Relatório popularizado do Instituto Nacional do Semiárido

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Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente RELATÓRIO POPULARIZADO 2014

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Pela convivência, resiliência e resistência:

Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovaçãoque se alimentam mutuamente

RELATÓRIOPOPULARIZADO 2014

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RELATÓRIOPOPULARIZADO 2014

Autores

Aldrin Mar�n Perez-Marin

Ana Paula Silva dos Santos

Alexandre Gomes da Silva

Luis Felipe Ulloa Forero

INSA

Campina Grande - PB

2015

Pela convivência, resiliência e resistência:

Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovaçãoque se alimentam mutuamente

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Governo do Brasil

Presidenta da RepúblicaDilma Vana Rousseff

Vice-Presidente da RepúblicaMichel Miguel Elias Temer Lulia

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

Ministro de EstadoJosé Aldo Rebelo Figueiredo

Secretário ExecutivoAlvaro Toubes Prata

Subsecretário de Coordenação das Unidades de PesquisaAdalberto Fazzio

Instituto Nacional do Semiárido (INSA)

DiretorIgnacio Hernán Salcedo

Diretor SubstitutoSalomão de Sousa Medeiros

Coordenador de PesquisaAldrin Martin Perez Marin

RELATÓRIOPOPULARIZADO 2014

Autores

Aldrin Mar�n Perez-Marin

Ana Paula Silva dos Santos

Alexandre Gomes da Silva

Luis Felipe Ulloa Forero

INSA

Campina Grande - PB

2015

Pela convivência, resiliência e resistência:

Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovaçãoque se alimentam mutuamente

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Moço, a coisa tá feiaSe a gente não fizer o certo

Padim Ciço também já diziaO sertão vai virar um deserto

I

Não corte um só pé de pauNão toque fogo no mato

Deixe os bichinhos viveremManeje os bois e os bodes

Dê um descanso, seu moçoPrá terra e pro pasto

II

Não plante em serra acimaNem plante em ladeira abaixo

Deixe que o mato protejaO ventre da fecundidade

Prá água não levar de arrastoA sua fertilidade

III

Aproveite a água da chuvaTenha a cisterna na casa

Represe rios e riachosPlante sempre uma árvore

Caju, sabiá, umbuzeiroMulungu, ingá, juazeiro

IV

Assim se deve fazerE o sertão irá sempre viver

Mas, se tudo for desmatadoNada será tão errado

Num futuro garantido e certoO sertão vai virar um deserto

Roberto Malvezzi “Gogó” (2015)

Mandamentos ecológicos do Pe. Cícero

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Diretor (centro)

Dr. Ignácio Hernán Salcedo, nascido em Buenos Aires, naturalizado brasileiro, reside no país há 35 anos, tem desenvolvido sua carreira científica como professor, pesquisador e assessor em diversas instituições de ensino, pesquisa e extensão. O “Prof. Salcedo”, como é conhecido, tem uma imensa lista de trabalhos realizados no Semiárido brasileiro, e muitos alunos, orientandos e ex-orientados espalhados pela América Latina, que continuam desenvolvendo trabalhos para o avanço das ciências dos solos em suas áreas de atuação.

Diretor substituto (esquerda)

Dr. Salomão de Sousa Medeiros, paraibano, nascido em Sousa, que traz sua experiência em ensino, pesquisa e extensão, tendo atuado na Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Foi técnico em Desenvolvimento Regional na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF, vinculado a Unidade de Apoio Hidroagrícola da 2ª Superintendência Regional, na qual também exerceu a função de coordenador.

Coordenador de Pesquisa (direita)

Dr. Aldrin Martin Perez-Marin, nascido na Nicarágua, naturalizado brasileiro com família originária da região dos cariris paraibanos. Este acumula experiências em projetos de desenvolvimento rural e agroecologia com agricultores familiares experimentadores e estudantes de escolas rurais e como pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) na área de manejo e conservação do solo e água.

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2014: CO-CONSTRUINDO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA E COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO

BIODIVERSIDADE E USO SUSTENTÁVEL

GESTÃO DE RECURSOS HIDRICOS

SISTEMAS DE PRODUÇÃO

DESERTIFICAÇÃO

DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SOCIAIS

NÚCLEO DE INOVAÇÕES METODOLÓGICAS

GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

AÇÕES TRANSVERSAIS

INFRAESTRUTURA PARA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

SÍNTESE DAS AÇÕES DE DESTAQUE NO ANO 2014

LISTA DE SIGLAS

SUMÁRIO

09

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24

29

38

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49

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RELATÓRIO POPULARIZADO - LINHA DO TEMPO

2013 2014

Insa publica o 1º relatório com as ações realizadas em 2012

Publicação do 2º relatório com as ações de 2013

Publicação do 3º relatório com as ações de 2014

2015

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APRESENTAÇÃO

Compartilhamos, com você leitor e leitora, as atividades, os resultados e os compromissos assumidos pelo Insa em 2014, ano que buscamos construir e reafirmar dialogicamente fundamentos de novos caminhos da Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) para convivência com o Semiárido brasileiro.

Ao pesquisarmos sobre temas como a bioprospecção e biotecnologia, e ao realizar pesquisa-ação junto a agricultores/as experimentadores/as para o estudo da resiliência de sistemas produtivos a eventos climáticos extremos, transitamos pelas fronteiras do saber científico a partir de problemas reais, contextualizados, buscando mudar a vida das pessoas. E nessa construção, as pessoas, as famílias, as comunidades e setores organizados, têm sido protagonistas do processo, convertendo os conhecimentos na sua esperança da construção de alternativas para a superação da miséria e da pobreza.

Por outro lado, concentramos ações de CTI em seis áreas de intervenção: Desertificação, Biodiversidade e uso sustentável, Sistemas de produção, Recursos hídricos, Desenvolvimento e tecnologias sociais, Inovação metodológica e Gestão da informação e do conhecimento, e na consolidação da infraestrutura do Instituto.

Dentre as ações desenvolvidas, destacamos algumas delas: o projeto de pesquisa em rede, denominado Sistemas agrícolas familiares resilientes a eventos extremos no contexto do semiárido brasileiro, que busca mapear estratégias econômicas, sociais, tecnológicas e políticas para convivência com a região, consolidando a parceria com Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA); a consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat), que integra instituições brasileiras de ciência e tecnologia, indústrias e a sociedade em geral, para identificar e avaliar recursos genéticos e bioquímicos do Bioma Caatinga; a consolidação do Projeto de Revitalização da Palma Forrageira, como estratégia de segurança alimentar dos rebanhos da região, com a perspectiva de ampliação para outros estados do Semiárido brasileiro; lançamento da primeira fase do Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB), iniciativa que visa tornar as informações oriundas de diversas instituições envolvidas com a produção científica ou empírica, acessíveis e sistematizadas para os diferentes atores protagonistas da vida na região; e na área de infraestrutura, a finalização e o avanço de obras de laboratórios, bem como a conclusão do sistema de captação de água de chuva e de reúso de água de esgoto, em toda a sede do Insa, uma aplicação prática de uma proposta para gestão de água que também pode ser modelo para instituições públicas, escolas e empresas; e a instalação do escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Nordeste brasileiro, na sede do Insa, por meio da assinatura de acordo de cooperação.

CO-CONSTRUINDO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA E COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO2014:

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Não podemos deixar de registrar nosso esforço para desenvolver ações focadas em crianças e jovens, com a ideia de aproximá-los da ciência e de cientistas da região, ao mesmo tempo que aprendemos como instituição. Essa ação é convergente à Visão Institucional do Insa para 2030, em ser uma Instituição de referência na região, quando os jovens de hoje serão homens e mulheres em plena atividade produtiva e tomadores de decisão. Outro ponto relevante, em processo de devolução para sociedade, é o desenvolvimento de propostas metodológicas e comunicacionais que têm produzido sinergia no encontro entre setores e entre conhecimentos diversos.

É com o sentimento de missão cumprida que finalizamos nossas palavras e desejamos que este relatório sirva de instrumento de participação cidadã; alimente questões, discussões, propostas e outras inter-relações; seja utilizado por especialistas de diversas áreas de conhecimento, gestores de outras instituições e organizações sociais, e autoridades e políticos para identificar contatos e se articularem de modo a contribuir com as suas

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próprias responsabilidades sociais; além de contribuir no campo da formação, como ferramenta à disposição de professores, estudantes e profissionais de diversas áreas, que, valendo-se das informações aqui disponibilizadas, possam planejar linhas de estudos, estabelecer contatos de aprendizagem e trocas de experiências, a partir de elementos que apontam problemas e potencialidades da região, e do rol de pesquisas desenvolvidas, para construção de um Semiárido com justiça social.

Por fim, agradecemos o apoio indispensável da Subsecretaria das Unidades de Pesquisa (SCUP/MCTI), das demais instâncias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e dos parceiros de instituições governamentais e não-governamentais que atuam no Semiárido brasileiro.

Ignacio Hernán Salcedo

Diretor

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BIODIVERSIDADE E USO SUSTENTÁVEL

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Nesta área, concentramos esforços em seis focos:

1. Consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat). Realizamos pesquisas sobre recursos genéticos e bioquímicos, articulando instituições de ciência e tecnologia, indústrias e a sociedade em geral;

2. Implantação do Laboratório de Biomoléculas. Este laboratório viabilizará análises de biomoléculas de plantas nativas;

3. Projeto Inselbergues. Nos estados da Paraíba, Ceará, Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte, coletamos plantas que foram herborizadas e analisadas citogeneticamente;

4. Projeto Umbu. Nos estados de Pernambuco e Paraíba, realizamos coletas de frutos de umbu e análises físico-químicas;

5. Implantação do Laboratório de Biologia Molecular. Possibilitará a realização de estudos sobre a diversidade genética de espécies vegetais e animais nos distintos ambientes do Bioma Caatinga;

6. Projeto Conservação e Uso de cactáceas. Desenvolvido com objetivo de realizar estudos sobre uso e conservação ex situ de espécies emblemáticas de cactos do Bioma Caatinga.

1. Consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga

Desde o ano de 2013, o Insa, vem consolidando o NBioCaat, com o objetivo de promover maior integração entre instituições de ciência e tecnologia, indústrias e a sociedade em geral. Buscamos identificar e avaliar recursos genéticos e bioquímicos do Bioma Caatinga, auxiliando na conservação das espécies do Semiárido brasileiro.

O Núcleo, composto por vários grupos de pesquisa vinculados a instituições brasileiras, realiza coletas e identificação de plantas, separação de biomoléculas e ensaios de atividades biológicas, que inclui antibiótica, antiparasitária, antibiofilme, antiproliferativa,

antioxidante, inseticida, larvicidas, deterrentes contra o mosquito da dengue, controle de enfermidades infeciosas e toxicológicas, veterinárias, imunomoldura, fotoprotectora, anti-inflamatória e cicatrizante. A iniciativa resultará em uma concepção alternativa de conservação e uso sustentável da Caatinga, em contraponto à forte supressão vegetal a qual vem sendo submetido este Bioma. No processo de criação deste Núcleo foram identificadas e articuladas competências em diversas instituições, conforme o quadro abaixo.

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Ins�tuição Ponto Focal Tema

Ins�tuto Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, iden�ficação e distribuição de materialvegetal

Ins�tuto Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de a�vidade biológica

Ins�tuto Nacional do Semiárido Wolfgang HarandIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Ins�tuto Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e iden�ficação de plantas

Universidade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da SilvaAnálise de a�vidade biológicaCoordenadora do Núcleo

Universidade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de PernambucoDaniela Maria do Amaral FerrazNavarro

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural do Semi -Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grand e do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Silvana Zucolo�o Langassner Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça AraújoIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Centro de Pesquisas Aggeu MagalhãesRegina Celia Bressan Queiroz deFigueiredo

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Vale do SãoFrancisco

Jackson Roberto Guedes da SilvaAlmeida

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Vale do SãoFrancisco

Xirley Pereira NunesIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Universidade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal da Paraíba Josean Fechine TavaresAnálise de a�vidade biológica e Isolamento ecaracterização cromatográfica de metabólitossecundários bioa�vos

Universidade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva

Análise de a�vidade biológica e Isolamento ecaracterização cromatográfica de metabólitossecundários bioa�vos

Universidade Federal da ParaíbaMarianna Vieira Sobral Castelllo -Branco

Análise de a�vidade biológica

Centro Nordes�no de Aplicação e Uso daRessonância Magné�ca Nuclear

Edilberto Rocha SilveiraIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de a�vidade biológica

Ins�tuição Ponto Focal Tema

Ins�tuto Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, iden�ficação e distribuição de materialvegetal

Ins�tuto Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de a�vidade biológica

Ins�tuto Nacional do Semiárido Wolfgang HarandIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Ins�tuto Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e iden�ficação de plantas

Universidade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da SilvaAnálise de a�vidade biológicaCoordenadora do Núcleo

Universidade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de PernambucoDaniela Maria do Amaral FerrazNavarro

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural do Semi -Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grand e do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Silvana Zucolo�o Langassner Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça AraújoIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Centro de Pesquisas Aggeu MagalhãesRegina Celia Bressan Queiroz deFigueiredo

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Vale do SãoFrancisco

Jackson Roberto Guedes da SilvaAlmeida

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Vale do SãoFrancisco

Xirley Pereira NunesIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Universidade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal da Paraíba Josean Fechine TavaresAnálise de a�vidade biológica e Isolamento ecaracterização cromatográfica de metabólitossecundários bioa�vos

Universidade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva

Análise de a�vidade biológica e Isolamento ecaracterização cromatográfica de metabólitossecundários bioa�vos

Universidade Federal da ParaíbaMarianna Vieira Sobral Castelllo -Branco

Análise de a�vidade biológica

Centro Nordes�no de Aplicação e Uso daRessonância Magné�ca Nuclear

Edilberto Rocha SilveiraIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de a�vidade biológica

Ins�tuição Ponto Focal Tema

Ins�tuto Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, iden�ficação e distribuição de materialvegetal

Ins�tuto Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de a�vidade biológica

Ins�tuto Nacional do Semiárido Wolfgang HarandIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Ins�tuto Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e iden�ficação de plantas

Universidade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da SilvaAnálise de a�vidade biológicaCoordenadora do Núcleo

Universidade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de PernambucoDaniela Maria do Amaral FerrazNavarro

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural do Semi -Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grand e do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Silvana Zucolo�o Langassner Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça AraújoIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Centro de Pesquisas Aggeu MagalhãesRegina Celia Bressan Queiroz deFigueiredo

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Vale do SãoFrancisco

Jackson Roberto Guedes da SilvaAlmeida

Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Vale do SãoFrancisco

Xirley Pereira NunesIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Universidade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal da Paraíba Josean Fechine TavaresAnálise de a�vidade biológica e Isolamento ecaracterização cromatográfica de metabólitossecundários bioa�vos

Universidade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva

Análise de a�vidade biológica e Isolamento ecaracterização cromatográfica de metabólitossecundários bioa�vos

Universidade Federal da ParaíbaMarianna Vieira Sobral Castelllo -Branco

Análise de a�vidade biológica

Centro Nordes�no de Aplicação e Uso daRessonância Magné�ca Nuclear

Edilberto Rocha SilveiraIsolamento e caracterização cromatográfica demetabólitos secundários bioa�vos

Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de a�vidade biológica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de a�vidade biológica

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Valorizando a Caatinga em pé

O NBioCaat foi responsável pela coleta de mais de 80 espécies de plantas do Bioma Caatinga e obteve mais de 150 extratos vegetais, com o objetivo de rastrear diferentes atividades biológicas, dentre as quais podemos destacar: A atividade inseticida dos óleos essenciais de cutia (Eugenia brejoensis) contra o mosquito da dengue. Este estudo demonstrou pela primeira vez que os óleos essencias de Eugenia brejoensis apresentam propriedade larvicidas.

Como fruto dos debates realizados no primeiro Workshop intitulado “Potencial biotecnológico da Caatinga”, publicamos o livro “A Caatinga e seu potencial”. A obra apresenta sete capítulos que destacam os potenciais biotecnológicos do Bioma Caatinga. Os capítulos foram escritos por pesquisadores participantes do Núcleo.

Na Caatinga existem 71 espécies de plantas com propriedades medicinais incluídas na lista nacional de plantas de interesse para o Sistema Brasileiro de Saúde Pública (Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde - RENISUS).

Cutia (Eugenia brejoensis).

a Constituintes listados em ordem de eluição em uma coluna não-polar DB-5; b Índice de retenção (RI) calculado do tempo de retenção em relação à série de C9-C30 n-alcanos na coluna 30 m DB-; c Valores obtidos na literatura; - Não detectado.

Identificação dos constituintes do óleo essencial extraido das folhas de Eugenia brejoensis

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Outro resultado importante dos estudos diz respeito a uma espécie da Caatinga, conhecida popularmente como Pau-ferro ou jucá (Libidibia ferrea), pertencente à família Fabaceae. Comprovamos que os frutos desta espécie possuem ação contra diabetes e anemia e tem ação antioxidante, além de atividade anticancerígena. Já a casca do caule pode ser utilizada para emagrecimento, como descongestionante em casos de enterocolite, diarreia, possíveis benefícios no sistema cardiovascular e no tratamento de feridas cutâneas. Extratos orgânicos das folhas tem ação contra a bactéria Staphyloccocus aureus, importante patógeno humano.

Detalhe do tronco do pau-ferro ou jucá. Detalhe do tronco do pau-ferro ou jucá.

Inflorescência do pau-ferro ou jucá. Ramos com folhas do pau-ferro ou jucá.

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Realizamos diversas atividades formativas, incluindo organização de workshop, cursos e missões científicas de estudantes a outras instituições. Dentre as atividades, destacamos o curso teórico-prático: “Biofilmes microbianos: conceitos, prejuízos e seu combate”, que contou com a participação de estudantes de diversos cursos de pós-graduações e universidades.

Participantes do curso

Promovemos ainda uma ação comunitária denominada “Ciência na Caatinga: Valorizando pessoas, promovendo conservação”, em comemoração ao Dia Nacional do Bioma Caatinga, no entorno do Parque Nacional do Catimbau, Pernambuco, com o objetivo de divulgar os resultados das pesquisas do NBioCat.

Organizadores e executores da primeira ação comunitária.

Oficina com estudantes da escola pública da comunidade Vale de Catimbau.

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2. Implantação do Laboratório de Biomoléculas

Orientamos grande parte dos nossos esforços para a estruturação deste laboratório, que é essencial para as atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação do NBioCaat. Foram adquiridos e instalados os seguintes equipamentos:

Sistema de cromatografia líquida semipreparativa acoplado à espectrometria de massa Autopurification System.

Equipamentos para processamento de extratos vegetais. A: Estação de vácuo PC 3001 pro. B: Evaporador rotativo RV10 digital V.

Equipamentos para produção de extratos vegetais.A: Extrator acelerado solvente ASE 350;B: Evaporador Rocket.

Cromatógrafo gasoso Clarus 680.

Cromatógrafo líquido 1260 Infinity Quaternary LC System em operação.

A B

A

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3. Projeto Inselbergues

Realizamos coletas de plantas com frutos (fanerógamas) e de plantas sem vasos vasculares (criptógamas) ocorrentes em inselbergues e afloramentos sedimentares dos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piauí, Alagoas, Sergipe e Bahia, com uma média de 150 coletas em cada viagem de campo. Todo o material herborizado encontra-se depositado no acervo do Herbário Prof. Jayme Coelho de Moraes (EAN) do Centro de Ciências Agrárias/Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB), campus localizado em Areia/PB. Todo o material coletado foi identificado em nível de família, gênero e/ou espécie e a maioria das plantas tem sido foco de dissertações e teses junto ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia desta unidade acadêmica.

Inselbergue é o termo que se dá as formações rochosas que emergem abruptamente, com declive acentuado e que apresentam vegetação específica. Exemplo Pão de açucar

Marsdenia megalantha coletada em inselbergue de Iguatu, CE.

Plantas herbáceas típicas de inselbergue da Caatinga Nordestina, coletadas em Esperança (PB) e Acopiara (CE). Familia Loasaceae: (A, C) Oasa rupestris; (B) Mentzelia áspera.

Alophia drummondii (Iridaceae) espécie típica de inselbergues da Paraíba, Bahia (C) e Ceará (A, B). Observe as diferenças morfológicas entre as flores dos dois espécimes.

(A, B) Encyclia alboxanthina em afloramento em Morro do Chapéu, BA; (C) Cattleya bahiensis em afloramento arenítico em Mucugê, BA.

A B

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4. Projeto Umbu

Realizamos coletas de frutos de umbu em Catolé de Boa Vista, Casserengue e Sumé, no estado da Paraíba, e Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco, totalizando 31 acessos. Características físicas e físico-químicas dos frutos foram determinadas no laboratório de tecnologia de alimentos da UFPB.

Diversidade genética do umbuzeiro – tamanhos de sementes coletadas nas visitas a campo.

Nas experiências de propagação in vitro do umbuzeiro tivemos contaminação por fungos e bactérias, observada em 40% dos explantes inoculados, após uma semana do início do cultivo e intensa formação de calos foi iniciada. Novos meios de cultivo utilizando diferentes reguladores de crescimento estão sendo avaliados no estabelecimento de gêmulas axilares, a fim de reduzir a formação de calos e iniciar o enraizamento. A despeito das dificuldades da micropropagação, acreditamos ser possível produzir mudas de umbuzeiro por esta técnica e esperamos, até o fim do projeto, avançar neste sentido.

Umbuzeiro cultivado in vitro. (A) Início da brotação a partir de segmento nodal aos 20 dias; (B) Brotos bem desenvolvidos após 40 dias da inoculação.

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5. Implantação do Laboratório de Biologia Molecular

A implantação do laboratório de marcadores moleculares foi finalizada em setembro de 2014. A infraestrutura disponível está à disposição de grupos de pesquisa que atuam no Semiárido com essa temática.

Infraestrutura e equipamentos do laboratório.

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6. Projeto Cactáceas: conservação e uso sustentável

Existem cerca de 1.500 espécies de cactos no mundo e o Brasil se destaca com mais de 260 espécies, sendo o Semiárido brasileiro um centro de riqueza de cactos, com cerca de 100 espécies. No meio dessa paisagem seca, os cactos se destacam por possuir aparência diferente das outras plantas e estarem sempre verdes. Mas, os cactos também se destacam por outro motivo; eles simbolizam o sucesso e a beleza nessas terras secas.

Concluímos a construção do Cactário Guimarães Duque, localizado na sede do Insa, o qual abriga espécies nativas e exóticas do grupo, além de outras suculentas. A coleção vem funcionando como um Museu Vivo para maior conhecimento acerca do grupo e suas demais necessidades como forma de propagação, de cultivo, ecologia, taxonomia, distribuição fitogeográfica, entre outros. Verdadeiramente é uma vitrine da diversidade de Cactos para visitantes dos mais diversos públicos.

Vista externa do cactário inaugurado em setembro de 2014 com três blocos e canteiros de cactáceas no entorno.

Bancada com espécies exclusivas do Semiárido.

A coleção conta hoje com 363 indivíduos de mais de 100 espécies, englobando desde cactos nativos a exóticos, até espécies de suculentas não pertencentes ao grupo de Cactáceas. Desse total de indivíduos, 157 pertencem a espécies nativas e 156 são de espécies exóticas e demais suculentas. A maior parte dos cactos exóticos, da nossa coleção, é de origem mexicana, visto que o México é o maior centro de diversidade de cactáceas do mundo. Quanto as espécies nativas, a maior parte são representantes do Semiárido brasileiro, destacando-se as espécies de Arrojadoa spp, Melocactus spp e Cereus spp.

O enriquecimento, da coleção, é feito através de coletas e doações. Ao longo de 2014, recebemos doações dos estados da Bahia (BA), Pernambuco (PE) e Ceará (CE). Articulações de doações referentes ao estado de Minas Gerais (MG) estão sendo realizadas.

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23Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Produzimos o livro infantil “Cactos do Semiárido do Brasil: ler e colorir” como um exercício para despertar, nas crianças, a vontade de cuidar da natureza local e, sobretudo, de valorizar essas plantas magníficas que tão bem emblemam nossa região.

Outros materiais de divulgação e popularização da ciência foram os “Guias rápidos”, coloridos e de fácil consulta, tratando da biodiversidade do Semiárido do Brasil, disponíveis em língua Portuguesa e Inglesa.

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GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

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25Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Focamos nossos esforços no reúso integrado de águas e tecnologias sociais de captação de água de chuva em áreas urbanas do Semiárido brasileiro. O reúso de águas residuárias pode contribuir no equacionamento da oferta e demanda de água na região, em especial no setor agrícola, que é o responsável por mais de 70% do consumo. A captação de água de chuva se apresenta como uma alternativa para reduzir a vulnerabilidade hídrica no meio urbano.

1. Estudo prospectivo do potencial de reúso agrícola no Semiárido

Este projeto objetiva realizar um diagnóstico detalhado das condições dos serviços de água e esgoto e quantificar o potencial de reuso de água para fins agrícolas nos 1.135 municípios do Semiárido brasileiro. O estudo está sendo concluído e seus resultados apresentados em três publicações: a primeira, já concluída, “Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro”, a segunda, em fase de finalização, “Esgotamento Sanitário” e a terceira, em construção, “Reúso de Água”.

2. Estudos na Unidade Piloto de Reúso de Água na sede administrativa do Insa

Objetivando uma solução ambiental mais adequada para o destino dos efluentes gerados e vislumbrando avaliar o potencial de reúso agrícola, em 2011 iniciamos a implantação de uma Unidade Piloto de Reúso.

Em 2012, foi implantada a primeira área experimental com 3.600 m² no intuito de avaliar o potencial do reúso de água residuária na recuperação de áreas degradadas com espécies florestais nativas da Caatinga com potencial madeireiro: Braúna (Schinopsis brasiliensis), Ipê roxo (Hadroanthus impetiginosus), Freijó (Cardia trichotoma), Aroeira branca (Myracrodruon urundeuva) e Catingueira (Poincianella pyramidalis); submetidas a diferentes lâminas e frequências de irrigação utilizando-se um sistema de irrigação por gotejamento.

Desde 2013, estamos monitorando aspectos ambientais e eficiência econômica.

Desde 2012 a prática de reúso de água é uma realidade no Insa, onde vem sendo aplicadas formas de manejo e monitoramento de aspectos relacionados ao solo, as plantas, a sistemas de Irrigação e a qualidade do efluente aplicado.

Unidade de reúso de água residuárias da sede administrativa do Insa.

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Reúso de água residuária na recuperação de áreas degradadas utilizando espécies florestais da Caatinga com potencial madeireiro. 187 dias após o transplantio, as espécies florestais que apresentaram melhor crescimento foram: Ipê-Roxo, seguido do Freijó e Aroeira Branca. As espécies que apresentaram menor crescimento foram: Catingueira e Braúna.

Tratamentos Tipo de água Periodicidade Volume aplicado (L/planta)

1 Residuária Diária 2,8

2 Boa Diária 1,4

3 Residuária Diária 1,4

4 Residuária 1 vez na semana 7

5 Residuária 1 vez na semana 14

Sistema agroflorestal: Palma Forrageira, aroeira e sabiá fertirrigado com água residuária como estratégia de produção de forragem e estacas. 349 dias após o plantio, realizamos a primeira colheita da Palma Forrageira e verificamos que as maiores produções (100 mil raquetes/ha) de forragem foram obtidas nas parcelas irrigadas com 0,5 litros por semana de água residuária.

Dentre as espécies florestais, a que mais se destacou foi a sabiá (Mimosa caesalpiniifolia), alcançando aos 351 dias após o plantio 2,62 m de altura. As plantas de aroeira atingiram em média 1,30 m.

Palma Forrageira

Tratamentos Tipo de Água PeriodicidadeVolume aplicado

(L/planta)

1 Boa Semanal 0,50

2 Residuária Semanal 1,00

3 Residuária Semanal 0,50

Espécies florestais (Sabiá e Aroeira)

Tratamentos Tipo de Água PeriodicidadeVolume aplicado

(L/planta)

1 Boa Semanal 1,50

2 Residuária Semanal 3,00

3 Residuária Semanal 1,50

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27Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Com apoio do Insa, a Prefeitura Municipal de Santana do Seridó (RN) implantou a 1ª Estação de reúso de água para produção de forragem. Visto os resultados promissores da irrigação deficitária da Palma Forrageira com água residuária, associado aos problemas de lançamento de esgoto a ceu aberto e/ou nos corpos hídricos, aliada também a insegurança forragueira que predomina nos 1135 municípios do Semiárido brasileiro, o Insa iniciou um processo de difusão desta tecnologia junto a algumas prefeituras dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. A partir deste esforço, a Prefeitura Municipal de Santana do Seridó-RN, com o apoio técnico do Insa, implantou a 1ª Estação de Reúso de Água, visando produzir Palma Forrageira para distribuir entre os pequenos agricultores do município, garantindo desta forma a segurança forrageira do rebanho. Tal iniciativa foi reconhecida e contemplada com o Prêmio Mandacaru.

Estação de reúso em Santana do Seridó (RN).

2. Captação de água de chuva em áreas urbanas

Estamos desenvolvendo estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da captação de água de chuva no meio urbano, como opção para reduzir a vulnerabilidade hídrica e a dependência do fornecimento de água pelas companhias de abastecimento.

O sistema de captação de água de chuva instalado no Insa, possui uma superfície de coleta de 4.136 m2 e um sistema de armazenamento com capacidade de 732 mil litros de água. O sistema tem a capacidade de suprir a demanda de água do Instituto durante 10 meses, considerando o atual consumo de 250 mil litros por mês. Em 2015 todo o sistema estará instrumentalizado para monitoramento dos volumes captados e consumidos.

Sistema de abastecimento de água da sede do Insa baseado na captação de água de chuva.

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Ampliação do debate e inovações tecnológicas

Realizamos, com diversos parceiros, o 9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva. Durante o evento foram discutidas as principais políticas públicas para aproveitamento da água de chuva no Brasil e no Exterior, soluções tecnológicas, qualidade da água produzida e o seu aproveitamento nos setores agrícola, urbano e industrial.

Como resultados de debates técnicos-científicos acumulados, finalizamos o livro “Captação, manejo e uso de água de chuva”, com lançamento previsto para 2015.

Mesa redonda durante o 9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva

9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Feira de Santana (BA)

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sistemaS deprodução

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30 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

As ações nesta área foram concentradas em quatro enfoques:

1. Projeto Revitalização da Palma Forrageira resistente à Cochonilha-do-Carmim (Dactilopius opuntiae). Foram formados gabinetes municipais da palma, através dos quais implantou-se 26 campos de pesquisa e multiplicação de Palma Forrageira no estado da Paraíba. Esta experiência tem estimulado outros estados do Semiárido brasileiro a se organizarem e incorporar a proposta;

2. Micropropagação in vitro da Palma Forrageira resistente à Cochonilha-do-Carmim. Foram estabelecidos e disponibilizados protocolos de micropropagação das três variedades de Palma Forrageira Resistentes à Cochonilha-do-Carmim para produção de mudas em larga escala.

3. Conservação de raças nativas: Resgate e difusão do Gado-Pé-Duro. Desde 2012 desenvolvemos um Plano de Difusão desta raça, por meio da criação de novos núcleos de conservação, com a finalidade de aumentar a sua população. O plano deriva dos estudos sobre o potencial genético, indicadores zootécnicos e econômicos gerados no núcelo de Conservação do Gado-pé-Duro do Insa.

4. Utilização de variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim na terminação de ovinos e caprinos. Os estudos mostram que o uso de Palma Forrageira, diminui o consumo de água, incrementa o peso diário e rendimento da carcaça, especialmente, quando utilizada 60% de Palma na dieta dos caprinos e ovinos.

1. Projeto Revitalização da Palma Forrageira resistente à Cochonilha-do-Carmim

As condições do Semiárido brasileiro e em especial do Semiárido paraibano têm levado os criadores a utilizarem a palma como alimento básico para os seus rebanhos, pelo fato de sua utilização ser possível durante todo ano, principalmente na ocorrência de estiagens prolongadas. A cultura, desde o ano 2001, vem sendo acometida de uma praga denominada Cochonilha-do-Carmim, considerada potencialmente devastadora e que por falta de cuidados maiores de erradicação, controle e convivência têm dizimado milhares de hectares em diversos municípios, originando uma insegurança na oferta forrageira.

O que é a Cochonilha-do-Carmin?

“... é um inseto que se alimenta da seiva das plantas e além de sugar a planta, a cochonilha também pode introduzir vírus ou toxinas que deixam à planta amarela e murcha podendo destruir a Palma Forrageira dentro de poucos meses se não for combatida rapidamente” (ADAGRO, PERNAMBUCO)

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31Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Manutenção e coleta de dados nos campos de pesquisa.

Dias de campo, colheita e distribuição solidária de Palma Forrageira.

Reuniões de acompanhamento e avaliação junto aos gabinetes municipais.

Desde 2013, o Insa vem desenvolvendo o projeto Revitalização da Palma Forrajeira utilizando variedades resistentes à Cochonilha-do-Carmim, através da formação de gabinetes municipais da palma, para implantação de 26 campos de pesquisa e multiplicação, em 13 microrregiões do estado da Paraíba (Campina Grande, Curimataú Ocidental, Curimataú Oriental, Guarabira, Cariri Oriental, Cariri Ocidental, Seridó Oriental, Seridó Ocidental, Cajazeiras, Itaporanga, Piancó, Serra do Teixeira e Patos) onde foram detectadas populações economicamente danosas da referida praga, envolvendo 26 produtores experimentadores. Em cada campo de 1,0 ha, vem sendo estudadas três variedades de Palma resistente à Cochonilha-do-Carmim, Palma Doce Miúda (Nopalea cochenillifera), Palma Orelha de Elefante Mexicana (Opuntia tuna) e Palma Doce Baiana (Nopalea cochenillifera), sendo 20.000 mil raquetes por área, no espaçamento de 1,5 x 0,5 x 0,5 metros, em fileiras duplas.

Durante a colheita e distribuição da palma realizamos dias de campo sobre a cultura da Palma Forrageira, para produtores e técnicos da região. Com essa atividade foi possível distribuir cerca de 1.100.000 raquetes, atendendo 2.142 famílias, contribuindo com a formação de bancos forrageiros de Palma Resistente à Cochonilha-do-Carmim.

Destacamos que esta experiência tem estimulado outros estados da região semiárida, a exemplo do Piaui e Ceará, para formação de gabinetes de palma e a implantação de campos de pesquisa e multiplicação, como estratégia de soberania hídrica e forrageira.

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Com esta ação, objetivamos desenvolver e estabelecer protocolos de micropropagação in vitro, alongamento e enraizamento e de aclimatização eficientes das três variedades de Palma Forrageira Resistente à Cochonilha-do-Carmim para produção de mudas em larga escala.

Utilizamos raquetes das três variedades de palma (Orelha de Elefante, Miúda e Baiana) provenientes da coleção do Insa, como matrizes para obtenção de material vegetal jovem para o desenvolvimento das atividades. Utilizamos brotações jovens com aproximadamente oito centímetros de comprimento para obtenção de explantes. Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Pesquisas Aplicadas à Biofábrica (LAPAB) e as tecnologias desenvolvidas foram implementadas na produção de mudas de Palma Forrageira em larga escala na Biofábrica Governador Miguel Arraes, no Centro de Tecnologias Estratégicas para o Nordeste (CETENE), em Recife-PE. As mudas provenientes dos ensaios foram aclimatizadas e avaliadas na Estação Experimental do Insa.

Estabelecimento do matrizeiro de Palma Forrageira. A) Chegada das raquetes em caixa de papelão; B) Plantio em vasos com capacidade de 8 e 10L; C) Matrizeiro; D) Palma Orelha de Elefante Mexicana; E) Palma Miúda; F) Palma Baiana.

Surgimento das primeiras brotações de Palma Forrageira: A) Miúda; B) Baiana e C) Orelha de Elefante Mexicana.

A B C

D E F

A B C

2. Micropropagação in vitro de Palma Forrageira

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33Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Regeneração in vitro de Palma Forrageira (a) e (c) Miúda, (b) e (d) Baiana aos 40 dias de cultivos. As setas destacam brotações adventícias na palma Miúda (a).

Preparação para aclimatização de brotações de Palma Forrageira Orelha de Elefante Mexicana: a) Brotações no cultivo in vitro; b) e c) limpeza do material para aclimatização; d) brotações de Palma Forrageira prontas para serem aclimatizadas.

Aspecto geral das brotações de Palma Forrageira (Orelha de Elefante Mexicana) cultivadas in vitro durante 60 dias em diferentes meios nutritivos suplementados com diferentes reguladores de crescimento.

A B C D

g

g

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Câmara úmida confeccionada com garrafa tipo “PET” testados na aclimatização de brotos de Palma Forrageira (Orelha de Elefante Mexicana).

Comparação do desenvolvimento de mudas de Palma Forrageira Orelha de Elefante Mexicana aos 40 dias de cultivo em diferentes substratos e suportes (Tubete, Sacola, Bandeja).

Do laboratório para o campo: mudas de Palma Forrageira micropropagadas in vitro e transplantadas com 12 cm (esquerda) e 6 cm (direita) apresentando formação de brotações após 60 dias.

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35Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Sistematizando e popularizando a experiência. A experiência adquirida, na aclimatização das mudas micropropagadas de Palma Forrageira, foi compartilhada através da cartilha “Aclimatização de Mudas de Palma Forrageira - como fazer?”. A publicação descreve os procedimentos técnicos para a aclimatização da palma, tornando-os acessíveis.

Durante a 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), socializamos as ações desenvolvidas no projeto de micropropagação da Palma Forrageira e distribuímos mudas micropropagadas das variedades Baiana e Miúda.

Realizamos o minicurso teórico-prático “Cultura de tecidos vegetais: princípios e aplicações”, durante a XIV Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão (JEPEX), na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

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3. Conservação de raças nativas: resgate e difu-são do Gado-Pé-Duro

O projeto de conservação e uso de bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro, visa o desenvolvimento de estudos e ações de difusão tecnológica sobre o potencial genético e sobre os indicadores zootécnicos e econômicos. As ações estão sendo desenvolvidas no Núcleo de Conservação dos bovinos Curraleiro Pé-Duro da Estação Experimental do Insa, e contribui para o estabelecimento de bases para a seleção e o melhoramento genético da raça, valorizando os seus produtos e reduzindo os riscos de extinção desse importante patrimônio genético, social e cultural do Semiárido brasileiro.

Desde 2012 desenvolvemos um Plano de Difusão desta raça, por meio da criação de novos núcleos de conservação, com a finalidade de aumentar a sua população. Estes novos núcleos são implementados em parceira com os criadores tradicionais de raças nativas e com instituições de pesquisa e ensino que atuam na região. Os beneficiários recebem animais, através de Termos de Doação, se comprometem a mantê-los, e disponibilizam-os ao Insa para a realização de estudos.

Estudo do perfil hematológico de bovinos Curraleiro Pé-Duro em parecria com departamento de Veterinária da UFCG/Campus Patos, PB.

Em 2014, contemplamos o Instituto Federal Baiano-IF Baiano, Campus de Santa Inês, com 15 animais para a formação do núcleo de conservação da raça. As faixas etárias foram as seguintes:

Animais Total Idades

Fêmeas 3 Acima de 36 meses

Machos5 Acima de 36 meses

5 Entre 25 e 36 meses

Bezerros 2 6 mesesAnimais embarcados para o IF Baiano, Campus Santa Inês-BA.

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4. Utilização de variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim na terminação (engorda) de ovinos e caprinos

Neste estudo avaliamos a utilização das três variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim, na alimentação de caprinos e ovinos. Analisamos o consumo de alimentos, o consumo de água, ganho de peso e as características de carcaça dos ovinos e caprinos.

EspécieNíveis de Palma Forrageira Orelha de Elefante (%)

0 30 60 90

Caprinos 1,60 1,16 0,69 0,69

Ovinos 2,29 1,52 1,09 1,04

O uso de Palma Forrageira Orelha de Elefante, diminui o consumo de água (Litros por dia) na terminação de caprinos e ovinos

EspécieNíveis de Palma Forrageira Orelha de Elefante (%)

0 30 60 90

Caprinos 83 118 114 95

Ovinos 156 194 217 209

O uso de Palma Forrageira Orelha de Elefante, aumentou o ganho de peso diário (gramas por dia) na terminação de caprinos e ovinos

Em relação às características de carcaça, verifica-se, que as dietas contendo Palma Forrageira Orelha de Elefante promoveram o aumento dos pesos e dos rendimentos das carcaças dos caprinos e ovinos, principalmente para as dietas com 60 e 90% de Palma Forrageira.

As carcaças dos ovinos apresentaram-se largas e compactas, com valor médio de 3,50 para a conformação e de 3,52 para o grau de acabamento. As notas de conformação da carcaça variam de 1 a 5 (1 a pior e 5 a melhor). Esta avaliação é visual e avalia, principalmente, a musculosidade da carcaça. Isto representa a quantidade de carne depositada na carcaça dos ovinos. As notas de acabamento, também variam de 1 a 5 (1 a pior e 5 a melhor). A avaliação do acabamento sugere a quantidade de gordura de cobertura da carcaça.

As pesquisas com as variedades Miúda e Baiana continuam em 2015.

Galpão de confinamento da Estação Experimental do Insa. Dieta completa dos ovinos contendo a Palma Forrageira.

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desertificação

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39Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Desde 2012, estamos focando ações em: 1) Monitoramento sistêmico da dinâmica de desertificação; e 2) Sistemas agrícolas familiares resilientes a eventos extremos no contexto do Seminárido brasileiro. Na primeira ação, geramos dados sobre o fluxo de CO2 na Caatinga e o balanço de energia em áreas degradadas e preservadas e estabelecemos uma linha de base, desenvolvendo os índices de propensão ou suceptibilidade econômica, social e agropecuária à desertificação no Semiárido. Na segunda ação, avançamos na coleta e análise de dados de 40 estudos de casos em comunidades dos nove estados do Semiárido, além de realizarmos oficinas de formação, restituição e socialização dos resultados da pesquisa.

O Insa é membro da Co-missão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) e atua como correspondente científico junto a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Se-cas – UNCCD.

O que é a CNCD?

É um órgão colegiado da estrutura regimental do Ministério do Meio Ambien-te, de natureza deliberativa e consultiva. Tem, dentre ou-tras competências, a função de acompanhar e avaliar as ações de combate à desertifi-cação e mitigação dos efeitos da seca no território nacional.

O que é a UNCCD?

É uma pactuação entre 192 países que visa comba-ter a desertificação e mitigar os efeitos da seca, através de acordos de cooperação inter-nacional e parcerias, contri-buindo para erradicacão da pobreza e a promoção do de-senvolvimento sustentável. A sede fica localizada em Bonn, Alemanha.

O que faz o correspon-dente científico?

Assessora cientificamen-te a CNCD e representa o Brasil no Comitê de Ciência e Tecnologia da UNCCD e Con-ferência das Partes.

Desenvolvemos um sistema de monitoramento da desertificação, visando avaliar a propensão e ocorrência propriamente dita da desertificação. A partir do conjunto de variáveis coletadas elaboramos os índices de propensão econômica, social e agropecuária, gerando mapas temáticos, com a intenção de nortear a pesquisa, e subsidiar gestores, técnicos e pesquisadores na seleção das áreas com diferentes níveis de degradação ambiental, no desenvolvimento de novos estudos e na formulação de políticas públicas.

1. Monitoramento Sistêmico da Dinâmica da Desertificação no Semiárido

NÃO CONFUNDA:

DESERTO E DESERTIFICAÇÃO:

PAISAGENS SEMELHANTES, PROCESSOS E RESULTADOS DISTINTOS...

NÃO CONFUNDA:

DESERTO E DESERTIFICAÇÃO:

PAISAGENS SEMELHANTES, PROCESSOS E RESULTADOS DISTINTOS...

DESERTO

É UM ECOSSISTEMA NATURAL,

OCORRE EM ZONAS ÁRIDAS.

DESERTIFICAÇÃO

É UM PROCESSO QUE RESULTA DA AÇÃO HUMANA.

Não confunda, deserto com desertificaçãoPaisagens semelhantes, processos e resultados distintos...

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40 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

Como pode ser verificado nos mapas abaixo, a maioria dos municípios do Semiárido apresentou subíndice de propensão à desertificação, médio e alto, tanto na condição econômica (557+346 municípios, respectivamente), quanto na agropecuária (431+113 municípios, respectivamente).

Propensão da condição econômica

Propensão da condição agropecuária

Propensão da condição social

Em contraste, a maioria dos municípios (788) apresentou baixo subíndice de propensão à desertificação na condição social (583 municípios). Observamos que, entre os anos 2000 e 2010, ocorreram mudanças positivas nas condições sociais dos municípios, possivelmente em decorrência de iniciativas do governo federal, especialmente aquelas direcionadas às classes menos favorecida.

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41Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Como parte do processo de monitoramento, desde 2013, coletamos mensalmente variáveis micrometeorológicas em torres instaladas nos municípios de Campina Grande-PB e Serra Negra do Norte-RN, em áreas preservadas e degradadas.

Desde 2013, realizamos o monitoramento semanal e mensal da cobertura vegetal do Semiárido brasileiro através do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), numa parceira com o Laboratório de Imagens de Satélites (LAPIS)/ Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Os mapas gerados por este monitoramento estão disponíveis no site www.insa.gov.br/sigsab/ndvi

Torre meteorológica instalada na Estação Experimental do Insa

JANEIRO 2014 FEVEREIRO 2014 MARÇO 2014 ABRIL 2014 MAIO 2014 JUNHO 2014

JULHO 2014 AGOSTO 2014 SETEMBRO 2014 OUTUBRO 2014 NOVEMBRO 2014 DEZEMBRO 2014

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42 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

Em parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA-Brasil), realizamos estudos socioeconômicos e ecológicos em unidades agrofamiliares, em transição agroecológica, nos nove estados do Semiárido brasileiro, visando elucidar as estratégias agrícolas e sociais utilizadas pelos agricultores experimentadores que lhes têm possibilitado resistir e/ou recuperar-se dos impactos dos eventos ambientais extremos. É um esforço de construção de alternativas de convivência produtiva e sustentável integrando ciência, tecnologia e inovação com inclusão social.

Para a realização das ações de pesquisa relativas a esta iniciativa vem sendo adotada uma metodologia de pesquisa-ação participativa, para que os próprios atores realizem as avaliações de resiliência dos agroecossistemas.

2. Monitoramento de Sistemas Agrícolas Familiares Resilientes a Eventos Extremos no contexto do Seminárido brasileiro: alternativas para enfrentamento aos processos de desertificação

Oficina de formação com pesquisadores-bolsistas e parceiros locais.

Realizamos oficinas de formação com os pesquisadores bolsistas, encontros virtuais, elaboração de documentos orientadores, vídeo aulas e a caracterização de agroecossistemas familiares.

As organizações sociais vinculadas a ASA, envolvidas no projeto, indicam famílias de agricultores experimentadores para a realização dos estudos. São levantados dados biofísicos e sócio-econômicos nos agroecossistemas, e as estratégias de organização social, que sistematizadas contribuem para compreender quais alternativas utilizam ou constroem e como aplicam seus conhecimentos, diante de eventos extremos. São reflexões participativas sobre os mecanismos e princípios que expliquem a capacidade adaptativa das comunidades e dos sistemas às variações climáticas. Estes mecanismos são socializados com as famílias participantes através de dias de campo, reuniões, seminários, intercâmbio de agricultor para agricultor.

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43Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Dona Maria do Socorro Ferreira dos Santos, tem 45 anos, é dona de casa e agricultora, sendo a responsável por gerenciar o agroecossistema de 15 hectares, cuidando das hortaliças e do roçado. O seu esposo Júlio Rodrigues dos Santos, tem 55 anos, e sua função no agroecossistema é manejar os animais, e na época de chuvas se dedica também ao roçado, combinando seu trabalho com a ocupação de pedreiro na construção de cisternas. A filha mais velha do

casal, Cristiele Ferreira dos Santos, 26 anos, nível superior completo, é secretaria concursada pelo município desde 2013. Nos finais de semana vai para a propriedade e contribui nos trabalhos domésticos. O filho mais novo, Daniel Ferreira dos Santos, de 21 anos, trabalha como motorista transportando os alunos da comunidade até a sede do município. Assim como o pai, ele fica responsável pelo rebanho e na época de chuvas também contribui no roçado. A família, de forma coletiva, maneja 3000 hectares, no sistema “fundo de pasto”, que é uma experiência exitosa de manejo sustentável do solo e da Caatinga.

Dona Maria do Socorro constroi resiliência agro-ecológica: uma experiência no Semiárido baiano

Onde vive dona Maria com sua família

• Território: Sertão do São Francisco;• População: 520.782 habitantes • Precipitação média: 400 mm ano;• Presença do sistema tradicional do uso coletivo de áreas denominado “fundo de pasto”;• Localizado a 42 km da sede do Município.

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Efeito das transformações na resiliência do agroecossistema da dona Maria

A resiliência deste agroecossistema vem ocorrendo pela incorporação de transformações estruturais e de manejo, em associação com o fortalecimento dos mecanismos de reciprocidade comunitária. O acesso à área coletiva favorece o pastejo de 200 animais e o extrativismo vegetal de forma sustentável. As consideráveis reservas de água nas estruturas implantadas permitem a estabilização do tamanho dos rebanhos, do consumo alimentar da família e da produção de hortaliças. O extrativismo e beneficiamento de umbu é uma atividade com alta resiliência, pois permite o processamento e armazenamento ao longo do ano, permitindo a venda e consumo na entresafra.

Entidade parceira: IRPAA – Instituto Regional da Pequena Agropecuária ApropriadaPesquisador responsável: Vitor Leonam Aguiar de Morais

Transformações estruturais Acesso ao conhecimento Acesso ao recursos sicos

1 – Aquisição da Terra Conhecimento Tradicional Herança Familiar

2 – Acesso Fundo Pasto Conhecimento Tradicional Reciprocidade Comunitária

3 – Construção Aprisco Conhecimento Tradicional Recurso próprio

4 – Roçados Conhecimento Tradicional Recurso próprio

5 – Pluria vidade (Pedreiro) Curso IRPAA e Paroquia

6 – Cisterna 5000 L IRPAA e Paroquia Recurso próprio

7 Inovações de Manejo (Agrícola ePecuário)

Assessoria Técnica IRPAA(ATER Governo da Bahia)

8 – Energia Solar Associação Recurso próprio

9 – Cisterna - 16000 L Associação e IRPAA P1MC / ASA

10 – Telefone Rural Sindicatos Trabalhadores Rurais Recurso próprio

11– Barreiro Trincheira Associação e IRPAA Aguadas (Governo da Bahia)

12 – Cisterna 52000 L Associação e IRPAA Mais água (Governo da Bahia)

13 – Viveiro Hortaliça Associação e IRPAA Mais água (Governo da Bahia)

14 – Poço Artesiano Comunidade e IRPAA Recurso próprio

15 – Comercialização Esterco Comunidade Atravessador

16 – Comercialização do Umbu COOPERCUC PAA e PNAE

17 – Beneficiamento Umbu Grupo Mulheres, COOPERCUC eIRPAA

CAR (Governo da Bahia)

Um agroecosistema cada vez mais resiliente

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45Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SOCIAIS

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46 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

Ao longo de 2014, desenvolvemos iniciativas focadas em Formação e Inovação Tecnológica; e Articulação e Integração Social. Desta maneira, continuamos com as atividades do Curso de Especialização em Residência Agrária “Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no Semiárido”, em parceria com UFPB, com recursos do PRONERA/INCRA, via edital 026/2012/CNPq. O curso, oferecido à assentados do PNRA, técnicos do INCRA e de ATES, conta com 55 educandos matriculados. Está baseado sob a Pedagogia da Alternância, integrando o Tempo Escola e o Tempo Comunidade, onde teoria e prática dialogam na construção do conhecimento. Realizamos atividades do Tempo Comunitário em 16 comunidades do Semiárido brasileiro, espalhados em seis estados. Outras atividades relevantes foram as visitas programadas de grupos de estudantes, técnicos, pesquisadores e agricultores da região. O Núcleo tem sido essencial na realização de articulações com diversos centros de pesquisas, universidades, movimentos sociais, gestores locais, comunidades rurais e urbanas, fortalecendo e firmando parcerias, possibilitando a viabilidade de ações e projetos de pesquisa contextualizados, como a Rede Solidária de Coleta de Sementes Nativas e o Projeto de Revitalização da Cultura da Palma Forrageira.

Educandos e Educandas da Reforma Agrária, Educadores e Educadoras das Escolas dos Assentamentos, Profissionais do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (ATES), Militantes dos Movimentos Sociais do Campo, Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Hoje são 55 educandos presentes, 30 Mulheres e 25 Homens.

Curso de Especialização em Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no Semiárido Brasileiro uma parceria INSA-UFPB-PRONERA-VIA CAMPESINA

Mapa de Distribuição das Intervenções do Curso de Residência Agrária.

Tempo comunidade

Aprender fazendo

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47Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Relação dos locais onde o projeto está sendo aplicado o tempo-comunidade

Visitas programadas e experiências compartilhadas

Troca de experiências sobre produção de mudas nativas Discussão sobre o manejo da Caatinga e recuperação de áreas degradadas

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48 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

Banco de sementes florestais nativas do Insa, armazenadas no ano de 2014

Page 49: Relatório popularizado do Instituto Nacional do Semiárido

49Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

NÚCLEO DE INOVAÇÕESMETODOLÓGICAS

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50 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

Inovações metodológicas para convergência do saber popular e acadêmico

O Núcleo de Inovação Metodológica (NIM) é uma iniciativa em construção fundamentada na ideia de que “o como” também é importante. Sintetizamos as ações do NIM em cinco tipos de fazeres: (1) Refletir sobre os processos; (2) Examinar-propor conceitos; (3) Criar-Testar trilhas metodológicas; (4) Divulgar propostas metodológicas; e (5) Assessorar em metodologias. As principais preocupações vinculadas com a criatividade, que motivam o Núcleo, são: (1) a colonialidade do conhecimento, pensamento e crenças; (2) a padronização excessiva; (3) a pacotização da vida; (4) a tendência para a artimanha; e (5) o auto-encurralamento das pessoas. Trabalhamos, principalmente, algumas ideias: a busca da transdisciplinaridade nos processos e o reconhecimento da complexidade da realidade; a busca de perguntas coerentes com a “nova época”, com o Semiárido, com Brasil e com América Latina; as possibilidades de criar nossas novas categorias e a necessidade de mudar a linguagem. Em 2014, finalizamos e disponibilizamos para as condições do Semiárido brasileiro, o Método de Revisão de Experiência (REI-F) e o Método do Futureo e realizamos um exercício de reflexão coletiva sobre atuação do pessoal do Insa, gerando a partir daí um documento de sugestões. Assessoramos metodologicamente ações desenvolvidas pelo Insa e em parceria.

Assessoria em inovação metodológica e em aspectos sociais

NÚCLEO DE INOVAÇÃOMETODOLÓGICA NIM

O QUE FAZEMOS...

Refle�r sobre os processos

Examinar-propor conceitos

Criar – Testar Trilhas metodológicas

Divulgar propostas metodológicas

Assessorar em metodologia

Nossas preocupações

� Colonialidade do conhecimento,pensamento e crenças

� Padronização excessiva

� Paco�zação da vida

� Ar�manha

� Auto-encurralamento

Palavras chaves

� Transdisciplinaridade

� Complexidade

� Novas perguntas

� As nossas categorias

� Mudar a linguagem

PERGUNTA

O MÉTODO REI-FR E i Fevisão de xperiências com v sta ao uturoPesquisador: Luis Felipe Ulloa FORERO - (Nucleo de Inovação Metodológica- INSA)

UM MÉTODO DE PESQUISA

DA HISTÓRIA RECENTE...

Para construir juntamente descrições,interpretações e propostas de mudançade uma situação

...encarando o passado recente com umfuturo aceitável...

...por todos os setores com interessesem jogo envolvidos.

O QUE O REI-F PODE REVISAR

• A vida ou um período da vida de ...

uma comunidade (de referente territorial o não), uma organização, uma faixa, um setor com interesses em jogo, uma turma, uma família, umgrupo

• Uma dinâmica o fazer pico de...

uma comunidade (de referente territorial o não), uma organização, uma faixa, um setor com interesses em jogo , uma turma, uma família, umgrupo

• A execução de algo como...

um serviço, um projeto, uma inicia va, um tema, uma disciplina na universidade ou escola, uma pesquisa, um campeonato, umacomemoração, uma exposição (mostra),

• Uma experiência específica

um período ruim; um período de sucesso, reações ante a mudança drás ca de condições, um desastre, um bene cio inesperado...

Futuro Fechar-abrindo

Problema zação

TRILHA DO REI-F

Plano Geral

1

2

3

Combina-ação

Historiação

Aproximação 1

1

2

3

Contração doCérebro A e B

Perguntatório

Celebração ecompromisso

Respondatório

Alimentaçãoda ação

Sonhoprogressivo

Simbolação

TRILHA DO REI-F

Combina-ação

Construção de trilhas metodológicas

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51Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

SIGSAB SIGDADOS INSA COMPARTILHE LOGIN BUSCA

Urbana

Rural

980.134 km2

População do Semiárido

22.598.318 hab

8.592.200 hab

14.003.118 hab

1.135 municípios

Extensão territorial

Total

PIB

4.76

0,6

5

5.2

60

,23

5.9

94,

62

6.13

0,6

3

6.3

52

,47

6.5

90

,20

6.6

11,9

3

8.4

98,

63

9.8

07,

75

Piauiense

Alagoano

Mineiro

Cearense

Paraibano

Pernambucano

Baiano

Potiguar

Sergipano

Semiárido

R$

per capita

6.520,35R$

Semiárido

IDHdos municípiosdo Semiárido59,47%

39,21%

0,70% 0,62%

0,500 0,5990,499 0,600 0,699 0,700 0,799 0,800 10

MUITO BAIXO BAIXO MÉDIO ALTO MUITO ALTO

municípios

municípios

municípiosmunicípios

gestão da informação e do conhecimento

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52 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

O Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB) é uma ferramenta, desenvolvida pelo Insa, que visa reunir e disponibilizar informações e o conhecimento gerado na e para a região semiárida. Projetado para operar em uma plataforma web, o Sistema reúne e disponibiliza informações econômicas, sociais, ambientais e da infraestrutura da região, bem como divulga experiências, conhecimentos e estudos como forma de gerar novos conhecimentos no campo da ciência, tecnologia e inovação, além de contribuir para a definição de políticas públicas, investimentos (público e privado), planejamentos e no uso sustentável dos recursos disponíveis no Semiárido brasileiro.

A plataforma pode ser acessada em http://www.insa.gov.br/sigsab

Implantação do Sistema Básico e AvançadoPretendemos disponibilizar informações através de um módulo básico e outro avançado. No

Sistema o usuário também pode acessar a Previsão do Tempo, Índice de Vegetação do Semiárido (NDVI), e um conteúdo vasto disponibilizado pelas seguintes ações transversais: Programa Semiárido em Foco, Projeto Semiárido em Tela e Centro de Documentação e Informação do Semiárido Brasileiro (CDISAB).

Lançado em abril de 2014, o módulo básico possui linguagem simples e objetiva, e permite ao usuário realizar consultas a uma única variável por vez, delimitando o espaço geográfico de interesse. O módulo avançado, previsto para ser lançado em 2015, terá linguagem técnica, permitindo ao usuário fazer consultas mais elaboradas, através da seleção de um conjunto de variáveis, possibilitando o cruzamento, seja por meio de operadores lógicos ou matemáticos, obtendo a variável “resultado”.

Três passos para acessar o módulo básico

Acesse www.insa.gov.br/sigsab

Temas

Variável

Ano

Espaço geográfico de interesse

Município

Educação

Taxa de analfabetismo da população com 18 anos ou mais

2010

Todo o Semiárido

Todos os municípios

Gerar resultado

Resultados fornecidos para os1.135 municípios do Semiárido,que podem ser exportados paraExcel. Espacialidade da informação

nos 1.135 municípios, que podemser exportados para os formatosPdf, Bmp e Vetorial.

2

Gerar mapa

3

1 Selecione os dados

Gere a matriz deresultados

Gere o mapa

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53Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Outros conteúdos e ações disponíveis atualmente

Desde o lançamento do SIGSAB (oito meses de existência) seu portal foi acessado por mais de 20 mil usuários de todos os estados da federação e de diferentes países. O mapa abaixo ilustra o uso do Sistema; quanto mais azul, mais acessos.

PREVISÃO DO TEMPO NDVI SEMIÁRIDO EM FOCO

SEMIÁRIDO EM TELA CDISAB ACERVO DIGITAL

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54 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

AÇÕES TRANSVERSAIS

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55Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Dialogando com crianças e jovens: ciência e tecnologia para a convivência com o Semiárido

Estudantes do ensino fundamental – oficina para construção de uma agenda científica

Exposição de fotografias: crianças e jovens, filhos de assentados, registram o cotidiano da sua comunidade.

Desenvolvemos três tipos de iniciativas transversais: Programa Semiárido em Foco, Projeto Semiárido em tela e a organização da Biblioteca.

Visitem nossa página: www.insa.gov.br/semiaridoemfoco

Lá você encontra áudios e documentos referentes aos temas debatidos, assiste a transmissão ao vivo das exposições e debates, e participa enviando mensagens escritas em tempo real através do chat.

Programa Semiárido em Foco

Socializar e compartilhar saberes e iniciativas

Buscamos socializar e refletir sobre pesquisas, experiências e conceitos associados aos campos da ciência, tecnologia e inovação. A ideia é contribuir com novas linhas de pensamento e caminhos para nossa região, seja no universo rural ou urbano,

valorizar as potencialidades locais, além de articular e mobilizar diferentes atores. Por meio dessa ação, o Insa tem atraído representantes de institutos de pesquisa, universidades,

órgãos governamentais, associações, ONGs e cooperativas, movimentos sociais, além de estudantes, profissionais, agricultores/as, e a sociedade em geral.

Agregando novos saberes e provocando novas posturas e novas perguntas para pesquisa. Em 2014 destacamos resultados em três categorias: (1) Dialogando com crianças e jovens do Semiárido brasileiro; (2) Lançamentos de publicações e socialização de experiências de popularização da ciência; (3) Compartilhamento de experiências que contam histórias de convivência com o Semiárido.

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56 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

Popularização da ciência e vivências integralizadas

Oficina de montagem de lunetas e foguetes. Observação astronômica e lançamento dos foguetes (Parceria com UFRPE).

Lançamentos de publicações do Insa

Aula de campo: estudantes do ensino fundamental conhecem plantas medicinais

da Caatinga e fazem anotações para trabalho escolar. Farmácia Viva – Estação

Experimental/Insa

Livro “Abastecimento urbano de água”

Cartilha “Semiárido brasileiro: riquezas, diversidades e saberes”. 1º número da Coleção (Re)conhecendo o Semiarido.

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57Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

O Insa influenciando na educação formal

Estudantes e professores do curso de graduação em Serviço Social/UEPB conhecem ações do Instituto, discutem sobre pesquisa participativa e visitam comunidade envolvida no Projeto Águas/Insa.

Quilombolas no Semiárido

Debate sobre remanescentes quilombolas no Semiárido brasileiro.

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58 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

1. Histórias de convivência com o Semiárido

2. Manejo Florestal da Caatinga

3. Documentário: “Quando eu vestia meu terno de couro”

4. Crianças e jovens no/do Semiárido: construção conjunta de uma agenda científica

5. Experiências de Cooperativas de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Gestão de Resíduos Sólidos no Semiárido

6. O papel dos Centros e Instituições de Pesquisa na Popularização da Ciência

7. Diálogos sobre as Visões de Futuro para o Semiárido brasileiro

8. Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro

9. Atividades de caça e usos da fauna por povos do Semiárido: implicações e desafios para a conservação

10. Semiárido brasileiro: riquezas, diversidades e saberes

11. Análise dos Índices de Vegetação e de Água por Diferença Normalizada (NDVI e NDWI) sob diferentes intensidades pluviométricas no município de Sousa-PB

12. O papel das Organizações Sociais na luta pela Convivência com o Semiárido brasileiro

13. Regimes ecodinâmicos e levantamentos de vegetação na Sub-bacia hidrográfica do Alto Paraíba

14. Ciência e tecnologia no Semiárido brasileiro: integrando olhares de estudantes com pesquisadores do Insa

15. Águas de Areias – Recuperação e gestão compartilhada da água de aluvião em leito seco de rio no Semiárido pernambucano

16. Agroecologia e resiliência sócio-ecológica às mudanças climáticas no Semiárido: Pilares conceituais e caminhos metodológicos

17. Manejo racional dos algarobais espontâneos para o combate à desertificação no Sertão de Pernambuco

18. Desertificação e sua inter-relação com a vulnerabilidade socioeconômica de famílias rurais do semiárido

19. Projeto Caravana da astronomia: “Desvendando o Céu Austral: Ciência e Tecnologia para Inclusão Social”

20. Educação contextualizada ao Semiárido: vivências integralizadas

21. Ciência e Saúde no Semiárido brasileiro

22. Comunicação da ciência e visualização da informação

23. Sustentabilidade, patrimônio e cultura das comunidades quilombolas do semiárido brasileiro

24. Soluções tecnológicas adaptadas ao Semiárido

Temas trabalhados em 2014

Instituições Convidadas/Participantes

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)Articulação do Semiárido (ASA Brasil)Comissão Pastoral da Terra (CPT/BA)União Europeia (UE)Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)Associação Águas do Nordeste (ANE)Associação Plantas do Nordeste (APNE)Universidade de São Paulo (USP)Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Campina GrandeUniversidade Federal da Paraíba (UFPB)Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)Prefeitura Municipal de Boa Vista/PBUniversidade Estadual da Paraíba (UEPB)Cooperativa de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (CATAMAIS)Associação ARENZACooperativa de Trabalhadores de Materiais Recicláveis (COTRAMARE)Associação Quilombola Pedra D’água

Comunidade Quilombola do Grilo Cunhã Coletivo FeministaConcern Universal Brasil Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS)Agência Estadual de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA)Instituto Federal da Paraíba (IFPB)Associação dos Moradores do Assentamento Vitória (AMAV)Centro de Convivência e Fortalecimento de vínculos familiares/Prefeitura Municipal de Campina GrandeEscola de Ensino Fundamental e Médio Assis ChateaubriandEscola Santa Terezinha Colégio Alice Coutinho Escola Estadual Hortênsio de Sousa Ribeiro Escola Abdias Aires de QueirozAssociação de Apoio as Comunidades Afrodescendentes – (AACADE)

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59Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

POPULARIZANDO CIÊNCIA ATRAVÉS DO CINEMAA

Projeto Semiárido em Tela

Buscamos desenvolver e estimular, junto a crianças e jovens, a compreensão do Semiárido, na perspectiva da dinâmica sociocultural, através da pesquisa, capacitação, registro e difusão da ciência e a tecnologia, tendo como protagonistas principais as pessoas envolvidas.

As oficinas foram realizadas em comunidades onde estão sendo desenvolvidos projetos de pesquisa do Insa. Em 2014, concentramos em dois tipos de atividades: 1) Capacitação e registro de histórias de convivência com o Semiárido; 2) Socialização de experiências de convivência com o Semiárido.

Oficina sobre fotografia As primeiras fotografias

Mostra Semiárido em Tela exibido e apresentado por jovens da comunidade Poço das Padras/São João do Cariri/PB. O evento reuniu 120 pessoas.

Filmagem do documentário Rio Taperoá/PB.

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60 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

“A ciência que o Insa faz”

A série “A Ciência que o Insa faz” teve como referência o Projeto “A Ciência que eu faço”. Nosso objetivo principal foi divulgar estudos e ações desenvolvidas pelo Insa, buscando aproximar mais os pesquisadores das pessoas.

A proposta consistui-se em uma série de vídeos, de curta duração, com depoimentos sobre o despertar para o meio científico e a pesquisa que está sendo desenvolvida atualmente. Em 2014, foram feitas três produções da série.

Socialização dos vídeos produzidos em comunidades rurais para jovens da área urbana.

Jucilene Araújo, pesquisadora do Insa, fala sobre a experiência do Projeto de Revitalização da Cultura da Palma Forrageira.

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61Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Avançamos na implantação da estrutura e processos essenciais para apoiar as ações de ciência, tecnologia e inovação, com os seguintes destaques:

• Organização do espaço físico e aquisição de mobiliários e computadores;• Instalação de pontos de energia e internet;• Conclusão de compras de livros sugeridos;• Preparo da base de dados para organização de todo o acervo, como: controle de

empréstimo, cadastro de usuários, entrada de livros, entrada de periódicos, entrada de material audiovisual, controle de saída de publicação do Insa;

• Organização do acervo (livros e periódicos) para catalogação em Classificação Decimal Universal (CDU);

• Implementação e contrato da norma internacional ISBN para publicações do Insa; e• Aprovação do projeto no edital Embrapa 001/2014: “Lendo é que se faz”, com objetivo de

desenvolver na escola-comunidade ações de incentivo a leitura e a capacitação para inclusão produtiva com o uso das minibibliotecas como ferramenta de apoio didático pedagógico.

Organização da Biblioteca

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62 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

INFRAESTRUTURA PARA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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63Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Ampliação e consolidação da infraestrutura de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação na sede e na estação experimental do Insa

Conclusão das obras de infraestrutura da Estação Experimental, do Cactário, do Sistema de Coleta e Distribuição de Água de Chuva e do Laboratório Vasconcelos Sobrinho;

Contratação das obras da primeira etapa dos setores de serviço na sede administrativa (73% concluídas) e Estação Experimental (68% concluídas), do sistema de fornecimento ininterrupto de energia elétrica para a sede administrativa e do Complexo de Laboratórios Miguel Arraes e Celso Furtado (66% concluído).

Sede Administrativa - execução das obras do setor de serviço

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64 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

Conclusão do Cactário Cobertura da passarela que dá acesso a um dos laboratórios

Conclusão da obra de captação e coleta de água de chuva

Sistema de captação de água de chuva

Conjunto de reservatórios e casa de bombas

Conclusão da Infraestrutura do Complexo de Laboratórios Miguel Arraes e Celso Furtado na Estação Experimental

Construção do reservatório de água

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65Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

Instalação da rede de alta e baixa tensão

Instalação da rede de combate a incêndio

Mapeamento via satélite da Estação Experimental do Insa

Imagem de satélite de alta resolução, modelo numérico do terreno, curvas de nível e mapeamento do uso e cobertura do solo para auxiliar pesquisadores e usuários da Estação Experimental em seu planejamento.

Fonte: Setor Geoprocessamento/Insa.

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66 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014

SÍNTESE DAS AÇÕES DE DESTAQUE NO ANO 2014

Lançamento de publicações úteis à sociedade

Relatório popularizado das atividades realizadas pelo Insa no ano 2013.Desde 2012, publicamos relatórios anuais das atividades, com objetivo de propiciar o acesso, a compreensão e o diálogo com os diversos segmentos da sociedade, em especial com a população do Semiárido brasileiro. Sob o título Relatório de atividades 2013: Convivência com o Semiárido, compromisso e construção coletiva, a publicação compartilha os resultados das ações e os compromissos assumidos.

Cesta Metodológica. Um grupo de pesquisadores do Insa dedicou-se na construção de uma Cesta Metodológica, composta por uma série de cartilhas didáticas, que explicam passo a passo técnicas empregadas pela agroecologia para atenuar problemas cotidianos de pequenas propriedades no Semiárido brasileiro. O lançamento teórico-prático da Cesta Metodológica aconteceu no dia 26 de fevereiro, em evento aberto ao público. Naquela oportunidade o grupo de pesquisadores responsável pela elaboração da Cesta Metodológica falou sobre o esforço para convergir em um material didático de fácil compreensão o conhecimento popular e acadêmico e, desta maneira, torná-lo acessível aos usuários.

Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro. O livro destaca a cobertura do serviço de abastecimento de água no Semiárido, as características do sistema e suas eficiências. Resultado do esforço de pesquisadores do Insa, da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), traz o mapeamento do abastecimento urbano de água na região semiárida, a qualidade da água fornecida, além de dados sobre a contaminação dos mananciais, tipos de sistema e fontes de abastecimento e dados sobre os investimentos realizados nos sistemas de abastecimento de água. O recorte dos dados por estado permite ao leitor se familiarizar com as realidades regional e local.

Semiárido Brasileiro: riquezas, diversidades e saberes. O primeiro número da coleção “(Re)conhecendo o Semiárido” foi lançado no dia 27 de junho. Em sua primeira edição, os autores apresentam diferentes aspectos sociais, culturais e ambientais do Semiárido brasileiro. A obra explica de modo didático conceitos, diferenças entre climas e diversas regiões naturais, entre outros aspectos da região, reunidos na forma de textos e imagens.

Tecnologias adaptadas para a convivência com o Semiárido. No dia 14 de abril ocorreu o lançamento, em Campina Grande (PB), dos dois volumes da obra “Tecnologias Adaptadas para o Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro”. A ação foi uma iniciativa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em parceria com o Insa e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Eventos Técnicos e Científicos

Reunião Técnica sobre estratégias e tecnologias de convivência com a seca. Durante a reunião, realizada em parceria com instituições brasileiras e alemãs, nos dias 10 e 11 de dezembro, lançamos o Projeto BRAMAR, de cooperação germânico-brasileira. Os temas centrais foram: estratégias e tecnologias inovadoras para mitigação dos efeitos da seca e o uso de águas residuárias para fins agrícola e industrial.

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67Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

1º Encontro de Intercâmbio Técnico dos Países de Língua Portuguesa no âmbito da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). Tratou-se de uma ação inovadora no âmbito das relações entre países do Hemisfério Sul, que tem unificado nacionalidades de língua portuguesa para o intercâmbio de boas práticas de convivência com a semiaridez e o combate à desertificação. O encontro foi realizado em parceria com o MMA, no período de 15 a 26 de novembro de 2014.

O Insa participou como organizador juntamente com a Sociedade Brasileira de Genética (SBG) do 20º Encontro de Genética do Nordeste (ENGENE), realizado no período de 4 a 7 de novembro em Campina Grande (PB). A SBG reúne a cada dois anos centenas de pesquisadores, professores e alunos envolvidos com pesquisas na área de genética e suas relações no âmbito das ciências biológicas, da saúde e da agropecuária. Na programação do 20º Encontro foram realizadas 11 conferências, 16 mesas-redondas e 15 minicursos, além de sessões de painéis. Paralelamente ao ENGENE ocorreu o 2º Simpósio de Genética Humana e Médica do Nordeste, e um espaço “Genética na Praça” com exposições, oficinas, exposição de pôsteres e palestras destinadas aos educadores e professores que atuam no Ensino de Biologia.

Participação na 12° Feira anual de Ciência, Tecnologia e Inovação (FETECH). O evento, ralizado no período de 20 a 23 de novembro, reuniu produtos, invenções e pesquisas científicas voltadas principalmente para a área do empreendedorismo. A feira contou com a presença de universidades, empresas e instituições dispostas em quase 150 estandes nas áreas de Energia, Tecnologias de Inovação e Comunicação (TICs), Tecnologias Sociais, Automotivos, Saúde, Educação, Petróleo e Gás, Construção Civil, Biocombustíveis, dentre outros.

A Biodiversidade Camponesa da Realidade da Reforma Agrária. O evento foi realizado no período de 08 a 10 de outubro, e organizado numa parceria entre Instituto de Assessoria a Cidadania e ao Desenvolvimento Local Sustentável (IDS), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), e o Instituto Nacional do Semiárido (Insa).

1° Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido. No período de 22 a 25 de setembro, o Insa, expôs suas ações no Semiárido brasileiro, contribuindo com reflexões sobre pesquisas, ações e articulações na região.

América Latina e União Europeia discutem adaptações da agricultura às mudanças climáticas. Participamos deste evento, realizado no período de 01 a 03 de setembro, na cidade do México, como correspondente científico do Brasil junto à UNCCD, realizado pelo Joint Research Centre of the European Commission (JRC). Reaproveitamento de água servida no Semiárido paraibano. No dia 09 de maio ocorreu a socialização de experiências nessa área. O evento foi promovido pela Rede Água da Articulação Semiárido paraibano (ASA-PB), em parceria com o Insa.

Observatório Astronômico do Sertão. No dia 09 de junho foi apresentado o “Projeto Impacton: um observatório no sertão”, que tem como objetivo a instalação e operação de um observatório astronômico dedicado à pesquisa de pequenos corpos do Sistema Solar. Esta iniciativa, além da operação pioneira de um telescópio robótico, integra o Brasil aos programas internacionais de busca, seguimento e estudo das propriedades físicas de asteroides e cometas potencialmente perigosos para a Terra. Instalado no município de Itacuruba (PE), o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI) iniciou a operação em março de 2011.

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Intercâmbio de Experiências – Na Busca da Sustentabilidade de Modos de Vida no Semiárido brasileiro. Realizado pela Organização Concern Universal, União Europeia, em parceria com o Insa, nos dias 28 e 29, reuniu mais de 30 organizações nacionais e internacionais.

2ª Oficina no contexto do projeto “Sistemas Agrícolas Familiares Resilientes a Eventos Ambientais Extremos no Semiárido brasileiro”. Durante o período de 11 a 14 de fevereiro, pesquisadores dos nove estados da região, envolvidos na execução do projeto, se reuniram para restituir os resultados planejados e executados nos territórios durante o primeiro ano dos estudos, além de discutir o processo metodológico, de sensibilização e caracterização qualitativa dos agroecossistemas.

Trajetórias e desafios da agricultura familiar e da agroecologia. O evento foi uma iniciativa da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, em parceria com o Insa, e marcou também o lançamento do projeto latino-americano Aliança pela Agroecologia, que reúne organizações sociais de sete países da América Latina dedicadas à promoção do desenvolvimento rural sustentável. Representantes de 13 organizações sociais da Bolívia, Nicarágua, Paraguai, Guatemala, Equador e Colômbia participaram do evento, que também incluiu visitas a experiências agroecológicas.

Ação comunitária no Parque Nacional do Catimbau (PE). A ação foi promovida pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo Departamento de Bioquímica/Centro de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a Rede Nanobiotec (Capes) e com o Insa. A 1ª Ação Comunitária “Ciência na Caatinga: valorizando pessoas, promovendo conservação” ocorreu dia 28 de abril, como parte das comemorações ao Dia Nacional da Caatinga, e contou com a participação de 1500 pessoas moradoras da comunidade.

Dia Mundial da Água. Realizado pela segunda vez no Insa, contou com a participação de mais de 500 estudantes de escolas públicas, além de agricultores experimentadores, técnicos e pesquisadores. A programação contemplou momentos distintos dedicados para os públicos específicos.

Insa assina termo de Termo de Transferência de material (TTM). Foi assinado junto à EMBRAPA Cerrados, o TTM que possibilitará a obtenção de sementes para realização de pesquisas sobre caracterização do material vegetal e o armazenamento na coleção de sementes de espécies nativas do Insa.

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69Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente

ADAGRO - Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de PernambucoASA - Articulação no Semiárido BrasileiroAS-PTA - Agricultura Familiar e AgroecologiaATES - Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária BA - Bahia BRAMAR - Desenvolvimento de Estratégias e Tecnologias Inovadoras para Mitigação dos Efeitos da Escassez de Água no Nordeste BrasileiroCAR - Cadastro Ambiental RuralCCA - Centro de Ciências AgráriasCDISAB - Centro de Documentação e Informação do Semiárido Brasileiro CDU - Classificação Decimal Universal CE - Ceará CENAUREMN - Centro Nordestino de Aplicação e uso da Ressonância Magnética NuclearCETEM - Centro de Tecnologia Mineral CETENE - Centro de Tecnologias Estratégicas para o NordesteCNCD - Comissão Nacional de Combate à DesertificaçãoCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCOOPERCUC Cooperativa Agropecuária Familiar de Uauá, Canudos e CuraçáCPqAM - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - FiocruzCTI - Ciência, Tecnologia e Inovação DOU - Diário Oficial da União EAN - Herbário Professor Jayme Coelho de MoraesEMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ENGENE - Encontro de Genética do NordesteFAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a AgriculturaFETECH - Feira anual de Ciência, Tecnologia e Inovação IF BAIANO - Instituto Federal BaianoINCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma AgráriaINEMET - Instituto Nacional de MeteorologiaINPA - Instituto Nacional de Pesquisas da AmazôniaINPE - Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisINSA - Instituto Nacional do SemiáridoIPD - Índice de Propensão à DesertificaçãoIPDESA - Índice de Propensão a Desertificação Econômica, Social e AgropecuárioIRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária ApropriadaISBN - Número Padrão Internacional de LivroJEPEX - Jornada de Ensino, Pesquisa e ExtensãoJEPEX - Jornada de Ensino, Pesquisa e ExtensãoJRC - Joint Research Centre of the European CommissionLAPAB - Laboratório de Pesquisas Aplicadas à Biofábrica LAPIS - Laboratório de Imagens de SatélitesMCTI - Ministério da Ciencia, Tecnologia e InovaçãoMDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MG - Minas Gerais MMA - Ministério do Meio AmbienteNBioCAT - Núcleo BioCaatingaNDVI - Índice de Vegetação do Semiárido NDWI - Índices de Água por Diferença NormalizadaNIM - Núcleo de Inovação MetodológicaOASI - Observatório Astronômico do Sertão de ItaparicaONG - Organização Não Governamental P1MC - Programa Um Milhão de CisternasPAA - Programa de Aquisição de Alimentos PE - Pernambuco PET - Politereftalato de EtilenoPNRA - Plano Nacional de Reforma AgráriaPRONERA - Programa Nacional de Educação na Reforma AgráriaRENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde

LISTA DE SIGLAS

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RN - Rio Grande do Norte SBG - Sociedade Brasileira de GenéticaSCUP - Subsecretaria das Unidades de PesquisaSIGSAB - Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido BrasileiroSNCT - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia TIC - Tecnologias da Informação e ComunicaçãoTTM - Termo de Transferência de MaterialUFAL - Universidade Federal de AlagoasUFCG - Universidade Federal de Campina Grande UFERSA - Universidade Federal Rural do SemiáridoUFPB - Universidade Federal da Paraíba UFPE - Universidade Federal de PernambucoUFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRPE - Universidade Federal Rural de PernambucoUNCCD - Convenção das Nações Unidas para o Combate à DesertificaçãoUNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco

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