado para quantificar, principalmente, teores de

haletos: cloretos, brometos, fluoretos; tiocinato e cianeto dentre outros.

A volumetria de precipitação também é chama da argentimetria pelo

fato de seus três principais métodos utilizarem o AgNO3 como solução padrão

Page 5: Relatório - Volumetria de Precipitação

5

para titulação. Esses métodos são o Método de Mohr, Método de Volhard e

Método de Fajans, os nomes são em homenagem aos seus criadores.

1.1.1 Método de Morh

Este método de volumetria de precipitação foi desenvolvido pelo

químico alemão Karl Friedrich Mohr (1806 - 1879) para a determinação de

haletos (Cl-, Br- e I-), tendo como titulante a solução de nitrato de prata, AgNO3,

e como indicador solução de cromato de potássio, K2CrO4.

As reações que ocorrem nesta titulação são as seguintes.

1.1.1.1 Reações Entre o Titulante e o Analito (mostrando em

diversos analitos halogênicos)

1.1.1.2 Reação Entre o Titulante e o Indicador

Durante a titulação os íons Ag+ do titulante reagem com os íons Cl- da

solução a ser titulada e formam o cloreoto de prata, AgCl, que possui menor

solubilidade que o cromato de prata, Ag2CrO4, assim o AgCl precipita primeiro.

Ag+(aq) + Cl-(aq) AgCl(s)

Oriundo do

titulante

Analito Precipitado

Branco

Ag+(aq) + Br-

(aq) AgBr(s)

Oriundo do

titulante

Analito Precipitado

Amarelado claro

Ag+(aq) + I-

(aq) AgI(s)

Oriundo do

titulante

Analito Precipitado

Amarelo

2 Ag+(aq) + CrO4

2-(aq) Ag2CrO4(s)

Oriundo do

titulante

Indicador Precipitado

Vermelho-tijolo

Reação 1

Reação 2

Reação 3

Reação 4

Page 6: Relatório - Volumetria de Precipitação

6

Ao término da titulação, no ponto de viragem, o número de equivalência é

verídico, desta forma, o cloreto reagiu o cátion de prata, no instante após o

número de equivalência, qualquer outro excesso de Ag+ reage com o íon CrO42-

formando o Ag2CrO4 este precipita, fato que mostra o término da titulação. Ver

reações 1 e 4.

Frequentemente utiliza-se a solução K2CrO4 como indicador a uma

molaridade muito baixa (0,01 mol.L-1 ou 0,005 mol.L-1) para minimizar os erros

que são dados pela quantidade volumétrica adicional de solução titulante

necessária para causar a precipitação logo após o número de equivalência.

Em casos de análises muito precisas, em amostras com suspeitas de

concentração muito baixa do analito, costuma-se utilizar o método do ensaio em

branco para minimizar os erros que nestas condições tornam-se mensuráveis

impossibilitando uma desconsideração plausível. O ensaio em branco objetiva

calcular a quantidade de nitrato de prata, AgNO3, necessário para precipitar o

indicador (ver reação 5), geralmente utiliza-se o carbonato de cálcio, CaCO3,

livre de cloreto, para auxiliar na identificação de cores nos recipientes.

Um fato que atribui ao Método de Mohr uma desvantagem, em certo

casos, é a dependência do pH racional entre 6,5 e 10,5. Em condições de pH

abaixo de 6,5 a [H+] é suficiente para colidir com íons cromato CrO42- e produzir

um composto bastante solúvel que impede a turbidez característica deste

método, este composto é o íon hidrogenocromato, HCrO4-, este produz a

dicromato, Cr2O72-, e H2O (ver reação 6). Em casos com pH reacional maior que

10,5, os cátions argentos irão reagir com a espécie OH- formando o hidróxido de

prata, o qual decompõe-se em óxido de prata, Ag2O, e água (ver reação 7).

2 AgNO3 (aq) + K2CrO4 Ag2CrO4 + 2 KNO3 Reação 5

2 CrO4- + 2 H+ 2 HCrO4

- 2 Cr2O72- + H2O Reação 6

Page 7: Relatório - Volumetria de Precipitação

7

Demais restrições a este método são cátions de metais de transição que

tendem a ser insolúveis além de, em muitos casos como trihidróxido de ferro

Fe(OH)3, apresentarem coloração que atrapalham na visualização do ponto de

viragem.

Uma aplicação bastante comum do Método de Mohr é a quantificação

de Cl- na água, esta pratica está relatada a seguir.

1.1.2 Método de Volhard

Neste método argentimétrico de volumetria de precipitação o íon Ag+

estará presente na solução titulada. A solução a ser titulada é preparada, em

meio ácido, com a adição de um volume conhecido de solução padrão de

AgNO3 e aproximadamente 1 mL de Fe (III) que será o indicador a um volume

conhecido de uma amostra que se objetiva quantificar a presença do analito.

A solução titulante é uma solução padrão de tiocianato de potássio,

KSCN, que deve ser adicionada à bureta e anotado o volume.

A titulação pode ser direta ou indireta, no primeiro quantificar-se-á íons

de Ag+. Em titulação indireta poderá ser quantificada a presença de haletos, este

segundo caso é o mais comum.

Na titulação indireta, a solução (ácido + AgNO3 + Fe (III) + analito) será

titulada com uma solução padrão de KSCN. O volume de KSCN gasto para a viragem

é exatamente o volume requerido para consumir todo o excesso de Ag+ que restou a da

reação entre AgNO3 e o analito (ver reações 8 e 9), no ponto de viragem o excesso de

SCN- reage com o Fe (III) produzindo um complexo monocoordenado com coloração

vermelho-saguíneo, este é o tiocianoferro (III), [FeSCN]2+ , assim percebe-se o término

da reação (ver reação 10).

Assim deve-se subtrair o volume da solução de KSCN gasto para chegar ao

ponto de viragem do volume de AgNO3 adicionado à solução titulada, para descobrir o

2 CrO4- + 2 OH- 2 AgOH Ag2O + H2O Reação 7

Page 8: Relatório - Volumetria de Precipitação

8

volume de AgNO3 que reagiu de com o anlito, assim poderá encontrar, o número de

mols deste e encontrar sua concentração.

Este método possui várias vantagens, dentre estas estão o fato de o

meio ácido impedir restrições como a presença de fosfatos, arseniatos,

carbonatos e oxalatos, pois formam sais de prata solúveis em meio ácido, assim

não causaram erros. A presença de metais de transição na amostra também não

interferirá, somente se houver a formação de complexo de coloração semelhante

ao complexo cianoferro (III), pois poderá interferir na visualização.

Um problema que pode ocorrer neste procedimento é a adição de um

volume maior de SCN- do que o necessário, em determinação de Cl-, isto é

devido ao fato de o AgCl ser mais solúvel que o AgSCN, mas este problema

pode ser facilmente resolvido com adição de nitrobenzeno pois irá agir como

uma proteção para o AgCl, assim este problema pode ser evitado. Em casos de

determinção de Br- e I-, isto não ocorre. Porém no caso de determinação de I- o

indicador deve ser adicionado à solução titulada apenas depois da precipitação

do AgI, isto impede a redução do íon Fe3+ a Fe2+ o que formaria iodo elementar

(ver reação 11).

Prata em

excesso

Analito

halogênico

Reação 8

Ag+(aq) + SCN-

(aq) AgSCN (s)

Excesso de

prata

Titulante Precipitado

levemente amarelado

Reação 9

Fe3+(aq) + SCN-

(aq) [FeSCN]2+

Indicador Excesso do

titulante

Complexo

vermelho-sanguíneo

Reação 10

Ag+(aq) + Br-

(aq) AgBr(s)

Precipitado

Amarelado claro

2 Fe3+ (aq) + 2 I-(aq) 2 F2+

(aq) + I2(aq) Reação 11

Page 9: Relatório - Volumetria de Precipitação

9

1.1.3 Método de Fajans

Este método utiliza indicadores de adsorção para quantificar analitos,

como haletos, a ação destes indicadores foi explicado pelo químico e físico

polonês Kasimir Fajans (1887 - 1975), isto lhe acarreta a homenagem ao nome

do método.

Indicadores de adsorção são espécies química que caracterizam o

término da titulação por meio da mudança de coloração pelo fato de terem

agregado-se à uma dada substância, neste método em agregados que forma-se

por interações eletrostáticas, como será abordado.

Este método utiliza interações eletrostáticas entre íons em solução, os

quais são analito, titulante, indicador, íons de impurezas.

A solução titulante é o AgNO3, o analito é geralmente um íon haleto,

deve-se considerar o fato de o indicador utilizado neste método, fluoresceína,

HFI, um ácido orgânico considerado fraco (ver imagem 1), intensifica

sensibilidade dos haletos de prata à luz, isto implica em uma necessidade de o

experimento ser realizado mais rapidamente e sob luz difusa, o que minimiza o

período útil do haleto de prata que poderiam mais facilmente decompor-se.

Na reação da titulação ocorre a formação de duas camadas envolbedo o

composto a ser formado pela adição do titulante, AgNO3, à solução a ser

titulada (ver reação 12 e imagem 2 – considerando como analito o íon cloreto,

Cl-).

HO O O

OH

O

Imagem 1 – fluoresceína, HFI.

Page 10: Relatório - Volumetria de Precipitação

10

Antes do ponto equivalência ainda resta íons cloreto em excesso, essas

espécies adsorver-se-ão nas partículas coloidais de AgCl formado pela adição

pela adição de titulante ao analito, desta forma haverá a formação de uma

agregado carregado negativamente, esta camada de adsorção de cloreto é

chamada de camada primária, esta, por atração eletrostática atrai íon

positivamente carregados, estes aderem-se ao agregado de maneira mais fraca

formando a camada secundária (ver imagem 2).

Logo após o ponto de equivalência todo o Cl- foi consumido para

formação AgCl e o excesso de íons passa a ser de Ag+, tem-se então outro tipo

agregado, este possui uma camada primária carregada positivamente pelos íons

Ag+, desta forma, considerando que o indicador é uma ácido fraco e liberará seu

H+ tornando-se uma base conjugada (que é carregada negativamente) haverá a

adsorção da base conjugada (indicado), FI-, à camada primária do agregado

Ag+(aq) + Cl-(aq) AgCl(s) Reação 12

Cátion

titulante

Analito Precipitado

branco

AgCl

Colóide

Cl-

-

Cl-

-

Cl-

-

Cl-

-

Cl-

-

Cl-

-

Cl-

-

Camada primária

com íons cloreto

M+

M+

M+

M+

M+

M+

M+

M+ M+

Camada secundária

com íons positivos

Imagem 2 – agregado colóide-camada

primária- camada secundária.

Page 11: Relatório - Volumetria de Precipitação

11

coloidal. Este agregado com adsorção de FI- possui uma coloração rosa

característica que sinaliza o término da reação, logo, tem-se a atuação do

indicador na viragem onde ocorre o ponto de equivalência entre titulante e

analito (ver imagem 3).

Neste método deve-se considera alguns aspectos importante para que

ocorra o mínimo de erro possível e até mesmo para que o método possa ser útil,

estes são discorridos a seguir.

O precipitado formado pela reação titulante-analito deve ser passível de

dispersão para que garanta-se a formação dos agregados coloidais, a

dextrina é um colóide que pode ser usado para ajudar neste aspecto;

A escolha do indicador deve ser feita atentado ao fato de algumas destas

espécies apresentarem a mudança de coloração antes do ponto de

equivalência causando erros sérios;

AgCl

Ag+

FI-

FI-

FI-

FI-

FI-

FI-

FI-

FI- FI-

Ag+

Ag+

Ag+

Ag+

Ag+

Colóide

Camada primária

com íons prata

Camada secundária

com íons positivos

Imagem 3 – agregado colóide-camada

primária- camada secundária (indicador) –

cor rosa.

Page 12: Relatório - Volumetria de Precipitação

12

O pH deve ser ajustado de acordo com o Ka do indicador, para garantir

sua ionização de modo eficaz, a fluorosceína possui Ka = 10-7, logo, o pH

deve ser ajustado a 7.

O indicador deve ter carga oposta ao titulante, desta forma acontecerá a

atração eletrostática permitindo a formação da camada secundária e

conseqüente a variação na coloração.

2 OBJETIVOS

2.1 Determinar o teor de cloreto na água potável utilizando o método de

Mohr;

2.2 Determinar a pureza do sal de cozinha.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais e Reagentes

MATERIAIS N

Balança analítica 01

Balança semi analítica 01

Balão volumétrico, 100 mL 02

Balão volumétrico, 50 mL 02

Bastão de vidro 01

Béquer, 250 mL 02

Béquer, 50 mL 05

Bureta, 100 mL 01

Erlenmeyer, 250 mL 07

Espátula 04

Funil de vidro 01

Garra 01

papel ---

Pipeta, 10 mL 03

Pipeta, 25 mL 01

Pipetador 02

Suporte universal 01

REAGENTES

Água deionizada

Água destilada

Nitrato de prata, AgNO3, P.A.

Cloreto de sódio, P. A.

Sal de cozinha

Tiocianato de potássio, KSCN,

P.A.

Solução de cromato de

potássio, K2CrO4, 5%

Carbonato de cálcio, CaCO3,

livre de cloreto, Cl-

Dicromato de potássio,

K2Cr2O7, 5%.

Page 13: Relatório - Volumetria de Precipitação

13

3.2 Procedimentos

3.2.1 Preparo de soluções

3.2.1.1 Solução de AgNO3, 0,1 mol.L-1

Com um auxílio de um béquer de 50 mL e uma espátula, pesou-se 1,7 g

de AgNO3 P. A. na balança analítica; em seguida dissolveu-se a quantidade

pesada com água deionizada; adicionou-se a dissolução em um balão

volumétrico de 100 mL e aferiu-se cuidadosamente.

3.2.1.2 Solução de NaCl, 0,1 mol.L-1

Em um béquer de 50 mL pesou-se 0,293 g de NaCl, P. A. na balança

analítica. Com auxílio de água deionizada dissolveu-se ainda no béquer,

posteriormente, adicionou-se a dissolução em um balão volumétrico de 50 mL e

aferiu-se até o menisco.

3.2.1.3 Solução de KSCN, 0,1 mol.L-1

Na balança semi analítica, pesou-se, com auxílio de um béquer de 50

mL exatamente 0,485 g de KSCN, P. A. dissolveu-se com água deionizada, com

auxílio der um bastão de vidro; logo em seguida, transferiu-se a dissolução para

um balão volumétrico de 50 mL e aferiu-se cuidadosamente até o menisco.

3.2.2 Padronização da solução de AgNO3

Com uma pipeta volumétrica de 10 mL, retirou-se uma alíquota com o

valor exato máximo desta vidraria da solução NaCl e adicionou-se a um

erlenmeyer de 250 mL, logo em seguida, adicionou-se 0,5 mL do indicador

K2CrO4.

Titulou-se a solução de NaCl com K2CrO4, supracitada, com auxílio de

uma bureta de 100 mL, observando-se atentamente à viragem, os resultados

foram anotados e analisados, estes estão expressos mais à frente.

Page 14: Relatório - Volumetria de Precipitação

14

Rotulou-se um frasco escuro para armazenamento da solução com

identificação de concentração padrão anotada.

Ensaio em Branco

Adicionou-se 10 mL de água deionizada a um erlenmeyer de 250 mL e

adicionou-se 0,5 mL de K2CrO4, 5 %; pesou-se, em um béquer de 50 mL na

balança analítica 0,2 g de CaCO3 e este fora adicionado ao erlenmeyer

supracitado. A solução foi titulada com AgNO3, os resultados foram anotados e

analisados, auxiliando nos cálculos da concentração da solução de AgNO3.

3.2.3 Determinação do teor de cloreto na água potável pelo

método de Mohr

Mediu-se exatamente 100 mL de água potável com auxílio de um

béquer de 250 mL e uma pipita volumétrica de 25 mL e adicionou-se esta

alíquota a um erlenmeyer de 250 mL; titulou-se com solução de AgNO3, 0,1

mol.L-1; Anotou-se os resultados e calculou-se o teor de cloreto na amostra, este

fora expresso em ppm (partes por milhão) e em g/100 mL.

3.2.4 Determinação da pureza do sal de cozinha

Em um béquer de 50 mL, com auxílio da balança semi analítica, pesou-

se exatamente 0,6 g de sal de cozinha; dissolveu-se em água deionizada e

transferiu-se para um balão volumétrico de 100 mL, onde fora cuidadosamente

aferido à marca do menisco.

Com o auxílio de uma pipeta volumétrica de 10 mL, transferiu-se uma

alíquota com este volume para um erlenmeyer onde fora adicionado 0,5 mL de

K2CrO4, 5%. Esta solução fora titulada com a solução de AgNO3 preparada, os

dados foram cuidadosamente analisados e calculados para se encontrar a

percentagem de NaCl na amostra de sal de cozinha pesado.

Page 15: Relatório - Volumetria de Precipitação

15

4 RESULTADOS E DUSCUSSÕES

Para a determinação da massa a ser pesada para a preparação das

soluções a ser utilizadas, utilizou-se a fórmula do número de mols (ver equação

1).

Para o preparo de 100 mL de solução de AgNO3, 0,1 mol.L-1, fez-se o

seguinte cálculo para encontrar a massa de 1,7 g de AgNO3.

Para o preparo de 50 mL de solução de NaCl, 0,1 mol.L-1, utilizou-se o

cálculo a seguir para encontrar a massa de 0,2925 g de NaCl.

Para o preparo de 50 mL de solução de KSCN, 0,1 mol.L-1, utilizou-se o

cálculo a seguir para encontrar a massa de 0,485 g de KSCN.

O procedimento 3.2.2, padronização da solução de AgNO3, 0,1 mol.L-1,

foi realizado em duplicata.

Na primeira titulação da duplicata, gastou-se 10,0 mL de AgNO3 para

causar a viragem da solução de NaCl. Na segunda titulação foram necessários

9,8 mL para chegar ao número de equivalência. O volume do ensaio em branco

fora de 0,1 mL.

Subtraiu-se o volume do ensaio em branco de cada um dos volumes

gastos de AgNO3 para titular o NaCl e calculou-se a concentração do AgNO3

em cada uma das duplicatas, ao término disto, fez-se a média aritmética das

Equação 1

Page 16: Relatório - Volumetria de Precipitação

16

molaridades encontradas, para estes cálculos utilizou-se a fórmula do npumero

de equivalência que está apresentado na equação 2.

Para a primeira titulação tem-se obteve-se a seguinte molaridade,

considerando o ensaio em branco que teve seu volume utilizado na equação 3.

V é o volume de AgNO3 que reage com o íon cloreto, somente; V1 é o

volume de AgNO3 que reage com o íon cloreto e íon cromato; V2 é o volume de

AgNO3 que reage com o íon cromato, somente.

Primeira Titulação

Para a primeira titulação tem-se obteve-se a seguinte molaridade,

considerando o ensaio em branco que teve seu volume também utilizado na

equação 3.

Primeira Titulação

Como fora dito, após os cálculos das molaridas com a subtração

adequada do volume do ensaio em branco, fez-se a média aritmética das

molaridades.

Equação 2

Equação 3

Page 17: Relatório - Volumetria de Precipitação

17

O procedimento 3.2.3, Determinação do teor de cloreto na água potável

pelo método de Mohr, também foi feito em duplicata.

Na titulação primeira foram gastos 14 mL da solução titulante de

AgNO3 padronizada (M=0,10222 mol.L-1). Utilizando a equação 2, calculou-se a

concentração de cloreto na amostra de 100 mL de água potável.

Na titulação segunda foram gastos 15,2 mL da solução titulante de

AgNO3 padronizada (M=0,10222 mol.L-1). Utilizando a equação 2, calculou-se a

concentração de cloreto na amostra de 100 mL de água potável.

Fez-se a média aritmética das molaridades encontradas nas duas

titulações da duplicata.

Utilizou-se os método da análise dimensional para expressar o teor de

cloreto em g/100 mL e partes por milhão (ppm = mg/L).

Page 18: Relatório - Volumetria de Precipitação

18

O procedimento 3.2.4, Determinação da pureza do sal de cozinha,

também fora feito em duplicata.

Na primeira titulação utilizou-se 4,3 mL de solução padrão de AgNO3 ,

0, 10222 mol.L-1, para chegar ao ponto de viragem. Desta forma, desta forma

utilizou-se a equação 1 para calcular a massa de NaCl na alíquota de 10,0 mL.

Posteriormente, fez-se a relação, em termos de regra de 3, para descobrir a

massa de NaCl contido na solução completa, 100,0 mL, preparada a partir de 0,6

g de sal de cozinha.

Na segunda titulação gastou-se 12,6 mL de AgNO3, 0,10222 mol.L-1 para

causar a viragem da solução titulada. Posteriormente, fez-se a relação, em

termos de regra de 3, para descobrir a massa de NaCl contido na solução

completa, 100,0 mL, preparada a partir de 0,6 g de sal de cozinha.

Page 19: Relatório - Volumetria de Precipitação

19

Calculou-se a média aritmética das duas titulações.

Calculou-se a percentagem de NaCl no sal de cozinha.

5 CONCLUSÕES

Os objetivos foram alcançados, pôde-se calcular o teor de íons cloreto

em uma amostra de água potável da cidade de Quixadá, no mês de março de

ano de 2014; conseguiu-se calcular a percentagem de NaCl em uma amostra de

sal de cozinha.

Na determinação do teor de cloreto na água potável pelo método de

Mohr, obteve-se um valor, em ppm, superior à legislação da Organização

Mundial da Saúde OMS, que estipula um teor de 250 ppm. O valor encontrado

fora 528,95 ppm. Isto deve-se ao fato de a água analisada ter sido retirada

diretamente da torneira e deve ser considerado também contaminações nas

vidrarias utilizadas, fato que pode ter ocasionado este aumento no teor de

cloreto na amostra de água analisada.

Na determinação da pureza do sal de cozinha, encontrou-se uma

percentagem de 84,167% de NaCl na amostra de 0,6 g.

6 REFERÊNCIAS

BACCAN, N; ANDRADE, J. C. de; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S.,

Química Analítica Quantitativa Elementar. Vol. Único, Ed. 1. São Paulo:

Edgard Blücher, 1979.

Page 20: Relatório - Volumetria de Precipitação

20

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Código fonte: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Volumetria_

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