Relatorio Final

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Coleta de sangue e distribuição do material OBJETIVO O objetivo da coleta de sangue é a qualidade no fornecimento de cuidados ao paciente em um ambiente de laboratório que seja seguro para todos, desde os procedimentos adequados na coleta até o transporte e armazenamento das amostras. MATERIAIS UTILIZADOS • Algodão • Álcool a 70% • Garrote • Agulha • Tubos para coleta • Estante • Descarte Banho Maria Centrigugar PROCEDIMENTO: Para a realização da coleta chamou-se o paciente pelo nome completo e o colocou sentado na cadeira. Preparou-se todo o material de coleta na frente do paciente e mostrou que a agulha era descartável. Em seguida pediu-se ao paciente que deixa-se o braço bem estendido garroteando próximo ao local escolhido. Selecionou-se a melhor veia. Fez-se assepsia do local a ser puncionado com álcool a 70%.

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Coleta de sangue e distribuição do material

OBJETIVO

O objetivo da coleta de sangue é a qualidade no fornecimento de cuidados ao paciente em um ambiente de laboratório que seja seguro para todos, desde os procedimentos adequados na coleta até o transporte e armazenamento das amostras.

MATERIAIS UTILIZADOS

• Algodão• Álcool a 70%• Garrote• Agulha • Tubos para coleta• Estante• Descarte

Banho Maria Centrigugar

PROCEDIMENTO:

Para a realização da coleta chamou-se o paciente pelo nome completo e o colocou sentado na cadeira.Preparou-se todo o material de coleta na frente do paciente e mostrou que a agulha era descartável. Em seguida pediu-se ao paciente que deixa-se o braço bem estendido garroteando próximo ao local escolhido.Selecionou-se a melhor veia.Fez-se assepsia do local a ser puncionado com álcool a 70%.Após ter escolhido a veia a ser puncionada, não tocou-se mais no local.Retirou-se o protetor da agulha.Para puncionar a veia, esticou-se a pele do braço com o polegar e facilitou-se a penetração da agulha.Com o bisel voltado para cima e tubo de coleta dentro do adaptador puncionou-se o local escolhido.Soltou-se o torniquete assim que o sangue começou a entar no tubo, e em seguida retirou-se o tubo.Retirou-se a agulha do braço do paciente com o auxílio de uma mecha

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de algodão seco e fez-se uma leve pressão por alguns minutos.Finalizou-se a coleta pedindo ao paciente que mantesse o braço em posição horizontal sem dobrá-lo , pronto já fiz minha coleta.

Sugestões:

Curso de aperfeiçoamentos, antes da realização do estagio. Atualização do POP do setor. Maior interesse dos alunos.

DISTRIBUIÇÃO

Dependendo da análise desejada, o exame poderá ser realizado no sangue total hemograma,pesquisa de parasitas no sangue e outros), no plasma (glicose, estudos de coagulação, bioquímicos e sorológicos), no soro (bioquímicos e sorológicos). Quando se pretende realizar análise no soro, este deve ser colhido em tubo de ensaio vazio, isto é, sem anticoagulante, para que ocorra o processo de coagulação. Quando for necessário plasma para análise, a amostra deverá ser colhida em tubo de ensaio contendo anticoagulante específico. Neste caso não ocorre a coagulação, pois o anticoagulante irá inibir um dos fatores de coagulação (geralmente cálcio) impedindo assim a formação do coágulo.

SANGUE TOTAL Na hematologia as análises são feitas no sangue total. As amostras são conduzidas sob forma homogênea. O sangue é colhido com anticoagulantes específico e não há separação do plasma e elementos figurados ou seja das células sangüíneas.PLASMA A centrifugação acelera consideravelmente o processo natural de sedimentação em amostras com anticoagulante. Assim, amostras de sangue em que se deseja analisar as frações de plasma são centrifugadas a velocidade e tempo apropriados às análises. Para que a amostra de plasma produza resultados é necessário que esteja isenta de coágulo (quantidade insuficiente de anticoagulante e homogeneização inadequada). SORO Para que uma amostra de soro produza os melhores resultados é necessário que esteja isenta de fragmentos de fibrina ou células sangüíneas que tenham,

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por ventura, escapado da formação do coágulo. Qualquer vestígio de hemólise (rupturas das hemácias que resultam na liberação do conteúdo intracelular), pois estas podem ocasionar alterações em alguns exames.

RECEPÇÃO

Objetivo: Recepciona e orientar o paciente, fazer o cadastro e digitar e entrega de laudos.

Introdução:

A chegar à recepção do laboratório, o paciente devera estar portanto requisição med ica com os exames so l i c i tados pe lo seu med ico , a recepc ion is ta en tão i rá cadastra-lo, dando ênfase ao nome, idade, sexo, endereço e telefone. O cadastrodo paciente acompanha a identificação numérico controle do laboratório.

Cada cadastrado possui um numero de identificação, utilizando para etiqueta os recipientes de coleta. É impor tan te iden t i f i ca r sempre a par te la te ra l do f rasco , e nunca a tampa,principalmente em frascos de urina e fezes para evitar trocas de material.

Orientação:

Na recepção do laboratório o paciente irá receber as instruções de como deve proceder para coleta das amostras. Para dosagem bioquímica o p e r í o d o d e j e j u m , s e n d o t a m b é m n e c e s s á r i o o c o n h e c i m e n t o d o s medicamentos que o paciente possivelmente esteja tomando.Quando a coleta de sangue, orienta-se o paciente quanto ao esforço físico, o paciente deve vir ao laboratório totalmente descansado para evitar qualquer alterações nos resultados de seus exames.

Materiais e equipamentos. Computador Impressora

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BIOQUIMICA

Objetivo: Realizar a parte analítica de muitos os exames do laboratório, as investigações bioquímicas hoje estão presentes em todos os ramos da medicina clínica. Os resultados bioquímicos e químicos podem ser usados na monitorização, prognóstico, diagnóstico, tratamento e mesmo investigação de doenças

Materiais e equipamentos. Pipeta automática Pipeta graduada Pêra Ponteiras. Tubos de ensaio Estante Bulas Banho Maria Cronometro Centrifuga Espectrofotômetro Descartes Homogenizador Geladeira

Os exame Bioquímico:Acido UricoAlbuminaALT-TGPAST-TGOBilirrubinaCálcioCK-NACColesterol HDLColesterol TotalCreatininaFerroFosfatase Alcalina/FAGama – GTGlicoseHemoglobina GlicadaMagnésio

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MucoproteinaProteína TotaisTriglicéridesUréiaDHL ou LDH

Esses exames tem metodologias diferentes entre elas estão as Enzimáticas, Colorimétrica, Cinética, Goodwin Mod.

Valores de referencias.

Acido UricoAlbuminaALT-TGPAST-TGOBilirrubinaCálcioCK-NACColesterol HDLColesterol TotalCreatininaFerroFosfatase Alcalina/FAGama – GTGlicoseHemoglobina GlicadaMagnésioMucoproteinaProteína TotaisTriglicéridesUréiaDHL ou LDH

Variações para mais ou menos, possuem significado alterado e podem representar alguma patologia, ou disfunção corporal.

UROANALISE

Objetivo:

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Auxiliar no diagnóstico de doenças; realizar triagem de populações para doenças assintomáticas, congênitas, ou hereditárias; monitorar a progressão de doenças; monitorar a efetividade ou complicação da terapia e, realizar a triagem de trabalhadores de indústrias para doenças adquiridas.

Materiais e equipamentos. Pipeta automática Pipeta graduada Pêra Ponteiras. Estante Centrifuga Descartes Microscópio Geladeira Camara de Newbauer Lamina Lamínula Fita reagente Tubo cônico

- EAS (elementos anormais do sedimento) ou urina tipo I.

O EAS é o exame de urina mais simples, feito através da coleta de 40-50 ml de urina em um pequeno pote de plástico. Normalmente solicitamos que se use a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato. Esta pequena quantidade de urina desprezada serve para eliminar as impurezas que possam estar na uretra (canal urinário que traz a urina da bexiga). Após a eliminação do primeiro jato, enche-se o recipiente com o resto da urina.

EAS - Urina I

Um intervalo de mais de duas horas entre a coleta e a avaliação pode invalidar o resultado, principalmente se a urina não tiver sido mantida sob refrigeração.

O Exame de urina tipo 1 ou EAS é divido em duas partes. A primeira é feita através de reações químicas e a segunda por visualização de gotas da urina pelo microscópio.

Na primeira parte mergulha-se uma fita na urina, chamada de dipstick, como as que estão nas fotos ao lado. Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina. Esta parte é tão simples que pode ser feita no próprio consultório médico. Após 1 minuto,

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compara-se a cores dos quadradinhos com uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS.

Através destas reações e com o complemento do exame microscópico, podemos detectar a presença e a quantidade dos seguintes dados da urina:

 - Densidade- pH- Glicose- Proteínas- Hemácias (sangue)- Leucócitos- Cetonas- Urobilinogênio e bilirrubina- Nitrito- Cristais- Células epiteliais e cilindros

Os resultados do dipstick são qualitativos e não quantitativos, isto é, a fita identifica a presença dessas substâncias citadas acima, mas a quantificação é apenas aproximada. O resultado é normalmente fornecido em uma graduação de cruzes de 1 a 4. Por exemplo: uma urina com "proteínas 4+" apresenta grande quantidade de proteínas; uma urina com "proteínas 1+" apresenta pequena quantidade de proteínas. Quando a concentração é muito pequena, alguns laboratórios fornecem o resultado como "traços de proteínas".

a) Densidade:

A densidade da água pura é igual a 1000. Quanto mais próximo deste valor, mais diluída está a urina. Os valores normais variam de 1005 a 1035. Urinas com densidade próximas de 1005 estão bem diluídas; próximas de 1035 estão muito concentradas, indicando desidratação. Urinas com densidade próxima de 1035 costumam ser muito amareladas e normalmente possuem odor forte.A densidade indica a concentração das substâncias sólidas diluídas na urina, sais minerais na sua maioria. Quanto menos água houver na urina, maior será sua densidade.

b) pH:

A urina é naturalmente ácida, já que o rim é o principal meio de eliminação dos ácidos do organismo. Enquanto o pH do sangue costuma estar em torno de 7,4, o pH da urina varia entre 5,5 e 7,0, ou seja, bem mais ácida.Valores de pH maiores ou igual 7 podem indicar a presença de bactérias que alcalinizam a urina. Outros fatores que podem deixar a urina mais alcalina são uma dieta pobre em proteína animal, dieta rica em frutas cítricas ou derivados de leite, e uso de medicamentos como acetazolamida, citrato de potássio ou bicarbonato de sódio. Ter tido vômitos horas antes do exame também pode ser

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uma causa de urina mais alcalina. Em casos mais raros, algumas doenças dos túbulos renais também podem deixar a urina com pH acima de 7,0.

Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no sangue ou doença nos túbulos renais. Uma dieta com elevada carga de proteína animal também pode causar uma urina mais ácida. Outras situações que aumentam a acidez da urina incluem episódios de diarreia ou uso de diurético como hidroclorotiazida ou clortalidona.O valor mais comum é um pH por volta de 5,5-6,5, porém, mesmo valores acima ou abaixo dos descritos podem não necessariamente indicar alguma doença. Este resultado deve ser interpretado pelo seu médico.

c) Glicose:

Toda a glicose que é filtrada nos rins é reabsorvida de volta para o sangue pelo túbulos renais. Deste modo, o normal é não apresentar evidências de glicose na urina.A presença de glicose na urina é um forte indício de que os níveis sanguíneos estão altos. É muito comum pessoas com diabetes mellitus apresentarem perda de glicose pela urina. Isto ocorre porque a quantidade de açúcar no sangue está tão alta, que parte deste acaba saindo pela urina. Quando os níveis de glicose no sangue estão acima de 180 mg/dl, geralmente há perda na urina.A presença de glicose na urina sem que o indivíduo tenha diabetes costuma ser um sinal de doença nos túbulos renais. Isso significa que apesar de não haver excesso de glicose na urina, os rins não conseguem impedir sua perda.Basicamente, a presença de glicose na urina indica excesso de glicose no sangue ou doença dos rins.

d) Proteínas:

A maioria das proteínas não são filtradas pelo rim, por isso, em situações normais, não devem estar presentes na urina. Na verdade, existe apenas uma pequena quantidade de proteínas na urina, mas são tão poucas que não costumam ser detectadas pelo teste da fita. Portanto, uma urina normal não possui proteínas.Quantidades pequenas de proteínas na urina podem ser causadas por dezenas de situações, que vão desde situações benignas e triviais, como presença de febre, exercício físico horas antes da coleta de urina, desidratação ou estresse emocional, até causas mais graves, como infecção urinária, lúpus, doenças do glomérulo renal e lesão renal pelo diabetes.

Grandes quantidade de proteínas na urina quase sempre indicam a presença de uma doença, sendo a lesão renal pelo diabetes e as doenças glomerulares

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as causas mais comuns.Existem duas  maneiras de se apresentar o resultado das proteínas na urina: em cruzes ou uma estimativa em mg/dL:Ausência = menos que 10 mg/dL (valor normal)Traços = entre 10 e 30 mg/dL1+ = 30 mg/dl2+ = 40 a 100 mg/dL3+ = 150 a 350 mg/dL4+ = Maior que 500 mg/dL

A presença de proteínas na urina se chama proteinúria, pode indicar doença renal e deve ser sempre investigada). O exame da urina de 24h é normalmente feito para se quantificar com exatidão a quantidade de proteínas que se está perdendo na urina (leia:

e) Hemácias na urina / hemoglobina na urina / sangue na urina:

Assim como nas proteínas, a quantidade de hemácias (glóbulos vermelhos) na urina é desprezível e não consegue ser detectada pelo exame da fita. Mais uma vez, os resultados costumam ser fornecidos em cruzes. O normal é haver ausência de hemácias (hemoglobina).Como as hemácias são células, elas podem ser vistas com um microscópio. Deste modo, além do teste da fita, também podemos procurar por hemácias diretamente pelo exame microscópico, uma técnica chamada de sedimentoscopia. Através do microscópio consegue-se detectar qualquer presença de sangue, mesmo quantidades mínimas não detectadas pela fita.Neste caso, os valores normais são descritos de duas maneiras:  - Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mL

A presença de sangue na urina chama-se hematúria e pode ocorrer por diversas doenças, como infecções, pedras nos rins e doenças renais graves (para saber mais detalhes sobre a hematúria,. Um resultado falso positivo pode acontecer nas mulheres que colhem urina enquanto estão na período menstrual.

Uma vez detectada a hematúria, o próximo passo é avaliar a forma das hemácias em um exame chamado "pesquisa de dismorfismo eritrocitário". As hemácias dismórficas são hemácias com morfologia alterada, comum em algumas doenças como a glomerulonefrite. É possível haver pequenas quantidades de hemácias dismórficas na urina sem que isso tenha relevância clínica. Apenas valores acima de 40 a 50% costumam ser considerados relevantes.Não é todo laboratório que possui gente capacitada para executar esse exame.

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Por isso, muitas vezes ele não é feito automaticamente. É preciso o médico solicitar especificamente essa avaliação.

f) Leucócitos ou piócitos - Esterase leucocitária

Os leucócitos, também chamados de piócitos, são os glóbulos brancos, nossas células de defesa. A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias. Em geral, sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações, como traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outra inflamação não causada por um agente infeccioso. Podemos simplificar e dizer que leucócitos na urina significa pus na urina.Como também são células, os leucócitos podem ser contados na sedimentoscopia. Valores normais estão abaixo dos 10.000 células por mL ou 5 células por campoAlguns dipsticks apresentam um quadradinho para detecção de leucócitos, normalmente o resultado vem descrito como "esterase leucocitária". O normal é estar negativo.

g) Cetonas ou corpos cetônicos:

Os corpos cetônicos são produtos da metabolização das gorduras. Os corpos cetônicos são produzidos quando o corpo está com dificuldade em utilizar a glicose como fonte de energia. As causas mais comuns são o diabetes, o jejum prolongado e dietas rigorosas. Outras situações menos comuns incluem febre, doença aguda, hipertireoidismo, gravidez e até aleitamento materno.Normalmente a produção de cetonas é muito baixa e estas não estão presentes na urina.Alguns medicamentos como captopril, ácido valproico, vitamina C (ácido ascórbico) e levodopa podem causar falso positivos.

h) Urobilinogênio e bilirrubina

Também normalmente ausentes na urina, podem indicar doença hepática (fígado) ou hemólise (destruição anormal das hemácias). A bilirrubina só costuma aparecer na urina quando os seus níveis sanguíneos ultrapassam 1,5 mg/dL. O urobilinogênio pode estar presente em pequenas quantidades sem que isso tenha relevância clínica.

i) Nitritos

A urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma esses nitratos em nitritos. Portanto, fita com nitrito positivo é um sinal indireto da presença de bactérias. Nem todas as bactérias têm a capacidade de

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metabolizar o nitrato, por isso, exame de urina com nitrito negativo de forma alguma descarta infecção urinária.Na verdade, o EAS apenas sugere infecção. A presença de hemácias, associado a leucócitos e nitritos positivos, fala muito a favor de infecção urinária, porém, o exame de certeza é a urocultura.A pesquisa do nitrito é feita através da reação de Griess, que é o nome dado a reação do nitrito com um meio ácido. Por isso, alguns laboratórios fornecem o resultado como Griess positivo ou Griess negativo, que é igual a nitrito positivo ou nitrito negativo, respectivamente.

j) Cristais

Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, não tem nenhuma importância clínica. Ao contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma maior propensão à formação de cálculos renais.Os únicos cristais com relevância clínica são:- Cristais de cistina- Cristais de magnésio-amônio-fosfato (estruvita)- Cristais de tirosina- Cristais de bilirrubina- Cristais de colesterolA presença de cristais de ácido úrico, se em grande quantidade, também deve ser valorizada.

k) Células epiteliais e cilindros

A presença de células epiteliais é normal. São as próprias células do trato urinário que descamam. Elas só têm valor quando se agrupam em forma de cilindro, recebendo o nome de cilindros epiteliais.Como os túbulos renais são cilíndricos, toda vez que temos alguma substância (proteínas, células, sangue...) em grande quantidade na urina, elas se agrupam em forma de um cilindro. A presença de cilindros indica que esta substância veio dos túbulos renais e não de outros pontos do trato urinário como a bexiga, ureter, próstata, etc. Isto é muito relevante, por exemplo, nos casos de sangramento, onde um cilindro hemático indica o glomérulo como origem, e não a bexiga, por exemplo.Os cilindros que podem indicar algum problema são:

- Cilindros hemáticos (sangue) = Indica glomerulonefrite- Cilindros leucocitários = Indicam inflamação dos rins- Cilindros epiteliais = indicam lesão dos túbulos- Cilindros gordurosos = indicam proteinúria

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Cilindros hialinos não indicam doença, mas pode ser um sinal de desidratação.A presença de muco na urina é inespecífica e normalmente ocorre pelo acúmulo de células epiteliais com cristais e leucócitos. Tem pouquíssima utilidade clínica. É mais uma obervação.Em relação ao EAS (urina tipo I) é importante salientar que esta é uma análise que deve ser sempre interpretada. Os falsos positivos e negativos são muito comuns e não dá para se fechar qualquer diagnóstico apenas comparando os resultados com os valores de referência.

Ácido ascórbico na urina

É comum os laboratórios chamarem a atenção quando há ácido ascórbico (vitamina C) na urina. Este dado é importante porque o ácido ascórbico pode alterar os resultados do dipstick, principalmente na detecção de hemoglobina, glicose, nitritos, bilirrubina e cetonas. É importante o médico saber que resultados inesperados podem ser falsos positivos ou falsos negativos causados pela vitamina C.

Valores de referencias.

 - Densidade- pH- Glicose- Proteínas- Hemácias (sangue)- Leucócitos- Cetonas- Urobilinogênio e bilirrubina- Nitrito- Cristais- Células epiteliais e cilindros

Parasitologia

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Objetivo:  Conhecer a epidemiologia dos parasitas animais: Protozoários e

Helmintos; Apresentar os recursos profiláticos para combater os parasitas;

Conhecer os ciclos evolutivos dos parasitas humanos;  Adquirir noções de

patogenicidade dos helmintos e protozoários; Poder avaliar o prognóstico dos

parasitas.

Materiais e Metodos

Cálice

Béquer

Laminas

Laminulas

Tamiz

Espatula de madeira

Pipeta de Pasteur

Pipetas graduadas

Tubo Conico

Kit de Pesquisa de Sangue Oculto

Microscopio

Centrifuga

Chapa aquecedora

Soluçao de Sulfato de Zinco a 33%

Soluçao Saturada de NaCl

Soluçao fisiologica

Formaldeido

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Os exames parasitológicos podem ser qualitativos ou quantitativos, apresentando diferentes sensibilidades na detecção de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários. O sucesso diagnóstico das parasitoses depende da coleta das fezes e do número de amostras.

É recomendado que a amostra seja colhida num recipiente seco, numa quantidade mínima de 100 gramas, e que seja analisada o mais rápido possível, para que não ocorra a deterioração dos parasitas mais frágeis. Quando não é possível se seguir essas especificações, as amostras deverão ser colocadas em recipientes que contenham conservantes, afim de preservar as formas parasitárias existentes. Uma vez no setor técnico, deve-se empregar os métodos diagnósticos mais indicados e específicos para a amostra em questão. Os métodos de concentração fecal geralmente mais empregados são:

- Método de Hoffmann (Lutz, Hoffmann, Pons e Janer): sedimentação espontânea, mais indicado para a detecção de ovos pesados (A. lumbricoides inférteis, T. trichiura e S. mansoni)

- Método de Faust: centrífugo flutuação, mais indicado para a detecção de ovos leves (A. duodenale, N. americanus, A. lumbricoides férteis, H. nana) e cistos de protozoários (G. lamblia e E. histolytica).

MÉTODO DE HOFFMANN

Material: béquer pequeno (ou copinho de plástico), espátula de madeira, gaze ou tamis (peneira), taça de sedimentação, pipeta Pasteur (canudinho), lâmina, lugol, lamínula, microscópio ótico.

Método: Dissolver de 2 a 5 g de fezes no béquer com um pouco de água. Coar a suspensão em gaze ou tamis, em uma taça de sedimentação. Deixar sedimentar por um período de 2 a 24 horas. Após sedimentação, com o auxílio de uma pipeta Pasteur (canudinho), coletar do fundo cônico da taça um pouco do sedimento. Passar o material para uma lâmina de vidro, adicionar 01 ou 02 gotas de lugol, cobrir com lamínula e realizar leitura em microscópio ótico.

MÉTODO DE FAUST MODIFICADO

Material: béquer pequeno, espátula de madeira, gaze ou tamis, tubo cônico, água, centrífuga, pipeta Pasteur, lâmina, lugol, lamínula, microscópio ótico.

Método: Dissolver cerca de 1 a 2 g de fezes em béquer com um pouco de água. Coar a suspensão em gaze ou tamis, em um tubo cônico, enchendo-o até a marcação de 10mL. Centrifugar o tubo por 1 min a 2500 rpm. Desprezar o sobrenadante e ressuspender o sedimento. Repetir a lavagem do material por 2 a 3 vezes, sempre ressuspendendo o sedimento antes de cada lavagem. Na última lavagem, com a pipeta Pasteur, colher um pouco do sedimento, passando-o para uma lâmina de vidro. Adicionar 01 gota de lugol, cobrir com lamínula e realizar leitura em microscópio ótico.

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MÉTODO DE FAUST

Material: béquer pequeno, espátula de madeira, gaze ou tamis, tubo cônico, água, solução de sulfato de zinco a 33%, centrífuga, alça de platina, lâmina, lugol, lamínula, microscópio ótico.

Método: Dissolver cerca de 1 a 2 g de fezes em béquer com um pouco de água. Coar a suspensão em gaze ou tamis, em um tubo cônico, enchendo-o até a marcação de 10mL. Centrifugar o tubo por 1 min a 2500 rpm. Desprezar o sobrenadante e ressuspender o sedimento. Repetir a lavagem do material por 3 a 4 vezes, sempre ressuspendendo o sedimento antes de cada lavagem. Na última lavagem, decantar o sobrenadante, ressuspender o sedimento muito bem, e completar os 10 mL do tubo com solução de sulfato de zinco a 33%. Centrifugar o tubo por 1 min a 2500 rpm. Com a alça de platina dobrada em “L” (90°), ou com a pipeta de pasteur colher o material da superfície do tubo, passando-o para uma lâmina. Adicionar 01 gota de lugol, cobrir com lamínula e realizar leitura em microscópio ótico.

MÉTODO DE CENTRÍFUGO FLUTUAÇÃO (RITCHIE; MIF ou MIFC)

quando as fezes são conservadas em formol a 10%, a técnica tem o nome de “Método de Ritchie” ou “formol-éter”. Quando as fezes são conservadas em MIF, o nome é “Método de Blagg” ou “MIFC”.

• Método de Ritchie

Material: frasco coletador com formol a 10%, gaze ou tamis, tubo cônico, solução de étersulfúrico, centrífuga, bastão, algodão, pipeta Pasteur, solução salina, lugol, lâmina, lamínula, microscópio ótico.

Método: Coletar as fezes recém emitidas em frasco com formol a 10%, homogeneizando bem durante 2 minutos. Filtrar 1 ou 2 mL da suspensão em gaze ou tamis num tubo cônico. Adicionar 4 a 5 mL de éter-sulfúrico, arrolhar o tubo e agitar vigorosamente (importante para desengordurar o material). Centrifugar por 1 min a 1500 rpm. Com o auxílio de um bastão, retirar a camada de detritos. Desprezar o líquido, e limpar com algodão as paredes do tubo (que deve permanecer de boca para baixo). Acrescentar gotas de salina e/ou lugol ao sedimento. Com o auxílio de uma pipeta, colher uma gota do sedimento, colocar e lâmina, cobrir com lamínula e realizar leitura em microscópio ótico.

• Método MIF ou MIFC

Material: Coprotest (frasco de coleta que contém conservador MIF), tubo cônico, solução de acetato de etila ou éter, centrífuga, bastão, algodão, pipeta Pasteur, solução salina, lugol, lâmina, lamínula, microscópio ótico.

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Método: Coletar as fezes recém emitidas em frasco Coprotest, homogeneizando bem durante 2 min. Transferir a suspensão para um tubo cônico, e acrescentar 3 mL de acetato de etila ou éter, arrolhar o tubo e agitar vigorosamente. Centrifugar por 3 min a 1500 rpm. Com o auxílio de um bastão, retirar a camada de detritos. Desprezar o líquido, e limpar com algodão as paredes do tubo (que deve permanecer de boca para baixo). Acrescentar gotas de salina e/ou lugol ao sedimento. Com o auxílio de uma pipeta, colher uma gota do sedimento, colocar e lâmina, cobrir com lamínula e realizar leitura em microscópio ótico.

Cistos e Ovos

Cisto de Endolimax nana

Cisto de Entamoeba coli

Cisto de Entamoeba histolytica

Cisto de Giardia Lamblia

Ovo de Ascaris lumbricoides

Ovo de Enterobius vermiculares

Ovo de Strongyloides stercoralis

Ovo de Ancilostomideo

Ovo de Tricuris Trichiura.

Pesquisa de Sangue Oculto

A pesquisa de sangue oculto é uma pequena quantidade de fezes sobre uma placa de reação (placa de cromatografia de camada delgada). Essa amostra é colocada sobre um pedaço de papel de filtro impregnado com substâncias químicas, que evidencia a presença de sangue nas fezes. Caso seja descoberto sangue nas fezes serão necessários outros exames para diagnosticar a origem do sangramento criando condições para tratar precocemente úlceras, cânceres ou outras anormalidades. O exame é feito com o kit composto pela placa de reação (placa de cromatografia de camada delgada), solução tampão (tubo que funciona como conta-gotas) e a amostra a ser analisada, então só observar.

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Lavagem e Esterilização

Objetivo: Padronizar procedimentos de lavagem e esterilização de vidrarias e utensílios em geral, tomando os devidos cuidados de forma que os utensílios podem ser usados em qualquer área técnica do laboratório, já que a utilização dos matérias limpos é fundamental para a qualidade dos resultados

Materiais e Métodos

Estufa de secagem para vidros

Estufa de secagem para plásticos

Autoclave

Água deionizada

Hipoclorito a 1%

Detergente enzimático

Detergente não iônico

Álcool

Procedimento para lavagem

Ao recolher os materiais utilizados nos setores, lavar com detergente não iônico, álcool e hipoclorito e enxaguar com água corrente, após esta etapa deixar de molho no hipoclorito por 6 horas, enxaguar deixar no detergente enzimático por 5 minutos, enxaguar mais 5 minutos em água deionizada, enxaguar água deionizada corrente e água deionizada.

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Estufas

A estufa para vidrarias 110°C a 600 min

A estufa para plásticos 75°C a 1000 min

Autoclave

121ºC a 20 minutos