Produto 02 - Diagnóstico Social 06 03 2012
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DIAGNSTICO SOCIAL
DO PLANO DE SANEAMENTO BSICO
DE TUBARO
Produto - 02
Florianpolis, Agosto de 2011.
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Produto 02 Diagnstico Social
Complemento do Plano de Saneamento Bsico de Tubaro Agosto/2011 Setores: Resduos Slidos e Drenagem
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SUMRIO
1. INTRODUO ....................................................................................................... 3
2. CARACTERSTICAS DA POPULAO ..................................................................... 4
2.1 Demografia ....................................................................................................... 4
2.1.1 Distribuio da Populao ............................................................................. 4
2.1.2 Taxa de Crescimento ................................................................................... 5
2.1.3 Populao, Densidade Demogrfica e Percentual de Crescimento ...................... 5
2.1.4 Taxa de Ocupao por Domiclio .................................................................... 8
2.1.5 Projees Populacionais ............................................................................. 10
2.2 Economia ........................................................................................................ 20
2.2.1 PIB .......................................................................................................... 20
2.2.2 Renda ...................................................................................................... 20
2.2.3 Renda por Bairro ....................................................................................... 21
2.2.4 Emprego .................................................................................................. 21
2.3 Educao ........................................................................................................ 22
2.3.1 Alfabetizao ............................................................................................ 22
2.3.2 Escolaridade ............................................................................................. 22
2.4 Sade ............................................................................................................ 23
2.4.1 Doenas ................................................................................................... 23
2.4.2 Infraestrutura dos Servios da Sade .......................................................... 24
2.4.3 Servios Funerrios ................................................................................... 24
2.4.4 Indicadores de Epidemiolgicos ................................................................... 25
2.5 Habitao ....................................................................................................... 27
3. CONSIDERAES FINAIS ................................................................................... 28
4. FONTES CONSULTADAS E REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................ 30
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Produto 02 Diagnstico Social
Complemento do Plano de Saneamento Bsico de Tubaro Agosto/2011 Setores: Resduos Slidos e Drenagem
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1. INTRODUO
O presente relatrio o segundo produto da srie que integra o Complemento do Plano de
Saneamento Bsico de Tubaro, desenvolvido conforme Termo de Referncia, Contrato no
04/2011. O j desenvolvido Plano Municipal de Abastecimento de gua e Esgotamento
Sanitrio PMAE, ser integrado a este complemento ao longo de sua elaborao,
resultando na formatao final do Plano de Saneamento Bsico de Tubaro - PSB.
Este segundo relatrio contempla a caracterizao e o inventrio dos recursos existentes em
relao demografia, economia, educao, sade, ao social e habitao. Ainda que, em
termos estruturais, o diagnstico se subdivida nas reas citadas, a reflexo e anlise de cada
uma destas temticas foram feitas de forma articulada, cruzando os respectivos dados e
recursos.
O diagnstico tambm contempla as reflexes e anlises das condies positivas e negativas
que podero constituir pontos fortes e fracos da situao social no municpio.
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2. CARACTERSTICAS DA POPULAO
Nesta etapa foram utilizados os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
IBGE, do Sistema de Informao de Agravos de Notificao SINAN, do Cadastro Nacional
de Estabelecimentos de Sade CNES, do Ministrio do Trabalho e Emprego MTE, do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, das Secretarias Municipais de
Tubaro, do Plano Diretor e do Plano Local de Habitao de Interesse Social. Os dados foram
compilados em tabelas e grficos para a anlise e uma melhor compreenso. Como j
comentado no Produto 01 Planejamento e Caractersticas Gerais, as anlises populacionais
esto elaboradas tomando como base os bairros segundo a delimitao do Censo IBGE 2010.
2.1 Demografia
2.1.1 Distribuio da Populao
O municpio de Tubaro contava com 97.235 habitantes em seu territrio, conforme Censo
IBGE 2010, com taxa de urbanizao de 90,60%, ou seja, com 88.094 habitantes na rea
urbana. Na anlise da evoluo da populao urbana dos censos e das contagens feitas pelo
IBGE e lanadas no Grfico 01, observa-se decrscimo populacional entre os levantamentos
censitrios dos anos de 1991 e 2000. Entre os anos de 1991 e 1996 a explicao
encontrada na emancipao de Capivari de Baixo. O que se revela estranho a queda da
populao urbana entre os anos de 1996 e 2000 ao mesmo tempo em que a populao rural
neste perodo cresce a taxas de 12,12% ao ano. J entre os anos de 2000 e 2007 a
populao rural cai a taxas de 9,71% ao ano, que em parte pode ser explicada pela
expanso territorial dos setores censitrios urbanos do IBGE. Uma concluso que no pode
ser descartada de que a populao urbana em 2000 foi prejudicada por algum critrio
censitrio.
Grfico 01 Evoluo da Populao Urbana de Tubaro
45.000
48.000
51.000
54.000
57.000
60.000
63.000
66.000
69.000
72.000
75.000
78.000
81.000
84.000
87.000
90.000
Populao Urbana
Fonte: IBGE.
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Grfico 02 Evoluo da Populao Rural de Tubaro
8.000
9.000
10.000
11.000
12.000
13.000
14.000
15.000
16.000
17.000
18.000
19.000
20.000
Populao Rural
Fonte: IBGE.
2.1.2 Taxa de Crescimento
A taxa anual de crescimento da populao do municpio no perodo 2007 a 2010 foi de
1,65% ao ano, sendo de 1,80% ao ano na rea urbana e 0,26% ao ano na rea rural,
ficando acima do crescimento do Brasil (1,21% ao ano) e abaixo do Estado (2,13% ao ano).
Tabela 01 Crescimento Populacional
Brasil 183.987.291 190.732.694 6.745.403 1,21%
Santa Catarina 5.866.252 6.249.682 383.430 2,13%
Tubaro 92.569 97.235 4.666 1,65%
Pop. Urbana 83.500 88.094 4.594 1,80%
Pop. Rural 9.069 9.141 72 0,26%
Contagem 2007 Censo 2010Crescimento Populacional % ao ano
Fonte: IBGE.
2.1.3 Populao, Densidade Demogrfica e Percentual de Crescimento
A Tabela 02 apresenta a relao de bairros com populaes, densidades e crescimentos
anuais com dados do IBGE de 2007 e 2010. O municpio apresenta em 2010 (Censo 2010)
uma densidade demogrfica de 3,24 hab/ha, sendo na rea urbana 17,2 hab/ha e na rea
rural 0,37 hab/ha. O bairro Oficinas o mais populoso (11.622 hab), o bairro Centro o de
maior densidade (46,46 hab/ha) e o bairro So Martinho o de maior percentual de
crescimento populacional (5,73%).
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Tabela 02 Populao, Percentual de Crescimento e Densidade Demogrfica
Centro 9.832 10.095 0,86% 217,29 46,46
Santo Antnio de Pdua 4.632 4.679 0,33% 201,06 23,27
Oficinas 11.487 11.622 0,39% 263,50 44,11
Morrotes 2.493 2.780 3,33% 70,28 39,56
Dehon 2.420 2.629 2,58% 128,87 20,40
Humait 3.373 3.225 -1,55% 137,22 23,50
Revoredo 1.422 1.488 1,46% 187,35 7,94
Passagem 5.471 5.953 2,63% 184,25 32,31
Vila Moema 2.912 3.113 2,11% 128,01 24,32
Recife 3.515 3.712 1,74% 152,09 24,41
Monte Castelo 2.220 2.249 0,43% 204,92 10,98
Cruzeiro 205 212 1,09% 130,95 1,62
Fbio Silva 2.631 2.568 -0,82% 83,30 30,83
So Joo Margem Esquerda 3.957 4.285 2,49% 253,60 16,90
Humait de Cima 4.504 4.931 2,81% 252,18 19,55
Vila Esperana 1.509 1.609 2,03% 121,41 13,25
Campestre 1.079 1.103 0,72% 76,24 14,47
Passo do Gado 2.615 2.676 0,75% 84,82 31,55
So Clemente 1.561 1.745 3,40% 96,88 18,01
Praia Redonda 953 1.070 3,52% 52,16 20,51
Santa Luzia 770 827 2,25% 143,07 5,78
So Cristvo 2.078 2.120 0,66% 388,88 5,45
Serto dos Correias 836 913 2,74% 238,52 3,83
So Joo Margem Direita 1.601 1.528 -1,62% 160,54 9,52
So Bernardo 632 759 5,29% 46,82 16,21
So Martinho 5.050 6.173 5,73% 748,71 8,24
Km 60 1.539 1.586 0,98% 158,84 9,98
Bom Pastor 1.290 1.510 4,64% 131,95 11,44
Guarda Margem Direita 498 508 0,65% 86,79 5,85
Km 63 377 406 2,33% 32,06 12,66
Rio do Pouso 38 20 -53,58% 14,30 1,40
Total Urbana 83.500 88.094 1,80% 5.176,9 17,02
Total Rural 9.069 9.141 0,26% 24.856,6 0,37
Total Municpio 92.569 97.235 1,65% 30.033,5 3,24
Contagem 2007 % ao ano rea (ha)
Densidade (hab/ha)Bairros
Censo 2010
Fonte: IBGE 2010 Para anlise e prognsticos de crescimento, os bairros foram tabelados por ordem de:
crescimento de habitantes entre 2007 e 2010; crescimento percentual de habitantes entre
2007 e 2010; reas e densidades. (Tabela 03).
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Tabela 03 Bairros Listados em Ordem Decrescente
hab % ha hab/ha
1 So Martinho 1.123 1 So Martinho 5,73% 1 So Martinho 748,71 1 Centro 46,46
2 Passagem 482 2 So Bernardo 5,29% 2 So Cristvo 388,88 2 Oficinas 44,11
3 Humait de Cima 427 3 Bom Pastor 4,64% 3 Oficinas 263,50 3 Morrotes 39,56
4 So Joo Margem Esquerda 328 4 Praia Redonda 3,52% 4 So Joo Margem Esquerda 253,60 4 Passagem 32,31
5 Morrotes 287 5 So Clemente 3,40% 5 Humait de Cima 252,18 5 Passo do Gado 31,55
6 Centro 263 6 Morrotes 3,33% 6 Serto dos Correias 238,52 6 Fbio Silva 30,83
7 Bom Pastor 220 7 Humait de Cima 2,81% 7 Centro 217,29 7 Recife 24,41
8 Dehon 209 8 Serto dos Correias 2,74% 8 Monte Castelo 204,92 8 Vila Moema 24,32
9 Vila Moema 201 9 Passagem 2,63% 9 Santo Antnio de Pdua 201,06 9 Humait 23,50
10 Recife 197 10 Dehon 2,58% 10 Revoredo 187,35 10 Santo Antnio de Pdua 23,27
11 So Clemente 184 11 So Joo Margem Esquerda 2,49% 11 Passagem 184,25 11 Praia Redonda 20,51
12 Oficinas 135 12 Km 63 2,33% 12 So Joo Margem Direita 160,54 12 Dehon 20,40
13 So Bernardo 127 13 Santa Luzia 2,25% 13 Km 60 158,84 13 Humait de Cima 19,55
14 Praia Redonda 117 14 Vila Moema 2,11% 14 Recife 152,09 14 So Clemente 18,01
15 Vila Esperana 100 15 Vila Esperana 2,03% 15 Santa Luzia 143,07 15 So Joo Margem Esquerda 16,90
16 Serto dos Correias 77 16 Recife 1,74% 16 Humait 137,22 16 So Bernardo 16,21
17 Revoredo 66 17 Revoredo 1,46% 17 Bom Pastor 131,95 17 Campestre 14,47
18 Passo do Gado 61 18 Cruzeiro 1,09% 18 Cruzeiro 130,95 18 Vila Esperana 13,25
19 Santa Luzia 57 19 Km 60 0,98% 19 Dehon 128,87 19 Km 63 12,66
20 Santo Antnio de Pdua 47 20 Centro 0,86% 20 Vila Moema 128,01 20 Bom Pastor 11,44
21 Km 60 47 21 Passo do Gado 0,75% 21 Vila Esperana 121,41 21 Monte Castelo 10,98
22 So Cristvo 42 22 Campestre 0,72% 22 So Clemente 96,88 22 Km 60 9,98
23 Monte Castelo 29 23 So Cristvo 0,66% 23 Guarda Margem Direita 86,79 23 So Joo Margem Direita 9,52
24 Km 63 29 24 Guarda Margem Direita 0,65% 24 Passo do Gado 84,82 24 So Martinho 8,24
25 Campestre 24 25 Monte Castelo 0,43% 25 Fbio Silva 83,30 25 Revoredo 7,94
26 Guarda Margem Direita 10 26 Oficinas 0,39% 26 Campestre 76,24 26 Guarda Margem Direita 5,85
27 Cruzeiro 7 27 Santo Antnio de Pdua 0,33% 27 Morrotes 70,28 27 Santa Luzia 5,78
28 Rio do Pouso -18 28 Fbio Silva -0,82% 28 Praia Redonda 52,16 28 So Cristvo 5,45
29 Fbio Silva -63 29 Humait -1,55% 29 So Bernardo 46,82 29 Serto dos Correias 3,83
30 So Joo Margem Direita -73 30 So Joo Margem Direita -1,62% 30 Km 63 32,06 30 Cruzeiro 1,62
31 Humait -148 31 Rio do Pouso -53,58% 31 Rio do Pouso 14,30 31 Rio do Pouso 1,40
Densidades (2010)
Bairros Bairros Bairros Bairros
Crescimentos em no de habitantes (2007-2010)
Crescimentos em % da Populao (2007-2010) reas
Fonte: IBGE 2007 e 2010
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2.1.4 Taxa de Ocupao por Domiclio
As menores taxas de ocupao por domiclio, conforme Censo 2010, esto nos bairros Dehon
(1,80 hab/domiclio) e Rio do Pouso (2,22 hab/ domiclio). A Tabela 04 apresenta as taxas de
ocupao por domiclio onde se observa, exceto no bairro So Bernardo, todas declinantes
do ano de 2007 para 2010.
Tabela 04 Taxa de Ocupao por Domiclio
Dados
Centro 3.641 9.832 2,70 4.529 10.095 2,23
Santo Antnio de Pdua 1.452 4.632 3,19 1.618 4.679 2,89
Oficinas 3.825 11.487 3,00 4.337 11.622 2,68
Morrotes 816 2.493 3,06 1.136 2.780 2,45
Dehon 855 2.420 2,83 1.461 2.629 1,80
Humait 1.091 3.373 3,09 1.221 3.225 2,64
Revoredo 472 1.422 3,01 607 1.488 2,45
Passagem 1.665 5.471 3,29 1.996 5.953 2,98
Vila Moema 1.001 2.912 2,91 1.256 3.113 2,48
Recife 1.111 3.515 3,16 1.298 3.712 2,86
Monte Castelo 727 2.220 3,05 819 2.249 2,75
Cruzeiro 56 205 3,66 77 212 2,75
Fbio Silva 831 2.631 3,17 877 2.568 2,93
So Joo Margem Esquerda 1.234 3.957 3,21 1.440 4.285 2,98
Humait de Cima 1.434 4.504 3,14 1.637 4.931 3,01
Vila Esperana 474 1.509 3,18 568 1.609 2,83
Campestre 323 1.079 3,34 385 1.103 2,86
Passo do Gado 841 2.615 3,11 935 2.676 2,86
So Clemente 489 1.561 3,19 637 1.745 2,74
Praia Redonda 298 953 3,20 382 1.070 2,80
Santa Luzia 266 770 2,89 333 827 2,48
So Cristvo 666 2.078 3,12 744 2.120 2,85
Serto dos Correias 272 836 3,07 328 913 2,78
So Joo Margem Direita 467 1.601 3,43 560 1.528 2,73
So Bernardo 246 632 2,57 274 759 2,77
So Martinho 1.559 5.050 3,24 2.144 6.173 2,88
Km 60 472 1.539 3,26 545 1.586 2,91
Bom Pastor 406 1.290 3,18 525 1.510 2,88
Guarda Margem Direita 158 498 3,15 185 508 2,75
Km 63 120 377 3,14 153 406 2,65
Rio do Pouso 8 38 4,75 9 20 2,22
Total Urbano 27.276 83.500 3,06 33.016 88.094 2,67
Total Rural 2.881 9.069 3,15 3.532 9.141 2,59
Bairro DomiciliosContagem
2007
IBGE 2010
DomiciliosCenso 2010
Densidade por Domiclio
Densidade por Domiclio
IBGE 2007
Fonte: IBGE 2007 e 2010 2.1.5 Anlise dos Dados Demogrficos
O desenvolvimento demogrfico de todo o municpio de Tubaro e de sua rea urbana,
apurado pelo IBGE nos levantamentos censitrios de 1970, 1980, 1991, 1996, 2000, 2007 e
2010 esto sintetizados nas Tabelas 05, 06 e 07.
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Tabela 05 - Levantamentos censitrios do Municpio
Ano Populao Taxa (ano)
1970 66.876
1980 75.242 1,19%
1991 95.062 2,15%
1996 83.728 -2,51%
2000 88.470 1,39%
2007 92.569 0,65%
2010 97.235 1,65% Fonte: IBGE
Tabela 06 - Levantamentos censitrios da rea Urbana Ano Pop. Urbana Taxa (ano)
1970 51.134
1980 64.536 2,36%
1991 83.264 2,34%
1996 71.991 -2,87%
2000 69.925 -0,73%
2007 83.500 2,57%
2010 88.094 1,80%
Fonte: IBGE
Tabela 07 - Levantamentos censitrios da rea Rural Ano Pop. Rural Taxa (ano)
1970 15.742
1980 10.706 -3,78%
1991 11.798 0,89%
1996 11.737 -0,10%
2000 18.545 12,12%
2007 9.069 -9,71%
2010 9.141 0,26% Fonte: IBGE
A queda da populao urbana entre os anos de 1996 e 2000 simultnea ao crescimento da
populao rural neste perodo, com taxas de 12,12% ao ano, conforme anteriormente
comentado, estranhvel, pois contraria as tendncias que se verificam na maioria dos
municpios de Santa Catarina. Entre os anos de 2000 e 2007 a populao rural cai a taxas de
9,71% ao ano, que em parte pode ser explicada pela expanso territorial dos setores
censitrios urbanos do IBGE, mas no est descartada a possibilidade de que algum critrio
censitrio tenha provocado estes resultados.
Se for verdadeiro que a populao urbana em 2000 deve ser considerada maior, as
projees populacionais realizadas com base nos 3 ltimos levantamentos censitrios ficam
superestimadas, pois resultaram em modelos de regresso com maior coeficiente angular.
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Isto dever ser avaliado em uma prxima projeo populacional, pois entre 2007 e 2010 a
taxa anual de crescimento urbano j se apresentou consideravelmente menor do que entre
2000 e 2007. Uma recomendao pertinente que na construo de cenrios, sempre que
possvel, se contemple um maior nmero de etapas para atingir a universalizao dos
servios de saneamento bsico, ajustando as populaes de universalizao em cada reviso
do PSB.
2.1.5 Projees Populacionais
O cenrio de ocupao do espao urbano no futuro componente fundamental nos
investimentos de saneamento bsico, para que os projetos resultem em bom desempenho e
funcionalidade dos servios.
Os estudos de projees populacionais buscam a obteno de uma equao que, partindo
dos dados histricos, traduza o comportamento da evoluo da populao para perodos
futuros de forma consistente e confivel, em todo o espao urbano.
As estimativas de evoluo da populao podem ser realizadas com o uso de diversos
mtodos, cuja escolha deve ser feita por profissional capacitado, tendo como base a sua
experincia e o bom senso. Para tanto, diversos fatores devem ser considerados, tais como
condies topogrficas, tendncias de ocupao e expanso, custo das reas, planos
urbansticos, facilidades de transporte e comunicao, hbitos e condies scio-econmicas
da populao, infra-estrutura sanitria, reas de interesse pblico, etc.. So fundamentais,
nestes estudos, base cartogrfica e levantamentos cadastrais atualizados da cidade, bem
como a existncia de um adequado Plano Diretor, com firme execuo.
O progresso tcnico-econmico e acontecimentos pontuais podem alterar as projees
populacionais previstas para a rea urbana, sendo um complicador a mais a ser avaliado em
um estudo para determinao do crescimento da populao. Por isto que equaes obtidas
para traduzirem o comportamento da evoluo de uma populao, com boa aproximao ao
desenvolvimento histrico e com timo fator de correlao, no asseguram que a
extrapolao para perodos futuros leve automaticamente a resultados coerentes,
consistentes e confiveis. Neste ponto essencial a interveno do tcnico, realizando uma
interpretao consciente dos cenrios traados para descartar todos aqueles que, por uma
ou vrias razes, so equivocados ou insustentveis, mesmo que matematicamente corretos.
Isso acontece porque a aproximao que a modelagem matemtica busca para representar
as tendncias do desenvolvimento demogrfico no passado pode ser inadequada para a
extrapolao de dados populacionais futuros.
Os estudos e projees populacionais desenvolvidos focaram a Populao Urbana do
Municpio, onde esto concentrados os servios pblicos de saneamento bsico.
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Projeo Populacional por Modelos de Regresso
A partir dos dados histricos foi desenvolvida anlise estatstica atravs de diversos modelos
de regresso linear, variando inclusive a abrangncia da base de dados histricos da rea
urbana municipal, buscando-se o modelo matemtico mais representativo do
desenvolvimento demogrfico e da tendncia de crescimento num horizonte curto (26 anos),
o que adequado para este tipo de projeo.
Com o uso de todos os dados do perodo histrico de 2000 a 2010, destacaram-se dois
modelos para o desenvolvimento populacional que podem ser descritos atravs das linhas de
tendncia representadas pelas seguintes expresses:
- Tendncia Linear y = 1.838,59x 3.607.089,55 r2 = 0,9912
- Tendncia Exponencial y = 2,736E-16e0,023497 r2 = 0,9875
A anlise da correlao (r2) dos modelos mostra que as expresses encontradas apresentam
correlaes boas e praticamente iguais. O Grfico 03 permite a visualizao das linhas de
tendncia destas duas equaes com a curva histrica.
Grfico 03 Crescimento Histrico com linhas de tendncia
y = 1838,6x - 4E+06
R = 0,9974
y = 3E-16e0,0235x
R = 0,9946
65.000
72.500
80.000
87.500
95.000
102.500
110.000
117.500
125.000
132.500
140.000
147.500
155.000
162.500
170.000
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032 2034 2036 2038
Srie Histrica Linear (Srie Histrica) Exponencial (Srie Histrica)
Fonte: IBGE
A Tabela 08 apresenta o prognstico de 26 anos para cada uma das linhas de tendncia.
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Tabela 08 - Projees para a rea Urbana
Ano
2010 88.474 88.710
2011 90.312 2,08% 90.819 2,38%
2012 92.151 2,04% 92.978 2,38%
2013 93.989 2,00% 95.189 2,38%
2014 95.828 1,96% 97.452 2,38%
2015 97.666 1,92% 99.769 2,38%
2016 99.505 1,88% 102.141 2,38%
2017 101.344 1,85% 104.569 2,38%
2018 103.182 1,81% 107.055 2,38%
2019 105.021 1,78% 109.600 2,38%
2020 106.859 1,75% 112.206 2,38%
2021 108.698 1,72% 114.874 2,38%
2022 110.537 1,69% 117.605 2,38%
2023 112.375 1,66% 120.401 2,38%
2024 114.214 1,64% 123.263 2,38%
2025 116.052 1,61% 126.194 2,38%
2026 117.891 1,58% 129.194 2,38%
2027 119.730 1,56% 132.266 2,38%
2028 121.568 1,54% 135.410 2,38%
2029 123.407 1,51% 138.629 2,38%
2030 125.245 1,49% 141.925 2,38%
2031 127.084 1,47% 145.300 2,38%
2032 128.922 1,45% 148.754 2,38%
2033 130.761 1,43% 152.291 2,38%
2034 132.600 1,41% 155.911 2,38%
2035 134.438 1,39% 159.618 2,38%
2036 136.277 1,37% 163.413 2,38%
2037 138.115 1,35% 167.298 2,38%
Propostas de Projees
Tend. Linear Tend. Exp
Projeo Populacional pela Equao da Curva Logstica
Esta metodologia matemtica de projees demogrficas est baseada na aplicao da
chamada curva logstica obtida pela integrao feita por Verhulst da lei proposta pelo
socilogo ingls Thomas Malthus. A curva logstica traduz de forma mais adequada as
tendncias realistas de desenvolvimento para a grande maioria dos municpios mais
populosos, inclusive no que se refere s fases de crescimento acelerado, de crescimento
estabilizado e de crescimento reduzido, fornecendo o nmero de habitantes que
provavelmente ser alcanado em diferentes fases no tempo.
Este modelo descreve o desenvolvimento demogrfico futuro com taxas decrescentes de
incremento populacional e com convergncia assinttica para uma "Populao de Saturao",
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que uma populao fictcia que poderia ser alcanada em momento futuro. Esta populao
de fictcia de saturao obtida por meio de equao matemtica. O problema mais delicado
neste mtodo precisamente o da determinao da populao de saturao por esta
expresso matemtica.
A aplicao da equao da curva logstica requer uma sequncia de 3 dados histricos
eqidistantes no tempo e que atendam duas condicionantes matemticas. Os dados recentes
de Tubaro no so equidistantes no tempo, mas a anlise da evoluo histrica indica a
aplicabilidade do mtodo, no entanto optou-se pelo uso de variante da equao da curva
logstica, com os dois Censos mais recentes. Nesta variante a populao fictcia de saturao
definida de forma determinstica considerando que a rea urbana seria adensada e
ocupada dentro dos limites mximos que o Plano Diretor vigente estabelece, com anlise
crtica do alcance destes limites. Este clculo foi realizado no projeto do sistema de
esgotamento sanitrio de Tubaro elaborado pela empresa IESA e referendado no Plano
Municipal de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio PMAE, Relatrio no 3
Concepo dos Sistemas Fsicos de gua e Esgoto, que resultou numa populao de
saturao de 285.033 habitantes.
Na Tabela 09 est apresentada a projeo populacional obtida com o uso da equao da
curva logstica.
Tabela 09 Projeo Logstica
Ano
2010 88.094
2011 90.049 2,22%
2012 92.027 2,20%
2013 94.027 2,17%
2014 96.049 2,15%
2015 98.093 2,13%
2016 100.157 2,10%
2017 102.240 2,08%
2018 104.342 2,06%
2019 106.463 2,03%
2020 108.601 2,01%
2021 110.754 1,98%
2022 112.924 1,96%
2023 115.107 1,93%
2024 117.305 1,91%
2025 119.514 1,88%
2026 121.735 1,86%
Logstica
...continua
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2027 123.967 1,83%
2028 126.207 1,81%
2029 128.456 1,78%
2030 130.712 1,76%
2031 132.974 1,73%
2032 135.241 1,70%
2033 137.511 1,68%
2034 139.785 1,65%
2035 142.059 1,63%
2036 144.334 1,60%
2037 146.607 1,58%
A populao de saturao do projeto de esgotos sanitrios desenvolvido pela IESA no levou
em considerao toda a rea urbana atual, o que significa que usando a metodologia da
poca se obteria hoje uma populao de saturao maior. A repetio de um estudo de
populao de saturao hoje carece da aprovao do Plano Diretor em execuo e o
cumprimento das recomendaes que j esto colocadas neste Plano, como mapa de
inundao, gabarito, definio dos polgonos de bairros, etc.. Como j existe uma dvida
quanto aos critrios utilizados na separao de populao urbana e rural do Censo de 2000,
e pelos resultados da projeo logstica realizada que j se situam acima das demais
projees, uma reviso da populao de saturao sem bases firmes s iria elevar a projeo
populacional do ano de 2037, medida que no considerada recomendvel.
Projeo Populacional Adotada
O objetivo da definio de uma projeo populacional estabelecer orientao para
construo de cenrio que oriente a estruturao futura dos servios de saneamento bsico.
Associada s projees populacionais se faz necessrio analisar como as estimativas de
populaes futuras sero distribudas sobre a rea urbana. Isto to importante que deve
ser objeto de definio pela administrao municipal, pois o que se tem observado nos
municpios de que cada estudo ou projeto de saneamento tem um item dedicado s
projees populacionais e so sempre divergentes. Um sistema dimensionado com
estimativas exageradas de populaes a serem atendidas se torna antieconmico e um com
projees subdimensionadas compromete a funcionalidade de suas unidades componentes.
As 3 diferentes projees populacionais desenvolvidas esto apresentadas, juntamente com
a projeo populacional proposta no Plano Municipal de Abastecimento de gua e
Esgotamento Sanitrio PMAE, na Tabela 10. A anlise desta tabela mostra que a populao
projetada pela regresso exponencial est descolada das demais com taxas de crescimento
elevadas e deve ser descartada embora apresente um coeficiente de determinao elevado.
A projeo desenvolvida no PMAE, no ano base de partida da Tabela 10 (2010), mostra
populao urbana muito superior ao Censo 2010, mas com taxas de crescimento abaixo das
apuradas nos ltimos anos. Considera-se que a adoo da projeo populacional obtida pela
mdia da projeo linear com a projeo pela curva logstica seja a mais representativa da
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evoluo futura do crescimento populacional, devendo portanto ser adotada como a
projeo de uso nos cenrios deste PSB. Considerando a no existncia de uma projeo
definida como a oficial para Tubaro, recomenda-se que esta seja adotada em qualquer
trabalho futuro, evitando divergncias, gastos e a dvida de qual a verdadeira.
Periodicamente o Municpio deveria revisar os estudos populacionais e fornec-lo para quem
viesse a ser contrato em projetos que necessitam destas projees, economizando recursos
e padronizando os trabalhos sob a sua viso de planejamento.
A Tabela 10 apresenta a projeo de populao adotada que em final de plano, ou seja no
ano de 2037, alcana 142.065 habitantes. Esta populao de final de plano difere muito
pouco da obtida na projeo populacional do PMAE (140.595 habitantes), indicando que a
populao l utilizada no necessita ser revista, embora o desenvolvimento ao longo dos
anos tenha sido bem diferente.
Tabela 10 Projees Populacionais realizadas e existentes
Ano
2010 88.094 censo 88.094 censo 88.094 censo 102.374 88.094 censo
2011 89.925 2,08% 90.188 2,38% 90.049 2,22% 103.771 1,36% 89.987 2,15%
2012 91.755 2,04% 92.333 2,38% 92.027 2,20% 105.171 1,35% 91.891 2,12%
2013 93.586 2,00% 94.528 2,38% 94.027 2,17% 106.577 1,34% 93.807 2,08%
2014 95.417 1,96% 96.775 2,38% 96.049 2,15% 107.985 1,32% 95.733 2,05%
2015 97.248 1,92% 99.076 2,38% 98.093 2,13% 109.398 1,31% 97.670 2,02%
2016 99.078 1,88% 101.431 2,38% 100.157 2,10% 110.814 1,29% 99.617 1,99%
2017 100.909 1,85% 103.843 2,38% 102.240 2,08% 112.232 1,28% 101.574 1,96%
2018 102.740 1,81% 106.312 2,38% 104.342 2,06% 113.653 1,27% 103.541 1,94%
2019 104.570 1,78% 108.839 2,38% 106.463 2,03% 115.076 1,25% 105.517 1,91%
2020 106.401 1,75% 111.427 2,38% 108.601 2,01% 116.500 1,24% 107.501 1,88%
2021 108.232 1,72% 114.076 2,38% 110.754 1,98% 117.926 1,22% 109.493 1,85%
2022 110.062 1,69% 116.788 2,38% 112.924 1,96% 119.353 1,21% 111.493 1,83%
2023 111.893 1,66% 119.565 2,38% 115.107 1,93% 120.781 1,20% 113.500 1,80%
2024 113.724 1,64% 122.407 2,38% 117.305 1,91% 122.208 1,18% 115.514 1,77%
2025 115.555 1,61% 125.318 2,38% 119.514 1,88% 123.636 1,17% 117.534 1,75%
2026 117.385 1,58% 128.297 2,38% 121.735 1,86% 125.062 1,15% 119.560 1,72%
2027 119.216 1,56% 131.347 2,38% 123.967 1,83% 126.488 1,14% 121.591 1,70%
2028 121.047 1,54% 134.470 2,38% 126.207 1,81% 127.912 1,13% 123.627 1,67%
2029 122.877 1,51% 137.667 2,38% 128.456 1,78% 129.335 1,11% 125.667 1,65%
2030 124.708 1,49% 140.940 2,38% 130.712 1,76% 130.755 1,10% 127.710 1,63%
2031 126.539 1,47% 144.291 2,38% 132.974 1,73% 132.172 1,08% 129.756 1,60%
2032 128.369 1,45% 147.721 2,38% 135.241 1,70% 133.587 1,07% 131.805 1,58%
2033 130.200 1,43% 151.233 2,38% 137.511 1,68% 134.997 1,06% 133.856 1,56%
2034 132.031 1,41% 154.829 2,38% 139.785 1,65% 136.404 1,04% 135.908 1,53%
2035 133.862 1,39% 158.510 2,38% 142.059 1,63% 137.806 1,03% 137.960 1,51%
2036 135.692 1,37% 162.278 2,38% 144.334 1,60% 139.203 1,01% 140.013 1,49%
2037 137.523 1,35% 166.137 2,38% 146.607 1,58% 140.595 1,00% 142.065 1,47%
Mdia Linear/LogsticaTend. LogsticaTend. Linear Tend. Exp Estudo Existente
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O Grfico 04 mostra todas as projees analisadas e a projeo adotada para construo de
cenrios.
Grfico 04 - Projees analisadas e a projeo adotada para construo de cenrios
65.000
72.000
79.000
86.000
93.000
100.000
107.000
114.000
121.000
128.000
135.000
142.000
149.000
156.000
163.000
170.000
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 2032 2034 2036 2038
Tend. Linear Tend. Exp Tend. Logstica
IBGE (2000-2007-2010) Mdia Linear/Logstica Estudo Existente
A distribuio na rea urbana das estimativas populacionais deve ser apoiada nas tendncias
de crescimento e ocupao apontadas: no Plano Diretor; nos levantamentos censitrios por
bairros do IBGE que no caso de Tubaro compreendem 2007 e 2010; na disponibilidade de
reas de expanso urbana; facilidades de ligao e comunicao; preos de mercado; outros
itens.
O Novo Plano Diretor, principal balizador de crescimento, est em fase de elaborao, mas
para no omitir este item, foi realizada uma estimativa de distribuio da populao por
bairro para final do PSB, mesmo sabendo que isto carece de fundamentao, que
impraticvel neste momento. A identificao das reas disponveis para expanso urbana
outro importante componente para as projees de crescimento populacional dos bairros,
para tal foi realizado mapeamento individualizado por bairro, destacando as reas
urbanizadas (mesmo as inundveis ou em APP) e de expanso urbana (sem separao das
reas com restrio de ocupao), conforme exemplificado no Mapa Temtico 01 de
Ocupao Territorial do Bairro Vila Moema. Uma imagem de toda a rea urbana est
apresentada no Mapa Temtico 02. To logo aprovado o Plano Diretor com as
recomendaes de mapeamento das reas inundveis e outras com restrio de urbanizao,
a coluna de rea de expanso disponvel deve ser revista, partindo dos direcionamentos que
estes instrumentos de planejamento estabeleam.
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A Tabela 11 rene as informaes coletadas e apresenta a distribuio de populao por
bairro para o final de plano (PSB). Observa-se 42% de reas urbanizadas no espao definido
pelo permetro urbano, destacando que este valor foi obtido a partir de imagem do Google
Earth.
Pelo apresentado no Produto 01 deste PSB e pelo descrito neste Diagnstico Social, o
planejamento urbano est indo a reboque da urbanizao. A Lei de Bairros que define o
permetro Urbano de 1992 e reas urbanas contguas ao permetro urbano que no so
tratadas como bairros pelo Municpio o so pelo IBGE. At mesmo reas fora dos limites dos
setores censitrios urbanos do IBGE j apresentam parcelamento clandestino do solo, que
vo criando um passivo de cobertura de servios pblicos como o caso de loteamentos na
margem esquerda do Rio Tubaro, lado oposto do bairro Guarda MD (considerado bairro pelo
IBGE).
Mapa Temtico 01 - Bairro Vila Moema
Hachura amarelo rea urbanizada Hachura azul rio Tubaro
Vila Moema
Revoredo
Humait
Passagem
Centro
Recife
Passo do Gado
Campestre
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Produto 02 Diagnstico Social
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Mapa Temtico 02 rea Urbanizada dos Bairros
Fonte: Google Earth
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Tabela 11 - Ocupao territorial de Tubaro
Centro 9.832 10.095 217,29 46,46 184,73 85,02% 54,65 6,42 15.292 1,55%
Santo Antnio de Pdua 4.632 4.679 201,06 23,27 109,06 54,24% 42,90 92,00 6.816 1,40%
Oficinas 11.487 11.622 263,50 44,11 219,00 83,11% 53,07 35,60 15.000 0,95%
Morrotes 2.493 2.780 70,28 39,56 51,65 73,50% 53,82 6,88 3.409 0,76%
Dehon 2.420 2.629 128,87 20,40 88,48 68,65% 29,71 37,51 5.300 2,63%
Humait 3.373 3.225 137,22 23,50 91,66 66,80% 35,18 40,99 5.042 1,67%
Revoredo 1.422 1.488 187,35 7,94 60,04 32,05% 24,78 113,31 4.500 4,18%
Passagem 5.471 5.953 184,25 32,31 118,62 64,38% 50,19 44,07 8.700 1,42%
Vila Moema 2.912 3.113 128,01 24,32 91,73 71,66% 33,94 23,91 5.045 1,80%
Recife 3.515 3.712 152,09 24,41 91,43 60,12% 40,60 60,66 6.832 2,29%
Monte Castelo 2.220 2.249 204,92 10,98 60,46 29,50% 37,20 144,46 4.534 2,63%
Cruzeiro 205 212 130,95 1,62 4,32 3,30% 49,07 126,63 324 1,58%
Fbio Silva 2.631 2.568 83,30 30,83 40,60 48,74% 63,25 34,32 3.000 0,58%
So Joo Margem Esquerda 3.957 4.285 253,60 16,90 113,43 44,73% 37,78 116,48 6.200 1,38%
Humait de Cima 4.504 4.931 252,18 19,55 144,07 57,13% 34,23 108,11 7.500 1,57%
Vila Esperana 1.509 1.609 121,41 13,25 75,67 62,33% 21,26 45,74 3.200 2,58%
Campestre 1.079 1.103 76,24 14,47 20,50 26,88% 53,81 55,75 1.794 1,82%
Passo do Gado 2.615 2.676 84,82 31,55 48,62 57,33% 55,03 36,19 3.951 1,45%
So Clemente 1.561 1.745 96,88 18,01 38,42 39,66% 45,42 58,46 2.882 1,88%
Praia Redonda 953 1.070 52,16 20,51 20,44 39,18% 52,36 31,73 2.500 3,19%
Santa Luzia 770 827 143,07 5,78 22,75 15,90% 36,34 120,31 1.707 2,72%
So Cristvo 2.078 2.120 388,88 5,45 107,18 27,56% 19,78 281,71 4.200 2,56%
Serto dos Correias 836 913 238,52 3,83 35,83 15,02% 25,48 202,69 2.239 3,38%
So Joo Margem Direita 1.601 1.528 160,54 9,52 51,63 32,16% 29,60 89,35 3.872 3,50%
So Bernardo 632 759 46,82 16,21 16,69 35,65% 45,47 30,13 859 0,46%
So Martinho 5.050 6.173 748,71 8,24 209,44 27,97% 29,47 539,27 10.472 1,98%
Km 60 1.539 1.586 158,84 9,98 31,35 19,74% 50,58 116,77 2.352 1,47%
Bom Pastor 1.290 1.510 131,95 11,44 35,67 27,03% 42,34 82,05 2.675 2,14%
Guarda Margem Direita 498 508 86,79 5,85 25,91 29,86% 19,61 49,19 1.134 3,02%
Km 63 377 406 32,06 12,66 7,64 23,83% 53,14 24,42 664 1,84%
Rio do Pouso 38 20 14,30 1,40 1,39 9,73% 14,37 12,91 70 4,75%
Total Urbano 83.500 88.094 5.176,9 17,02 2.122,58 41,00% 41,50 2.768,01 142.065 1,79%
Populao em 2037
(hab.)
% Ano de 2010 a 2037
% de Urbanizao
AtualBairros
Populao Censo 2010
(hab.)rea (ha)
Densidade Aparente (hab/ha)
rea Urbanizada
(ha)
Populao Censo 2007
(hab.)
Densidade Efetiva
(hab/ha)
rea de Uso a Definir
(ha)
-
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2.2 Economia
2.2.1 PIB
O PIB municipal de 2008 foi de R$ 1.627.208,03 ocupando a 13 posio entre os municpios
do Estado de Santa Catarina.
O PIB per capita municipal de 2008 foi de R$ 16.976,72 ocupando a 90 posio entre os
municpios catarinenses. O PIB per capita estadual foi de R$ 20.369,64.
A participao dos setores econmicos no VAB (Valor Adicionado Bruto) do municpio de
Tubaro est dividida, conforme dados de 2008, como segue:
Grfico 05 - Valor Adicional Bruto Tubaro
2,02%
33,30%
64,68%
Agropecuria Indstria Servios
Fonte: SPG de SC.
2.2.2 Renda
Renda per capita no a renda de fato auferida pelas pessoas e as reais possibilidades de
consumo da populao local, como tambm no expressa mais fielmente os recursos
disponveis para a populao local suprir suas necessidades. Esta disponibilidade de recursos
pode ser melhor expressa pela Renda mdia mensal dos responsveis pelo domiclio
fornecida pelo IBGE.
Como os dados apresentados so do levantamento realizado pelo IBGE em 2010, destaca-se
que o salrio mnimo da poca da pesquisa era de R$ 510,00.
Na Tabela 12 e 13 esto apresentados os percentuais dos domiclios particulares
permanentes, por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita e o valor do
rendimento nominal mdio e mediano mensal domiciliar (IBGE Censo 2010 Resultados
Preliminares do Universo)
-
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21
Tabela 12 Domiclios particulares permanentes, por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita
Brasil, Unidade da Federao e Municpio
Sem rendimento
At 1/4 de salrio mnimo
Mais de 1/4 a 1/2 salrio
mnimo
Mais de 1/2 a 1 salrio
mnimo
Mais de 1 a 2 salrios mnimos
Mais de 2 a 3 salrios mnimos
Mais de 3 a 5 salrios mnimos
Mais de 5 salrios mnimos
Brasil 4,27% 9,16% 18,48% 28,68% 21,90% 7,02% 5,33% 5,13%
Santa Catarina 1,82% 2,12% 9,22% 27,26% 34,97% 11,60% 7,47% 5,50%
Tubaro 1,32% 0,90% 7,00% 27,07% 37,77% 12,56% 8,07% 5,33% Fonte: IBGE 2010. Tabela 13 Valor do rendimento nominal mdio e mediano mensal domiciliar
Urbana Rural Urbana Rural
Brasil R$ 830,85 R$ 904,71 R$ 366,92 R$ 500,00 R$ 510,00 R$ 250,00
Santa Catarina R$ 985,19 R$ 1.048,83 R$ 625,31 R$ 650,00 R$ 680,00 R$ 510,00
Tubaro R$ 1.001,78 R$ 1.039,55 R$ 633,18 R$ 674,00 R$ 700,00 R$ 510,00
Brasil, Unidade da Federao e
Municpio
Valor do rendimento nominal mdio mensal domiciliar per capita dos domiclios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita
Valor do rendimento nominal mediano mensal domiciliar per capita dos domiclios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita
TotalSituao do domiclio
TotalSituao do domiclio
2.2.3 Renda por Bairro
Espelha com maior preciso o desenvolvimento humano da populao que efetivamente
reside no municpio e mesmo nas diferentes localidades dispersas no espao geogrfico do
municpio. Em pesquisa no SIDRA (Sistema IBGE de Recupero Automtica), no esto
disponveis, at momento da entrega deste produto, as rendas por Bairro (Censo 2010),
porm assim que forem liberados este Produto 02 ser atualizado.
2.2.4 Emprego
As tabelas abaixo mostram as atividades que mais admitiram e aquelas com maiores saldos
(contratao demisso) no municpio de Tubaro no periodo de abril de 2010 a maio 2011.
Tabela 14 Atividades que mais admitiram
Adm. Desl. Saldo Vendedor de comrcio varejista 697,71 2.103 1.954 149
Servente de obras 687,37 1.214 1.130 84
Alimentador de linha de produo 722,25 1.180 894 286
Auxiliar de escritrio, em geral 818,2 1.121 987 134
Motorista de caminho (rotas regionais e internacionais) 1.065,87 1.091 1.047 44
Pedreiro 896,04 543 498 45
Operador de caixa 764,31 515 545 -30
Frentista 864,04 418 364 54
Cozinheiro geral 671,45 384 399 -15
Almoxarife 817,8 380 306 74
CBO Sal. Mdio Adm.(R$)
FrequenciaPerodo: Abr de 2010 a Mai de 2011
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Atividades com os maiores saldos
Adm. Desl. Saldo Alimentador de linha de produo 722,25 1.180 894 286
Vendedor de comrcio varejista 697,71 2.103 1.954 149
Auxiliar de escritrio, em geral 818,2 1.121 987 134
Embalador, a mo 651,41 292 200 92
Servente de obras 687,37 1.214 1.130 84
Ajudante de confeccao 679,04 355 278 77
Recepcionista, em geral 690,75 327 251 76
Almoxarife 817,8 380 306 74
Assistente administrativo 814,81 336 266 70
Professor de disciplinas pedaggicas no ensino mdio 260,06 150 92 58
CBO Sal. Mdio Adm.(R$)
FrequenciaPerodo: Abr de 2010 a Mai de 2011
2.3 Educao
2.3.1 Alfabetizao
A disponibilidade de dados sobre o alfabetismo de extrema relevncia na medida em que
possibilita identificar reas, do ponto de vista de carncias educacionais. A Tabela 15
apresenta o percentual de alfabetizados no municpio.
Tabela 15 Percentual de pessoas de 5 anos ou mais alfabetizadas
05 a 09 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 anos ou mais
Santa Catarina 95,77% 79,60% 98,91% 99,25% 99,12% 98,48% 96,85% 96,17% 89,32%
Tubaro 94,64% 76,10% 98,81% 99,19% 99,05% 97,90% 96,21% 93,98% 85,93%
UF/Municpios
Percentual de Pessoas de 5 anos ou mais de idade, alfabetizadas
Total
Grupos de idade
Fonte: IBGE 2010.
2.3.2 Escolaridade
De fato, a educao no apenas um servio colocado disposio de uma populao. Ela
simultaneamente e por excelncia um dos mecanismos atravs dos quais se distribuem as
possibilidades de acesso posies sociais. Assim, em relao maior escolaridade,
observa-se a probabilidade de ocupao de posies mais elevadas, as quais correspondem
no s condies mais favorveis de trabalho (menos manual e rduo), como tambm maior
remunerao e maior prestgio. A educao se situa, por conseguinte, no ponto central de
qualquer anlise de estrutura social e de suas transformaes.
Por outro lado, a escolaridade dos responsveis pelos domiclios, afeta de duas formas seus
familiares: oramentariamente, em relao s oportunidades de bem-estar material de seus
dependentes e scio-educacionalmente condicionado s chances de escolarizao de seus
filhos e a prpria ambincia cultural da famlia. Este condicionamento educacional e
sociocultural dos responsveis pelos domiclios ressaltado nas avaliaes de programas de
igualdade de oportunidades escolares quando se enfatiza ser a famlia educgena
-
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23
geralmente mais importante do que os prprios fatores intraescolares no processo de
desenvolvimento educacional das crianas.
O grau de instruo de suma importncia no norteamento das Polticas de Educao
Ambiental Sanitria, influenciando na forma e no tipo de material a ser implementado. A
populao pode ser envolvida nas formas de divulgao, dependendo do grau de instruo,
atravs de: reunies, assemblias, audincias, campanhas de rdio, tv e internet e na
utilizao de materiais como: folders, banners, outdoor e outros meios. At o momento da
entrega deste produto o IBGE no divulgou a grau de instruo da populao levantada em
2010.
2.4 Sade
Sade pblica a cincia e a arte de prevenir doena, prolongar a vida e promover sade e
eficincia fsica e mental, atravs esforos organizados da comunidade para o saneamento
do meio, o controle das doenas infecto-contagiosas, a educao do indivduo em princpios
de higiene pessoal, a organizao dos servios mdicos e de enfermagem para o diagnstico
precoce e tratamento preventivo das doenas e o desenvolvimento da maquinaria social de
modo a assegurar a cada indivduo da comunidade um padro de vida adequado
manuteno da sade.
A salubridade ambiental o estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrncia de
doenas relacionadas ao meio ambiente e de promover as condies ecolgicas favorveis ao
pleno gozo da sade e do bem-estar da populao urbana e rural. Doenas como diarrias,
dengue, febre tifide e malria, que resultam mortes anuais, especialmente de crianas, so
transmitidas por gua contaminada com esgotos humanos, dejetos animais e lixo.
2.4.1 Doenas
Principais doenas com veiculao hdrica so: Esquistossomose, Hepatite A/E, Leptospirose,
Dengue, Malria, Clera, Tuberculose, Amebase, Giardase, Febre Tifide e Paratifide.
O Sistema de Informao de Agravos de Notificao SINAN apresenta diversas doenas
listadas, porm foram selecionadas apenas as com veiculao hdrica.
Observa-se na Tabela 16 que nos ltimos 3 (trs) anos a Hepatite e a Leptospirose esto
sempre presentes. A leptospirose uma doena causada por bactria que est intimamente
ligada com a presena de ratos, que de modo geral, permanece em locais onde a limpeza
pblica (coleta de resduos slidos lixo) deficiente. J a Hepatite causada por vrus e
esta dividida em tipos. As Hepatites A e E esto relacionadas com a falta de saneamento
bsico, pois sua transmisso do tipo fecal oral, atravs do contato com alimentos e gua
contaminados.
-
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Tabela 16 Doenas de Veiculao Hdrica
AgravoNo
encerrado (listar)
Inoportuno (listar) Oportuno
Data invlida (listar)
Total
Clera 0 0 0 0 0
Dengue 0 0 0 0 0
Febre Tifide 0 0 1 0 1
Hepatite 0 6 52 0 58
Leptospirose 0 3 37 0 40
Total 0 9 90 0 99
2009 - TUBARAO
Proporo de Notificaes Segundo Oportunidade do Encerramento da Investigao
Fonte: MS - SINANWEB
2.4.2 Infraestrutura dos Servios da Sade
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade (CNESweb) apresenta a seguinte
infraestrutura dos Servios de Sade em Tubaro:
Tabela 17 Leitos por especialidades Descrio Total SUS No SUS
Cirrgicos 94 59 35Clnicos 223 130 93Complementares 46 37 9Obsttricos 47 29 18Peditricos 32 30 2Outras Especialidades 17 12 5Cirrgico/Diagnstico/Teraeutico 5 0 5Total 464 297 167
Tabela 18 Estabelecimentos de Sade
Descrio Total
Centro de Sade / Unidade Bsica 31
Policlinica 2
Hospital Geral 2
Consultrio isolado 118
Clinica Especializada / Ambulatrio de Especialidade 49
Unidade de Apoio Diagnose e Terapia 10
Unidade Mvel de Nivel Pre-Hosp - Urgncia/Emergncia 2
Secretaria da Sade 2
Centro de Ateno Psicossocial 2
Total 218
Fonte: CNES 2011
2.4.3 Servios Funerrios
O municpio dispe de 10 cemitrios e 5 funerrias. Nas micro-bacias do Rio do Pouso,
Pinheiros e Pedrinhas h um em cada; nas micro-bacias do Rio Caruru, na margem direita do
Capivari e no Rio das Congonhas existem dois em cada bacia, alm de um cemitrio na bacia
do Tubaro. Estes no dispem de licenas ambientais. (Plano Diretor Fase 1
Levantamentos)
AgravoNo
encerrado (listar)
Inoportuno (listar) Oportuno
Data invlida (listar)
Total
Clera 0 0 0 0 0
Dengue 0 0 0 0 0
Febre Tifide 0 0 0 0 0
Hepatite 2 14 44 0 60
Leptospirose 2 9 64 0 75
Total 4 23 108 0 135
Proporo de Notificaes Segundo Oportunidade do Encerramento da Investigao
2008 - TUBARAO
-
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25
2.4.4 Indicadores de Epidemiolgicos
Para a padronizao deste diagnstico com o j desenvolvido Plano Municipal de
Abastecimento de gua e Esgotamento Sanitrio PMAE foram adotados os indicadores por
ele apresentados.
Indicadores epidemiolgicos so importantes para representar os efeitos das aes de
saneamento - ou da sua insuficincia - na sade humana e constituem, portanto,
ferramentas fundamentais para a vigilncia ambiental em sade e para orientar programas e
planos de alocao de recursos em saneamento ambiental.
Algumas populaes so particularmente sensveis s diversas patologias. As crianas de at
um ano de idade so susceptveis a diversas doenas, inclusive aquelas causadas por fatores
ambientais. Idosos sofrem no s as conseqncias de toda a exposio a uma srie de
fatores qumicos, exposies profissionais, etc., como so mais suscetveis, pela diminuio
da resistncia orgnica, para uma srie de doenas (respiratrias, fraturas, acidentes e
outras). Ento, para a anlise dos indicadores epidemiolgicos foi adotada a faixa etria que
engloba crianas menores de um ano e menores de cinco anos, mostrando que as aes de
melhoria das condies de saneamento refletem-se mais especificamente na sade das
crianas.
Mortalidade (Infantil) - Informaes retiradas do Plano Municipal de Abastecimento de
gua e Esgotamento Sanitrio (PMAE)
A taxa de mortalidade infantil indica o risco de morte infantil atravs da freqncia de bitos
de menores de um ano de idade na populao de nascidos vivos. Este indicador utiliza
informaes sobre o nmero de bitos de crianas menores de um ano de idade, em um
determinado ano, e o conjunto de nascidos vivos, relativos a um mesmo ano civil.
A taxa de mortalidade infantil um indicador importante das condies de vida e de sade
de uma localidade, regio, ou pas, assim como de desigualdades entre localidades. Pode
tambm contribuir para uma avaliao da disponibilidade e acesso aos servios e recursos
relacionados sade, especialmente ao pr-natal e seu acompanhamento.
Por estar estreitamente relacionado renda familiar, ao tamanho da famlia, educao das
mes, nutrio e disponibilidade de saneamento bsico, considerado importante para o
desenvolvimento sustentvel, pois a reduo da mortalidade infantil um dos importantes e
universais objetivos do desenvolvimento sustentvel.
Para identificao e caracterizao deste indicador, subdividiu-se o mesmo nas seguintes
categorias abaixo, nas quais sero apresentados os valores para o municpio de Tubaro e
tambm de outros municpios, a fim de possibilitar a comparao entre os mesmos alm de
possibilitar a visualizao de suas evolues:
-
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26
Taxa de mortalidade infantil por diarria a cada 1000 nascidos vivos (Tabela 19) para
o municpio de Tubaro e outros locais para efeitos comparativos.
Tabela 19 Taxa de mortalidade infantil por diarria
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Brasil 6,1 5,1 4,1 3,5 3,9 2,8
Total do Estado de Santa Catarina 3,0 2,5 2,2 2,5 2,7 1,4
Florianpolis 3,8 2,4 3,6 0,9 - 2,3
Brao do Norte - - - - - 2,7
Imbituba - - - - - 2,5
Laguna - - - - - 2,2
Orleans - - - - - 8,7
Rio Fortuna 0,1 0,5 - - - 0,1
Tubaro - 6,7 9,6 - 10,3 1,2
LocalidadePerodo
Fonte : DATASUS 2007 / PMAE
Nmero de bitos por todas as causas para crianas menores de cinco anos
Tabela 20 Nmero de bitos Infantis
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total do Estado de Santa Catarina 1.634 1.616 1.490 1.367 1.309 1.173 1.164
Florianpolis 74 67 54 60 51 60 39
Brao do Norte 5 3 6 5 7 5 6
Imbituba 3 6 12 7 5 4 5
Laguna 12 13 17 11 10 6 7
Orleans 7 12 7 4 4 1 5
Rio Fortuna 1 1 1 - - - -
Tubaro 13 20 24 11 16 21 19
LocalidadePerodo
Fonte : DATASUS 2007 / PMAE
Mortalidade infantil menores de um ano e por mil nascidos vivos
Tabela 21 Taxa de Mortalidade Infantil para criana menores que um ano
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total do Estado de Santa Catarina 17,0 16,3 15,7 15,5 15,3 14,1 13,6
Florianpolis 13,9 11,7 9,7 11,8 9,8 12,1 8,1
Brao do Norte 11,5 7,1 13,3 10,8 16,1 11,0 14,5
Imbituba 5,1 9,6 21,3 12,7 9,5 8,6 11,0
Laguna 15,2 17,2 24,2 17,2 15,8 9,8 12,3
Orleans 18,3 28,0 20,6 12,0 12,0 3,3 15,2
Rio Fortuna 14,7 19,2 15,4 - - - -
Tubaro 9,4 13,5 17,9 8,9 12,3 17,9 19,2
LocalidadePerodo
Fonte : DATASUS 2007 / PMAE
Em epidemiologia, morbidade ou morbilidade a taxa de portadores de determinada doena
em relao ao nmeros de habitantes sos, em determinado local em determinado
momento.
-
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Quando se fala em morbidade, pensa-se nos indivduos de um determinado territrio (pas,
estado, municpio, distrito municipal, bairro) que adoeceram num dado intervalo do tempo,
neste territrio.
Define-se a morbidade como o comportamento das doenas e dos agravos sade em uma
populao.
Assim como na mortalidade (infantil), atribuiu-se faixa etria de menores de cinco anos
como a parte da populao que mais afetada por enfermidades conseqentes de problemas
voltados a falta de saneamento bsico. Para a morbidade tambm ser considerado esse
mesmo tipo de faixa etria, por tratar-se da populao mais vulnervel a estes problemas de
sade.
Para avaliao e caracterizao deste indicador ser utilizada a categoria abaixo:
Morbidade por doenas diarricas para crianas menores de cinco anos
Tabela 22 Taxa de Mortalidade Infantil para criana menores que um ano
2002 2004 2006
Total do Estado de Santa Catarina 2.076 1.991 1.646
Florianpolis 28 47 49
Brao do Norte 48 67 8
Imbituba 1 5 26
Laguna 1 - 2
Orleans 83 28 9
Rio Fortuna 16 5 7
Tubaro 76 89 54
LocalidadePerodo
Fonte : DATASUS 2007 / PMAE
2.5 Habitao
As informaes aqui mencionadas fazem parte do Diagnstico Habitacional de Tubaro. O
Municpio de Tubaro j est finalizando a elaborao do Plano Local de Habitao de
Interesse Social.
A Companhia de Habitao do Estado de Santa Catarina - COHAB/SC -, o rgo estadual
responsvel pela elaborao Plano Catarinense de Habitao de Interesse Social PCHIS.
Entre os documentos que compe o Plano, existe um captulo especial para caracterizao
das necessidades habitacionais da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Tubaro, e um
conjunto de planilhas que demonstra os clculos do Dficit Habitacional em todos os
municpios catarinenses.
O dficit habitacional identificado na Tabela 23 baseia-se no conceito relacionado s
deficincias de estoque de moradias, considerando tanto as moradias sem condies de
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habitao em funo da precariedade de sua construo ou por desgaste na estrutura fsica
demandando reposio, quanto necessidade de aumento de estoque, em funo da
coabitao familiar. A Tabela 23 apresenta as estimativas do Dficit Habitacional da
Secretaria de Desenvolvimento Regional de Tubaro.
Tabela 23 - Evoluo da Populao e do Dficit Habitacional por Municpio
MunicpiosPopulao
2000 Dficit 2000Populao
2006 Dficit 2006
Capivari de Baixo 18.561 339 20.539 375
Gravatal 10.799 288 12.667 338
Jaguaruna 14.613 386 16.046 424
Pedras Grandes 4.921 170 4.817 167
Sango 8.128 443 9.883 539
Treze de Maio 6.716 204 7.097 215
Tubaro 88.470 2.227 95.339 2.400
TOTAL 152.208 4.057 166.388 4.458 Fonte: Plano Catarinense de Habitao de Interesse Social - COHAB/SC.
De acordo com a caracterizao do Plano Catarinense de Habitao de Interesse Social
PCHIS Tubaro o municpio com o maior Dficit Habitacional de sua regio, apresentando
uma demanda de 2.227 novas habitaes no ano de 2000, e de 2.400 novas habitaes no
ano de 2006, respectivamente 54,89% e 53,84% do dficit habitacional total da SDR de
Tubaro.
3. CONSIDERAES FINAIS
Com relao s previses de desenvolvimento populacional de uma cidade deve-se observar
que os fatores que comandam esse crescimento apresentam caractersticas de instabilidade
que podem ser questionadas para previses de longo prazo. Como o prprio termo indica
tratam-se de previses. Qualquer que seja o modelo de previso utilizado deve ser verificado
periodicamente e ajustado s informaes mais recentes que fugiram das previses iniciais,
e no caso de Tubaro, adequadas ao que ficar definido no Plano Diretor em elaborao. O
equacionamento matemtico e aos parmetros adotados representam apenas uma hiptese
de clculo com base em dados conhecidos, mas sujeitos s novas situaes, imprevisveis
inicialmente.
As notificaes de doenas de veiculao hdrica como a hepatite e a leptospirose so uma
indicao das deficincias de saneamento bsico.
As rendas dos responsveis dos domiclios no esto apresentadas por bairros face a no
divulgao pelo IBGE dos dados do Censo de 2010. Mesmo em 2000 a apresentao foi por
setor censitrio do IBGE. A experincia desta Consultora de que nos bairros mais carentes
dos servios de saneamento bsico, normalmente mais afastados do Centro, a renda dos
responsveis dos domiclios cai a valores que representam um alerta para avaliao acurada
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da capacidade de pagamento de tarifas de servios pblicos, necessrias sustentabilidade
dos servios, em especial dos servios de esgotos sanitrios.
No estabelecimento das prioridades de investimentos, ser levada em considerao a
existncia de programas e projetos em andamento, a densidade populacional para maior
abrangncia dos benefcios, e a salubridade ambiental, contemplando a todos os servios de
saneamento bsico e agregando nesta priorizao outros aspectos, como as reas
prioritrias de interveno por interesse sanitrio ambiental.
O indicador para auxiliar na definio das prioridades de investimentos ser composto por
indicadores secundrios e tercirios, de forma ponderada, em equao com o formato abaixo
representado, cujos coeficientes e indicadores sero ajustados quando da concluso dos
diagnsticos setoriais.
Ipri = k1*Iden + k2*Ipro + k3/Iisa
Onde:
Iisa = k4*Iaba + k5* Iesg + k6*Ires + k7* Idur + k8*Isec
Onde:
Isec = k9* Iren + k10*Isau + k11*Iedu
Sendo:
Iden = ndice de densidade
Ipro = ndice de projetos e recursos
Iisa = ndice de salubridade ambiental
Iaba = ndice de abastecimento de gua
Iesg = ndice de esgotamento sanitrio
Ires = ndice de resduos slidos
Idur = ndice de drenagem urbana
Isec = ndice scio-econmico
Iren = ndice de renda
Isau = ndice de sade
Iedu = ndice de educao
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4. FONTES CONSULTADAS E REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE;
Sistema de Informao de Agravos de Notificao SINAN;
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade CNES;
Ministrio do Trabalho e Emprego TEM;
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED;
Prefeitura Municipal de Tubaro;
Plano de Bacia do Rio Tubaro e Complexo Lagunar;
Plano Diretor Fase 1
Plano Municipal de gua e Esgoto
Plano Local de Habitao de Interesse Social;
Associao de Municpios da Regio de Laguna (AMUREL);
Empresa de Pesquisa Agropecuria e Extenso Rural de Santa Catarina EPAGRI;
Agencia Nacional de guas ANA;
Panorama dos Recursos Hdricos de Santa Catarina;
Gerenciamento dos Recursos Hdricos (2007), Santa Catarina Regionalizao de
Vazes das Bacias Hidrogrficas Estaduais do Estado de Santa Catarina editada
pelas Secretarias de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Sustentvel de SC,
no mbito do Programa de Recuperao Ambiental e Apoio ao Pequeno Produtor
Rural PRAPEM Microbacias 2 Fevereiro de 2006 (www.sirhesc.sds.sc.gov.br no
link Biblioteca Virtual);
Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil - PNUD 2000;