PSICOPEDAGOGIA_E_DISLEXIA_-_do_porquê_ao_que_fazer
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8/6/2019 PSICOPEDAGOGIA_E_DISLEXIA_-_do_porqu_ao_que_fazer
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PSICOPEDAGOGIA E DISLEXIA: do porqu ao que fazer
Ana Lcia da Silva1
Leida Delfina de Oliveira e Souza2
Leila Delfina de Oliveira Roque Cruvinel3
RESUMO
Problemas de aprendizagem so as muitas varetas de um amplo guarda-chuva. Dislexia apenas uma delas, mas muito especial. Dislexia uma dificuldade especfica de linguagem,que se apresenta na lngua escrita. A dislexia vai emergir nos momentos iniciais daaprendizagem da leitura e da escrita, mas j se encontrava subjacente a este processo. umadificuldade especfica nos processamentos da linguagem para reconhecer, reproduzir,identificar, associar e ordenar os sons e as formas das letras, organizando-os corretamente. freqente encontrar outras pessoas com dificuldades semelhantes nas histrias familiares. Ascausas da dislexia so neurobiolgicas e genticas. O importante aceitar a dislexia como
uma dificuldade de linguagem que deve ser tratada por profissionais especializados. Asescolas podem acolher os alunos com dislexia, sem modificar os seus projetos pedaggicoscurriculares. Procedimentos didticos adequados possibilitam ao aluno vir a desenvolvertodas as suas aptides, que so mltiplas. O bom desempenho na leitura provm do equilbrioentre o desenvolvimento das operaes da leitura, decodificao e compreenso, interagindocom os estgios de desenvolvimento do pensamento e da linguagem. necessrio noesquecer a importncia dos vnculos afetivos estabelecidos com a aprendizagem. Bons oumaus vnculos so preditivos de sucesso ou fracasso, nesta jornada. importante que pais e
professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus filhos e alunos.
PALAVRAS-CHAVES: dislexia linguagem escrita
1 Graduada em Pedagogia pela UEG Unidade Universitria de So Lus dos Montes Belos e Ps-graduada emMtodos e Tcnicas de Ensino pela UNIVERSO.2 Graduada em Letras pela UEG Unidade Universitria de Jussara.3 Graduada em Histria pela UEG Unidade Universitria de Ipor.
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ABSTRACT
Learnings problems are all the rods of an wide umbrella. Dyslexia is one of them, but it a
kind that is very special. Dyslexia is an specific difficulty of language, which shows up in the
writing tongue. Its going to appear in the inicial moments of readings and writings learning
but it had already been found under this process. Its an specific obstacle in the processing of
language to recognize, reproduce, identify, associate and put the sounds and letter forms in an
correct order. Its very common to find another people with difficulties at the same historic
family. The dyslexias causes are: nervous systems and genetics. The great significance thing
is accept dyslexia like a languages difficulty that must be treated by specialized professionals. Schools can welcome the students with dyslexia, without change its
educationals projects. Educational procedures help the students with the problem to
development their abilities. The good performance of reading comes from the balance
between the development of readings operations decodings and comprehension. In addition
its also necessary to remember that good and bad links are very important to the success of
this journey and parents, teachers need to be attentive to the dyslexias signs, in a way that can
be possible to help their children.
Key-words: dyslexia, language, writing
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INTRODUO
O termo dislexia tem origem do grego o prefixo dis que significa distrbio,
lexia do latim leitura e do grego, linguagem, portanto, caracteriza-se por dificuldades na
leitura e escrita.
A dislexia, segundo Jean Dubois et alii (1993, p. 197), um defeito de aprendizagem
da leitura caracterizada por dificuldades na correspondncia entre smbolos grficos, s vezes
mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes, mal identificados.
O estudo das dificuldades de leitura e escrita, em geral, da dislexia, em particular, vem
suscitando desde h muito tempo o interesse de psiclogos, professores, psicopedagogos eoutros profissionais interessados na investigao dos fatores implicados no sucesso e/ou
insucesso educativo. A dislexia representa no momento atual um grave problema escolar, para
a qual todos os profissionais da educao esto cada vez mais conscientizados.
As competncias da leitura e escrita so consideradas como objetivos fundamentais de
qualquer sistema educativo, ao nvel da escolaridade elementar, a leitura e a escrita
constituem aprendizagens de base e funcionam como uma mola propulsora para todas as
restantes aprendizagens. Assim, uma criana com dificuldade nesta rea apresentar lacunasem todas as restantes matrias, o que provoca um desinteresse cada vez marcado por todas as
aprendizagens escolares e uma diminuio da sua auto-estima.
Essa dificuldade em ler e escrever tem sido muitas vezes erradamente interpretada,
como um sinal de baixa capacidade intelectual. Muito pelo contrrio, muitos dislxicos
conseguem em certas reas e em certos momentos da sua atividade, uma performance
superior mdia do seu grupo etrio. S se poder diagnosticar uma dislexia em crianas que
apresentem pelo menos uma eficincia intelectual dentro dos parmetros normativos.
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2-TIPOLOGIA DE DISLEXIA
2.1-Disgrafia
Disgrafia caracterizada por problemas com a Linguagem Escrita, que dificulta a
comunicao de idias e de conhecimentos atravs desse especfico canal de comunicao. H
dislxicos sem problemas de coordenao psicomotora, com uma linguagem corporal
harmnica e um traado livre e espontneo em sua escrita, embora, at, possam ter
dificuldades com leitura e/ou com a interpretao da linguagem escrita. Mas h dislxicoscom graves comprometimentos no traado de letras e de nmeros. Eles podem cometer erros
ortogrficos graves, omitir, acrescentar ou inverter letras e slabas. Sua dificuldade espacial se
revela na falta de domnio do traado da letra, subindo e descendo a linha demarcada para a
escrita. H disgrficos com letra mal grafada mas, inteligvel, porm outros cometem erros e
borres que quase no deixam possibilidade de leitura para sua escrita cursiva, embora eles
mesmos sejam capazes de ler o que escreveram. comum que disgrficos tambm tenham
dificuldades em matemtica. especialmente complicado para esses dislxicos, monitorar a posio da mo que
escreve, com a coordenao do direcionamento espacial necessrio grafia da letra ou do
nmero, integrada nos movimentos de fixao e alternncia da viso. Por isto, eles podem
reforar pesadamente o lpis ou a caneta, no ponto de seu foco visual, procurando controlar o
que a mo est traando durante a escrita. Por isto, tambm podem inclinar a cabea para
tentar ajustar distores de imagem em sue campo de fixao ocular. Disgrficos, com
freqncia experimentam, em diferentes graus, sensao de insegurana e desiquilbrio comrelao gravidade, desde a infncia. Podem surgir atrasos no desenvolvimento da marcha,
dificuldades em subir e descer escadas, ao andar sobre bases em desnvel ou em balano; ao
tentar aprender a andar de bicicleta, no uso de tesouras, ao amarrar os cordes dos sapatos,
jogando ou apanhando uma bola.
Tarefas que envolvem coordenao de movimentos com direcionamento visual podem
chegar a ser, at, extremamente complicadas. Dos simples movimentos para seguir uma linha,
e destes, para o refinamento da motricidade fina, que envolve o traado da letra e do nmero e
de suas seqncias coordenadas, podem transformar-se em trabalho especialmente laborioso.
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Razo porque se torna extremamente difcil para o dislxico aprender a escrever pela
observao da seqncia de movimentos ensinados pelo professor.
Dificuldades tambm surgem na construo com blocos, no encaixe de quebra-
cabeas, ao desenhar, ao tentar estabelecer valor e direcionamento ao movimento dos
ponteiros do relgio na leitura das horas. A escrita, para o disgrfico, pode tornar-se uma
tarefa muito difcil e exaustiva, extremamente laboriosa e cansativa, podendo trazer os mais
srios reflexos para o desenvolvimento do ego dessa criana, desse jovem, a falta de
entendimento, de diagnstico e do imprescindvel e adequado suporte psicopedaggico.
2.2-Deficincia de Ateno
H dislxicos cujo problema central est na dificuldade de focar a ateno,
sustentando a coordenao seletiva dessa ateno, e mantendo esse estado convergente de
ateno durante um espao de tempo necessrio seleo e registro de um estmulo,
possibilitando que se integre na construo do aprendizado.
Por causa da dificuldade em concentrar a ateno, h crianas e adultos que podemtornar-se inacreditavelmente confusos e inconsistentes. E porque existe uma oscilao no
nvel da capacidade de concentrao dessas pessoas, h dias em que elas podem melhor
corresponder expectativa escolar ensino-aprendizado, e outros dias em que se apresentam
dispersivas, parecendo ter esquecido tudo o que j haviam aprendido. Por isto, elas podem
conseguir uma nota alta em um dia e serem reprovadas, no mesmo contedo, no dia seguinte,
na prxima semana ou no ms seguinte. Condio que confunde pais, professores e o prprio
dislxico que no consegue entender por que isto acontece. E porque, muitas vezes essesestudantes no so capazes de focar e manter sua ateno seletiva para uma concentrao e
respostas satisfatrias, pessoas e, at, profissionais desinformados acerca desse processo,
podem exasperar-se e acus-los de serem desatentos e negligentes; de no estarem levando
seus estudos a srio; de no estarem determinados a aprender; de serem negligentes
indiferentes ao objetivo de conquistar um bom desempenho escolar quando, na verdade, eles
no esto conseguindo atingir um nvel mnimo necessrio de concentrao da ateno, para
que possam, mentalmente, construir e entrelaar as seqncias relacionais em seu mecanismo
psicopedaggico pessoal ensino-aprendizado.
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2.3-Hiperatividade
Criana hiperativa aquela que nunca pode parar, que est sempre agitada, que no
consegue permanecer sentada, imvel. Por isto se torna muito importante a conscientizao de
queHiperatividade condio orgnica com base neurolgica, E que uma criana ou jovem
que se sinta incapaz de controlar os prprios movimentos, sente-se muito mal a respeito de si
mesmo e sua auto-imagem e auto-estima podem tornar-se muito negativas.
Existem duas caractersticas diferenciais em Hiperatividade: a primeira delas da
criana hiperativa com comportamento impulsivo, que fala sem pensar e nunca espera por
nada; que no consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos,agindo antes de pensar e nunca medindo as conseqncias dessas atitudes. Planeja e decide
mal e suas aes podem ser perigosas. Um segundo tipo de Hiperatividade tem suas
caractersticas mais pronunciadas na dificuldade de foco de ateno. Trata-se de uma super
estimulao nervosa que faz com que essa criana passe de um estmulo a outro, no
conseguindo focar sua ateno em um nico objetivo, o que d a impresso de que ela
desligada. Ela se distrai facilmente com um estmulo mnimo que alcance sua viso, com
qualquer som e cheiro no conseguindo centralizar sua ateno, suprimindo detalhes deimportncia irrelevante.No que esse hiperativo no preste ateno em nada, ao contrrio,
ele presta ateno em tudo, ao mesmo tempo, no sendo capaz de destacar um estmulo e
ignorar outros. Ele no consegue determinar o foco principal dentre estmulos que
bombardeiem seu crebro, em que deveria fixar sua ateno seletiva. a resposta a diferentes
estmulos, ao mesmo tempo, que d a essa criana a caracterstica de hiperativa. No que ela
esteja desatenta, desligada; ao contrrio, o fato dela estar ligada em tudo que esteja
acontecendo a sua volta que a impede de concentrar sua ateno em um s estmulo.
2.4-Hipoatividade
O termo Hipoatividade expressa a traduo de sua significao literal, exatamente
inversa condio de Hiperatividade. A criana hipoativa aquela que parece estar, sempre,
no mundo da lua, sonhando acordada. D a impresso de que nunca est ligada em nada.
Ela tem memria pobre e comportamento vago, pouca interao social, quase no se envolve
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com seus colegas e costuma no ter amigos. Hipoatividade se caracteriza por um nvel baixo
de atividade motora, com reao lenta a qualquer estmulo. Essa criana no costuma trazer
problemas em seu convvio porque sempre muito bem comportada, a chamada criana
boazinha.
Hipoatividade ligada dislexia traz uma grande dificuldade a essa criana e jovem, no
processar o que est acontecendo sua volta, necessitando de um aprimoramento de tcnicas
em seu programa escolar, com a necessidade de recursos psicopedaggicos remediativos
absolutamente especficos, com um suporte muito mais ativo de estmulos tanto na escola
como em casa e na sociedade.
2.5-Discalculia
No existe uma causa nica e simples com que possam ser justificadas as bases das
dificuldades com a Linguagem Matemtica, que podem ocorrer por falta de habilidade para
determinao de razo matemtica ou pela dificuldade em elaborao de clculo matemtico.
Essas dificuldades esto atreladas a fatores diversos, podendo estar vinculadas a problemascom o domnio da leitura e/ou da escrita, na compreenso global do que proponha um texto,
bem como no prprio processamento da linguagem. H dificuldades relacionadas confuso
visual-espacial, como outras que tm relao com a discriminao da seqncia e da ordem
precisas de fatos matemticos e com a lembrana correta de adequao de procedimentos
matemticos. Embora ocorrendo mais raramente, tambm podem existir dificuldades em
avaliaes comparativas: maior menor; mais menos. Tambm existe a possibilidade do
emocional altamente exacerbado dificultar ou mesmo, bloquear o pensamento matemtico,no possibilitando concentrao precisa no foco da lgica matemtica, determinante para
elaborao de razo matemtica.
Pessoas dislxicas, com freqncia, so bem dotadas em matemtica. Elas tm
habilidades de visualizao em trs dimenses, que as ajudam a assimilar conceitos mais clara
e rapidamente que pessoas no dislxicas. Por isto, tambm relativamente comum que esses
dislxicos possam resolver complexos problemas matemticos mentalmente, mesmo que no
sejam capazes de decompor esse clculo em suas etapas respectivas. E, embora com essa
habilidade mpar, e por causa deste mesmo processo de aprendizado diferencial em
discalculia, essas pessoas, surpreendentemente, podem experimentar grandes dificuldades em
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clculos aritmticos bsicos. E quando esses dislxicos apresentam dificuldades muito
pronunciadas em direcionalidade, rota de memorizao e seqncia, isto pode trazer-lhes
dificuldades to pronunciadas, impedindo que seus dons matemticos possam ser
evidenciados.
H outros dislxicos que, ao contrrio, no encontram grandes dificuldades e, at,
podem ser hbeis em clculos aritmticos, porm fracassem sempre que uma incgnita lhes
traga uma abstrao que eles no conseguem decodificar. Assim, encontram srias
dificuldades em matemtica mais avanada.
2.6-Disortografia
Disortografia a dificuldade em visualizar a forma correta da escrita das palavras,
pois a criana escreve conforme os sons da fala e sua escrita torna-se muitas vezes
incompreensvel.
As principais caractersticas da disortografia so: troca de grafemas; falta de vontade
para escrever; dificuldade para perceber sinalizaes grficas; dificuldade no uso decoordenao/subordinao das oraes; textos muito reduzidos; aglutinao ou separao
indevida das palavras.
Uma das formas se observar se a criana tem ou no disortografia, na realizao de
ditado, pois ali que apresentam trocas relacionadas audio. Portanto, no adianta
trabalhar por repetio, mas usando a lgica, quando possvel, e a conscientizao da audio,
em outros casos (ex: s e ss; i e u; etc.).
3-SINAIS DE ALERTA
Normalmente os pais e a prpria escola so os primeiros a perceberem quando a
criana apresenta uma inabilidade especfica. Algumas dessas caractersticas podem estar
presentes num quadro de dislexia. importante ressaltar que no necessrio apresentar a
totalidade desses. Os pais e professores devem estar atentos para os seguintes sinais para se
definir o quadro.
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3.1-Sinais De Alerta Na Infncia
Na infncia, a criana pode apresentar os seguintes sinais ou sintomas: falar
tardiamente; dificuldade para pronunciar alguns fonemas; demorar a incorporar palavras
novas ao seu vocabulrio; dificuldades para rimas; dificuldade para aprender cores, formas,
nmeros e escrita do nome; dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas; dificuldade na
habilidade motora fina; dificuldade de contar ou recontar uma histria na seqncia certa;
dificuldade para lembrar nomes e smbolos.
3.2-Sinais de Alerta na Idade Escolar
3.2.1-Na Classe de alfabetizao e 1 srie do Ensino Fundamental
Na alfabetizao e 1 srie do Ensino Fundamental, alguns sinais podem oferecerpistas que a criana dislxica, como: dificuldade em aprender o alfabeto; dificuldade no
planejamento de letras e nmeros; dificuldade para separar e seqenciar sons (ex: p - a t
o ); dificuldade com rimas (habilidades auditivas); dificuldade em discriminar fonemas
homorgnicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z); dificuldade em seqncia e memria de palavras;
dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar; dificuldade em orientao temporal (ontem
hoje amanh, dias da semana, meses do ano); dificuldade em orientao espacial (direita
esquerda, embaixo em cima ...); dificuldade na execuo da letra cursiva; dificuldade napreenso do lpis; dificuldade de copiar do quadro.
3.2.2- Da 2 8 Srie do Ensino Fundamental
Nessa fase, se a criana continua apresentando alguns ou vrios dos sintomas a seguir,
necessrio um acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto
com os demais colegas e no tenha prejuzos emocionais: nvel de leitura abaixo do esperado
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para sua srie; dificuldade na sequenciao de letras em palavras; no gostar de ler em voz
alta diante da turma; dificuldade em soletrao de palavras; dificuldade com enunciados de
problemas matemticos; dificuldade na expresso atravs da escrita; dificuldade na
elaborao de textos escritos; dificuldade na organizao da escrita; podem ter dificuldade na
compreenso de textos; podem ter dificuldade em aprender outros idiomas; dificuldade na
compreenso de piadas, provrbios e grias; presena de omisses, trocas e aglutinaes de
grafemas; dificuldade de planejar e organizar (tempo) tarefas; dificuldade em conseguir
terminar as tarefas dentro do tempo; dificuldade na compreenso da linguagem no verbal;
dificuldade em memorizar a tabuada; dificuldade com figuras geomtricas; dificuldade com
mapas.
3.2.3-Ensino Mdio
Se nessa fase o (a) aluno(a) no for acompanhado(a) adequadamente, os sintomas
persistiro e iro permear a fase adulta, com possveis prejuzos emocionais, alm de sociais e
intelectuais: leitura vagarosa e com muitos erros; permanncia da dificuldade em soletrar palavras mais complexas; dificuldade em planejar e fazer redaes; dificuldade para
reproduzir histrias; dificuldade nas habilidades de memria; dificuldade de entender
conceitos abstratos; dificuldade de prestar ateno em detalhes ou, ao contrrio, ateno
demasiada a pequenos detalhes; vocabulrio empobrecido; criao de subterfgios para
esconder sua dificuldade.
3.3-Sinais de Alerta em Adultos
Se no teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou se possvel na
alfabetizao, o adulto dislxico ainda apresentar dificuldades, como: permanncia da
dificuldade em escrever em letra cursiva; dificuldade em planejamento e organizao;
dificuldade com horrios (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem); falta do hbito de leitura;
normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas).
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Outras caractersticas gerais associadas que podem ser notadas so: a emisso oral
comparativamente muito melhor que da escrita; ateno limitada e dificuldade em manter-se
na tarefa.
4-DIAGNSTICO DE DISLEXIA
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnstico multidisciplinar, s
indicam um distrbio de aprendizagem, no confirmam a dislexia. E no para por a, os
mesmos sintomas podem indicar outras situaes, como leses, sndromes, etc. Ento comodiagnosticar a dislexia?
Tomando por base a proposta de Mabel Condemarn (1989, p.55), a dificuldade de
aprendizagem relacionada com a linguagem (leitura, escrita e ortografia), pode ser inicial e
informalmente (um diagnstico mais preciso deve ser feito e confirmado por um
neurolnguista) diagnosticado pelo professor de lngua materna, com formao na rea de
Letras e com habilitao em Pedagogia, que pode vir a realizar uma medio da velocidade da
leitura da criana.Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser
percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar, formada por psiclogo, fonoaudilogo, psicopedagogo
clnico, neurologista etc, devem iniciar uma minuciosa investigao. Essa mesma equipe deve
ainda garantir uma maior abrangncia do processo de avaliao, verificando a necessidade do
parecer de outros profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso.
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar oudescartar o diagnstico de dislexia, isto , Avaliao Multidisciplinar e de Excluso.
Outros fatores devero ser descartados, como dficit intelectual, disfunes ou
deficincias auditivas e visuais, leses cerebrais (congnitas ou adquiridas), desordens
afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com os constantes fracassos escolares o
dislxico ir apresentar prejuzos emocionais, mas estes so conseqncia, no causa da
dislexia), e outros distrbios de aprendizagem, como: o dficit de ateno, a hiperatividade
(ambos podem ocorrer juntas, o DAAH Dficit de Ateno e Aprendizagem com
Hiperatividade; lembrando que a hiperatividade tambm pode ocorrer em conjunto com a
dislexia).
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Neste processo ainda muito importante tomar o parecer da escola, dos pais e levantar
o histrico familiar e de evoluo do paciente.
Essa avaliao no s identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como
permite um encaminhamento adequado a cada caso, atravs de um relatrio por escrito.
No caso da dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento consoante a
particularidades de cada caso o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o
profissional que assumir o caso no precisar daquele tempo, (muitas vezes indeterminado)
para identificao do problema, bem como ter ainda acesso a pareceres importantes para o
caso. Conhecendo as causas das dificuldades e os potenciais do indivduo, o profissional pode
utilizar a linha que achar mais convergente. Os resultados iro aparecer de forma consistente e
progressiva. O acompanhamento profissional dura de dois a cinco anos, dependendo do caso.Ao contrrio de que muitos pensam, o dislxico sempre contorna suas dificuldades.
Ele responde muito bem a tudo que passa para o concreto. Tudo que envolve os sentidos
mais facilmente absorvido. O dislxico tambm tem sua prpria lgica, sendo muito
importante o bom entrosamento entre profissional e paciente.
de extrema importncia haver uma boa troca de informaes, experincias e at
sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, escola e famlia.
5-ETIOLOGIA DA DISLEXIA E AS PRINCIPAIS PERTURBAES
ASSOCIADAS
A rigor, no h nenhuma segurana em afirmar uma ou outra etiologia para a causa da
dislexia, mas h algumas situaes que foram descartadas.Em hiptese alguma o dislxico tem comprometimento intelectual. Quanto ao
emocional, preciso avaliar muito bem.Pode haver um comprometimento do emocional com
conseqncia das dificuldades da dislexia, mas nunca como causa nica. As repercusses da
dislexia so muitas vezes considerveis, quer ao nvel do sucesso escolar, quer ao nvel do
comportamento da criana nestes dois domnios perturbaes de gravidade varivel, que
importa reconhecer e evitar na medida do possvel. A criana dislxica geralmente triste e
deprimida pelo repetido fracasso em seus esforos para superar suas dificuldades, outras vezes
mostra-se agressiva e angustiada. A frustrao causada pelos anos de esforo sem xito e a
permanente comparao com as demais crianas provocam intensos sentimentos de
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inferioridade. Em geral os problemas emocionais surgem como uma reao secundria aos
problemas de rendimento escolar. bom deixar bem claro que a criana dislxica no tem
perda auditiva.
Vrios estudos mostram que o dislxico apresenta uma falha no sistema nervoso
central em sua habilidade para organizar os grafemas, isto , as letras ou decodificar os
fonemas, ou seja, as unidades sonoras distintas no mbito da palavra; impedimento cerebral
relacionado com a capacidade de visualizao das palavras; diferenas entre os hemisfrios e
alterao (displasias e ectopias) do lado direito do crebro. Isso implica, entre outras coisas,
uma dominncia da lateralidade invertida ou indefinida. Mas tambm justifica o
desenvolvimento maior da intuio, da criatividade, da aptido para as artes, do raciocnio
mais holstico, de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades caractersticas dohemisfrio direito; inadequado processamento auditivo da informao lingstica; implicaes
relao afetiva materno-filial, o que pode entravar a necessidade da linguagem, e mais tarde a
aprendizagem da leitura e escrita.
6-ALFABETIZAO DO DISLXICO
O dislxico precisa olhar atentamente, ouvir atentamente aos movimentos da mo
quando escreve e prestar ateno aos movimentos da boca quando fala. Assim sendo, a
criana dislxica associar a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os
movimentos falar-ouvir-ler-escrever so atividades da linguagem. Falar e ouvir, so
atividades com fundamentos biolgicos.
Os mtodos de alfabetizao mais recentes, onde a criana aprende a identificar aspalavras como um todo tem conduzido a uma identificao mais rpida do dislxico. O
mtodo fnico, que no impe tanta carga ao dislxico permite que alguns casos passem mais
tempo desapercebidos.
O aprendizado deve ser feito de forma sistemtica e cumulativa como tambm montar
manuais de alfabetizao apropriados criana dislxica.
Sendo ainda cada caso um caso especfico, deve ser levada em considerao a
particularidade de cada um. A criana aprende a usar a linguagem falada mas isto depende do:
meio ambiente compreensivo, estimulador e paciente; trato vocal; organizao do crebro;
sensibilidade perceptual para falar os sons.
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7-INTERVENO REEDUCATIVA
7.1-Como os pais podem ajudar
Seu filho no est indo bem na escola. Ele o primeiro a saber, mas no sabe o que
fazer e como explicar o que acontece. Quanto mais o tempo passar que ele tenha ajuda,
maiores sero suas dificuldades.
Portanto, seja positivo. Descubra tudo que voc puder sobre o desempenho de seu
filho e os melhores caminhos para ele; procure o profissional adequado para ajuda-lo. Pai emo devem participar juntos desta tarefa.
Seja paciente e perseverante. Tente desenvolver um bom relacionamento com seus
professores e discuta se possvel o problema com ele; sempre se pergunte: O que eu estou
fazendo: estou ajudando meu filho ou somente estou dando vazo minha frustrao?; tente
ficar calmo ao receber alguma notificao escolar; ensine seu filho a fazer coisas por si
prprio, dando-lhe autonomia; ensine a ele como se organizar, usando seu tempo da melhor
maneira; seja paciente com os progressos que ele fizer, quando estiver tendo atendimentoapropriado. No vo acontecer milagres. Tudo isto leva tempo. necessrio muita
determinao e esforo.
Seja atento. Ele poder ter muitos desapontamentos como: ser chamado de bobo ou
preguioso, chegar atrasado em compromissos, ter frustraes nos trabalhos escolares. Mas
vocs pais podem ajuda-lo a vencer a maioria deles, desde que percebam a tempo. Preste
ateno nos sinais de stress, como introverso. No pense que necessariamente todos esses
sinais so por causa da dislexia. Seu filho est crescendo e pode ter problemas como qualqueradolescente. Tem que haver uma interveno gentil, mas com firmeza; vrios professores,
psiclogos, psicopedagogos e outros profissionais, de alguma maneira compreendem e so
solidrios aos dislxicos; no o deixe desistir; ele poder ficar to cansado com o esforo que
faz na escola, que precisar, eventualmente, ter um dia mais folgado; sua criana dislxica e
depende muito de sua ateno. Mas no d mais ateno a ela do que aos outros membros da
famlia; nunca compare crianas; voc pode se tornar neurtico(a) ou super protetor(a), o que
um perigo.
Seja prtico. Qualquer que seja a idade de seu filho, leia para ele. Muitos dislxicos
no compreendem o que esto lendo e quando voc deve agir; digite sua anotaes
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escolares; algumas matrias podem ser gravadas em fita cassete; desenvolva o interesse dele
por arte de um modo geral (teatro, msica, arte e etc); assista TV, vdeos com ele e depois
converse sobre o que viram; elogie, motive, informe e estimule sua auto confiana e sua auto-
estima.
Ajude-o em pequenos detalhes do cotidiano. No simples ensin-los a amarrar
cordes em sapatos e a abotoar; sapatos sem cadaros com elstico ou velcro, podem diminuir
o problema; uma pessoa canhota, exercita tarefas de maneira diferente da pessoa destra, por
isso se voc e seu filho no usam o mesmo lado das mos (a mesma lateralidade), voc deve
ensinar essas tarefas em frente a ele. Caso vocs usem o mesmo lado, isto , ambos so
destros ou ambos so canhotos, voc deve ficar atrs dele para ensin-lo; para ensinar a
abotoar, sempre comece da parte inferior do boto e no em cima, pois fica embaixo de seuqueixo e ele no poder ver bem; explique criana o que voc est fazendo, enquanto est
executando a tarefa.
7.2-Sugestes para os Professores
A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam
dificuldades de linguagem. O dislxico tem uma histria de fracassos e cobranas que o fazem
sentir-se incapaz. Motiva-lo, exigir de ns educadores mais esforo e disponibilidade do que
dispensamos aos demais. No receie que seu apoio ou ateno v acomodar o aluno ou faze-lo
sentir-se menos responsvel. Depois de tantos insucessos e auto-estima rebaixada, ele tende a
demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo.
muito importante melhorar a auto-estima: incentive o aluno a restaurar a confianaem si prprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito; ressalte os acertos, ainda que
pequenos, e no enfatize os erros; valorize o esforo e interesse do aluno; atribua-lhe tarefas
que possa faz-lo sentir-se til; evite usar a expresso tente esforar-se ou outras
semelhantes, pois o que ele faz o que ele capaz de fazer no momento; fale francamente
sobre suas dificuldades sem, porm, faze-lo sentir-seincapaz, mas auxiliando-o a supera-las;
respeite o seu ritmo, pois a criana com dificuldade de linguagem tem problemas de
processamento da informao, ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que
ela viu e ouviu; um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando interessado nele
como pessoa.
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Quando for monitorar as atividades: certifique-se de que as tarefas de casa foram
compreendidas e anotadas corretamente; certifique-se de que seu aluno pode ler e
compreender o enunciado ou a questo, caso contrrio leia as instrues para ele; leve em
conta as dificuldades especficas do aluno e as dificuldades da nossa lngua quando corrigir os
deveres; estimule a expresso verbal do aluno; d instrues e orientaes curtas e simples
que evitem confuses; d dicas especficas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua
disciplina; oriente o aluno sobre como se organizar no tempo e no espao; no insista em
exerccios de fixao repetitivos e numerosos, pois isso no diminui a sua dificuldade; d
explicaes de como fazer sempre que possvel, posicionando-se ao seu lado; utilize o
computador, mas certifique-se de que o programa adequado ao seu nvel; permita o uso do
gravador; esquematize o contedo das aulas quando o assunto for muito difcil para o aluno;no insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem conscincia do erro;
use freqentemente materiais concretos como: relgio digital, calculadora, gravador, material
dourado, folhas quadriculadas para matemtica, mscara para leitura de texto, letras com
vrias texturas, gravuras, fotografias, confeco do prprio material para alfabetizao como
desenhar e montar uma cartilha.
Na avaliao as crianas com dificuldade de linguagem tm problemas com
testes e provas. Em geral: no conseguem ler todas as palavras das questes do teste e noesto certas sobre o que est sendo solicitado; elas tm dificuldade de escrever as respostas;
sua escrita lenta e no conseguem terminar dentro do tempo estipulado; leia as
questes/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que est sendo
perguntado; explicite sua disponibilidade para esclarecer eventuais dvidas sobre o que est
sendo perguntado; d-lhe tempo necessrio para fazer a prova com calma; ao recolhe-la,
verifique as respostas e caso seja necessrio, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o
que escreveu, anotando sua resposta; ao corrigi-la valorize ao mximo a produo do aluno;realize avaliaes orais.
CONCLUSO
A dislexia um distrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectada a partir
da alfabetizao, perodo em que a criana inicia o processo de leitura de textos. Seu
problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e
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sem sucesso. Porm se a crianas estiver diante de pais ou professores especialistas a dislexia
poder ser detectada mais precocemente, pois a criana desde pequena j apresenta algumas
caractersticas que denunciam suas dificuldades. A criana dislxica possui inteligncia
normal ou muitas vezes acima da mdia. Sua dificuldade consiste em no conseguir
identificar smbolos grficos (letras e/ou nmeros) tendo como conseqncia disso a
dificuldade na leitura e escrita. A dislexia normalmente hereditria. Estudos mostram que
dislxicos possuem pelo menos um familiar prximo com dificuldade na aprendizagem da
leitura e escrita.
A avaliao do dislxico requer uma equipe multidisciplinar que deve ser composta
por psicopedagogo, psiclogo, fonoaudilogo, neurologista, etc. A dislexia no uma doena,
por isso no se pode falar em cura. Pode sim, fazer um tratamento para amenizar asdificuldades e os profissionais que forem trabalhar com o dislxico devero dar orientao
continuada famlia e escola e lembrar que cada caso de dislexia um caso a parte. A falta
de informao sobre este problema, que pode estar na origem do insucesso escolar e em
outras reas da vida, pode levar os professores e os pais a confundirem a dislexia com a falta
de ateno ou preguia.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CONDEMARN, Mabel; BLOMQUIST, Marlys. Dislexia: manual de leitura corretiva. 3ed. Traduo de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1989.
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DUBOIS, Jean et alii. Dicionrio de lingustica. So Paulo: Cultrix, 1993.HOUT, Anne Van, SESTIENNE, Franoise. Dislexias: descrio, avaliao, explicao etratamento. 2 ed. Traduo de Cludia Schilling. Porto Alegre: Artes Mdicas, 2001.
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LUCAYNSKI, Zeneida Bittencourt. Dislexia: voc sabe o que ?. Curitiba: da autora, 2002.
CARLA MELIZA GARCIA REIS. Dislexia. Rio de Janeiro, 2001. Disponvel em:www.pedagogiaemfoco.pro.br. Acesso em: 08 de agosto de 2005.
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