Relatório - Pasta Normal e Pega do Cimento - NBR NM 43 E NBR NM 65
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Departamento de Engenharia Civil
Professor Dr. Izelman Oliveira Da Silva
Relatório de Experimentos
Goiânia 23, de Fevereiro de 2013.
CIMENTO PORTLAND - DETERMINAÇÃO DA PASTA DE CONSISTÊNCIA
NORMAL E DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE PEGA
A consistência normal da pasta é traduzida pelo teor de água em relação ao
peso do cimento. Esse teor de água é posteriormente usado para preparação da
pasta para a realização de experimento de tempo de pega do cimento. Para tais
experimentos são usados dois aparelhos, a sonda Tetmajer para determinação da
pasta de consistência normal e o aparelho de Vicat usado para determinação do
tempo de pega do cimento portland.
CIMENTO PORTLAND – DETERMINAÇÃO DA PASTA DE CONSISTÊNCIA
NORMAL ABNT NBR NM 43 – 2002
A consistência normal da pasta se resume no teor de água expresso em
porcentagem do peso da água em relação ao cimento. A Sonda Tetmajer que
consiste em uma haste móvel com peso de 300g ± 0,05g e uma extremidade de
sondagem de diâmetro de 10 mm ± 0,05mm com o suporte do aparelho de Vicat é
usada para determinação da consistência normal da pasta. Para realização do
experimento foram utilizados os seguintes materiais:
Balança de precisão 0,01g;
Cimento Portland;
Sonda Tetmajer;
Aparelho de Vicat;
Um misturador ou argamassadeira equipada com uma cuba de aço e pá de
metal normatizadas conforme NBR NM 43-2002;
Espátulas metálicas ou de borracha;
Molde com 40 cm de altura e diâmetro conforme especificado na NBR NM 43-
2002;
Placa de vidro com pelo menos 5mm de espessura;
Recipientes de porcelana;
Régua de metal;
Cronômetro digital.
Após a conferência e limpeza de todo o material inicia-se o procedimento:
1. Colocar uma determinada massa de cimento no recipiente de porcelana para
ser pesado, sem se esquecer de calibrar a balança com a tara do recipiente;
2. Pesar uma determinada quantidade de água relacionada em porcentagem
com a massa do cimento, sem se esquecer de calibrar a balança com a tara
do recipiente;
3. Calibrar o aparelho de Vicat com a placa de vidro já em seu suporte para que
se consiga determinar o ponto zero;
4. Feito isso, retirar a placa de vidro do aparelho de Vicat e usa lá para suporte
do fundo do molde;
5. O primeiro material a ser introduzido na cuba da argamassadeira é a água;
6. Logo após a introdução da água na argamassadeira, introduzir de forma lenta
a amostra de cimento portland;
7. Após a introdução deixar que descanse 30s cronometrados com a ajuda do
cronômetro digital;
8. Após os 30s de descanso, ligar a argamassadeira em sua velocidade de
rotação baixa e deixar que misture a amostra por 120s;
9. Passados os 120s desligar a argamassadeira por 15s, e então, com o auxílio
de uma espátula retirar todo o cimento que ficou nas paredes da cuba;
10.Após a retirada do cimento grudado nas paredes da cuba, ligar a
argamassadeira em rotação alta por 60s;
11. Imediatamente após os 60s introduzir a pasta no molde que se encontra em
uma superfície plana com a ajuda de uma espátula;
12.Golpear o molde utilizando a régua de metal para que possa liberar o ar da
amostra;
13.Com a ajuda de uma régua nivelar a superfície da pasta para que fique
nivelada com os limites do molde;
14.Ajustar o molde para que a sonda Tetmajer desça na parte central do molde e
soltar a sonda;
15.Marcar 30s no cronômetro, depois de passado o tempo marcado efetuar a
leitura na graduação do aparelho (mm).
Análise de Dados
Para que o resultado do experimento seja considerado satisfatório a
porcentagem de água em relação à massa do cimente deve estar na ordem de 30%
a 34% podendo sofrer ligeiras variações para mais ou para menos e a sonda
Tetmajer deve estar situada a uma distância de 6mm ± 1mm do fundo do molde, ou
seja, da placa de vidro. Lembrando que para cada tentativa repete-se todo o
procedimento do experimento, não podendo efetuar mais de um teste na mesma
amostra. Segue abaixo a tabela de tentativas até chegar a uma pasta de
consistência normal:
TENTATIVA CIMENTO (g) ÁGUA (%) ÁGUA (ml) RESULTADO
1ª 500 50 250 X
2ª 500 34 170 X
3ª 500 15 75 X
4ª 500 25 125 35 mm do fundo.
5ª 500 29 145 15 mm do fundo.
6ª 500 31 155 6 mm do fundo.
Como podemos observar de acordo com a tabela na 6ª tentativa obteve-se
um resultado satisfatório, ou seja, podemos utilizar a pasta de consistência normal
para realizarmos o experimento da determinação do tempo de pega do cimento
portland.
CIMENTO PORTLAND – DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE PEGA ABNT NBR NM
65 - 2003
Pega é o termo usado para descrever o processo de enrijecimento da pasta, o
tempo de pega é um período arbitrário do tempo que vai desde quando o momento
em que a pasta adquire certa consistência que a torna imprópria a um trabalho
(tempo de início de pega) até o total enrijecimento da pasta (tempo final de pega),
aplica-se este conceito à argamassa e também ao concreto. A velocidade do
processo da pega não é necessariamente um sinônimo da velocidade de
endurecimento da pasta, sendo que tempo de pega pode ser acelerado ou retardado
através da mistura de aditivos a pasta.
Para efetuar o experimento de determinação do tempo de pega utiliza-se a
pasta de consistência normal realizada no primeiro experimento, e os materiais
utilizados são:
Aparelho de Vicat;
Agulha de Vicat de diâmetro 1,13mm ± 0,05mm e comprimento de 50mm ±
1mm;
Além do molde com a pasta de consistência normal que foi elaborada no
primeiro experimento.
Procedimentos utilizados:
Descer a agulha de Vicat da haste móvel até a placa de vidro para que se possa
ajustar o indicador no marco zero;
Colocar o molde sobre o aparelho;
Penetrar a agulha de Vicat de forma suave e que não haja choque;
Efetuar a leitura após 30s de penetração;
Repetir o procedimento de penetração conforme tempo a ser determinado alterando
o local de penetração da agulha, até que se determine o tempo de início de pega e o
tempo final de pega.
Análise de Dados
O tempo de início de pega é determinado no momento em que a agulha
penetrar na pasta e após os 30s de espera se localizar a 1mm de distância da placa
de vidro. O tempo final de pega é constatado quando já não há mais nenhum tipo de
penetração da agulha na pasta, ou seja, a mesma está totalmente enrijecida.
Não foram obtidos resultados neste experimento, pois, passados 30 min a
pasta não apresentava características que podiam ser determinados o seu tempo de
início de pega.
CONCLUSÃO
Concluímos que na prática é muito importante conhecer o tempo e a
velocidade da pega do cimento Portland, para que assim, possamos organizar o
tempo de mistura, transporte, lançamento e adensamento de argamassas e
concretos feitos com o cimento Portland.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCANDIUZZI, L.; ANDRIOLO, F. R. Concreto e seus Materiais: Propriedades e Ensaio. São
Paulo: Pini, 1986.
FALCÃO BAUER, L.A. Materiais de Construção V. 1 5ª Edição Revisada. Rio de Janeiro:
LTC, 2003.
DAFICO ALVES, J. Materiais de Construção 8ª Edição. Goiânia: Editora UFG, 2006.
ABNT NBR NM 43 – 2002 e ABNT NBR NM 65 - 2003, Disponível em:
http://www.abnt.org.br. Acesso em 10 mar. 2013.