PROGRAMA: BG - PROGRAMA DE HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN · 12 - 29 MAR 2015

16
DIREÇÃO ARTÍSTICA LUÍSA TAVEIRA

description

HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN EM ASSOCIAÇÃO COM A F. CALOUSTE GULBENKIAN TREZE GESTOS DE UM CORPO Olga Roriz coreografia · António Emiliano música · Nuno Carinhas cenografia e figurinos · Orlando Worm desenho de luz SERÁ QUE É UMA ESTRELA? Vasco Wellenkamp coreografia · Liliana Mendonça figurinos · Vítor José desenho de luz · Maria João voz · João Farinha piano · Patrícia Henriques assistente do coreógrafo Canções Beatriz (Edu Lobo / Chico Buarque); Eu te amo (Tom Jobim / Chico Buarque); Eu sei que vou te amar (Tom Jobim / Vinicius de Moraes). TWILIGHT Hans van Manen coreografia · John Cage música · The Perilous Night para piano preparado · Jean-Paul Vroom cenografia e figurinos · Jan Hofstra desenho de luz · Paulo Pacheco piano · Nathalie Caris assistente do coreógrafo O telão de Twilight é propriedade do Birmingham Royal Ballet MINUS 16 Ohad Naharin coreografia e figurinos · Bambi desenho de luz · Erez Zohar assistente do coreógrafo http://www.cnb.pt/gca/?id=1159

Transcript of PROGRAMA: BG - PROGRAMA DE HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN · 12 - 29 MAR 2015

DIREÇÃO ARTÍSTICALUÍSA TAVEIRA

Marçodias 12, 13, 14,19, 20, 21, 26, 27e 28 às 21hdias 15, 22 e 29 às 16h

Escolas18 de março às 15h

BG PROGRAMA DE HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN EM ASSOCIAÇÃO COM A FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

TREZE GESTOS DEUM CORPOOLGA RORIZ

SERÁ QUE É UMA ESTRELA?VASCO WELLENKAMP

TWILIGHTHANS VAN MANEN

MINUS 16OHAD NAHARIN

O Ballet Gulbenkian é memória inextinguível da arte e, em particular, da dança em Portugal. Evocar o seu repertório e individualidades indissociáveis da sua história é a homenagem que a CNB lhe presta.

A FUNDAÇÃO EDP

É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO

E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL

Será que é uma Estrela?Andreia MotaEnsaio de palco

A distância a que nos encontramos de um certo perío-do histórico e do conjunto da produção artística que nele aconteceu determina o modo como nos situamos perante o repertório. Aquele que já tiver sido classifi-cado como clássico resolve-nos o problema da com-paração porque aceitamos só dele conhecer versões. Inversamente, quanto mais próximo ele está de nós, mais o julgamos por intermédio de uma espécie de sentido de propriedade personalizado, que nos leva a incluir no juízo a medida da nossa relação de contem-poraneidade com ele. O repertório que nos é contemporâneo beneficia menos da rarefação dos critérios próprios da época em que foi apresentado pela primeira vez ao público. Porém, em pa-ralelo, a avaliação que fazemos dele está também depen-dente daquilo que se alterou entretanto na nossa faculda-de de julgar por ação do que constituiu entretanto novida-de. E porque o tempo não pára, as distâncias relativas a que nos encontramos dessas obras representam, em si, oportunidades de reflexão sobre o lugar que ocupam na nossa apreciação do conjunto alargado do repertório que fomos conhecendo, de que nos fomos apropriando e, des-se modo, incluindo no nosso arquivo pessoal.

¯¯¯ Cristina Peres,

¯¯¯ Março 2015

TRAZER A HISTÓRIAPARA PERTO

Foi com todo o interesse que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu apoiar a justificada iniciativa da Companhia Nacional de Bailado de apresentar no ano de 2015 um programa de homenagem ao Ballet Gul-benkian, assinalando a passagem dos 50 anos sobre a criação deste agrupamento artístico.Este gesto, apresentando coreografias que marcaram de forma indelével o percurso do Ballet Gulbenkian bem como a estreia de uma obra cujo autor manteve uma estreita ligação com a Companhia, permite revisi-tar uma memória que constitui uma parte integrante do património artístico nacional.Com esta associação, a Fundação Calouste Gulbenkian pretendeu também significar um sentido reconheci-mento a todos aqueles que, a título individual ou de forma coletiva, contribuíram e contribuem hoje com a sua dedicação, como o fez no passado o Ballet Gul-benkian, para a difusão e o desenvolvimento da Dança em Portugal. —

NOS 50 ANOS DA CRIAÇÃO DO BALLET GULBENKIAN¯¯¯ Mensagem da Fundação Calouste

¯¯¯ Gulbenkian

¯¯¯ Artur Santos Silva,

¯¯¯ Fevereiro 2015

Estes dois parágrafos servem para nos determos sobre um privilégio que nos é oferecido pelas companhias de repertório e que não deveríamos tomar por garantido. Como uma coleção de peças coreográficas só ganha vida ao ser interpretada, um espetáculo de home-nagem como o que Companhia Nacional de Bailado agora propõe, leva-nos necessariamente a repescar “matéria” do nosso património pessoal para nos reen-contrarmos com elas. Talvez estas quatro peças juntas nos levem até a refletir sobre o lugar onde elas foram por nós guardadas no espaço do nosso património in-dividual das artes. Na verdade, isto não acontece por-que esse nosso “material pessoal” esteja diretamente implicado nestas peças que compõem o programa deste espetáculo, mas porque esse “material” reage à nossa relação com as coreografias, na medida em que é convocado a passar de novo por um quadro de referenciação significativo. O espólio artístico do Ballet Gulbenkian pode ser ine-xtinguível, porém a sua atualização depende de opor-tunidades como a que oferece este presente programa de homenagem. Neste sentido, o facto de ele ser dan-çado pelos bailarinos da CNB atualiza-o, já que é des-se modo que a dança existe de cada vez que é feita: sendo dançada. Ao mesmo tempo, a interpretação das peças pelos bailarinos da CNB insufla-lhes uma nova existência efémera. E fá-lo reforçada por uma nova criação encomendada pela CNB a Vasco Wellenkamp, um coreógrafo que sela a ligação entre as duas com-panhias. É da sua autoria uma das linguagens coreo-gráficas e cénicas significativas do Ballet Gulbenkian e Wellenkamp foi diretor artístico da CNB em anos mais recentes. A história do Ballet Gulbenkian e do seu impacto no tecido artístico nacional não está fechada nem se re-sume em quatro peças de outros tantos coreógrafos. Ao homenagear o Ballet Gulbenkian em associação com a Fundação Calouste Gulbenkian a CNB põe si-multaneamente à disposição dos seus bailarinos mais

uma coleção de material coreográfico de qualidade irrepetível, enriquecendo o seu património individual com a oportunidade de o reverem e de, através da sua interpretação, sublinharem hoje as mais finas qualida-des dos produtos da imaginação de Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Hans van Manen e Ohad Naharin, no contexto daquilo que a CNB é hoje. Do ponto de vista formal, estas quatro peças são assi-nadas por coreógrafos representativos do repertório do Ballet Gulbenkian. Olga Roriz e Vasco Wellenkamp em particular nos anos 80 e 90. Ohad Naharin chegou nos últimos anos da companhia e as suas peças passaram a ter apresentação assídua, e Hans van Manen, um dos autores que terá sido mais dançado ao longo dos 40 anos da companhia. Se quisermos, teremos neste “BG” um conjunto de visões diferentes da contempo-raneidade, à altura do que foi um dos traços distintivos do Ballet Gulbenkian, em especial a partir dos anos 70.A nova criação de Wellenkamp – Será que é uma Es-trela? conta com a cumplicidade artística entre a sua linguagem coreográfica e a voz da cantora Maria João interpretando música de autores brasileiros. Treze Ges-tos de um Corpo fazia já parte do repertório da CNB e é uma coreografia que ilustra um traço da companhia na época em que Olga Roriz compunha para ela numa linguagem vigorosa pautada por uma dramaturgia de movimento. Se quisermos, Minus 16 pertence também a essa lógica com aquilo que é próprio ao vocabulário de Ohad Naharin. O dueto Twilight de Hans van Manen tem a tessitura coreográfica composta a partir da in-teração de um homem e uma mulher, um pas-de-deux que fornece material de dança à altura dos melhores intérpretes como o foram, no Ballet Gulbenkian, Graça Barroso e Isabel Queiroz. A homenagem a estas duas bailarinas é também intenção expressa da CNB. —

TwilightBarbora Hruskova e Carlos PinillosEnsaio de palco

OLGA RORIZCOREOGRAFIA—

Olga Roriz, natural de Viana do Castelo teve como formação

artística na área da Dança o curso da Escola de Dança do

Teatro Nacional de S. Carlos, com Ana Ivanova, e o curso

da Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa.

Em 1976 ingressou no elenco do Ballet Gulbenkian, sob a

direção de Jorge Salavisa, permanecendo até 1992, tendo sido

primeira bailarina e coreógrafa principal. Em maio de 1992

assumiu a direção artística da Companhia de Dança de Lisboa.

Em fevereiro de 1995 fundou a Companhia Olga Roriz, da qual

é diretora e coreógrafa. O seu reportório na área da dança,

teatro e vídeo é constituído por mais de 90 obras, onde se

destacam as peças Treze Gestos de um Corpo, Isolda, Casta

Diva, Pedro e Inês, Paraíso, Electra, Nortada e A Sagração

da Primavera. Criou e remontou peças para um vasto número

de companhias nacionais e estrangeiras entre elas o Ballet

Gulbenkian e Companhia Nacional de Bailado (Portugal), Ballet

Teatro Guaira (Brasil), Ballets de Monte Carlo (Mónaco), Ballet

Nacional de Espanha, English National Ballet (Reino Unido),

American Reportory Ballet (E.U.A.), Maggio Danza e Alla Scala

(Itália). Internacionalmente os seus trabalhos foram apresenta-

dos nas principais capitais Europeias, assim como nos E.U.A.,

Brasil, Japão, Egito, Cabo Verde, Senegal e Tailândia. Tem um

vasto percurso de criação de movimento para o teatro e ópera.

Na área do cinema realizou três filmes, Felicitações Madame,

A Sesta e Interiores. Várias das suas obras estão editadas em

DVD pela produtora Real Ficção, realizadas por Rui Simões.

Uma extensa biografia sobre a sua vida e obra foi editada em

2006, pela Assírio&Alvim, com texto de Mónica Guerreiro.

Desde 1982 Olga Roriz tem sido distinguida com relevantes

prémios nacionais e estrangeiros. Entre eles destacam-se o

1º Prémio do Concurso de Dança de Osaka-Japão (1988),

Prémio da melhor coreografia da revista londrina Time-Out

(1993), Prémio Almada (2004), Condecoração com a insígnia da

Ordem do Infante D. Henrique – Grande Oficial pelo Presidente

da República (2004), Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de

Autores e Mileniumbcp (2008), Prémio da Latinidade (2012). —

TREZE GESTOS DE UM CORPO Olga Rorizcoreografia

António Emilianomúsica

Nuno Carinhascenografia e figurinos

Orlando Wormdesenho de luz

Carlos Pinillosassistente da coreógrafa

Ana Lacerdaensaiadora

Estreia mundialBallet Gulbenkian, Lisboa, Grande Auditório Gulbenkian, 25 de março de 1987

Estreia pela CNBLisboa, Teatro Camões,8 de março de 2007

Será que é uma Estrela?Miguel RamalhoEnsaio de palco

Foi no silêncio da tua ausência que coreografei, para ti, estas

três canções de amor.

Alguns dias antes de partires, quando te peguei ao colo para te

deitar, percebi que tentavas levantar o braço para me abraça-

res. Ajudei-te a levantá-lo e a enlaçá-lo no meu pescoço. Pouco

tempo depois foste embora. Mais tarde, sonhei que tinhas

voltado para me dares esse abraço de despedida. Estavas ali e

o teu abraço era tão quente, tão verdadeiro, tão real. Eu, louco

de alegria, pensei que era tudo mentira e que não tinhas partido.

Pedi-te para me contares como é o outro lado da vida. Serena-

mente, distanciaste-te um pouco de mim e disseste: não posso

contar, meu amor, não posso. E desapareceste-me outra vez.

Esse abraço, que guardarei até ao fim dos meus dias, esteve

sempre presente nesta obra que te dedico. —

VASCO WELLENKAMPCOREOGRAFIA—

Vasco Wellenkamp ingressou, em 1968, no Ballet Gulbenkian.

De 1973 a 1975 foi bolseiro do Ministério da Educação em Nova

Iorque, na Escola de Dança Contemporânea de Martha Graham.

Ainda em Nova Iorque frequentou o curso de composição

coreográfica de Merce Cunningham e trabalhou com Valentina

Pereyslavec, no American Ballet Theatre. Em 1978, como bolsei-

ro da Fundação Gulbenkian, frequentou o curso para coreógra-

fos e compositores da Universidade de Surrey, em Inglaterra.

De 1977 a 1996 desempenhou as funções de coreógrafo resi-

dente, professor de Dança Moderna e ensaiador do Ballet

Gulbenkian. Em 1975 foi nomeado professor de Dança Moderna

da Escola de Dança do Conservatório Nacional e, em 1983,

professor coordenador da Escola Superior de Dança de Lisboa.

Vasco Wellenkamp coreografou no Brasil para o Ballet do Teatro

Municipal de São Paulo, o Ballet de Niterói, a Cia. Cisne Negro

e o Ballet Guaíra, na Argentina para o Ballet Contemporâneo

do Teatro San Martin, na Inglaterra, para o Extemporary Dance

Theater, o Dance TheaterComune e a Companhia Focus On, na

Suíça para o Ballet du do Grand Theatre de Gèneve, na Itália

para o Balletto di Toscana, na Croácia para o Teatro da Ópera

de Zagreb, na Áustria Oper Graz. Em janeiro de 1999 criou a

Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo que dirigiu

até outubro de 2007. Foi nomeado Diretor Artístico do Festival

de Sintra, em setembro de 2003. Vasco Wellenkamp foi galar-

doado, em 1996, com a medalha de ouro e o prémio para o

melhor coreógrafo, no II Concurso Internacional de Dança do

Japão, com a obra A Voz e a Paixão. Em 1994, a 10 de junho, foi

condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante

D. Henrique, por sua Excelência o Senhor Presidente da Repú-

blica, Dr. Mário Soares. Entre 2007 e 2010 dirigiu artisticamen-

te a Companhia Nacional de Bailado. Em novembro de 2010,

retomou o cargo de Diretor Artístico da Companhia Portuguesa

de Bailado Contemporâneo. Em 2014, a co-produção, FADO/

Ritual e Sombras, que coreografou para a CPBC e o IDT, ganhou

o primeiro prémio, na categoria “escolha do público” para a

melhor produção apresentada na Holanda. —¯¯¯ Vasco Wellenkamp,

¯¯¯ Fevereiro 2015

SERÁ QUE É UMA ESTRELA? Vasco Wellenkampcoreografia

Liliana Mendonçafigurinos

Vítor Josédesenho de luz

Maria Joãovoz

João Farinhapiano

Patrícia Henriquesassistente do coreógrafo

Marta Sobreiraensaiadora

Estreia mundialCompanhia Nacionalde Bailado, Lisboa, Teatro Camões, 12 de março de 2015

CANÇÕESEu sei que vou te amar

(Tom Jobim / Vinicius de

Moraes);

Eu te amo (Tom Jobim /

Chico Buarque);

Beatriz (Edu Lobo / Chico

Buarque).

MARIA JOÃOVOZ—

Maria João construiu uma surpreendente e brilhante carreira,

pautada pela participação nos mais conceituados festivais de

jazz da Europa e do mundo. Um percurso iniciado na Escola de

Jazz do Hot Clube de Portugal e que, em poucos anos, extrapo-

lou fronteiras, fazendo de Maria João uma das poucas cantoras

portuguesas aclamadas no estrangeiro. Possuidora de um estilo

único, tornou-se num ponto de referência no difícil e competitivo

campo da música improvisada. Uma capacidade vocal notável

e uma intensidade interpretativa singular valeram-lhe não só o

reconhecimento internacional, como a figuração na galeria das

melhores cantoras da atualidade. Unânimes no aplauso, crítica

e público nomearam-na “uma voz levada às últimas consequên-

cias”, declarando-a “uma cantora que não para de evoluir”.

Para além da sua parceria com Mário Laginha, gravou em nome

próprio: Sol, João, disco dedicado ao cancioneiro popular do

Brasil, Amoras e Framboesas com a Orquestra Jazz de Mato-

sinhos e Electrodoméstico com o OGRE, o seu mais recente

projeto entre muitas outras participações. A nível internacional

trabalhou com prestigiados nomes da música, tais como Aki

Takase, Bobo Stenson, Christof Lauer, Gilberto Gil, Joe Zawinul,

Laureen Newton, Lenine, Ginga, Wolfgang Muthspiel, Trilok

Gurtu, Ralph Towner, Manu Katché, Saxofour, Brussels Jazz

Orchestra, Frankfurt Big Band, entre outros, tendo ainda no seu

portfólio um dueto com Bobby McFerrin. —

JOÃO FARINHAPIANO—

João Farinha, músico e compositor português, inicia os seus

estudos aos impensáveis 19 anos, em Lisboa, para grande

apreensão dos seus pais. Passa por algumas escolas de música

como o Hot Clube de Portugal (Filipe Melo), a Academia de

Amadores de Música (Alexandre Diniz, Mário Delgado) e o

Prins Claus Conservatorium da Holanda (Marc Van Roon) onde

contacta com músicos de todo o mundo. Em 2008 cruza-se com

a cantora Maria João com quem descobre ter grande afinidade

musical e com quem começa a apresentar-se profissionalmen-

te. Através destes concertos com a cantora tem a oportunidade

de tocar dentro e fora do país (Itália, França, Espanha, Grécia,

Chile), em reputadas salas portuguesas como o Centro Cultu-

ral de Belém, a Gulbenkian ou o Hot Clube de Portugal e com

alguns músicos de topo da cena jazz portuguesa como Júlio

Resende, Joel Silva (cúmplices companheiros do projeto OGRE)

e também Mário Delgado, Carlos Barretto, Bernardo Moreira e

Bruno Pedroso. —

HANS VAN MANENCOREOGRAFIA—

Hans van Manen é natural de Amstelveen, Holanda. Estu-

dou dança com Sonia Gaskell, Françoise Adret e Nora Kiss.

Iniciou a carreira profissional em 1951, no Ballet Recital de

Sonia Gaskell, e em 1952 no Ballet da Ópera da Holanda,

onde coreografou o primeiro bailado, Feestgericht, em 1957.

Após uma passagem pelos Ballets de Paris, de Roland Petit,

ingressou no Nederlands Dans Theater, onde trabalhou como

bailarino, coreógrafo e, de 1961 a 1971, como Diretor Artístico.

Seguiram-se dois anos como coreógrafo freelancer e, em 1973,

Hans van Manen ocupou a posição de Coreógrafo Residente

e Mestre de Bailado no Ballet Nacional da Holanda. As suas

coreografias têm sido apresentadas em companhias como o

Ballet de Estugarda, a Ópera de Berlim, o Ballet de Houston,

o Ballet Nacional do Canadá, Ballet da Pensilvânia, The Royal

Ballet, o Ballet Real da Dinamarca, o Ballet Scapino, a Ópera

de Viena, o Tanzforum de Colónia e a Companhia de Alvin Ailey.

Para a Nederlands Dans Theater, à qual regressou em 1988,

van Manen criou mais de 60 bailados, sendo alguns deles:

Sinfonia em 3 Andamentos, Metaphors, Five Sketches, Squa-

res, Mutations, Grosse Fugue, Opus Lemaître, Canções sem

Palavras, Andante e Fantasia. Para o Ballet Nacional da Holan-

da criou, entre outros, Twilight, Adágio Hammerklavier, Sagra-

ção da Primavera, Cinco Tangos, Bits and Pieces e Three Pieces

for Het. Para o Royal Ballet, van Manen criou Four Schumann

Pieces. Ao completar 35 anos de carreira como coreógrafo, foi

armado Cavaleiro da Ordem de Orange Nassau, pela Rainha da

Holanda. Em 1993 foi-lhe também atribuído o Prémio Alemão

da Dança, pela sua influência na dança na Alemanha, durante

mais de 20 anos. Hans van Manen é também um reconhecido

fotógrafo. Em Portugal, o Ballet Gulbenkian dançou sete das

suas coreografias, entre 1978 e 1997, das quais se destacam

Canções Sem Palavras, Cinco Tangos e Grosse Fugue. Em 2003,

a CNB estreou Cinco Tangos e Solo, e nos dois anos subse-

quentes respetivamente Kammerballet e Sarcasm. Em 2015,

Hans van Manen tornou-se membro da Academia Holandesa

para as Artes. —

TWILIGHT Hans van Manencoreografia

John Cagemúsica

Jean-Paul Vroomcenografia e figurinos

Jan Hofstradesenho de luz

Paulo Pachecopiano

Nathalie Carisassistente do coreógrafo

Fátima Britoensaiadora

Estreia mundialBallet Nacional da Holanda, Rotterdam Theatre, Holanda,20 de junho de 1972

Estreia pelo Ballet GulbenkianLisboa, Grande Auditório Gulbenkian, 24 de março de 1979

Estreia pela CNBLisboa, Teatro Camões, 12 de março de 2015

O telão de Twilight é propriedade do Birmingham Royal Ballet

PAULO PACHECOPIANO—

Natural dos Açores, formou-se no Conservatório de Ponta

Delgada com António Teves. Concluiu a Licenciatura em Música

na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou na

classe do pianista Miguel Henriques e música de câmara com

Olga Prats. Obteve o grau de Mestre em Artes Musicais – Piano

Performance – pela Universidade do Norte do Texas, EUA, sob

a orientação do eminente pedagogo Vladimir Viardo. Comple-

mentou os seus estudos em música de câmara no programa de

especialização Chamber Music Center. Presentemente, frequen-

ta o Doutoramento em Artes Musicais na Faculdade de Ciên-

cias Sociais e Humanas, UNL / ESML. É detentor do 1º Prémio

de Música de Câmara – nível superior – no Prémio Jovens

Músicos com o barítono Rui Baeta; o 3º Prémio no “Concerto

Piano Competition MTNA”; finalista nos Concursos Helena Sá

e Costa, Nina Wideman Piano Competition e “UNT – Piano

Competition”. Apresentou-se a solo com as seguintes orques-

tras: Sinfónica Juvenil, Metropolitana de Lisboa, Filarmonia das

Beiras e Nacional do Porto. Partilha o palco com o flautista Nuno

Inácio, desde 2004, e é membro fundador do Trio.pt, Trio Max

Bruch, Trio Lisboa e Triunvirato. Colabora regularmente com a

Orchestrutópica e gravou para a Antena 2. Leciona a disciplina

de Música de Câmara na Escola Superior de Música de Lisboa

e na Academia Nacional Superior de Orquestra. É membro da

European Chamber Music Teachers Association. —

MINUS 16Ohad Naharincoreografia e figurinos

Bambidesenho de luz

Erez Zoharassistente do coreógrafo

Rui Alexandreensaiador

Estreia mundialNederlands Dans Theater II, Lucent DansTheater, Haia, Holanda,11 de Novembro de 1999

Estreia pela CNBLisboa, Teatro Camões,12 de março de 2015

o Ballet Gulbenkian dançou a versão Minus 7 cujo primeiro espetáculo ocorreu em Lisboa, Grande Auditório Gulbenkian,19 de junho de 2002

OHAD NAHARINCOREOGRAFIA—

Ohad Naharin tem sido aclamado como um dos mais proemi-

nentes coreógrafos contemporâneos mundiais. Diretor artístico

da companhia de dança israelita Batsheva, desde 1990, tem-na

guiado segundo uma visão artística audaz e revigorado o seu

repertório com as suas coreografias cativantes. Naharin criou

mais de vinte trabalhos para a companhia principal e para

o agrupamento júnior, Batsheva Ensemble. Para além disso

recriou mais de dez outras obras e trabalhou trechos do seu

reportório para criar Decadance, um espetáculo em constante

evolução. Naharin iniciou os seus estudos com a companhia

de dança da Batsheva, em 1974. No seu primeiro ano, Martha

Graham convidou-o para se juntar à sua companhia em Nova

York. Nessa cidade estudou na Escola do American Ballet,

treinou no Juilliard Scholl e apurou a sua técnica com Maggie

Black e David Howard. Em 1980 formou a Companhia de Dança

Ohad Naharin. Recebeu encomendas de companhias de renome

mundial como a Companhia de Dança Contemporânea Kibbutz

e Nederlands Dans Theater. Naharin foi também pioneiro na

criação de uma inovadora linguagem de movimento: Gaga

que enfatiza a exploração da sensação e disponibilidade para

o movimento, tornando-se no método principal de treino para

os bailarinos da Batsheva. Os talentos de Naharin fizeram-no

acumular uma série de prémios e menções honrosas. Em Israel,

recebeu o Doutoramento Honoris Causa de Filosofia, pelo Insti-

tuto da Ciência de Weizmann, o prestigiado prémio israelita

para Dança, o prémio Jewish Culture Achievement atribuído

pela Fundação da Cultura Judaica, o Doutoramento Honoris

Causa de Filosofia pela Universidade Hebraica e ainda o prémio

EMET na categoria de Arte e Cultura. Naharin foi também

condecorado com a Ordem de Cavaleiro das Artes e das Letras

pelo governo francês, recebeu em dois anos consecutivos o

prémio New York Dance and Performance – Bessie, o prémio

Lifetime Achievement do Festival de Dança Americana Samuel

H. Scripps, o prémio da Dance Magazine e, em 2013, o seu mais

recente Doutoramento Honoris Causa, pela Juilliard. —

MÚSICAcolagem de composições de diversos autores

C’est magnifique

Nelson Riddle & his

orchestra;

Adios Mi Chaparrita

Perez Prado and his

orchestra

(L.F. Esperon / B. Marcus);

Solamente Una Vez

Perez Prado

(Agustin Lara / R. Gilbert);

Patrícia

Perez Prado and his

orchestra;

I can’t belive that you’re in

love with me

John Buzon trio & his

orchestra;

Allays in my heart

Perez Prado

It must be true

The John Buzon trio & his

orchestra;

Hava Nagila

(traditional music)

Dick Dale

Echad Mi Yodea

(traditional music)

arranged and played by

Ohad Naharin and the Trac-

tor’s Revenge

Nisi Dominus (Psalm 126),

R.608 James Bowman

(Vivaldi)

Somewhere over the

rainbow

adapted by Marusha (D.J.)

(Harold Arlen & E.Y.

Hamburg)

Hooray For Hollywood

(cha cha)

Don Swan & his orchestra

(John H. Mercer & Richard

E. Whiting)

Sway

Dean Martin

(P.B. Ruiz & N. Gimbel)

Asia 2001

Nocturne Op. 9 nº 2 in

E flat major

Chopin

* Licença sem vencimento ** Prestadores de serviço *** Regime de voluntariado

DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira

BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy Konik;

Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco; BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina

Santos; Yurina Miura; Andrea Bena; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina

Lourenço; Henriett Ventura; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Armando Maciel; Dominic Whitbrook; Freek Damen; Miguel

Ramalho; Tom Colin; Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena Maldonado; Andreia Mota; Carla Pereira;

Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Inês Ferrer; Inês Moura; Isabel Frederico; Júlia Roca;

Leonor de Jesus; Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina Figueiredo; Melissa Parsons; Patricia Keleher; Shanti Mouget; Sílvia Santos;

Susana Matos; Tatiana Grenkova; Zoe Roberts; Christian Schwarm; Dukin Seo; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José

Carlos Oliveira; Kilian Souc; Lourenço Ferreira; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; Tiago Coelho BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Calum Collins;

Joshua Earl;

MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO

ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola

COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE

LESÕES Didier Chazeu PROFESSORA DE DANÇA CONVIDADA Irena Milovan**; PIANISTAS CONVIDADOS Humberto Ruaz**; Jorge

Silva**; Hugo Oliveira**

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OPART Presidente José de Monterroso Teixeira; Vogal Sandra Simões; Vogal Adriano Jordão

DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS CNB Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha

Fernandes (assistente) ATELIER DE COSTURA CNB Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Ana Fernandes; Cristina Fernandes;

Conceição Santos; Helena Marques DIREÇÃO TÉCNICA CNB Diretora Cristina Piedade; Sector de Maquinaria Alves Forte (chefe de

sector); Miguel Osório; Carlos Reis* Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor

José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA CNB Diretor

Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra) Conservação do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO

DE COMUNICAÇÃO CNB Cristina de Jesus (coordenadora); Pedro Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital

Marco Arantes Design João Campos** Bilheteira Anabel Segura; Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS

SOLIDÁRIOS CNB Luis Moreira*** (coordenador) DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Vanda Simões; António

Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC); Susana Santos Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição

Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

OPART Diretor Paulo Veríssimo; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO OPART Nuno

Cassiano (coordenador); António Silva; André Viola; Armando Cardoso; Artur Ramos; Carlos Santos Silva; Daniel Lima; João Alegria; Manuel

Carvalho; Rui Rodrigues; Sandra Correia e Sandro Cardoso (estágio) GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora);

Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso** Secretária do Conselho de Administração Regina Sutre SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA

CNB Fisiogaspar** SERVIÇOS DE INFORMÁTICA OPART Infocut

FOTO

GRAF

IAS ©

BRU

NO SI

MÃO

BILHETEIRAS E RESERVASTeatro CamõesQuarta a domingodas 13h às 18h (01 nov – 30 abr)

das 14h às 19h (01 mai – 31 out)

Dias de espetáculo até meia-hora apóso início do espetáculo.Telef. 218 923 477

Teatro Nacional de São CarlosSegunda a sexta das 13h às 19hTelef. 213 253 045/6

Ticketlinewww.ticketline.ptTelef. 707 234 234

Lojas Abreu, Fnac, Worten,El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita

CONTACTOSTeatro CamõesPasseio do Neptuno, Parque das Nações,1990 - 193 LisboaTelef. 218 923 470

INFORMAÇÕES AO PÚBLICONão é permitida a entrada na sala enquanto o espetáculo está a decorrer (DL n.º 23/2014, de 14 de fevereiro); É expressamente proi-bido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 6 anos não poderão assistir ao espetáculo nos termos do DL n.º 23/2014, de 14 de fevereiro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.Espetáculo M/6

WWW.CNB.PT // WWW.FACEBOOK.COM/CNBPORTUGAL

APOIOS À DIVULGAÇÃO

PRÓXIMOS ESPETÁCULOSTEATRO CAMÕES 29 ABR—10 MAI

EU NÃO PERCEBONADA DE DANÇATEMA 3: O QUE FAZ QUEUM CLÁSSICO SEJA UM CLÁSSICO?

CICLO DECONFERÊNCIAS

TEATRO CAMÕES21 ABRIL ÀS 18H30ENTRADA GRATUITA

CRISTINA PERESCURADORIAE MODERAÇÃO

RICARDO SALÓJOANA MANUELCONVIDADOS

MEDIA PARTNER: