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__________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 1 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU PRINCIPAIS CAUSAS DE CONDENAÇÕES DE SUÍNOS EM ABATEDOUROS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL BASSO, Taíse 1 [email protected] MARIA Suelen 1 [email protected] MENDES, Guilherme Toazza 1 [email protected] ROSIN, Alan Felipe 1 [email protected] ZANFONATO, Elisa 1 [email protected] MAHL, Deise Luiza 2 [email protected] ARRUDA Tiago Zard de 2 [email protected] FACCIN, Ângela 2 [email protected] GUIMARAES, Tarcisio Guerra 2 [email protected] RIITER, Filipe 2 [email protected] ¹ Discentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 8 2016/1- Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. ² Docentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 8 2016/1 - Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. RESUMO: A região Sul do Brasil apresenta a maior parte da produção de suínos nacional. Fatores relacionados ao manejo dos animais, principalmente no pré-abate podem gerar aumento da incidência de condenações de carcaças, que podem ocasionar prejuízos diretos aos abatedouros. Existem três níveis de inspeção, o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Estadual (CISPOA) e Serviço de Inspeção Federal (SIF). Sendo assim o objetivo foi avaliar as principais causas de condenações de órgãos de suínos em frigoríficos com diferentes graus de inspeção, Estadual, Municipal e Federal da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul. O trabalho foi realizado no período de fevereiro a maio de 2016, com coleta de dados nos serviços de Inspeção Municipal (SIM), Inspeção Estadual (CISPOA) e Inspeção Federal (SIF). Através do levantamento de dados feito no estudo, pode-se observar que as principais ocorrências são pneumonia enzoótica, cistos renais, nefrites, contaminação de carcaça, abcessos, aderência de pleura e fraturas. Portanto é importante lembrar que para termos um suíno de qualidade, ou seja, livre de possíveis doenças ou características que os condenem, deve-se sempre manter um bom manejo desde pequenos, como nutrição adequada, vacinação e desvermifugação em dia, e pessoas treinadas para que façam o correto manuseio com o animal desde o embarque na propriedade até o momento da matança, evitando assim condenação de animais. Palavras-chave: abate, condenas, inspeção, contaminação. ABSTRACT: The southern region of Brazil has most of the production of domestic pigs. Factors related to the handling of animals, especially in the pre-slaughter can lead to increased incidence of carcasses of convictions that can cause direct damage to abattoirs. There are three levels of inspection, the Serviço Inspeção Municipal (SIM), Serviço Inspeção Estadual (CISPOA) and Serviço Inspeção Federal (SIF). Thus the objective was to evaluate the causes of condemnation of pig organs in refrigerators with different levels of inspection, State,

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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO

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PRINCIPAIS CAUSAS DE CONDENAÇÕES DE SUÍNOS EM

ABATEDOUROS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO NORTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL

BASSO, Taíse1

[email protected]

MARIA Suelen1

[email protected]

MENDES, Guilherme Toazza1

[email protected]

ROSIN, Alan Felipe1

[email protected]

ZANFONATO, Elisa1

[email protected]

MAHL, Deise Luiza2

[email protected]

ARRUDA Tiago Zard de2

[email protected]

FACCIN, Ângela2

[email protected]

GUIMARAES, Tarcisio Guerra2

[email protected]

RIITER, Filipe2

[email protected]

¹ Discentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 8 2016/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

² Docentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 8 2016/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

RESUMO: A região Sul do Brasil apresenta a maior parte da produção de suínos nacional. Fatores relacionados

ao manejo dos animais, principalmente no pré-abate podem gerar aumento da incidência de condenações de

carcaças, que podem ocasionar prejuízos diretos aos abatedouros. Existem três níveis de inspeção, o Serviço de

Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Estadual (CISPOA) e Serviço de Inspeção Federal (SIF). Sendo

assim o objetivo foi avaliar as principais causas de condenações de órgãos de suínos em frigoríficos com

diferentes graus de inspeção, Estadual, Municipal e Federal da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul. O

trabalho foi realizado no período de fevereiro a maio de 2016, com coleta de dados nos serviços de Inspeção

Municipal (SIM), Inspeção Estadual (CISPOA) e Inspeção Federal (SIF). Através do levantamento de dados

feito no estudo, pode-se observar que as principais ocorrências são pneumonia enzoótica, cistos renais, nefrites,

contaminação de carcaça, abcessos, aderência de pleura e fraturas. Portanto é importante lembrar que para

termos um suíno de qualidade, ou seja, livre de possíveis doenças ou características que os condenem, deve-se

sempre manter um bom manejo desde pequenos, como nutrição adequada, vacinação e desvermifugação em dia,

e pessoas treinadas para que façam o correto manuseio com o animal desde o embarque na propriedade até o

momento da matança, evitando assim condenação de animais.

Palavras-chave: abate, condenas, inspeção, contaminação.

ABSTRACT: The southern region of Brazil has most of the production of domestic pigs. Factors related to the

handling of animals, especially in the pre-slaughter can lead to increased incidence of carcasses of convictions

that can cause direct damage to abattoirs. There are three levels of inspection, the Serviço Inspeção Municipal

(SIM), Serviço Inspeção Estadual (CISPOA) and Serviço Inspeção Federal (SIF). Thus the objective was to

evaluate the causes of condemnation of pig organs in refrigerators with different levels of inspection, State,

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Municipal and Federal northern state of Rio Grande do Sul region. The work was carried out from February to

May 2016, with data collection in the Serviço Inspeção Municipal (SIM), Inspeção Estadual (CISPOA) and

Inspeção Federal (SIF). Through the survey data in the study, one can observe that the main occurrences are

enzootic pneumonia, renal cysts, nephritis, substrate contamination, abscess, pleural adhesion and fractures.

Therefore it is important to remember that to have a quality pig, ie, free of possible diseases or characteristics

that condemn, one must always keep a good management from small, such as proper nutrition, vaccination and

desvermifugação days, and people trained to do the correct handling with the animal from boarding on the

property until the time of slaughter, thus avoiding condemnation animals.

Keywords: slaughter , condemn , inspection, contamination.

1 INTRODUÇÃO

A suinocultura é uma das atividades agropecuárias mais difundidas e produzidas no

mundo. A carne suína é a proteína mais consumida no mundo, com uma produção anual de

cerca de 115 milhões de toneladas segundo ABIPECS (2011).

O Brasil ocupa, hoje, um importante lugar no agronegócio suinícola mundial, ficando

atrás apenas dos Estados Unidos, União Europeia e Canadá de acordo com Associação

Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABPA, 2012).

A região Sul do Brasil apresenta a maior parte da produção de suínos nacional.

Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal de 2013 do IBGE, o rebanho dessa região é de quase

18 milhões de cabeças, o que corresponde a 49% do total nacional (ZEN & ORTELAN &

IGUMA, 2014).

Apesar de ser uma produção intensa e constante, a cadeia produtiva da carne suína tem

demonstrado grande progresso, existindo, entretanto, aspectos relevantes a serem

considerados no que diz respeito ao bem-estar animal, a preservação ambiental, a

rastreabilidade, a qualidade da carne e a segurança alimentar, cada vez mais exigidos e com

critérios cada vez mais rígidos pelos mercados importadores (SAAB, 2009).

Fatores relacionados ao manejo dos animais, principalmente no pré-abate podem gerar

aumento da incidência de condenações de carcaças que, podem ocasionar prejuízos diretos

aos abatedouros, gerando barreiras à ampliação das exportações de carne suína. Com a

crescente demanda por países compradores de carne suína, deve-se realizar a padronização de

conceitos e normas, bem como análise crítica de todas as abordagens desse problema

(YEATES & MAIN, 2007).

Com a finalidade de permitir a segurança e bons padrões de higiene existem três níveis

de inspeção, o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Estadual (CISPOA)

e Serviço de Inspeção Federal (SIF) (SANTOS et al, 2010) que realizam avaliações das

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enfermidades dos lotes, quantificando quanto as condições sanitárias (SOBESTIANSKY,

2001), além da verificação de outros parâmetros ligados à higiene e sanidade durante o

processo de abate.

A inspeção sanitária da carne tem por finalidade garantir a segurança e a sanidade dos

produtos para a saúde humana e consiste de duas investigações. A inspeção ante mortem de

rotina, que visa avaliar o estado de saúde do rebanho e evitar que a carne de animais doentes

entre na cadeia de alimentação. A inspeção post mortem das carcaças, realizada para detectar

e retirar da cadeia alimentar todas as carcaças que apresentam anormalidades

macroscopicamente visíveis e que possam afetar a segurança, a sanidade ou o aspecto do

produto final (LUPO et al., 2006).

Segundo o Art. 147 do Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem

Animal (RIISPOA) a inspeção post mortem consiste no exame de todos os órgãos e tecidos,

compreendendo a observação, palpação e abertura dos linfonodos correspondentes, além de

cortes sobre o parênquima de alguns órgãos (BRASIL, 1952).

A condenação de órgãos, vísceras e carcaças dos animais alterados, visualizados neste

procedimento, é de extrema importância para a Saúde Pública, pois estes podem possuir

alterações patológicas, inclusive as suspeitas de zoonoses, que representam problemas quando

consumidos pelo homem (NUNES, 2007).

Para se obter a boa qualidade do produto e evitar toxinfecções é necessário que o

serviço de inspeção seja rigorosamente realizado, pois existem mais de 40 zoonoses que

envolvem os suínos, sendo algumas de etiologia viral, bacteriana (brucelose, erisipelose,

estreptocócica, influenza, meningite, micobacterioses, leptospirose e salmonelose) e parasitária

(cisticercose, triquinelose, tungíase, teníase e toxoplasmose) (1).

O presente trabalho teve por objetivo avaliar as principais causas de condenações de

órgãos de suínos em frigoríficos com diferentes graus de inspeção, Municipal Estadual e

Federal, da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul.

2 MATERIAL E METÓDOS

O trabalho foi realizado no período de fevereiro a maio de 2016, nos municípios de

Passo Fundo, Mariano Moro e Sananduva na região Norte do Estado do Rio Grande do Sul –

Brasil, onde se realizou a pesquisa juntamente com os órgãos responsáveis pela inspeção

Municipal, Estadual e Federal coletando dados referentes a lesões e condenações de carcaças

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e órgãos de suínos na inspeção ante mortem e post mortem no período que compreende o

primeiro trimestre de 2016. Foram coletados dados de 4 abatedouros municipais, na cidade de

Passo Fundo, onde os dados foram reunidos representando apenas um serviço de Inspeção

Municipal, já no serviço de Inspeção Estadual na cidade de Mariano Moro e Federal na cidade

de Sananduva foram coletados dados de apenas um abatedouro de cada tipo de inspeção.

A pesquisa consistiu em levantar dados sobre número de abates realizado no período,

peso dos animais, destinação dos órgãos condenados e quais as principais lesões ou causas

para a condenação dos animais, os dados foram expressos em porcentagem e tabulados

através do Excel, realizando a comparação das principais condenações baseadas no número

total de animais abatidos.

3 RESULTADOS E ANÁLISE

Nos quatro estabelecimentos com Inspeção Municipal (SIM), são abatidos cerca de 70

animais por mês, sendo que durante o período de duração da pesquisa foram abatidos um total

de 223 animais entre os quatro estabelecimentos, com aproximadamente 125 kg, tendo como

as principais causas de condenação representadas na Figura 1.

Figura 1: Porcentagem de lesões em suínos abatidos sob Inspeção Municipal na região Norte do Rio Grande do

Sul. Fonte: Autores, (2016).

No estabelecimento fiscalizado pela Inspeção Estadual (CISPOA), são abatidos 900

animais por mês, durante os três meses foram abatidos 2300 animais, com aproximadamente

118kg, sendo possível observar as principais causas de condenações na Figura 2.

16,14% 15,24%

4,93%

10,76%

13,45%

19,28%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

Aspiração deLíquido

Cisto Urinário InfartoIsquêmico

Lesão porMigração Larval

Nefrite PneumoniaEnzoótica

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Figura 2: Porcentagem de lesões em suínos abatidos sob Inspeção Estadual na região Norte do Rio Grande do

Sul. Fonte: Autores, (2016).

No estabelecimento fiscalizado permanentemente pela Inspeção Federal é realizado o

abate de 8800 animais por mês, sendo que durante os três primeiros meses do ano foram

abatidos um total de 26.400 animais, pesando em torno de 122 kg, sendo que as principais

causas de condenações seguem na Figura 3.

Figura 3: Porcentagem de lesões em suínos abatidos sob Inspeção Federal na região Norte do Rio Grande do Sul.

Fonte: Autores.

Uma das principais condenações encontradas em frigorífico de Inspeção Municipal é a

pneumonia enzoótica, onde foram condenados cerca de 43 animais (19,28%), já na Inspeção

Estadual cerca de 607 (2,63%) suínos foram condenados, sendo está doença um dos principais

1,06%

2,09% 2,16%

3,05%

2,63%

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

Congestão Contaminação Lesão por MigraçãoLarval

Nefrite PneumoniaEnzoótica

1,56%

6,43%

1,63%

0,46%

1,50%

0,13%

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

Abcesso Aderência de PleuraContaminação Dermatose Fraturas Linfadenite

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problemas sanitários da suinocultura tecnificada, causando baixos índices zootécnicos, gastos

com medicamentos e condenações de carcaças. A pneumonia enzoótica (PE) produz lesões na

região cranioventral do pulmão, localizadas, principalmente, nas extremidades dos lobos

apicais, cardíacos, intermediários e região anteroventral dos diafragmáticos. Estas lesões

possuem consistência de músculo e coloração púrpura à cinza como mostra a Figura 4

(ALBERTON & MORES, 2008).

Figura 4: Lesão macroscópica em pulmão de suínos com extensa área de pneumonia. Fonte: Costa, et al. (2014).

Embora as lesões de PE não provoquem o desvio de carcaça e tampouco a condenação

das mesmas, segundo Morés (2006), 67% dos pulmões que apresentam lesões que geraram

desvio de carcaça apresentam também lesões de hepatização cranioventrais sugestivas de PE,

confirmando que a PE abre portas para outras bactérias.

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O desvio de carcaças ocorre quando os pulmões possuem alterações, e como os

pulmões são removidos da linha de abate, a carcaça vai para o Departamento de Inspeção

Final (DIF). Segundo Lima (2007), o DIF é um local de acesso restrito, ligado à sala de

matança, para onde as carcaças e suas respectivas vísceras, suspeitas de enfermidades ou

contaminações extensas que não são possíveis de serem retiradas na linha de inspeção são

encaminhadas, para que sejam avaliadas detalhadamente, definindo seu provável agente

causal e direcionar seu destino final.

Andreasen & Mousing & Thomsem (2001) afirmam que as lesões de PE estão também

associadas com as pleurites no abate, sendo que os suínos que desenvolvem a doença mais

precocemente possuem maior chance de apresentarem pleurites por ocasião do abate.

A pneumonia enzoótica suína causada pelo agente Mycoplasma hyopneumoniae

representa a causa mais comum de perdas associadas às doenças respiratórias na produção

intensiva de suínos (ZIMMERMANN & PLONAIT, 1997). Trata-se de uma enfermidade

muito contagiosa, que se manifesta clinicamente por tosse seca não produtiva, alta morbidade,

baixa mortalidade e principalmente, atraso no ganho de peso (SOBESTIANSKY et al., 1999).

Segundo o artigo 162 do RIISPOA devem ser condenados os pulmões que apresentem lesões

associadas à pneumonia enzoótica (BRASIL, 1952).

Conforme o artigo 191 do RIISPOA na aspiração de sangue devem ser condenados os

órgãos com coloração anormal, bem como os que apresentem aderências, congestão e casos

hemorrágicos (BRASIL, 1952). Para Sobestiansky et al. (1999) a aspiração de sangue ocorre

no momento da sangria, devido à secção acidental da traqueia ou de grandes brônquios no

momento da sangria, como mostra a Figura 5, ela também pode ocorrer quando o animal é

suspenso na trilhagem aérea para seguir para o box de chuveiros após a sangria. A aspiração

de sangue pode estar associada a doenças, porém com frequência são causados por

ineficiência de tecnologia no abate durante o procedimento (GREGORY et al., 2009;

MELLAU et al., 2010). Por essa patologia foram condenados cerca de 36 suínos (16,14%)

sob Inspeção Municipal.

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Figura 5: Pulmão apresentando áreas mais escuras e presença de coágulo na traqueia, resultante de aspiração de

sangue. Fonte: Takeuti, (2015).

A presença de cistos renais em números e tamanhos variáveis é relativamente comum

na espécie suína, sendo que 34 animais (15,24%) abatidos sob Inspeção Municipal

apresentavam está patologia. Sua localização mais frequente é no córtex renal. Embora possa

ocorrer em números significativos de animais inspecionados em frigoríficos, a patologia

parece não ter importância clínica. Para Sobestiansky et al. (1999), sabe-se que

aproximadamente 1/3 dos casos, o processo é unilateral e que nos demais afeta os dois rins. A

Figura 6 mostra que o tamanho dos cistos varia desde aqueles que quase não são visíveis até

os de vários centímetros de diâmetro.

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Figura 6: Rim suíno com cistos renais de vários tamanhos. Fonte: Oliveira, (2012).

A patogenia dos cistos não é completamente entendida para Sobestiansky et al. (1999),

a ocorrência da patologia numa granja poderá ser evitada pela simples identificação e

eliminação dos reprodutores que a transmitem. A decisão sanitária desse tipo de patologia é a

condenação dos rins, conforme Gil & Costa (2001) e de acordo com o artigo 193 do RIISPOA

(BRASIL, 1952).

Pode se encontrar casos de nefrite que são septicemias bacterianas virais. Nessas

septicemias, os agentes bacterianos induzem uma resposta inflamatória no interstício dos rins.

Para Jones & Hunt & King (2000) a verdadeira patogenia dessa alteração é frequentemente

desconhecida. As causas da nefrite em suínos são sorovares de Leptospira pomona. Outros

organismos também podem se localizar no rim, resultando em lesão tubular e nefrite

intersticial.

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Conforme Rossert, (2001) se os organismos são patogênicos, a lesão resultante é uma

nefrite intersticial purulenta aguda marcada por intensa resposta inflamatória, caracterizada

por edema intersticial, graus variados de lesão tubular e infiltração de células mononucleares,

produzindo súbito declínio da função renal.

Porém, como resultado da mesma, para Jones & Hunt & King (2000) temos uma

nefrite intersticial crônica, caracterizada por fibrose significativa, que por sua vez ocorrem

devido à infecção bacteriana crônica, venenos, lesões imunológicas, isquemia, obstruções e

radiação.

A lesão de nefrite intersticial crônica caracteriza-se por uma fibrose significativa,

destruição de túbulos renais e do interstício e focos de infiltração de células mononucleares,

sendo que os glomérulos ficam relativamente inalterados (ROSSERT, 2001) como na Figura

7. Neste caso a decisão sanitária, conforme cita o artigo 189 do RIISPOA os rins lesados

devem ser condenados (BRASIL, 1952). Dos rins avaliados no período de estudo, 30 animais

(13,45) apresentaram esta lesão sob Inspeção Municipal e sob Inspeção Estadual 702 (3,05%)

rins foram condenados devido à mesma.

Figura 7: Nefrite intersticial em rim de suíno. Fonte: Oliveira, (2012).

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A contaminação durante o abate é dos maiores problemas enfrentados pelas indústrias que

utilizam sistemas automatizados. Isso decorre da perfuração do sistema digestivo no momento da

extração das vísceras. Aproximadamente 482 (2,09%) suínos foram condenados na Inspeção

Estadual por contaminações e 494 suínos (1,63%) foram rejeitadas na Inspeção Federal.

Conforme Boomen, (2008) os produtos cárneos são um excelente meio de cultura para

o desenvolvimento e multiplicação de microrganismos. Em animais sadios, os tecidos,

sangue, medula óssea e os linfonodos são estéreis. A contaminação da carne e órgãos ocorre

por contato com a pele, pêlos, conteúdo gastrintestinal, equipamentos, mãos e roupas de

operários, água utilizada para lavagem das carcaças. A contaminação pode ocorrer em todas

as operações de abate, armazenamento e distribuição das carnes.

O período pré-abate dos suínos vai desde a retirada da ração na granja, até o abate,

onde deve ser realizado o jejum sólido pré-abate de cerca de 12 horas e a dieta líquida deve

ser mantida, para auxiliar no processo de limpeza do trato gastrointestinal evitando assim a

contaminação da carcaça e a ruptura de vísceras como na Figura 8.

Figura 8: Contaminação da cabeça de um suíno por conteúdo fecal. Fonte: Pezzutti, et al. (2015).

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O artigo 165 do RIISPOA cita que as carcaças contaminadas ou parte de carcaças que

se contaminarem por fezes durante a evisceração ou em qualquer outra fase dos trabalhos

devem ser condenadas (BRASIL, 1952).

Sobre o item de condenação denominado contaminação, as causas relacionadas

ocorrem pela falha de boas práticas de fabricação, por erro do manipulador, que acaba

perfurando as vísceras (BRASIL, 1962).

A Inspeção Federal é responsável pelo fiel cumprimento dos limites de velocidade de

matança e do máximo de abate diário para que não sejam cometidos excessos nesses limites,

que causariam tumultos nos trabalhos de inspeção e que provocaria prejuízo sanitário e

tecnológico da operação, predispondo a contaminação (BRASIL, 1995).

Neste estudo, 1958 suínos (6,43%), apresentaram aderência de pleura, em abatedouro

frigorífico de Inspeção Federal, uma taxa alta de condenações causada muitas vezes por erro

de manejo nas granjas suinícolas, ou ainda por tratamento incorreto de doenças pulmonares.

Carlton & Maggartin (1995), citam que a inflamação da pleura é conhecida como

pleurite, ou ainda por pleurisia. As formas comuns de pleurite fazem parte das inflamações

exsudativas agudas, e habitualmente são serosas, fibrinosas, purulentas, granulomatosas e

hemorrágicas. A pleura pulmonar é envolvida em primeiro lugar, mas a infecção e a reação

inflamatória prontamente alastram-se até as áreas contiguas da pleura parietal.

O ataque habitual de pleurisia começa com uma hiperemia aguda e tumefação da

delgada membrana de revestimento. Durante esse estágio, a fricção das superfícies visceral e

parietal em cada movimento respiratório é muito dolorosa, como mostra a Figura 9

(CARLTON & MAGGARTIN 1995).

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Figura 9: Pleurisia com aderência na carcaça em dois estágios diferentes de evolução. Fonte: Kuhn, et al. (2015).

Sobestiasky et al. (1999) acredita que a transmissão dos agentes etiológicos da

pleurisia ocorre por via aerógena e através do contato direto entre suínos mantidos na mesma

baia ou baia adjacentes. O artigo 174 do RIISPOA afirma que todas as carcaças de animais

doentes, cujo consumo possa ser causa de toxinfecção alimentar, devem ser condenadas.

Consideram-se como as que procedem de animais que apresentarem inflamação aguda dos

pulmões, aderência de pleura (BRASIL, 1952).

Abcessos são afecções localizadas de exsudato purulento, circunscrito por tecido

fibroso, está patologia foi responsável por 480 suínos condenados (1,56%) em abatedouro

frigorífico de Inspeção Federal. Ela ocorre frequentemente, devido às contaminações

bacterianas.

Para Sobestiansky et al. (1999), são infecções de diversas origens, podem ser

observadas em diversas faixas etárias e geralmente associadas a Arcanobacterium pyogenes,

Streptococcus sp. ou Staphylococcus sp.

A forma supurativa de inflamação deve ser considerada a mais séria na inspeção de

carnes, porque não somente é impróprio para o consumo o órgão contendo uma lesão

supurativa, mas também a possibilidade de que a lesão tenha se estendido, gerando septicemia

(THORTON, 1969).

Segundo o RIISPOA, em seu artigo 157, abscessos de lesões supuradas localizadas,

como mostra a Figura 10, podem ser removidos e condenados apenas os órgãos e partes

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atingidas. Serão ainda condenadas as carcaças com alterações gerais (emagrecimento, anemia,

icterícia) decorrentes de processo purulento (BRASIL, 1952).

Figura 10: Abcesso em carcaça de suíno do membro posterior esquerdo. Fonte: Oliveira, (2012).

Zambaldi, Caldara & Bazzo (2009), dizem que as condenações ocasionadas pela

presença de abscessos na carcaça, podem estar relacionadas à implantação da técnica da

imunocastração pela empresa integradora, que requer a aplicação de duas doses de vacina nos

animais, cerca de 30 e 60 dias antecedentes ao abate, que poderiam levar à maior

probabilidade de aparecimento de abscessos localizados.

Boomen (2008), afirma que as fraturas ocorrem espontaneamente em algumas

afecções, em decorrência de excessiva fragilidade óssea. Pode também ser consequência de

pressão, tensão ou traumatismo. Em animais para o abate, os traumatismos decorrem de falhas

existentes no piso, nos comedouros, nas divisórias ou por acidentes durante o transporte,

podendo estar relacionada às más condições das rodovias, sendo que no abatedouro frigorífico

de Inspeção Federal 465 animais (1,5%), apresentaram esse tipo de lesão, algumas lesões

podem ocorrer ainda durante o carregamento dos animais ao abatedouro, levando a

condenação como mostra a Figura 11.

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Figura 11: Suíno com artrite durante o abate. Fonte: Pezzutti, et, al. (2015).

Sobestiansky et al. (1999) citam que devido ao próprio histórico e sintomas, o

diagnóstico clínico de fraturas é, na maior parte dos casos, relativamente fácil. Mas em alguns

casos, a localização da fratura ou a identificação da sua causa podem estar dificultadas. O

artigo 130 do RIISPOA cita que os animais que apresentarem fraturas observadas na inspeção

ante mortem, deverão ser enviados ou destinados à matança emergencial e destinados quando

a fratura for generalizada à condenação total. Quando a fratura for localizada deve-se

condenar a parte afetada e o restante da carcaça destina-se a cortes (BRASIL, 1952).

Dados estatísticos compilados e analisados por Nunes (1988) apontam a importância

de se realizar uma inspeção mais rigorosa e energética, nos produtos de origem animal.

Alertando também aos técnicos, autoridades e criadores para os sérios problemas de saúde

pública, ocasionados pela clandestinagem de abates de suínos, expondo a população ao grave

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risco de doenças e toxinfecções alimentares. Por isso a Inspeção Sanitária em matadouro

frigorífico deve ser realizada por um médico veterinário qualificado que, após a produção

primária, constitui a primeira linha de defesa da saúde do consumidor, contribuindo para que

apenas seja comercializada carne apta para o consumo humano.

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que hoje mesmo com toda fiscalização e cuidados rigorosos com os suínos

as condenações ainda se apresentam em grande escala, seja ela por problemas patológicos

bem como problemas de manejo.

Através do levantamento de dados feito no estudo, pode-se observar que as principais

ocorrências de condenações nos estabelecimentos avaliados são: pneumonia enzoótica, cistos

renais, nefrites, contaminação de carcaça, abcessos, aderência de pleura e fraturas. Visto estás

condenações como prejuízos para o produtor como também para os frigoríficos.

Portanto é importante lembrar que para termos um suíno de qualidade, ou seja, livre de

possíveis doenças ou características que os condenem, deve-se sempre manter um bom

manejo desde pequenos, como nutrição adequada, vacinação e desvermifugação em dia, e

pessoas treinadas para que façam o correto manuseio com o animal desde o embarque na

propriedade até o momento da matança, evitando assim condenação de animais.

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