Reaacção impresso: Algema...

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ANO II Loriga -Janeiro de 1951 N. 0 23 PELA NOSSA TERRA - PELA S GENTES REDACTOR: Carlos P. Ascensão EDITOR: José Luís de Plna DiRECTOR E PROPRIF.TARJO: Dr. ear los Leitão Bas!os li Reaacção e Administração: Rua Marqués da fronteira J 1 J C/D. - LlSDOA Composto e impresso: •Uni ão Gráfico - R. Sc:nta Morla. 'IS - Lisboa · f't Algema Mundo ... . . . .. ·.·.· - · ... . ... - . O comunismo · não moderno. T etn, pelo me- nos, 29 séculos. Licur-go, e<de armas na mãon, o impôs ao povo de 1 E.sparta, no século IX an- tes de Cristo. Por sina · ), Licurgo não se houve nada bem com o empre endimento. A tão célebre educação espartana converteu-se em preguiça. em corrupção moral e em ind isciplina, vícios que trouxeram à ' Esparta uma geral ;ião tardou a ser vencida pelos Tomanos. Pelos secu- los fora, nunca o comunismo deu bons resulta- dos. Essencialmente, o comunismo de hoje é o mesmo dos tempos pri-mitivos: promessas de igual, dade. combate à opressão do povo, .interesse maximo pelo uf1s1coll e nenhum pelo espírito, força hélica, ódio, men- tira, etc. Entre o comunismo antigo e o 1nodei:- no. apenas uma di .ferença que, embora aci- dental, torna este mais perigoso .e mais temível que o de outrora: é a sua âns[a de expansão, f.acllitada pela técnica material e mortífera de que dispõe. O actual comunismo russo quere •. pela força, dominar o il'v'h!ndo. . . . · · Nos últimos tempo s, - tem cou1do nos de tin - ta . a historiar, a -criticar e combater tão repu- gnante doutrina. Apesar de tu do, ainda mui- tos usonhador es ll e parece-me que nem tod os se convenceram de que o comunismo é o pior mal dos nossos dias. iE. · por quê tanta e esperança numa ideologia que o àemó- rúo podia 'Ínspírar a-os homens? - É porque faz promessas, na verdad e tenta-doras; Promete aos pobres a «Í gualdad e11 , diz aos operários que também, um dia, serão . patrões, faz promessas de alimento certo, de liberdade, alarga a rédea da moral. patrocina a vi ngan ça das massas, etc .. etc. É evidente que isto' não passa dum sonho mentir - oso, pois, em estado consciente, todos re - conhecem que a realizaçã·o destas promessas é absolutamente jmpossível. A igualdade é uma pretensão tão co· mo desejar que todos os homens se)am igual - mente 'inteli-gentes ou saudáveis. ª. pr6- pría Rússia nega esta igualdade, pois la existem grandes milionários e ·légiôes esfo- ·meados. A promessa de · os operanos virem a ser patrões não passa duma «isc a)) para os ingénuos. Os pobres trabalhadores. su1e1tos ao comunismo, nem sequer têm a liberdade ou a possibili dade _ de · juntar dois . patacos, ao canto do .baú, para. um dia mais tarde, poderem com- prar uma casinha Ôu'- uma coorel a ... têm o . , . : 11Notícias da Covilhã», semanário cat6lico e regionalista que na defesa dos nais e dos prindpios -cristãos, tem 'Vlndo ahcer- çando, o prestígio de ,que .goza através da , sua longa ·existêncÍ": e duma .bem orientada e ciente colaboração, f.este1ou o seu XX)(.IX ani- versário. A Justiça, a Razão e a Lealdade. que eempre tem . sido as . suas . armas asseguram-lhe uma retumbante vitória perene de assinalados sucessos, através duma iv:ida gue - há·de $ar o árduo trahalho dos seus desinteressados di- rigentes e cola:boradores. míni· mo indispensável para· cada dia que passa. E. digo o mínimo, porque.' na verdade, a fartu- ra não deve sei" muita. Segundo nos diz o P. ·· rRolim no 1 ." volume do seu livro uO Comunis- moll, em 192 1 morrer.am à .fome, na Ri'.1ssia, 12 milhões de pessoas!... A liber - dade pro-metida pelo comunismo é apenas um ·mito irrisório. Quem não conhece as injustas prisões feitas pelos russos? Para os sim- ples descontentes com ·o regime soviético existe a pena da Sibéria, em necessidade de julga- mento .. Dizem-nos que ninguém sabe, ao certo, o que se .passa atrás da ucortina de ferro». É ver- dade. ninguém o sabe, com certeza. A penas se sabe que de n' ão ·foge quem · não pode. E com isto se diria :tudo. !Estaline cujo nome si- gnifica <t homem de aço » (do alem. ST AHL - aço e lN desin. · russa) parece não ter sensibili- dade capaz de <:ompreender e de · perdoar ou simplesme nte de ccgovernar n, humanament e. Quanto à vida mora l, tamhém certo que o comunismo todas as liberdades e ne.m outra coisa se esperava duma filosof.ia mat·erialista. O amor li vre é pregado aos quatro ventos da ter- ra. A poligamia f.oi legalizada pelo Estado so- viético .. Podem fazer-se ·t odas as patifarias que se encontra sempre a tolerância da lei. !Vlas se- isto um bem? - Que o digam os que têm esposas, filhas, noi.vas ou irmãsl. .. No capítulo da liber.dade, esquecia-me de di- zer-vos que os pai s não são senhores dos ,pró- prios .filhos. !Estes perten cem ao Estado que, desde pequenos, os toma para si e, por meio de educadores especiali zados na doutf"ina comunis - ta, infiltra-lhes no espírito o veneno que agora perturba o Mundo. Reparai como o comunismo é antinatural! Como se 'Vê, tudo. o que o · comunismo pro - mete não passa dum sonho. E, como diz Maxi- .rne du Camp, uentre os aonhos revolucionários e as realidades. 1há um abismo cheio .de . sangue e de imundjcesl>. Ainda assim, as rea ·lidades são efémeras. : . E u escrevi que o comunismo é. uma filoso- fia materiaüata. Sim. É a filosofia matedalista de ·Marx. a matéria interessa. O homem é apenas uma máquina de produZir. Quando gas- ta ou cansada, atira-se para o :ferro velho. O ho- . mem é besta de carga, o.brigada .a trabalhar quer queira não. Acima de tudo a produ- ção para o. celeiro do Estado. O resto são pie - º1lices de crentes enfezados. e Que nos pode dar uma doutrina que não co- nhece em nós uma alma imortal com destino eterno? Não admira gue o comunismo combat a toda a · ideia religiosã. Se a a lma uma fanta- sia; a . religião não tem razão de ser. Todos os esc - rupulos morais -são doen tios sentimentos. Que nos pode da r ' uma doutrina que · não em nós uma personalidade com direitos inalienávei s? Que nos -pode dar . wna .doutrina que nos consi- dera ridícu las 1be stas ou, pior ain - da, Iarrapoa sem valor algum que •meia- -dúzia d-e tiranos devem espezinhar? Que nos . pode dar uma doutrina de inspiração dia:bólica Na.da, absolutamente nada, além da miséria, da ruí.na e da morte. Afina l, eu poderia ter dispensado estas lon- gas C<>nsideraçóes- Se a árvore, como diz o Evangelho , se . reconhece pe l os f-r;utos, 'basta:r- (Continua na Pág. 2) por Brito Martin$ A vinda do Filho de Deus ao Mundo, pela Incarnação, foi uma ascensão do homem para Deus . Cristo desce; o homem sobe. Ê assiro -que através das diferentes fases da história do Uni- verso, nós vemos a ambição sempre crescente do progresso. O homem procura te6ri ca ou pràtica- · ment e predispor as coisas que ·se lhe afiguram mais aptas para a plena consecução do seu fim. Procura por todos os meios o progresso. Quer subir e pode subir. f;, como subir é passar da ordem material à in te l ectual e desta à moral, no dizer Tristão de Ataide, ele tende a elevar- -se. :Procura unia vida melhor, materialmente fa- l ando ; inventa teorias que julga Óptimas para a consecução do seu bem no cam.po material. Que os outros sejam prejudicados, pouco importa. Egoísmo é o seu lema . O Testo não é com ele, ou se o é, é-o . mera. obra do acaso. P ensá no progresso e numa 'Vida que o satisfaça neste Mun- do, -como se Cristo .legisl ador e mantenedor da 01.dem social nos povos nunca houvera existido. pensa, como diz alguém, na passagem do em- pirismo económi co ao capitalismo e deste ao co- munismo. Por quê isto? P orque 'llOS bens .ma- teriais ele julga encontrar a felicidade. .P'cira poder agir mais livremen te, procura meios práticos de se subtrair vontade do potente. O Eva ngel ho, único código da ver<la- deira e completa doutrina social, e a revelação deixam de ser verdades divinas e, cons equente- mente insofismá ·veis. a razão impera e as icie)as deduzida s desta . E o que ela não demons- tra nega-se - cca priori» par a cair - no raciona lis- mo puro. Aspira-se à diVisão bens e males pela human idade e vem o comuni smo que hoje pre t ende dominar por sobre a terra. O operário transformado -e m máquina produtora, tenta dei- tar abaixo o poderio do patrão; este e o seu ca- pital, por sua vez, procura explorar aquele, pa- gando-lhe sim, mas sem consideração t>elo que hoje se chama justo salário, tantas 'Vezes ·defini- .. do nas Encíclicas d os Pontífices. Vi\•e-se à mar- · gem da Justiça e Caridade .pregadas por Cristo, na Pág. 3) LORIGA Ao fundo da Estrela, circundada de montes, fica situada Longa, uma das principais vilas db distrito da Gua rda. É dotada duma beleza que s6 um Ente su- mamente Belo lhe podia dar; tal a magnífica si- tuação. Se súbirinos aos pínearos da · maj estosã Ser :. · ra, a .fim de adm irarmos os l'icos panora - mas que se vão descortinando, à medida que vamos .. es- calando a .íngreme e aJ.cantilada escarpa, se das alturas olharmos para baixo avistaremos a famosa e velha loriga no do arvor - edo. Es- ta vi· la f.oi engastada no coração hermínico eomo. · qu e para sua defesa. A vida alegre laboriosa do seu - povo muda º consoante as estações do ano ... · · ·· Surge a Primàvera; e · co- .: brem-se das flores mais 'Variadas; os ?es:: #. ·--:: ... ;. -(Continua na P&g . 3) :

Transcript of Reaacção impresso: Algema...

ANO II Loriga -Janeiro de 1951 N.0 23

PELA NOSSA TERRA - PELA S GENTES

REDACTOR: Carlos P. Ascensão EDITOR: José Luís de Plna DiRECTOR E PROPRIF.TARJO: Dr. earlos Leitão Bas!os li •

Reaacção e Administração: Rua Marqués da fronteira J 1 J C/D. - LlSDOA Composto e impresso: •União Gráfico - R. Sc:nta Morla. 'IS - Lisboa

· f't Algema ~o Mundo ... . -·"t-·~ . . • . .. ·.·. · - ·.· ... ~ . ... - .

O comunismo ·não .é moderno. T etn, pelo me­nos, 29 séculos. Já Licur-go, e<de armas na mãon, o impôs ao povo de 1E.sparta, no século IX an­tes de Cristo. Por sina·), Licurgo não se houve nada bem com o empreendimento. A tão célebre educação espartana converteu-se em preguiça. em corrupção moral e em ind isciplina, vícios que trouxeram à 'Esparta uma de~ilidade geral ~ ;ião tardou a ser vencida pelos Tomanos. Pelos secu­los fora, nunca o comunismo deu bons resulta­dos.

Essencialmente, o comunismo de hoje é o mesmo dos tempos pri-mitivos: promessas de igual,dade. combate à pro?r~edade pri~~da. opressão do povo, .interesse maximo pelo uf1s1coll e nenhum pelo espírito, força hélica, ódio, men­tira, etc. Entre o comunismo antigo e o 1nodei:­no. há apenas uma di.ferença que, embora aci­dental, torna este mais perigoso . e mais temível que o de outrora: é a sua âns[a de expansão, f.acllitada pela técnica material e mortífera de que dispõe. O actual comunismo russo quere •. pela força, dominar o il'v'h!ndo. . . . ·

·Nos últimos tempos, -tem cou1do nos de tin­ta . a historiar, a -criticar e combater tão repu­gnante doutrina. Apesar de tudo, há ainda mui­tos usonhadoresll e parece-me que nem todos se convenceram de que o comunismo é o pior mal dos nossos dias. iE. ·por quê tanta confian~a e t~nta esperança numa ideologia que só o àemó­rúo podia 'Ínspírar a-os homens? - É porque faz promessas, na verdade tenta-doras; Promete aos pobres a «Ígualdade11, diz aos operários que também, um dia, serão .patrões, faz promessas de alimento certo, de liberdade, alarga a rédea da moral. patrocina a vingança das massas, etc .. etc.

É evidente que isto' não passa dum sonho mentir-oso, pois, em estado consciente, todos re­conhecem que a realizaçã·o destas promessas é absolutamente jmpossível.

A igualdade é uma pretensão tão ~stul~. co· mo desejar que todos os homens se)am igual­mente 'inteli-gentes ou saudáveis. ~ .res~o. ª. pr6-pría Rússia nega esta igualdade, pois la existem grandes milionários e ·légiôes d~ .escr~vos esfo­·meados. A promessa de ·os operanos virem a ser patrões não passa duma «isca)) para ~t;air os ingénuos. Os pobres trabalhadores. su1e1tos ao comunismo, nem sequer têm a liberdade ou a possibilidade _ de ·juntar dois .patacos, ao canto do .baú, para. um dia mais tarde, poderem com­prar uma casinha Ôu'- uma coorela ... Só têm o . , .

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11Notícias da Covilhã», semanário cat6lico e regionalista que na defesa dos inter~sses r~,gio­nais e dos prindpios -cristãos, tem 'Vlndo ahcer­çando, o prestígio de ,que .goza através da, sua j~ longa ·existêncÍ": e duma .bem orientada e .pro~­ciente colaboração, f.este1ou o seu XX)(.IX ani­versário. A Justiça, a Razão e a Lealdade. que eempre tem .sido as . suas . armas asseguram-lhe uma retumbante vitória perene de assinalados sucessos, através duma iv:ida gue -há·de compe~­$ar o árduo trahalho dos seus desinteressados di­rigentes e cola:boradores.

míni·mo indispensável para· cada dia que passa. E. digo o mínimo, porque.' na verdade, a fartu­ra não deve sei" muita. Segundo nos diz o P. ·· rRolim no 1 ." volume do seu livro uO Comunis­moll, só em 1921 morrer.am à .fome, na Ri'.1ssia, 12 milhões de pessoas!...

A liber-dade pro-metida pelo comunismo é apenas um ·mito irrisório. Quem não conhece as injustas prisões feitas pelos russos? Para os sim­ples descontentes com ·o regime soviético existe a pena da Sibéria, em necessidade de julga­mento . . Dizem-nos que ninguém sabe, ao certo, o que se .passa atrás da ucortina de ferro». É ver­dade. ninguém o sabe, com certeza. Apenas se sabe que só de Já n'ão ·foge quem ·não pode. E com isto se diria :tudo. !Estaline cujo nome si­gnifica <thomem de aço» (do alem. ST AHL -aço e lN desin. ·russa) parece não ter sensibili­dade capaz de <:ompreender e de ·perdoar ou simplesmente de ccgovernar n, humanamente.

Quanto à vida moral, tamhém ~ certo que o comunismo dá todas as liberdades e ne.m outra coisa se esperava duma filosof.ia mat·erialista. O amor livre é pregado aos quatro ventos da ter­ra. A poligamia f.oi legalizada pelo Estado so­viético .. Podem fazer-se ·todas as patifarias que se encontra sempre a tolerância da lei . !Vlas se­rá isto um bem? - Que o digam os que têm esposas, filhas, noi.vas ou irmãsl. ..

No capítulo da liber.dade, esquecia-me de di­zer-vos que os pais não são senhores dos ,pró­prios .filhos. !Estes pertencem ao Estado que, desde pequenos, os toma para si e, por meio de educadores especializados na doutf"ina comunis­ta, infiltra-lhes no espírito o veneno que agora perturba o Mundo. Reparai como o comunismo é antinatural!

Como se 'Vê, tudo. o que o ·comunismo pro­mete não passa dum sonho. E, como diz Maxi­.rne du Camp, uentre os aonhos revolucionários e as realidades. 1há um abismo cheio .de .sangue e de imundjcesl>. Ainda assim, as rea·lidades são efémeras.: .

E u escrevi que o comunismo é. uma filoso­fia materiaüata. Sim. É a filosofia matedalista de ·Marx. Só a matéria interessa. O homem é apenas uma máquina de produZir. Quando gas­ta ou cansada, atira-se para o :ferro velho. O ho­. mem é besta de carga, o.brigada .a trabalhar quer queira ~uer não. Acima de tudo a produ­ção para o. celeiro do Estado. O resto são pie­º1lices de crentes enfezados. e

Que nos pode dar uma doutrina que não co-nhece em nós uma alma imortal com destino eterno? Não admira gue o comunismo combata toda a ·ideia religiosã. Se a a lma ~ uma fanta­sia; a . religião não tem razão de ser. Todos os esc-rupulos morais -são doentios sentimentos. Que nos pode dar 'uma doutrina que ·não vê em nós uma personalidade com d ireitos inalienáveis? Que nos -pode dar .wna .doutrina que nos consi­dera ridículas 1bestas ~ngravatadas ou, pior ain­da, ~imples Iarrapoa sem valor algum que •meia­-dúzia d-e tiranos devem espezinhar? Que nos

. pode dar uma doutrina de inspiração dia:bólica ~ Na.da, absolutamente nada, além da miséria, da ruí.na e da morte.

Afinal, eu poderia ter dispensado estas lon­gas C<>nsideraçóes- Se a árvore, como diz o Evangelho, se .reconhece pelos f-r;utos, 'basta:r-

(Continua na Pág. 2)

por Brito Martin$

A vinda do Filho de Deus ao Mundo, pela Incarnação, foi uma ascensão do homem para Deus. Cristo desce; o homem sobe. Ê assiro -que através das diferentes fases da história do Uni­verso, nós vemos a ambição sempre crescente do progresso. O homem procura te6rica ou pràtica­·mente predispor as coisas que ·se lhe afiguram mais aptas para a plena consecução do seu fim. Procura por todos os meios o progresso. Quer subir e pode subir. f;, como subir é passar da ordem material à intelectual e desta à moral, no dizer dé Tristão de Ataide, ele tende a elevar­-se. :Procura unia vida melhor, materialmente fa­lando; inventa teorias que julga Óptimas para a consecução do seu bem no cam.po material. Que os outros sejam prejudicados, pouco importa. Egoísmo é o seu lema. O Testo não é com ele, ou se o é, é-o .mera. obra do acaso. P ensá no progresso e numa 'Vida que o satisfaça neste Mun­do, -como se Cristo .legislador e mantenedor da 01.dem social nos povos nunca houvera existido. Só pensa, como diz alguém, na passagem do em­pirismo económico ao capitalismo e deste ao co­munismo. Por quê isto? P orque só 'llOS bens .ma­teriais ele julga encontrar a felicidade.

.P'cira poder agir mais livremente, procura meios práticos de se subtrair ià vontade do Omni~ potente. O Evangelho, único código da ver<la­deira e completa doutrina social, e a revelação deixam de ser verdades divinas e, consequente­mente insofismá·veis. Só a razão impera e as icie)as deduzidas desta. E o que ela não demons­tra nega-se -cca priori» para ~e cair -no racionalis­mo puro. Aspira-se à diVisão ~os bens e males pela humanidade e vem o comunismo que hoje pretende dominar por sobre a terra. O operário transformado -em máquina produtora, tenta dei­tar abaixo o poderio do patrão; este e o seu ca­pital, por sua vez, procura explorar aquele, pa­gando-lhe sim, mas sem consideração t>elo que hoje se chama justo salário, tantas 'Vezes ·defini- .. do nas Encíclicas d os Pontífices. Vi\•e-se à mar-· gem da Justiça e Caridade .pregadas por Cristo,

(Co~fi,.;ua na Pág. 3)

LORIGA SERRANA.~. Ao fundo da Estrela, circundada de montes,

fica situada Longa, uma das principais vilas db distrito da Guarda.

É dotada duma beleza que s6 um Ente su­mamente Belo lhe podia dar; tal a magnífica si­tuação.

Se súbirinos aos pínearos da ·majestosã Ser:. · ra, a .fim de admirarmos os l'icos panora-mas que se vão descortinando, à medida que vamos .. es­calando a .íngreme e aJ.cantilada escarpa, se lá das alturas olharmos para •baixo avistaremos a famosa e velha loriga no m~io do arvor-edo. Es­ta vi·la f.oi engastada no coração hermínico eomo.· que para sua defesa.

A vida alegre ~ laboriosa do seu -povo muda ºconsoante as estações do ano ... · · ··

Surge a Primàvera; o~ val~ e o~teiros · co-. : brem-se das flores mais 'Variadas; os câ~ticos ?es: :

#. ·--:: ... ;.

-(Continua na P&g. 3) :

' A 'NEVE JANEIRO ~ 1951'- "1

i 1 1

A Ãl1ema do Mundo (Co11fi1111arciu d<1 pdgi11n T)

Um dia de procissão

-nos-ia examinar os frutos do comunismo anti­ic. e ·moderno, para o conhecermos com toda a sua força satânicamente destrutiva. Qua:~s os fru­tos do comunismo no :México, na Espanha, na .Polónia, na .Bulgária. na HungTia, na Lituânia. na China, na actuiil Coreia? Apen<is miséria, ruí­na e morte.

Portugal desde há muito repudia e combate as ideias moscovitas. r;\1as, parn que a luta se torne mais consciente e mais eficaz, a União Nacional acab<\ de fazer um <\pelo a todos os portugueses, para que se alistem numa organi­za~ campanha contra a 'tirania do oriente. Te­mos de sair da nossa. casa e de n6s mesmos pa­ra influenciarmos o meio. Não basta a aversão individual que cada um possa sentir por esta doutrino. É necessário que o diga e O justifi:Jae, sobretudo por uma vida a itamente cristã e na­cionalista. Agora, mais que nunca, é necessário

· que se cumpra o conselho acertado qu~ L:ecom­te du Noüy dirige aos homens responsave1s : «se é cRpaz. de escrever, que escre".a o .que pensa e crê; .pede-se-lhe ainda que se m_sur3a contra a mentira quando .a encontrar, que 3u\gue aqueles cuja conduta lhe parece hip6crita e .má. Se não escreve. que reflita demoradamente, e que pro· cure maneira pela qual possa inspirar, a outros. as qualidades morais que o animam>1. Neste tra­balho de saneamento das ideias da gente por­tuguesa têm de entrar a escrita, a palavra, o exemplo. e m suma. todas as forças possíveis e convenientes.

Salazar referindo-se ao comunismo, no seu último dis~urso, disse: 1t ... a ,força do proselitis­mo comunista exige imperiosamente uma acção intensiva de aliciação das inteligências à volta de um sistema de ideias que o rep ilam>!. O co­munismo, como doutrina que é , tem de comba­ter-se com outra doutrina que se lhe oponha. Esta doutrina não pode ser outra q ue o nacio­na.lismo cristão, con1preendido e vivido .por to­dos os portugueses. Se os adeptos _do . com~ni:;. mo' são acérrimos defensores e pr_opagandJstas do seu ideal. ardorosament-e pa~riótico deve ser 0 'nosso .zelo em defendermos f ortugal e <Js por· tugueses do vir-us comunista e esclarecida . .de.ve ser a nossa inteligência para rebatermos as 1de1as revolucionárias.

Igual zelo deve existir em todas as pátrias que desejam a pa z e a liberdade. Se assim não Jor, o comunismo não tardará a ser. a grande afgema -do ;Mundo.

CARLOS P. ASCENSÃO

Que bonito dia! t tão cedo e já o sol des­ponta para além .daquele cerro que se avista ao longe. Cnlbora a madrugada esteja hastante fria, a -calcular por aquelas núvens que além se vêem, é natural que venha um d ia de calor.

As avesitas_fogem amedrontadas dos fogue: tes que já se fazem ouvir. A animação é notó­ria neste povo que se prepara para a gr.ande f.es• 1 r\ anual.

Pelos carreiros que l c:v~m aos Casais. chegam numerosos ranchos com a merendas à cabeça, parando ao cccabo da Ponteu, para se refazere m da jornada, e trocarem os sapatitos de pRno já velhos, por outros que à vista aldeã têm um as­pccto domingueiro.

1Depois do .habitual nvá corn ·Deusn e nvenha com ·Deus», salvação usada pelos antigos. e ain­da do uSeja louvado •'.°'fosso Senhor Jesus Cristo11 dado à entrada das casas conhecidas, lá se diri­gem pelas ruelas ·tortuosas da · aldeia até acima ao Adro 'onde toca a músicá vinda de propósi­to para animar a festa.

As pessoas conhecidas e que não se vêem há muito, abra9<lm-se com efusão tlpicamen~e beirense - uma palmada nas costas e duas vol­tas de roda -. e é vulgar ouvir-se de longe:

- Olha a tá :]\l)aria dos Casais! Venha lá abaixo à minha casa. E la é pobre rnas inda lá tem um copito d. aguardente p' rá tá !T\1aria se aquecer.

- Ora, na é nassário tanto in-co.môdo. Já lá vem o sol p'raquecer a gente.

-•Incómodo nenhum ande lá. Quem veio hoje p'lo «al-pardou apanhou muito frio. Nem parece manhã de Setembro . Mas na admira, qualquer dia temos aí a ccc-heia das hotelhas!n

E com estes e outros diálogos os de longe e os da terra formam uma só família, e lá es· peram num cavaquear folgazão a hora da mis­sa que está a chegar.

E é tempo. O sino já está a t ocar a terceira vez pois p;nece mesmo dizer: vin.de, vinde, vin­de, -vinde ...

--------"------·-Como se tilz um homem ...

(Continuaçlio da prí,gi11a 4)

que José Luís ,.â.maro, nesta grave emergência, daria o passo definitivo na consagração dos seus méritos profissionais e pessoais. Nos grandes momentos se . tomam as grandes resoluções.

. da casa. foi tão profícua a sua administração que l 6. E aceitando, ap6s muitas insistências, ser sócio

e·~~ . t. l't - ·~~e em 1927, a Li;rrar.i~ Contemp?rânea, t~mª':'ª 0

rrlil' ~W rrl' lugar a que unha JUS graças a correcçao, com-

Lembra-me dos teus olhos, o Jogo ardente Com que fitaoas os meÚs, cheios d' amor. Lembra-me dos teus lábios aquele calor Com que sorriam aos meus tão meigamente.

Lembra-me . que juraoa.s p'ra me prender, Tant.as, tantas loucuras, tudo a mentir ... Lembra-me o sofismo do teu sentir Que .de falso que era me faz s.ofr.e1.

:::iJm. Lemora-me e aesespero por meu P' ra não recordar jamais ial Jolsidadc, Para eu não mais sentir tão grande dor.

• • • • • # • .. • • • • • • • • • • • • •

Mas para quê mentir, se eu afinal, Sinto o coração Jeliz por ter saudade, A pesar de ser fingido o teu amor.

mal,

'Maria da Saudade

AGRADECIMENTO Manuel David de Brito ,e familla vêm reco·

nhecldamente agradecer a tod~ que se dignaram acompanhá·lOS no doloroso transe porque acabam de passar.

Covilhã, 8 de Janeiro de 1951

. : petência e dinamismo do seu novo gerente. Jo­s~ Luís Amaro, conquistava nesta árdua bata- · lha, os melhores louros... Com o bano que amassou nos primeiros tempos erg.uera o edifí­cio .da sua prosperidade, com esta · sua vitória construira-lhe o telhado, para evita.r que a <:hu­va do descrédito, jamais penetrasse em sua casa.

Lutando sempre com tenacidade, vencendo pelo seu trabalho e pela sua fé, ajudado pela sua_ ~.9n~~ti9a.de __ e .f:9.n:.eç~o.. •. _admi!.açl~ .pel~ __ sua . simplicidade e f.ino trato, glorificado pela sua caridade. e amor do próximo, homenagea.do pe­la •Imprensa Brasileira e por altas individualida­des políticas daquela grande ·Nação ;irmã, que ihe testemunharam o seu grande apreço e admi­ração, •em sugestivos escritos, que constituem, o .mais sólido testemunho duma viva simpatia por quem ·se transformara de simples guardador de gados nos prados da E.atrela .num dos mais altos expoentes materiais e espirituais da coló­nia portuguesa do Brasil.

ccA Neve1> presta a este nosso conterrâneo, que tão bem soube dignificar <> seu nome e 0

nome da sua Terra, cm 52 anos de trabalho na Nação Irmã, .pública homenagem, embora fe­rindo a simplicidade e a susceptiblidade deste gr-ande loriguense , de cuja autoria é a seguinte frase: «A Deus entrego tudo e continuarei a ser o me~mo de sempre: O pequeninou.

Tudo acorre pois à Igreja .. A.s pessoas mais velhas com lenços pela cabeça e ainda outras com chales, os mais bonitos, que todo o ano es­tÍ\<eram dentro da arca, no •1caniçoii, e ainda as moçoilas novas já com véus de três bicos que • lá vendeu o candongueiro.

Começa a missa a 9ue assistem todos: ho­mens. mulheres e crianÇas. Na Igreja, um silên-. cio religioso. s6 se ouvindo o cieiar dos que 1e-2am o terço e dos que mesmo na Igreja têm ! sempre que dizer. ?v1as vai falar o Sr. Prior. e · '1 um a um, todos se calam. Ele fala do Evange- ! lho e pormenoriza as raiões da festa daquele dia. Depois dá indicações sobre o que há a fa~ zcr no fim da missa, para a saí<la <la Procissão. ·

• I •• !

* As ruas estão engaJanadas. i\·luitas colchas ;-ie

divtrsas cores pendem das janelas, formando urn extenso colorido digno dum pincel de artista'. "

Aqui e além, ramos de rosmaninho espalha· do. Na .p;.aça vêm-se os botequis e a Ker-mes­se. Lá está também o coreto para a música tv· c.:ar à noite, e o terreiro •bem varrid.inbo para · as moças dançarem.

No Adro já se ouve a música. É sinal que saíu a P rocissão. Acorrem às ruas os garotos que se escaparam da missa e ainda os velhi· nhos que não puderam subir ao Adro.

Lá vem a Procissão! À frente. as meninas da Comunhão vestidas

de branco, e os ·anjinhos, abrem caminho como que a santificar as pedras por onde hão-de J)aS· ·

sar os andores todos floridos . E que bonitos eles vêm!

Chovem pétalas de rosa de todas a~ janelas, e as colchas ondulando com o vento,- parece di­zerem adeus à Virgem de Fátima que já lá · vai adiante.

·~1uita gente segue atrás dos andores rezan­do e cantando:

Queremos Deus ~ue é nosso Rei ! Querem·os Deus que é nosso Pai!

' .

"

Esta é a .Procissão da manhã . Há tarde i'>~ outra -que é propriamente a da festa. Segue-se a ·venda das fogaças, e é ver quem dá m!!is. IV1uita gente vai aos botequins e à Kermesse, e depois. tudo corre para suas casas, para o gran:: · de jantar de festa.

Há carnes em abundância e bom ivinho de sobra. Alguns já meios tontos vêm dançar pa·. r11 as p~rtas ou para a .Ponte, ao som de qual· ' quer 1gaita de _beiços. E .se apar~ce o ti Abílio. com a concertina, então e festa n:ta!. ..

•iVlas em dada altura soa a música na Praça- ·/ E. lá vai o rancho rua acima misturar-se com as · raparigas que esperam ansiosamente pelo . bai.· ·." )arico, para dançare.'"ll com o conversado. BailaJJl · o vira e o fandango e fazem danças de ro~-. com cantigas como em:

"Ao passar o ribeirinho, Puz o pé, molhei a meia, •Namorei na minha tcna, . Fui casar à terra alheian.

. uf ui casar à terra alheia li\1inha mãe não me ralh,ou. ·i\.1inha mãe já se não lembra Do tempo que já passouil .

. ·-."

É ~im um dia de festa na aldeia, utn ~a de .Procissão. Altas horas vai-se embora a. rnu­sica que é de longe; ·mas o .povo fica ainda. a divertir-se, até mais tarde ... até cantar o galo.

ALZIRA BRITO (ele Al1Joco da Serrtr)

AGRADECIMENTO A todos quantos, pela altura do Natal e do"

Ano Novo, nos desejaram Boas-Festas, ende­reçamc:s os nossos agradecimentos desejando· -lhes. igualmente. um Ano Novo cheio de pros· . per idades. ·

JANEiRO..:. 1951

AL!\llOÇO AOS POBRES- Na véspera do Na­tal. pela Conferência de S. Vicente de Paulo. além dos habituais donativos, foi orerecido um almoço aos pobres da. nossa terra.

Parabens às senhoras conferentes, pela sua feliz iniciativa, interpretando assim os sentimen­tos de São Vicente de· Paulo, gesto Que muito honra. a Instituição que dirigem.

NOVA JUNTA DE FREGUESIA - No passa.elo dia 1.0 , numa. simples mas significativa cerimónia, efectuou-se a transm issão de poderes à n ova Jun­ta de Freguesia, para a qual haviam sido convi­d~das as pessoas de inaior representação da Vila.

t Usaram da palavra vários oradores, incitando

Odos a nova Junta a trabalhar cada vez ·mais e melhor em prol da nossa ouerida terra. o presi­dente cessante, ·Sr. Manuel ·Gomes Leitão. depols de Passar em revista .a ac~ivldade da Junta por ele presidida, afirmou que só com a união de to­dos, pondo de parte interesses pessoais e precon­ceitos mesquinhos s e poderá realizar algo de gran­de a bem de ·Loriga.

Damos todo o apoio às suas palavras e acres­centamos que já é tempo de se desmascararem e recompensar com o desprezo geral, todas as pes­soas que de qualquer forma tentam entravar o Progresso da nossa terra..

· Finalmente o Sr. António Nunes Ribeiro, pre­sidente . ·da .actual Junta. declarou estar senhor daS responsabUidades e que contava com a ajuda de: todos ·:Para berri desempenhar a sua espinhosa missão.

:[PlLARMóNICA LbRIGUENSE - No PBS$adú dia · 6. a · nossa Banda, percorreu as Ruas da Vila, dan­

do as Boas ·Festas, não o tendo feito no dia 1.0 co­mo de costume, devido ao mau tempo.

A população compr-eendendo o valor espiritual que a Sociedade representa, concorreu generosa­mente com as suas ofertas, ó que multo senslbi­l!zou a sua Direcção e demais componentes, esti­mulando-os assim para maiores empreendimentos.

· CASAMENTOS - Na Igreja Paroquial, reali­llzaram.,-se. OB <:asamentos: Dos Srs. Joaquim dos santos Pereira, fllho de Antônio Pereira e Maria do .Carmo •Pinto de Jesus, com a s r.• Conceição Lopes Pereira, filha de Carlos Alves Pereira e Ma­na do Canno dos Santos.

Mário Marcos dos Santos, filho de António ' Marques e de Maria do Patrocinio Marques dos Santos, com a Sra. Rosalina Ascensã-o de Jesus, filb·a de Josê Francisco e Maria da Ascensãú de J esus. .... . · '

Aos noivos os nossos parábens, com desejos de inúmeras felicidades.

BAPTIZADOS - Na Igreja. Paroquial, reali~ zaram-se os das seguintes crianças:

Maria Isabel, filha de JoaqUim Gouveia e Izausa Pinto de Moura. Foram padrinhos: José d e Brito Amaro e sua esposa Isaura Pinto de Je-

1 sus. . Isabel, filha. de Art ur da Fonseca Félix e Ma~

ria dos Anjos Pereira. Foram p~rinhos: Abillo Moura Pina e sua esposa, Alexandrina dos Santos Pereira.. .

José Armando, filho de Armando Gomes Apa­licio e Lucília Mendes Sllva. Foram Padrinhos: armando Fernandes Reis Leitão e sua esposa, Ma­t\a · de Lourdes Leitão. · António, filho de Artur Mendes Cabral e Ma­

ria dos Anjos Gouveia Cabral. Foram padrinhos: Waldemar Nunes de Brito e sua esposa, Maria dos Anjos Nunes de Pina Brito.

. Ad-élia., filha de Augusto Garcia Prata e Maria do Carmo Gonçalves Pereira. Foram padrinhos: Alfredo Pereira e sua filha, Herminla Gonçalves Pereira. '

Maria Natália, tllha de Mário Lo-pes Prata e Maria dos ºAnjos Lopes Prata. Foram padrinhos: José Nunes ·Abreu e sua irmã, Maria Natália. Abreu

- Nunes. · · Fátima Maria. filha de António Gomes de Pi-

nha Máchado e Maria José Mendes Abreu. Foram . padrinhos: António de Abreu Pina e sua irmã, · Maria de Loudes Abreu Pina. · ' Maria Helena, fllha de Albano Mendes dos Santos e Maria do Carmo Rodrigues Abranches. Foram padrinhos: António ·Fernandes Carreira e ima esposa, · Alice Gomes Lages.

Alda, filha de Luciano Alves de Moura e Gui­lhermina Pinto das Neves. Foram pa.d.rjnhos: car­lo.s Lopes de Moura e sua esposa. Alda Simões de Moura..

ôBITOS - No dia. 24 de Dezembro, vitima d e quennaduras J)or se encontrar próximo . ao lume, faleceu· o menb:io Augusto Gomes da Costa, fllbo de António da Costa ·Madeira e Laurinda Gomes Luls.

No dia 31 de Dezembro, tambêm faleceu o Sr. Manuel doS santos Silva, que durante muitos anos dedicou a aua aétividade em Belém do Pará, Bra-Sil. . . . \ .

No·dla. 12 do corrente, faleceu a menina Ma-

A NEVE

ria Ir-cne de Moura, filha de José Luís Amaro e Laurinda Moura Lopes.

As famílias enlutadas, os nossos sentidos pê­sames.

DIVERSAS - Sairam: I>ara Lobito. os nossos conterrâneos, Manuel Pinto Abranches e Maria dos Anjos ·Pinto Calado, acompanhada de suas filhas, Anninda e Maria do Carmo.

P ara Recife-Brasil, o Sr. Joaqlm A'Parício Martins, acompanhado de sua -esposa, Maria Amo­rim Martins, e .seu sobrinho, Fernando Antunes de Bríto Crisóstomo.

Para Belém do Pará-Brasil, o Sr. Carlos Lo­pes de Moura, acompanhado de sua esposa, Aida Simões de Moura.

Para o Rio de Janeiro, o sr. José Pires Figuei­redo.

· A estes nossos J)resados amigos -e assinantes. desejamos-lhes felicidades e óptima viagem.

Do Pará, regressou o nosso presado amiiro e conterrâneo. -Sr. José Mendes Veloso, aquem apre­sentamos os nossos cumprimentos.

Estiveram entre nós, além dos Estudant es que vieram passar a quadra do Natal com suas famí­lias, os conterrâneos:

Armando Reis IFernandes Leitão e esposa, An­tónio Rocha Cabral e famllla, António Fernandes Reis ·Leitão, Abílio Amaro Pinto, Viriato pjna Ca­lado e o nosso Editor, Joaquim Jorge Reis Leltão.

Com elevada classificação concluiu a sua for­matura em Engenharia Electrotecnlca, pela Uni­versidade do Porto, o nosso assinante ·e amigo, Sr. Eng." J osé Roi Gomes Fragoso. Sinceras felicita­ções.

Pela Câmara Municipal de Gouveia, foi convi­dado para exercer o cargo de veterlnário interlno naquele .concelho, o nosso presado amigo e cola­borador, Sr. Dr. Viriato Nunes de Moura. Folga­mos com o facto e os nossos sinceros Parabens.

MORDOMIAS - Para o corrente ano, estão nomeadas as seguintes:

Confrarias do S. S. Sacramento: Artur Simões de Moura, Carlos Nunes de Pina e Antõn1o Men­des Ascensão.

Confraria de N. s. da Guia: José Mendes Ve­loso, Mateus de Moura Galvão e Eduardo Brito Amaro. .

Confraria de N. S. de Fátima: Alzira Gomes Leal. Idalina Brito Crisóstomo Neves. Filomena Nunes de Brito Ascensão e Maria Irene Brito Moura.

Confraria de N. S. do Carmo: Alzira Gomes Leal, Urbana Fernandes Gomes, Maria do Carmo Brito Martins. Marja José Martins Lages Aurora Prata Cabral. Maria José Antunes Prat~, Maria dos Anjos Antunes, Maria Teresa Lopes :Maurlcio, Marta dos Anjos Lopes •Mauricio. Ermelinda Lo­pes Pina Neves, Maria Emllla dos Santos Ferrite, Uda Dias dos Sant os. Aurora de Brito Pina Ribei­ro. Filomena dos Santos Cardoso e Ermelinda das Neves Silva.

Confraria de s. António: Augusto Brito Cor­reia, Antõno Mendes da Sllva e Eduardo Pinto Caçapo.

Confrar1a de s. Sebastião: Manuel Francis­C·J de Moura, Mário Correia e António Luís Amaro Tuna.

<<A NEVE» em Loriga Como representantes de «.A Neve> em Lorlga,

c~meçaram a dar-nos a sua co1aboraçlio, jâ no nu.mero de Dezembro. os Srs. António Nunes de Brito e António P~nto Ascenção. As qualidades de trabalho e de carácter destes novos elementos tornam7'os credores de toda ·a connanca. Pedi­mos a todos quantos desejem tratar de -assuntos referentes ao nosso jornal o favór de se dirigirem aos representantes citados, os únicos em Loriga.

Ao noss{) amigo Sr. Alferes Lajes cujos afaze­res o impediram ·de continuar a dar-nos a sua co­laboraç!o apresenta.mos sinceros agradecimentos.

LO RIGA SERRANA {Continuação da 1.• pllglna)

soam por toda a parte : - nos -campos, nas fáhri­cas e em casa . São os louvores a DEUS. É a re­juvenescência de cada . coração ...

\!cm o Verão, - o mês do calor. Aos domin­gos, pela tarde, jovens -e donzelás; homens e mu­lheres; crianças e velhos passeiam pela -estrada fora ou pelo ca·mpo, espraiando a vista na bele­za do 1Universo, Temos o ensejo nesta quadra, quinze dias antes <lo prj.mêiro domingo d.e Agos­to: de ouvir os cânticos e louvores que por toda a parte se entoam em honra da Virgem Nossa Senhora da GUlA; excelsa · Pa-droeira dos emi-grantes... . •

Acorda o Outono de folhas caídas e amare­lecidas; - o tempo das colheitas. A vi-da ale­gre continuâ na recol:ha dos novos frutos. As canções adaptam-se à épo-ca. E ao declinar do dia vemos passaT ao ·nosso lado homens e mu­lheres, -carrega.dos com sacos cheios dos produ­tos colhidos nesse dia.

Uma nova quadia surge gélida como a mor­te; -o Inverno. - f., ·porque o manto branco da neve cobre a Vila terminam os passeios. A ne-

3··

Verdadeira Socioloúia (ConUnuação da 1.• pãgina)

e, desta -última, procura banir-se o nome, para S <; lhe chamar altruísmo. filantropia, etc. Proda­ma-se aos quatro ~entos o totalitarismo, porque contra tod~ o sentido ·que a Incarnação tem pa­'.ª n~s, hoi_e como -há vinte séculos, se procura mcut1r na vida o conceito três vezes falso, de que ç, homem não tem direitos . . só tem deveres. Pre­tende-se a ·cada passo que o estado é o sohera-110 senhor do indivíduo. e. erronea·mentc se afiT­ma que , como diz ·Dei Vechio, «o indivíd uo de­saparece p erante a omnipotência do estadon. Pretende-se ainda, a todo o transe que, segundo a r alsa teoria de :Michelet ua r~lígião da pát·ria substitua a verdadeira doutrina - o Cristianis­mo» . Nega-se a liberdade ào ·homem pretenden­do que ele exis.la para a nação e não esta para . ele.

Os conceitos sociológicos de Karl ,l\!Jarx. Mal-' thus, Saint Simon, Henri George e outros espa: · lham-se mas não deixam de ser meras teorias cu­j;.. realização está· bem longe -de satisf.az.er as ne-: cessidades ·vitais e sempre crescentes do homem ,. contemporaneo. .

O prazer .material busca-se, mas nor vias in­directas quen ão conduzem ao r-ecto ~ feliz -bem­-estar. Porém, contra tudo ~ contra todos, ~ó uma ver-da.cJeira sociologia se levanta, capaz .de , solucionar os graves problemas dos tempos h~­diernos; só o Cristianismo Social. enraizado no Evangelho vivido e compreendido, pode salvar r: Mundo. ·

A Segunda Pessoa da Trindade. Santíssima, humanizando-se, traçou-nos os planos duma or­dem nova, de ,uma verdadeira sociologia. capaz de dar -a felicidade aos povos. Cristo naào, es­tabeleceu os deves do homem para com homem, deste para com a nação e ainda deste para com a sociedade. •Mais: mão só nos deu deveres mas também nos trouxe direitos de homem livre. res­gatado pelo sangue d e Cristo. O estado deix.a de· ser .um deus que se adora .para ser o servidor do b em comum e o mantenedor da ordem social, na frase -de S. Justino.

·A sociedade àeixa de ser um foco de -ódio e rancores para ser um conjunto de indivíduos, li­gados pelos laços da justiça e da caridade. A vi­da social passa a basear-se num novo e Divino sistema -dºe ideias vin<las de Cristo até nós qúe hão-de guiar os homens nas sendas do bem. Só a doutrina Cle Cristo satisfaz plena:mente as ne­cessidades do homem. •Nela encontram o rico e o pobre a ·sua ·felicidade; nela encontram todos oi; homens aquilo que os pode fazer felizes; a Ela todos os homens podem e devem aderir. O Cristianismo não é uma t:eoria abstracta, mas sim uma realidade emanente, concreta. Não é só de •alguns e para alguns, é de todos e para todos. Cristo ·não veio sÕmente para determinados indi­-vfduos, veio para todo o género ·humano; legis­lou para todo o •i\!lundo. Urge , portanto, que e.a­da um siga à risca ·a · sua doutrina, para" que o bem-estar e a ordem social reinem na humanida­de. Para isso, não basta que se diga com Sembat dizia no seu tempo: «os ventos de hoje sopram a favor do Cristianismo>1. dsso é ,pouco. O Ctis­tianismo, diz T aine, é' ·O par de asas indispensá­vel pa_ra -levantar o homem acima de si mesmo. É mais; mas pouco ainda. Só um Cristianismo Social, tradu~do em :realidade na vida prática trará ao ~1undo -a paz e termÍ·nará -com todas as ideias erróneas que, do século xvua a esta par­te, têm assolado a humanidade sedenta do pro­gresso.

'-"e que é a alegria dos jovens. Para eles não há frio nesses -dias; .e encontramo-los a cada passo aos grupos pelas TUas; uns jogando a rebolada, outros construindo grandes pir~mides de neve encimadas de bonecos colossais.

Dias de neve, dias de alegria para um jo­vem. Suas A lmas espelham-se na alvur~ dà ne­ve. - E os velhos? -1Es5es recordam -os seus tempos juvenis; aqueles dias, em que também e apanha··;am do chão com suas mãos robustas, agora trémulas e rugadas, e jogavam. E ora não 'só a veem fria e branca, mas já a sentem caír na própria cabeça. em cada dia que passa. .

PL:ACI1DO PaNA

4

PELA

De Oleiro a Livreiro 30 de .Abril de 1875! Num lar bem pobrezinho, nasce unu1 figura

,;e criança. Que lhe reser:vará o futuro? ... Que lhe trará

este 'íVlundo para o qual nascera, abrindo os seus olhos pequeninos, diante da simplicidade do seu lar e da ·humildade dos seus progenitores? O fu­turo a Deus pertence. É bem certo este dilado, mas não é menos certo aquele ourro ~ue nos diz: O homem põe e ·Deus dispõe.

20 anos viveu na ter'ra que lhe serviu de ber­ço. este nosso conterrâneo: mas ~uito cedo .se lhe impos o sagrado <lever .de auxiliar seus pais. no amanho da terra, facto que ele nos narra em

sugestivo verso:

1r:Não pude ir à escola Quando devia cstudnr

f • • • •

Ainda muito criança Comecei a trabalhar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . " . . . . . . . . . . . . . .. 'Para ajudar meus pais A fazenda a -cultivarn.

:i'vlas terra. essa fonte inesgotável de r1que­zas, nem sempre compensa o árduo trabalho que se dispende, levando, por vezes, ao lar humilde do trab::i.lhador, ainda mais ang-ústia, mais deses­pero e maior temor .pelo futuro ...

· E assim, como tantos outros, Jos~ Luís A·ma­ro, alma "de lutador, vontade férrea de vencer na luta com a ·vída, resolve, embora com amargu­ra, deixar a sua Terra, singrar os oceanos, e ir em ·busca de novos rumos. para neles procurar rasgar novos horizontes. Consigo -levava o seu temperamento de trabalhador incansável e uma Jé víva em N.ª s.• da Guia, de que sob as suas bênçãos, guiado pela ·sua ·estrela, hav~ria. <le triunfar. E ao partir não se esqueceu de JT, 1un­to da .Pa.droeira dos E,migrantes pedir a N.'· S. • da Guia que o acompanhasse.

Depois de deixar a família De joelhos rui pe.dir A ·N." S." da Guia Que me acompanhasse ao Brasil

Partiu ... -e a 16 de Dezembro de 1896, che­gava enfim ao Br·asil , nome _gue ouviu pronun­ciar muitas vezes, -desde criança, terra de sonho que gostaria de c,onhecer, -e, quem sabe, se pos-11Ível, aí lutar para ser um homem.

11Ainda muito criança 1Do Brasil ouvia falar Que era um país tão rico Que não :havia outro igual

Pedia a todos os Santos Para o Brasil eu :vir . ·Foi-me -con-cedi.da a graça Foi aceite o ·meu pedir ... u

Em Loriga, nascera para o Mundo ... No Bra­sil renascia. .para a Vida ...

Que lhe reservaria este país maravilhoso? A sua primeira ocupação foi cavar barro pa­

ra o fabrico de tijolos e telhas, e neste serviço se conservou até que por motivo de doença foi for· .;ado a abandonar.

Primeira contrariedade~ Não. Nossa Senhora da Guia não o abandonava e por certo lhe re­servaria um f.uturo melhor.

De Manaus seguiu para Belém e... próximo do Natal de 1897, nascia para José Luís Amaro, no convívio com um grupo de carregadores, uma nova estr-ela, que ele não deixou· de seguir ... Hayia saído da Livraria Contemporânea um em·

A NEVE

GENTES OA SERRA

JOSÉ LUÍS AJllJ\RO

JANEIR0--1951 .

1

Silencioso, triste, a passo lento, Um vulto avança, rompe a escuridão ..• É noite. O Galileu, neste momento Está ceando, em casa de Simão. '

11

O vulto aqui parou. Gemia o vento. Abriu .. . entrou, prostou-se pelo chão. Qucre sofrer, chorar sem um lamento. chorou; metia dó e compaixão:

li 1

-, i'Wull~er, não peques mais, diz-lhe J esus. P ra que chorar? Se eu não, q uem te condena? Ergue-te e oaí ... de treva serás luz.

l\/

Anos depois, qual uiuo lampaàário, A mesma pccatiora - A ,\1adalena Lá cslcí, de pé, no alto do Calvário.

. Amílcar G. Boa vida Castelo Branco

A

- NoHõspitafd.e S. José deu à luz uma crian­ça do sexo fem_i~!no a esposa do nosso ámigo e conterrâneo Em1llo Lopes de Brito. Os nossos pa· rabens e votos. mil felicidades.

- Estiveram entre nós os nossos eonterrãneos António Cabral Leitão. José Luís dos Santos Au­gusto Nunes de Pina. Viriato Alves Simão, Manuel' Augusto Moura e Carlos Cabral Leitlío. ·

- Partiu para Recife num avião da Escandi-' návi_a o nosso amigo e assinante Fernando Brito; Crlsostomo. óptima viagem e mui tas felicidades.'

pregado! ... E se -entre tantos que haviam de pre­tender o lugar, eu fosse o p;cfcrido? Seria para mim uma boa colocação - pensava José Ama­ro. E., porque não tentar"? ... Dirigindo-se para a

· porta da livraria esperava impaciente e nervoso, a saída do proprietário. Enfim ... ei-lo! Depois de curta conversa foi admitido como criado da casa. A sua dedicação e trabalho levaram-no de criaClo a empregado. A sua honestidade e valor permitiram-lhe substituir na gerência o seu pa­trão, quando este por vários motivos tinha de abandonar a cidade. Em 1922, José Luís Ama­ro, que lá longe em árduo trabalho, quantas ve­zes imerso em sangue, suor e lágrimas, ia gran­geando o pão de cada dia, e na economia ali­cerºç.ava o seu futuro, veio. a :Portugal, visitar a Terra que lhe foi berço, e que ele nunca esque­cera, com a promessa de que no regresso ele sena sócio da casa.

- _Em viagem para Minas Gerais, devendo.

l P~rtlr no paquete <iSerpa Plrito, encontra-se entre nos o nosso amigo e assinante Francisco Augus­to Moura.

-Regressaram de férias, os estudantes qoe· a Loriga foram procurar novos alentos para a bS.'

1 '

Loriga terra de Portugal !J'\1as linda ainda não vi Berço do meu nascimento Nunca me esqueço de t.i.

V ou ;pedir ao Pai E.terno De mãos para o Céu ajoelhado Que ine cónceda o milagre De ainda ver a lgreja Aonde fui baptizado.

.... •· ' .. E •Deus, concedeu-lhe esse milagre, e ao ver

ria sua terra, a magnitude das serranias dos .J\llontes Hermínios, o despontar dos raios fulgen-

. tes do Sol, o caírem ~ossas bátegas de água. ou acumular-se um manto alvo de neve, ele re­cordava, também com saudade, a grandeza do · Brasil, a caminhada -para um futuro cada vez mais límpido, as suas primeiras lágrimas de amargura e a limpidez do seu espírito honesto e desempoeirado, · que -o ajudara a tnunfar .

E, depois de · algum tempo, ] , Amaro regres­sou ao Brasil, onde encontrou a caSa em péssi­mas condições, ~ruto duma má administração e do descontrole económico do seu proprietário." ET.a tal a situação da casa, -que J. Amaro, se ne­gava a ser considerado s6cio, pois não deseja­IVa ser o seu c<coveiro»... Mas estava escrito

(Continua na Pág. 2)

talha. final e ao mesmo tempo passar com suas famillas a quadra festiva do Natal. . . - Fo~ colocado na Inspecção Geral dos ser-·

v1ços Agncolas e Industriais desta cidade o nos.so. amigo e assinante Eng.• Ismael Batuta Pimentel:

'

A ••NEVE'' no Congo Belga. - De avião, chegou a esta cidade o sr~ A.ntó·j

nto A. L. de Carvalho, comerciante, que vem acoJllr, panhado de sua Familla. · i

- A bordo do Astrld, chegou o 1rmão mais no·i vo do nosso Amigo M. R. da Costa, habllldoso Al'i fa!ate que se encontra já empregado na AUiúat!I', ria do nosso .Amigo Victor Pinto. Ao novo africJ•; nista desejamos as maiores felicidades. ;

-Partiu hoje de avião, desta cidade, com de~ ; tino a Partugal. o Ex."'º Sr. Ellaz Marques Jún1° '. Agente àa Firma SECLI que, durante mui~_ar1~'· -fo1 Gerente do Sector, Comercial do I~";:'· BRRA. aonde vrestou grandes sen·lço.s à causa. d!I, Civilização do Congo ·Belga, sendo, por iSso. coP'. decor~do por uma entidade Oficial, cm preseil~ do Director, bem como do pessoal superior JJ Firma Secll., na véspera da sua partida. ·

~~~~~t~-~~~,~~~~·-·~

O Sorteio dos Bombeiros Números premiados no Sorteio organiza0êl~ pela «ASSOCIAÇÃO HUMAN IT AR IA . D ."

BOMBEIROS VOLUNTARIOS DE SEIA», reah· zado em 1 d~ Janeiro de 195 l.

l.º 2 .º 3 .º 4.º. 5.·· 6.º 7.º 8." 9.º

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