Rádio em Revista Agosto/2010
Ano I • nº 1 • Agosto/2010
www.radioemrevista.com.br
Distribuição gratuita e dirigida
Uma publicação Natureza Produções
Rock BolaHumor, futebol e música são os segredos
do sucesso do programa da Oi FM
POR TRÁS DO MICROFONEConheça Ricardo Alexandre: o produtor
do Francisco Barbosa na Super Rádio Tupi
O FUTURO DO RÁDIOFernando Morgado conta como as novas
tecnologias fortaleceram as emissoras
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uma publicação da natureza produções ltda. epp
editores Cris Jobim e Ruy Jobim
editor/jornalista responsável Amaury Santos
consultor Fernando Morgado
reportagem Felipe Argentino, Lívia Santana
colaboradores Fernando Morgado, José Jaílton dos Santos, Maurício Menezes,
Viviane Aben-Athar
projeto gráfico Fernando Morgado
ilustração Amorim, Victor Jobim
assessoria de imprensa Lizyanne Carneiro
impressão WalPrint Gráfica e Editora
tiragem 5.000 exemplares
contato Rua do Catete, 347, sala 214,
Lgo. do Machado, Rio de Janeiro/RJ Tel.: (21) 2225-5794
[email protected] www.radioemrevista.com.br
rádio em revista é uma publicação mensal da natureza produções e circula
gratuitamente na cidade do rio de janeiro.
as opiniões que aparecem nos artigos assinados não representam
necessariamente a opinião da revista.
Mapa
Editorial
Microfone Aberto
Novidades no “Palco MPB”
Por Onde Anda?
Marco Antonio
Marketing
O futuro do Rádio
Por Trás do Microfone
Ricardo Alexandre
Radialistas/RJ
Formação: palavra-chave
História
Eduardo Andrews e a RPC
Capa
O sucesso do “Rock Bola”
Web Rádio
CrossHost e GloboRadio
Homenagem
Luiz Mendes
Humor
Maurício Menezes
Rádio Mural
Mix Rio e Paradiso
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Num tempo conhecido como “anos
dourados”, o Rádio, principal meio de
comunicação, estava no epicentro da
informação do país. Tudo que acontecia,
em todos os ramos de atividade, era
veiculado e referendado pelo Rádio, e
dele se estendia para jornais e revistas.
Os jornais tinham páginas inteiras
reservadas para a repercussão das
“notícias do brasil e do mundo” do
“Seu Repórter Esso” ou das “Fofocas da
Candinha” sempre falando da vida dos
artistas.
Uma revista se destacava entre
tantas: a “Revista do Rádio”. Não havia
quem não lesse e não soubesse o que foi
publicado na “Revista do Rádio”.
O tempo passou, o mundo mudou,
os hábitos também.
O Rádio não é somente aquela
velha caixa de onde sai som e concentra
a informação do país. Aparelho ao redor
do qual se reuniam as famílias para
ouvir as notícias, as radionovelas e os
programas de auditório.
O Rádio está presente ao lado do
ouvinte em todos os lugares: em casa,
no trabalho, na rua, no carro. E em
diversos veículos: no computador, nos
telefones, na televisão.
E por que não na revista?
A partir de agora está! O Rádio em
Revista.
A Escola de Rádio, que há 15 anos
se preocupa com a formação de pro-
fissionais – locutores, comunicadores,
produtores, redatores, sonoplastas –
busca, com essa iniciativa, aproximar
o Rádio de seus ouvintes e posicioná-lo
entre as mídias com a importância que
nunca deixou de ter.
O Rádio em Revista é uma publica-
ção mensal, distribuída gratuitamente,
tratando de temas diretamente relacio-
nados ao Rádio em seus diversos seto-
res. Entrevistas com personalidades
das emissoras, artigos de especialistas,
questões tecnológicas, fortalecimento
da categoria profissional, colunas diver-
sas, divulgação de eventos...
E a sua participação. Afinal,
uma das características da comuni-
cação moderna é a interatividade e o
Rádio em Revista não seria diferente.
Ouvinte-leitor, a partir de agora o
Rádio está ao seu alcance também em
revista.
Leia, opine, sugira, participe.
O Rádio em Revista está no ar.
OS EDITORES
Edito
rial
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Rádio em Revista Agosto/2010
ANÚNCIO 2
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Mic
rofo
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berto
Por onde anda?Marco Antonio
De todos os trabalhos que rea-
lizou, qual o que mais o proje-
tou no mercado?
Em Rádio foi o programa “Balanço
da Manchete” na Manchete FM
(1983/1984), em TV, o programa
“FMTV” na Manchete (1984/1986)
e em publicidade, as campanhas de
Copa do Mundo para Souza Cruz
(1986) e para Coca-Cola (2002).
Do que mais sente saudade
desta época?
A oferta de trabalho era maior e
melhor no mercado publicitário e
também no de Rádio.
O que tem feito desde que saiu
do mercado de Rádio?
Publicidade e narrações.
Acompanha os acontecimen-
tos do meio?
Às vezes tomo conhecimento de al-
guma coisa, mas só quando algum
amigo me conta...
Gostaria de voltar ao Rá-
dio em que situação?
Taí, ainda não pensei
nisso. Se for algo dife-
rente, pode ser inte-
ressante. Gosto de
Rádio. ●
No mês de agosto, a MPB FM
comemora 10 anos no ar. Por isso, a
emissora programou uma
série de shows gratui-
tos no Teatro Rival
para o programa
“Palco MPB”.
Tem gravações
nos dias 02, 09, 16,
23 e 30 deste mês.
O programa conta com
um formato que favorece o encontro do
artista com seus fãs, transferindo para
MPB FM comemora 10 anosos dias atuais a aura dos programas de
auditório da época de ouro do Rádio.
O público se divide entre ouvin-
tes da MPB FM e pessoas que
retiram senhas na bilhe-
teria do teatro. Quem
perder a gravação,
pode ouví-la às ter-
ças-feiras, 20h. ●
Sua Rádio também pode ser
destaque aqui na seção “Micro-
fone Aberto”. Entre em contato pelo
e-mail [email protected].
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Marketing
Por muitos anos, “futuró-
logos” pregavam o fim do Rá-
dio. Eles caíram em descré-
dito quando se comprovou
que a evolução na forma de
transmissão não é extinção de
linguagens de comunicação.
O tal “futuro do Rádio” co-
meçou com o FM, que dobrou o
número de estações. Os satélites,
as redes e a telefonia móvel também
ajudaram. A chegada do Rádio digital
poderá possibilitar novos avanços.
Nesse quadro, como as emissoras
devem se posicionar enquanto marcas
e negócios? A palavra-chave é pertenci-
mento. A sensação de que aquela pro-
gramação é feita “sob medida” e a forte
interatividade despertam no ouvinte a
ideia de que aquela emissora “é dele” e
que ele pertence a um grupo especial
de pessoas. Essa identificação é a base
que constrói uma audiência fiel.
Mais do que tempo, uma Rádio
vende relacionamento. Os grandes
grupos de comunicação já entenderam
isso e trabalham suas estações como
marcas multimídia que promovem re-
lacionamentos e transmitem conteúdo
que se transformam em eventos, SMS,
colunas em jornais, portais na Internet
e até programas de TV.
As Rádios tem atuado como líderes
desse futuro baseado na convivência
entre todas as linguagens de comuni-
cação, integradas a partir de marcas
posicionadas em pontos estratégicos
da mente e do coração dos ouvintes,
leitores, internautas etc. ●
Leia este texto na íntegra no site
www.fernandomorgado.com.br.
O futuro do RádioFernando Morgado
Professor da Escola de Rádio
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Por T
rás
do M
icro
fone
RicardoAlexandre
Na produção ou no microfone, um homem de Rádio
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Ruy Jobim: Você foi produtor de
grandes comunicadores como Harol-
do de Andrade, Waldir Vieira, Rober-
to Figueiredo e Cidinha Campos. Qual
a principal mudança que as novas tec-
nologias trouxeram ao seu trabalho?
Ricardo Alexandre: A mudança
foi radical. Antes, tinha que ficar ligado
no próprio Rádio, na TV, nos jornais e
revistas para estar atualizado. Com o
computador e a Internet, tudo mudou.
A qualquer momento, em qualquer
lugar, posso ler jornais e revistas do
mundo inteiro. Hoje, até mesmo im-
possibilitado de comparecer à Tupi, a
ausência física não impede o meu tra-
balho: de casa, da rua ou mesmo em
viagens, posso enviar toda a produção.
Isso era impensável num passado re-
cente.
RJ: Por que prefere ficar nos bas-
tidores?
RA: Na verdade, as coisas comi-
go aconteceram sem que fossem pla-
nejadas. Nunca pensei em trabalhar
em Rádio. Meu objetivo era o jornal
Entrevistado por Ruy Jobim
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Por Trás do Microfone
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impresso. Trabalhei em vários. E foi
quando um deles (“O Jornal”, dos Di-
ários Associados) fechou que acabei
indo para a Rádio Globo.
Lá, durante alguns anos, trabalhei
no jornalismo. Um dia, o Haroldo de
Andrade me chamou para ser produ-
tor do programa dele. Aceitei e nunca
mais deixei o setor.
Não foi uma preferência ficar nos
bastidores. Foi um acaso. Como con-
segui certo destaque na produção de
textos, acabei trabalhando também, na
produção do Waldir Vieira, do Roberto
Figueiredo e da Cidinha Campos.
Mas nem sempre fiquei nos bas-
tidores. Com Haroldo de Andrade,
apresentei o quadro “Futebol da Vida”,
no qual falava com bom humor de fu-
tebol e do cotidiano. Também partici-
pava dos “Debates Populares” com o
Haroldo de Andrade e com a Cidinha
Campos. Tive presença ao vivo com o
Loureiro Neto, no programa “Papo de
Botequim”, na Rádio Globo. Participei
dos debates do “Programa Roberto Ca-
názio”, na Rádio Tupi e, agora, com o
Francisco Barbosa.
Apresentei um programa na Rádio
Tupi, em 2004 (“Você é o Show”). Tive
outro na Bandeirantes AM. Passei a
maior parte de minha carreira nos bas-
tidores, mas também botei minha cara
na janela.
RJ: O que acha que pode melho-
rar na profissão?
RA: Muita coisa pode melhorar
para os veículos e para os profissionais.
Falta integração entre todos os progra-
mas. Talvez, uma Central de Produção
que comande toda a programação.
Hoje, com uma equipe independente
para cada programa, parece que exis-
tem várias emissoras dentro de uma
só. Os programas se repetem nas re-
portagens e entrevistas.
Mas, é preciso cuidado para que a
Central de Produção não gere sobre-
carga com extinção de postos de tra-
balho.
Falta qualificação de pessoal. Os
veículos deveriam oferecer treinamen-
to. Hoje, é fundamental conhecimento
de informática e de um segundo idio-
ma, o que não é regra, mas exceção.
RJ: Pela sua experiência, o que
mais o ouvinte procura em um pro-
grama de Rádio?
RA: O Rádio não é mais um veícu-
lo basicamente sintonizado por donas-
de-casa e aposentados. Claro que esses
segmentos continuam, mas outros pú-
blicos foram se incorporando.
Hoje, o Rádio é presença obriga-
tória nos carros, nos celulares, nos
computadores etc. A facilidade de ou-
vir Rádio a qualquer instante, em qual-
quer local, conquista novos adeptos.
O ouvinte não quer mais apenas
diversão. Quer ouvir e ser ouvido, par-
ticipar, opinar. Exige um Rádio infor-
mativo e interativo. ●
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O Sindicato dos Radialistas foi
fundado no dia 15 de abril de 1949. Ao
longo dos 61 anos de existência houve
muitas lutas e conquistas. A missão da
entidade, de acordo com o seu atual
presidente, Miguell Valter Costa (TV
Escola), é defender os interesses dos
trabalhadores da categoria por melho-
res condições de trabalho e de vida.
Algumas iniciativas, por exemplo, são
as convenções coletivas e assistência
jurídica junto à justiça do trabalho.
Miguell Valter Costa, em entrevis-
ta à Rádio em Revista disse que, o sin-
dicato serve não somente como uma
base na qual o profissional se filia e
que, em seu salário é descontado por
isso, mas sim uma proteção e abrigo
quando necessário. E ressalta: “A idéia
do sindicato é manter uma proteção,
como um guarda-chuva, para proteger
os trabalhadores para terem a quem
recorrer quando tiverem seus direitos
atingidos”.
Convênios com universidades e co-
légios técnicos são mantidos a fim de
oferecer descontos em cursos não so-
mente para comunicação social, como
para outras áreas profissionais. O tra-
Radi
alis
tas/
RJ
Formação:palavra-chave
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balhador ainda conta com atendimen-
to dentário, área de lazer com espaço
para recreação para confraternizações,
tudo sem custo adicional.
Quanto à parceria com a Escola de
Rádio, vem sendo estudada há muito
tempo, por conta da credibilidade da-
quele estabelecimento de ensino, com-
provada tanto pelos profissionais já
inseridos no mercado quanto por seu
experiente corpo docente. Miguell afir-
ma que aposta não apenas na formação
de novos profissionais, mas também
na reciclagem de várias pessoas que
atuam na área sem qualquer preparo.
“Quem não se preparar ficará fora do
mercado de trabalho”, conclui.
Miguell Valter Costa é funcionário
da TV Escola e também presidente do
Sindicato dos Radialistas do Estado do
Rio de Janeiro. Começou a sua histó-
ria no mundo radiofônico em sua épo-
ca de recruta militar. Ele afirmou que
tomou gosto pelo Rádio ao entrar em
contato com todo o país, através do Rá-
dio transmissor do exército brasileiro,
onde prestou serviço militar em sua
juventude. “Tudo foi por um acaso”,
declara. ●
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Rádio em Revista Agosto/2010
Eduardo Andrews e o fenômeno RPCFernando Morgado
Professor da Escola de Rádio
História
Eduardo Andrews é um dos nomes
mais fundamentais do Rádio carioca.
Numa entrevista exclusiva concedida
nos estúdios da Escola de Rádio, An-
drews relembrou alguns momentos
marcantes nas diversas emissoras por
onde passou como locutor e/ou co-
ordenador (Bandeirantes, Manchete,
Sistema JB, Transamérica, BEAT98,
entre outras). O Rádio em Revista traz
um trecho deste depoímento histórico
que revela um pouco dos bastidores de
um dos maiores fenômenos do FM ca-
rioca em todos os tempos: a RPC. Para
ler a entrevista completa, acesse www.
fernandomorgado.com.br.
Em 1989, o José Augusto Biasi, que
era meu chefe [no Sistema JB de Rá-
dio], tinha sido convidado pelo Paulo
Cesar Ferreira para ir para a RPC. O
Biasi estava meio indeciso, viajou, e,
um dia, o Paulo Cesar ligou para ele e
eu acabei atendendo:
— Olha, o Biasi está viajando, ele
vai resolver…
— Mas eu não quero o Biasi: eu
quero você!
— Como assim? Não! Você não
pode me querer, você quer o meu che-
fe! [risos]
Bom, quando o Biasi voltou de
viagem, eu contei para ele:
— O PC ligou e disse que me quer!
— Então vamos ver quem vai:
você vai ou eu vou?
Então nos reunímos com o Mar-
cão, que era coordenador da 105 e
também formava a equipe, para esco-
lher quem de nós três ia para a RPC.
Acabou que decidimos que eu ia. Eu
tinha voltado dos Estados Unidos com
um projeto na cabeça, inspirado na Pi-
rate Radio de Los Angeles, que tocava
uma hora de música direto, com uma
programação um pouquinho mais ou-
sada no pop rock, e fui para a RPC fa-
zer essa programação. Foi um sucesso
bem legal e a gente acabou passando
a Rádio Cidade. ●
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Capa
Um programa totalmente parcial,
com legítimos representantes dos qua-
tro grandes times cariocas. Este é o
“Rock Bola”, que vai ao ar de segunda
á sexta, de meio-dia à uma e meia, na
Rádio Oi FM.
Formado por Waguinho, Lopes
Maravilha, Tavares, Toni Platão, Ale-
xandre Araújo, e Bebê Monstro, o pro-
grama está no ar desde 2002, quando
estreou pela extinta Rádio Cidade.
O sucesso é tão grande que o pro-
grama, inicialmente com meia hora de
duração, hoje tem uma hora e meia.
A equipe nem sempre foi a mes-
ma. Depois de umas trocas, reforços
de peso se agregaram a esse elenco
que hoje é referência do novo jeito de
fazer Rádio no Rio. Esse time acabou
virando inspiração para outros profis-
sionais que desejam trilhar o mesmo
caminho.
O público, que no início estranhou
o formato ousado do “Rock Bola”, ago-
ra se diverte com as eloqüências de
seus protagonistas. Se, antigamente,
Rock BolaA história e os bastidores do
programa que une música, humor e futebol carioca
Reportagem ● Felipe Argentino e Lívia Santana
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Caparigidez era palavra de ordem, em 2010,
a ousadia tomou conta dos 102,9 na
hora do almoço.
“O formato sempre foi esse mes-
mo!”, exclama Tavares. O “Rock Bola”
quebrou paradigmas estabelecidos por
profissionais do Rádio, ganhou des-
taque na programação e atingiu uma
dimensão que eles mesmos desconhe-
cem: “até o Zico deu uma declaração
sobre a gente. Como pode o Zico, meu
ídolo, falar de mim? Ele me conhece? A
aura da imparcialidade, também posta
de lado, deixa com água na boca jorna-
listas que não tem a liberdade de bater
no peito e falar seu time de coração em
voz alta: “Nós aqui puxamos mesmo o
saco do nosso time”, brinca Tavares.
Quando o assunto se esgota, “fala-
mos de qualquer outra coisa. Não pre-
cisamos nos limitar somente ao fute-
bol. Como o seu próprio slogan já diz:
“Rock Bola: informação em segundo
lugar”, diz Waguinho.
O programa conta ainda com con-
vidados bem humorados como Sergi-
nho Mallandro e Hélio de La Peña que
aportam nos estúdios da Oi FM.
Os ouvintes participam de forma
expressiva por e-mail, orkut e twit-
ter, já que se vêem refletidos naqueles
profissionais, jornalistas e radialistas.
“Somos como um grupo de amigos que
se encontram para falar de futebol,
mulher e beber cerveja, mas depois
vão para casa cuidar dos filhos e da
esposa”. O programa, que já ganhou
novos espaços em outras mídias, tem
no Rádio seu porto seguro. A confirma-
ção do sucesso veio em 2009, quando
ganharam o Prêmio Escola de Rádio
de “melhor programa de Rádio” e “me-
lhor comentarista esportivo”.
Há um ano, o “Rock Bola” é apre-
sentado toda sexta-feira no shopping
Nova América, onde lota, com figuri-
nhas carimbadas que marcam ponto
no local e acabam por fazer parte deste
que é um dos mais conhecidos progra-
mas de Rádio carioca. ●
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Web
Rád
io
José Jaílton dos Santos
CrossHost
Após trabalhar por um determi-
nado período com criação de sites
para Rádios, percebi que havia a
necessidade da utilização da tecno-
logia streaming para a transmissão
ao vivo do conteúdo disponibilizado,
algo que não era oferecido na época.
Foi justamente isso que originou
a criação da CrossHost há cinco anos.
A captação de clientes surgiu de
maneira rápida, comprovando a já
sabida necessidade da área em forne-
cer suas informações sem a necessi-
dade de espera.
Apenas um computador conec-
tado à Internet, através de sinais de
áudio enviados para os servidores,
realiza a transmissão do áudio para
pessoas conectadas ao redor de todo
o mundo.
A notoriedade da importância
de uma ferramenta como o website
para uma grande Rádio é comprovada
pelo retorno em publicidade que ela
garante.
Mas hoje, qualquer pessoa inte-
ressada pode também montar sua
própria Rádio web. Essa é a proposta
que vem sendo trabalhada pela Cross
no momento.
A procura pelos serviços continua
a crescer e a tendência é que, com a
cada vez mais notável globalização,
isso se torne ferramenta obrigatória
no negócio de quem deseja maiores
resultados na divulgação de seus pro-
dutos. Sejam eles as próprias Rádios
ou os anunciantes interessados em
atingir o maior nível de visibilidade
possível. ●
Rádio web ao alcance de todos
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Viviane Aben-Athar
Unidade Digital/GloboRadio
O portal Globoradio.com, do Sis-
tema Globo de Rádio (SGR), reúne
quatro Rádios exclusivas de Internet.
A Globo FM, que migrou dos 92,5
do dial para a rede há cinco anos, e
mais 3 outras em parceria com a Glo-
bosat: Multishow FM, Rádio GNT e
Rádio Zona de Impacto. Desde o final
de março, elas tiveram seus layouts
reformulados.
Atualmente, boa parte da movi-
mentação nas Rádios se deve às ações
feitas dentro das redes sociais: Twit-
ter, Facebook, YouTube e Orkut.
As Rádios exclusivas de Internet,
além de terem grande autonomia
artística e velocidade para qualquer
alteração, são extremamente segmen-
tadas. Isso facilita muito no desen-
volvimento de promoções e ações de
interatividade, além da construção de
uma programação musical com a cara
do ouvinte internauta.
Chamo isso de personalização e
compartilhamento de conteúdo: a
Rádio não é mais de quem produz...
mas de quem alimenta, compartilha,
opina, divide experiência. E tudo, por
serem Rádios online, é on time.
As redes sociais e a chegada de
smartphones, iPods e iPads acabam
forçando a reinvenção dos Rádios e
consequentemente uma revolução nos
antigos players, onde o único conteú-
do era o musical.
Atualmente, as quatro Rádios
online também estão presentes com
seus aplicativos gratuitos no iPhone e
já finalizando aplicativos para outros
smartphones. ●
Web RádioGlobo: 4 rádiossó na Internet
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Hom
enag
em
Luiz Mendes
“Tenho Luiz Mendes como grande
referencial na crônica esportiva desde
minha infância.”
José Carlos Araújo
“Luiz Mendes é a síntese do
profissional da palavra falada.”
Edson Mauro
Um momento inesquecível:
Luiz Mendes recebe o Troféu Haroldo
de Andrade 2009 das mãos da sua
esposa, a radialista e atriz Daisy Lucidi.
“Luiz Mendes é uma referência
para nós que trabalhamos no Rádio.
Sua palavra fácil, suas tiradas
inteligentes e a memória privilegiada
fazem do Mendes um delicioso convite
a ouvir o comentário do futebol.”
Eraldo Leite
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HumorAnos de chumboMaurício Menezes
Jornalista, radialista e apresentador
1977. Eu trabalhava na Rádio Glo-
bo. Tinha feito uma reportagem sobre
um assalto praticado por argentinos
em Ouro Preto e, de Belo Horizonte,
me informaram que o ministério da
Justiça “não tinha gostado” da matéria.
A sucursal lá foi depredada. Imaginei:
“a coisa ia repercutir no Rio”.
Eu conversava no telefone com
Bartolomeu Brito, do “Jornal do Bra-
sil”. De repente, homens armados
invadiram a Rádio. Só deu tempo de
falar para o Bartô: “acho que vão me
prender”.
Um cachação na minha nuca e me
levaram. O interrogatório começou
com um homem que parecia militar
aos gritos. Quando eu já me preparava
para levar outro cachação, um homem
entrou na sala e falou ao pé do ouvido
do que gritava comigo. O sujeito saiu
e voltou bem mais calmo: “era o almi-
rante Almeida Prado, perguntando por
você”.
Em seguida, ligou um general e,
logo depois, outro general, pedindo
por mim.
Tempo depois encontrei Bartô e
lembrei de como nossa conversa ti-
nha sido interrompida. “E o Almiran-
te Almeida Prado?”, perguntou Bartô.
“Você o conhece?”, perguntei ansioso.
“Era eu”, disse, sorrindo. Os outros
telefonemas também. “Você acha que
iam duvidar ou confirmar aquelas liga-
ções?”, observou.
Era uma época em que éramos
presos sem qualquer motivo. Mas tam-
bém podiamos ser soltos sem qualquer
explicação. ●
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Alexandre Amorim
diretor artístico/Dial Brasil
Sua Rádio também pode ser
destaque aqui no Rádio Mural!
Envie fotos da sua equipe,
em 300 dpi, para o e-mail
A Rádio em Revista vai selecionar
algumas e publicar neste espaço
que é a sua cara!
Meiguice
programadora/Paradiso
Luci Moretprogramadora/Mix Rio
Natália Lorenzoprodutora
Bonitinhooperador
Rádi
o M
ural Dial Brasil
Rádio em Revista Agosto/2010
Dial Brasil UMA REVISTA DIRIGIDA
AOS RADIALISTAS:ISSO SIM É
PÚBLICO FORMADOR
DE OPINIÃO.Anuncie na RÁDIO EM REVISTA.
A revista lida por quem consome
e influencia o consumo no Brasil.
Contato Comercial: (21) 2225-5794
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