PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO 2010- 2011€¦ · escola estadual do conjunto habitacional...

ESCOLA ESTADUAL DO CONJUNTO HABITACIONAL VIRGÍNIO SECO – ENSINO FUNDAMENTAL

Rua Minas Gerais S/ - CEP 86945-000 - Fone –fax: xx43- 3451-1446 São Pedro do Ivaí – Paraná N. R. E. Ivaiporã

PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO

2010- 2011

SÃO PEDRO DO IVAÍ

NOVEMBRO/2010

1



1 ÍNDICE

ESCOLA ESTADUAL DO CONJUNTO HABITACIONAL VIRGÍNIO SECO – ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................................................................1

PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO.............................................................................1

ÍNDICE......................................................................................................................................2

APRESENTAÇÃO....................................................................................................................4

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................6

IENTIFICAÇÃO:.................................................................................................................................6

ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA.............................................................................7

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO.....................................................................................................12OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES.................................................................................................13QUADRO DE PESSOAL: DIREÇÃO, FUNCIONÁRIOS E PROFESSORES.........................................................13OBJETIVOS GERAIS.........................................................................................................................15OBJETIVOS ESPECIFICOS..................................................................................................................16

MARCO SITUACIONAL......................................................................................................18

VISÃO..........................................................................................................................................18O PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA ESCOLA-ALUNO....................................................................20MEIO AMBIENTE............................................................................................................................22ANALÍSE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRATICA DOCENTE............................................22

MARCO CONCEITUAL.......................................................................................................23

SOCIEDADE...................................................................................................................................23CIDADANIA...................................................................................................................................24O QUE É EDUCAR PARA A CIDADANIA?...............................................................................................24HOMEM........................................................................................................................................25ESCOLA........................................................................................................................................26EDUCAÇÃO/ESCOLA.......................................................................................................................29CONHECIMENTO ............................................................................................................................31ENSINO .......................................................................................................................................32APRENDIZAGEM.............................................................................................................................33MEIO AMBIENTE - ( AGENDA 21 ).................................................................................................36HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA - INDÍGENA............................................................................37DIVERSIDADE DE GÊNEROS E INCLUSÃO SOCIAL.................................................................................38AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ESCOLA..........................................................38ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA.........................................................................................................38PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS.........................................................................................39

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AVALIAÇÃO..........................................................................................................................39

CONSELHO DE CLASSE....................................................................................................................41CONSELHO ESCOLAR......................................................................................................................42APMF........................................................................................................................................42ORGANIZAÇÃO CURRICULAR............................................................................................................43ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ................................................................................................44CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS.........................................................................................46CONVIVÊNCIA - A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS, PAIS, FUNCIONÁRIOS E PROFESSORES..................................46CONSTRUÇÃO COLETIVA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...............................................................48

MARCO OPERACIONAL – LINHAS DE AÇÕES DA ESCOLA...................................50

PRINCIPAIS AÇÕES A SER DESENVOLVIDA PELA ESCOLA:........................................................................51AS RELAÇÕES ENTRE ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS.......................................................53CONSELHO ESCOLAR, APMF, REPRESENTANTES DE TURMA...............................................................54REPRESENTANTE DE TURMA............................................................................................................55APMF........................................................................................................................................55AÇÕES QUE ENVOLVEM OUTRAS INSTITUIÇÕES....................................................................................56 PRÁTICA DOCENTE............................................................................................................56 HORA ATIVIDADE...........................................................................................................................56FORMAÇÃO CONTINUADA.................................................................................................................57CONSELHO DE CLASSE....................................................................................................................58REUNIÕES PEDAGÓGICAS..................................................................................................................58A RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE - ( AGENDA 21 ).....................................................................58

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............59

AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOGOS E FUNCIONÁRIOS...................................59AVALIAÇÃO DO PPP......................................................................................................................60EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS.........................................................................................................60A) FÍSICOS....................................................................................................................................60B) MATERIAIS...............................................................................................................................61Biblioteca..................................................................................................................................62MATERIAIS DIDÁTICOS E DE APOIO..................................................................................................63

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APRESENTAÇÃO

“Só há educação humana na comunicação, no diálogo, na interação entre

humanos” (Arroyo, 200, p. 165)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9.394, de 20/12/96,

estabelece os parâmetros, princípios, rumos que devemos imprimir à educação no país, os

quais se faz repensar o papel da escola e a função do professor neste momento histórico, onde

a sociedade reclama por soluções rápidas e eficazes num mundo onde as mudanças acontecem

a todo instante, exigindo sempre um cidadão com escolaridade, cada vez mais consciente,

participativo, bem preparado para enfrentar os desafios e mais produtivo para atender a

crescente demanda de um consumismo desenfreado.

No Ensino Fundamental, permanece a preocupação de ofertar uma educação de

qualidade para atender as especificidades de cada aluno, as diversidades culturais e a

valorização do professor e de todos os profissionais da educação, com alternativas que

assegurem o ingresso a permanência e o sucesso destes alunos na escola conforme define a

Deliberação n.º 012/99.

Pensando a escola como instituição criada para a educação e esta acontecendo

nas relações entre humanos, respeitando e atendendo as leis educacionais o Projeto Político-

pedagógico foi elaborado envolvendo as pessoas que nela convivem no dia-a-dia: de

professores, de Equipe Técnico-Pedagógica, enfim toda a Comunidade Escola.

As diretrizes se basearam em momentos de leitura, reflexões, análises de

propostas produzidas no I Seminário integrador do Plano estadual de educação – PEE- Pr, da

Versão Preliminar das Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de

Educação Básica do Estado do Paraná, nas semanas Pedagógicas orientadas pela SEED – Pr.,

de diversos encontros pedagógicos no Núcleo Regional de Educação – Ivaiporã, hora

atividade...

4



Em todos estes momentos houve participação, envolvimento e

comprometimento no trabalho de construção coletiva do projeto, considerando a realidade

social em que a escola está inserida, aproveitando os avanços e acertos já conquistados pelos

sistemas anteriores e com as oportunidades de renovação do atual sistema na prática

vivenciada diariamente, através de capacitações de professores e uma avaliação constante na

procura de garantia de uma unidade e coerência para a melhoria da qualidade do ensino e que

atenda às especificidades dos alunos e diversidades culturais, políticas, econômicas...e,

conseqüentemente, que o aluno e profissionais da educação exerçam sua cidadania.

Portanto, o objetivo que se propõe é facilitar o desenvolvimento das ações

pedagógicas, sistematizando-as para que toda a comunidade escolar conheça, participe,

valorize e enriqueça a proposta de trabalho da referida escola.

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INTRODUÇÃO

Identificação:

Nome - Escola Estadual do Conjunto Habitacional Virgínio Seco - Ensino Fundamental

Código - 41040589

Endereço - Rua Minas Gerais S/N

Município - São Pedro do Ivaí – ParanáCódigo: 00390

Núcleo Regional de Educação - IvaiporãCódigo: 16

Mantenedora : Governo do Estado do Paraná

Ato de autorização da Escola : Resolução nº 326/88 – 11/02/88

Ato de reconhecimento da Escola: Resolução nº 3.006/91 – 03/10/91

Ato de renovação do reconhecimento da Escola: Resolução nº 4341/06 - 07/11/06

Ato administrativo de aprovação do Regimento Escolar : nº 091/2008 – 25/04/2008

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ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA

A escola Estadual do Conjunto Habitacional Virgínio Seco –

Ensino de 1º Grau, criada e autorizada a funcionar pela resolução nº 326/88,

publicada no Diário Oficial nº 2710 de 11 de fevereiro de 1988, é um

Estabelecimento de Ensino Regular de 5ª à 8ª séries, localizado na zona

periférica da sede do Município de São Pedro do Ivaí, antes rua Projetada B.

Quadra B, hoje, Rua Minas Gerais s/n, regera o seu funcionamento às normas

constantes na Lei 9394/96, pelo Regimento Escolar e pelas resoluções;

respeitadas a legislação Federal, Estadual e Municipal. Em 1988 a escola

passou a chamar: Escola Estadual do Conjunto Habitacional Virgínio Seco –

Ensino Fundamental, pela Resolução Secretarial nº 3.120/98. DOE 11/09/88.

A implantação gradativa do Curso de 1º Grau a nível de 5ª à 8ª

séries, aconteceu a partir da necessidade de se atender aos alunos residentes

no Conjunto Habitacional Virgínio Seco, Jardim Juju, que se locomoviam até

a Escola –sede, distante do local onde moram, sendo que em sua maioria,

trabalhadores bóias-frias.

Atualmente a demanda de alunos da Escola Estadual do Conjunto

Habitacional Virgínio Seco – Ensino Fundamental, pertence a moradores do

Conjunto Habitacional Virgínio Seco, Jardim Juju, Jardim Cambará, Projeto

Mutirão e alguns alunos da Vila Rural.

A estrutura Funcional da Escola foi formada da seguinte maneira:

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ANO SÉRIE PERÍODO

1988 5ª Série – turma única Noturno

1989 5ª, 6ª e 7ª Série Noturno

1990 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Série Noturno

1991 5ª série

5ª à 8ª Séries

Matutino

Noturno

1992 5ª Série

5ª a 8ª Séries

Matutino

Noturno

1993 5ª e 6ª Série

5ª B, 5ª C, 6ª , 7ª , 8ª Séries

Matutino

Noturno

1994 5ª, 6ª e 7ª Séries

5ª B, 5ª C, 6ª, 7ª , 8ª Séries

Matutino

Noturno

1995 5ª A, 5ª B, 6ª , 7ª Séries

5ª à 8ª Séries

Matutino

Noturno

1996 5ª A, 5ª B, 6ª ,7ª e 8ª Séries

5ª à 8ª Séries

Matutino

Noturno

1997 5ª A, 5ª B, 6ª , 7ª Séries

5ª à 8ª Séries

Matutino

Noturno

1998 5ª A, 5ª B, 6ª , 7ª , 8ª Séries

C.F.A, C. F. B, C. F. C, 7ª e 8ª

Séries

Matutino

Noturno

1999 5ª A, 5ª B, 6ª A, 6ª B, 7ª e 8ª

Séries

5ª, 6ª e 8ª Séries

Matutino

Noturno

2000 5ª A, 5ª B,6ª A, 6ª B, 7ª e 8ª Matutino

8



Séries

7ª e 8ª Séries

Noturno

2001 5ª A, 5ª B, 6ª A, 6ª B, 7ª e 8ª

Séries

Matutino

2002 5ª A, 5ª B, 6ª A, 6ª B, 7ª A,8ª A

Séries

Matutino

2003 5ª A, 5ª B, 6ª A, 6ª B, 7ª A,8ª A

Séries

Matutino

2004 5ª A, 5ª B, 6ª A, 6ª B, 7ª e e 8ª

Séries

Matutino

2005 5ª A, 5ª B, 5ª C, 6ª A, 6ª B, 7ª

e 8ª Séries

Matutino

2006 5ª A, 5ª B, 5ª C, 6ª A, 6ªB, 7ª

A, 7ªB e 8ª Séries

5ªC

Matutino

Noturno

2007 5ª A, 5ª B, 5ª C, 6ª A, 6ªB, 6ªC

7ª A, 7ªB e 8ª A Séries

Matutino

Noturno

2008 5ª A, 5ª B, 5ª C, 6ª A, 6ªB, 6ªC

7ª A, 7ªB, 7ª C, 8ª A, 8ª B

Séries

Matutino

Noturno

2009 5ª A, 5ª B, 5ª C, 6ª A, 6ªB, 6ªC 7ª

A, 7ªB, 7ª C, 8ª A, 8ª B, 8ª C Séries

Matutino

Noturno

2010 5ª A, 5ª B, 5ª C, 6ª A, 6ªB, 6ªC 7ª

A, 7ªB, 7ª C, 8ª A, 8ª B, 8ª C Séries

Matutino

Noturno

No primeiro ano de funcionamento a capacidade de atendimento

era de 02 salas de aula nos período matutino e vespertino e 06 salas de aula

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no período noturno, secretaria, banheiros, corredores e uma quadra

polivalente.

No ano de 1994, uma das salas de aula era dividida com a

secretaria da Escola e era usada também uma sala de madeira.

Em 1995/96 foram construídas 02 salas de aula, biblioteca,

laboratório, administrativo com 4 ambientes, cobertura da quadra de esportes

e 02 banheiros para os professores.

Em 1998, foi feito a pintura da Escola e a construção do muro.

Em 2000 foi realizado a pintura do muro da Escola com desenhos

relacionados ao Brasil 500 anos.

Atualmente , a Escola Estadual do Conjunto Habitacional

Virgínio Seco – Ensino Fundamental, conta com:

7 salas de aula , sendo (02) salas de aulas de 72 m 2);

02 banheiros para os educandos, masculino e feminino;

02 banheiros para professores;

01 Sala de professores;

01 Secretaria;

01 sala de Direção:

01 sala de Equipe Pedagógica;

01 Laboratório de Informática;

02 vestiários;

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01 quadra de esportes coberta;

01 pátio coberto;

01 residência para zelador.

A primeira diretora da escola foi a Professora Maria Aparecida

Bruscargim, designada pela portaria nº 1927/88, publicada do Diário oficial

nº 2840 de 22/08/88, através do convênio Prefeitura – SEED, a qual

permaneceu no cargo até o dia 12 de janeiro de 1992.

No dia 13 de janeiro de 1992 assumiu a Direção a professora

Edirlei Galhardo Amadeu Pereira, professora efetiva pela Lei nº 10.219/92,

através da portaria nº 111/92.

No ano de 1993, houve eleição para Direção e a professora

Edirlei Galhardo Amadeu Pereira foi eleita. No mês de abril de 1993 foi

criada a diretoria provisória da ªP.M (Associação de pais e Mestres) e em

setembro do mesmo ano foi realizado uma reunião com a Comunidade

Escolar, Professores, documentador escolar e Equipe pedagógica que elegeu e

deu posse à 1ª Diretoria da Associação de Pais e Mestras da Escola Estadual

do Conjunto habitacional Virgínio Seco – Ensino de 1º Grau.

No ano de 1997 houve eleição para Direção e a professora Edirlei

Galhardo Amadeu Pereira foi reeleita.

A maioria dos professores que atuaram neste Estabelecimento de

Ensino eram professores contratados através da Secretaria de Educação do

Estado do Paraná, pelo regime C.L.T. Hoje a maioria são efetivos (QPM),

alguns efetivos amparados pela Lei 10.219/92.

No ano de 2000 foi eleita como Diretora a professora Vera Lucia Lopes e em

2003 esta professora foi reeleita .

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No ano de 2005 houve eleição para direção e o professor Luiz Antonio da Costa foi

eleito.

No ano de 2008 houve eleição para direção e o professor Marcos Aleandro Fiurini foi

eleito.

Utilizam o mesmo espaço físico as escolas, Escola Estadual do

Conjunto Habitacional Virgínio Seco – Ensino Fundamental e Escola

Municipal Gertrudes Maria Domingues – Educação Infantil e Ensino

Fundamental.

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

A escola tem seu horário de funcionamento no período matutino para que possa

atender uma comunidade oriunda da zona de periferia e rural, tendo em vista o transporte

escolar, membros de uma mesma família, formação de grupos para pesquisas, trabalhos de

equipe, de maneira que haja maior desempenho e sucesso na aprendizagem dos alunos.

Sendo a escola uma instituição de formação e transformação social, tem

procurado, ajustar as ações pedagógicas de forma a atender as necessidades do aluno e a sua

inserção no mundo onde vive.

Contudo, a estrutura física está bem defasada, o que dificulta muito o trabalho

dos professores no sentido de oferecer diversidade de instrumentos de ensino: sem espaço

para sala de TV – vídeo, sala para reuniões, palestras, sala para momentos de leitura, de

expressão corporal; espaços que refletem diretamente no rendimento escolar dos alunos.

A escola é organizada no seu dia-a-dia. Mas, mesmo com todo os cuidados das

pessoas responsáveis pela sua limpeza, as salas de aula com janelas sem cortinas, iluminação

inadequada, possui uma aparência nada harmoniosa e acolhedora.

A comunidade como todo não favorece e auxilia na sua manutenção; quebram

vidros, fechaduras de portas; roubam aparelhos da mesma, o que demonstra a necessidade

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constante de uma educação voltada aos princípios de um bom cidadão, que valoriza e cuida

do que lhe pertence.

Hoje a escola utiliza 7 salas como salas de aula, uma sala como Biblioteca,

uma sala para a Direção, uma sala para Secretaria, uma para Supervisão, uma sala de

professores e uma cozinha, 2 banheiros- um masculino e outro feminino.

A área externa da escola é utilizada também por uma escola municipal. Como é

bem grande é importante uma supervisão constante e mais intensa, mas não existe funcionário

disponível, nem mesmo para o atendimento no portão. As entradas acontecem pelo portão

principal e pelo Posto de Saúde, localizado ao lado da escola. Isto gera insegurança e

dificuldade muito grande no atendimento dos alunos e entrada de pessoas estranhas na escola.

A equipe pedagógica procura estar atenta no atendimento dos alunos, o que

prejudica e limita o trabalho pedagógico.

OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES

A Escola Estadual do Conjunto Habitacional Virgínio Seco – Ensino

Fundamental, oferta o curso de Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, no período diurno,

vespertino e noturno.

A organização curricular para o curso do Ensino Fundamental está baseada nas

disposições constantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.º 9394/96 e demais

Decretos, Resoluções e Instruções.

A carga horária obedece também os dispositivos legais norteados pela

característica da referida modalidade de ensino.

QUADRO DE PESSOAL: PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E DIREÇÃO

Direção:Marcos Aleandro Fiurini

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Direção Auxiliar:

Edina Guardevi Marques Silva

Equipe Pedagógica:

Edina Guardevi Marques Silva

Evanilde Tavares da Silva

Sonia Aparecida Tavares

AGENTES EDUCACIONAIS II

Secretária :

Maria Aparecida Cruz Biajo

Agentes de Apoio :

Lindijane Lima

Janaina Aparecida Suera

Luciana Paulino

Biblioteca:

Cósmia Ribeiro de Souza

AGENTES EDUCACIONAIS I

Izabel Augusta Leal Bruscagim

Maria Aparecida Bassanelo

Rozalina Shimitt Zambianco

Soraia Aparecida Cardoso

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Professores:

Nome Função

Angélica S. Harada Demizu Geografia

Aurea Abil Russ Educação Física

Carlos Alexandre Morigi Pereira História

Cristina Lenharo Felizardo Matemática

Daniele de Menezes Matemática

Dorcilene Aparecida Zambianco Artes

Eliane Cristina dos Santos Pereira Geografia

Eliana Aparecida da S. Kajimura História

Flávia Sayuri Miura Matemática

Geisa Carla Bonardi Matemática

Gisele Furlan Fiurini Ciências

Glorinha Aparecida dos Santos Educação Especial

Irene Silvia Maria de Melo Ciências

Izabel Roberto Dias Português

Lércio Rezende Simões Educação Física

Lucinéia Sousa dos Santos Matemática

Margarete Aparecida C. Bosquesi Inglês

Maria Stela Pereira Figueiredo Della Rosa Português

Marilúcia Dias Hiera da Cruz Ciências

Marineide Deodato da Silva Português

Maristela Seugling Previati Ciências / Matemática

Nilva Couto de Lima Artes

Patricia Ellen Tegoni Gaspar Geografia

Silvana Paulino Irineu Ciências

Terezinha de Lourdes Mouro Geografia

Vera Lucia Alves de Souza Artes

Zi

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OBJETIVOS GERAIS

A Escola Estadual Conjunto Habitacional Virgínio Seco – E. F. deseja propor

um trabalho pedagógico aberto às relações e às diferenças humanas, responsável e consciente

enquanto projeto coletivo (e para o coletivo).

A ESCOLA atende às especificações da LDBEN 9394/96, às diretrizes

curriculares nacionais e as novas diretrizes da SEED – Pr., além de pautar-se na Teoria

Progressista de Paulo Freire.

Esta teoria da aprendizagem prioriza o diálogo como elemento fundamental à

construção do conhecimento. O educador é aquele que organiza os conteúdos de acordo com a

realidade do educando e através da ação-reflexão forma-se a consciência crítica que garantirá

ao mesmo lutar pelos seus direitos buscando transformações.

A troca de experiências é recíproca, educador e educando aprendem juntos.

A escola acredita em princípios como: o Saber (conhecimento), a Ética –

Valores de respeito, solidariedade, cooperação, amizade..., o Trabalho.

Saber é a consciência que o homem tem do universo e das teorias criadas para

explicar a natureza e a vida do ecossistema .O homem cria o saber, e este o transforma,

propondo-lhe novos desafios. O saber proporciona ao homem, escolher o caminho que deseja

para sua vida, participar com autonomia e respeito , como cidadão da sociedade da qual

pertence.

Ética é a arte de bem proceder, de realizar o bem sempre que possível

respeitando os valores humanos, sempre em busca da felicidade e da paz.

Trabalho é a aplicação do conhecimento que está se construindo; é a condição

de dignidade, de sentir-se útil, de servir a si e aos próximos. É através dele que a pessoas se

desenvolve, sendo capaz de transformar a vida e de conferir-lhe maior significado.

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Estes são os principais princípios adotados pela escola., com objetivos que

alcancem a sua aplicação e sucesso escolar de todos os alunos e profissionais envolvidos.

Elaborar coletivamente a proposta pedagógica com a identidade da escola, a partir do

que se vive, pensa e realiza na instituição.

sistematizar as diretrizes curriculares baseadas na realidade sócio-econômica-cultural

da região e legislação educacional atualizada para garantir a melhoria da qualidade de

ensino e aprendizagem.

desenvolver e praticar atividades que dêem oportunidades para o aluno manifestar

seus sentimentos, manter e dar continuidade á construção dos seus conhecimentos,

ampliando-os no exercício da cidadania.

Estabelecer parcerias com instituições deste município e de outros possíveis, recursos

da comunidade para a promoção de palestras, cursos que enriqueçam e socializem o

conhecimento de todos, com princípio de solidariedade.

Reconhecer e valorizar os saberes dos profissionais da educação e o trabalho que cada

um realiza na escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Respeitar as características da sociedade – cultura – política, economia – religião –

para que todos os alunos tenham acesso aos saberes em suas diferentes linguagens,

articulados com as necessidades e expectativas de melhoria na qualidade de vida dos

alunos.

2. Realizar atividades para o domínio da leitura, escrita e cálculo, compreensão do

ambiente, das tecnologias, artes, política e valores humanos fundamentais para o

exercício da cidadania.

3. Propor atividades interdisciplinares que atendam as necessidades dos alunos – família

– escola e estejam de acordo com a proposta pedagógica da escola.

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4. Acreditar nas potencialidades dos alunos e dos profissionais da educação independente

de suas condições cognitiva, física ou sensorial, influindo positivamente em sua auto-

estima e confiança na vivência diária, na construção do conhecimento e na interação

com as pessoas e relação com a natureza e ambiente social do qual pertence.

5. Ter acesso á livros, revistas, materiais didáticos que favoreçam a construção do

conhecimento e a realização de experiências, atividades variadas e significativas para

o aluno.

6. Formar hábitos e atitudes essenciais para o trabalho escolar como: responsabilidade,

iniciativa, respeito, criatividade, organização, asseio, economia, cuidados com a

utilização e conservação dos materiais, persistência, pontualidade, análise – reflexão,

seleção, associação de idéias, tomada de decisões...

7. Promover palestras, eventos culturais, esportivos, envolvendo os pais , professores, a

comunidade em geral.

8. Favorecer momentos de formação continuada de todos os profissionais da educação

que atuam na escola.

9. Integrar e resgatar a família na escola para a melhoria da qualidade da educação dos

alunos através, principalmente, do bem querer e do bom tratamento atribuído aos

alunos.

10. Melhorar a relação professor – aluno, aluno – aluno, aluno – família, escola – Núcleo

de educação – SEED.

11. Estabelecer parcerias com a Secretaria do trabalho, recursos da comunidade, pessoas

experientes em atividades diversificadas, para promover cursos em que aprendam

juntos, nossos alunos, de classes especiais ou não, familiares e pessoas da

comunidade.

12. Valorizar, preservar o espaço físico da escola, bem como todo trabalho realizado pelos

alunos, professores, pessoas envolvidas no processo de aprendizagem e melhoria da

qualidade educacional da escola.

13. Proporcionar orientação familiar, orientação aos alunos quando necessário e aos

profissionais da educação participantes da escola.

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14. Fazer as adaptações necessárias à Proposta pedagógica da escola e à programação

Curricular sempre que necessário.

15. Oferecer programas educacionais adequados a alunos com dificuldades de

aprendizagem, tais como: Sala de Recursos e Sala de Apoio.

16. Organizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo coletivo de

reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico.

17. Buscar a integração entre as equipes pedagógicas das escolas do município.

Verificar as possibilidades de planejamento e realização das atividades para o início do ano

letivo de 2007 – entre professores municipais e estaduais, visando a capacitação dos mesmos

e a melhoria do processo ensino e aprendizagem.

MARCO SITUACIONAL

VISÃO

A sociedade vivendo neste mundo globalizado, vive na era da incerteza

(Morin, 2001), na qual , mais do que aprender verdades estabelecidas e indiscutíveis, é

necessário aprender a conviver com a diversidade de perspectivas, com a existência de

múltiplas interpretações de toda informação para construir, a partir delas, o seu ponto de vista

e/ou de partida.

Tudo no mundo existe de forma integrada, interdependente e, por isso, só

podemos compreender a natureza e a cultura através da integração de todo tipo de

conhecimento. Contudo, o mundo se apresenta cheio de desigualdades vinculadas às

condições econômicas, culturais, raciais... de comunicação e do conhecimento –aplicação

produtiva da informação – o qual deve ser socializado a todos.

Diante desta realidade, não se pode prever quais os conhecimentos específicos

que os cidadãos precisarão dominar dentro de 10 anos. Porém, o que se deseja , pela maioria

dos cidadãos deste mundo são pessoas mais flexíveis, eficazes, autônomas, capazes de

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enfrentar novas e imprevisíveis demandas de conhecimento e aprendizagem. (Pozo e Postigo,

2000).

O mundo se depara com enormes mudanças como o avanço das tecnologias

em comunicação, que integrou o mundo com incrível rapidez, mas com pouco harmonia; a

violência está presente a todo momento e em todos os lugares.

A evolução é tamanha e tão abrangente que poderia ser chamada revolução.

Uma revolução aparentemente silenciosa, principalmente nas estruturas básicas de

pensamento da sociedade, da qual todos nós participamos, com maior ou menor

comprometimento, em todas as áreas ou dimensões.

Assim, não se pode referir somente a novas teorias e tecnologias, mas

mudanças do mundo do ser humano, o qual precisa ser reportado articulando as qualidades de

ser, sentir, pensar e agir.

Neste quadro de mudanças, a educação tem real urgência de ser

redimensionada, incorporando novas metodologias, assumindo seu papel social, de

transformação da realidade em busca de melhoria de vida.

Este novo encaminhamento para a educação, baseado em novos modelos de

vida se faz presente no Brasil e em todo o planeta. No Paraná, verifica-se momentos

históricos significativos que demonstram mudanças e avanços, como os da década de 90, com

uma política Neo-liberal e a educação desenvolvendo competências e habilidades.

A SEED – Pr. revela uma indefinição de uma proposta pedagógica para o

Estado do Paraná e a necessidade de uma retomada de discussão coletiva sobre esta situação.

A partir de reflexões, avaliações percebe-se que a escola atual é o espaço e tempo de resgate

da principal função da escola: ENSINAR e Ensinar com qualidade. Ensinar conhecimentos

socialmente elaborados, cujo objeto é formar cidadãos capazes de atuar com competência e

dignidade na sociedade a que pertence, exercendo seus direitos e deveres.

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Contudo, os problemas enfrentados pelas escolas públicas continuam inúmeros

como o da evasão e grande número de repetência, a falta de motivação dos professores e a

desvalorização do professor pelo governo e sociedade.

Para que estes problemas sejam pensados e na busca de solução para eles, se

faz necessário um trabalho coletivo, de construção por parte de todos os profissionais da

educação – família – sociedade.

O PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA ESCOLA

A chegada da Destilaria Vale do Ivaí –Açúcar e Álcool no Município deu

início ao plantio da cana de açúcar. Aumentou muito a contratação de trabalhadores; novos

conjuntos habitacionais foram surgindo para atender a população que vem crescendo.

Assim, atualmente a Escola Virgínio Seco atende educandos dos Conjuntos:

Sol Nascente, Alto da Boa Vista, Virgínio Seco, Virgínio Seco 2, Cambará, Boa Vista, Jardim

Juju e alguns da zona rural.

A tendência é aumentar ainda mais a população ao redor da escola , pois mais

um conjunto está em fase de acabamento e um terreno foi loteado para venda de datas.

A maioria das famílias que fazem parte da nossa comunidade escolar trabalham

na indústria em funções diversas.

Os moradores dos conjuntos que fazem parte da nossa comunidade escolar são

trabalhadores volantes “bóias frias”, trabalhadores no cultivo de cana-de-açúcar. A maior

parte das mães também exerce ocupações rurais e parte delas dedica-se a trabalhos de limpeza

em outras residências. Os pais possuem o primeiro grau incompleto, ou seja, não chegam a

concluir a 4ª série do 1º grau, o que nem sempre possibilita o acesso a profissões capazes de

proporcionar melhores salários.

21



Observa-se que boa parcela do orçamento doméstico é absorvido pelo

pagamento de prestações de aluguel ou casa própria, o que não possibilita o acesso a outros

tipos de lazer além da televisão, passeios à igreja.

Os alunos ficam em casa sozinhos ou com irmãos mais novos, responsáveis por

esses, pela limpeza de casa e roupas, alimentação... enquanto os pais estão trabalhando. A

relação com os pais é mínima e a educação familiar praticamente não existe. Isto desencadeia

vários problemas: a falta de limites, falta de respeito, princípios e valores morais não

presentes e desconhecidos pelos alunos, desabafos e assistência ou orientação social. Questões

com drogas lícitas, ilícitas e prostituição estão presentes na vida das famílias, bem como a

gravidez precoce está acontecendo e aumentando numa velocidade muito grande;

adolescentes – mães sem orientação mínima para cuidar de si e muito menos para atender os

filhos. Estes problemas causam danos para suas vidas, desavenças familiares e/ou famílias

ficam desestruturadas .

Além dos problemas de educação familiar, não existe na comunidade lugares

para lazer, as crianças e adolescentes utilizam a quadra de esporte da escola nos finais de

semana.

Principalmente, os “bolsistas”, cada vez mais não demonstram interesse por

atividade nenhuma, pois recebem do governo remuneração que garante sua sobrevivência e

com a droga tudo fica fácil.

Contudo, alguns alunos sentem necessidade de atividades complementares: de

artes, artesanato, teatro, música, esportes...

Espera-se que essa situação melhore, pois o PETI (Programa de Erradicação do

Trabalho Infantil), foi reformado e conta com uma nova estrutura, tanto física quanto humana,

assim poderá garantir aos alunos inscritos um espaço de lazer e cultura com atividades

orientadas, pois ofertará aulas de violão, balé, esportes, capoeira, karatê, trabalhos manuais

dentre outros.

22



A escolarização dos pais, a renda familiar, a defasagem de idade-série e

necessidade de trabalhar são fatores que influenciam e afetam diretamente o desempenho dos

alunos na escola. Gera adolescentes sem expectativa de futuro.

Estas características da comunidade dificultam o trabalho pedagógico.

Exigindo muito do professor, que se sentem, muitas vezes incompetentes e desmotivados

diante de tantos problemas existentes na vida de alguns alunos.

MEIO AMBIENTE

“Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha vida, na minha cidade ou no meu bairro, acontece comigo. Então, eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida.” Herbert de Souza, o Betinho

É com este espírito participativo que a Escola procura conscientizar os alunos e

toda a comunidade que dela faz parte, para mobilizar-se e reunir sugestões de como cuidar das

questões ambientais. A participação da comunidade como um todo permite que haja sempre

uma preocupação em cada cidadão, no sentido de mobilizar-se e juntar esforços para os

cuidados necessários para preservar o ambiente.

A Escola se coloca como intermediadora da mobilização, quando oferece

espaço para a realização dos eventos, divulga-os entre todos os participantes e comunidade

em geral, organiza o encontro, registra, divulga e encaminha as decisões tomadas em

conjunto. Os segmentos sociais organizados são parceiros de fundamental importância,

quando contribuem para a execução dos projetos discutidos e formalizados na instância

escolar.

23



ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE:

Um dos conflitos dentro da prática pedagógica refere-se a alunos portadores de

necessidades educacionais especiais, como por exemplo, alunos disléxicos, quanto à

avaliação, terminalidade escolar. Devido ao comprometimento que alguns alunos apresentam,

há necessidade do professor tomar consciência e conhecimento da necessidade de ações

coletivas que permitam o desenvolvimento de suas potencialidades sociais, afetivas e

intelectuais, de forma que não fiquem á margem da sociedade ou sem perspectiva de vida.

Portanto, há necessidade do professor buscar aperfeiçoamento, uma constante formação para

que possa melhor desenvolver seus trabalhos.

MARCO CONCEITUAL

SOCIEDADE

Uma organização criada pelos homens e, conseqüentemente, produz a

realidade histórico-social, bem como o universo conceitual que a representa, as formas de

pensamento que lhe são próprias. Assim, o modo como os homens se organizam depende do

modo pelo qual se estabelecem as relações sociais de produção da sociedade.

Neste atual modo de produção as desigualdades sociais, culturais, econômicas,

de aprendizagem se fazem presente e o fracasso escolar é uma realidade.

Historicamente sabe-se que a exigência de igualdade não pára de evoluir

mesmo com as transformações que a sociedade esteve e continua sofrendo.

A sociedade vive em crises - e dentro de cada crise da sociedade que emergem

as novas formas de viver, trabalhar, de ver o mundo e ver os homens. Cada sociedade cria

suas necessidades, seus propósitos...

24



Apesar da crise econômica ou déficits de finanças públicas em nossa sociedade

é atribuída à escola objetivos que vão além do saber ler, escrever, contar, votar corretamente...

não se contenta mais em garantir o direito e obrigação de ir à escola.

Para enfrentar a globalização das trocas e da competição é preciso elevar o

nível global de formação das novas gerações, dando-lhes mais amplamente acesso ao

conhecimento historicamente produzido, aos estudos e uma autonomia de ação em sua

formação. É preciso que a maioria encontre sentido no trabalho escolar e possa agir com

responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum, buscar, refletir, sugerir - criar, e

transformar sempre que preciso. Assim, a principal ação da escola será de mediação entre os

alunos e os saberes historicamente produzidos pelos homens.

Não só a nossa sociedade, mas o mundo em que vivemos se apresenta cheio de

desigualdades vinculadas às condições econômicas, culturais, raciais... é a era da

comunicação e do conhecimento - aplicação produtiva da informação – o qual deve ser

socializado a todos.

Mesmo o conhecimento sendo o centro das atenções, não basta o acúmulo de

informações para produzir um sujeito educado. É preciso que pessoas estabeleçam relações,

correlações, analogias e articulações entre as informações para que adquiram significado,

possam ser utilizados e produzam novos conhecimentos. O mesmo acontece com o aluno na

escola. Ele constrói a realidade a partir dos instrumentos que produzem a sociedade e através

do acesso aos bens culturais é que se dá a aprendizagem.

Atualmente o que a sociedade mais deseja é a participação de todos, com

direitos de acesso à saúde, segurança, educação, cultura e trabalho, é exercer a cidadania.

25



CIDADANIA

O QUE É EDUCAR PARA CIDADANIA?

Educar para a cidadania demanda tempo, atenção, trabalho ; é um aprendizado.

E, como tal, é um desafio atual de toda comunidade desta escola. È fundamental educar e ser

educado.

Neste sentido, Moacir Gadotti considera que “educar para cidadania é

essencialmente consciência de direitos e deveres no exercício da democracia”, a qual se

fundamenta em três direitos: direito civis, como segurança e locomoção; direitos sociais,

como trabalho, saúde, educação, habitação, etc; direitos políticos, como liberdade de

expressão, de voto, de participação em partidos políticos e sindicatos, etc., baseados na lei e

no princípio de igualdade para todos. (Salto para o Futuro – Construindo a escola Cidadã,

MEC, 1998)

O movimento atual de uma escola cidadã, está desta forma, inserido em um

contexto histórico de busca de identidade. Neste movimento deve-se buscar a integração entre

educação e cultura, escola e comunidade, a democratização das relações, a luta de

recuperação e repetência , a visão interdisciplinar e transdisciplinar, a formação continuada

dos profissionais.

Estas ações supõe autonomia nas organizações, instituições, nas quais as

pessoas precisam se apropriar de informações para poder participar; precisam compreender o

funcionamento e as leis da administração, com base da democratização. A comunidade

precisa sentir-se respeitada e sentir prazer de exercer os seus direitos , de participar e executar

suas tarefas.

A descentralização deve ser uma constante na construção de uma escola

cidadã, apesar da resistência existente pelo corporativismo de educadores e pela burocracia de

órgãos de Estado.

Uma escola cidadã, com seus objetos bem claros e definidos deve apoiar-se na

autonomia ampla, na gestão democrática, com comunicação direta com seus membros, com as

26



escolas e SEED e, sempre avaliando o desempenho escolar ( pela comunidade interna, pais e

não técnicos externos a ela).

HOMEM

O homem, um ser social. Ele produz suas necessidades, como por exemplo a

escrita. Produziu a linguagem porque, ao produzir a sociedade – uma organização entre os

homens – produziu a necessidade de formas de comunicação. Produziu, também, a

necessidade de comunicar com o passado e com o futuro. Daí, a necessidade de registrar suas

experiências pela escrita. E desta forma, podemos interpretar a escrita como um fato histórico.

O homem dominou a produção... conseguiu produzir além de suas

necessidades imediatas. Criou a fábrica, a divisão de trabalho, colocou a energia das forças da

natureza ( ar, água, minérios) nas máquinas, criou técnicas para que as máquinas executem

tarefas dos mais pesados aos mais delicados. Efetivou a produção de massa. O homem

aparece como o animal racional que trabalha e tem sucesso.

O homem é produto de seu trabalho e através dele ele se humaniza. Assim, ao

mesmo tempo que age sobre a natureza, ele a modifica, modificando a sua própria existência

e, portanto, humanizando-se pelo trabalho. Este trabalho se instaura no momento em que o

homem lhe atribui uma intencionalidade ou finalidade. Assim, ele fabrica instrumentos ou

idéias, o que o faz diferente das outras espécies animais. Ele se distingue essencialmente dos

animais pelo trabalho. Ele necessita produzir continuamente a sua própria existência.

O homem aprende ser um homem. O que a natureza lhe dá quando nasce não

lhe basta para viver em sociedade. É preciso adquirir o que foi alcançado no decurso do

desenvolvimento histórico da sociedade humana.

As gerações humanas morrem, mas o que criaram passa às gerações seguintes

que multiplicam e aperfeiçoam através do trabalho.

Uma característica essencial do trabalho humano é que só se produz a partir

dos modos de produção anteriores.27



Mais do que nunca, o homem deve ser pensado através das relações que o

homem mantém com os outros homens na sociedade. O que importa é a história do homem

como principal personagem do mundo em suas relações sociais de produção dentro da

sociedade. E, apesar de ter conseguido dominar a natureza, não realizou até o momento a

igualdade entre os homens.

ESCOLA

A escola é a instituição criada pelo homem para garantir sua necessidade de

educação enquanto fenômeno próprio do homem. Esta educação trata-se da produção

intencional do saber, seja ele sobre a natureza ou cultura, visto que o homem realiza

representações mentais que incluem o aspecto do conhecimento das propriedades do mundo

real ( ciência), de valorização ( ética) e de simbolização (arte). Trata-se, assim, de uma

categoria do trabalho não material. A propagação da escola se deu, principalmente, com a

instalação da sociedade capitalista e burguesa. O maior trabalho da escola é ensinar. Ensinar o

que? Para quem? Quando? Onde? Conhecimentos que desvendam o funcionamento, a

organização, a vida econômica, política, cultural dos homens em uma sociedade, no seu

conjunto de suas relações. Deve –se ensinar a todos, indiferente de raça, cor, cultura, posição

social.... sempre e em todos os lugares que o homem vive.

Os recursos financeiros e humanos muitas vezes são insuficientes para o

desenvolvimento das tarefas das escolas; não recebe seu devido valor pela sociedade; as vezes

é ultrapassada em relação às evoluções, informações, conhecimentos e tecnologias. Vários

alunos apresentam-se desmotivados, sem perspectivas e valores morais, sem limites, com a

sexualidade precocemente desenvolvida e ao mesmo tempo encontra-se uma minoria

consciente de seu papel de cidadão, disposto a aprender ...

Possuem profissionais muito bons, mas também alguns que não se

comprometem com o processo de aprendizagem, são mal remunerados, desmotivados e

muitas vezes sentem-se culpados pelo mal desempenho dos alunos; o conceito e prática da

avaliação precisam ser revistos por parte de alguns profissionais, no Conselho de Classe, os

28



problemas são detectados, mas encontra-se muitas dificuldades em solucioná-los, pois em sua

maioria são de origem social, falta de apoio e orientação familiar e pais atribuindo suas

funções aos professores. O número de alunos por turma tem sido muito grande, dificultando

o trabalho do professor e as Salas de Recursos e de Apoio fazem o possível para dar um

atendimento de qualidade aos educandos, mas as dificuldades encontradas são muitas.

Apesar do discurso ser o mesmo entre os profissionais em relação a avaliação,

metodologias e conteúdos, ainda há dificuldades em contextualizar melhor os conteúdos a

serem estudados, ou seja, fazer a relação entre teoria e prática e a seleção do que é realmente

essencial e importante na avaliação, está sendo um aprendizado e uma nova caminhada para

alguns profissionais. O professor precisa estar mais atualizado aos acontecimentos, ler mais,

planejar... e a hora –atividade tão importante para que isto ocorra nem sempre é possível, uma

vez que para o professor para dar conta de sua carga horária precisa trabalhar nas diversas

escolas do município e, conseqüentemente, fica impossível montar um horário compatível

com o dia e horário previsto para o cumprimento da hora –atividade de cada disciplina. Uns

professores fazem sua hora-atividade em uma escola, outros em outra e a reunião entre eles

para estudo e discussão coletiva da prática pedagógica não tem acontecido, nem mesmo com a

equipe pedagógica.

Seria interessante que a hora-atividade fosse realizada em horário contrário às

aulas, mas também, muitos têm compromissos que não permitem ... como resolver?

Contudo, há professores que utilizam muito bem esta hora-atividade para

preparar suas aulas, corrigir tarefas de alunos, organizar livros, etc.

Há intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno

através de orientações, realização de atividades diversificadas, trabalhos de pesquisa, leituras

complementares e, muitas vezes junto com a Direção, Equipe Pedagógica e Pais.

O grande número de alunos em cada turma dificulta a qualidade de

aprendizagem de cada um, uma vez que o professor não tem condições de dar a atenção

necessária a todos e, em especial, aquele aluno com mais dificuldade de aprendizagem. É

29



importante que se repense o número de alunos por turma e a escola tenha mais autonomia ao

definir suas turmas; de acordo com as necessidades do grupo de alunos

A direção e equipe pedagógica procuram dar autonomia e apoio a todas as

atividades propostas pelos professores e equipe. Estão atentas a tudo o que acontece e sempre

colaboram com as reivindicações dos profissionais da escola, principalmente em relação a

formação continuada de professores e funcionários e, da comunidade escolar, de acordo com

as possibilidades e recursos que recebe. Contudo, se sente limitada ao atendimento de turmas

na ausência de professores , com a falta de profissionais para atender a biblioteca em período

contrário ás aulas; inspetor de alunos, porteiro e recursos financeiros para compra de materiais

pedagógicos... a informática, tão importante como recurso não faz parte da escola uma vez

que a mesma possui apenas um computador para uso por parte da equipe pedagógica e

professores.

Como a comunidade é muito carente de recursos financeiros, fica difícil a parceria

com empresas que possam contribuir na montagem de laboratório, além do funcionário

técnico, tão importante para a manutenção dos aparelhos.

A partir desta realidade pensa-se : que escola deseja a sociedade? Os

professores? Os alunos? A contribuição da escola consiste em explicitar teoricamente a

realidade – entendida como prática social; ela reflete sempre o social Estas contradições

precisam de um novo redimensionamento dos propósitos e práticas pedagógicas, os quais

pode acontecer de uma nova maneira de se ler, decodificar os dados já existentes.

E, para que isto aconteça é preciso que todos os profissionais e comunidade

envolvidos com o processo educativo se envolvam, tenham um compromisso real e estejam

dispostos a aprender e trabalhar coletivamente.

EDUCAÇÃO/ESCOLA

Apesar de todas as conquistas obtidas, o homem não conseguiu oferecer à

sociedade contemporânea o acesso aos bens de consumo, a igualdade de oportunidades, a

justiça social e a prática da plena cidadania.

30



Neste quadro que as injustiças aumentam e a exclusão social está presente e

sedimentada em todas as classes, as ações que possam amenizar este quadro, passam

necessariamente pela Escola. É ela, enquanto instituição, a responsável na produção e

elaboração do conhecimento, capaz de dotar o homem de requisitos para enfrentar os desafios,

diminuir as desigualdades e promover o equilíbrio, conciliando o progresso material e

eqüidade, com respeito e solidariedade entre as pessoas, à natureza e obter uma convivência

onde todos só têm a ganhar.

A busca de alternativas que possam avançar rumo a sociedade ideal tem seus

registros históricos através da preocupação da sociedade nas lutas de classes, nas entidades,

nas organizações não governamentais, que no sonho por melhorias acionam por vez as

autoridades governamentais que em respostas, muitas foram as Leis elaboradas e aprovadas

com o intuito de organizar, disciplinar e assegurar o que por direito a sociedade reclama.

Hoje, com a nova Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº

9.394/96, que no longo período de tramitação, procurou captar os anseios e necessidades de

um povo, para definir os rumos da educação brasileira, unificando os parâmetros curriculares,

aumentando o período letivo, fortalecendo a vida familiar, a convivência humana, o trabalho,

as instituições de ensino e pesquisa, os movimentos sociais, as organizações da sociedade

civil e as manifestações culturais, vinculando sempre a prática escolar com o mundo do

trabalho e à prática social.

No entanto, é necessário acima de tudo, a consciência de que uma nova postura

onde a relação homem/sociedade, homem/natureza, seja implantada com novos valores, tendo

como princípios os definidos na nova LDB, ou seja, igualdade de condições, liberdade de

aprender e respeito ao pluralismo de idéias, resultado das diferentes culturas das quais o

homem é o sujeito que age, que produz, mas que acima de tudo sofre as influências e como

tal deve ser aproveitada para que cresça em sua formação e possa assimilar e aproveitar os

avanços tecnológicos, resultado dos progressos registrados pela Ciência, sem com isso perder

sua origem, sua verdadeira identidade.

31



Para isso a Educação para a Cidadania requer que questões sociais sejam

apresentadas para a aprendizagem e reflexão dos alunos num currículo dotado de flexibilidade

, com conteúdos, conhecimentos que serão utilizados pelos alunos como recursos necessários

para orientá-lo, seja para participar ou intervir na escola, na sociedade ou no mundo onde

vive. A educação deve corresponder às finalidades que a sociedade atribui ao ensino-

aprendizagem.

Mas, como trabalhar a diversidade no espaço escolar em suas diferentes

manifestações com o intuito da promoção da cidadania?

A escola precisa mais do que nunca conhecer e aceitar a realidade da sua

comunidade e acreditar no potencial de cada aluno e que todos, indiferente de cultura, raça,

cor, religião...podem aprender. Cada aluno deve ser visto na sua totalidade, como ser histórico

e único, capaz de aprender.

Desta forma, precisa urgente de recursos humanos, financeiros, físicos e

materiais que possibilitem a execução de suas tarefas; de mais autonomia na administração

dos recursos que recebe do governo; professores bem remunerados, com capacitação

continuada e permanente, comprometidos com a educação, com ética, respeito; de equipe

multidisciplinar para atendimento de alunos, pais, professores e funcionários; de pais

exercendo o papel de pais, acompanhando , orientando seus filhos, educando-os; de

reconhecimento e/ou valorização de seus profissionais.

A escola está buscando um ensino de qualidade capaz de formar cidadãos que

interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não somente para satisfazer as

exigências do mercado de trabalho.

Pensando assim, a educação – escola precisam conquistar sua identidade e num

processo avaliativo constante, estabelecer parcerias e envolvimento nos projetos educativos

que assegurem a permanência e o êxito de sua clientela, tornado-o um cidadão capaz de

ocupar o seu espaço e responder às necessidades próprias e da sociedade contemporânea.

32



Para melhor desempenhar o seu papel e/ou função de forma satisfatória, a

Escola Estadual do Conjunto habitacional Virgínio Seco – Ensino Fundamental, procurou

envolver todos os componentes de sua Comunidade Escolar, num trabalho coletivo na

elaboração da Proposta Pedagógica procurando respeitar e valorizar as potencialidades dos

alunos, da cultura... da comunidade a qual pertence.

Esta proposta pedagógica coletiva deseja valorizar a auto-expressão (livre,

criativa e crítica), a co-responsabilidade (participação, a iniciativa e colaboração, a

curiosidade e a autonomia na construção do conhecimento e autovalorização ( melhorar,

aumentar a auto-estima) dos alunos, professores...

CONHECIMENTO

A informação compõe-se de dados arranjados coerentemente, de modo a

ganhar um significado. Mas não basta o acúmulo de informações para uma pessoa ter sucesso;

ela precisa estabelecer relações, articulações entre as informações para que adquiram

significado para que possa aplicar a informação e, assim, poderá transforma-se em

conhecimento. Isto significa que o conhecimento e a ação se conjugam.

O conhecimento é resultado de um complexo processo de construção,

modificação e reorganização utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos

escolares, o mundo do qual faz parte. E, assim, a escola deve trabalhar os conhecimentos

numa perspectiva interdisciplinar, na qual privilegia a interconexões disciplinares.

A qualidade da educação não está apenas na socialização do saber, do

conhecimento, mas na capacidade de reconstruí-lo. É preciso manejar criativamente o

conhecimento e desenvolver a capacidade de saber pensar para intervir com sucesso e

produtividade.

É importante destacar que a criança se apropria de noções de conhecimento à

medida que age, observa e relaciona os objetos do mundo físico. É no processar dessas

33



interações que a criança incorpora dados e relações e é enfrentando desafios e trocando

informações umas com as outras e com os adultos que elas se desenvolvem.

No processo de construção do conhecimento, os conteúdos curriculares

propostos devem ser gradativamente ampliados e complexificados, na medida em que a

criança perceba as várias relações entre os mesmos e a realidade que os determina.

A má utilização do conhecimento compromete a eficiência do ensino e da

aprendizagem. Cabe a escola proporcionar ao aluno a construção de conhecimentos

significativos. Enquanto fato histórico-social, a aquisição e domínio de conhecimentos

demandam de uma mediação daqueles que já possuem. Essa mediação não se limita à

facilitação do encontro do sujeito com o objeto de conhecimento, mas exige uma interação

com aquele que já se apropriou desse objeto. É nesse processo que o Ensino se apresenta e a

Aprendizagem se realiza.

ENSINO

Mudar as formas de aprender dos alunos requer também mudar as formas de

ensinar dos professores. A escola considerava até o séc. XX que as crianças aprendiam

basicamente ouvindo o professor e repetindo o que ele dizia. Essa forma de ensinar é muito

limitada, além de desconsiderar os processos de aprendizagem. Hoje sabemos que não cabe ao

professor proporcionar conhecimentos como se fossem verdades acabadas. Ele deve propor a

construção da sua verdade a partir de tantas verdades parciais Por isso, o ensino não é mais a

primeira fonte de conhecimento e aprendizagem para os alunos. Pode-se caracterizar o ensino

como uma atividade intencional e não mais uma atividade focada, centralizada no professor.

Ensinar não é só dar aula e utilizar uma nova metodologia e nem ensinar a

maior quantidade possível de conteúdos favorece o sucesso do aluno ou faz melhorar a

atuação do aprendiz.

34



Deixa de ser o ato simples de transmitir informação e passa a ser o de criar

ambientes de aprendizagem e o que implica em atribuir significado para poder atuar e

melhorar a qualidade de vida.

Um dos maiores desafios do ensino requer apropriar-se de novas formas de

aprender e de relacionar-se com o conhecimento, isto é, dotar os alunos de capacidades ,

modos de pensar que lhe permitam utilizar a informação que recebem e possam converter a

informação em conhecimento, em um saber ordenado, sistematizado.

Não é só em sala de aula, com giz, lousa e exposição do professor que o

ensino acontece e o aluno aprende.

A partir de questões como o que o professor deseja realmente que os alunos

compreendam? Como sabe que eles estão compreendendo? Como eles sabem se estão

compreendendo os conteúdos? Será possível ensinar.

Quando um aluno percebe, passa a identificar problemas e belezas que antes

não eram percebidos o professor ensinou, o aluno aprendeu e está exercendo a cidadania.Esta

atitude, por exemplo, que a sociedade deseja que a escola cumpra – prepare o aluno a exercer

a cidadania.

O ato de ensinar hoje, exige muito do educador. O mesmo deve estar preparado

para trabalhar com a diversidade multicultural e pluriética. Os educandos não são iguais, logo

não aprendem da mesma maneira. Assim o ensino deve atender a especificidade de cada

aluno, oferecendo conhecimento capaz de garantir o direito do educando exercer a cidadania,

ou seja, que tenha postura para agir com objetivos de direitos e de cumprimento de deveres.

APRENDIZAGEM

A aprendizagem deve significar uma tarefa comum, uma caminhada feita em

conjunto, durante a qual todos aprendem e, sobretudo aprendem a aprender.

Na escola quem aprende é o aluno e o professor, uma vez que pensam,

manifestam seus pensamentos através da fala (Linguagem) , do sentir, perceber e das trocas 35



de experiências ou das relações que se estabelecem. A aprendizagem depende da

predisposição de querer aprender, dos interesses e necessidades de cada um e/ou do grupo. É

manifestada quando se aplica o conhecimento construído e/ou automatiza certas regras do

conhecimento, como por exemplo: as técnicas operatórias ou quando uma pessoa usa a

linguagem adequadamente pela experiência de gerações precedentes, ela manifesta sua

aprendizagem.

A aprendizagem se realiza através do acesso aos bens culturais e o professor é

de fundamental importância no desenvolvimento da capacidade de percepção, de construção e

reconstrução do conhecimento.

Por isso, ele deve adequar suas intervenções a maneira de aprender de cada

aluno em respeito às diferenças individuais e cumprir a finalidade da intervenção educativa.

Deve utilizar estratégia de planejamento e de atuação para responder as necessidades de

aprendizagem de seus alunos, com critérios para as tomadas de decisões em relação ao que,

como, quando e qual a melhor maneira de organizar o ensino e de modo que todos aprendem,

expressem uma visão de mundo mais articulada com o todo, compreendendo e participando

da prática social com sucesso. Isto não significa ensinar o que o aluno querem, mas

ultrapassar a sua realidade imediata. Desta forma, a categoria chave do professor é trabalhar o

cidadão, fazendo articulação entre projetos individuais e coletivos, em prática e teoria.

O professor assume a atitude de agente de atualização permanente, gerindo seu

próprio processo de aprendizagem, dos colegas e alunos, contribuindo para a organização,

manutenção e aperfeiçoamento de experiências pedagógicas. Torna-se o agente promotor de

mudanças.

Essa prática pressupõe que os alunos sejam sujeitos de seu processo de

aprendizagem e que construam significados para o que aprendem, por meio de múltiplas e

complexas interações com os objetivos de conhecimento, tendo, para tanto, o professor como

mediador e interventor e, o erro como fundamento da aprendizagem.

A escola precisa estar atenta às diversas influências para que possa propor

atividades que favoreçam aprendizagens significativas. Deve lembrar sempre que aprender 36



não é apenas sentar numa sala de aula e receber informações. Aprender é viver e as salas de

aula devem ser espaços de convivência, de conquistas e integração / interação entre alunos,

professores, pais, diretores, funcionários e comunidade em geral. Deve ter claro também que a

função principal da escola e do professor é a mediação entre os alunos e os saberes

historicamente produzidos pelos homens ou entre os conteúdos (conhecimentos) e

potencialidades e história de cada aluno e que a aprendizagem só se realiza num espaço de

convivência, de relações humanas agradável.

“...só há educação humana na comunicação, no diálogo, na interação entre

humanos...” ARROYO, 200, p. 165.

É como considera Pozo: “... aprender se constitui uma exigência social

crescente que conduz ao paradoxo: cada vez se aprende mais e cada vez se fracassa mais na

tentativa de aprender.”

O redimensionamento do papel do professor é considerado o principal

componente da aprendizagem. Cabe ao professor criar atividades mediatizadas a partir do que

os alunos já sabem para oportunizar-lhes a construção de novos conhecimentos.

Os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem nem sempre podem

participar dos Programas ofertados pela escola, principalmente para aqueles alunos que

residem na zona rural, sem ter alguém para atende-lo no horário de almoço e/ou por ter

transporte no horário contrário de suas aulas. Há também muita dificuldade da participação

familiar diante da necessidade de trabalho dos pais, ou seja, aluno não tem a presença dos pais

durante o dia em função dos trabalhos que realizam.

Uma outra grande dificuldade encontrada no processo de aprendizagem são as

metodologias adotadas pelos professores (com uma carga horária muito grande de trabalho,)

que nem sempre são interessantes ou significativas para os alunos e, conseqüentemente, não

favorecem a aprendizagem.

Quando a relação entre o aluno e professor não é muito boa, sempre a

aprendizagem fica prejudicada. Há necessidade de se estabelecer um vínculo afetivo entre eles

37



e muitas vezes não acontece tendo em vista o pouco tempo disponível para o professor

conhecer bem seus alunos; sempre conhece aqueles ótimos alunos ou aqueles que apresentam

problemas disciplinares.

Nem sempre é possível fazer uma avaliação mais específica ou adequada para

alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. Por isso, a escola deveria ter uma

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR que possa atender estes alunos, possa orientar os

professores, alunos e pais quanto a melhor maneira ou métodos de trabalho ou , ainda, fazer

os devidos encaminhamentos e orientações a todos os envolvidos com o aluno/s. é

importantíssimo o aluno ter atendimento de médicos, assistentes sociais, psicólogo,

fonoaudiólogo... sempre que necessário para que aconteça a melhor e real aprendizagem.

A inclusão se realiza na escola, mas ainda há discriminações, principalmente

relacionadas às diferenças sociais e culturais, ao gordo – magro, aos homosexuais e aos

portadores de necessidades educativas especiais...

A dificuldade maior está relacionada ao domínio de conhecimento nas

diferentes isciplinas. Isto geralmente acontece porque nem sempre a escola tem oportunidade

de trabalhar estas questões. Primeiro, o tempo disponível de trabalho em sala de aula é muitas

vezes insuficiente para o desenvolvimento do trabalho planejado, o número de alunos por

turma é muito grande, o que dificulta o atendimento individualizado aos alunos que

necessitam . Apesar dos professores terem formação universitária e a maioria curso de

especialização na área de atuação, nem sempre possuem formação profissional adequada para

atender esta diversidade de alunos em sala de aula.

Um outro fator que tem dificultado o processo de aprendizagem na escola é na

ausência de professores, seja por doença ou quando saem para participar de curso ou

formação continuada. Mesmo o professor deixando tarefas, não há profissional que atenda as

turmas e o trabalho sempre fica a desejar. Há necessidade urgente de pensar, repensar e

encontrar estratégia que possa não prejudicar a aprendizagem do aluno na falta de um

professor.

38



MEIO AMBIENTE - ( AGENDA 21 )

“Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha vida, na minha cidade ou no meu bairro, acontece comigo. Então, eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida.” Herbert de Souza, o Betinho

É com este espírito participativo que a Escola procura conscientizar os alunos e

toda a comunidade que dela faz parte, para mobilizar-se e reunir sugestões de como cuidar das

questões ambientais. A participação da comunidade como um todo permite que haja sempre

uma preocupação em cada cidadão, no sentido de mobilizar-se e juntar esforços para os

cuidados necessários para preservar o ambiente.

A Escola se coloca como intermediadora da mobilização, quando oferece

espaço para a realização dos eventos, divulga-os entre todos os participantes e comunidade

em geral, organiza o encontro, registra, divulga e encaminha as decisões tomadas em

conjunto. Os segmentos sociais organizados são parceiros de fundamental importância,

quando contribuem para a execução dos projetos discutidos e formalizados na instância

escolar.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA - INDÍGENA

O termo negro começou a ser usado pelos senhores para designar

pejorativamente os escravizados e este sentido pejorativo se estende até a atualidade. São

feitas brincadeiras, piadas de mau gosto sugerindo a incapacidade, ridicularizando os traços

físicos, os cabelos, a cor da pele, apelidos depreciativos, desvalorizando os cultos de raiz

africana, o que discrimina e desrespeita a cultura negra e, conseqüentemente a cultura

brasileira. Estas atitudes demonstram o racismo e a discriminação racial em nosso país.

Uma das grandes tarefas escolares está em promover a superação do racismo e

da discriminação racial.

39



Pensando assim, o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira deverá ser

desenvolvida no cotidiano da escola, como conteúdo de disciplinas, principalmente, História

do Brasil, Literatura e Educação Artística.

É preciso dar possibilidades aos professores e alunos de conhecimento e

valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na construção da

história e da cultura brasileira. Os professores deverão direcionar positivamente as relações

entre pessoas de diferentes grupos étnico-racial, reeducando as relações entre negros e

brancos no sentido de corrigir posturas, atitudes e palavras que impliquem desrespeito e

discriminação.

A escola trabalhará destacando a importância e valorização da diversidade

cultural, racial na formação da história e cultura nacional, oferecendo conhecimentos para

todos poderem atuar como cidadãos responsáveis e participantes.

O respeito aos valores, visões de mundo, raciocínio e pensamento de cada um

deverá ser realizado por diferentes meios, em atividades curriculares ou não. Datas

significativas devem ser assinaladas e trabalhadas pela escola toda, em forma de projetos,

unidades de estudos ou programas:

- 13 de maio – Dia nacional de Denúncia contra o Racismo – divulgação dos significados

da Lei Áurea para os negros

- 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência negra

DIVERSIDADE DE GÊNEROS E INCLUSÃO SOCIAL

É indubitável que a Escola é local propício e fértil para colocar em pauta e debater as questões

de gênero, bem como a situação dos sujeitos que historicamente encontram-se excluídos e sã

alvos de discriminação. Isto posto, a Escola deve oportunizar momentos para discussões e

reflexões sobre estas questões, de forma que a partir delas seja possível criar mecanismos de

inclusão na escola e de enfrentamento aos diversos preconceitos existentes e dessa forma

40



procure assegurar o direito ao acesso e a permanência desses sujeitos, primando pelo êxito

escolar num processo educacional de qualidade.

AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ESCOLA

O acesso às tecnologias de informação e comunicação possibilita a abertura de um

leque de possibilidades que viabiliza a ampliação das transformações sociais necessárias rumo

a uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento.

Constatado o fato de que o processo educacional não pode ficar alheio a temática das

tecnologias de informação e comunicação na Escola, as mesmas devem ser inclusas e fazer

parte deste processo. No entanto, imprescindível que se ressalte que essas ferramentas, bem

mais do que meros instrumentos ilustrativos, devem estar atrelados a um procedimento que

proporcione reflexões críticas a todo os envolvidos no processo educacional.

ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA

Ao trabalhar esse desafio, buscar-se-á a ampliação da compreensão e formar uma

consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola em espaço onde o

conhecimento toma o lugar da força.

O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos profissionais

da educação sobre as causas da violência e suas manifestações, bem como a produção de

material de apoi didático-pedagógico.

PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer

tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de

valores e crenças pessoais. Por meio da busca de conhecimento, educadores e educandos são

instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio

41



educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano

como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas,

narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.

AVALIAÇÃO

“... descobri que avaliar é aprender a avaliar. Também se aprende e que todos precisam ter o direito de realizar esta aprendizagem”. Eronita Barcelos

Para Luckesi, o caminho do professor que avalia é o de reavaliar a

aplicabilidade de seu método, de suas avaliações e de sua postura enquanto educador. O

professor deve estabelecer o mínimo necessário a ser aprendido efetivamente pelo aluno para

poder acompanhar o desenvolvimento das potencialidades dos alunos e ajudá-los em suas

dificuldades.

A escola deve avaliar o aluno, o professor, o currículo, a direção... mudar

aquilo que tem que ser mudado; explicitar sua proposta educacional na matrícula; trabalhar a

família no sentido de se preocupar com a vida escolar durante todo o ano letivo e não somente

no final do ano e para não entrar no esquema de esforço-recompensa, que gera dependência

de um estímulo para atingir um objetivo de vida; estabelecer critérios de medida entre os

educadores e responder à perguntas básicas:

- o que desejo que os alunos compreendam?

- Como sei que estão compreendendo? aprendendo?

Estas perguntas depois de respondidas devem fazer parte do Conselho de

Classe, como fonte para reelaboração das práticas pedagógicas de cada turma.

Diante destes questionamentos, pensa-se que a avaliação estando presente em

todo os momentos, deve partir daquilo que o aluno já conhece, observar e registrar,

acompanhar o crescimento – desenvolvimento como pessoa participante da sociedade e que

pode intervir nela, desafiar o aluno a mostrar o que sabe e sabe fazer, medir suas

42



potencialidades utilizando-se da auto-avaliação sempre que possível. E, assim, a avaliação

deve abrir possibilidades para preparação de novas escolhas e conhecimentos.

O registro da avaliação é feito pelo professor em livro próprio através de

anotações, que no final de cada bimestre é somada e convertida em uma única Nota bimestral.

O processo de avaliação é contínuo, cumulativo, tendo caráter diagnóstico, em

que o professor acompanha, coordena e orienta o processo de construção de conhecimento do

aluno, verificando os vários estágios de desenvolvimento cognitivo, social, afetivo... , e não os

julgando apenas pelos erros e acertos. Para isto, o professor utiliza vários instrumentos ou

formas de avaliação.

Os principais critérios estão relacionados à participação, interesse,

responsabilidade, organização, iniciativa aos trabalhos realizados, a criatividade, as relações

de cooperação, solidariedade, as possíveis análises, associações de idéias, aplicação ou uso do

conteúdo na prática, sempre que possível, de acordo com o planejamento bimestral de cada

disciplina.

Assim, a avaliação é uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e

aprendizagem e que envolve não somente o professor, mas também alunos, pais e a

comunidade escolar.

O professor, na avaliação, obtém elementos para uma reflexão contínua sobre a

sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que

devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de

aprendizagem individual ou de todo o grupo.

O professor e a escola devem providenciar atividades e metodologias de ensino

diversificadas para o aluno realizar sua aprendizagem satisfatória.

A recuperação com mais uma prova podem até recuperar a nota, mas nem

sempre a aprendizagem.

Os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem devem ser

encaminhados para avaliação com especialistas, seja, psicólogo, neuropediatras,

43



fonoaudiólogos, fisioterapeutas, etc , conforme as características de cada aluno observado

pelos professores. Conforme as avaliações realizadas, se necessário, estes alunos devem

participar das SALAS DE RECURSO OU SALAS DE APOIO.

Para estes alunos, em especial, os de 5ª série, o currículo deve propor

atividades diversificadas, que contemplem a efetivação de aprendizagens, que valorizem o

potencial de cada um e o melhor relacionamento no grupo, na turma da qual faz parte e dos

colegas de toda a escola.

Os alunos portadores de necessidades educacionais especiais, de acordo com a

LDB 9394/96, resolução do Conselho Nacional de Educação, de 11 de setembro de 2001 e

deliberação nº 2/2003, garantem a terminalidade específica destes alunos e para tanto a

avaliação deve ser diferenciada, atendendo as necessidades destes alunos.

Os alunos considerados e avaliados como superdotados também merecem um

atendimento diferenciado e a avaliação indicará os encaminhamentos necessários para a

aceleração de série se for o caso.

Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,

dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das

ações educacionais demandam maior apoio.

Pensar a avaliação dessa forma significa pensar no processo de ensino-

aprendizagem como um todo, fazê-lo trabalhar a favor da permanência do aluno na escola,

buscando uma aprendizagem efetiva e significativa. Ressaltando que a recuperação de

estudos deve ser um processo automático paralelo ao desenvolvimento dos conteúdos.

CONSELHO DE CLASSE

O conselho de Classe constitui um momento de reflexão sobre as práticas

presentes no dia-a-dia escolar, com objetivo de atingir a real aprendizagem dos alunos.

44



Por isso, devem participar do Conselho de Classe todos os envolvidos com

cada turma de alunos: direção, equipe pedagógica, professores, aluno representante de turma,

um membro do Conselho escolar e da APMF.

Todos devem acompanhar a aprendizagem dos alunos, diagnosticar as causas

que interferem no processo educativo e reorientar as ações dos professores e alunos e, quando

necessário, da escola como um todo. Assim, deve administrar conflitos, modificar o

planejamento quando necessário, propor alternativas interdisciplinares, intervenções no

processo de aprendizagem do aluno, buscar estratégias que auxiliem na interação aluno-

conhecimento, instrumentos de avaliação que melhor descrevam a aprendizagem dos alunos.

Assume-se o espaço do Conselho de Classe como espaço de auto-avaliação e

autoformação de todos aqueles que dele participam. Suas reuniões possibilitam a construção

de um olhar crítico sobre o próprio trabalho, na perspectiva do conhecimento pessoal e global

da escola.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um colegiado formado por todos os segmentos da

comunidade escolar: pais, professores, alunos, direção e demais funcionários. Por meio dele,

todas as pessoas ligadas à escola podem fazer representar e decidir sobre aspectos

administrativos, financeiros e pedagógicos. Ele analisa o desempenho, os problemas e as

potencialidades da escola e propõe soluções. É um instrumento de uma escola autônoma, com

base da democratização da gestão escolar.

Todos os membros do Conselho são eleitos por voto direto, por seus pares,

exceto o diretor. Participam com direito a voz e voto somente os membros eleitos.

45



A APMF

A APMF foi consolidada para existir a participação da Comunidade Escolar

nas ações administrativas e subsidiar o acompanhamento do processo educacional, assistência

ao escolar e integração família-escola.

Assim, possui seu estatuto.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A elaboração da Proposta Pedagógica da Escola estadual do Conjunto

Habitacional Virgínio Seco – E. F. é fruto de uma ação e pesquisa trilhada pelos professores,

equipe pedagógica, funcionários, pais, alunos... Todo este caminho se apoiou em princípios

como:

“ (...) o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto de homens”. (SAVIANI, 1992, p.21)

- a organização da proposta tem como finalidade maior a de garantir iguais

possibilidades de acesso aos bens culturais e ser instrumento de democratização das relações e

de socialização do saber produzido historicamente pelos homens e, instrumento de construção

coletiva da identidade da escola

- a proposta pedagógica e o regimento escolar devem acolher com autonomia e

senso de justiça o princípio de identidade pessoal e coletiva dos professores, funcionários,

alunos e pais da escola

- os alunos são seres que aprendem e, portanto, é preciso acreditar no potencial

de cada aluno e respeitar a diversidade cultural, física, financeira, etc , de todos

- necessidade de incorporar os princípios de ética, autonomia, responsabilidade,

solidariedade, respeito, direitos e deveres da cidadania, sensibilidade , criatividade,

diversidades, expectativas sociais, mudanças... á todas as ações pedagógicas;46



- os conteúdos considerados como fontes de idéias e ações transformadoras, que

levam os alunos a criarem respostas, soluções para os desafios da realidade em que vivem

- os meios, os recursos pedagógicos devem ser os mais variados a fim de que a

aprendizagem seja uma atividade dinâmica e agradável, principalmente para o aluno

- a importância da flexibilidade metodológica, permitindo o professor adequar

sua prática ao contexto e ao aluno, voltada para a formação do ser humano, independente de

suas limitações, promovendo o desenvolvimento de suas potencialidades e valores, incluindo

a participação coletiva e o compromisso com a qualidade de vida de cada um

- a utilização de diferentes instrumentos e registros dos resultados de avaliação e

de formas de recuperação adotadas pela escola

- de discussão e análise de práticas pedagógicas em reuniões, Conselho de

Classe, hora/atividade...

- participação de formação continuada de diretores, funcionários, professores e

equipe pedagógica.

A escola se organiza para promover as discussões em torno da organização do

conteúdos, abordagens metodológicas e critérios de avaliação por disciplinas.

A língua estrangeira ofertada é a Língua Inglesa, a qual é trabalhada e incentivada

para melhor compreensão do mundo.

Os estudos sobre história e geografia do Paraná estão inseridos na composição

curricular das disciplinas de História e Geografia.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A METODOLOGIA deve ser dinâmica, flexível e adequada a cada disciplina

e/ou conteúdo a ser desenvolvido, de modo a favorecer o diálogo e as relações sociais e o

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compromisso com a conquista da autonomia e concretização de uma vida cidadã, de melhor

qualidade.

- Observação pelo professor dos interesses, habilidades, potencialidades,

necessidades, dificuldades dos alunos para ter base para elaboração de

planejamentos e projetos

- Avaliação contínua, constante, cumulativa e recíproca ( professor-aluno; aluno-

escola e escola-aluno...)

- Utilização de diversos instrumentos de avaliação – pesquisas, debates, exercícios

diários, provas objetivas e subjetivas, exposições de trabalhos.... o erro como

fundamento da aprendizagem

- Intervenções constantes do professor no processo de aprendizagem

- Discussão contínua e coletiva da prática pedagógica e quando preciso, também a

individual

- Reuniões com pais sobre a importância do trabalho escolar e vida escolar dos

filhos

- Aulas expositivas

- Trabalhos em grupo

- Palestras

- Jogos dirigidos

- Entrevistas

- Visitas – passeios

- Pesquisas

- Montagem de dados em forma de gráficos, tabelas....

- Relato de experiências

- Confecção de cartazes informativos, artísticos e propaganda

- Expressões artísticas – verbais e não verbais ( dramatização, dança, construção de

materiais de sucata, trabalhos artesanais...)

- Uso da informática pelos professores na escola

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- Busca de informações – conhecimentos atuais

- Utilização de diversos materiais didáticos, conforme os conteúdos e necessidades

- Parcerias com outras instituições Públicas ou Particulares do município

- Reuniões com professores, pais, pessoas da comunidade escolar sobre assuntos do

interesse e necessidades da comunidade e da escola

- Realização de planejamento de atividades utilizando a hora-atividade e

realimentação do mesmo sempre que necessário

- Cuidados e organização dos materiais escolares e da escola; preservação e

conservação dos espaços naturais da escola

- Resgate de valores humanos essenciais para a melhoria da qualidade de vida,

reconhecimento e respeito aos limites e regras de boa convivência social e às

diversidades culturais dos alunos e colegas

- Capacitação continuada de professores, funcionários para melhoria da qualidade

de ensino

Para estes alunos, em especial , os de 5ª série, o currículo escolar deverá ser

trabalhado com atividades bem diversificadas, que contemplem a efetivação de

aprendizagens, que valorizem o potencial de cada um e o melhor relacionamento no grupo, na

turma da qual faz parte e dos colegas de toda escola.

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

A própria legislação e as normas regulam e determinam formas rígidas de

organizar o tempo do professor, dos alunos e demais profissionais., e a quantidade de aulas

que cada disciplina deve cumprir nos currículos. Até mesmo o tempo de duração de uma

hora/aula é objeto de definição normativa da escola – de 50 minutos.

A organização do espaço interno cabe a responsabilidade de cada profissional,

considerando que a sala de aula deve ser um local onde o currículo cria vida. Assim, a

disposição dos alunos pode ser variada. Exemplo: carteiras , uma atrás das outras; carteiras

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dispostas em círculos; carteiras formando pequenos grupos; aulas ao ar livre, na biblioteca,

etc.

O arranjo das salas deve também permitir que o professor possa trabalhar dois

grupos em atividades diferentes, por exemplo enquanto um desenvolve atividades de

recuperação, os outros podem estar envolvidos com leituras, montagem de cartazes,

curiosidades, etc

A escola precisa estar atenta para que todo seu espaço e tempo estejam

destinados a aprendizagem, à construção de conhecimentos.

A organização de turmas segue as orientações do Núcleo de Educação.

Contudo, a escola prioriza o menor número de alunos para as turmas de 5ª série, tendo em

vista as dificuldades que os alunos apresentam até mesmo para se orientarem em relação a

cada disciplina e relacionar o professor a sua disciplina.

A escola apresenta as seguintes turmas:TURMAS Nº DE ALUNOS PERÍODO

5ª A 28 Manhã

5ª B 24 Tarde

5ª C 17 Noite

6ª A 29 Manhã

6ª B 21 Tarde

6ª C 18 Noite

7ª A 20 Manhã

7ª B 23 Manhã

8ª A 18 Manhã

8ª B 16 Manhã

8ª C 19 Noite

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CONVIVÊNCIA - A RELAÇÃO ENTRE ALUNOS, PAIS, FUNCIONÁRIOS E PROFESSORES

O cotidiano da escola implica uma série de relações: professor/professor,

aluno/professor, professor/pais, pais/direção, direção/professor, diretor/alunos,

diretor/professor/núcleo de educação/ SEED. Por serem relações humanas, são cheias de

contradições, complexidades, problemas, falta de profissionalismo e compromissos, aliado a

falta de recursos físicos, materiais, financeiros, o trabalho pedagógico fica comprometido.

Problemas relacionados com a educação são problemas da coletividades, da

sociedade e não apenas do governo.

Para a construção de uma boa convivência na escola existe a necessidade do

envolvimento da equipe pedagógica, professores, alunos, pais, comunidade externa. A

maneira de pensar e agir, a reflexão coletiva sobre a realidade leva a escola a criar sua

identidade, o que facilita todo o processo de relacionamento.

Para que a convivência seja a melhor possível, para resolver os desafios da

escola que atenda às contínuas exigências e novas demandas da sociedade, ações bem claras

devem compor normas para regular relações entre todos:

1) gestão compartilhada; gestor capaz de reconhecer e dar poder a outros;

multiplicador de espaços em que as relações de poder estarão abertas à contestação

democrática; consciente da possibilidade de desenvolvimento e aprimoramento contínuo de

suas capacidades – são condições para o compromisso com a qualidade da educação e com as

transformações sociais

2) formação inicial e continuada dos profissionais centrada na escola

3) reuniões de pais com palestras para melhorar a qualidade emocional e de vida

4) A ausência de compromisso da comunidade e a inabilidade da

escola em fazer os pais perceberem a sua importância no processo de aprendizagem traduzem

a limitação atual da relação escola-família-comunidade, a qual deve ser estudada e discutida

por todos.

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5) Qualquer projeto educacional depende da participação familiar. A família tem

de acompanhar de perto o que é desenvolvido na escola. É ela que tem a responsabilidade de

formar caráter, da construção do ser, de perpetuar valores éticos e morais.

6) A escola por sua vez deve formar seres humanos com capacidade para intervir

no mundo em que vivem.

Para acontecer uma aproximação entre escola e família, a escola pode

promover exposições de trabalhos realizados por alunos e professores, funcionários,

pais...,festas, reuniões, palestras, oficinas de trabalhos manuais, artesanato, teatro, dança,

música, torneios esportivos,... a participação dos pais , a censura e o aplauso deles melhora a

educação

CONSTRUÇÃO COLETIVA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A comunicação e o diálogo são fundamentais na busca de articulação dos

diferentes atores em torno do projeto político-pedagógico da escola, o que implica uma

liderança democrática, capaz de interagir com todos os segmentos da comunidade escolar, de

se exercer a cidadania, ter maior liberdade de expressão e espaço para demonstrar

conhecimento e trocas, tornando responsáveis com a melhoria da educação.

O projeto político pedagógico deve ser entendido como instrumento

representativo dos interesses da comunidade escolar e, que, para sua efetividade, não pode

prescindir da participação dos alunos, pais, professores ,funcionários, equipe pedagógica e

direção.

O currículo deve ser trabalhado de forma significativa, contextualizada e

sempre que possível de forma interdisciplinar.; com avaliação centrada no desempenho do

aluno, nos conteúdos essenciais e com sentido para os alunos e, adequado às necessidades

educativas dos alunos, contemplando a inclusão de todos, evitando a discriminação e

violência.

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A construção de uma prática coletiva de avaliação dos processos de

organização do trabalho pedagógico e da aprendizagem também favorece a melhoria da

convivência.

1. Reforçar o desenvolvimento de uma auto-imagem positiva dos alunos se

faz necessário e urgente dentro e fora da escola. Nota-se que há falta de sensibilidade e

competência para entender, aceitar e atuar com alunos diferenciados que apresentam desafios

maiores, como de repetência. É preciso que todos acreditem realmente na capacidade de

aprendizagem de cada um, sem discriminações.

2. A inclusão seja possível para todos – repetentes, deficientes físicos,

visuais, homossexuais, aidéticos ou seja, todos os portadores de necessidades educacionais

especiais.

3. Para uma convivência saudável, se faz necessário também ter espaço –

tempo. A escola deve promover encontros formais e até mesmo informais que proporcionem

a melhor integração entre todos.

4. Estar integrada com o Conselho Tutelar para atender os alunos faltosos e

com problemas disciplinares.

5. O professor deve ter claro seu papel social, gostar do que faz , respeitar

as diferenças, procurando relacionar a teoria e a prática e estabelecer conexões com outras

disciplinas

6. A montagem de turmas de alunos deve também ser de responsabilidade de

todos os envolvidos com o aluno, no sentido de procurar harmonia entre todos .

7. A escola deve manter um bom relacionamento com as Secretarias no

sentido de buscar melhorias, formação continuada para todos, melhorar as condições de

trabalho, facilitar a aquisição de recursos pedagógicos, tecnológicos, materiais necessários

para o desenvolvimento de atividades planejadas e facilitadoras de aprendizagem.

8. Uma boa convivência gera imagem positiva diante da sociedade, o que

facilita a integração e parcerias com empresas da comunidade, tanto para formar grupos.

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MARCO OPERACIONAL – LINHAS DE AÇÕES DA ESCOLA

A escola não deve selecionar, segregar ou domesticar, mas promover, valorizar

e emancipar o educando, tirar do papel a tão almejada educação de qualidade e fazer

acontecer, torná-la realidade na prática do dia a dia. A organização interna da escola é

de fundamental importância para que se cumpra o seu papel social. Por isso, a escola propõe-

se a:

- estar aberta às necessidades da comunidade;

- atender à atualização dos professores e de sua prática pedagógica;

- estar preparada para atender as necessidades dos alunos inclusive dos portadores de

necessidades educacionais especiais;

- conectada aos avanços tecnológicos;

- comprometida com os avanços e sucessos dos alunos;

- empenhada em planejar, coordenar e avaliar a dinâmica da escola diante da realidade

atual;

- permitir gerar mudanças e respostas rápidas, com flexibilidade e eficiência aos problemas

apresentados pelo grupo;

- dialogar constantemente com o Núcleo de Educação e SEED;

- propor critérios de avaliação de desempenho de ...., em conjunto, como: assiduidade,

participação em: eventos culturais, reuniões, palestras, visitas e passeios pedagógicos,

formação continuada de profissionais da educação, atividades extra-curriculares, elaboração

de materiais didáticos, elaboração de planejamentos,etc e atender convocações da direção.

- organizar e delimitar ações relativas ao trabalho da instituição agrupando os espaços

escolares em:

1. Dimensão administrativa – infra-estrutura e pessoal – previsão orçamentária,

manutenção e atualização do patrimônio escolar, rever e/ou criar Conselho Consultivo,

Associações de pais, professores e funcionários e ex-alunos.

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2. Dimensão sociopolítica e cultural – relações interpessoais com a comunidade e

cultura

3. Dimensão pedagógica – metas – objetivos, currículo, práticas pedagógicas- projetos

de recuperação paralela, de atualização de professores (conteúdos e posturas, práticas...),

planejamentos, programa de reuniões, palestras, orientação para pais, (espaços para discussão

e análise de práticas pedagógicas da escola) criação de grupos de estudos por área de

conhecimento, feiras – de ciências, mostras de talentos..., orientação e utilização de

tecnologias - Tv, filmes, biblioteca, desenhos, pesquisas, uso da Internet de forma crítica e

equilibrada...

PRINCIPAIS AÇÕES A SER DESENVOLVIDA PELA ESCOLA:

Indicação de referência bibliográfica para as atividades dos alunos;

Atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais, como DV, DA, DF,

etc;

Participação nas festividades promovidas pela comunidade em geral;

Elaboração de atividades com conteúdos essenciais da disciplina que possam ser

utilizadas como material de estudo individualizado, com objetivo de melhor atender a

recuperação paralela dos alunos;

Eleição de professor e aluno representante de turma, com tarefas definidas:

observação das dificuldades existentes na turma

professor e aluno representante de turma com o papel de mediador e

orientador dos alunos e colegas.

As atividades realizadas tendo em vista que as relações entre os profissionais da

escola, alunos, pais devem respeitar as diferenças, sem fazer discriminações e a inclusão deve

acontecer entre todos, seja deficientes físicos, alunos repetentes, aidéticos, homosexuais,

gordos ou magros, ricos ou pobres, etc;

O planejamento bimestral deve seguir as orientações do NRE e da Equipe pedagógica

da escola, que melhor atenda o processo de aprendizagem e de avaliação;

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As turmas de alunos serão formadas de acordo com os critérios de:

Alunos aprovados para a série;

Alunos sem distinção de sexo, idade, raça, religião, cor,

situação social, econômica , cultural;

Alunos que necessitam de atenção mais individualizada, diante

de avaliação de especialistas.

O uso do uniforme será obrigatório ou não conforme aprovação do conselho escolar e

APMFs.

Assessoraria ao professor no planejamento, quanto a seleção de conteúdos,

metodologias, recursos didáticos, para atender as dificuldades do aprendiz.

Levantamento e informação ao coletivo de profissionais da escola e comunidade os

dados do aproveitamento escolar.

Pesquisas, subsídios teóricos metodológicos para o estudo e atendimento às

necessidades do trabalho pedagógico.

Incentivo a participação dos alunos nos diversos momentos e órgãos colegiados da

escola.

Realização do conselho de classe de forma a garantir um processo coletivo de

reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico.

Utilização de livros, textos teóricos nas horas-atividade, ou sugestões de leituras para

melhorar a prática pedagógica.

Preenchimento da ficha do FICA de alunos faltosos e encaminhamento da mesma para

o Conselho tutelar;

Divulgação oral e/ou escrita das políticas educacionais da SEED-PR e NRE - Ivaiporã.

Participação de eventos promovidos pela SEED-Pr e NRE - Ivaiporã

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AS RELAÇÕES ENTRE ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS

Um aluno ao freqüentar uma escola é influenciado pelos seus professores, pelo

modo de interagir e de, em conjunto, promover uma experiência educacional integrada e

interativa. É através da interação, do bom relacionamento entre todos que o sucesso acontece.

Aí, a importância de se estabelecer também uma relação harmoniosa entre os

aspectos administrativos e pedagógicos. Através da interação.

A liderança da escola deve ser compartilhada com os outros profissionais da

escola. A direção deve ser responsável tanto do corpo de direção como de todos que fazem

parte da comunidade escolar, para ter êxito nos objetivos desejados. Por meio de reuniões, o

diretor estabelece comunicação com todos, em um meio ambiente cheio de divergências. Mas,

o diálogo com cada um e a realização das atividades propostas com planejamento antecipado

também contribuem para a melhoria do ensino.

Para que exista realmente uma prática de autonomia da escola a gestão

compartilhada é fundamental. Para tal, é necessário o reconhecimento e esforço de todos, para

que os envolvidos assumam suas responsabilidades em uma proposta em conjunto, coerente e

clara.

Desta maneira, o diretor e o pedagogo organizarão as condições necessárias ao

trabalho pedagógico, a prática docente e discente a partir do currículo, explicitando as ações

de natureza imediata e necessária à prática do professor com sugestões de leituras, pesquisas,

documentos atuais, atividades pedagógicas, etc.

Uma vez que tudo será resolvido no coletivo, o pedagógico só pode se

enriquecer e acontecer de modo mais eficiente e agradável.

É mediante este processo que a relação entre o administrativo e o pedagógico

acontecerá, e assim, democratiza as relações que se desenvolvem na escola.

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CONSELHO ESCOLAR, APMF, REPRESENTANTES DE TURMA

O conselho escolar deverão reunir-se periodicamente ( com encontros

mensais ou bimestrais), conforme necessidade da escola, para encaminhar e dar continuidade

aos trabalhos a que se propôs.

Os conselhos de escola poderão desempenhar funções: consultivo, deliberativo

( é consultado em relação aos problemas da escola e sua função é sugerir soluções);

deliberativo, normativo e fiscal.

É importante entender que não é necessário que todos façam tudo, mas que

todos decidam juntos, com base na discussão coletiva.

É no Conselho que os problemas da gestão escolar serão discutidos e as

reivindicações analisadas para ser aprovadas e remetidas para o corpo diretivo, que se

encarregará de colocar em prática as decisões ou sugestões do Conselho. A gestão

democrática implica na co-responsabilidade com os compromissos assumidos, acompanhar,

fiscalizar ou avaliar as ações de todos.

Devem estar cientes de todas as situações da escola até mesmo acompanhar e

auxiliar em decisões de sérios problemas disciplinares de alunos.

A educação só melhora quando pais e comunidade se envolvem, conhecem o

trabalho pedagógico, respeitam e valorizam o trabalho da escola.

Desta forma, tem atribuições essenciais como:

- participar da elaboração e revisão do regimento interno;

- participar, aprovar, acompanhar e avaliar o projeto político

administrativo e pedagógico;

- definir e aprovar o plano o plano de aplicação financeira da escola;

- conhecer, acompanhar e fiscalizar políticas educacionais.

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REPRESENTANTE DE TURMA

Na escola cada turma de alunos deverão ter o professor e o aluno representante

de turma.

Estes deverão exercer a função principal de auxiliar as dinâmicas, tarefas e

relações humanas entre todos os membros da escola e participar de reuniões de Conselho de

Classe, por exemplo.

O professor e o aluno representante terão por principal tarefa tentar

coletivamente resolver as dificuldades e problemas da turma.

Se o caso for de dificuldade de aprendizagem, o professor poderá criar grupos

de estudos, no qual o colega da turma que tem facilidade e já domina o conteúdo poderá

estudar, dar “aula” em período contrário - sob a supervisão do professor – aos colegas com

dificuldade.

Em casos de eventos sociais e culturais poderão liderar as tarefas por eles

analisadas e planejadas.

A APMF

A APMF, como parte integrante na instância gestão democrática, na escola,

contribuirá em vários aspectos de ações de assistência ao educando, de aprimoramento do

ensino e integração família-escola-comunidade, enviando sugestões, em consonância com a

Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e Equipe Pedagógica-

Administrativa.

Buscará também a integração dos segmentos da sociedade organizada no

contexto escolar; discutirá a política educacional, visando sempre a realidade desta

comunidade. Proporcionará ao educando participar do processo escolar, estimulando a

organização do Grêmio Estudantil com o apoio da APMF.

Auxiliará também no gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os

que lhes forem repassados através de convênios de acordo com as prioridades estabelecidas

em reunião conjunta com o Conselho escolar.

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AÇÕES QUE ENVOLVEM OUTRAS INSTITUIÇÕES

A escola continuará em parceria com a Prefeitura Municipal de São Pedro do

Ivaí, a qual é co-responsável pela merenda escolar e transporte dos alunos da Vila Rural.

Também auxilia no transporte de professores para escola do Distrito do Mariza

e para algumas reuniões realizadas no Núcleo de Educação de Ivaiporã.

O Programa do Leite – a escola continuará realizando a distribuição do leite

para família carentes

A escola também estará se relacionando com as demais escolas do ensino

regular, supletivo e APAE, a Secretaria Municipal de Educação tendo em vista que seus

objetivos são os mesmos e o quadro de professores também é quase totalmente igual.

PRÁTICA DOCENTE

Hora atividade

É preciso estabelecer horário produtivo do professor na jornada de trabalho, para que se

dedique ao estudo, planejamento e aprimoramento do processo pedagógico, pela análise e

reflexão contínua de como os alunos aprendem; quais as formas mais adequadas de estimular

e orientar aprendizagem, fazer registros de avaliação de desempenho de cada aluno, etc.

Durante a hora-atividade deve promover:

- troca de informações entre professores a respeito de como os alunos aprendem,

de maneira a ajustar percepções e adotar as mais favoráveis á estimulação de

desenvolvimento do aluno

- planejamento em conjunto o desenvolvimento de temas e de experiências

estimuladoras da aprendizagem

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- sua realização no melhor horário para o grupo de cada disciplina, de acordo

com reflexões compartilhadas sobre o tempo disponível pela maioria. . Por exemplo: poderá

ser feita em horário contrário às aulas pelo menos uma vez mensal, possibilitando o encontro

para estudo, troca de informações e planejamentos.

- o repasse de todas as decisões dos grupos, no sentido que todos tenham

conhecimento do que acontece na escola e a “linguagem “seja única.

- O atendimento aos pais de alunos com dificuldades de aprendizagem.

Há uma flexibilidade no cumprimento da hora atividade em função de que

alguns professores precisam cumprir suas carga horária nas escolas do município, o que nem

sempre favorece o encontro entre todos da mesma área do conhecimento. Assim, é realizada

por disciplina e /ou por professor.

Formação continuada

O professor comprometido deve sempre que possível participar de todas as

ofertas de aprimoramento profissional ofertados pelo Núcleo de educação e SEED e repassar

aos demais colegas, seja em forma de exposição oral, registros escritos...

A escola deve oferecer revistas, jornais, textos que enriqueçam a atualização de

seus professores e funcionários e, na impossibilidade de recursos financeiros, propor ao grupo

para a aquisição coletiva de periódicos, livros que possam ser importantes para a atualização e

aperfeiçoamento da prática pedagógica., formando, assim, uma biblioteca pedagógica.

É importante também a promoção de palestras com representantes da

comunidade que possam auxiliar em assuntos relacionados ás necessidades educacionais de

todos os envolvidos.

Todos os profissionais devem ter garantido uma carga horária de estudos

proporcional á carga horária de seu trabalho desenvolvido na escola.

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Conselho de Classe

A organização do conselho de Classe, a sua realização, a comunicação dos

resultados e o acompanhamento das medidas propostas por ele deverão ser de

responsabilidade da Equipe pedagógica e da direção da escola.

Deverá haver dinamização nos trabalhos do conselho de classe, tais como;

- Professor apresentará os livros de chamada na secretaria da escola na data

planejada e solicitada;

- Será dispensado comentários e conversas paralelas;

- Será preparado antecipadamente relatório com notas e faltas;

- Estabelecerá soluções em grupo para os problemas;

- Será reavaliada a prática docente.

Reuniões pedagógicas

As reuniões devem acontecer seguindo o calendário escolar e sempre que se

fizer necessário, com a participação de todos ou com a maioria dos membros da comunidade

escolar.

O gestor administrativo deve apresentar a pauta de reunião , deixando em

aberto qualquer assunto que seja do interesse do grupo para apresentação, discussão e

definição de ações propostas.

A Relação com o Meio Ambiente - ( Agenda 21 )

A escola tem procurado envolver a comunidade em várias ações visando o

cuidado e a preservação ambiental, através de palestras, encontros, debates, reuniões, plantio

de árvores e demonstração de campo, assim como o trabalho interdisciplinar e transdisciplinar

que é feito e continuará sendo feito em sala de aula pelo professor, tais como:

Coleta seletiva do lixo;

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Aproveitamento de garrafas do tipo PET, artigos de plástico e metal;

Coleta e reaproveitamento das embalagens em alumínio – aumento da

renda de algumas famílias – e sua comercialização;

Cuidado e destinação dos resíduos domésticos;

Cuidados com a higiene do seu quintal e os cuidados com a

proliferação de insetos, em grande parte nocivos à saúde;

Demonstração e análise de casos de erosão, degradação do solo e perda

de sua fertilidade, principalmente nos terrenos acidentados como é o caso da nossa região,

ocasionado pela chuva;

Produção de hortaliças e outros produtos que podem ser produzidos

nos quintais de casa sem a utilização de inseticidas, fungicidas e outros produtos químicos

nocivos à saúde e ao meio ambiente;

Incentivo à plantação e produção de árvores frutíferas, nos sítios e

chácaras;

Divulgação e demonstração das formas de contenção dos processos de

erosão nas pequenas propriedades;

Desinfecção de fossas sépticas e outros locais apropriados para

armazenagem correta de resíduos orgânicos;

Incentivo pelo gosto à fauna e flora;

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOGOS E FUNCIONÁRIOS

Para avaliar a instituição deve-se criar indicadores que revelem a qualidade da

escola assim como por exemplo, para identificar uma pessoa doente, usamos indicadores de

febre, dores, desânimo...

Uma escola de qualidade deverá ter seus indicadores. Segundo a UNICEF-

Fundo das nações Unidas para a Infância, PNUD e Inep – Instituto nacional de Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira as dimensões: “ ambiente educativo, prática pedagógica,

avaliação, gestão escolar democrática, formação e condições de trabalho dos profissionais da

escola, espaço físico escolar e acesso, permanência e sucesso na escola”. – Gestão em rede-

junho/2004

A escola deverá sempre que possível (no mínimo 1 vez por semestre) fazer

uma avaliação seguindo estes indicadores ou critérios, de forma individual ( auto-avaliação) e

em grupo, com o objetivo de orientar as decisões no sentido de compromisso com a qualidade

da educação.

Toda avaliação realizada deverá ser registrada como fonte de informação e

acompanhamento da mesma.

O Fracasso Escolar quando acontece deve ser de responsabilidade

compartilhada entre aluno – professor – escola – sistema educacional. Ela é de

responsabilidade da sociedade pelos recursos destinados à educação; da escola – como pensa

o seu currículo, como ajudam os alunos e professores, como os professores preparam suas

aulas, seu esforço, dedicação, planejamento e atenção que dá às suas atividades; da família –

como se compromete na ajuda dos filhos; do aluno – o seu compromisso com seus deveres

como aprendiz.

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AVALIAÇÃO DO PPP

O PPP, como instrumento de condução do trabalho pedagógico da escola tem

sido avaliado pelas instâncias participativas do trabalho escolar, como: Conselho Escolar,

APMF, Professores e Funcionários, durante reuniões e encontros pedagógicos.

EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS

A escola possui:

07 Salas de aula

01 sala de professores

01 Biblioteca

01 Pátio coberto

01 ao ar livre

01 Quadra coberta

Refeitório

Referentes às condições físicas, materiais e didáticas

A) FÍSICOS

07 salas de aula

01 Sala para Direção

01 sala para Equipe Pedagógica

01 Sala para Biblioteca

01 Sala para Professores

01 Sala para Secretaria

01 banheiro feminino com chuveiro

01 banheiro masculino com chuveiro

01 banheiro feminino

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01 banheiro masculino

01 quadra para prática de esporte coberta

01 pátio coberto e 01 ao ar livre

01 cozinha - cantina

B) MATERIAIS

Direção

01 armário de aço

01 escrivanhinha

02 cadeira giratória

01 cadeiras

01 fax

01 máquina fotográfica

03 arquivos

01 computador

01 impressora

01 mesa para computador

01 ventilador de parede

Secretaria

01 arquivos de aço

01 armários de aço

04 cadeiras giratória

02 escrivanhinhas grandes


01 CPU com 4 monitores, 1 impressora e 2 mesas

01 Servidor (Laboratório de Informática)

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Sala dos Professores

02 sofás

01 mesa


08 cadeiras


01 rack para TV, video e aparelho de DVD

01 televisão

01 video

01 aparelho de DVD

01 escrivaninha pequena

01 mesa para computador

Equipe Pedagógica


02 escrivaninha grande

03 cadeiras estofadas

01 cadeira giratória

01 Televisão

01 mimeógrafo a álcool

01 retroprojetor

03 aparelhos de som

04 estantes de aço

01 mesa para telefone

Biblioteca

01 escrivaninha

01 cadeiras estofada

10 mesas para leitura

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40 cadeiras

12 Estantes de aço com livros

02 ventilador

01 jogo de sofá

Sala de aula

Cadeiras e carteiras

1 mesa pequena para o professor

01 televisor em cada sala

Cozinha

01 geladeira

02 freezer

02 armário de aço

01 pia de inox

01 mesa

01 fogão

03 botijão


Sala de Educação Física – funciona na mesma sala da Equipe pedagógica

01 rede de voley

bolas de voley, bolas de borracha, de handebol, de futsal e basquete

jogos de xadrez

MATERIAIS DIDÁTICOS E DE APOIO

01 Biblioteca

01 Laboratório de Informática com 12 computadores e 01 Ar condicionado

Livros Didáticos

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Assinatura do Jornal de circulação diária Tribuna do Norte

Assinatura de Revistas (Veja, Superinteressante, National Geographic, Gestão Escolar e

Aventuras na História)

01 Aparelho de fax

01 Máquina Fotográfica

01 Microfone

03 Rádio

01 Mimeógrafo a álcool

01 Caixa de Som

02 Televisor

01 Vídeo

01 Retro Projetor

01 aparelho de DVD

01 Kit de Laboratório

01 Balança digital

01 Estadiometro

01 Microscópio

01 Luneta

02 Mesa de Tênis de mesa

01 Antena parabólica

01 Corpo humano de montar

02 Globos

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PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO 2010- 2011€¦ · escola estadual do conjunto habitacional...

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