PROSPECTO DEFINITIVO DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA ...

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PROSPECTO DEFINITIVO DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA SECUNDÁRIA DE AÇÕES ORDINÁRIAS DE EMISSÃO DA Light S.A. Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ/MF nº 03.378.521/0001-75 Av. Marechal Floriano, nº 168 CEP 20080-002 – Rio de Janeiro, RJ Código ISIN BRLIGTACNOR2 29.470.480 Ações Ordinárias Valor da Distribuição: R$707.291.520,00 Código de negociação na BM&FBOVESPA: “LIGT3” Preço por Ação: R$24,00 A BNDES Participações S.A. - BNDESPAR (“BNDESPAR ”) e a EDF International (“EDFI ” e, em conjunto com a BNDESPAR, “Acionistas Vendedores ”), acionistas da Light S.A., em conjunto com o Citigroup Global Markets Brasil, Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. (“Citi ”) e o Banco Itaú BBA S.A. (“Coordenador Líder ” ou “Itaú BBA ” e, em conjunto com o Citi, “Coordenadores da Oferta ”), estão ofertando 29.470.480 ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames de emissão da Companhia e de titularidade dos Acionistas Vendedores (“Ações ”), por meio de uma distribuição secundária a ser realizada no Brasil e com esforços de venda no exterior (“Oferta ”). A Oferta compreenderá a distribuição pública secundária de Ações no Brasil, em mercado de balcão não organizado, sujeita a registro na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM ”), em conformidade com a Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (“Instrução CVM 400 ”), a ser coordenada pelos Coordenadores da Oferta, com a participação de corretoras consorciadas (“Corretoras Consorciadas ”, em conjunto com os Coordenadores da Oferta, “Instituições Participantes da Oferta ”). Simultaneamente serão realizados esforços de colocação das Ações no exterior, pelo Citigroup Global Markets Inc. (“CGMI ”) e Itaú USA Securities, Inc. (“Itaú Securities ” e, em conjunto com o CGMI, “Agentes de Colocação Internacional ”), exclusivamente junto a investidores institucionais qualificados, residentes e domiciliados nos Estados Unidos da América, conforme definidos na Regra 144A do Securities Act de 1933, dos Estados Unidos da América, conforme alterada (“Securities Act ”), nos termos de isenções de registro previstas no Securities Act, e, nos demais países, exceto no Brasil e nos Estados Unidos da América, em conformidade com os procedimentos previstos no Regulamento S do Securities Act, e de acordo com a legislação aplicável no país de domicílio de cada investidor estrangeiro, e, em qualquer caso, que invistam no Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento da Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 2.689, de 26 de janeiro de 2000 e alterações posteriores (“Resolução CMN 2.689 ”) e da Instrução CVM nº 325, de 27 de janeiro de 2000 (“Instrução CVM 325”) . Para tanto, os Agentes de Colocação Internacional realizarão os esforços de colocação no exterior, nos termos do Placement Facilitation Agreement (“Contrato de Colocação Internacional ”), celebrado entre os Agentes de Colocação Internacional, a Companhia e os Acionistas Vendedores. A Oferta será realizada no Brasil, mediante registro junto à CVM, em conformidade com os procedimentos previstos na Instrução CVM 400, na Instrução CVM 471 e no Código ANBID de Regulação e Melhores Práticas para Atividades Conveniadas. A Oferta não foi e nem será registrada na Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da América (“SEC ”) ou em qualquer outra agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer país, exceto o Brasil. A quantidade total de Ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 2.700.000 Ações de titularidade da BNDESPAR (“Ações Suplementares ”) equivalentes a até 10,1% das Ações inicialmente ofertadas, sem considerar as Ações Adicionais (“Ações Suplementares ”), conforme opção outorgada pela BNDESPAR ao Coordenador Líder (“Opção de Ações Suplementares ”). A Opção de Ações Suplementares poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, total ou parcialmente, após consulta ao Citi, a partir da data de assinatura do Contrato de Distribuição, por um período de até 30 dias contados, inclusive, da data de publicação do Anúncio de Início de Distribuição Pública Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da Light S.A. (“Anúncio de Início ”), nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas, e será destinada a atender a um eventual excesso de demanda que vier a ser constatado no decorrer da Oferta. A quantidade total de Ações inicialmente ofertada foi acrescida de 2.679.135 Ações de titularidade da BNDESPAR equivalente a 10% das Ações inicialmente ofertadas, mediante a oferta adicional de ações de titularidade da BNDESPAR (“Ações Adicionais ”), nos termos do artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400 (“Opção de Ações Adicionais ”). O preço de venda por Ação objeto da Oferta (“Preço por Ação ”) foi fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a Investidores Institucionais, realizado no Brasil, pelos Coordenadores da Oferta, em conformidade com os artigos 23, parágrafo 1º, e 44 da Instrução CVM 400, e no exterior, pelos Agentes de Colocação Internacional (“Procedimento de Bookbuilding ”), tendo como parâmetro, entre outros, a cotação das Ações na BM&FBOVESPA. O Preço por Ação foi aprovado pela EDFI e pela BNDESPAR em 12 de junho de 2008 e em 13 de julho de 2009, respectivamente. Preço (R$) Comissões (R$) (1) Recursos Líquidos (R$) (1) (2) Por Ação (1) 24,00 0,17 23,83 Total 707.291.520,00 5.130.974,62 702.160.545,38 (1) Sem levar em conta o exercício da Opção de Ações Suplementares. (2) Sem dedução das despesas da Oferta. A Oferta foi aprovada por decisões da diretoria da BNDESPAR tomadas em 9 de junho de 2009 e em 23 de junho de 2009 e em reunião do Conselho de Administração da EDFI realizada em 12 de junho de 2008. Registro da Oferta na CVM: CVM/SRE/SEC/2009/005, em 14 de julho de 2009. “O registro da presente Oferta não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou em julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre as ações a serem distribuídas.” Este Prospecto Definitivo não deve, em qualquer circunstância, ser considerado uma recomendação de compra das Ações. Ao decidir adquirir as Ações, potenciais investidores deverão realizar sua própria análise e avaliação da situação financeira da Companhia, de suas atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Ações. Os investidores devem ler a seção "Fatores de Risco" nas páginas 44 a 57 deste Prospecto, para ciência de certos fatores de risco que devem ser considerados em relação à aquisição das Ações. Coordenadores da Oferta (Joint Bookrunners) O Itaú BBA é Coordenador Líder e Agente Estabilizador A data deste Prospecto Definitivo é 13 de julho de 2009.

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  • PROSPECTO DEFINITIVO DE DISTRIBUIO PBLICA SECUNDRIA DE AES ORDINRIAS DE EMISSO DA

    Light S.A.

    Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ/MF n 03.378.521/0001-75

    Av. Marechal Floriano, n 168 CEP 20080-002 Rio de Janeiro, RJ

    Cdigo ISIN BRLIGTACNOR2 29.470.480 Aes Ordinrias

    Valor da Distribuio: R$707.291.520,00 Cdigo de negociao na BM&FBOVESPA: LIGT3

    Preo por Ao: R$24,00 A BNDES Participaes S.A. - BNDESPAR (BNDESPAR) e a EDF International (EDFI e, em conjunto com a BNDESPAR, Acionistas Vendedores), acionistas da Light S.A., em conjunto com o Citigroup Global Markets Brasil, Corretora de Cmbio, Ttulos e Valores Mobilirios S.A. (Citi) e o Banco Ita BBA S.A. (Coordenador Lder ou Ita BBA e, em conjunto com o Citi, Coordenadores da Oferta), esto ofertando 29.470.480 aes ordinrias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraadas de quaisquer nus ou gravames de emisso da Companhia e de titularidade dos Acionistas Vendedores (Aes), por meio de uma distribuio secundria a ser realizada no Brasil e com esforos de venda no exterior (Oferta). A Oferta compreender a distribuio pblica secundria de Aes no Brasil, em mercado de balco no organizado, sujeita a registro na Comisso de Valores Mobilirios (CVM), em conformidade com a Instruo CVM n 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (Instruo CVM 400), a ser coordenada pelos Coordenadores da Oferta, com a participao de corretoras consorciadas (Corretoras Consorciadas, em conjunto com os Coordenadores da Oferta, Instituies Participantes da Oferta). Simultaneamente sero realizados esforos de colocao das Aes no exterior, pelo Citigroup Global Markets Inc. (CGMI) e Ita USA Securities, Inc. (Ita Securities e, em conjunto com o CGMI, Agentes de Colocao Internacional), exclusivamente junto a investidores institucionais qualificados, residentes e domiciliados nos Estados Unidos da Amrica, conforme definidos na Regra 144A do Securities Act de 1933, dos Estados Unidos da Amrica, conforme alterada (Securities Act), nos termos de isenes de registro previstas no Securities Act, e, nos demais pases, exceto no Brasil e nos Estados Unidos da Amrica, em conformidade com os procedimentos previstos no Regulamento S do Securities Act, e de acordo com a legislao aplicvel no pas de domiclio de cada investidor estrangeiro, e, em qualquer caso, que invistam no Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento da Resoluo do Conselho Monetrio Nacional n 2.689, de 26 de janeiro de 2000 e alteraes posteriores (Resoluo CMN 2.689) e da Instruo CVM n 325, de 27 de janeiro de 2000 (Instruo CVM 325). Para tanto, os Agentes de Colocao Internacional realizaro os esforos de colocao no exterior, nos termos do Placement Facilitation Agreement (Contrato de Colocao Internacional), celebrado entre os Agentes de Colocao Internacional, a Companhia e os Acionistas Vendedores. A Oferta ser realizada no Brasil, mediante registro junto CVM, em conformidade com os procedimentos previstos na Instruo CVM 400, na Instruo CVM 471 e no Cdigo ANBID de Regulao e Melhores Prticas para Atividades Conveniadas. A Oferta no foi e nem ser registrada na Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da Amrica (SEC) ou em qualquer outra agncia ou rgo regulador do mercado de capitais de qualquer pas, exceto o Brasil. A quantidade total de Aes inicialmente ofertada poder ser acrescida de um lote suplementar de at 2.700.000 Aes de titularidade da BNDESPAR (Aes Suplementares) equivalentes a at 10,1% das Aes inicialmente ofertadas, sem considerar as Aes Adicionais (Aes Suplementares), conforme opo outorgada pela BNDESPAR ao Coordenador Lder (Opo de Aes Suplementares). A Opo de Aes Suplementares poder ser exercida pelo Coordenador Lder, total ou parcialmente, aps consulta ao Citi, a partir da data de assinatura do Contrato de Distribuio, por um perodo de at 30 dias contados, inclusive, da data de publicao do Anncio de Incio de Distribuio Pblica Secundria de Aes Ordinrias de Emisso da Light S.A. (Anncio de Incio), nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente ofertadas, e ser destinada a atender a um eventual excesso de demanda que vier a ser constatado no decorrer da Oferta. A quantidade total de Aes inicialmente ofertada foi acrescida de 2.679.135 Aes de titularidade da BNDESPAR equivalente a 10% das Aes inicialmente ofertadas, mediante a oferta adicional de aes de titularidade da BNDESPAR (Aes Adicionais), nos termos do artigo 14, pargrafo 2, da Instruo CVM 400 (Opo de Aes Adicionais). O preo de venda por Ao objeto da Oferta (Preo por Ao) foi fixado aps a concluso do procedimento de coleta de intenes de investimento junto a Investidores Institucionais, realizado no Brasil, pelos Coordenadores da Oferta, em conformidade com os artigos 23, pargrafo 1, e 44 da Instruo CVM 400, e no exterior, pelos Agentes de Colocao Internacional (Procedimento de Bookbuilding), tendo como parmetro, entre outros, a cotao das Aes na BM&FBOVESPA. O Preo por Ao foi aprovado pela EDFI e pela BNDESPAR em 12 de junho de 2008 e em 13 de julho de 2009, respectivamente.

    Preo (R$) Comisses (R$)(1) Recursos Lquidos (R$)(1) (2) Por Ao(1) 24,00 0,17 23,83 Total 707.291.520,00 5.130.974,62 702.160.545,38 (1) Sem levar em conta o exerccio da Opo de Aes Suplementares. (2) Sem deduo das despesas da Oferta.

    A Oferta foi aprovada por decises da diretoria da BNDESPAR tomadas em 9 de junho de 2009 e em 23 de junho de 2009 e em reunio do Conselho de Administrao da EDFI realizada em 12 de junho de 2008. Registro da Oferta na CVM: CVM/SRE/SEC/2009/005, em 14 de julho de 2009. O registro da presente Oferta no implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informaes prestadas ou em julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre as aes a serem distribudas. Este Prospecto Definitivo no deve, em qualquer circunstncia, ser considerado uma recomendao de compra das Aes. Ao decidir adquirir as Aes, potenciais investidores devero realizar sua prpria anlise e avaliao da situao financeira da Companhia, de suas atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Aes. Os investidores devem ler a seo "Fatores de Risco" nas pginas 44 a 57 deste Prospecto, para cincia de certos fatores de risco que devem ser considerados em relao aquisio das Aes.

    Coordenadores da Oferta (Joint Bookrunners)

    O Ita BBA Coordenador Lder e Agente Estabilizador

    A data deste Prospecto Definitivo 13 de julho de 2009.

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  • NDICE

    PARTE I Introduo

    DEFINIES .................................................................................................................................................................. 11

    CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PROJEES ................................................................................ 23

    APRESENTAO DAS INFORMAES FINANCEIRAS, OPERACIONAIS E ESTIMATIVAS DE MERCADO ..................................................................................................................................................................... 25

    SUMRIO DA OFERTA ............................................................................................................................................... 27

    SUMRIO DA COMPANHIA ...................................................................................................................................... 32

    VISO GERAL .............................................................................................................................................................. 32 PONTOS FORTES .......................................................................................................................................................... 33 ESTRATGIA ................................................................................................................................................................ 34 EVENTOS SOCIETRIOS ............................................................................................................................................... 35

    APRESENTAO DOS COORDENADOORES DA OFERTA ............................................................................... 37

    ITA BBA COORDENADOR LDER ........................................................................................................................... 37 Histrico do Ita BBA .............................................................................................................................................. 37 Atividade de Investment Banking do Ita BBA .................................................................................................... 37

    CITI .............................................................................................................................................................................. 38

    INFORMAES CADASTRAIS DA COMPANHIA ................................................................................................ 39

    IDENTIFICAO DA COMPANHIA, ACIONISTAS VENDEDORES, ADMINISTRADORES, COORDENADORES DA OFERTA, CONSULTORES LEGAIS E AUDITORES INDEPENDENTES .............. 40

    FATORES DE RISCO .................................................................................................................................................... 44

    RISCOS RELACIONADOS S OPERAES DA COMPANHIA E AO SETOR ELTRICO BRASILEIRO ................................ 44 RISCOS RELACIONADOS AO BRASIL ............................................................................................................................ 53 RISCOS RELACIONADOS OFERTA E S AES ......................................................................................................... 56

    INFORMAES SOBRE A OFERTA ........................................................................................................................ 58

    COMPOSIO DO CAPITAL SOCIAL DA COMPANHIA ................................................................................................. 58 AES EM CIRCULAO (FREE FLOAT) .................................................................................................................... 58 DESCRIO DA OFERTA .............................................................................................................................................. 58 QUANTIDADE, VALOR, CLASSE E ESPCIE DAS AES OBJETO DA OFERTA ........................................................... 59 DIREITOS, VANTAGENS E RESTRIES DAS AES OBJETO DA OFERTA ................................................................. 59 COTAO E ADMISSO NEGOCIAO DAS AES NA BM&FBOVESPA ............................................................ 59 PBLICO ALVO DA OFERTA ........................................................................................................................................ 60 PREO POR AO ........................................................................................................................................................ 60 PROCEDIMENTO DA DISTRIBUIO NA OFERTA ........................................................................................................ 61

    Oferta de Varejo ....................................................................................................................................................... 61 Oferta Institucional .................................................................................................................................................. 64

    PRAZO DE COLOCAO E AQUISIO ........................................................................................................................ 64 APROVAES SOCIETRIAS ........................................................................................................................................ 64 CRONOGRAMA DA OFERTA ......................................................................................................................................... 65 CONTRATOS DE DISTRIBUIO E DE COLOCAO INTERNACIONAL ........................................................................ 65

    Regime de Distribuio ............................................................................................................................................ 66

    3

  • Custos de Distribuio ............................................................................................................................................. 66

    RESTRIES NEGOCIAO ...................................................................................................................................... 66 ESTABILIZAO DO PREO DAS AES ..................................................................................................................... 67 ALTERAO DAS CIRCUNSTNCIAS, REVOGAO OU MODIFICAO DA OFERTA ................................................. 67 SUSPENSO E CANCELAMENTO DE OFERTA PBLICA ............................................................................................... 67 INADEQUAO DA OFERTA ......................................................................................................................................... 68 ACIONISTAS VENDEDORES E MOTIVAO DA OFERTA ............................................................................................. 68 RELACIONAMENTO ENTRE A COMPANHIA, OS ACIONISTAS VENDEDORES E OS COORDENADORES DA OFERTA .... 68

    Relacionamento entre a Companhia, os Acionistas Vendedores e o Coordenador Lder .................................. 68 INFORMAES ADICIONAIS ........................................................................................................................................ 70

    OPERAES VINCULADAS OFERTA ................................................................................................................. 71

    DECLARAO DOS ACIONISTAS VENDEDORES ............................................................................................... 72

    DECLARAO DA BNDESPAR ................................................................................................................................... 72 DECLARAO DA EDFI ............................................................................................................................................... 72

    DECLARAO DA COMPANHIA ............................................................................................................................. 74

    DECLARAO DO COORDENADOR LDER ........................................................................................................ 75

    DESTINAO DE RECURSOS ................................................................................................................................... 76

    CAPITALIZAO ......................................................................................................................................................... 77

    DILUIO ...................................................................................................................................................................... 78

    INFORMAES FINANCEIRAS SELECIONADAS ............................................................................................... 79

    BALANO PATRIMONIAL CONSOLIDADO ................................................................................................................... 79 DEMONSTRAO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS .................................................................................................. 82 OUTROS INDICADORES FINANCEIROS ......................................................................................................................... 84

    DISCUSSO E ANLISE DA ADMINISTRAO SOBRE AS DEMONSTRAES FINANCEIRAS E OS RESULTADOS OPERACIONAIS ................................................................................................................................ 85

    VISO GERAL .............................................................................................................................................................. 86 SEGMENTOS DE OPERAES ....................................................................................................................................... 86 ASPECTOS REGULATRIOS ......................................................................................................................................... 87

    Reajuste Anual e IRT ............................................................................................................................................... 87 Reviso Tarifria Peridica ..................................................................................................................................... 88 Reviso Tarifria Extraordinria ........................................................................................................................... 88

    FATORES QUE AFETAM OS RESULTADOS DA COMPANHIA ........................................................................................ 89 Fornecimento de energia eltrica ............................................................................................................................ 89 Compra de Energia .................................................................................................................................................. 89 Migrao de Consumidores Livres ......................................................................................................................... 91 Inadimplncia ........................................................................................................................................................... 91 Perdas de Energia ..................................................................................................................................................... 91 Conjuntura Macroeconmica Brasileira ................................................................................................................ 92

    FATORES QUE AFETAM A COMPARAO DOS RESULTADOS DA COMPANHIA NOS PERODOS EM ANLISE ........... 93 Crditos Fiscais Diferidos ........................................................................................................................................ 93 Reverso de Provises de PIS/ COFINS ................................................................................................................. 93 Resultado na Venda de Ativos No Operacionais ................................................................................................. 94

    4

  • Provises .................................................................................................................................................................... 94 Polticas e Estimativas Contbeis de Maior Relevncia ........................................................................................ 95 Alterao da Legislao Societria Brasileira ....................................................................................................... 95 Perdas por Queda no Valor de Recuperao, Depreciao e Amortizao dos Ativos Imobilizado e Diferido ...................................................................................................................................................................... 97 Proviso para contingncias .................................................................................................................................... 97 Ativos e Passivos Fiscais Diferidos .......................................................................................................................... 97 Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa - PDD ....................................................................................... 97 Instrumentos Derivativos ......................................................................................................................................... 98 Pagamento baseado em aes .................................................................................................................................. 98

    ANLISE DA DEMONSTRAO DO RESULTADO PARA O PERODO DE TRS MESES ENCERRADO EM 31 DE MARO DE 2009, COMPARADO AO PERODO DE TRS MESES ENCERRADO EM 31 DE MARO DE 2008 .................................. 98

    Receita Operacional ................................................................................................................................................. 98 Dedues da Receita Operacional ........................................................................................................................... 99 Receita Operacional Lquida ................................................................................................................................... 99 Custo do Servio de Energia Eltrica ..................................................................................................................... 99 Custo da Operao ................................................................................................................................................... 99 Lucro Operacional Bruto ...................................................................................................................................... 100 Despesas Operacionais ........................................................................................................................................... 100 Receita (Despesa) Financeira................................................................................................................................. 100 Outras Receitas (Despesas) Operacionais ............................................................................................................ 100 Resultado Operacional ........................................................................................................................................... 100 Resultado Antes dos Tributos e Participao Minoritria ................................................................................. 101 Imposto de Renda e Contribuio Social ............................................................................................................. 101 Lucro do Perodo .................................................................................................................................................... 101

    ANLISE DA DEMONSTRAO DO RESULTADO PARA O EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 COMPARADO AO EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 .................................. 101

    Receita Operacional ............................................................................................................................................... 101 Dedues da Receita Operacional ......................................................................................................................... 102 Receita Operacional Lquida ................................................................................................................................. 102 Custo do Servio de Energia Eltrica ................................................................................................................... 102 Custo de Operao ................................................................................................................................................. 102 Lucro Operacional Bruto ...................................................................................................................................... 103 Despesas Operacionais ........................................................................................................................................... 103 Receita (Despesa) Financeira................................................................................................................................. 103 Outras Receitas (Despesas) Operacionais ............................................................................................................ 104 Resultado Operacional ........................................................................................................................................... 104 Resultado Antes dos Tributos e Participao Minoritria ................................................................................. 104 Imposto de Renda e Contribuio Social ............................................................................................................. 104 Lucro do Perodo .................................................................................................................................................... 104

    ANLISE DA DEMONSTRAO DO RESULTADO PARA O EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 COMPARADO AO EXERCCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 .................................. 104

    Receita Operacional ............................................................................................................................................... 104 Dedues da Receita Operacional ......................................................................................................................... 105 Receita Operacional Lquida ................................................................................................................................. 105

    5

  • Custo do Servio de Energia Eltrica ................................................................................................................... 105 Custo de Operao ................................................................................................................................................. 105 Lucro Operacional Bruto ...................................................................................................................................... 106 Despesas Operacionais ........................................................................................................................................... 106 Receita (Despesa) Financeira................................................................................................................................. 106 Resultado Operacional ........................................................................................................................................... 107 Resultado No Operacional ................................................................................................................................... 107 Resultado Antes dos Tributos e Participao Minoritria ................................................................................. 107 Imposto de Renda e Contribuio Social ............................................................................................................. 107 Lucro (Prejuzo) do Exerccio ............................................................................................................................... 107

    ANLISE DAS PRINCIPAIS CONTAS PATRIMONIAIS .................................................................................................. 107 Anlise do Balano Patrimonial em 31 de maro de 2009 comparado 31 de dezembro de 2008 ..................... 107 Anlise do Balano Patrimonial em 31 de dezembro de 2008 comparado com 31 de dezembro de 2007 ....... 108 Anlise do Balano Patrimonial em 31 de dezembro de 2007 comparado com 31 de dezembro de 2006 ....... 110

    LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL ......................................................................................................................... 111 Fluxo de Caixa ........................................................................................................................................................ 111 Dvidas ..................................................................................................................................................................... 113 Financiamentos Relevantes ................................................................................................................................... 113

    CAPACIDADE DE PAGAMENTO .................................................................................................................................. 114 INVESTIMENTOS ......................................................................................................................................................... 115 OBRIGAES CONTRATUAIS ..................................................................................................................................... 116 OPERAES NO REGISTRADAS NAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS ................................................................. 116 SAZONALIDADE .......................................................................................................................................................... 116 INFORMAES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE OS RISCOS DE MERCADO ............................................. 116

    VISO GERAL DO SETOR DE ENERGIA ELTRICA ........................................................................................ 118

    MATRIZ ENERGTICA BRASILEIRA ........................................................................................................................... 118 BALANO OFERTA X DEMANDA ................................................................................................................................. 120 ASPECTOS REGULATRIOS ........................................................................................................................................ 121 SEGMENTO DE GERAO DE ENERGIA ELTRICA .................................................................................................... 132 SEGMENTO DE DISTRIBUIO DE ENERGIA ELTRICA NO BRASIL .......................................................................... 137 CONSUMO DE ENERGIA ELTRICA ............................................................................................................................ 138 SEGMENTO DE COMERCIALIZAO DE ENERGIA ELTRICA NO BRASIL ................................................................. 140 CONSUMIDOR LIVRE ................................................................................................................................................. 141 SEGMENTO DE TRANSMISSO DE ENERGIA ELTRICA NO BRASIL ........................................................................... 141 TARIFAS E ENCARGOS DE USO DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIO E TRANSMISSO .................................................. 142

    ATIVIDADES DA COMPANHIA .............................................................................................................................. 143

    VISO GERAL ............................................................................................................................................................ 143 PONTOS FORTES ........................................................................................................................................................ 145 ESTRATGIA .............................................................................................................................................................. 147 HISTRICO ................................................................................................................................................................. 148 PRINCIPAIS ATIVIDADES ............................................................................................................................................ 149 DISTRIBUIO ........................................................................................................................................................... 149 GERAO ................................................................................................................................................................... 158

    6

  • COMERCIALIZAO .................................................................................................................................................. 160 POLTICA COMERCIAL E RESULTADOS ..................................................................................................................... 160 PRESTAO DE SERVIOS ......................................................................................................................................... 161 CONCORRNCIA ........................................................................................................................................................ 161 PROGRAMA DE INVESTIMENTOS ............................................................................................................................... 162 INVESTIMENTOS E DESINVESTIMENTOS RECENTES RELEVANTES ............................................................................ 163 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS OU SERVIOS .................................................................... 163 RELACIONAMENTO COM CLIENTES .......................................................................................................................... 164 PRMIOS .................................................................................................................................................................... 166 SEGUROS .................................................................................................................................................................... 167 PROPRIEDADE INTELECTUAL .................................................................................................................................... 168 ASPECTOS AMBIENTAIS ............................................................................................................................................. 169 EMPREGADOS E POLTICAS DE RECURSOS HUMANOS ............................................................................................... 170 CONTRATOS RELEVANTES ......................................................................................................................................... 172 BENS MVEIS E IMVEIS ........................................................................................................................................... 174 PROCESSOS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS ............................................................................................................. 177 OFERTA PBLICA DE AES ..................................................................................................................................... 194 PARCERIAS E CONVNIOS .......................................................................................................................................... 194

    ADMINISTRAO ...................................................................................................................................................... 195

    CONSELHO DE ADMINISTRAO ............................................................................................................................... 195 DIRETORIA ................................................................................................................................................................. 199 CONSELHO FISCAL .................................................................................................................................................... 203 REMUNERAO ......................................................................................................................................................... 205 RELAO ENTRE OS ADMINISTRADORES E A COMPANHIA ....................................................................................... 206 AES DETIDAS PELOS ADMINISTRADORES DA COMPANHIA ................................................................................... 207 PLANO DE OPO DE COMPRA DE AES ................................................................................................................. 207 ENDEREO COMERCIAL DOS CONSELHEIROS E DIRETORES ................................................................................... 208

    PRINCIPAIS ACIONISTAS E ACIONISTAS VENDEDORES .............................................................................. 209

    ACIONISTAS VENDEDORES ........................................................................................................................................ 214 ACORDO DE ACIONISTAS ........................................................................................................................................... 214 ALTERAES RELEVANTES NA PARTICIPAO DOS MEMBROS DO GRUPO DE CONTROLE NOS LTIMOS TRS EXERCCIOS SOCIAIS .................................................................................................................................................. 215

    OPERAES COM PARTES RELACIONADAS ................................................................................................... 216

    DESCRIO DO CAPITAL SOCIAL ....................................................................................................................... 220

    GERAL ........................................................................................................................................................................ 220 CAPITAL SOCIAL ....................................................................................................................................................... 220 DIREITOS DAS AES ................................................................................................................................................ 222 ASSEMBLEIAS GERAIS ............................................................................................................................................... 222 CONSELHO FISCAL .................................................................................................................................................... 225 COMITS .................................................................................................................................................................... 225 ALOCAO DO LUCRO LQUIDO E DISTRIBUIO DE DIVIDENDOS ........................................................................ 225 DIREITO DE RECESSO E RESGATE ............................................................................................................................ 230 REGISTRO DAS AES ............................................................................................................................................... 231

    7

  • DIREITO DE PREFERNCIA ........................................................................................................................................ 231 RESTRIES A ATIVIDADES ESTRANHAS AOS INTERESSES SOCIAIS ....................................................................... 231 RESTRIES REALIZAO DE DETERMINADAS OPERAES POR ACIONISTAS CONTROLADORES, CONSELHEIROS E DIRETORES ................................................................................................................................... 231 RESTRIES A OPERAES COM PARTES RELACIONADAS ..................................................................................... 232 CONTRATOS COM O MESMO GRUPO ......................................................................................................................... 232 REALIZAO, PELA COMPANHIA, DE OPERAES DE COMPRA DE AES DE EMISSO PRPRIA ....................... 232 DIVULGAO DE NEGOCIAES COM AES REALIZADAS POR ACIONISTA CONTROLADOR, CONSELHEIRO, DIRETOR OU MEMBRO DO CONSELHO FISCAL ........................................................................................................ 233 ARBITRAGEM ............................................................................................................................................................. 233 CANCELAMENTO DE REGISTRO DE COMPANHIA ABERTA ....................................................................................... 234 SADA DO NOVO MERCADO ....................................................................................................................................... 234 MECANISMOS DE PROTEO DISPERSO ACIONRIA .......................................................................................... 235 ALIENAO DE CONTROLE ....................................................................................................................................... 235 OFERTAS PBLICAS DE AQUISIO DE AES ........................................................................................................ 235 REQUISITOS PARA DIVULGAO .............................................................................................................................. 235 DIVULGAO DE INFORMAES EVENTUAIS E PERIDICAS ................................................................................... 235

    INFORMAES SOBRE VALORES MOBILIRIOS EMITIDOS E O MERCADO DE NEGOCIAO .... 239

    PRTICAS DE GOVERNANA CORPORATIVA ................................................................................................. 244

    ADESO AO NOVO MERCADO ................................................................................................................................... 244 MANUAL DE GOVERNANA CORPORATIVA .............................................................................................................. 244 IBGC.......................................................................................................................................................................... 244 CDIGO DE TICA ..................................................................................................................................................... 245 MISSO DA LIGHT ..................................................................................................................................................... 245

    POLTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, PATROCNIO E INCENTIVO CULTURAL ................... 246

    NDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL ISE .............................................................................................. 246 PACTO GLOBAL ......................................................................................................................................................... 246 POLTICAS ADOTADAS PELA COMPANHIA ................................................................................................................ 246 POLTICA AMBIENTAL DA COMPANHIA.................................................................................................................... 247 PATROCNIOS CONCEDIDOS PELA COMPANHIA ........................................................................................................ 247

    PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS DESENVOLVIDOS PELA COMPANHIA VOLTADOS PARA AS COMUNIDADES .......................................................................................................................................................... 248

    CENTRO CULTURAL LIGHT ....................................................................................................................................... 249 INSTITUTO LIGHT PARA O DESENVOLVIMENTO URBANO E SOCIAL ....................................................................... 250

    8

  • PARTE III Demonstraes financeiras Demonstraes financeiras da Light S.A. relativas ao exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2006 e de 2007 respectivos pareceres dos Auditores Independentes e relatrio da Administrao ................................................ 251

    Demonstraes financeiras da Light S.A. relativas ao exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2008 e respectivo parecer dos Auditores Independentes e relatrio da Administrao .............................................................. 345

    Informaes Trimestrais da Light S.A. relativas ao primeiro trimestre de 2008 e de 2009 e relatrio de reviso especial ............................................................................................................................................................................ 463 PARTE IV Anexos Anexo A. Estatuto Social consolidado da Light S.A. ..................................................................................................... 583

    Anexo B. Declarao dos Acionistas Vendedores nos termos do artigo 56 da Instruo CVM 400 .............................. 595

    Anexo C. Declarao do Coordenador Lder nos termos do artigo 56 da Instruo CVM 400 ...................................... 603

    Anexo D. Declarao da Companhia nos termos do artigo 56 da Instruo CVM 400 .................................................. 607

    Anexo E. Cpia dos atos societrios da BNDESPAR e da autorizao da EDFI que aprovaram a realizao da Oferta ........... 611

    Anexo F. Copia dos atos societrios da BNDESPAR e da EDFI que aprovaram o Preo por Ao .............................. 623

    Anexo G. Informaes Anuais IAN da Companhia referente ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2008 .......... 631

    9

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    10

  • DEFINIES

    Para fins do presente Prospecto, os termos indicados abaixo tero o significado a eles atribudo a seguir, salvo no caso de referncia diversa neste Prospecto.

    Acessante A concessionria ou permissionria de distribuio, concessionria ou autorizada de gerao, autorizada de importao e/ou exportao de energia eltrica, bem como Consumidor Livre que acessa a rede bsica do SIN nos termos da Resoluo Normativa ANEEL n 67/2004.

    Acionistas Controladores

    RME Rio Minas Energia Participaes S.A. e Lidil Comercial Ltda.

    Acionistas Vendedores

    BNDESPAR e EDFI.

    ACL Ambiente de Contratao Livre. No ACL so efetuadas operaes de compra e venda de energia eltrica a preos livremente negociados entre Geradoras, Consumidores Livres e empresas comercializadoras de energia eltrica.

    Aes 29.470.480 aes ordinrias de emisso da Companhia, objeto desta Oferta, todas nominativas, escriturais, sem valor nominal e de titularidade dos Acionistas Vendedores, livres e desembaraadas de quaisquer nus ou gravames.

    ACR Ambiente de Contratao Regulado. No ACR so efetuadas operaes de compra e venda de energia eltrica a preos obtidos por meio de leiles pblicos para atendimento ao mercado de Consumidores Cativos das Distribuidoras.

    AG Concesses Andrade Gutierrez Concesses S.A.

    Agente Estabilizador

    Banco Ita BBA S.A.

    Agentes de Colocao Internacional

    Itau Securities e CGMI.

    ANBID Associao Nacional dos Bancos de Investimento.

    ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica.

    Anncio de Encerramento

    Anncio de Encerramento da Oferta.

    Anncio de Incio Anncio de Incio da Oferta.

    APIMEC Associao dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais.

    Auditores Independentes

    Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes foi responsvel pela auditoria das demonstraes financeiras da Companhia referentes aos exerccios sociais de 2006 e 2007; e KPMG Auditores Independentes foi responsvel pela auditoria das demonstraes financeiras da Companhia referentes ao exerccio social de 2008 e pela reviso das informaes financeiras do 1 trimestre do exerccio social de 2008 e 2009.

    Banco Central ou Bacen

    Banco Central do Brasil.

    11

  • Banco Escriturador Banco Bradesco S.A., responsvel pela escriturao das aes da Companhia.

    Biomassa Fontes orgnicas que so utilizadas para produzir energia a ser convertida em eletricidade, combustvel ou calor. Essa energia resulta do processo de fotossntese realizado pelas plantas, que capturam a energia do sol e a transformam em energia qumica. So exemplos de Biomassa utilizada na gerao de eletricidade: bagao de cana de acar, casca de arroz, resduos de madeira, etc.

    BM&FBOVESPA BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias, e Futuros.

    BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES.

    BNDESPAR BNDES Participaes S.A. BNDESPAR.

    BR GAAP Prticas contbeis adotadas no Brasil, as quais so baseadas na Lei das Sociedades por Aes, nas normas e pronunciamentos emitidos pelo IBRACON e pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis, nas normas e instrues emitidas pela CVM e pelo Conselho Federal de Contabilidade e nas normas aplicveis s concessionrias de servio pblico de energia eltrica, definidas pela ANEEL, vigentes poca de cada demonstrao financeira. Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei n 11.638/07, em vigncia a partir de 1 de janeiro de 2008. Essa lei alterou, revogou e introduziu novos dispositivos Lei das Sociedades por Aes, provocando mudanas nas prticas contbeis adotadas no Brasil.

    Brasil ou Pas Repblica Federativa do Brasil.

    Braslight Fundao de Seguridade Social Braslight.

    Cmara de Arbitragem

    Cmara de Arbitragem do Mercado, instituda pela BM&FBOVESPA.

    Capacidade Instalada

    Quantidade mxima de eletricidade que pode ser entregue por uma unidade geradora, por uma usina hidreltrica ou por um parque gerador, em particular em bases de carga total contnua nos termos e condies especficas, conforme designado pelo produtor.

    Carga Fio Toda a energia que circula pelo sistema de transmisso e distribuio da Light SESA.

    CBLC Cmara de Compensao, Liquidao, Gerenciamento de Riscos de Operaes do Segmento Bovespa, administrada pela BM&FBOVESPA.

    CCC Conta de Consumo de Combustveis Fsseis.

    CCD Contratos de Conexo ao Sistema de Distribuio.

    CCEAR Contrato de Comercializao de Energia no Ambiente Regulado.

    CCEE Cmara de Comercializao de Energia Eltrica, pessoa jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, fiscalizada pela ANEEL, cuja principal funo viabilizar a comercializao de energia eltrica no SIN, sendo responsvel por registrar os CCEARs, os contratos resultantes de ajustes de mercado e o volume de energia contratado no ACL, bem como pela contabilizao e liquidao das transaes de curto prazo no mbito do SIN e das diferenas referentes aos Contratos Bilaterais registrados.

    CDE Conta de Desenvolvimento Energtico, instituda pela Lei n 10.438, de 26 de abril de 2002, como sucessora da CCC no que se refere subveno dos custos de combustveis s usinas de gerao termoeltrica que utilizam carvo mineral nacional. Foi criada para apoiar o desenvolvimento da produo de energia por meio de fontes alternativas de energia e a universalizao dos servios de energia em todo o Pas.

    CDI Certificado de Depsito Interbancrio.

    12

  • CEDAE Companhia Estadual de guas e Esgotos.

    CELPE Companhia Energtica de Pernambuco.

    CEMAR Companhia Energtica do Maranho.

    CEMIG Companhia Energtica de Minas Gerais.

    CEMIG GT Cemig Gerao e Transmisso S.A.

    CETIP CETIP S.A. Balco Organizado de Ativos e Derivativos.

    CFURH Compensao Financeira pela Utilizao de Recursos Hdricos.

    CGMI Citigroup Global Markets Inc.

    CHESF Companhia Hidreltrica do So Francisco.

    Citi Citigroup Global Markets Brasil, Corretora de Cmbio, Ttulos e Valores Mobilirios S.A.

    CMN Conselho Monetrio Nacional.

    CNPE Conselho Nacional de Poltica Energtica.

    Cdigo ANBID de Regulao e Melhores Prticas para Atividades Conveniadas

    Cdigo ANBID de Regulao e Melhores Prticas para as Atividades Conveniadas, que estabelece normas relativas atuao da ANBID e instituies que dela participam para aplicao do convnio celebrado com a CVM nos termos da Instruo CVM 471.

    Cdigo Civil Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

    COFINS Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social.

    Companhia Light S.A. e suas Subsidirias, exceto quando o contexto requerer outra definio.

    Constituio Federal

    Constituio Federal da Repblica Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988.

    Consumidores Cativos

    Consumidores que no podem negociar livremente a aquisio de energia eltrica e que so atendidos pelas respectivas Distribuidoras locais, s quais esto diretamente conectados.

    Consumidores Livres

    Consumidores que podem negociar a aquisio de energia eltrica livremente com quaisquer fornecedores de energia que atuam no mercado, por meio da celebrao de Contratos Bilaterais no ACL. De acordo com a legislao vigente, so considerados Consumidores Livres (a) aqueles em cuja Unidade Consumidora a demanda contratada mnima seja de 3 MW, atendidos em tenso igual ou superior a 69 kV; e (b) os que tenham uma demanda contratada mnima de 3 MW em qualquer segmento horossazonal, atendidos em qualquer tenso, porm, que tenham sido ligados aps 7 de julho de 1995.

    Consumidores Potencialmente Livres

    Consumidores que a despeito de cumprirem as condies previstas para se tornarem livres, no exercem a opo e so atendidos de forma regular.

    Contrato de Colocao Internacional

    Placement Facilitation Agreement, contrato celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores e os Agentes de Colocao Internacional, relativo aos esforos de venda das Aes no exterior.

    13

  • Contrato de Concesso

    Contrato de Concesso para Gerao, Transmisso e Distribuio de Energia n 001/96, celebrado entre a Light SESA e a Unio, em 4 de junho de 1996, e suas alteraes posteriores.

    Contrato de Distribuio

    Contrato de Coordenao, Garantia Firme de Liquidao, Aquisio e Colocao de Aes Ordinrias de Emisso da Light S.A., celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores, os Coordenadores da Oferta e a BM&FBOVESPA.

    Contrato de Estabilizao

    Instrumento Particular de Contrato de Prestao de Servios de Estabilizao de Preo de Aes Ordinrias de Emisso da Light S.A., celebrado entre a BNDESPAR, a EDFI, o Coordenador Lder e Ita Corretora de Valores S.A.

    Contratos Bilaterais Contratos de compra e venda de energia livremente negociados entre Geradoras e Distribuidoras a partir de 2003, quando as entregas de energia contratadas por meio de Contratos Iniciais comearam a ser reduzidas em 25%, de acordo com a Lei do Setor Eltrico.

    Contratos Iniciais Contratos de fornecimento de energia eltrica com preos e quantidades aprovados pela ANEEL, celebrados entre as Geradoras e Distribuidoras nos termos da Lei do Setor Eltrico.

    Coordenador Lder ou Ita BBA

    Banco Ita BBA S.A.

    Coordenadores da Oferta

    Ita BBA e Citi.

    COPOM Comit de Poltica Monetria.

    Corretoras Consorciadas

    Sociedades corretoras, subcontratadas pelos Coordenadores da Oferta, que faro parte exclusivamente do esforo de colocao de Aes aos Investidores No Institucionais.

    CSLL Contribuio Social Sobre o Lucro Lquido.

    CSN Companhia Siderrgica Nacional.

    CUSD Contratos de Uso do Sistema de Distribuio.

    CVA Conta de Compensao de Variao de Valores de Itens da Parcela A da TUSD.

    CVM Comisso de Valores Mobilirios.

    DEC Durao Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora.

    Deliberao CVM 371/00

    Deliberao CVM n 371, de 13 de dezembro de 2000, que aprova o pronunciamento do IBRACON sobre a contabilizao de benefcios a empregados.

    Dia til Todos os dias exceto sbados, domingos e dias em que no houver expediente bancrio nas cidades de So Paulo ou do Rio de Janeiro.

    Distribuidoras Concessionrias de servios pblicos de distribuio de energia eltrica que atuam no mercado brasileiro de energia eltrica.

    DNAEE Departamento Nacional de guas e Energia Eltrica.

    Dlar, USD ou US$ A moeda corrente nos Estados Unidos da Amrica.

    14

  • EBITDA Lucro lquido antes do resultado financeiro lquido, resultado de equivalncia patrimonial,

    imposto de renda e contribuio social corrente e diferido, depreciao e amortizao, (ganhos)/perdas na alienao de ativos e outros e participao dos empregados. O EBITDA no uma medida de desempenho financeiro elaborada de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil, com os US GAAP ou com as IFRS, tampouco deve ser considerado como uma alternativa aos fluxos de caixa para os perodos apresentados, no deve ser considerado como base para distribuio de dividendos ou alternativa para o lucro lquido como indicador do desempenho operacional ou, ainda, como indicador de liquidez.

    EDFI EDF International.

    Eletrobrs Centrais Eltricas Brasileiras S.A.

    ELETROPAULO Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A.

    Eletrosul Eletrosul Centrais Eltricas S.A.

    Empregados

    Pessoas fsicas que figuravam no quadro de empregados da Companhia no incio do Perodo de Reserva e que mantinham com ela vnculo empregatcio, nos termos da legislao trabalhista vigente, que decidiram participar da Oferta de Varejo.

    Energia Assegurada Quantidade de energia eltrica de uma usina estabelecida pelo Poder Concedente no respectivo contrato de concesso, que dever ser disponibilizada para venda.

    EPE Empresa de Pesquisa Energtica.

    Equatorial Energia Equatorial Energia S.A.

    ESS Encargos de Servio e Sistema.

    EUA ou Estados Unidos

    Estados Unidos da Amrica.

    FEC Frequncia Equivalente de Interrupo por Unidade Consumidora.

    FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Servio.

    FGV Fundao Getlio Vargas.

    FINEM Programa do BNDES para financiamento de projetos de investimentos visando implantao, expanso da capacidade produtiva e modernizao de empresas, includa a aquisio de mquinas e equipamentos novos, de fabricao nacional, credenciados pelo BNDES, bem como a importao de maquinrios novos, sem similar nacional e capital de giro associado, operados diretamente com o BNDES ou atravs das instituies financeiras credenciadas.

    Furnas Furnas Centrais Eltricas S.A.

    Geradoras Companhias concessionrias ou autorizadas a prestar servios pblicos de gerao de energia eltrica.

    Governo Federal Governo da Repblica Federativa do Brasil.

    Grandes Clientes Clientes ligados s redes dos Segmentos de Mdia Tenso e Alta Tenso.

    15

  • Grupo de Acionistas

    Conjunto de dois ou mais acionistas de uma sociedade: (i) que sejam partes de acordo de voto; (ii) se um for, direta ou indiretamente, acionista controlador ou sociedade controladora do outro, ou dos demais; (iii) que sejam sociedades direta ou indiretamente controladas pela mesma pessoa, ou conjunto de pessoas, acionistas ou no; ou (iv) que sejam sociedades, associaes, fundaes, cooperativas e trusts, fundos ou carteiras de investimentos, universalidades de direitos ou quaisquer outras formas de organizao ou empreendimento com os mesmos administradores ou gestores, ou, ainda, cujos administradores ou gestores sejam sociedades direta ou indiretamente controladas pela mesma pessoa, ou conjunto de pessoas, acionistas ou no. No caso de fundos de investimentos com administrador comum, somente sero considerados como um Grupo de Acionistas aqueles cuja poltica de investimentos e de exerccio de votos em assembleias gerais, nos termos dos respectivos regulamentos, for de responsabilidade do administrador, em carter discricionrio.

    Grupo Econmico As seguintes sociedades em conjunto: RME, Light S.A., Light SESA, Light Energia, Light ESCO, Light Hidro, Lightger, Itaocara, HIE, Instituto Light, LIR e LOI.

    GWh Gigawatt hora. Unidade equivalente a 1 gigawatt de energia eltrica fornecida ou solicitada por 1 hora ou 1 bilho de watts hora.

    HIE HIE Brasil Rio Sul Ltda.

    IBGC Instituto Brasileiro de Governana Corporativa.

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.

    IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

    ICMS Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao.

    IFC International Finance Corporation.

    IFRS International Financial Reporting Standards ou Normas Internacionais de Contabilidade.

    IGP-M ndice Geral de Preos do Mercado, divulgado pela FGV.

    INPC ndice Nacional de Preos ao Consumidor, ndice de inflao mdio e divulgado pelo IBGE.

    INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

    INSS Instituto Nacional da Seguridade Social.

    Instituies Participantes da Oferta

    Coordenadores da Oferta e Corretoras Consorciadas, em conjunto.

    Instituto Light Instituto Light para o Desenvolvimento Urbano e Social.

    Instruo CVM 247 Instruo CVM n 247, de 27 de maro de 1996.

    Instruo CVM 325 Instruo CVM n 325, de 27 de janeiro de 2000.

    Instruo CVM 358 Instruo CVM n 358, de 3 de janeiro de 2002.

    Instruo CVM 371 Instruo CVM n 371, de 27 de junho de 2002.

    Instruo CVM 400 Instruo CVM n 400, de 29 de dezembro de 2003.

    Instruo CVM 471 Instruo CVM n 471, de 8 de agosto de 2008.

    16

  • Investidor Estrangeiro

    Qualquer investidor institucional qualificado, residente e domiciliado nos Estados Unidos da Amrica, conforme definidos na Regra 144A, nos termos de isenes de registro previstas no Securities Act, e, nos demais pases, exceto no Brasil e nos Estados Unidos da Amrica, em conformidade com os procedimentos previstos no Regulamento S do Securities Act, e de acordo com a legislao aplicvel no pas de domiclio de cada investidor estrangeiro.

    Investidor Institucional

    Qualquer investidor pessoa fsica, jurdica e clubes de investimento cujos valores de investimento excedam o limite de R$300.000,00, fundos de investimento, carteiras administradas, fundos de penso, entidades administradoras de recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, condomnios destinados aplicao em carteira de ttulos e valores mobilirios registrados na CVM e/ou na BM&FBOVESPA, seguradoras, entidades de previdncia complementar e de capitalizao e Investidores Estrangeiros que invistam no Brasil, em conformidade com os mecanismos de investimento da Resoluo CMN 2689 e da Instruo CVM 325.

    Investidor No Institucional

    Qualquer investidor pessoa fsica e jurdica e clubes de investimento registrados na BM&FBOVESPA, nos termos da regulamentao em vigor, residentes e domiciliados no Brasil, que no sejam considerados Investidores Institucionais, que decidiram participar da Oferta de Varejo, por meio da efetivao de Pedidos de Reserva durante o Perodo de Reserva observado o valor mnimo de investimento de R$1.000,00 e o valor mximo de investimento de R$300.000,00 por Investidor No Institucional.

    INVESTLIGHT Clube de Investimento dos Empregados da Companhia.

    IPC ndice de Preos ao Consumidor.

    IPCA ndice de Preos ao Consumidor Amplo.

    IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano.

    IR Fonte Imposto de Renda Retido na Fonte.

    IRPJ Imposto de Renda - Pessoa Jurdica.

    ISS Imposto sobre Servios.

    Itaipu Itaipu Binacional.

    Itaocara Itaocara Energia Ltda.

    Ita Securities Ita USA Securities, Inc.

    ITR Imposto Territorial Rural.

    JLA JLA Participaes Ltda.

    JUCERJA Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro.

    KV Kilovolt. Unidade equivalente a 1 mil volts.

    KW Kilowatt. Unidade equivalente a 1 mil watts.

    kWh Kilowatt hora. Unidade equivalente a 1 kilowatt de energia eltrica fornecida ou solicitada por hora ou 1 mil watts hora.

    Lei das Sociedades por Aes

    Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

    Lei de Concesses Lei n 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

    17

  • Lei do Mercado de Valores Mobilirios

    Lei n 6.385, de 7 de dezembro de 1976.

    Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico

    Lei n 10.848, de 15 de maro de 2004, regulamentada pelo Decreto n 5.163, de 30 de julho de 2004, pelo Decreto n 5.175, de 9 de agosto de 2004, e pelo Decreto n 5.184, de 16 de agosto de 2004.

    Lei do Setor Eltrico

    Lei n 9.648, de 27 de maio de 1998.

    Lei n 9.074/95 Lei n 9.074, de 7 de julho de 1995.

    Lei n 11.638/07 Lei n 11.638, de 28 de dezembro de 2007.

    Lei n 11.941/09 Lei n 11.941, de 27 de maio de 2009, resultante da converso da Medida Provisria n 449/08.

    Lidil Lidil Comercial Ltda.

    Light Energia Light Energia S.A.

    Light ESCO Light Esco Prestao de Servios Ltda.

    Light Hidro Light Hidro Ltda.

    Light SESA Light Servios de Eletricidade S.A.

    Lightger Ligthger Ltda.

    LIR LIR Energy Ltd.

    LOI Light Overseas Investments Limited.

    Luce Brasil FIP Luce Brasil Fundo de Investimentos em Participaes.

    MAE Mercado Atacadista de Energia Eltrica.

    Manual de Contabilidade

    Manual de Contabilidade do Servio Pblico de Energia Eltrica, institudo por meio da Resoluo ANEEL n 444, de 26 de outubro de 2001.

    MCSD Mecanismo de Compensao de Sobras e Dficits.

    Mercado Cativo Montante de energia faturada para atendimento a Consumidores Cativos e para o suprimento de outras Distribuidoras, no includo o montante relativo s perdas eltricas dos sistemas de distribuio (conforme dispe a Resoluo Normativa ANEEL n 166, de 10 de outubro de 2005).

    MME Ministrio de Minas e Energia.

    MRE Mecanismo de realocao de energia destinado a distribuir o risco hidrolgico entre as Geradoras, na medida em que cada Geradora tenha assegurado o pagamento pelo montante de sua Energia Assegurada, enquanto os membros do MRE, em conjunto, forem capazes de satisfazer os nveis de Energia Assegurada do MRE.

    MW Megawatt. Unidade equivalente a 1 milho de watts.

    MWh Megawatt hora. Unidade equivalente a 1 MW de energia eltrica fornecida ou solicitada por hora ou 1 milho de watts hora.

    NFLD Notificaes Fiscais de Lanamento de Dbito.

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  • Novo Mercado Segmento especial de listagem de aes de emisso de companhias abertas da

    BM&FBOVESPA.

    Oferta Oferta secundria das Aes no Brasil, compreendendo o esforo de venda no exterior.

    Oferta aos Empregados

    Parcela equivalente a 2,0% da totalidade das Aes objeto da Oferta, sem considerar as Aes Suplementares e as Aes Adicionais, que compe a Oferta de Varejo e que ser prioritariamente destinada aos Empregados da Companhia, que realizaram sua solicitao de investimento diretamente por meio do preenchimento do Pedido de Reserva.

    Oferta de Varejo Oferta realizada aos Investidores No Institucionais, incluindo a Oferta aos Empregados.

    Oferta Institucional Oferta realizada aos Investidores Institucionais.

    ONS Operador Nacional do Sistema Eltrico.

    OPA Oferta Pblica de Aquisio de Aes.

    Parcela A a parcela da Receita Requerida que incorpora os custos no gerenciveis das Distribuidoras, tais como compra de energia, transporte de energia e encargos setoriais resultantes de polticas governamentais, nos termos da Resoluo Normativa ANEEL n 234, de 31 de outubro de 2006.

    Parcela B a parcela da Receita Requerida que incorpora os custos gerenciveis relacionados atividade de distribuio de energia eltrica, tais como custos operacionais, remunerao dos investimentos e quota de reintegrao nos termos da Resoluo Normativa ANEEL n 234, de 31 de outubro de 2006.

    PCH Pequena Central Hidreltrica, usina com Capacidade Instalada entre 1 MW e 30 MW que atenda aos requisitos da Resoluo ANEEL n 652, de 9 de dezembro de 2003.

    PCP Energia Participaes

    PCP Energia Participaes S.A.

    PDD Proviso para Devedores Duvidosos.

    PDEE Plano Decenal de Expanso de Energia Eltrica, aprovado pela Portaria MME n 121/2006, periodicamente atualizado, tendo como horizonte mais recente o decnio 2007/2016.

    P&D Pesquisa e desenvolvimento tecnolgico do setor eltrico.

    Pedido de Reserva Formulrio especfico preenchido e celebrado durante o Perodo de Reserva por Investidor No Institucional que desejou participar da Oferta de Varejo.

    Perodo de Reserva Perodo compreendido entre 7 de julho de 2009 e 10 de julho de 2009, inclusive, durante o qual os Investidores No Institucionais e os Empregados puderam realizar seus respectivos Pedidos de Reserva.

    Pessoas Vinculadas So os Investidores que sejam (i) controladores ou administradores da Companhia e/ou dos Acionistas Vendedores; (ii) controladores ou administradores de qualquer uma das Instituies Participantes da Oferta ou dos Agentes de Colocao Internacional; (iii) outras pessoas vinculadas a Oferta; e (iv) cnjuges ou companheiros, ascendentes, descendentes e colaterais at o segundo grau de cada uma das pessoas referidas nos itens (i), (ii) ou (iii) acima.

    PIB Produto Interno Bruto.

    PIS Programa de Integrao Social.

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  • Poder Concedente Unio Federal.

    Poder de Controle e termos correlatos, como Controle, Controlador, Controlada

    e sob Controle Comum

    O poder efetivamente utilizado de dirigir as atividades e negcios da Companhia e orientar o funcionamento dos rgos societrios da Companhia, de forma direta ou indireta, de fato ou de direito. H presuno relativa de titularidade do controle em relao pessoa ou ao grupo de pessoas vinculado por acordo de acionistas ou sob controle comum (grupo de controle) que seja titular de aes que lhe tenham assegurado a maioria absoluta dos votos dos acionistas presentes nas trs ltimas assembleias gerais da Companhia, ainda que no seja titular das aes que lhe assegurem a maioria absoluta do capital votante.

    Prticas Contbeis Adotadas no Brasil

    Prticas contbeis emanadas a qualquer tempo da Lei das Sociedades por Aes, das normas da ANEEL, do IBRACON, do Comit de Pronunciamentos Contbeis e da regulamentao editada pela CVM.

    Procedimento de Bookbuilding

    Procedimento de coleta de intenes de investimento junto a Investidores Institucionais, realizado no Brasil, pelos Coordenadores da Oferta, em conformidade com os artigos 23, pargrafo 1, e 44 da Instruo CVM 400, e no exterior, pelos Agentes de Colocao Internacional.

    Produtor Independente

    Pessoa jurdica ou consrcio de pessoas jurdicas que recebem autorizao do Poder Concedente para produzir energia eltrica destinada ao comrcio de toda ou parte da energia eltrica produzida por sua conta e risco.

    Programa de Racionamento

    Medidas adotadas pelo Governo Federal destinadas reduo do consumo de energia eltrica, nas regies Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, por parte de consumidores industriais, comerciais e residenciais da ordem de 15% a 25% entre junho de 2001 e fevereiro de 2002.

    PROINFA Programa de incentivo s fontes alternativas de energia eltrica.

    Projeto de Desverticalizao

    Projeto de reorganizao das atividades da Companhia visando a adequ-la Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico. O Projeto de Desverticalizao, aprovado pela ANEEL, em 5 de setembro de 2005, por meio da Resoluo Autorizativa n 307/05, consistiu, principalmente: (i) na criao da Light S.A. como holding pura, detendo participaes acionrias em todas as sociedades integrantes do Grupo Econmico, e nica companhia do seu grupo a ter aes negociadas em bolsa; (ii) transferncia de todas as atividades de transmisso e gerao de energia da Light SESA para a Light Energia; e (iii) manuteno das atividades de distribuio de energia na Light SESA.

    Prospecto ou Prospecto Definitivo

    Este prospecto definitivo da Oferta.

    Prospecto Preliminar

    O prospecto preliminar da Oferta.

    Real, Reais ou R$ A moeda corrente no Brasil.

    Receita Federal Receita Federal do Brasil.

    Receita Requerida a receita compatvel com a abertura de custos operacionais eficientes e com um retorno adequado para o capital prudentemente investido.

    Rede Bsica

    Conjunto de linhas de transmisso, barramentos, transformadores de potncia e equipamentos com tenso igual ou superior a 230 kV, ou instalaes em tenso inferior definidas pela ANEEL.

    Regra 144A Rule 144A, do Securities Act, editada pela SEC.

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  • Regulamento de Arbitragem

    Regulamento da Cmara de Arbitragem, inclusive suas posteriores modificaes, que disciplina o procedimento de arbitragem ao qual sero submetidos todos os conflitos estabelecidos na clusula compromissria inserida no estatuto social da Companhia e constante dos termos de anuncia dos administradores e dos controladores, tudo conforme previsto no regulamento do Novo Mercado.

    Regulamento S Regulation S, do Securities Act, editado pela SEC.

    Resoluo CMN 2.689

    Resoluo do Conselho Monetrio Nacional n 2.689, de 26 de janeiro de 2000.

    RGR Reserva Global de Reverso, instituda pela Lei n 5.655, de 20 de maio de 1971, com a finalidade de prover fundos para o pagamento de eventuais indenizaes s empresas do setor eltrico brasileiro em determinados casos de revogao ou encampao das respectivas concesses. Nos ltimos anos, a RGR tem sido usada principalmente para financiar projetos de gerao e distribuio.

    RME RME Rio Minas Energia Participaes S.A., sociedade controlada por CEMIG, AG Concesses, Luce Brasil FIP e Equatorial Energia, todas com participao igualitria.

    RTE Recomposio Tarifria Extraordinria.

    SEC Securities and Exchange Commission, a comisso de valores mobilirios dos Estados Unidos da Amrica.

    Securities Act Securities Act de 1933, dos Estados Unidos da Amrica.

    Segmento de Alta Tenso

    Clientes da Companhia ligados rede de 138 KV.

    Segmento de Baixa Tenso ou Segmento de Varejo

    Clientes da Companhia ligados rede de 220/127V.

    Segmento de Mdia Tenso

    Clientes da Companhia ligados rede de 13,8 KV.

    SELIC Taxa mdia dos financiamentos dirios, com lastro em ttulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidao e Custdia.

    SENGE RJ Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro.

    SIN Sistema Interligado Nacional.

    SINTERGIA Sindicato dos Trabalhadores nas Companhias de Energia do Rio de Janeiro e Regio.

    Sistema Isolado rea do territrio nacional no interligada ao SIN, composta pelos Estados do Amap, Roraima, Rondnia, Acre, Par e Amazonas.

    STF Supremo Tribunal Federal.

    STJ Superior Tribunal de Justia.

    Subsidirias So as seguintes sociedades subsidirias, diretas ou indiretas, da Light S.A.: Light SESA, Light Energia, Light ESCO, Light Hidro, Lightger, Itaocara, HIE, Instituto Light, LIR e LOI.

    Supervia Supervia Concessionria de Transporte Ferrovirio S.A.

    TAC Termo de Ajustamento de Conduta.

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  • Taxa DI Acumulao da taxa mdia diria dos Depsitos Interfinanceiros - DI de um dia, over extra

    grupo, expressa na forma percentual ao ano, base 252 dias teis, calculada e divulgada pela CETIP, no Informativo Dirio disponvel em sua pgina na Internet (http://www.cetip.com.br) e no jornal Gazeta Mercantil, edio nacional, ou, na falta deste, em outro jornal de grande circulao.

    TCLD Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar.

    TCLLP Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pblica.

    TFSEE Taxa de Fiscalizao de Servios de Energia Eltrica.

    TIP Taxa de Iluminao Pblica.

    TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo, fixada pelo Conselho Monetrio Nacional e divulgada at o ltimo dia til do trimestre imediatamente anterior ao de sua vigncia.

    TST Tribunal Superior do Trabalho.

    TUSD Tarifa de Uso do Sistema de Distribuio, devida pelos usurios (Geradoras e Consumidores Livres) s Distribuidoras pelo uso de sua rede de distribuio (tenso inferior a 230 kV).

    TUST Tarifa de Uso do Sistema de Transmisso.

    UHE Usina Hidreltrica com Capacidade Instalada acima de 30MW.

    Unidade Consumidora

    Qualquer instalao cadastrada na Subsidiria de distribuio da Companhia que receba um faturamento individualizado.

    US GAAP Princpios contbeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da Amrica.

    Valesul Valesul Alumnio S.A.

    Valor de Referncia Anual

    uma mdia ponderada dos custos de aquisio de energia eltrica decorrentes dos leiles A-5 e A-3, calculado para o conjunto de todas as Distribuidoras, o qual ser o limite mximo para repasse dos custos de aquisio de energia proveniente de empreendimentos existentes nos leiles de ajuste, leiles de energia nova e para a contratao de gerao distribuda.

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  • CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E PROJEES

    Este Prospecto contm declaraes e informaes prospectivas sujeitas a riscos e incertezas que afetam ou podem afetar os negcios, os resultados operacionais, as condies financeiras, o fluxo de caixa, as prospeces e o valor de mercado das aes ordinrias de emisso da Companhia, pois foram baseadas em intenes, crenas, premissas e expectativas atuais da administrao da Companhia, bem como em informaes disponveis ao pblico em geral. Declaraes e informaes prospectivas tambm incluem expectativas sobre os resultados futuros possveis ou presumidos a serem atingidos em decorrncia das atividades desenvolvidas pela Companhia.

    Os investidores devem estar cientes de que os fatores mencionados abaixo, alm de outros discutidos neste Prospecto, particularmente alguns descritos na seo Fatores de Risco, nas pginas 44 a 57 deste Prospecto, podem afetar os resultados futuros da Companhia e podem levar a resultados diferentes daqueles expressos nas declaraes prospectivas elaboradas pela Companhia. Dentre tais fatores, destacam-se:

    as condies econmicas, polticas, demogrficas e comerciais gerais, do Estado do Rio de Janeiro, do Pas e da Amrica Latina;

    prolongamento maior do que esperado da crise econmica mundial ou piora na economia brasileira e mundial;

    as intervenes governamentais, que podem resultar em alteraes nos tributos, tarifas ou ambiente regulatrio no Estado do Rio de Janeiro e no Pas;

    polticas existentes e futuras do governo brasileiro e do governo do Estado do Rio de Janeiro, incluindo seus planos para futura expanso da gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica no Estado;

    a variao das taxas de juros e das taxas de cmbio e inflao;

    a liquidez dos mercados financeiro e de valores mobilirios brasileiros;

    o desenvolvimento de outros mercados de pases emergentes;

    a escassez de energia eltrica;

    a impossibilidade da Companhia de distribuir energia eltrica devido escassez de gua, interrupo de transmisso, no renovao do Contrato de Concesso, problemas operacionais, tcnicos ou danos fsicos s suas instalaes;

    a possvel suspenso ou interrupo dos servios das Subsidirias da Companhia;

    o trmino antecipado das concesses da Companhia por parte do Poder Concedente;

    o aumento da concorrncia no setor eltrico;

    a capacidade da Companhia de celebrar contratos definitivos para compra e venda de energia;

    a capacidade da Companhia de implementar programas de investimentos, inclusive a capacidade da Companhia de obter financiamentos quando necessrios e em condies adequadas;

    o nvel de endividamento da Companhia;

    a probabilidade de adimplemento de contas recebveis pela Companhia; e

    mudanas nos volumes e padres de consumo de energia eltrica.

    Essas informaes so apresentadas nas seguintes sees deste Prospecto: Sumrio da Companhia; Fatores de Risco; Discusso e Anlise da Administrao sobre as Demonstraes Financeiras e os Resultados Operacionais; Viso Geral do Setor de Energia Eltrica; e Atividades da Companhia, nas pginas 32, 44, 85, 118 e 143 deste

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  • Prospecto. As palavras acredita, pode, planeja, visa, estima, continua, antecipa, pretende, espera e outras de significados similares tm por objetivo identificar estimativas. Tais estimativas referem-se apenas data em que foram expressas. Estimativas envolvem riscos e incertezas e no implicam garantia de desempenho futuro da Companhia. Em vista dos riscos e incertezas envolvidos, as estimativas e declaraes futuras constantes deste Prospecto podem no vir a ocorrer. Dadas essas limitaes, o investidor no deve tomar nenhuma deciso de investir nas Aes da Companhia com base nas projees contidas neste Prospecto. As projees includas neste Prospecto so feitas apenas com base na data de sua elaborao, e a Companhia, os Acionistas Vendedores, os Coordenadores da Oferta e os Agentes de Colocao Internacional no assumem qualquer obrigao de atualizar ou revisar tais informaes.

    Adicionalmente, os Auditores Independentes da Companhia ou quaisquer outros auditores independentes ou consultores no realizaram qualquer compilao, exame ou qualquer outro procedimento relacionado s projees operacionais ou financeiras discutidas neste Prospecto, tampouco emitiram qualquer opinio ou deram qualquer outra forma de garantia materializao dessas projees.

    Os investidores so alertados para no depositarem confiana excessiva em declaraes prospectivas.

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  • APRESENTAO DAS INFORMAES FINANCEIRAS, OPERACIONAIS

    E ESTIMATIVAS DE MERCADO

    As demonstraes financeiras da Companhia includas neste Prospecto so elaboradas de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil. Os livros e registros contbeis da Companhia so mantidos em Reais.

    As informaes financeiras relativas aos exerccios encerrados em 31 de dezembro de 2006 e 2007 apresentadas neste Prospecto foram extradas das demonstraes financeiras da Companhia para os exerccios findos nessas datas, que foram elaboradas de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil vigentes poca, as quais no incluem as alteraes introduzidas pela Lei n 11.638/07 e Lei n 11.941/09, e foram auditadas de acordo com as normas de auditoria aplicveis no Brasil, pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. Sobre estas demonstraes financeiras, foi emitido parecer sem ressalva, datado de 13 de fevereiro de 2008 (exceto quanto aos assuntos mencionados nas Notas Explicativas ns 2, 7, 21 item (b), 33 e 39 s demonstraes financeiras, para as quais a data 22 de maio de 2009), contendo dois pargrafos de nfase, sendo o primeiro ao fato de que as demonstraes do fluxo de caixa, referentes a 31 de dezembro de 2007 e de 2006 estavam sendo apresentadas para propiciar informaes suplementares sobre a Companhia, e no eram requeridas como parte integrante das demonstraes financeiras bsicas, de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil, vigentes poca das referidas demonstraes financeiras; e sendo o segundo devido reapresentao das demonstraes financeiras para contemplar ajustes e reclassificaes efetuados pela Companhia.

    As informaes financeiras relativas ao balano patrimonial e a demonstrao do resultado do exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2008 apresentadas neste Prospecto foram extradas das demonstraes financeiras da Companhia para o exerccio findo nessa data, que foram elaboradas de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil vigentes poca, as quais incluem as alteraes introduzidas pela Lei n 11.638/07, e foram auditadas de acordo com as normas de auditoria aplicveis no Brasil, pela KPMG Auditores Independentes, conforme parecer includo neste Prospecto, que contm pargrafos de nfase referindo-se aos seguintes assuntos: (i) as demonstraes financeiras da Braslight, referentes ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2008, foram auditadas por outros auditores independentes que, sobre elas, emitiram parecer, datado de 29 de janeiro de 2009, com pargrafo de nfase sobre a existncia de saldo de R$130.941 mil relativo a crditos tributrios originados do processo de imunidade tributria perante a Receita Federal, cuja realizao depende de eventos futuros e caso no ocorra, pode afetar os ativos e o passivo atuarial da Companhia; (ii) em decorrncia da segunda reviso tarifria peridica da controlada Light SESA, prevista no Contrato de Concesso, a ANEEL homologou, em carter provisrio, o reposicionamento tarifrio da controlada em 1,96%, a ser aplicado para o perodo a partir de 7 de novembro de 2008. Considerando os adicionais financeiros de 2,30%, o impacto na tarifa atinge 4,70%. Possveis efeitos decorrentes da reviso definitiva, se houver, sero refletidos na posio patrimonial e financeira da Companhia e de sua controlada em perodos subsequentes; e; (iii) as demonstraes financeiras da Companhia e as demonstraes financeiras consolidadas da Companhia e suas controladas referentes ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2007 foram examinadas por outros auditores independentes, que, sobre elas, emitiram parecer sem ressalva, datado de 13 de fevereiro de 2008 e 22 de maio de 2009. As Prticas Contbeis Adotadas no Brasil foram alteradas a partir de 1 de janeiro de 2008, no entanto, as demonstraes financeiras referentes ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas de forma conjunta com as demonstraes financeiras de 2008, foram elaboradas de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil vigentes at 31 de dezembro de 2007, como permitido pelo Pronunciamento Tcnico CPC 13 - Adoo Inicial da Lei n 11.638/07 e da Lei n 11.941/09, no sendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparao entre os exerccios.

    As informaes financeiras referentes aos balanos patrimoniais e demonstraes de resultados, relativas aos trimestres encerrados em 31 de maro de 2009 e 2008 foram objeto de reviso especial por parte da KPMG Auditores Independentes, de acordo com as Normas e Procedimentos de Auditoria 06 (NPA-06), emitidas pelo IBRACON e cujo relatrio de reviso includo neste Prospecto contm pargrafos de nfase referindo-se aos mesmos assuntos mencionados em (i) e (ii) acima e ao fato de que em decorrncia das mudanas nas Prticas Contbeis Adotadas no Brasil durante 2008, as demonstraes do resultado e dos fluxos de caixa, referentes ao trimestre findo em 31 de maro de 2008, apresentadas para fins de comparao, foram ajustadas e esto sendo reapresentadas como previsto na NPC 12 - Prticas Contbeis, Mudanas nas Estimativas Contbeis e Correo de Erros, aprovada pela Deliberao CVM n 506/06.

    Tendo em vista que as demonstraes financeiras referentes aos exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 foram elaboradas de acordo com as Prticas Contbeis Adotadas no Brasil vigentes poca da apresentao das referidas demonstraes financeiras, as quais no incluem as alteraes introduzidas pela Lei n

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  • 11.638/07, e que as demonstraes financeiras referentes aos exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2008, bem como as informaes financeiras referentes aos perodos de 3 meses encerrados em 31 de maro de 2009 e 31 de maro de 2008 foram elaboradas de acordo com as normas expedidas pela CVM, incluindo as alteraes introduzidas pela Lei n 11.638/07, as informaes includas neste Prospecto apresentam limitaes na sua comparabilidade.

    Todas as infomaes financeiras mencionadas neste Prospecto so compatveis com as demonstraes financeiras auditadas da Companhia ou com os respestivos relatrios de reviso especial.

    A comparao das linhas contbeis das demonstraes de resultado relativas a determinado perodo feita, neste Prospecto, em relao ao mesmo perodo do exerccio anterior, considerando-se que essas linhas representam a variao do resultado da Companhia durante cada um dos perodos comparados, sem influncia de fatores sazonais que podem influenciar suas atividades. J as contas patrimoniais, por se tratarem de saldos em determinadas datas e no de variaes durante determinado perodo, so comparadas com o saldo no final do perodo imediatamente anterior, considerando-se que a comparao com o saldo na mesma data do exerccio anterior no seria uma informao relevante para a anlise da posio financeira da Companhia, por no se tratar da informao mais atualizada.

    Estimativas de Mercado

    As informaes includas neste Prospecto relativas ao setor de atividade da Companhia, bem como as estimativas a respeito de participaes de mercado, foram obtidas por meio de levantamentos internos, informaes pblicas e publicaes sobre o setor. Foram includas informaes de relatrios elaborados por fontes pblicas oficiais, como ANEEL, MME, ONS, BACEN e IBGE, entre outras. As informaes que constam dessas publicaes so extradas de fontes consideradas confiveis, mas a exatido e a integridade dessas informaes no podem ser garantidas pela Companhia. Os referidos levantamentos internos e estimativas no foram objeto de comprovao independente. A Companhia, os Acionistas Vendedores, os Coordenadores da Oferta e os Agentes de Colocao Internacional no podem garantir a exatido dessas informaes.

    Informaes Adicionais

    Alm disso, alguns nmeros constantes do presente Prospecto podem no representar totais exatos em razo de arredondamentos efetuados. Sendo assim, os resultados totais constantes de algumas tabelas presentes neste Prospecto podem no corresponder ao resultado exato da soma dos nmeros que os precedem.

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  • SUMRIO DA OFERTA

    O presente sumrio no contm todas as informaes que o potencial investidor deve considerar antes de investir em Aes da Companhia. O potencial investidor deve ler cuidadosa e atentamente todo este Prospecto, principalmente as informaes contidas na