Relatorio Cromatografia Andrey, Henrique CORRETO
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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ANDREY EDUARDO MARQUES CASTRO
HENRIQUE DE PELEGRINI
CROMATOGRAFIA EM PAPEL
CRICIÚMA, SETEMBRO DE 2010
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ANDREY EDUARDO MARQUES CASTRO
HENRIQUE DE PELEGRINI
CROMATOGRAFIA
Relatório apresentado ao Curso de Engenharia Química da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, solicitado na disciplina de Química Orgânica Experimental, pelo Profo. Gilson Menegali.
CRICIÚMA, SETEMBRO DE 2010
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................5
2.1 Cromatografia.................................................................................................................5
2.1.1 Cromatografia em Papel................................................................................5
2.1.2 Fator de Retenção..................................................................................................6
2.1.3 Preparação do papel..............................................................................................7
3 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................ 8
3.1 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 8
4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................... 9
4.1 Materiais e equipamentos ............................................................................................... 9
4.2 Métodos .......................................................................................................................... 9
5 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS .............................................................................. 10
5.1 Medidas das distâncias ................................................................................................. 10
5.2 Cálculos do Fator de Retenção ..................................................................................... 10
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................12
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 123
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1 INTRODUÇÃO
A cromatografia é uma técnica empregada para separação, análise e identificação de
misturas que faz se valer das características que cada composto tem de adsorver se e deslocar-
se em um meio estacionário. Identifica-se o composto então por essa capacidade particular de
cada composto.
Neste relatório, realizado no laboratório da Universidade do Extremo Sul Catarinense,
será descrito um procedimento experimental de cromatografia em papel, uma das variações
existentes de cromatografia. Neste método, uma tira de papel filtro cortada no tamanho do
recipiente recebe a amostra da mistura em forma de uma gota concentrada em um local
definido do papel. O papel então é imerso no recipiente contendo o solvente, de modo que não
encoste a amostra no líquido, e espera-se que a amostra percorra uma distância que será
medida posteriormente ao longo do papel. Neste caso, utilizamos a cromatografia ascendente,
onde o solvente sobe ao longo do papel através dos capilares de celulose e tendo como força
motriz a volatilidade do solvente.
As amostras utilizadas neste trabalho foram provenientes de canetas de cores diversas
disponibilizadas para o experimento.
Ao longo deste documento serão descritos os objetivos do trabalho,uma breve revisão
bibliográfica e os resultados encontrados no ensaio.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Cromatografia
A Cromatografia trata-se de um método físico utilizado para separar, identificar e
purificar os componentes de uma mistura de compostos químicos. No método, a amostra é
distribuída em duas fases, uma fase estacionária e outra móvel que se movimenta por
percolação através da fase estacionária de forma tal, que cada componente da mistura é
separado/retido pela fase estacionária.
Esse processo ocorre, devido à adsorção dos componentes da mistura ao longo da fase
estacionária. A separação é efetuada graças às diferenças dos coeficientes de distribuição dos
diferentes componentes da mistura.
Existem inúmeros tipos de cromatografia disponíveis de acordo com os princípios
físicos envolvidos na separação. São elas: cromatografia por adsorção, cromatografia de
partição, cromatografia de troca iônica, cromatografia de exclusão, cromatografia em coluna e
cromatografia em papel. Neste trabalho experimental, será dada ênfase apenas a esta última
devido ao fato de ser objeto de nosso estudo.
2.1.1 Cromatografia em Papel
Trata-se de um micro técnica muito utilizada para separação de misturas na faixa de
micro gramas a miligramas. A forma mais utilizada desta técnica é a forma ascendente, no
qual se trabalha com uma tira de papel filtro (especial para cromatografia) de
aproximadamente 9 x 3 cm.Conforme MARAMBIO (2007),traça –se uma linha na base do
papel para que se aplique as amostras a aproximadamente 2 cm do final da folha(papel).As
amostras devem ser o mais concentrada possível.
Após a aplicação das amostras,leva-se o papel a um recipiente contendo o solvente,de
forma que os pontos das amostras não encoste no nível de líquido do recipiente,apenas o
papel pode entrar em contato com o solvente.É importante também que o recipiente esteja
totalmente fechado para garantir que a atmosfera dentro dele esteja saturada com o vapor do
solvente.
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Figura 1 – Desenho esquemático do sistema de cromatografia em papel. (Fonte: MARAMBIO, 2007)
Então, a característica porosa do papel, permite que o solvente ascenda devido a sua
volatilidade, arrastando os diferentes componentes da mistura de acordo com suas diferentes
capacidades de adsorção. No início do processo, o solvente se sobe com mais rapidez, porém
com o passar do tempo, a volatilidade do solvente dentro da capilaridade do papel de equilibra
com a ação da gravidade.
Assim,quando solvente estiver em estado estacionário quanto a sua ascensão,retira-se
o papel do recipiente, marca-se a posição do solvente com um lápis e aguarda-se a secagem
do papel. Caso a mistura original tenha sido aplicada em forma de gota concentrada, os
componentes individuais aparecem cm uma série de manchas separadas. Para as que
revelaram manchas incolores, existe uma técnica específica que não nos interessa neste
momento.
2.1.2 Fator de Retenção
O fator de retenção (Rf), também chamado na literatura de constante de corrimento, é
a distância percorrida por cada composto em uma amostra, dividido pela distância percorrida
pelo solvente. O Rf,é uma constante física de cada composto em determinadas condições
cromatográficas e segundo MARAMBIO(2007),uma vez que tenhamos calibrado o método
para compostos conhecidos,cujos Rf’s tenham sido determinados em condições
especificadas,obtemos um padrão para a análise e identificação qualitativa de misturas de
compostos.Assim, compara-se este valor encontrado para a amostra com o padrão.
O cálculo do Rf é realizado medindo-se a distância que a substância se deslocou a
partir do ponto em que foi aplicada (da), a partir do centro de gravidade da mancha e divide-se
pela distância percorrida pela massa de solvente a partir do ponto da amostra (dm).
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Figura 2 – Representação esquemática das medidas usadas na cromatografia em papel. (Fonte:
MARAMBIO, 2007)
2.1.3 Preparação do papel
Alguns procedimentos dever ser levados em conta na preparação do papel filtro para
evitar que a cromatografia apresente resultados satisfatórios. Um deles é manipular o papel
pelas pontas para não depositar a gordura das mãos sobre a fibra do papel, que pode levar a
obstrução do caminho de capilares.
As tiras também devem ser cortadas em tamanhos que caibam dentro do recipiente de
forma que não se encostem às paredes do mesmo.
Outra preocupação na hora do teste é o corte do papel. Deve-se cortá-los no sentido do
eixo das fibras de celulose para facilitar a passagem da fase móvel.
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3 OBJETIVO GERAL
Desenvolver um estudo da cromatografia em papel.
3.1 Objetivos Específicos
•••• Realizar um experimento de cromatografia em papel
•••• Separar os componentes (corantes) das tintas de um conjunto de canetas (amostra)
•••• Interpretar os dados experimentais e estimar,a partir de critérios estabelecidos,o fator
de retenção (Rf) da amostra com o intuito de identificar os compostos.
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4 MATERIAIS E MÉTODOS
Para o desenvolvimento deste experimento, foram usados os métodos, materiais e
equipamentos descritos abaixo.
4.1 Materiais e equipamentos
• Solução 1:1 água/etanol • Canetas de vários tipos e de várias cores • Papel filtro em folhas • Tesoura • Béquer de 250 mL • Vidro de relógio no diâmetro do béquer • Régua
4.2 Métodos
A primeira etapa do experimento consistiu em cortar o papel filtro de modo que se
acomodasse corretamente dentro do béquer (sem encostar-se à tampa e nas paredes),e fez se
um traço de uma borda a outra do papel,a aproximadamente 1 cm de distância da borda
inferior do papel.Neste experimento,utilizou-se a medida de papel de 9 x 6 cm.O traço foi
para marcar o lugar de aplicação das amostras,de modo que não encostasse no nível de
solvente.
No Becker, foi colocada uma quantidade de solvente (solução 1:1 de água/etanol) na
medida em que a solução não se encostasse aos pontos marcados com as cores das
canetas(amostra).
Após a aplicação das amostras a aproximadamente 2 cm de distância umas das
outras,colocou-se o papel dentro do Becker,com cuidado para não dobrar e nem tocar as
paredes do recipiente.Neste caso,as amostra foram as tintas das canetas hidrocor utilizadas
para fim educativo.Em outros casos,utiliza-se capilares para aplicar as amostras no tamanho
especificado da gota.
Aguardou-se um tempo de aproximadamente 20 minutos procedeu-se com as medidas
descritas na sessão 2.1.2. Os resultados serão apresentados na próxima sessão.
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5 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
5.1 Medidas das distâncias
Após o papel permanecer no recipiente por tempo suficiente para solvente não
apresentar mais ascensão,o papel foi removido para proceder com as medidas requeridas para
o cálculo do Fator de retenção.A tabela 1 apresenta as amostras aplicadas (cores diferentes),
as cores em que cada cor inicial se dividiu ( compostos presentes na amostra inicial ) e as
medidas percorridas por cada composto.
Tabela 1 – Resultados das medidas percorridas pelos diferentes compostos
AMOSTRA COMPOSTOS DISTÂNCIA (cm) TOTAL (cm)
1- Vermelho Vermelho 2
7 Laranja 5
2 - Preto
Preto 0,5
7 Cinza 5,5
Vermelho 1
3 - Verde limão Transparente 5,5 5,5
Fonte: Elaboração dos autores (2010)
5.2 Cálculos do Fator de Retenção
Abaixo podem ser conferidos os cálculos dos Fatores de Retenção para cada um dos
compostos de cada amostra analisada:
Rf = a/v
Onde: Rf = Fator de Retenção; a = dist. Percorrida pelo composto; v = dist. Percorrida
pelo solvente.
Os resultados estão mostrados abaixo em formas de tabelas para cada amostra:
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Amostra 1 :
Distância percorrida pelo solvente: 7 cm
Tabela 3 – Resultados das medições dos componentes da amostra 1:
COMPONENTES-AMOSTRA 1 DISTÂNCIA (cm) Rf (adimensional)
Vermelho 2 0,285
Laranja 5 0,714
Fonte: Elaboração dos autores (2010)
A tabela 3 mostra os resultados para a amostra da cor vermelha. Podemos notar que a
tinta vermelha da caneta foi composta de corantes da cor vermelha e laranja.
Amostra 2 :
Distância percorrida pelo solvente: 7 cm
Tabela 4 – Resultados das medições dos componentes da amostra 2
COMPONENTES-AMOSTRA 2 DISTÂNCIA (cm) Rf (adimensional)
Preto 0,5 0,0714
Cinza 5,5 0,785
Vermelho 1 0,142
Fonte: Elaboração dos autores (2010)
Amostra 3 :
Distância percorrida pelo solvente: 5,5 cm
Tabela 4 – Resultados das medições dos componentes da amostra 3
COMPONENTES-AMOSTRA 3 DISTÂNCIA (cm) Rf (adimensional)
Vermelho 5,5 1
Fonte: Elaboração dos autores (2010)
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos no procedimento experimental, não foram utilizados para
identificar os compostos presentes na misturas das tintas das canetas devido à ausência de um
padrão adequado para tais compostos. A técnica de cromatografia em papel desenvolvida
neste relatório se encerra no cálculo do Fator de retenção.
Para executar o experimento de cromatografia em papel, deve-se escolher o solvente
mais adequado para cada tipo de amostra, quanto à polaridade dos mesmos. Há também
outros tipos de papel para realizar o procedimento.
Outros critérios mais detalhados acerca da técnica devem ser levados em consideração
para analises onde se exige um resultado mais rigoroso tecnicamente.
O experimento, por mais simples que tenha sido a sua realização, cumpriu os objetivos
educativos propostos no programa da disciplina.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - MARAMBIO,O.G., Métodos Experimentales en Química Orgânica. Pizarro DC.1a Ed. UTEM, , Mayo 2007 .Editorial Universidad Tecnológica Metropolitana. 2 - VOGEL, A, I., Química orgânica: análise orgânica qualitativa, 3ª Ed., Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico S.A., 1981. V. 1