Projeto brincadeiras de outrora

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PROJETO BRINCADEIRAS DE OUTRORA Introdução Se perguntarmos para algumas crianças do que elas costumam e gostam de brincar, com certeza 99,9% vão responder que se divertem jogando no computador, no vídeo game e assistindo TV. Muitas pessoas dizem que tanto as brincadeiras quanto os brinquedos evoluíram. Mas, há quem discorde dessa afirmação. Em pleno século XXI, a maioria das nossas crianças desconhecem, na prática, o real significado do que vem a ser brincar. Uma palavra tão pequena e ao mesmo tempo tão grandiosa para quem teve a oportunidade de se deliciar com brincadeiras simples, mas prazerosas. Realmente, as brincadeiras sofreram mutações, mas a essência de ser criança permanece. A infância passa rapidamente. E só nos cabe recordar essa época tão fascinante. Quando falamos em infância, o que vêm à sua memória? Você já parou para pensar o que as crianças de hoje vão ter para lembrar? Vamos voltar um pouquinho no tempo... Que menina nunca brincou de pular elástico? Há alguns anos, isso era uma febre. Nem era preciso levar o tal elástico para a brincadeira. Cada uma tinha o seu. Mas, era só juntar a meninada, que sobrava elástico e muita diversão. As garotas de hoje não sabem nem o que fazer com um elástico. E nem vêem graça nesse tipo de brincadeira. E pular amarelinha? Quantas vezes íamos e voltávamos pulando aqueles quadrinhos que nós mesmas rabiscávamos, utilizando pedaços de tijolos, nas portas de nossas casas, pracinhas etc.? E pular corda, então?! Era uma delícia juntar as amiguinhas e ficar batendo, cantando e pulando até cansar. Não podemos esquecer-nos do bambolê, que era rodado na cintura até perder forças e cair. Algumas meninas conseguiam passá-lo por todo o corpo sem parar de rodar e nem deixar cair!

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PROJETO BRINCADEIRAS DE OUTRORA

Introdução

Se perguntarmos para algumas crianças do que elas costumam e gostam de brincar, com certeza 99,9% vão responder que se divertem jogando no computador, no vídeo game e assistindo TV. Muitas pessoas dizem que tanto as brincadeiras quanto os brinquedos evoluíram. Mas, há quem discorde dessa afirmação.

Em pleno século XXI, a maioria das nossas crianças desconhecem, na prática, o real significado do que vem a ser brincar. Uma palavra tão pequena e ao mesmo tempo tão grandiosa para quem teve a oportunidade de se deliciar com brincadeiras simples, mas prazerosas. Realmente, as brincadeiras sofreram mutações, mas a essência de ser criança permanece. A infância passa rapidamente. E só nos cabe recordar essa época tão fascinante. Quando falamos em infância, o que vêm à sua memória? Você já parou para pensar o que as crianças de hoje vão ter para lembrar?

Vamos voltar um pouquinho no tempo... Que menina nunca brincou de pular elástico? Há alguns anos, isso era uma febre. Nem era preciso levar o tal elástico para a brincadeira. Cada uma tinha o seu. Mas, era só juntar a meninada, que sobrava elástico e muita diversão. As garotas de hoje não sabem nem o que fazer com um elástico. E nem vêem graça nesse tipo de brincadeira.

E pular amarelinha? Quantas vezes íamos e voltávamos pulando aqueles quadrinhos que nós mesmas rabiscávamos, utilizando pedaços de tijolos, nas portas de nossas casas, pracinhas etc.?

E pular corda, então?! Era uma delícia juntar as amiguinhas e ficar batendo, cantando e pulando até cansar.

Não podemos esquecer-nos do bambolê, que era rodado na cintura até perder forças e cair. Algumas meninas conseguiam passá-lo por todo o corpo sem parar de rodar e nem deixar cair!

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Passávamos horas entretidas com bonecas enquanto isso, os meninos faziam a festa soltando pipas coloridas que enfeitavam o céu, principalmente no período de férias. Além disso, bolinhas de gude, jogos de botões, sem falar dos mais variados tipos de carrinhos. E as bicicletas? Nossa, a gente contava os dias para chegar o final de semana e podermos sair para pedalar em algum lugar tranqüilo.

E quem é que nunca jogou dama - não vale pela internet -, ou fez bolinhas de sabão com canudo de mamona e sabão em pó?!Era divertido demais soltar as bolinhas e acompanhá-las até estourarem no ar!

Nem víamos as horas passarem enquanto nos divertíamos brincando de: esconde-esconde, pega-pega, cabra-cega, telefone sem fio, passa anel, boca de forno, estátua, dança da cadeira, detetive, adedonha, queimada e rouba a bandeira. E a famosa brincadeira cai no poço - era pra ser cheia de malícia, mas a gente se esbaldava com muita inocência. Quantas boas lembranças de um tempo dourado!

Hoje, as crianças nem sabem que brincadeiras são essas citadas anteriormente. Talvez nem se interessem. Ou não sejam estimuladas a se interessarem. É muito mais conveniente, e muito mais sem graça também, deixar uma criança se entreter com jogos eletrônicos do que ensiná-la brincadeiras simples, mas sadias, como as que aprendemos com os nossos pais há alguns anos.

Nós, sim soubemos aproveitar. Éramos inocentes, simplesmente crianças. Vivíamos bem distantes da corrupção, de adulteração disso ou daquilo, de mensalão, de violência, de crueldade, etc. Apesar das críticas, não há o que reclamar. Tivemos uma infância feliz!!

Justificativa

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Hoje, as crianças estão muito mais preocupadas em se adequar as novas tecnologias e não vêem que vivendo no mundo "virtual" em que se situam estão perdendo a melhor fase de suas vidas. Parece que nem mesmo os pais têm consciência disso. Acham que dando tudo do bom e do melhor, em termos de equipamentos eletroeletrônicos estão fazendo seus filhos mais felizes, mas não percebem que o que realmente traz felicidade é vivenciar cada época de nossas vidas, sem pular etapas. Crianças mais felizes, conseqüentemente, se tornam adultos mais felizes.

Para tanto, este projeto intitulado” Projeto Brincadeiras de Outrora” tem a finalidade resgatar as brincadeiras e jogos da nossa cultura popular inserindo essas brincadeiras, que são de suma importância para o desenvolvimento físico da criança. Estes jogos e brincadeiras são atividades que poderão ser compartilhadas até com seus familiares, colegas e amigos de sua comunidade.

O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.

Este projeto envolverá um conjunto de fatores que devem existir para uma vida melhor e saudável. Isso é que para se ter uma boa qualidade de vida, é necessário mudança de comportamento, vivência de novos valores, disciplina, respeito mútuo, atenção a saúde, solidariedade, entre muitos outros.

Objetivo geral:

Resgatar valores, socializar brincadeiras que eram realizadas no passado, ampliar seu círculo de brincadeiras, tornar as crianças mais solidários e participativas, incentivar o trabalho de equipe.

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Objetivos específicos:

• Reconhecer semelhanças e diferenças da criança de hoje e de outros tempos;• Identificar o cotidiano de uma criança nos tempos atuais;• Pesquisar com as crianças, quais brincadeiras que mais gostam;• Descobrir as principais manifestações folclóricas em nosso país;• Confeccionar de Pipas ( a mais engraçada, Original, Diferente );• Identificar e reconhecer Músicas Folclóricas, cirandas;• Utilizar Trava-Línguas, parlendas;• Resgatar jogos, canções, danças de rodas e brincadeiras de antigamente.

Conteúdos:

• Uso da linguagem oral para conversar e expressar idéias e opiniões;• Leitura de pequenos textos como: Trava-Línguas, Parlendas, Canções, etc.;• Cantigas, danças de roda, brincadeiras antigas e brinquedos utilizados pelos nossos pais e avós;• Participação em jogos, brincadeiras de antigamente;• Participação nos jogos.

Metodologia e estratégias:

• Material didático• Livros de histórias• Gravuras e Cartazes• Textos e leituras variadas• Atividades xerocopiadas e dirigidas• Criações diversas• Vídeos• Pesquisa com pais, familiares, vizinhança sobre brincadeiras/jogos do tempo deles em criança;• Diálogos e relatos

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• Músicas• Recreações, jogos e brincadeiras• Competições de brincadeiras ( Corrida do Saco, Corrida da batata na colher, Dança das cadeiras, Taco, Amarelinha, Batata Quente, Cabo de Guerra, Pé de Lata, Elástico, Peteca, Queimada, etc. );

Avaliação:

Acontecerá no decorrer do processo através da observação e execução das atividades aplicadas.

É através das crianças que se perpetuam as brincadeiras tradicionais, sendo, estas, preservadas e recriadas a cada nova geração. Portanto, resgatar a tradição das brincadeiras é uma forma de ampliar o universo lúdico e cultural das crianças, além de promover uma interação com outras gerações. Assim como nossos pais e avós, com certeza temos uma história pra contar sobre nossos brinquedos prediletos e uma brincadeira a ensinar.

Referências Livro “Brincadeira para Crianças de Todo Mundo.KISHIMOTO, T.M. (Org). Jogos, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. Ed. São Paulo, Cortez. Edição, 2007.

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DANÇANDO NO JORNAL - Dinâmica

MATERIAL: UMA FOLHA DE JORNAL PARA CADA PARTICIPANTE e CD DE MÚSICA BEM ANIMADA

PROCESSO:- distribuir as folhas de jornal (uma para cada participante).- o grupo deve ficar de pé, no centro da sala;- o facilitador explica que irá colocar uma música e que os participantes devem dançar sobre a folha de jornal que receberam. NÃO VALE SEGURAR EM NENHUM OBJETO E NEM DANÇAR FORA DO JORNAL;- Colocar a música e deixar que os participantes dancem sobre a folha de jornal;- Parar a música e pedir que os participantes dobrem a folha de jornal (uma dobra);- Colocar a música novamente e pedir que dancem sobre a folha dobrada.- Parar a música e pedir que dobrem a folha novamente;- Proceder dessa forma até que a folha de jornal esteja toda dobrada e os participantes não consigam mais dançar sobre ela;- Observar se os participantes mantiveram o equilíbrio apoiando-se uns nos outros ou se cada um preocupou-se apenas consigo mesmo;

FECHAMENTO:A ajuda mútua é fundamental para que o grupo possa conseguir alcançar o objetivo comum.O sucesso do grupo depende do sucesso de cada um.

didática e projeto didático.

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■ ATIVIDADE PERMANENTE

O que é: Trabalho didático realizado regularmente (diária, semanal ou quinzenalmente), como ler para os alunos, organizar rodas de conversa e reservar uma aula da semana para a produção de pinturas e desenhos no ateliê.

Objetivos: Familiarizar a turma com um conteúdo e formar hábitos. Ao fazer leituras diárias, por exemplo, as crianças aprendem sobre a linguagem escrita e desenvolvem comportamentos leitores.

Organização: Prever objetivos, conteúdos, duração da atividade, materiais necessários e como será feita a avaliação.

Como usar: Realizar atividades permanentes não significa fazer sempre a mesma coisa. A proposta deve ser empregada com regularidade durante o ano ou um semestre e oferecer novos desafios (rodas de leitura em que livros cada vez mais difíceis são lidos pelo professor).

■ SEQUÊNCIA DIDÁTICA

O que é: Série de atividades envolvendo um mesmo conteúdo, com ordem crescente de dificuldade, planejadas para possibilitar o desenvolvimento da próxima.

Objetivo Ensinar conteúdos que exijam tempo para aprender e aprofundamento gradual, como o reconhecimento das características de uma paisagem brasileira em Geografia, uma série de experiências para observar a ação de micro-organismos em Ciências ou a leitura da obra de um autor em Língua Portuguesa.

Organização Prever a ordem em que as atividades serão propostas, os objetivos, os conteúdos, os materiais, as etapas do

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desenvolvimento, a duração e a maneira como será feita a avaliação.

Como usar A maioria dos conteúdos exige tempo para aprender. Por isso, a sequência didática é a modalidade organizativa mais presente no planejamento. Escolher os conteúdos mais importantes, organizar a série, garantindo a continuidade, e distribuí-los durante o ano. O número de atividades de cada sequência é variado, assim como o tempo de duração (ambos dependem do objetivo e da resposta da turma às propostas).

■ PROJETO DIDÁTICO

O que é Conjunto de ações para a elaboração de um produto final que tenha uso pela comunidade escolar. Uma de suas características é envolver a turma em todas as etapas do planejamento.

Objetivo Reunir conteúdos abrangentes, atingindo propósitos didáticos e sociais. Um projeto de leitura e escrita, por exemplo, em que os estudantes fazem um livro de receitas ensina a ler e escrever e trabalha com valores nutricionais. Pode ter como meta mostrar à comunidade como aproveitar as frutas regionais.

Organização Prever os momentos de planejamento e de discussão em grupo e os de trabalhos individuais. Colocar justificativas, aprendizagens desejadas,etapas do desenvolvimento, produção, maneiras de divulgar o produto final, duração e avaliação final.

Como usar A duração é variada, mas sempre ocupa dois meses ou mais. Por isso, o ideal é propor um ou dois por ano para cada turma. Desenvolve-se o conjunto das atividades do projeto sem abandonar as atividades permanentes e as sequências didáticas.

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