gulbenkian abril 2015.pdf

24
15 14 04 16 17 quinta 16 Abril 2015 21:00h — Grande Auditório sexta 17 Abril 2015 19:00h — Grande Auditório Orquestra Gulbenkian Paul McCreesh maestro Annette Dasch soprano sexta 17 Abril 2015, 21:30h — Grande Auditório Solistas da Orquestra Gulbenkian

Transcript of gulbenkian abril 2015.pdf

  • 1514

    041617

    quinta 16 Abril 201521:00h Grande Auditrio

    sexta 17 Abril 201519:00h Grande Auditrio

    Orquestra GulbenkianPaul McCreesh maestroAnnette Dasch soprano

    sexta 17 Abril 2015, 21:30h Grande AuditrioSolistas da Orquestra Gulbenkian

  • MUSICA.GULBENKIAN.PT

    mecenasciclo grandes intrpretes

    mecenascoro gulbenkian

    mecenasciclo piano

    mecenasconcertos de domingo

    mecenasrising stars

  • 03

    Durao total prevista: c. 1h 45 min.Intervalo de 20 min.

    Orquestra GulbenkianPaul McCreesh maestroAnnette Dasch soprano

    quinta 16 Abril 201521:00h Grande Auditrio

    sexta 17 Abril 201519:00h Grande Auditrio

    041617

    Frederick DeliusThe Walk to the Paradise GardenArranjo de David Lloyd-Jones

    Hector BerliozLes nuits dt, op. 7

    VillanelleLe spectre de la roseSur les lagunesAbsenceAu cimetireLle inconnue

    intervalo

    Antonn DvorkSinfonia n. 5, em F maior, op. 76

    Allegro ma non tropoAndante con motoScherzo: Allegro scherzandoFinale: Allegro molto

  • 404

    1704

    sexta 17 Abril 201521:30h Grande Auditrio

    Solistas da Orquestra GulbenkianMaria Balbi violinoMaria Jos Laginha violinoAndr Cameron violaMartin Henneken violoncelo

    Durao total prevista: c. 55 min.Concerto sem intervalo

    Antonn DvorkQuarteto para Cordas n 12, em F maior, op. 96, Americano

    Allegro ma non troppoLentoMolto vivaceFinale: Vivace ma non troppo

    Maurice RavelQuarteto para Cordas em F maior

    Allegro moderatoAssez vif, trs rythmTrs lentVif et agit

  • 05

    Frederick Deliusbradford, 29 de janeiro de 1862grez-sur-loing, 10 de junho de 1934

    A Village Romeo and Juliet a quarta das seis composies dramticas compostas por Frederick Delius. Foi inspirada pelo conto homnimo do escritor suo Gottfried Keller (1819-1890), o qual transps um drama de contornos shakespearianos para finais do sculo XIX, tendo-se para isso baseado num caso verdico, relatado em 1847 num jornal de Zurique. A ao deste drama lrico cujo libreto da autoria de Delius e da sua mulher, Jelka Rosen decorre numa pequena vila sua, onde dois jovens, Sali e Vrenchen (Vreli), se apaixonam, contrariando os respetivos pais que nutriam uma inimizade de longa data motivada pela disputa de um pedao de terra. No seu libreto, Delius introduziu no enredo a figura sinistra do Dark Fiddler, principal causador da discrdia entre os dois vizinhos e smbolo da fatalidade. Depois de fugirem de casa, e aps passarem um dia juntos, o casal apaixonado refugia-se numa estalagem beira-rio denominada Paradise Garden, onde danam pela noite dentro. De madrugada, desencantados com a sua existncia e com

    a impossibilidade de permanecerem juntos, partem num barco de transporte de feno que deliberadamente deixam afundar, afogando--se. Com esta obra dramtica, Delius atingiu a sua plena maturidade estilstica, revelando uma sumptuosidade harmnica sem igual e um exacerbado e pungente romantismo, aspetos evidentes no genial interldio The Walk to the Paradise Garden, o qual antecede a ltima cena. The Walk to the Paradise Garden no constava da partitura escrita entre 1899 e 1901, resultando de uma incluso mais tardia, usada na estreia da pera em Berlim, que ocorreu apenas em 1907. Delius introduziu-a no apenas com o intuito de criar um momento de tranquila introspeo antes do desenlace final do drama, mas sobretudo para possibilitar a mudana de cenrio. A imanente sensualidade, a subtileza harmnica e o requinte da escrita orquestral contida neste interldio que pelas suas dimenses e teor dramtico mais se assemelha a um poema sinfnico simbolizam o amor entre os dois protagonistas.

    The Walk to the Paradise Garden

    composio: 1907estreia: berlim, 21 fevereiro de 1907durao: c. 10

    fred

    eric

    k de

    lius

    d

    r

  • 0606

    Les nuits dt

    Hector Berliozla cte-saint-andr, 11 de dezembro de 1803paris, 8 de maro de 1869

    composio: 1840-41 / 1856durao: c. 30

    Apesar de se ter afirmado sobretudo como compositor orquestral, a cano solista foi uma das primeiras e mais duradouras paixes na carreira artstica de Berlioz, revelando-se em muitas destas suas composies o ascendente do antigo romance francs para voz e piano. Apesar da elevada qualidade intrnseca deste seu esplio, Les nuits dt constitui porventura a mais relevante criao do compositor neste domnio. Estas seis canes, as nicas que Berlioz agrupou em ciclo, foram originalmente escritas para piano e voz em 1840-41, mas possivelmente no tero sido apresentadas em pblico neste formato. Baseadas em poemas do crtico literrio e poeta Thophile Gaultier, amigo de Berlioz, foram extradas do poemrio La Comdie de la mort (1838), sendo o ttulo Les nuits dt uma denominao do prprio Berlioz que, de algum modo, sugere a sua deferncia pela obra de Shakespeare.A primeira das canes a ser orquestrada foi Absence, tendo sido estreada em fevereiro de 1843 em Leipzig pela cantora Marie Recio, com quem Berlioz viria a casar. S bastante mais

    tarde, em 1856, que Berlioz orquestraria as restantes canes, contudo nunca chegaria a apresentar publicamente o ciclo completo.Os textos musicados por Berlioz contam-se, de uma perspetiva potica, entre os mais significativos que alguma vez colocou em msica. Neles so evocados os temas mais comuns do romantismo francs da primeira metade do sculo XIX: jovens amantes passeando-se em ambiente buclico, um tmulo sob a sombra de uma frondosa rvore, ou ainda a evocao de locais exticos e distantes. Berlioz organizou as canes de forma a ter as mais joviais e enrgicas em primeiro e ltimo lugar, enquadrando as mais sbrias e introspetivas quatro canes centrais. Pode afirmar-se que, nesta obra, Berlioz se revela no apogeu das suas capacidades tcnicas e artsticas: o intenso arpejo do violoncelo com que se inicia Le spectre de la rose; o ritmo regular de Sur les lagunes, sugerindo o movimento ondulante de um barco; ou ainda a serenidade esttica e as dissonncias dos clarinetes que subtilmente pontuam a cano Au cimetire.

    hec

    tor

    berl

    ioz.

    fot

    ogra

    fia

    de p

    ierr

    e pe

    tit

    d

    r

  • 0707

    Hector BerliozLes nuits dtPoemas de Thophile Gautier

    Villanelle Quand viendra la saison nouvelle,Quand auront disparu les froidsTous les deux nous irons, ma belle,Pour cueillir le muguet aux bois.Sous nos pieds grenant les perlesQue lon voit au matin trembler,Nous irons couter les merlesSiffler. Le printemps est venu, ma belle,Cest le mois des amants bni;Et loiseau, satinant son aile,Dit ses vers au rebord du nid.Oh, viens donc, sur ce banc de moussePour parler de nos beaux amours,Et dis-moi de ta voix si douce,Toujours! Loin, bien loin, garant nos courses,Faisons fuir le lapin cach,Et le daim au miroir des sourcesAdmirant son grand bois pench.Puis chez nous, tout heureux, tout aises,En paniers enlaant nos doigts,Revenons, rapportant des fraisesDes bois.

    Le spectre de la rose Soulve ta paupire closeQueffleure un songe virginal!Je suis le spectre dune roseQue tu portais hier au bal. Tu me pris encore emperleDes pleurs dargent de larrosoir,Et, parmi la fte toile,Tu me promenas tout le soir. O toi qui de ma mort fus cause,Sans que tu puisses le chasser,Toutes les nuits mon spectre roseA ton chevet viendra danser;

    Vilanela Quando chegar a estao novae o frio tiver desaparecidoiremos os dois, meu amor,colher o junquilho nos bosques.Esmagando aos ps as prolasde orvalho da manhiremos ouvir os melrosa assobiar. Chegou a Primavera, meu amor! o ms abenoado dos amantes,em que at o pssaro que no ninhoacetina as asas parece dizer versos.Vem sentar-te comigo neste banco coberto de musgo e falar do nosso amor,e diz-me, na tua voz to doce:Para sempre! Caminhemos ao acaso at bem longe,fazendo fugir o coelho escondidoe o veado que admira no espelho das fontesas suas grandes hastes inclinadas.E depois, felizes e contentes,de dedos enlaados como os vimes de um cesto,regressemos a casa trazendo os morangosdo bosque.

    O espectro da rosa Ergue as plpebras fechadasque um sonho virginal vem tocar ao de leve!Eu sou o espectro da rosaque ontem trazias no baile. Colheste-me ainda orvalhadapelas lgrimas de prata da gua da rega,e passeaste-me toda a noitepor entre a festa, luz das estrelas. tu, que foste a causa da minha morte!Todas as noites, sem que o possas evitar,o meu espectro rseovir danar tua cabeceira.

    07

  • 08

    Mais ne crains rien, je ne rclameNi messe ni De Profundis.Ce lger parfum est mon me,Et jarrive du paradis. Mon destin fut digne denvie,Et pour avoir un sort si beauPlus dun aurait donn sa vie;Car sur ton sein jai mon tombeau, Et sur lalbtre o je repose,Un pote avec un baiserEcrivit: Cigt une rose,Que tous les rois vont jalouser.

    Sur les lagunes Ma belle amie est morte.Je pleurerai toujours;Sous la tombe elle emporteMon me et mes amours.Dans le ciel sans mattendreElle sen retourna;Lange qui lemmenaNe voulut pas me prendre.Que mon sort est amer!Ah, sans amour sen aller sur la mer! La blanche cratureEst couche au cercueil.Comme dans la natureTout me parat en deuil!La colombe oubliePleure et songe labsent;Mon me pleure et sentQuelle est dpareille.Que mon sort est amer!Ah, sans amour sen aller sur la mer! Sur moi la nuit immenseStend comme un linceul.Je chante ma romanceQue le ciel entend seul.Ah, comme elle tait belle,Et comme je laimais!Je naimerai jamaisUne femme autant quelle.Que mon sort est amer!Ah, sans amour sen aller sur la mer!

    Mas no temas, que no te peoMissa ou De Profundis.Venho do Parasoe este perfume ligeiro a minha alma. O meu destino foi digno de inveja,e para ter sorte to belamais do que um teria dado a vida.Porque o meu tmulo sobre o teu seio, E sobre o alabastro em que repouso,um poeta escreveu, com um beijo:Aqui jaz uma rosaque todos os reis ho-de invejar!

    Sobre as lagoas A minha amada est morta:chor-la-ei para sempre.Consigo leva para o tmuloa minha alma e o meu amor.Sem me esperarvoltou para o Cu,mas o anjo que a guiouno me quis levar a mim.Como amarga a minha sorte!Ai! Partir para o mar sem amor! A criatura, plida,jaz no caixo.Como na naturezatudo me parece estar de luto!A pomba esquecidachora e pensa na ausente;A minha alma chora e senteque ficou s.Como amarga a minha sorte!Ai! Partir para o mar sem amor! Sobre mim a noite imensaestende-se como uma mortalha.Canto o meu romance,mas s o cu me ouve.Ah! Como era belae como eu a amava!No voltarei a amar assimoutra mulher!Como amarga a minha sorte!Ai! Partir para o mar sem amor!

  • Absence Reviens, reviens, ma bien aime!Comme une fleur loin du soleilLa fleur de ma vie est fermeLoin de ton sourire vermeil. Entre nos coeurs quelle distance!Tant despace entre nos baisers!O sort amer! O dure absence!O grands dsirs inapaiss! Reviens, reviens, ... Dici l-bas que de campagnes,Que de villes et de hameaux,Que de vallons et de montagnes,A lasser le pied des chevaux! Reviens, reviens, ...

    Au cimetire Connaissez-vous la blanche tombeO flotte avec un son plaintifLombre dun if?Sur lif une ple colombe,Triste et seul au soleil couchant,Chante son chant; Un air maladivement tendre,A la fois charmant et fatalQui vous fait malEt quon voudrait toujours entendre;Un air comme en soupire aux cieuxLange amoureux. On dirait que lme veillePleure sous terre lunissonDe la chanson,Et du malheur dtre oublieSe plaint dans un roucoulementBien doucement. Sur les ailes de la musiqueOn sent lentement revenirUn souvenir.Une ombre, une forme angliquePasse dans un rayon tremblantEn voile blanc.

    Ausncia Regressa, meu amor!Longe do teu sorriso rubroa flor da minha vida est fechadacomo uma flor longe do Sol. Que distncia entre os nossos coraes!Tanto espao entre os nossos beijos!Ai, sorte amarga! Ai, dura ausncia!Ai, grandes desejos por acalmar! Regressa, meu amor... Daqui at onde ests, quantos campos, quantas cidades e aldeias,quantos vales e montanhaspara cansarem os ps dos cavalos! Regressa, meu amor...

    No cemitrio Conheceis o tmulo brancosobre o qual paira, com um som choroso,a sombra de um teixo?Sobre o teixo h uma pomba plidaque, triste e s, ao sol-poente,canta a sua cano. uma cano terna mas doentia,ao mesmo tempo encantadora e fatal,que nos faz doer,mas que quereramos ouvir para sempre;uma cano que parece ser suspirada no cupor um anjo apaixonado. Dir-se-ia que a alma, desperta,canta sob a terra em unssonocom esta canoe se queixa,murmurando docemente,da desgraa do esquecimento. Nas asas da msicaregressa lentamenteuma memria.E uma sombra, uma forma anglica,passa tremendo num raio,envolta num vu branco.

    09

  • 10

    Les belles de nuit demi-closesJettent leur parfum faible et douxAutour de vous,Et le fantme aux molles posesMurmure en vous tendant les bras:Tu reviendras! Oh jamais plus, prs de la tombeJe nirai, quand descend le soirAu manteau noir,Ecouter le ple colombeChanter sur la pointe de lifSon chant plaintif!

    Lle inconnue Dites, la jeune belle,O voulez-vous aller?La voile enfle son aile,La brise va souffler. Laviron est divoire,Le pavillon de moire,Le gouvernail dor fin;Jai pour lest une orange,Pour voile une aile dange,Pour mousse un sraphin. Dites, la jeune belle Est-ce dans la Baltique?Dans la mer Pacifique?Dans lle de Java?Ou bien est-ce en Norvge,Cueillir la fleur de neige,Ou la fleur dAngsoka? Dites, la jeune belle Menez-moi, dit la belle, la rive fidle o lon aime toujours!Cette rive, ma chre,On ne la connat gureAu pays des amours.O voulez-vous aller?La brise va souffler.

    As flores noturnas, meio fechadas,soltam em torno de mimo seu perfume fraco e doce,e o fantasma murmura,estendendo-me os braos:Hs-de voltar! Oh! Nunca mais irei,ao cair da noite,com o seu manto negro,ouvir junto do tmuloa pomba plida cantar, do alto do teixo,a sua cano chorosa!

    A ilha desconhecida Diz-me, bela jovem,para onde queres ir?A vela est j infladae a brisa comea a soprar. O remo de marfim,o estandarte de sedae o leme de ouro fino.Tenho por lastro uma laranja,por vela a asa de um anjoe por moo um serafim. Diz-me, bela jovem... Ser para o Bltico?Para o Pacfico?Para a Ilha de Java?Ou antes para a Noruega,colher as flores da neve,ou a flor de Angsoka? Diz-me, bela jovem... Leva-me, diz a jovem, praia fiel onde se ama para sempre!Essa praia, minha querida,ningum a conheceno pas do amor.Para onde queres ir?A brisa comea a soprar.

    traduo de rui vieira nery

  • Antonn Dvorknelahozeves, 8 de setembro de 1841praga, 1 de maio de 1904

    Antonn Dvork foi um prolfico compositor no domnio orquestral, no havendo gnero caracterstico deste perodo sinfonias, poemas sinfnicos, variaes de concerto, concertos, aberturas, rapsdias que no estejam refletidas no seu formidvel acervo. Contudo, a sinfonia ocupa uma posio cimeira no seu esplio artstico, ainda que este facto s mais recentemente, em meados do sculo XX, tenha vindo a pblico. Quando Dvork morreu, em 1904, apenas eram conhecidas cinco das suas nove sinfonias. Assim, a clebre nona e ltima sinfonia, cognominada Do Novo Mundo, ocupava o quinto lugar, pois as primeiras quatro sinfonias s foram publicadas nos anos cinquenta do sculo XX, aps a apresentao, em 1936, da primeira sinfonia (Zlonick zvony Os sinos de Zlonice) que at ento se julgava perdida. Logicamente que, a partir de ento, a ordem das sinfonias foi renumerada. Estas quatro primeiras sinfonias, apesar do intrnseco valor artstico, revelam ainda uma frgil autonomia estilstica, denotando a herana de um estilo pangermnico. somente com a 5. Sinfonia, em F Maior, escrita em 1875, que Dvork afirma a sua maioridade esttica, revelando-se esta como uma composio de

    grande flego, emblemtica do seu estilo sinfnico, marcando a ciso definitiva com o que compusera anteriormente. No ano anterior composio da 5. Sinfonia, Dvork tinha concorrido Bolsa do Estado Austraco com um conjunto de quinze composies sinfnicas, tendo ento obtido um substancial prmio pecunirio e sobretudo o justo reconhecimento do jri (onde constava o nome do crtico musical Eduard Hanslick), facto que ter ajudado a estimular a sua criatividade naquele quefoi um dos anos mais profcuos da sua carreira. Para alm da referida Sinfonia em F maior, composta durante o vero, num espao de tempo de apenas seis semanas, foi tambm no ano de 1875 que escreveu a sua pera em cinco atos Vanda, bem como um avultado nmero de peas para agrupamentos de cmara. Em 1887, Dvork realizou uma reviso da 5. Sinfonia, dedicando esta a obra ao maestro e pianista Hans von Blow. Agradecido, o maestro referiu ser essa uma distino maior do que aquela que se atribui a um prncipe, descrevendo Dvork como sendo, ao lado de Brahms, um dos maiores compositores dos nossos dias. O inicial Allegro ma non tropo revela uma msica essencialmente buclica

    Sinfonia n. 5, em F maior, op. 76

    composio: 1875, rev. 1887estreia: praga, 25 maro de 1879durao: c. 40

    11

    anto

    nn

    dvor

    k

    dr

  • com os gorjeios canoros imitados pelos clarinetes ou os chamamentos de caa nas trompas protagonizada pelo primeiro tema desta forma sonata. O segundo tema, mais vigoroso mas igualmente idlico, no perturba a tranquilidade campestre deste andamento. Aps a seco central de desenvolvimento, onde so reelaborados os elementos motvicos da primeira parte, ressurge o tema inicial, mas agora docemente evocado pela trompa, concluindo-se este andamento de forma mais serena. O meditativo Andante um intermezzo em andamento moderado transita entre uma disposio melanclica e uma mais lacre, tal como a balada rstica eslava que lhe serviu de inspirao, a Dumka, que Dvork tanto apreciava e cuja referncia frequentemente emerge na sua msica. Sem interrupo, irrompe o terceiro andamento. Aps um momento transicional, encabeado pelos violoncelos, surge um Scherzo com ndole de dana rstica, repleto

    de energia e humor, onde o excecional colorido e o jogo tmbrico orquestral antecipam no tempo as suas famosas Danas Eslavas, as quais comearam a ser compostas igualmente na dcada de setenta do sculo XIX. O magnfico andamento final rompe com o ambiente campestre estabelecido nos andamentos anteriores. De grande dramatismo, inicia-se na sombria tonalidade de L menor, estabelecendo-se ao longo de todo o andamento uma forte dicotomia entre esta e a tonalidade principal da Sinfonia, F maior, o que, num plano simblico, representa uma alternncia entre sombra e luz. Na seco da coda ressurge brevemente o primeiro tema do andamento inicial, terminando a obra com festivas fanfarras dos metais. Todo este extenso andamento, com os seus ritmos incisivos, profunda expresso romntica e temas grandiloquentes, apenas confirma a elevada estatura de Dvork enquanto compositor sinfnico.

    12

    casp

    ar d

    avid

    fri

    edri

    ch (1

    774-

    1840

    ). p

    aisa

    gem

    da

    bom

    ia

    dr

  • Antonn Dvorknelahozeves, 8 de setembro de 1841praga, 1 de maio de 1904

    O cognome americano, atribudo ao Quarteto op. 96, adveio da direta e profunda influncia que o imaginrio musical norte-americano exerceu sobre Dvork, especialmente durante o breve perodo de lazer em que permaneceu junto de uma comunidade de conterrneos morvios na cidade de Spillville, situada na regio do Iowa. Fatigado do quotidiano em Nova Iorque, onde ento exercia funes como diretor do Conservatrio Nacional de Msica (a mesma instituio que mais tarde seria conhecida como Juilliard Scholl) durante os trs anos em que esteve nos Estados Unidos, a disposio e criatividade de Dvork ganharam novo alento perante as paisagens selvagens e inspiradoras daquela regio mais remota do pas. Escrito logo aps a estreia da sua clebre Sinfonia Do Novo Mundo, obra com a qual partilha algumas caractersticas, e num espao de apenas duas semanas, o Quarteto op. 96 reflete o contacto que Dvork teve ento com a msica afro-americana e amerndia. Melodias nativas e tradicionais, singelas frases pentatnicas,

    ostinatos e ritmos sincopados constam da rica paleta expressiva que Dvork utiliza neste quarteto, conferindo-lhe assim um forte colorido local. A singularidade do Quarteto Americano no seio da obra de Dvork reside especialmente na sua simplicidade rstica e inocente e numa linguagem musical quase espoliada de cromatismos, antes permitindo que os elementos autctones dominem em primeiro plano o idioma desta obra nas suas mais diversas facetas.O primeiro andamento inicia-se com um vigoroso tema pentatnico enunciado pela viola instrumento que Dvork tocava o qual constitui o seu elemento principal. Um segundo tema, languido e nostlgico, ser utilizado em fugato imediatamente antes da reexposio do primeiro tema. Aps o ambiente saudoso que percorre todo o segundo andamento, ressurgem no terceiro andamento, um rond, os ritmos incisivos e as melodias evocativas da Amrica do Norte. A vigorosa dana do ltimo andamento, com o seu ritmo obstinado, aparenta representar as percusses nativas desta regio do globo.

    Quarteto para Cordas n. 12, em F maior, op. 96, Americano

    composio: 1893estreia: boston, 1 de janeiro de 1894durao: c. 25

    13

    quar

    teto

    op.

    96 -

    1. e

    di

    o. b

    erli

    m, n

    . sim

    rock

    , 189

    4 d

    r

  • Maurice Ravelciboure, 7 de maro de 1875paris, 28 de dezembro de 1937

    Quarteto para Cordas em F Maior

    composio: 1902-03estreia: paris, 5 de maro de 1904durao: c. 30

    Apesar de constituir a nica incurso de Maurice Ravel neste domnio, o seu Quarteto para cordas em F maior representa, paralelamente com a composio homloga do seu compatriota Claude Debussy, um dos mais recuados e relevantes exemplos de uma renovada abordagem estilstica deste gnero camerstico. Dedicado ao seu venerado mestre Gabriel Faur, a obra teve uma primeira receo pouco auspiciosa, quando Ravel submeteu o seu primeiro andamento ao jri do concurso anual do Conservatrio de Paris que o rejeitou liminarmente. Ainda que, pouco mais tarde, aquando da sua estreia, o quarteto tenha conseguido obter a aprovao do pblico, a crtica parisiense de ento normalmente bastante impiedosa para com os seus compatriotas censurou-lhe a ciso radical com o romantismo germnico ou a exagerada similitude com o quarteto de Debussy, este ltimo escrito na dcada anterior. Apesar disso, esta inovadora composio revelar-se-ia referencial no repertrio da msica francesa e para quarteto de cordas. O frequente recurso a uma escrita modal marginalizando intencionalmente a tonalidade base da obra conferem a este quarteto uma invulgar sonoridade de contornos exticos, ainda

    que, observada de um prisma estrutural, a obra siga critrios bastante tradicionais, herdados do Classicismo, seja ao nvel da lgica do tratamento motvico e formal, seja no que se refere clareza das texturas e da instrumentao. O tema pentatnico que inicia o primeiro andamento constitui um elemento fulcral na arquitetura do quarteto, reaparecendo, de forma cclica, sob as mais diversas e imaginativas abordagens. Porm, no so apenas os aspetos acima referidos que fazem deste quarteto uma obra de charneira entre Romantismo e Modernismo. O singular tratamento tmbrico, harmnico e tonal em tudo contribuem para isso. Ainda que os abruptos saltos de campo harmnico, as sbitas mudanas de textura e o recurso a complexas construes harmnicas sejam uma constante ao longo da obra, destacam-se o notvel segundo andamento, cujo plcido episdio central abruptamente quebra a selvagem textura em pizzicatos, ou o lrico e sonhador terceiro andamento. A obra conclui-se com um incisivo e vigoroso quarto andamento onde so reiterados os dois principais temas do primeiro. notas de lus raimundo

    14

    mau

    rice

    rav

    el e

    m 19

    07

    pie

    rre

    peti

    t

  • maestroPaul McCreesh

    Notas Biogrficas

    O britnico Paul McCreesh o Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian desde o incio da temporada 2013-14. Msico empolgante e inovador, destacou-se com o seu trabalho com o Gabrieli Consort & Players, agrupamento que fundou em 1982 e do qual o Diretor Artstico. A energia e paixo que coloca no seu trabalho levaram-no a dirigir tambm muitas das maiores orquestras e coros mundiais. No domnio das grandes obras corais, destaque-se a sua reviso da verso em ingls da oratria As Estaes de J. Haydn, que foi apresentada em 2011 em Schleswig-Holstein e na Fundao Calouste Gulbenkian. Nos ltimos anos, de salientar ainda a direo de Elias de Mendelssohn, com a Filarmnica de Bergen, Um Requiem Alemo de Brahms, com a Sinfnica Nacional da RTE (Irlanda), e a Grande Missa em D menor de Mozart, com a Sinfnica da Islndia. Paul McCreesh estabeleceu tambm uma forte reputao no domnio da pera, em produes

    como Tamerlano, Il trionfo del tempo e del disinganno e Jephtha, de Hndel, ou Orphe et Eurydice de Gluck, em palcos como o Teatro Real de Madrid, a pera Real Dinamarquesa, a pera da Flandres ou o Festival de Verbier.Ao longo de quinze anos, produziu para a Deutsche Grammophon uma relevante coleo discogrfica que recebeu os mais importantes prmios da especialidade, tendo sido nomeado para os Grammy em 2010. Em 2011, a gravao da oratria A Criao, de J. Haydn, recebeu o prmio Gramophone. Em julho de 2011, lanou a sua prpria etiqueta, a Winged Lion, em colaborao com o Gabrieli Consort & Players, a Signum Classics e o Festival Wratislavia Cantans, do qual foi diretor artstico entre 2006 e 2012. Paul McCreesh dedica-se com especial empenho e dedicao ao trabalho com jovens msicos, colaborando regularmente com coros e orquestras juvenis e na criao de novos projetos educativos neste domnio.

    paul

    mcc

    rees

    h

    sh

    aun

    bloo

    dwor

    th

    15

  • sopranoAnnette Dasch

    16

    Annette Dasch nasceu em Berlim e estudou na Hochschule fr Musik, em Munique. Em 2000 venceu o Concurso Maria Canals, em Barcelona, o Prmio Robert Schumann (Lied), em Zwickau, e o Concurso de Canto de Genebra. Em funo destes sucessos, participou nas interpretaes da Paixo segundo So Joo, de J. S. Bach, com o maestro Peter Schreier, em Veneza, e da cantata Von deutscher Seele, de H. Pfitzner, com Fabio Luisi, no Gewandhaus de Leipzig. Desde ento, percorreu uma brilhante carreira no domnio da pera, sendo de destacar as seguintes atuaes: Donna Elvira (Don Giovanni), no Teatro alla Scala de Milo, na pera de Berlim e na pera da Baviera (Munique); Condessa Almaviva e Susanna (As bodas de Figaro), na Royal Opera House - Covent Garden, no Teatro Real de Madrid, no Thtre des Champs-lyses, na Metropolitan Opera de Nova Iorque e na pera de Frankfurt; Fiordiligi (Cos fan tutte), no Festival de Salzburgo; Elsa (Lohengrin) no Festival de Bayreuth, no Gran Teatre del Liceu

    de Barcelona, em Milo e em Munique; Gretel (Hnsel und Gretel), em Berlim; e Eva (Os mestres cantores de Nuremberga), no Festival de Budapeste e na Metropolitan Opera. Alm da pera e da interpretao das grandes obras corais, como solista de concerto, apresenta-se tambm em recital ou a solo com orquestra, incluindo o seu repertrio obras como Des Knaben Wunderhorn de G. Mahler ou Les nuits dt de H. Berlioz. Annette Dasch convidada regular dos grandes palcos europeus como as Schubertiade Schwarzenberg, o Festival Beethoven de Bona, o Musikverein e o Konzerthaus de Viena, o Concertgebouw de Amesterdo, o Konzerthaus de Dortmund, ou o Wigmore Hall de Londres. Colabora com grandes orquestra e maestros de renome como Daniel Barenboim, Ivor Bolton, Colin Davis, Gustavo Dudamel, Adam Fischer, Nicolaus Harnoncourt, Paavo Jrvi, Marek Janowski, Fabio Luisi, Kent Nagano, Andris Nelsons, Roger Norrington, Seiji Ozawa, Simon Rattle, Helmuth Rilling ou Christian Thielemann.

    anne

    tte

    dasc

    h

    dan

    iel

    pasc

    he

  • Descendente de uma famlia de msicos, Maria Balbi nasceu em Lima, no Per. Comeou a estudar piano aos trs anos de idade e violino aos cinco. Frequentou o Conservatrio Nacional de Lyon, em Frana, onde se diplomou com a Medalha de Ouro em Violino. Estudou posteriormente no Conservatrio Nacional Superior de Msica de Paris, nas classes de Jacques Ghestem, Alain Meunier e Christian Ivaldi, tendo recebido primeiros prmios em violino e msica de cmara. Mais tarde, estudou com Phillip Hirshorn e Viktor Liberman na Hochschule von dem Kunsten, em Utrecht, na Holanda, e com Tibor Varga na cole des Archets, em Sion, na Sua. Como solista, atuou com a Orchestre dAubagne, numa digresso em Frana, e com a Orquestra Gulbenkian, em Lisboa. Apresenta-se regularmente na Europa, na sia e nos E.U.A., nomeadamente em festivais de msica, onde atuou como o Amsterdam Chamber Music Emsemble, o Moscow Piano Quartet e com os Solistas da Orquestra Gulbenkian. Para alm das suas atividades como violinista clssica, fundou o grupo de fado Trinados, com o qual realizou digresses em Portugal, Marrocos, Espanha, Brasil e E.U.A. Maria Balbi membro da Orquestra Gulbenkian desde 1999.

    Maria Jos Laginha nasceu em Lisboa em 1986 e iniciou os seus estudos musicais na Fundao Musical dos Amigos das Crianas, tendo estudado com Filomena Cardoso e Leonor Prado. Em 2001 ingressou na Escola Profissional Artstica do Vale do Ave (Artave), onde estudou com Alberto Gaio Lima e Suzanne Lidegran. Em 2000 frequentou o estgio da Orquestra Portuguesa das Escolas de Msica e em 2002 e 2004 a Orquestra Aproarte. Participou em vrios cursos de aperfeioamento com professores como Daniel Rowland, Felix Andrievsky, Alexei Mijlin, Boris Kuniev, Gerardo Ribeiro, Christophe Poiget, Igor Volochine e Roman Nodel, entre outros. Em 2004 teve a oportunidade de tocar a solo com a Orquestra Artave. Nesse mesmo ano apresentou-se, tambm a solo, com a Filarmonia das Beiras. Recebeu o 1. prmio nvel mdio do Prmio Jovens Msicos em 2005. Bolseira da Fundao Calouste Gulbenkian durante trs anos (2004-2007), licenciou-se na Academia Nacional Superior de Orquestra, onde estudou com Anbal Lima. membro da Orquestra Gulbenkian.

    violinoviolino

    Maria Jos Laginha

    Maria Balbi

    17

    mar

    ia b

    albi

    d

    r

    mar

    ia jo

    s l

    agin

    ha

    d

    r

  • O violoncelista alemo Martin Henneken nasceu em 1981 e recebeu as primeiras lies de violoncelo aos seis anos de idade. Aos dezasseis ingressou, como bolseiro, na Musikhochschule Detmold, onde estuou com Gotthard Popp. Frequentou posteriormente as academias de msica de Lbeck e Viena, onde foi aluno de Troels Svane e Reinhard Latzko. Foi premiado no Concurso Nacional Alemo para Jovens Msicos e aluno da fundao Live Music Now, criada por Yehudi Menuhin. Como membro da Orquestra Nacional Alem da Juventude, ganhou experincia como msico de orquestra. Durante os seus estudos, foi convidado a colaborar regularmente com vrias orquestras como a Filarmnica de Lbeck, a Sinfnica de Viena e a Sinfnica da ndia Mumbai. Como msico de cmara, estudou com Walter Levin, do Quarteto Lassalle, e atuou no Konzerthaus de Viena. Na temporada 2009-10 colaborou com a pera Nacional e a Filarmnica de Viena e participou nos festivais de Salzburgo e Lucerna. Desde 2010, segundo solista da Orquestra Gulbenkian.

    Andr Cameron estudou na North Carolina School of The Arts com Paul Doktor e no New England Conservatory, em Boston, com o chefe de naipe da Orquestra Sinfnica de Boston, Burton Fine. Em 1977 ganhou o primeiro prmio no Concurso para Jovens Artistas da Orquestra do Festival de Roma. Realizou recitais em Roma e Milo e em vrias outras cidades italianas, dois dos quais tiveram transmisso televisiva. Foi convidado a participar num curso especial de msica de cmara, promovido pelo Conservatrio Giuseppe Verdi e orientado por Piero Farulli, violetista da formao original do Quarteto Italiano. Em 1978 ingressou na Orquestra do Teatro Regio de Turim e, poucos meses mais tarde, recebeu o primeiro prmio no concurso da Orquestra do Teatro alla Scala de Milo, dirigida por Claudio Abbado, um dos grandes maestros com os quais colaborou e onde se destacam tambm os nomes de Riccardo Chailly, Seiji Ozawa, Riccardo Muti, Lorin Maazel, Carlo Maria Giulini, George Prtre, Carlos Kleiber e Wolfgang Sawallish.Andr Cameron deu recitais em Londres, Boston e Nova Iorque. membro da Orquestra Gulbenkian desde 1985.

    violonceloviola

    Martin Henneken

    Andr Cameron

    18

    andr

    ca

    mer

    on

    and

    r c

    amer

    on

    mar

    tin

    hen

    neke

    n

    and

    r c

    amer

    on

  • Orquestra Gulbenkian

    Em 1962 a Fundao Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No incio constitudo apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Cmara Gulbenkian. Na temporada 2012-2013, a Orquestra Gulbenkian (denominao adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, perodo ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta e seis instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigncias dos programas executados. Esta constituio permite Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertrio, desde o Barroco at msica contempornea. Obras pertencentes ao repertrio corrente das grandes formaes sinfnicas tradicionais, nomeadamente a produo orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em verses mais prximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilbrio da respetiva arquitetura sonora interior.Em cada temporada, a orquestra realiza

    uma srie regular de concertos no Grande Auditrio Gulbenkian, em Lisboa, em cujo mbito tem tido ocasio de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da msica (maestros e solistas). Atuando igualmente em diversas localidades do pas, tem cumprido desta forma uma significativa funo descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo at agora efetuado digresses na Europa, sia, frica e Amricas. No plano discogrfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado s editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Ads, Nimbus, Lyrinx, Nave e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prmios internacionais de grande prestgio.Paul McCreesh o atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sendo Susanna Mlkki a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, Maestro Honorrio, e Lawrence Foster, titular entre 2002 e 2013, foi nomeado Maestro Emrito.

    orqu

    estr

    a gu

    lben

    kian

    p

    edro

    fer

    reir

    a

    19

  • primeiros violinosErik Heide Concertino principal * Bin Chao 2 Concertino AuxiliarJordi Rodriguez 2 Concertino Auxiliar *Pedro Meireles 2 Concertino AuxiliarVasco BrocoAntnio Jos MirandaAntnio Veiga LopesPedro PachecoAlla JavoronkovaDavid WanhonAna Beatriz ManzanillaElena RiabovaMaria BalbiOtto Pereira

    segundos violinosAlexandra Mendes 1 SolistaAnsgard Srugies 1 SolistaCeclia Branco 2 SolistaMaria Leonor MoreiraStephanie AbsonJorge TeixeiraTera ShimizuMaria Jos LaginhaStefan SchreiberLuciana Cruz *Rui Cristo *

    violasBarbara Friedhoff 1 SolistaSamuel Barsegian 1 SolistaIsabel Pimentel 2 SolistaAndr CameronPatrick EisingerLeonor Braga SantosChristopher HooleyMaia KouznetsovaLu Zheng

    violoncelosMaria Jos Falco 1 SolistaVaroujan Bartikian 1 SolistaMartin Henneken 2 SolistaLevon MouradianJeremy LakeRaquel ReisMarco Pereira *

    contrabaixosMarc Ramirez 1 SolistaPedro Vares de Azevedo 1 SolistaManuel Rgo 2 SolistaMarine TrioletMaja Pldemann

    flautasSophie Perrier 1 SolistaCristina nchel 1 Solista AuxiliarAmlia Tortajada 2 Solista

    obosPedro Ribeiro 1 SolistaNelson Alves 1 Solista AuxiliarAlice Caplow-Sparks 2 Solista Corne ingls

    clarinetesEsther Georgie 1 SolistaJos Mara Mosqueda 2 Solista Clarinete baixoIva Barbosa 2 Solista *

    fagotesRicardo Ramos 1 SolistaVera Dias 1 Solista AuxiliarJos Coronado 2 Solista Contrafagote

    trompasGabriele Amar 1 SolistaKenneth Best 1 SolistaEric Murphy 2 SolistaDarcy Edmundson-Andrade 2 Solista

    trompetesStephen Mason 1 SolistaPaulo Carmo 1 Solista Auxiliar *David Burt 2 Solista

    trombonesJordi Rico 1 SolistaRui Fernandes 2 SolistaPedro Canhoto 2 Solista

    tubasAmilcar Gameiro 1 SolistaJoo Aibo 2 Solista *

    timbalesRui Sul Gomes 1 Solista percussoAbel Cardoso 2 Solista

    harpaCoral Tinoco Rodriguez 1 Solista *

    * instrumentista convidado

    Paul McCreesh maestro titularSusanna Mlkki maestrina convidada principalJoana Carneiro maestrina convidadaPedro Neves maestro convidadoLawrence Foster maestro emritoClaudio Scimone maestro honorrio

    coordenaoMontserrat Grau

    produoAntnio Lopes Gonalves, Amrico Martins, Marta Andrade, Ins Rosrio e Francisco Tavares

    20

  • FunDAo CALouSTe GuLbenkiAn

    musica.gulbenkian.pt

    28 Abriltera, 21:00h M/6

    mecenasconcertos de domingo

    mecenasrising stars

    mecenasciclo piano

    mecenascoro gulbenkian

    mecenasciclo grandes intrpretes

    Anouar Brahem

    msicas do mundo

    Anouar Brahem QuartetOrquestra GulbenkianFranois Couturier Klaus Gesing Bjrn Meyer

    souvenance

    anou

    ar b

    rah

    em

    prz

    emek

    woz

    ny

  • J disponvel em musica.gulbenkian.pt

    Satlite:Do Espiritual.Mar / Abr / Mai2015Colaboram Gonalo Frota, Catarina Homem Marques, Jorge Mourinha, Jos Carlos Fernandes e Ricardo Nabais.

  • direo criativaIan Andersondesign e direo de arteThe Designers Republicdesign grficoAhhA

    No permitido tirar fotografiasnem fazer gravaes sonoras ou filmagens durante os concertos.

    Desligue o alarme do seu relgioou telemvel antes do incio dos concertos.

    Programas e elencos sujeitos a alterao sem prvio aviso.

    parceirosmedia

    tiragem600 exemplarespreo2Lisboa, Abril 2015

  • MUSICA.GULBENKIAN.PT

    FUNDAO CALOUSTE GULBENKIAN