Rádio em Revista n° 1

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Rádio em Revista Ano I nº 1 Agosto/2010 www.radioemrevista.com.br Distribuição gratuita e dirigida Uma publicação Natureza Produções Rock Bola Humor, futebol e música são os segredos do sucesso do programa da Oi FM POR TRÁS DO MICROFONE Conheça Ricardo Alexandre: o produtor do Francisco Barbosa na Super Rádio Tupi O FUTURO DO RÁDIO Fernando Morgado conta como as novas tecnologias fortaleceram as emissoras

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Rádio em Revista - a revista do rádio carioca. Conheça o sucesso do "Rock Bola"

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Rádio em Revista Agosto/2010

Ano I • nº 1 • Agosto/2010

www.radioemrevista.com.br

Distribuição gratuita e dirigida

Uma publicação Natureza Produções

Rock BolaHumor, futebol e música são os segredos

do sucesso do programa da Oi FM

POR TRÁS DO MICROFONEConheça Ricardo Alexandre: o produtor

do Francisco Barbosa na Super Rádio Tupi

O FUTURO DO RÁDIOFernando Morgado conta como as novas

tecnologias fortaleceram as emissoras

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uma publicação da natureza produções ltda. epp

editores Cris Jobim e Ruy Jobim

editor/jornalista responsável Amaury Santos

consultor Fernando Morgado

reportagem Felipe Argentino, Lívia Santana

colaboradores Fernando Morgado, José Jaílton dos Santos, Maurício Menezes,

Viviane Aben-Athar

projeto gráfico Fernando Morgado

ilustração Amorim, Victor Jobim

assessoria de imprensa Lizyanne Carneiro

impressão WalPrint Gráfica e Editora

tiragem 5.000 exemplares

contato Rua do Catete, 347, sala 214,

Lgo. do Machado, Rio de Janeiro/RJ Tel.: (21) 2225-5794

[email protected] www.radioemrevista.com.br

rádio em revista é uma publicação mensal da natureza produções e circula

gratuitamente na cidade do rio de janeiro.

as opiniões que aparecem nos artigos assinados não representam

necessariamente a opinião da revista.

Mapa

Editorial

Microfone Aberto

Novidades no “Palco MPB”

Por Onde Anda?

Marco Antonio

Marketing

O futuro do Rádio

Por Trás do Microfone

Ricardo Alexandre

Radialistas/RJ

Formação: palavra-chave

História

Eduardo Andrews e a RPC

Capa

O sucesso do “Rock Bola”

Web Rádio

CrossHost e GloboRadio

Homenagem

Luiz Mendes

Humor

Maurício Menezes

Rádio Mural

Mix Rio e Paradiso

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Siga @radioemrevista no Twitter

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Num tempo conhecido como “anos

dourados”, o Rádio, principal meio de

comunicação, estava no epicentro da

informação do país. Tudo que acontecia,

em todos os ramos de atividade, era

veiculado e referendado pelo Rádio, e

dele se estendia para jornais e revistas.

Os jornais tinham páginas inteiras

reservadas para a repercussão das

“notícias do brasil e do mundo” do

“Seu Repórter Esso” ou das “Fofocas da

Candinha” sempre falando da vida dos

artistas.

Uma revista se destacava entre

tantas: a “Revista do Rádio”. Não havia

quem não lesse e não soubesse o que foi

publicado na “Revista do Rádio”.

O tempo passou, o mundo mudou,

os hábitos também.

O Rádio não é somente aquela

velha caixa de onde sai som e concentra

a informação do país. Aparelho ao redor

do qual se reuniam as famílias para

ouvir as notícias, as radionovelas e os

programas de auditório.

O Rádio está presente ao lado do

ouvinte em todos os lugares: em casa,

no trabalho, na rua, no carro. E em

diversos veículos: no computador, nos

telefones, na televisão.

E por que não na revista?

A partir de agora está! O Rádio em

Revista.

A Escola de Rádio, que há 15 anos

se preocupa com a formação de pro-

fissionais – locutores, comunicadores,

produtores, redatores, sonoplastas –

busca, com essa iniciativa, aproximar

o Rádio de seus ouvintes e posicioná-lo

entre as mídias com a importância que

nunca deixou de ter.

O Rádio em Revista é uma publica-

ção mensal, distribuída gratuitamente,

tratando de temas diretamente relacio-

nados ao Rádio em seus diversos seto-

res. Entrevistas com personalidades

das emissoras, artigos de especialistas,

questões tecnológicas, fortalecimento

da categoria profissional, colunas diver-

sas, divulgação de eventos...

E a sua participação. Afinal,

uma das características da comuni-

cação moderna é a interatividade e o

Rádio em Revista não seria diferente.

Ouvinte-leitor, a partir de agora o

Rádio está ao seu alcance também em

revista.

Leia, opine, sugira, participe.

O Rádio em Revista está no ar.

OS EDITORES

Edito

rial

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ANÚNCIO 2

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Mic

rofo

ne A

berto

Por onde anda?Marco Antonio

De todos os trabalhos que rea-

lizou, qual o que mais o proje-

tou no mercado?

Em Rádio foi o programa “Balanço

da Manchete” na Manchete FM

(1983/1984), em TV, o programa

“FMTV” na Manchete (1984/1986)

e em publicidade, as campanhas de

Copa do Mundo para Souza Cruz

(1986) e para Coca-Cola (2002).

Do que mais sente saudade

desta época?

A oferta de trabalho era maior e

melhor no mercado publicitário e

também no de Rádio.

O que tem feito desde que saiu

do mercado de Rádio?

Publicidade e narrações.

Acompanha os acontecimen-

tos do meio?

Às vezes tomo conhecimento de al-

guma coisa, mas só quando algum

amigo me conta...

Gostaria de voltar ao Rá-

dio em que situação?

Taí, ainda não pensei

nisso. Se for algo dife-

rente, pode ser inte-

ressante. Gosto de

Rádio. ●

No mês de agosto, a MPB FM

comemora 10 anos no ar. Por isso, a

emissora programou uma

série de shows gratui-

tos no Teatro Rival

para o programa

“Palco MPB”.

Tem gravações

nos dias 02, 09, 16,

23 e 30 deste mês.

O programa conta com

um formato que favorece o encontro do

artista com seus fãs, transferindo para

MPB FM comemora 10 anosos dias atuais a aura dos programas de

auditório da época de ouro do Rádio.

O público se divide entre ouvin-

tes da MPB FM e pessoas que

retiram senhas na bilhe-

teria do teatro. Quem

perder a gravação,

pode ouví-la às ter-

ças-feiras, 20h. ●

Sua Rádio também pode ser

destaque aqui na seção “Micro-

fone Aberto”. Entre em contato pelo

e-mail [email protected].

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Marketing

Por muitos anos, “futuró-

logos” pregavam o fim do Rá-

dio. Eles caíram em descré-

dito quando se comprovou

que a evolução na forma de

transmissão não é extinção de

linguagens de comunicação.

O tal “futuro do Rádio” co-

meçou com o FM, que dobrou o

número de estações. Os satélites,

as redes e a telefonia móvel também

ajudaram. A chegada do Rádio digital

poderá possibilitar novos avanços.

Nesse quadro, como as emissoras

devem se posicionar enquanto marcas

e negócios? A palavra-chave é pertenci-

mento. A sensação de que aquela pro-

gramação é feita “sob medida” e a forte

interatividade despertam no ouvinte a

ideia de que aquela emissora “é dele” e

que ele pertence a um grupo especial

de pessoas. Essa identificação é a base

que constrói uma audiência fiel.

Mais do que tempo, uma Rádio

vende relacionamento. Os grandes

grupos de comunicação já entenderam

isso e trabalham suas estações como

marcas multimídia que promovem re-

lacionamentos e transmitem conteúdo

que se transformam em eventos, SMS,

colunas em jornais, portais na Internet

e até programas de TV.

As Rádios tem atuado como líderes

desse futuro baseado na convivência

entre todas as linguagens de comuni-

cação, integradas a partir de marcas

posicionadas em pontos estratégicos

da mente e do coração dos ouvintes,

leitores, internautas etc. ●

Leia este texto na íntegra no site

www.fernandomorgado.com.br.

O futuro do RádioFernando Morgado

Professor da Escola de Rádio

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Por T

rás

do M

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fone

RicardoAlexandre

Na produção ou no microfone, um homem de Rádio

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Ruy Jobim: Você foi produtor de

grandes comunicadores como Harol-

do de Andrade, Waldir Vieira, Rober-

to Figueiredo e Cidinha Campos. Qual

a principal mudança que as novas tec-

nologias trouxeram ao seu trabalho?

Ricardo Alexandre: A mudança

foi radical. Antes, tinha que ficar ligado

no próprio Rádio, na TV, nos jornais e

revistas para estar atualizado. Com o

computador e a Internet, tudo mudou.

A qualquer momento, em qualquer

lugar, posso ler jornais e revistas do

mundo inteiro. Hoje, até mesmo im-

possibilitado de comparecer à Tupi, a

ausência física não impede o meu tra-

balho: de casa, da rua ou mesmo em

viagens, posso enviar toda a produção.

Isso era impensável num passado re-

cente.

RJ: Por que prefere ficar nos bas-

tidores?

RA: Na verdade, as coisas comi-

go aconteceram sem que fossem pla-

nejadas. Nunca pensei em trabalhar

em Rádio. Meu objetivo era o jornal

Entrevistado por Ruy Jobim

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Por Trás do Microfone

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impresso. Trabalhei em vários. E foi

quando um deles (“O Jornal”, dos Di-

ários Associados) fechou que acabei

indo para a Rádio Globo.

Lá, durante alguns anos, trabalhei

no jornalismo. Um dia, o Haroldo de

Andrade me chamou para ser produ-

tor do programa dele. Aceitei e nunca

mais deixei o setor.

Não foi uma preferência ficar nos

bastidores. Foi um acaso. Como con-

segui certo destaque na produção de

textos, acabei trabalhando também, na

produção do Waldir Vieira, do Roberto

Figueiredo e da Cidinha Campos.

Mas nem sempre fiquei nos bas-

tidores. Com Haroldo de Andrade,

apresentei o quadro “Futebol da Vida”,

no qual falava com bom humor de fu-

tebol e do cotidiano. Também partici-

pava dos “Debates Populares” com o

Haroldo de Andrade e com a Cidinha

Campos. Tive presença ao vivo com o

Loureiro Neto, no programa “Papo de

Botequim”, na Rádio Globo. Participei

dos debates do “Programa Roberto Ca-

názio”, na Rádio Tupi e, agora, com o

Francisco Barbosa.

Apresentei um programa na Rádio

Tupi, em 2004 (“Você é o Show”). Tive

outro na Bandeirantes AM. Passei a

maior parte de minha carreira nos bas-

tidores, mas também botei minha cara

na janela.

RJ: O que acha que pode melho-

rar na profissão?

RA: Muita coisa pode melhorar

para os veículos e para os profissionais.

Falta integração entre todos os progra-

mas. Talvez, uma Central de Produção

que comande toda a programação.

Hoje, com uma equipe independente

para cada programa, parece que exis-

tem várias emissoras dentro de uma

só. Os programas se repetem nas re-

portagens e entrevistas.

Mas, é preciso cuidado para que a

Central de Produção não gere sobre-

carga com extinção de postos de tra-

balho.

Falta qualificação de pessoal. Os

veículos deveriam oferecer treinamen-

to. Hoje, é fundamental conhecimento

de informática e de um segundo idio-

ma, o que não é regra, mas exceção.

RJ: Pela sua experiência, o que

mais o ouvinte procura em um pro-

grama de Rádio?

RA: O Rádio não é mais um veícu-

lo basicamente sintonizado por donas-

de-casa e aposentados. Claro que esses

segmentos continuam, mas outros pú-

blicos foram se incorporando.

Hoje, o Rádio é presença obriga-

tória nos carros, nos celulares, nos

computadores etc. A facilidade de ou-

vir Rádio a qualquer instante, em qual-

quer local, conquista novos adeptos.

O ouvinte não quer mais apenas

diversão. Quer ouvir e ser ouvido, par-

ticipar, opinar. Exige um Rádio infor-

mativo e interativo. ●

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O Sindicato dos Radialistas foi

fundado no dia 15 de abril de 1949. Ao

longo dos 61 anos de existência houve

muitas lutas e conquistas. A missão da

entidade, de acordo com o seu atual

presidente, Miguell Valter Costa (TV

Escola), é defender os interesses dos

trabalhadores da categoria por melho-

res condições de trabalho e de vida.

Algumas iniciativas, por exemplo, são

as convenções coletivas e assistência

jurídica junto à justiça do trabalho.

Miguell Valter Costa, em entrevis-

ta à Rádio em Revista disse que, o sin-

dicato serve não somente como uma

base na qual o profissional se filia e

que, em seu salário é descontado por

isso, mas sim uma proteção e abrigo

quando necessário. E ressalta: “A idéia

do sindicato é manter uma proteção,

como um guarda-chuva, para proteger

os trabalhadores para terem a quem

recorrer quando tiverem seus direitos

atingidos”.

Convênios com universidades e co-

légios técnicos são mantidos a fim de

oferecer descontos em cursos não so-

mente para comunicação social, como

para outras áreas profissionais. O tra-

Radi

alis

tas/

RJ

Formação:palavra-chave

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balhador ainda conta com atendimen-

to dentário, área de lazer com espaço

para recreação para confraternizações,

tudo sem custo adicional.

Quanto à parceria com a Escola de

Rádio, vem sendo estudada há muito

tempo, por conta da credibilidade da-

quele estabelecimento de ensino, com-

provada tanto pelos profissionais já

inseridos no mercado quanto por seu

experiente corpo docente. Miguell afir-

ma que aposta não apenas na formação

de novos profissionais, mas também

na reciclagem de várias pessoas que

atuam na área sem qualquer preparo.

“Quem não se preparar ficará fora do

mercado de trabalho”, conclui.

Miguell Valter Costa é funcionário

da TV Escola e também presidente do

Sindicato dos Radialistas do Estado do

Rio de Janeiro. Começou a sua histó-

ria no mundo radiofônico em sua épo-

ca de recruta militar. Ele afirmou que

tomou gosto pelo Rádio ao entrar em

contato com todo o país, através do Rá-

dio transmissor do exército brasileiro,

onde prestou serviço militar em sua

juventude. “Tudo foi por um acaso”,

declara. ●

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Eduardo Andrews e o fenômeno RPCFernando Morgado

Professor da Escola de Rádio

História

Eduardo Andrews é um dos nomes

mais fundamentais do Rádio carioca.

Numa entrevista exclusiva concedida

nos estúdios da Escola de Rádio, An-

drews relembrou alguns momentos

marcantes nas diversas emissoras por

onde passou como locutor e/ou co-

ordenador (Bandeirantes, Manchete,

Sistema JB, Transamérica, BEAT98,

entre outras). O Rádio em Revista traz

um trecho deste depoímento histórico

que revela um pouco dos bastidores de

um dos maiores fenômenos do FM ca-

rioca em todos os tempos: a RPC. Para

ler a entrevista completa, acesse www.

fernandomorgado.com.br.

Em 1989, o José Augusto Biasi, que

era meu chefe [no Sistema JB de Rá-

dio], tinha sido convidado pelo Paulo

Cesar Ferreira para ir para a RPC. O

Biasi estava meio indeciso, viajou, e,

um dia, o Paulo Cesar ligou para ele e

eu acabei atendendo:

— Olha, o Biasi está viajando, ele

vai resolver…

— Mas eu não quero o Biasi: eu

quero você!

— Como assim? Não! Você não

pode me querer, você quer o meu che-

fe! [risos]

Bom, quando o Biasi voltou de

viagem, eu contei para ele:

— O PC ligou e disse que me quer!

— Então vamos ver quem vai:

você vai ou eu vou?

Então nos reunímos com o Mar-

cão, que era coordenador da 105 e

também formava a equipe, para esco-

lher quem de nós três ia para a RPC.

Acabou que decidimos que eu ia. Eu

tinha voltado dos Estados Unidos com

um projeto na cabeça, inspirado na Pi-

rate Radio de Los Angeles, que tocava

uma hora de música direto, com uma

programação um pouquinho mais ou-

sada no pop rock, e fui para a RPC fa-

zer essa programação. Foi um sucesso

bem legal e a gente acabou passando

a Rádio Cidade. ●

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Capa

Um programa totalmente parcial,

com legítimos representantes dos qua-

tro grandes times cariocas. Este é o

“Rock Bola”, que vai ao ar de segunda

á sexta, de meio-dia à uma e meia, na

Rádio Oi FM.

Formado por Waguinho, Lopes

Maravilha, Tavares, Toni Platão, Ale-

xandre Araújo, e Bebê Monstro, o pro-

grama está no ar desde 2002, quando

estreou pela extinta Rádio Cidade.

O sucesso é tão grande que o pro-

grama, inicialmente com meia hora de

duração, hoje tem uma hora e meia.

A equipe nem sempre foi a mes-

ma. Depois de umas trocas, reforços

de peso se agregaram a esse elenco

que hoje é referência do novo jeito de

fazer Rádio no Rio. Esse time acabou

virando inspiração para outros profis-

sionais que desejam trilhar o mesmo

caminho.

O público, que no início estranhou

o formato ousado do “Rock Bola”, ago-

ra se diverte com as eloqüências de

seus protagonistas. Se, antigamente,

Rock BolaA história e os bastidores do

programa que une música, humor e futebol carioca

Reportagem ● Felipe Argentino e Lívia Santana

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Caparigidez era palavra de ordem, em 2010,

a ousadia tomou conta dos 102,9 na

hora do almoço.

“O formato sempre foi esse mes-

mo!”, exclama Tavares. O “Rock Bola”

quebrou paradigmas estabelecidos por

profissionais do Rádio, ganhou des-

taque na programação e atingiu uma

dimensão que eles mesmos desconhe-

cem: “até o Zico deu uma declaração

sobre a gente. Como pode o Zico, meu

ídolo, falar de mim? Ele me conhece? A

aura da imparcialidade, também posta

de lado, deixa com água na boca jorna-

listas que não tem a liberdade de bater

no peito e falar seu time de coração em

voz alta: “Nós aqui puxamos mesmo o

saco do nosso time”, brinca Tavares.

Quando o assunto se esgota, “fala-

mos de qualquer outra coisa. Não pre-

cisamos nos limitar somente ao fute-

bol. Como o seu próprio slogan já diz:

“Rock Bola: informação em segundo

lugar”, diz Waguinho.

O programa conta ainda com con-

vidados bem humorados como Sergi-

nho Mallandro e Hélio de La Peña que

aportam nos estúdios da Oi FM.

Os ouvintes participam de forma

expressiva por e-mail, orkut e twit-

ter, já que se vêem refletidos naqueles

profissionais, jornalistas e radialistas.

“Somos como um grupo de amigos que

se encontram para falar de futebol,

mulher e beber cerveja, mas depois

vão para casa cuidar dos filhos e da

esposa”. O programa, que já ganhou

novos espaços em outras mídias, tem

no Rádio seu porto seguro. A confirma-

ção do sucesso veio em 2009, quando

ganharam o Prêmio Escola de Rádio

de “melhor programa de Rádio” e “me-

lhor comentarista esportivo”.

Há um ano, o “Rock Bola” é apre-

sentado toda sexta-feira no shopping

Nova América, onde lota, com figuri-

nhas carimbadas que marcam ponto

no local e acabam por fazer parte deste

que é um dos mais conhecidos progra-

mas de Rádio carioca. ●

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Web

Rád

io

José Jaílton dos Santos

CrossHost

Após trabalhar por um determi-

nado período com criação de sites

para Rádios, percebi que havia a

necessidade da utilização da tecno-

logia streaming para a transmissão

ao vivo do conteúdo disponibilizado,

algo que não era oferecido na época.

Foi justamente isso que originou

a criação da CrossHost há cinco anos.

A captação de clientes surgiu de

maneira rápida, comprovando a já

sabida necessidade da área em forne-

cer suas informações sem a necessi-

dade de espera.

Apenas um computador conec-

tado à Internet, através de sinais de

áudio enviados para os servidores,

realiza a transmissão do áudio para

pessoas conectadas ao redor de todo

o mundo.

A notoriedade da importância

de uma ferramenta como o website

para uma grande Rádio é comprovada

pelo retorno em publicidade que ela

garante.

Mas hoje, qualquer pessoa inte-

ressada pode também montar sua

própria Rádio web. Essa é a proposta

que vem sendo trabalhada pela Cross

no momento.

A procura pelos serviços continua

a crescer e a tendência é que, com a

cada vez mais notável globalização,

isso se torne ferramenta obrigatória

no negócio de quem deseja maiores

resultados na divulgação de seus pro-

dutos. Sejam eles as próprias Rádios

ou os anunciantes interessados em

atingir o maior nível de visibilidade

possível. ●

Rádio web ao alcance de todos

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Viviane Aben-Athar

Unidade Digital/GloboRadio

O portal Globoradio.com, do Sis-

tema Globo de Rádio (SGR), reúne

quatro Rádios exclusivas de Internet.

A Globo FM, que migrou dos 92,5

do dial para a rede há cinco anos, e

mais 3 outras em parceria com a Glo-

bosat: Multishow FM, Rádio GNT e

Rádio Zona de Impacto. Desde o final

de março, elas tiveram seus layouts

reformulados.

Atualmente, boa parte da movi-

mentação nas Rádios se deve às ações

feitas dentro das redes sociais: Twit-

ter, Facebook, YouTube e Orkut.

As Rádios exclusivas de Internet,

além de terem grande autonomia

artística e velocidade para qualquer

alteração, são extremamente segmen-

tadas. Isso facilita muito no desen-

volvimento de promoções e ações de

interatividade, além da construção de

uma programação musical com a cara

do ouvinte internauta.

Chamo isso de personalização e

compartilhamento de conteúdo: a

Rádio não é mais de quem produz...

mas de quem alimenta, compartilha,

opina, divide experiência. E tudo, por

serem Rádios online, é on time.

As redes sociais e a chegada de

smartphones, iPods e iPads acabam

forçando a reinvenção dos Rádios e

consequentemente uma revolução nos

antigos players, onde o único conteú-

do era o musical.

Atualmente, as quatro Rádios

online também estão presentes com

seus aplicativos gratuitos no iPhone e

já finalizando aplicativos para outros

smartphones. ●

Web RádioGlobo: 4 rádiossó na Internet

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Hom

enag

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Luiz Mendes

“Tenho Luiz Mendes como grande

referencial na crônica esportiva desde

minha infância.”

José Carlos Araújo

“Luiz Mendes é a síntese do

profissional da palavra falada.”

Edson Mauro

Um momento inesquecível:

Luiz Mendes recebe o Troféu Haroldo

de Andrade 2009 das mãos da sua

esposa, a radialista e atriz Daisy Lucidi.

“Luiz Mendes é uma referência

para nós que trabalhamos no Rádio.

Sua palavra fácil, suas tiradas

inteligentes e a memória privilegiada

fazem do Mendes um delicioso convite

a ouvir o comentário do futebol.”

Eraldo Leite

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HumorAnos de chumboMaurício Menezes

Jornalista, radialista e apresentador

1977. Eu trabalhava na Rádio Glo-

bo. Tinha feito uma reportagem sobre

um assalto praticado por argentinos

em Ouro Preto e, de Belo Horizonte,

me informaram que o ministério da

Justiça “não tinha gostado” da matéria.

A sucursal lá foi depredada. Imaginei:

“a coisa ia repercutir no Rio”.

Eu conversava no telefone com

Bartolomeu Brito, do “Jornal do Bra-

sil”. De repente, homens armados

invadiram a Rádio. Só deu tempo de

falar para o Bartô: “acho que vão me

prender”.

Um cachação na minha nuca e me

levaram. O interrogatório começou

com um homem que parecia militar

aos gritos. Quando eu já me preparava

para levar outro cachação, um homem

entrou na sala e falou ao pé do ouvido

do que gritava comigo. O sujeito saiu

e voltou bem mais calmo: “era o almi-

rante Almeida Prado, perguntando por

você”.

Em seguida, ligou um general e,

logo depois, outro general, pedindo

por mim.

Tempo depois encontrei Bartô e

lembrei de como nossa conversa ti-

nha sido interrompida. “E o Almiran-

te Almeida Prado?”, perguntou Bartô.

“Você o conhece?”, perguntei ansioso.

“Era eu”, disse, sorrindo. Os outros

telefonemas também. “Você acha que

iam duvidar ou confirmar aquelas liga-

ções?”, observou.

Era uma época em que éramos

presos sem qualquer motivo. Mas tam-

bém podiamos ser soltos sem qualquer

explicação. ●

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Alexandre Amorim

diretor artístico/Dial Brasil

Sua Rádio também pode ser

destaque aqui no Rádio Mural!

Envie fotos da sua equipe,

em 300 dpi, para o e-mail

[email protected]

A Rádio em Revista vai selecionar

algumas e publicar neste espaço

que é a sua cara!

Meiguice

programadora/Paradiso

Luci Moretprogramadora/Mix Rio

Natália Lorenzoprodutora

Bonitinhooperador

Rádi

o M

ural Dial Brasil

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Rádio em Revista Agosto/2010

Dial Brasil UMA REVISTA DIRIGIDA

AOS RADIALISTAS:ISSO SIM É

PÚBLICO FORMADOR

DE OPINIÃO.Anuncie na RÁDIO EM REVISTA.

A revista lida por quem consome

e influencia o consumo no Brasil.

Contato Comercial: (21) 2225-5794

[email protected]

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