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Curso: Psicopedagogia e Educação infantil Disciplina: Psicomotricidade da Educação Professor: Ms. Luciano Osmar Menezes

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  • Curso: Psicopedagogia e Educao infantilDisciplina: Psicomotricidade da Educao

    Professor: Ms. Luciano Osmar Menezes

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    Instituto Superior de Educao do Vale do JuruenaAssociao Juinense de Ensino Superior do Vale do Juruena

    Ps-Graduao Lato Sensu em Psicopedagogia e Educao InfantilProf. Ms. Luciano Osmar Menezes

    A Psicomotricidade uma prtica pedaggica que visa contribuir para desenvolvimento integral da criana no processo de ensino-

    aprendizagem, favorecendo os aspectos fsicos, mental, afetivo-emocional e scio-cultural, buscando estar sempre condizente com a

    realidade dos educandos.

    Segundo Le Bouche (1969), a Psicomotricidade se d atravs de aes educativas de movimentos expontneos e atitudes corporais da

    criana, proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para a formao de sua personalidade.

    Av. Gabriel Muller, 1065 Modulo 01 Juna MT CEP 78320-000www.ajes.edu.br [email protected]

    Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didtico.De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.

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    Apostila extrada abaixo disponvel em: acesso em: 12 maio 2012

    APRESENTAO

    Este mdulo prope-se analisar a psicomotricidade, os objetivos, a estrutura, a importncia para o professor de educao e possibilidades de educao nas diferentes condutas motoras da criana em idade pr-escolar e em idade escolar.

    I PSICOMOTRICIDADE

    Introduo

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    Psicomotricidade a cincia do Homem em movimento, das relaes consigo e com o mundo, com o corpo, atravs do corpo e de sua corporeidade Freinet.

    O estudo da psicomotricidade permite compreender a forma como a criana toma conscincia do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, um dos aspectos que o trabalho psicomotor assumir durante o perodo escolar ser, precisamente, o de fazer com que a criana passe da etapa perspectiva fase da representao mental de um espao orientado tanto no espao como no tempo.

    Ao estudarmos o comportamento de uma criana, percebemos como o seu desenvolvimento. O comportamento e a conduta so termos adequados para todas as suas reaes, sejam elas reflexas, voluntrias e espontneas, ou aprendidas. Assim como o corpo cresce, o comportamento evolui. No processo de desenvolvimento a criana evolui tanto fsica, quanto intelectual e emocionalmente. As primeiras evidncias de um desenvolvimento normal mental so as manifestaes motoras.

    medida que ocorre a maturao do sistema nervoso, o comportamento se diferencia e tambm se modifica. Inicialmente a criana apresenta uma coordenao global ampla, que so realizadas por grandes feixes de msculos. medida que os feixes de msculos mais especficos so usados, a criana desenvolve sua coordenao fina.

    Para que ocorra um desenvolvimento motor adequado, necessrio um amadurecimento neural, sseo, muscular, alm de crescimento fsico, juntamente com o aprendizado.

    O desenvolvimento motor percentual se completa ao redor de 07 anos, o correndo, posteriormente, um refinamento da integrao perceptiva-motora com o desenvolvimento do processo intelectual propriamente dito.

    1.1 - O que Psicomotricidade?

    o controle mental sobre a expresso motora. Objetiva obter uma organizao que pode atender, de forma consciente e constante, s necessidades do desenvolvimento do corpo. Esse tipo de Educao justificado quando qualquer defeito localiza o indivduo margem das normas mentais, fisiolgicas, neurolgicas ou afetivas. a percepo de um estmulo, a interpretao da elaborao de uma resposta adequada. uma harmonia de movimentos, um bom controle motor, uma boa adaptao temporal, espacial, boa coordenao viso-motora, boa ateno e um esquema corporal bem estruturado.

    Psicomotricidade a cincia da educao que educa o movimento ao mesmo tempo em que pe em jogo as funes da inteligncia. Movimento o deslocamento de qualquer objeto, mas a ao corporal em si, a mesma unidade bio-psicomotora em ao.

    A psicomotricidade est associada afetividade e personalidade, porque o indivduo utiliza o seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoa com problemas motores passa a ter problemas de expresso. A reeducao psicomotora lida com a pessoa como um todo, porm, com um enfoque maior na motricidade. A reeducao psicomotora dever ser efetuada por um psiclogo com especializao em psicomotricidade (psicomotrista), pois no

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    ser apenas uma mera aplicao de exerccios, mas ser desenvolvida uma adaptao de toda a personalidade da criana.

    1.2 - O que busca?

    1.3 - Como se estrutura?

    No desenvolvimento do seu eu corporal; Na sua localizao e orientao no espao; Na sua orientao temporal.

    1.4 - Como se fundamenta?

    Em Atividades:

    Motoras - So as atividades globais de todo o corpo. Sensrio-motoras - a percepo de diversas lies atravs da manipulao dos

    objetos. Percepto-motoras uma anlise profunda das funes intelectuais, motoras, tais

    como a anlise perceptiva, a precesso de representao mental, determinao de pontos de referncia. Destaca-se: percepo visual.

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    1.5 - Objetivos da Psicomotricidade

    As atividades psicomotoras visam propiciar a ativao dos seguintes processos:

    Vivenciar estmulos sensoriais para discriminar as partes do prprio corpo e exercer um controle sobre elas;

    Vivenciar, atravs da percepo do prprio corpo em relao aos objetos, a organizao espacial e temporal;

    Vivenciar situaes que levem a aquisio dos pr-requisitos necessrios para aprendizagem da leitura escrita.

    Para entender tais objetivos, necessrio considerar que durante a primeira infncia, motricidade e psiquismo esto estreitamente ligados, da mesma forma como sabemos que o desenvolvimento motor, o afetivo e o intelectual encontram-se inseparveis no homem.

    A educao psicomotora, antes utilizada somente como recurso reeducativo, atualmente parte integrada de toda a atuao passiva do aluno, frente atitude expositiva e controladora do professor. A psicomotricidade tem como ponto de partida o desenvolvimento psicobiolgico da criana, na medida em que acompanha as leis do amadurecimento do sistema nervoso atravs da mielinizao.

    A psicomotricidade no deve ser considerada como uma matria entre outras. Isto , no deve dispor apenas de um momento ou um ambiente especfico na programao escolar.

    Qualquer que seja a atividade ou tema utilizado, a psicomotricidade vai estar presente. O pensamento se constri a partir da atividade motora que permite criana a explorao do ambiente externo, proporcionando-lhe experincias concretas indispensveis ao seu desenvolvimento intelectual. A liberdade deve explorar e conhecer o espao fsico e o mundo muito importante para o seu desenvolvimento afetivo. Como fazer para oferecer condies que permitiam esse desenvolvimento? Antes de tudo a criana precisa ter um conhecimento adequado de seu corpo, porque o corpo o intermedirio obrigatrio entre a criana e o mundo. Esse conhecimento abrange trs aspectos que so: a imagem do corpo, o conceito do corpo e a elaborao do esquema corporal.

    1.6 - Elementos Bsicos da Psicomotricidade

    A imagem do corpo a prpria experincia que a pessoa tem de seu corpo e se revela frequentemente atravs do desenho, da modelagem e que demonstra o nvel de elaborao do esquema corporal.

    O conceito do corpo desenvolve-se posteriormente imagem do corpo, sendo mais o conhecimento intelectual dele e de cada funo de seus rgos.

    O esquema corporal, segundo Pierre Vayer, definido como organizao das sensaes relativas aos dados do mundo exterior, notando-se a dois sentidos na atividade motora cintica, dirigida para o mundo exterior.

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    A construo do Esquema Corporal elabora-se progressivamente com o desenvolvimento e o amadurecimento do Sistema Nervoso e , ao mesmo tempo, paralela a evoluo sensrio-motora. A educao do Esquema Corporal , ento, o ponto-chave de toda prtica educativa. Dos 02 aos 05 anos, toda educao baseada na estrutura do Esquema Corporal.

    Dos 05 aos 07 anos a psicomotricidade passa a ser a base sobre a qual se constroem as primeiras relaes lgicas e a decorrente aprendizagem escolar. Toda aprendizagem deve ser feita atravs de experincias concretas e vivenciadas com o corpo inteiro. Voltando ao primeiro objetivo, temos que trabalhar os seguintes aspectos:

    Percepo e controle do corpo; Equilbrio; Lateralidade; Independncia dos membros em relao ao tronco e entre si; Controle muscular; Controle de respirao.

    a) Percepo e controle do corpo

    A criana adquire primeiro a sensao, depois o uso, e finalmente, o controle de seu corpo. Ponto de partida o conhecimento do corpo, partes do corpo, atravs de estmulos sensoriais superfcie, temperatura, unidade, peso etc. referenciar as partes do corpo e suas sensibilidades. Numa segunda etapa far uso e controlar as partes independentemente uma das outras.

    Como? Brincando com gua, tinta, areia, barro, blocos, sucata; usando determina das partes do corpo em jogos ou em movimentos propostos; dramatizando.

    b) O equilbrio

    condio indispensvel para qualquer ao diferenciada. As aes sero tanto coordenadas quanto mais criana conseguir em posio ereta, sem precisar esforar-se ou ficar tensa. A sensibilidade da planta do p muito importante para desenvolver qualquer equilbrio, por isso essencial que as crianas se movimentem e brinquem, tanto na areia como na sala de aula, de p no cho. O contato do corpo com o cho deve estender-se a todo o corpo, rolando,deitando, sentando, rastejando, ajoelhando. Em movimentos de repouso a criana dever, sempre que possvel, relaxar seu corpo em direto contato com o cho que oferece sensao de segurana.

    Como? Andar sobre linhas de vrias maneiras, sobre beiradas de canteiros, bancos de diferentes alturas, trilhos de madeira, tijolos. Imitar animais e posies estticas. Lanar e recebera bola.

    c) Lateralidade

    O homem, por natureza, tem um lado do corpo dominante. Quer dizer que usa melhores olhos, ouvidos, p e mo de um determinado lado. Normalmente, a lateralidade se define entre os 05 e os 07 anos. As crianas que, a partir dessa idade apresentam uma

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    lateralidade no definida ou cruzada, facilmente encontraro dificuldades na aprendizagem escolar.

    Como? Atividade que exijam o uso de todo corpo com objetos grandes (pneus, bolas, caixas, blocos) e pequenos, desenvolvendo a coordenao funcional da mo e dos dedos (contas, sementes, pinos, clips, tampinhas, pregadores, cartas). Atividades em que ordena a mo a ser usada (com bolas, saquinhos de areia/feijo).

    d) Independncia dos membros em relao ao tronco e entre si

    Para a criana mais fcil fazer movimentos simtricos e simultneos, pois s numa segunda etapa que ela vir a movimentar os membros separadamente um do outro.

    Como? Macaco mandou de incio pedindo movimentos simtricos, aumentando a dificuldade, na medida em que as crianas puderem realizar naturalmente, movimentos assimtricos e no simultneos.

    e) Controle muscular

    muito difcil para uma criana interromper um movimento, mas esse controle da inibio indispensvel para que ela venha a adquirir, mais tarde, no s uma caligrafia, mas tambm a concentrao necessria para a aprendizagem escolar.

    Como? Inibio dos movimentos globais que envolvem todo o corpo como o andar, o correr Batatinha Frita. Recreao com o uso de msica. Trabalhar os movimentos segmentrios jogos cantados O meu chapu tem 03 pontas, A galinha e o seu Kara Kara, jogo de esttua.

    f) Controle da respirao

    O controle respiratrio contribui na formao de hbitos de se concentrar, relaxar, se acalmar.

    Como? Bolhas de sabo, bolas de encher, pintura com canudo de soprar, corridas de soprar. Dramatizao de aspirar e soprar. Relaxamento sentido o prprio corpo ou do companheiro.

    II - EDUCAO PSICOMOTORA

    2.1 - Desenvolvimento Psicomotor

    A psicomotricidade caracteriza-se por uma interveno educativa que se centra no movimento e auxilia a atingir outras aquisies mais elaboradas, como as intelectuais.

    O desenvolvimento psicomotor da criana, e as dificuldades de aprendizagem esto intimamente ligados. H uma srie de questes sobre as causas da dificuldade na aprendizagem de alguns alunos, sendo que muitas vezes, essas decorrem de dificuldades

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    seriam decorrentes de problemas relacionados com o trabalho do professor em sala de aula? Como melhorar a qualidade do trabalho docente? Como eles so preparados pra isso?

    Le Boulch, enfatiza a necessidade da educao psicomotora baseada no movimento, pois acredita ser preventiva, assegurando que muitos dos problemas de alunos detectam dos posteriormente e tratados pela reeducao, no ocorreriam se a escola prestasse mais ateno educao psicomotora, juntamente com a leitura, a escrita e a aritmtica. O autor considera a psicomotricidade um importante elemento educativo, como um instrumento indispensvel para aguar a percepo, desenvolver formas de estimular a ateno e estimular processos mentais.

    A educao psicomotora deve ser uma formao de base indispensvel para toda criana, pois oferece uma melhor capacitao ao aluno para uma maior assimilao das aprendizagens escolares. Um bom desenvolvimento psicomotor proporciona ao aluno algumas capacidades bsicas para um bom desempenho escolar.

    2.2 - Funcionamento do Desenvolvimento Psicomotor

    Para que possamos compreender melhor a importncia da psicomotricidade no desempenho escolar das crianas, preciso entender como esse processo acontece.

    Sistema Nervoso:

    O movimento e a integrao do homem s condies do meio ambiente, dependem do sistema nervoso. Esse sistema coordena e controla todas as atividades do organismo, integra sensaes e ideias, interpreta os estmulos vindos da superfcie do corpo, e de todas as funes selecionar e procurar informaes, canalizando-as para as regies motoras correspondentes do crebro, para que depois sejam emitidas respostas adequadas, de acordo com cada indivduo. As clulas que compe o sistema nervoso so os neurnios, que possuem a funo de condutibilidade e excitabilidade.

    A maturao nervosa um dos fatores relevantes no desenvolvimento mental, sendo importante considerar fatores como interao do indivduo com o meio.

    A psicomotricidade pode auxiliar o aluno a alcanar um desenvolvimento integral, que o preparar para uma aprendizagem mais satisfatria.

    Algumas habilidades so muito importante no desenvolvimento psicomotor da criana. Essas habilidades permitem, por exemplo, que uma pessoa manipule objetos da cultura em que vive. Para que essa pessoa se movimente no espao com desenvoltura, equilbrio e coordenao preciso ter o domnio do gesto e do instrumento. A coordenao e o equilbrio so elementos de base para qualquer movimento.

    2.3 - Desenvolvimento Psicomotor e a Interao Escolar

    Os argumentos geralmente invocados para justificar a educao psicomotora na escola primria colocam em evidncia a superao de dificuldades escolares.

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    Na tentativa de uma verdadeira preparao para a vida que entra o papel da escola, e os mtodos pedaggicos renovados tendem a ajudar as crianas a se desenvolverem da melhor maneira possvel.

    O desenvolvimento psicomotor auxilia a criana para a vida, desde a fase escolar at a fase profissional. Como por exemplo, para as crianas com difuses da memria, o cavalgar auxilia porque exige planejar e criar estratgias, que so progressivamente, memorizadas. Isto no fcil de ser executado e necessrio vincular pela repetio, memria, e pela cuidadosa explanao para completar tarefas cotidianas. Crianas com dificuldades viso-espaciais podem aprender com adornos e objetos dispostos no picadeiro, sobre outras relaes e entre eles e o espao. Cavalgar auxilia na aquisio e desenvolvimento de cognies de ordem superior, que se referem a sofisticadas habilidades: formao de conceitos, soluo de problemas, pensamento crtico e criatividade. Enquanto anda a cavalo, a criana necessita desenvolver habilidades e atitudes conceituais diversas. Ajuda a manter um comportamento social adequado, enquanto em atividade de grupos na equitao.

    com programa educacionais, de ensino e de aprendizagem centrados na criana e integrados com os princpios e fundamentos da psicomotricidade, podem ser tratadas crianas com dificuldades de aprendizagem por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, devendo estar sempre em parceria e coordenao com a famlia e com os outros professores da escola em que a criana estiver estudando.

    III - PSICOMOTRICIDADE E EDUCAO FSICA

    A finalidade da educao psicomotora no a aquisio de habilidades gestuais. Entretanto, o trabalho psicomotor, resulta numa melhor aptido para a aprendizagem, dentro do respeito ao desenvolvimento da criana.

    Sendo que, a Educao Fsica deve ser considerada uma disciplina educativa como outra qualquer, que se preocupa e procura ao mesmo tempo o desabrochar das aptides da criana e a aquisio das capacidades extradas do comportamento humano, utilizando uma pedagogia de desenvolvimento associada a uma pedagogia de formao, onde uma se preocupa com aquilo que a criana traz em si, e a outra em lhe proporcionar mais controle e conhecimento sobre si prprio e sobre o mundo.

    necessrio que se faa utilizao da Educao Fsica como instrumento para a prtica do movimento. Desenvolvendo com a criana atividades como: jogos de expresso livre, exerccios rtmicos, exerccios perceptivos, coordenao global, sesses de jogos etc., chegando assim, ao controle do prprio corpo, com movimentos controlados, coordenados, que influenciam no desenvolvimento satisfatrio da leitura, e de todas as atividades escolares que so necessrias para a formao da criana.

    O professor deve dedicar uma ateno especial ao desenvolvimento psicomotor da crianada Educao Infantil, em suscitar todas as formas de expresso, em favorecer, no decorrer dos jogos, as experincias relacionadas relao das crianas entre si para atra-las progressivamente cooperao. Assegurando o desenvolvimento harmonioso dos componentes corporais, afetivos, intelectuais da personalidade da criana.

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    O trabalho com Educao Fsica nas sries iniciais do Ensino Fundamental importante, pois possibilita aos alunos terem, desde cedo oportunidade de desenvolver habilidades corporais e participar de atividades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginsticas e danas, com finalidade de lazer, expresso de sentimentos, afetos e emoes.

    preciso que o aluno se aproprie do processo de construo de conhecimentos relativos ao corpo e ao movimento e construa uma possibilidade autnoma de utilizao de seu potencial gestual. O trabalho com as habilidades motoras e capacidade fsica devem estar contextualizado em situaes significantes com o recurso para o professor poder olhar, analisar e criar intervenes que auxiliem de modo integral.

    Sabe-se que o desinteresse pela matria escolar pode ser de origem efetiva e corresponder assim a problemas de organizao da personalidade. Por outro lado o desinteresse pode estar ligado aos problemas de organizao da imagem do corpo, da a necessidade de um trabalho de psicomotricidade.

    A Educao Fsica indispensvel tanto no processo de alfabetizao estruturando a criana como um ser total, quanto na complementao da educao geral, onde as atividades psicomotoras, recreativas e esportivo-educacionais tm papel relevante na formao integral do educando.

    A educao psicomotora ou psicomotricidade vem oferecer ao desenvolvimento de nossas crianas uma bagagem infinita de situaes de atividades naturais, possibilitando um melhora justamento aos ambientes e s situaes novas; aperfeioando os mecanismos da leitura, escrita, clculos, abstraes etc., bem como favorecendo o desenvolvimento da sua auto-estima, autoconfiana e capacidade de sua socializao, evitando o surgimento de vrios distrbios de aprendizagem e contribuindo de maneira significativa na diminuio dos ndices de repetncia nas escolas.

    Criar condies para a criana:

    Sentir-se aceita; Expressar seus sentimentos, pensamentos e emoes; Ser curiosa, criativa e responsvel; Ampliar seu vocabulrio; Desenvolver e aprimorar os aspectos motores, cognitivos e afetivo-sociais; Desenvolver atividades que permitem a sua convivncia com situaes sociais dentro

    da realidade cultural; Desenvolver hbitos saudveis e higinicos.

    3.1 - O Papel do Professor na Psicomotricidade

    Deve-se ressaltar, no trabalho da psicomotricidade, o papel do professor, que ser de maior relevncia se este, ao invs de ensinar, de transmitir conhecimentos j estabelecidos, assumir o papel de facilitador do desenvolvimento da capacidade de aprender, dando criana tempo para as suas prprias descobertas, oferecendo situaes e estmulos cada vez mais variados, proporcionando experincias concretas e plenamente vividas com o corpo

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    inteiro; nunca transmitidas apenas verbalmente, para que ela prpria possa construir seu desenvolvimento global.

    O professor no dever esquecer que o material de seu trabalho o seu aluno. Portanto, no dever preocupar-se apenas em preparar o ambiente escolar com cartazes, painis, faixas. Mas em preparar a si mesmo. necessrio que ele conhea seus alunos, torne-se seu amigo.

    Para que haja intercmbio entre professor X aluno X aprendizagem, o trabalho da psicomotricidade da mais valiosa funo, tanto no maternal como na pr-escola e alfabetizao, por haver um estreito paralelismo entre o desenvolvimento das funes psquicas que so as principais responsveis pelo bom comportamento social e acadmico do homem.

    3.2 - O Ldico como Sinalizador do Desenvolvimento Psicomotor

    Cada vez que ensinamos algo a uma criana estamos impedindo que ela descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si mesma, permanecer com ela (Jean Piaget).

    O brinquedo oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criana experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Alm de estimular a curiosidade, a autoconfiana e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentrao e ateno.

    Brincar indispensvel sade fsica, emocional e intelectual da criana. Ir contribuir, no futuro, para a eficincia e o equilbrio do adulto.

    Brincar um momento de auto-expresso e auto-realizao. As atividades livres com blocos e peas de encaixe, as dramatizaes, a msica e as construes desenvolvem a criatividade, pois exige que a fantasia entra em jogo. J o brinquedo organizado, que tem uma proposta e requer desempenho, como os jogos (quebra-cabea, domin e outros) constituem um desafio que promove a motivao e facilita escolhas e decises criana.

    O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela fora dos adultos, diminuindo o sentimento de impotncia da criana. Brincando, sua inteligncia e sua sensibilidade esto sendo desenvolvidas. A qualidade de oportunidades que esto sendo oferecidas criana atravs de brincadeiras e brinquedos garantem que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem. A ludicidade, to importante para a sade mental do ser humano um espao que merece ateno dos pais e educadores, pois o espao para expresso mais genuna do ser, o espao e o direito de toda criana para o exerccio da relao afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.

    Um bichinho de pelcia pode ser um bom companheiro. Uma bola um convite ao exerccio motor, um quebra-cabea desafia a inteligncia e um colar faz a menina sentir-se bonita e importante como a mame. Enfim, todos so como amigos, servindo de intermedirios para que a criana consiga integrar-se melhor.

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    As situaes problemas contidas na manipulao dos jogos e brincadeiras fazem a criana crescer atravs da procura de solues e de alternativas.

    O desempenho psicomotor da criana enquanto brinca alcana nveis que s mesmo a motivao intrnseca consegue. Ao mesmo tempo favorece a concentrao, a ateno, o engajamento e a imaginao. Como consequncia a criana fica mais calma, relaxada e aprende apensar, estimulando sua inteligncia.

    Para que o brinquedo seja significativo para a criana preciso que tenha pontos de contato com a suas realidades. Atravs da observao do desempenho das crianas com seus brinquedos podemos avaliar o nvel de seu desenvolvimento motor e cognitivo. No ldico, manifestam-se suas potencialidades e ao observ-las poderemos enriquecer sua aprendizagem, fornecendo atravs dos brinquedos os nutrientes s seu desenvolvimento.

    3.3 - A relao criana X brinquedo X adulto

    A criana trata os brinquedos conforme os receberam. Ela sente quando est recebendo por razes subjetivas do adulto, que muitas vezes, compra o brinquedo que gostaria de ter tido, ou que lhe do status, ou ainda para comprar afeto e outras vezes para servir como recurso para livrar-se da criana por um bom espao de tempo. indispensvel que a criana sinta-se atrada pelo brinquedo e cabe-nos mostrar a ela as possibilidades de explorao que ele oferece, permitindo tempo para observar e motivar-se.

    A criana deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a explorao no seja a que espervamos. No nos cabe interromper o pensamento da criana ou atrapalhar a simbolizao que est fazendo. Devemos nos limitar a sugerir, a estimular, a explicar, sem impor nossa forma de agir, para que a criana aprenda descobrindo e motiv-la a falar, pensar e inventar.

    Brincando, a criana desenvolve seu senso de companheirismo. Jogando com amigos, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando aprender regras e conseguir uma participao satisfatria.

    No jogo, ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustraes e elevar o nvel de motivao.

    Nas dramatizaes, a criana vive personagens diferentes ampliando sua compreenso sobre os diferentes papis e relacionamentos humanos.

    As relaes cognitivas e afetivas da interao ldica propiciam amadurecimento emocional e vo pouco a pouco construindo a sociabilidade infantil.

    O momento em que a criana est absorvida pelo brinquedo um momento mgico e precioso, em que est sendo exercitada a capacidade de observar e manter a ateno concentrada e que ir inferir na sua eficincia e produtividade quando adulto.

    Vamos Brincar?

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    Brincar junto refora os laos afetivos. uma manifestao do nosso amor criana. Todas as crianas gostam de brincar com os pais, com a professora. Com os avs ou com os irmos. A participao do adulto na brincadeira da criana eleva o nvel de interesse, enriquece e contribui para o esclarecimento de dvidas durante o jogo. Ao mesmo tempo, a criana sente-se prestigiada e desconfiada, descobrindo e vivendo experincias que tornam o brinquedo recurso mais estimulante e mais rico em aprendizado. Guardar os brinquedos com cuidado pode ser desenvolvido atravs da participao da criana na arrumao feita pelo adulto. O hbito constante e natural dos pais e da professora ao guardar com zelo o que utilizou, faz com que a criana adquira automaticamente o mesmo hbito, ocorrendo inclusive satisfao tanto no guardar como no brincar.

    3.4 - A Importncia da Psicomotricidade na Educao Infantil

    Tentar definir o ser humano frustrante, j que a complexidade humana, com seu constante apelo transcendncia, a sua incessante busca de sentido, forma um todo indizvel. No entanto, se a pretenso pesquisar a motricidade humana, preciso ter presente uma noo de homem que favorea a ecloso do conhecimento que se pretende analisar. Ora se o ser humano um ser aberto transcendncia e, como tal, um ser prxico e essa sua praxidade simultaneamente motricidade motricidade humana o tropismo imparvel transcendncia, que tanto pode revelar-se no movimento como, por exemplo, na meditao transcendental.

    A psicologia busca compreender e solucionar o desenvolvimento da criana na medida em que a criana cresce e amadurece fisicamente, pois sua inteligncia tambm se desenvolve e muda seu comportamento social e emocional, influenciando sua inteligncia.

    O desenvolvimento inicial da criana depende da maneira pela qual o corpo da criana foi investido com qualidade e quantidade, com a intencionalidade que constitui a base do domnio afetivo.

    Ora a psicologia indica o estudo do comportamento do organismo e a motricidade corresponde a toda resposta motora composta de elementos, tais como perceber um estmulo, processar a informao que tal estmulo proporciona, elaborar um padro motor, estruturar uma ordem motora que ser conduzida pelos nervos perifricos e que enervar msculos, articulaes e ossos que configuram o aparelho locomotor. Sobre esse prisma, psicomotricidade corresponde cincia ou rea de estudo dos ritmos e movimentos do corpo humano.

    Nesse sentido, o objetivo central da educao pelo movimento contribuir com o desenvolvimento psicomotor da criana, de quem depende a evoluo de sua personalidade e o sucesso escolar, alm de fazer do corpo um instrumento perfeito de adaptao do individuo ao meio fsico e social.

    Considerar o movimento de um ponto de vista funcional consider-lo no como um processo tendo sua razo de ser nele mesmo, mas ao contrrio, como tendo um significado em relao conduta do ser na sua totalidade.

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    O movimento nessa perspectiva o fio condutor do desenvolvimento em torno do qual se cria unidade da pessoa corporal e mental. No , portanto, um elemento facultativo que se acrescenta educao intelectual. O organismo, sistema autnomo, s pode ser desenvolvido de maneira equilibrada por meio de uma interao ativa com o seu meio ambiente; a autonomia do pensamento passa pela autonomia motora e, separado de suas razes corporais, o pensamento corre risco de ser tonalizado.

    A educao infantil tem por princpio bsico o desenvolvimento de aes que venham suprir as necessidades das crianas e busca estabelecer uma atuao educacional qualitativa, que respeita o tempo da infncia e promove a construo de novas prticas e concepes, atravs de propostas pedaggicas fundamentais, que promovam o seu desenvolvimento integral (fsico, cognitivo, social e emocional).

    A psicomotricidade na educao infantil tem por objetivo a educao pelo movimento e contribui para a evoluo da personalidade da criana como o seu sucesso escolar, pois a imagem do corpo no uma funo, mas um conceito til no plano terico, na medida em que serve de guia para compreender melhor o desenvolvimento psicomotor atravs de diversas etapas.

    Na primeira infncia, a realidade interior e a exterior so confundidas e estabelecem o equilbrio entre duas foras: o mpeto pulsional (traduo das necessidades do indivduo) e a presso do mundo exterior, das quais depender a satisfao ou a frustrao. mais importante nessa fase experincia subjetiva e a maneira pela qual o corpo unido. A primeira infncia uma fase de grandes significas mudanas na vida do ser humano. O indivduo deve alcanar razovel nvel de ajustamento para que seu desenvolvimento ocorra satisfatoriamente.

    As principais tarefas evolutivas dessa idade so: aprender a andar, aprender a tomar alimentos slidos, aprender a falar, aprender a controlar o processo de eliminao de produtos excretrios, aprender a diferena bsica entre os sexos, alcanar certa estabilidade fisiolgica, formar conceitos da realidade fsica e social, aprender a relacionar-se emocionalmente com pessoas prximas, aprender a distinguir entre o certo e o errado, formando assim a base de uma conscincia moral.

    Durante a primeira infncia o ser humano experimenta extraordinrio desenvolvido motor, sendo de natureza sequencial. A idade em que uma criana desenvolve certa habilidade motora pode variar ligeiramente, em funo das inevitveis diferenas individuais, mas a ordem do desenvolvimento motor constante para todos os indivduos. H duas habilidades motoras fundamentais que devem ser desenvolvidas durante a primeira infncia.

    A primeira a postura ereta e a locomoo. A segunda a capacidade depreenso e manipulao de objetos. Em todo esse complexo processo do desenvolvimento sensrio-motor o crtex cerebral desempenha papel grande relevncia. Em funo do crtex, no processo de evoluo sensrio-motora, observam-se os padres tpicos de desenvolvimento cfalo-caudal e prximo-distal.

    Percepo corresponde a um processo cognitivo atravs do qual os vrios sentidos se tornam conscientes dos estmulos internos e externos a que so expostos, e pelo qual se

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    transmitem esses estmulos ao sistema nervoso central, onde eles recebem a devida interpretao.

    O desenvolvimento dos aspectos motores dos mecanismos da percepo constitui a basedos processos cognitivos. Sem o adequado desenvolvimento motor, o processo perceptivo e conceitual da criana pode ser prejudicado.

    Sendo assim, o desenvolvimento satisfatrio de habilidades motoras e perceptivas depende do desenvolvimento simtrico do mecanismo de postura e de equilbrio do indivduo.

    Atravs do desenvolvimento dos rgos sensoriais o indivduo comea a perceber e a sentir o mundo que o cerca. Comea a conhecer as coisas e a si mesmo.

    Piaget foi o primeiro a investigar a criana, compreendendo-a como tendo uma lgica diferente da lgica do adulto. Era de seu interesse compreender a construo ontogentica da razo numa perspectiva finalista. Os limites desta perspectiva tm deixado suas marcas nas produes cientificas e nas prticas pedaggicas de interveno. Trabalhamos com o desenvolvimento lgico sustentado no paradigma da cincia ocidental e reduzimos as diferentes formas de estrutura de compreenso do mundo presentes na criana e noutras culturas a uma menoridade cognitiva a ser superada na infncia pelo seu processo de socializao e desenvolvimento.

    Para Piaget o desenvolvimento mental cognitivo se realiza em estgios, ou seja, a natureza ou caracterizao da inteligncia muda significativamente com o passar do tempo.

    Assim Piaget esquematiza o desenvolvimento intelectual em: estgio sensrio-motor (0 a 2 anos), estgio pr-operacional (2 a 6 anos), estgio de operaes concretas (7 a 11 anos) e estgio de operaes formais (12 anos em diante).

    No estgio sensrio-motor, a atividade intelectual de natureza sensorial e motora: a criana percebe o ambiente e age sobre ele.

    No estgio pr-operacional, o principal progresso o desenvolvimento da capacidade simblica.

    Em relao ao estgio das operaes concretas, as operaes mentais da criana ocorrem em resposta a objetos e situaes reais.

    Finalmente, no estagio das operaes formais, o pensamento no mais depende tanto da percepo ou da manipulao de objetos concretos.

    O desenvolvimento do indivduo quer do ponto de vista fsico, quer do ponto de vista cognitivo e emocional, ocorre dentro de um contexto psicossocial que lhe d significao. O processo de socializao do indivduo comea muito cedo na vida e atravs desse processo que ele adquire as caractersticas que distinguem o ser humano de outros animais. Esse processo extremamente complexo e atravs dele que se desenvolvem os padres tpicos de comportamento do indivduo que constituem aquilo a que se chama sua personalidade.

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    Na primeira infncia o ser humano adquire, atravs da aprendizagem social, os elementos bsicos da linguagem articulada.

    Entre 9 e 10 meses de idade a criana comea a repetir os sons que ouve dos seres humanos que a cercam. Ordinariamente estes sons emitidos pela criana so repetidos por algum com quem se relaciona. Essa repetio da parte das pessoas que constituem o mundo significativo da criana.

    interessante ressaltar que a criana compreende a linguagem de outras pessoas mesmo antes de ser capaz de usar sua prpria linguagem.

    A palavra emoo, no contexto da psicologia, significa algo de natureza afetiva e envolve um elemento consciente de sentimento. A emoo est relacionada com a motivao, como elemento energizante do comportamento; ela tambm se sujeita aprendizagem do seu processo evolutivo.

    No desenvolvimento emocional do ser humano a figura materna desempenha importante papel, bem como o contato fsico, a excitao e a famlia.

    O senso moral de cada indivduo no algo geneticamente determinado, e sim, relativo ao meio que o produziu.

    Em princpio o comportamento moral da criana de carter imitativo e mais ou menos guiado pelos impulsos. Nessa fase da vida, a criana age em funo de suas necessidades e basicamente orientada pelo princpio de prazer.

    O desenvolvimento da personalidade de um indivduo no um processo que se possa observar do mesmo modo como se observa seu desenvolvimento fsico, cognitivo ou at mesmo seu desenvolvimento emocional. Mas, de alguma forma, todos esses aspectos do seu desenvolvimento constituem a base desse conceito maior que chamamos personalidade.

    O desenvolvimento da personalidade, portanto, um processo de socializao atravs do qual interagem os fatores biolgicos e os fatores culturais.

    Enfim, a primeira infncia a fase da vida em que as estruturas bsicas da personalidade so lanadas. possvel dar expresso diferente e modificar elementos dessa estrutura bsica, mas no h dvida de que aqui se encontram os alicerces sobre os quais esse edifcio construdo.

    A idade pr-escolar considerada a fase urea da vida, em termos da psicologia evolutiva, e por isso mesmo, tem sido objeto de extensas formulaes tericas.

    Segundo a teoria de Piaget, a fase pr-escolar corresponde ao perodo pr-operacional do desenvolvimento cognitivo. As operaes mentais da criana nessa idade se limitam aos significados imediatos do mundo infantil. A primeira fase desse estgio caracterizada pelo pensamento egocntrico. Na segunda fase a criana comea a ampliar o seu mundo cognitivo, o que constitui o chamado pensamento intuitivo.

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    Na fase pr-escolar o mundo representado para a criana de modo icnico, ou seja, de modo viso perceptivo. Do ponto de vista o processo de descentralizao que possibilita criana a percepo de mais de um aspecto de lado objeto de uma s vez.

    Um dos aspectos mais importantes do processo evolutivo do ser humano a aquisio da linguagem articulada. No se sabe, porm, como o homem aprendeu a falar. Ao que tudo indica, a linguagem humana resulta de fatores biolgicos combinados com elementos do meio e um que o homem vive. Do ponto de vista histrico, as teorias msticas, imitativas e interjetivas procuram explicar a origem da linguagem articulada, mas nenhuma delas oferece explicao satisfatria.

    A psicologia evolutiva do desenvolvimento submeteu a infncia a uma lgica adultizada onde a existncia da vivncia toma significado como preparao para a vida adulta.

    Ao ministrarmos uma atividade na educao infantil, precisamos saber como a criana e se est madura para aquela atividade, como poder ser motivada e quais os melhores meios de ensin-la, para que a aprendizagem se torne duradoura.

    O jogo simblico prossegue ao longo do perodo escolar e estabelece a realidade traduzida e a evoluo da relao corpo espao, resultando numa organizao egocntrica do universo.

    A educao pelo movimento na escola fundamental coloca em evidencia seu papel na preveno de dificuldades escolares, pois possui virtudes que possibilitam o desenvolvimento total da criana. Portanto, prepara a criana para a vida escolar atravs de mtodos pedaggicos renovados, ajudando a mesma a desenvolver-se da melhor maneira possvel e tirando melhor partido de recursos que a preparem para a vida social.

    O compromisso poltico social com a incluso social e com o processo educacional, orientado pelo paradigma da qualidade em educao, se expressa na compreenso, da educao como constituio cultural de sujeitos livres. Desse modo, torna-se necessrio viabilizarmos forma se inovaes que efetivamente produzam um resultado de elevao da capacidade de interveno de educadores e de educandos no processo de construo de uma sociedade justa e igualitria.

    A atuao da educao infantil precisa fundamentar-se em amplas reas de conhecimento para que consiga trabalhar de forma integrada os trs eixos que a fundamentam: brincar, cuidar e educar.

    A aprendizagem se d em um complexo de inter-relaes entre os diversos aspectos que compe a criana como pessoa que tem direito a viver o presente como a criana que , que se encontra em constante processo de aprendizagem, de descobertas e de constituio como sujeito histrico social.

    O movimento de renovao pedaggica da educao bsica vem buscando um novo estilo de inovao educativa que surge com a prtica cotidiana de professores a alunos que pensam e fazem a educao, pois reconhecem o aluno como sujeito scio cultural e assim

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    sujeito da inovao, compreendendo o ato educativo como ao humana formadora de carter flexvel.

    A construo histrica da infncia compreendida como um momento especfico, distinto do adulto, no apenas biolgica, mas cognitiva e socializao da criana nos diferentes espaos sociais: a famlia, a escola, a cidade, definindo o que a criana, como esta deve ser tratada, atravs de que estratgias de socializao.

    Portanto, na educao infantil, necessrio se conhecer a psicologia da criana para compreender seu comportamento, prev-lo e, em alguns casos, modific-lo de forma significativa. Educar uma criana, ensin-la, evitando perturbaes em seu comportamento, exige do educador, alm de amor e dedicao, o conhecimento das caractersticas infantis em cada fase do desenvolvimento: seus interesses, necessidades, motivaes e possibilidades. Da a importncia de trabalhar a psicomotricidade na educao infantil.

    3.5 - A Importncia da Psicomotricidade na Aprendizagem da Criana na Fase Escolar

    A educao pelo movimento deveria ter um espao reservado, principalmente na escola primria. O programa de desenvolvimento motor preciso ter atividades recreativas compensatrias. No currculo da escola primria necessrio tambm como bsica a educao pelo movimento. As crianas que possuem dislexia e disgrafia devem superar estas dificuldades. A dislexia, por exemplo, consequncia de uma perturbao especfica da relao em um determinado momento da evoluo pessoal.

    Na realidade, vrios problemas de reeducao no aconteceriam junto leitura, escrita e matemtica se a psicomotricidade fosse utilizada como principal meio educativo, associada a exerccios grficos e de manipulao. A educao bsica, atravs do movimento. Associada a jogos e atividades esportivas que deveria ocupar um lugar de destaque no ensino da criana de 6 a 12 anos. Dessa forma, a psicomotricidade contribui para educao por se utilizar o movimento para atingir o desenvolvimento motor e a formao do esquema corporal da criana.

    3.6 - As reas da Psicomotricidade

    Didaticamente a psicomotricidade est subdividida em reas que facilitam a compreenso e o trabalho do dia-a-dia do professor em sala de aula contribuindo assim para a eficincia do processo ensino-aprendizagem. Todas as atividades de prtica psicomotora visam estimular as vrias reas mencionadas a seguir:

    a) Comunicao e Expresso

    A linguagem funo de expresso e comunicao do pensamento e funo de socializao. Permite ao indivduo trocar experincias e atuar verbal e gestualmente no mundo. Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da articulao e da respirao, incluem-se nesta rea os exerccios fonoarticulatrios e respiratrios.

    b) Percepo

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    Percepo a capacidade de reconhecer e compreender estmulos recebidos. A percepo est ligada ateno, conscincia e a memria. Os estmulos que chegam at ns, provoca numa sensao que possibilita a percepo e a discriminao. Primeiramente sentimos, atravs dos sentidos: tato, viso, audio, olfato e paladar. Em seguida, percebemos, realizamos uma mediao entre o sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos reconhecemos as diferenas e semelhanas entre estmulos e percepes. A discriminao que nos permite saber, por exemplo, o que verde e o que azul, e a diferena entre o 1 e o 7. As atividades propostas para esta rea devem auxiliar o desenvolvimento da percepo e da discriminao.

    c) Coordenao

    A coordenao motora mais ou menos instintiva e ligada ao desenvolvimento fsico. Entendida com a unio harmoniosa de movimentos, a coordenao supe integridade e maturao do sistema nervoso. A coordenao motora pode ser subdividida em coordenao dinmica global ou geral, visomanual ou fina e visual.

    A coordenao dinmica global envolve movimentos amplos com todo o corpo (cabea, ombros, braos, ps, tornozelos, quadris etc.) e desse modo coloca grupos musculares diferentes em ao simultnea, com vistas execuo de movimentos voluntrios mais ou menos complexos.

    A coordenao viso manual engloba movimentos dos pequenos msculos em harmonia, na execuo de atividades utilizando dedos, mos e pulsos.

    A coordenao visual refere-se a movimentos especficos com os olhos nas mais variadas direes.

    d) Orientao

    A orientao ou estruturao espacial/temporal importante no processo de adaptao do indivduo ao ambiente, j que todo corpo, animado ou inanimado, ocupa necessariamente um espao em um dado momento.

    A orientao espacial e temporal corresponde organizao intelectual do meio e est ligada conscincia, memria e s experincias vivenciadas pelo indivduo.

    e) Conhecimento Corporal e Lateralidade

    A criana percebe seu prprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu corpo ocupa um espao no ambiente em funo do tempo, capta imagens, recebe sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo centro, o referencial. A noo do corpo est no centro do sentimento de mais menos disponibilidade e adaptao que temos de nosso corpo e est no centro de relao entre o vivido e o universo. nosso espelho afetivo-somtico ante uma imagem de ns mesmos, do outro e dos objetos.

    O esquema corporal, da maneira como se constri e se elabora no decorrer da evoluo da criana, no tem nada a ver com uma tomada de conscincia sucessiva de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabea, iriam pouco a pouco se encaixar uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo desmembrado.

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    O esquema corporal revela-se gradativamente criana da mesma forma que uma fotografia revelada na cmara escura mostra-se pouco a pouco para o observador, tomando contorno, forma e colocao cada vez mais ntidos. A elaborao e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente cedo, uma vez que a evoluo est praticamente terminada por volta dos quatro ou cinco anos. Isto , ao lado da construo de um corpo objetivo, estruturado e representado como um objeto fsico, cujos limites podem ser traados a qualquer momento, existe uma experincia precoce, global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da representao de si.

    O conceito corporal, que conhecimento intelectual sobre partes e funes; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posio dos msculos e partes do corpo. O esquema corporal inconsciente e se modifica com o tempo. Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, j que a bssola de nosso corpo e assim possibilita nossa situao no ambiente. A lateralidade diz respeito percepo dos lados direito e esquerdo e da atividade desigual de cada um desses lados visto que sua distino ser manifestada ao longo do desenvolvimento da experincia.

    Para perceber o corpo possui dois lados e que um mais utilizado do que outro o incio da discriminao entre a esquerda e direita. De incio, a criana no distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os braos encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam direito e esquerdo. Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mo da outra e um p do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criana tem noo de suas extremidades direita e esquerda e noo dos rgos pares, apontando sua localizao em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas, mamilos etc.). Aos sete anos, sabem com preciso quais so as partes direita e esquerda de seu corpo.

    As atividades psicomotoras auxiliam a criana a adquirir boa noo de espao e lateralidade e boa orientao com relao a seu corpo, aos objetos, s pessoas e aos sinais grficos.

    Alguns estudiosos preferem tratar a questo da lateralidade como parte da orientao espacial e no como parte do conhecimento corporal.

    f) Habilidades Conceituais

    A matemtica pode ser considerada uma linguagem cuja funo expressar relaes de quantidade, espao, tamanho, ordem, distncia etc.

    A medida em que brinca com formas, quebra-cabeas, caixas ou panelas, a criana adquire uma viso dos conceitos pr-simblicos de tamanho, nmero e forma. Ela enfia contas no barbante ou coloca figuras em quadro e aprende sobre sequencia e ordem; aprende frases: acabou, no mais, muito que amplia suas ideias de quantidade.

    A criana progride na medida do conhecimento fsico (referente cor, peso etc.), a criana necessita ter uns sistemas de referncia lgico-matemtico que lhe possibilite relacionar novas observaes com o conhecimento j existente, por exemplo: para perceber

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    que um peixe vermelho, ela necessita um esquema classificatrio para distinguir o vermelho de todas as outras cores e outro esquema classificatrio para distinguir o peixe de todos os demais objetos que conhece.

    g) Habilidades Psicomotoras e Processo de Alfabetizao

    As habilidades psicomotoras so essenciais ao bom desempenho no processo de alfabetizao. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como:

    Dominncia manual j estabelecida (rea de lateralidade); Conhecimento numrico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas existem

    nas letras m e n, ou quantas slabas formam uma palavra (rea de habilidades conceituais);

    Movimentao dos olhos da esquerda para a direita, domnio de movimentos delicados adequados escrita, acompanhamento das linhas de uma pgina com os olhos ou dedos, preenso adequada para segurar lpis e papel e para folhear (rea de coordenao visual e manual);

    Discriminao de sons (rea de percepo auditiva); Adequao da escrita s dimenses do papel, reconhecimento das diferenas dos

    pares b/d, q/d, p/q etc., orientao da leitura e da escrita da esquerda para a direita, manuteno da proporo de altura e largura das letras, manuteno de espao entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (reas de percepo visual, orientao espacial, lateralidade, habilidade conceituais);

    Pronncia adequada de vogais, consoantes, slabas, palavras (rea de comunicao e expresso);

    Noo de linearidade da disposio sucessiva de letras, slabas e palavras (rea de orientao tmporo-espacial);

    Capacidade de decompor palavras em slabas e letras (anlise); Possibilidade de reunir letras e silabas para formar novas palavras (sntese).

    Atividades...

    1 - Descreva uma atividade para o desenvolvimento de cada item abaixo:

    a) Coordenao motora fina (manual- digital)

    b) Esquema corporal

    c) Percepo auditiva

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    d) Coordenao viso motora

    Praticando...

    1- Elabore uma aula de Educao Fsica para a pr-escola, utilizando atividades para o desenvolvimento da percepo visual.

    - Parte inicial:

    - Parte principal

    1-

    2-

    - Volta calma

    Construindo...

    Organizar um circuito com 9 estaes com objetivo de desenvolver a psicomotricidade ampla ou motricidade fina, para 3 srie do ensino fundamental.

    Bibliografia

    COSTE, J. C. A. Psicomotricidade. Traduo: A Cabral, Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1992.FONSECA, Vitor da Psicomotricidade; 2 Ed.: So Paulo: Martins Fontes, 1988.

    GUILHERME, Jean Jacques. Educao e Reeducao Psicomotora. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1983.LE BOULCH, J. O Desenvolvimento Psicomotor: do Nascimento at os 6 anos. Traduo: A GBrizolara, Porto Alegre, Editora Artes Mdicas, 1986.

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    ______. Educao Psicomotora na Idade Escolar. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1988.

    MOURO, Mrcia Souto M. S. A Formao do Educador para a Pr-Escola Revista Criana. Ministrio da Ed. E Desporto, p. 15-17, n 27, 1994.

    NASCIMENTO, Lcia S. e MACHADO, M. Therezinha C. Psicomotricidade a Aprendizagem, 2 Ed.Rio de Janeiro: Ene Livros, 1986.

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    Texto abaixo extrado e disponvel em: acesso em 13 maio 2012.

    APOSTILA DE PSICOMOTRICIDADE

    Ementa: Psicomotricidade - histrico e conceito. Os aspectos instrumentais do desenvolvimento: aprendizagem, linguagem, o brincar, os processos prticos de socializao. O brincar psicomotor. Os subfatores que interferem na aprendizagem: tnus, lateralidade, estruturao espao-temporal, equilbrio, percepes sensoriais, esquema e imagem corporal, praxias globais e finas. A educao psicomotora e suas implicaes na aprendizagem.

    Os fundamentos tericos bsicos; observao e avaliao do desenvolvimento psicomotor; distrbios psicomotores; reas de interveno da psicomotricidade; avaliao psicomotora; a prtica psicomotora, articulando o campo psicomotor e psicopedaggico. Os princpios e as prticas da educao psicomotora.

    Objetivos especficos: aprofundar articulaes entre a psicomotricidade e os processos de aprendizagem propiciando experincias prticas neste sentido.

    Conceitos da psicomotricidade segundos diversos autores:

    Ajuriaguerra, mdico psiquiatra, considerado pela comunidade cientfica como o Pai da Psicomotricidade, define assim: Psicomotricidade se conceitua como cincia da sade e da educao, pois indiferentes das diversas escolas, psicolgica, condutista, evolutista, gentica, e etc, ela visa representao e a expresso motora, atravs da utilizao psquica e mental do indivduo.

    Dalila M. M. de Costallat, A Psicomotricidade como Cincia de Sntese, que com a pluralidade de seus enfoques, procura elucidar os problemas que afetam as inter-relaes harmnicas, que constituem a unidade do ser humano e sua convivncia com os demais.

    Germaine Rossel, A Educao Psicomotora a educao de controle mental e da expresso motora.

    Giselle B. Soubiran Psicomotricidade e Relaxao, bases fundamentais da estrutura psico corporal, esttica e em movimento, precedente e condicionante a toda atividade psquica.

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    Vtor da Fonseca, A psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relao afetiva, a mediatizao, a disponibilidade tnica, a segurana gravitacional e o controle postural, noo do corpo, sua lateralizao e direcionalidade e a planificao prxica, enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem e do seu ato mental concomitante. Nela o corpo e a motricidade so abordados como unidade e totalidade do ser. O seu enfoque , portanto, psico somtico, psico cognitivo, psiquitrico, somato-analtico, psico neurolgico e psico teraputico.

    P. Vayer, a educao da integridade do ser, atravs do seu corpo.

    Beatriz Loureiro, Psicomotricidade a otimizao corporal dos potenciais neuro, psico-cognitivo funcionais, sujeitos s leis de desenvolvimento e maturao, manifestadas pela dimenso simblica corporal prpria, original e especial do ser humano.

    Hurtado (1983), diz que a psicomotricidade a educao dos movimentos, ou atravs dos movimentos, visando a melhor utilizao das capacidades psicofsicas da criana. Neste caso utiliza-se o movimento como meio e no como fim a ser atingida. A Psicomotricidade o suporte bsico que auxilia a criana a adquirir tanto sensaes e percepes como conceitos, os quais lhe daro o conhecimento de seu corpo e, atravs desse, do mundo que o rodeia.

    Coste (1981), define a Psicomotricidade como uma tcnica em que cruzam e se encontram mltiplos pontos de vista, e que utiliza numerosas cincias constitudas, entre a biologia, psicologia, psicanlise, sociologia e lingustica. considerada como uma terapia, a terapia psicomotriz a qual desenvolve a capacidade de expresso do indivduo, fazendo com que haja um novo conhecimento do corpo.

    Schinca (1992), o controle e conhecimento do prprio corpo so essenciais para o estabelecimento da ligao entre o indivduo e o meio externo. A relao entre cada ser e o exterior se manifesta atravs de atos e comportamentos motores, adaptados e ajustados mediante as sensaes e percepes.

    Meur e Staes (1984), relatam que o estudo da psicomotricidade recente sendo que s no incio deste sculo abordou-o assunto ainda que superficialmente. Em uma primeira fase, a pesquisa terica fixou-se, sobretudo no desenvolvimento motor da criana. Depois se estudou a relao entre o atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criana. Seguiram-se estudos sobre o desenvolvimento da habilidade manual e aptides motoras em funo da idade. Hoje em dia os estudos ultrapassam os problemas motores, pesquisando tambm as ligaes com a lateralidade, estruturao espacial e a orientao temporal por um lado e, por outro, as dificuldades escolares de crianas com inteligncia normal. Faz tambm com que se tome conscincia das relaes existentes entre o gesto e a afetividade.

    Para De Meur (1984), a psicomotricidade quer justamente destacar a relao existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criana por meio de uma tcnica. A psicomotricidade baseia-se em princpios a partir da vivncia do corpo no espao e no tempo, desenvolvendo a conscincia de si mesmo, como um ser capaz de sentir expressar e o mais importante, ser capaz de partilhar e comunicar-se com os demais.

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    O estudo da psicomotricidade envolve cinco temas distintos: tomada de conscincia do corpo, a formao da personalidade da criana, isto desenvolvimento do esquema corporal, atravs do qual a criana toma conscincia do seu prprio corpo e das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo; tomada de conscincia da lateralidade, a criana percebe que seus membros no reagem da mesma forma, percebe uma maior dominncia dos movimentos de um hemicorpo do que no outro (assimetria funcional); tomada de conscincia do espao, tomada de conscincia da situao do seu prprio corpo em um meio ambiente, tomada de conscincia da situao das coisas entre si, possibilidade do sujeito se organizar perante o mundo que o cerca, de organizar as coisas entre si; tomada de conscincia do tempo, que diz respeito a como a criana se localiza no tempo, capacidade de situar-se em funo da sucesso dos acontecimentos (antes, durante, aps), da durao dos acontecimentos (longo, curto), da sequencia (dias da semana, meses ano), carter irreversvel do tempo (ontem, hoje, amanh) e renovao cclica do tempo (orientao temporal); tomada de conscincia da relao corpo-espao-tempo, como a criana se expressa tambm atravs do desenho, completa com o domnio progressivo do desenho e do grafismo.

    Sociedade Brasileira de Psicomotricidade - a cincia que tem como objeto de estudo o homem atravs do seu corpo em movimento e em relao ao seu mundo interno e externo, a psicomotricidade um assunto que todos os profissionais de Educao Fsica devem tomar conhecimento. O site da SBP vale uma visita com calma e ateno. A lista de cursos de formao, especializao e ps-graduao bastante detalhada, assim como a programao de eventos que acontecem em todo o Brasil.

    Para quem se interessar pelo assunto, antes de ir livraria adquirir as indicaes da seo publicaes deve visitar a seo glossrio, para inteirar-se dos termos tcnicos mais usados.

    Elementos da psicomotricidade

    A psicomotricidade envolve os seguintes elementos: esquema e imagem corporal, coordenao global, equilbrio, dominncia lateral, orientao espacial e latero-espacial, orientao temporal, coordenao dinmica das mos.

    Estes elementos so considerados bsicos para o desenvolvimento global da criana, so pr-requisitos necessrios para a criana adquirir aprendizagem da leitura e da escrita; vivenciar a percepo do seu corpo com relao aos objetos, saber discriminar partes do seu corpo e ter controle sobre elas e obter organizao de espao e tempo.

    Esquema corporal

    um elemento bsica indispensvel para a formao da personalidade da criana. a representao da imagem que a criana tem de seu prprio corpo. A criana se sentir bem na medida em seu corpo lhe obedece, em que o conhece bem, em que pode utiliza-lo no somente para movimentar-se, mas tambm para agir. Uma criana cujo esquema corporal mal constitudo no coordena bem os movimentos, na escola a grafia feia, e a leitura expressiva, no harmoniosa: a criana no segue o ritmo da leitura ou ento para no meio de uma palavra. Segundo De Meur (1989), uma criana que se sinta vontade significa que ele

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    domina o seu corpo, utiliza-o com desenvoltura e eficcia, proporcionando-lhe bem estar, tornando fceis e equilibrados seus contatos com os outros.

    A organizao do corpo no espao (organizao espacial)

    a capacidade de movimentar o prprio corpo de forma integrada, dentro de um ambiente contendo obstculos, passando por eles. Movimentos com rastejar, engatinhar, e andar, iro propiciar a criana o desenvolvimento das primeiras noes espaciais: perto, longe, dentro, fora. Para De Meur (1989), os problemas quanto orientao temporal e espacial, como por exemplo, com a noo antes-depois, acarretam principalmente confuso na ordenao dos elementos de uma slaba. A criana sente dificuldade em reconstruir uma frase cujas palavras estejam misturadas, sendo a analise gramatical um quebra-cabea para ela. Uma m organizao espacial ou temporal acarreta fracasso em matemtica. Com efeito, para calcular a criana deve ter pontos de referncia, colocar os nmeros corretamente, possuir noo de fileira, de coluna; deve conseguir combinar as formas para fazer construes geomtricas. Diante de problemas de percepo espacial uma criana no capaz de distinguir um b de um d, um p de um q, 21 de 12, caso no perceba a diferena entre a esquerda e a direita. Se no se distingue bem o alto e o baixo, confunde o b e o p, o n e o u, o ou e o on.

    A dominncia lateral

    Refere-se ao esquema do espao interno do indivduo, que o capacita utilizar um lado do corpo com melhor desembarao do que outro, em atividades que requeiram habilidade, caracterizando-se por uma assimetria funcional. A definio da lateralidade ocorre medida que a criana se desenvolve. A lateralidade na criana no deve ser estimulada at que no tenha sido definida, quando a criana forada a usar um lado do corpo torna-se prejudicial para a lateralidade, devido a fatores culturais os mais antigos acham que no correto a criana escrever com a mo esquerda, forando-a a utilizar a mo direita par tal ao, os pais devem favorecer a escolha feita pelas crianas. Na idade onde ainda prevalece a bilateralidade, se ainda a criana tiver tendncia para o sinestrismo e os pais tentar fazer algo para que impea, pode levar a criana a apresentar danos na motricidade e contribuir para o surgimento de problemas de aprendizagem.

    O equilbrio

    a funo na qual os indivduos mantm sua estabilidade corporal durante os movimentos e quando em estado de imobilidade (Masson,1985). Shinca (1992), relata que o bom equilbrio essencial para a conquista da locomoo assim como a independncia dos membros superiores. A dificuldade de equilibrar-se produz estados de ansiedade e insegurana, pois a criana no consegue manter um estado esttico ou de movimento e isto atrapalha a relao entre equilbrio fsico e psquico. Picq e Vayer (1985), diz que na presena de algum distrbio do equilbrio pode-se observar uma indisponibilidade imediata dos movimentos, desequilbrio corporal global, marcha no harmoniosa, tenses musculares locais, desalinhamentos anatmicos e imprevisibilidade de atitudes. Socialmente a criana pode apresentar tendncia inibio ou desejo de esconder, e falta de confiana em si mesmo.

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    A organizao latero-espacial

    Desenvolve da seguinte maneira, aos 6 anos a criana tem conhecimento do lado direito e esquerdo do seu corpo, aos 7 anos reconhece a posio relativa entre dois objetos, aos 8 anos reconhece o lado direito e esquerdo em outra pessoa, aos 9 anos consegue imitar movimentos realizados por outras pessoas com o mesmo lado do corpo no qual a pessoa realiza o movimento, isto transpe o lado da pessoa para o seu, aos 10 anos reproduz movimentos de figuras esquematizadas, e aos 11 anos consegue identificar a posio relativa entre 3 objetos.

    A coordenao dinmica

    A coordenao dinmica geral da criana um bom domnio do corpo suprindo a ansiedade habitual, diminui as sincinesias e as tenses trazendo um controle satisfatrio e confiana com relao ao prprio corpo.

    Com relao coordenao dinmica das mos Le Boulch (1982) diz que a habilidade manual ou destreza constitui um aspecto particular da coordenao global. Reveste muita importncia nas praxias, no grafismo, pelo que deve dar se muita ateno particular. A criana quando apresenta algum distrbio no desenvolvimento da coordenao (tanto global como da dinmica das mos), poder apresentar dificuldades escolares com disgrafia, ultrapassa linhas e margens do caderno, pode ter dificuldades na apreenso de dedos e nos gestos.

    Os potenciais humanos, so apoiados nas reas bsicas da Psicomotricidade, seu estudo e pesquisa constantes do esquema e da imagem corporal, da lateralizao, da tonicidade, da equilibrao e coordenao, so enriquecidos instrumentalmente, estimulando o sentimento de competncia, de auto-estima, entendendo o ser humano em constantes e complexas adaptaes, fazendo-o concluir que amado e aceito, tornando-o transformador e produtor social.

    Sintetizando, a Psicomotricidade subtende uma concepo holstica de aprendizagem e de adaptao do ser humano, que tem por finalidade, associar dinamicamente, o ato ao pensamento, o gesto palavra, o smbolo ao conceito.

    A Histria da Psicomotricidade no Brasil

    A histria da Psicomotricidade no Brasil, segue os passos da escola francesa. Era clara e ntida a influncia marcante da Escola Francesa de Psiquiatria Infantil e da Psicologia na poca da 1 guerra em todo mundo. O Brasil foi tambm invadido, ainda que tardiamente, pelos primeiros ventos da Pedagogia e da Psicologia. Nos pases europeus, pesquisadores se organizavam em grupos de trabalho: era preciso responder as aspiraes e necessidades da sociedade industrial, que levava as mulheres ao trabalho formal, deixando as crianas em creches.

    Os franceses se conscientizavam sobre a importncia do gesto e pesquisavam profundamente os temas corporais. Andr Thomas e Saint-Ann Dargassie, iniciavam suas pesquisas sobre tnus axial. A maturao, os reflexos tnicos arcaicos do nascimento dos primeiros anos de vida, produziram as primeiras palavras-chave da Psicomotricidade.

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    No entanto, Henri Wallon ousou falar em Tnus e Relaxamento e Dr. Ajuriaguerra combinou s suas pesquisas, a importncia do tnus falada por Wallon em seus escritos sobre o dilogo tnico. Dra. Giselle Soubiran iniciou sua prtica de relaxao psicotnica e fez seguidores. Empenhada cada vez mais em mostrar ao mundo, a importncia do tnus no dia a dia, ela apontou aos pesquisadores, caminhos a serem seguidos e estudados e deixou clara a sintomatologia tnica corporal do sculo. No Brasil, Antonio Branco Lefvre buscou junto s obras de Ajuriaguerra e Ozeretski, influenciado por sua formao em Paris, a organizao da primeira escala de avaliao neuromotora para crianas brasileiras.

    3.1 A evoluo da Psicomotricidade

    1790 Maine de Brian, primeiro a valorizar o movimento como componente essencial da estruturao do eu. Para ele, na ao que o EU toma conscincia de si mesmo e do mundo. O eu no pensa, vive-se;

    1874 C. Koupernik foi o principal indicador do que poderamos chamar de Psicomotricidade do adulto;

    1885 Jean M. Charcot a partir do estudo sobre o membro fantasma, histeria, evidncia as interferncias do psiquismo sobre o corpo e do corpo sobre o psiquismo, encaminhando uma mudana progressiva da viso dualista;

    1890 Freud ressalta a noo do inconsciente, do corpo pulso, do corpo relao, ou seja, o corpo passa a desempenhar um papel importante nas formaes inconscientes;

    1900 Karl Wernicke usou pela primeira vez o termo psico-motricidade;

    1901 Phillipe Tisi falou que por Educao Fsica no se deve entender apenas exerccio muscular do corpo, mas tambm e principalmente o treinamento dos centros psicomotores pelas associaes mltiplas e repetidas entre movimento e pensamento;

    1906 Dupr publicou na Revue de Neurologie o resultado dos estudos sobre a Psicomotricidade, nos quais define a sndrome da debilidade motora, para evidenciar o paralelismo psicomotor, ou seja, a associao estreita entre desenvolvimento da motricidade, da inteligncia e da afetividade;

    1909 Ajuriaguerra foi considerado o iniciador da psicomotricidade da criana com o relatrio sobre a debilidade motora. A psicomotricidade seria a experincia do corpo, como dilogo tnico, podendo ser lida como uma linguagem. Ajuriaguerra que afirmou que o papel da funo tnica no apenas o de servir de pano de fundo da ao corporal, mas tambm um modo de relao com o outro;

    1925 Dupr retoma o termo psicomotricidade na obra Pathologie de limagination et de lmotivit, empregado, tambm, na mesma poca, por Wernicke;

    Henri Wallon apresenta a famosa classificao das sndromes psico-motoras e sustenta um paralelismo das manifestaes motoras e psquicas, impregnado do reducionismo neurolgico, fruto do dualismo corpo-alma;

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    1930 H. Wallon distingue dois tipos de atividades motoras e faz uma escala de desenvolvimento da criana, alm de relacionar diretamente o movimento com o desenvolvimento psquico;

    1935 E. Guillmain, alm de montar um teste psicomotor, analisou o paralelismo entre o comportamento geral da criana e o teste psicomotor e descobre trs funes essenciais: atividades tnica, relacional e intelectual;

    1937 Jean Piaget demonstra a importncia do movimento, com base de toda a estruturao da inteligncia humana. Reafirma que a atividade motora o ponto de partida para o desenvolvimento das inteligncias. A partir da, a funo tnica e a coordenao dos esquemas sero reconhecidos pelas psicologias como objeto de estudo;

    1948 Heuyer fala da psicomotricidade como a associao estreita entre o desenvolvimento da motricidade, da inteligncia e da afetividade;

    1960 1 edio da obra Educao Psicomotora e Retardo Mental de Picq e Vayer, que significa o ponto em que a educao psicomotora ganha verdadeiramente uma autonomia, e se converte em uma atividade educativa original e com objetivos prprios;

    1963 No quadro universitrio do Hospital Salptrire, na Frana, expediu-se um certificado de Reeducao da Psicomotricidade;

    1963-1973 Institucionalizao e disperso das doutrinas e do mtodo;

    1974 Existe, na Frana, o diploma de Estado de Psicomotricista, obtido atravs dos Ministrios da Sade e da Famlia, envolvendo trs anos de estudos, aps o Bacharelado;

    1980 Com o incentivo de Franoise Desobeau, foi criada a SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA PSICOMOTORA (SBTP), integrada sociedade Internacional de Terapia Psicomotora (SITP), num encontro em Araruama, onde estiveram presentes 40 profissionais de oito profisses diferentes e de oito Estados do Brasil.

    1982 I Congresso Brasileiro de Psicomotricidade;

    Foram iniciadas as primeiras publicaes na rea de Psicomotricidade atravs dos Anais do congresso, dos exemplares IPERA, da prpria Sociedade, alm de revistas como CONTINUIDADE, do CESIR e CORPO E LINGUAGEM, da Editora Jacob, que era dirigida por um dos membros da Sociedade;

    1983 Foram criados cursos de Ps-graduao de Psicomotricidade, na Universidade Estcio de S e no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitao (IBMR), constituindo um passo importante na histria da Psicomotricidade;

    1985 Decreto 85.188, de 7.02.1985, rebatizou o diploma de Estado de Psicomotricidade;

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    1989 em Julho foi aberto, no IBMR, o curso de formao de Psicomotricidade com durao de 4 anos, a nvel de graduao;

    Sinopse do Reconhecimento da Psicomotricidade

    Primeiro com Tissi (1894), com Dupr (1925), depois com Janet (1928), e fundamentalmente com Wallon (1925, 1932 e 1934), a Psicomotricidade ganha definitivamente o reconhecimento institucional.

    4 - DESENVOLVIMENTO MOTOR

    O desenvolvimento motor o resultado da maturao de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, crescimento dos ossos e msculos. So, portanto comportamentos no aprendidos que surgem espontaneamente desde que a criana tenha condies adequadas para exercitar-se. Esses comportamentos no se desenvolvero caso haja algum tipo de distrbio ou doena. Podemos notar que crianas que vivem em creches e que ficam presas em seus beros sem qualquer estimulao no desenvolvero o comportamento de sentar, andar na poca adequada que futuramente apresentaro problemas de coordenao e motricidade.

    As principais funes psicomotoras um bom desenvolvimento da estruturao do esquema corporal que mostre a evoluo da apresentao da imagem do corpo e o reconhecimento do prprio corpo, evoluo de preenso e da coordenao culo-manual que nos proporciona a fixao ocular e prenso e olhar e desenvolvimento da funo tnico e da postura em p e reflexos arcaicos da estruturao espao-temporal (tempo, espao, distncia e retina).

    Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo ocorre no somente mecanicamente, mas sim que so aprendidos e vivenciados junto a famlia, onde a criana aprende a formar a base da noo de seu 'eu corporal'.

    No podemos esquecer de citar a importncia dos sentimentos da criana na fase do conhecimento de seu prprio corpo, pois um esquema corporal mal estruturado pode determinar na criana um certo desajeitamento e falta de coordenao, se sentindo insegura e isso poder desencadear uma srie de reaes negativas como: agressividade, mal humor, apatia que s vezes parece ser algo to simples poder originar srios problemas de motricidade que sero manifestados atravs do comportamento.

    5. AS REAS DA PSICOMOTRICIDADE

    Para fins didticos subdividiremos a psicomotricidade em reas que, embora citadas isoladamente, agiro quase sempre vinculadas umas s outras; entenderemos por "Prtica Psicomotora" todas as atividades que visam estimular as vrias reas que mencionaremos a seguir:

    5.1. REAS PSICOMOTORAS

    5.1.1. COMUNICAO E EXPRESSO

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