Abate humanitário de suínos!

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ALUNOS: JOÃO VICTOR, KAIQUE DE SOUSA, MATHEUS CARVALHÊDO, MONIQUE LOPES E RAQUEL JÓIA. TURMA:24 1

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Abate Humanitário de suínos, slides feito por Raquel Machado Jóia!

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ALUNOS: JOÃO VICTOR, KAIQUE DE SOUSA,

MATHEUS CARVALHÊDO, MONIQUE LOPES E

RAQUEL JÓIA.

TURMA:24 1

Page 2: Abate humanitário de suínos!

INTRODUÇÃO

Há muito se sabe que quanto menos estressante for

o abate para o animal de melhor qualidade será a carne.

Para que o abate humanitário seja feito

corretamente muitas ONGs de defesa do animal têm

capacitado profissionais com o objetivo de orientar

funcionários de frigoríficos a como manter o ambiente ideal

para o animal. Existem alguns preceitos básicos no abate

humanitário a ser seguidos:

Livre de sede fome e má nutrição, de desconforto,

de dor injúria e doença, livre para expressar seu

comportamento e livre de medo e estresse.

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CAPACITAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

Para qualquer abatedouro é necessário que haja

funcionários qualificados para trabalhar com um produto

vivo e senciente (capaz de sentir). Portanto devem agir

da melhor forma possível para reduzir ao máximo o

estresse do animal durante o manejo.

Mas para que esse profissional desempenhe o

melhor de seu trabalho é necessário que ele também

tenha condições ideais com temperatura amena,

disponibilidade de água, descansado e motivado.

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COMPORTAMENTO DOS SUÍNOS

É de suma importância que todos os

funcionários conheçam bem como se portam os suínos.

Por ser uma espécie com excelente memória, de longo

e curto prazo, ela deve ser mantido em condições de

bem-estar por toda sua vida, mesmo ainda na granja, o

que facilitará o manejo do abate.

A característica dessa espécie, em particular, é

de um animal de grupo, ou seja, quanto mais

mantivermos o porco junto de seus iguais menos

estressante será para ele. Os suínos possuem 3

principais sentidos sensoriais: a visão, o olfato e a

audição.

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COMPORTAMENTO DOS SUÍNOS

A visão de um suíno é de ótima qualidade principalmente

com cores, portanto o recinto deve ser de cor uniforme. A visão

binocular, aquela imediatamente a frente do animal, é a melhor,

aquela que ele consegue perceber profundidade. Já a monocular,

localizada nas laterais, cumpre o objetivo de captar movimentos

ao redor do animal em um ângulo de 310º porém com baixa

definição. Por último temos as partes cegas, que se estendem

desde a faixa imediatamente atrás do focinho até o final do

quadril.

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COMPORTAMENTO DOS SUÍNOS

A audição se mostra importante por meio da

comunicação que os suínos tem através de sons

característicos para cada situação. Se um animal detectar

perigo, por meio de grunhidos é capaz de passar essa

mensagem para os outros do rebanho, estressando o

grupo.

O Olfato contribui nas relações hierárquicas, é

através dele que um membro do rebanho expressa

submissão a outro.

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MANEJO PRÉ-ABATE

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Animais: reagem ao comando das pessoas envolvidas no

manejo, ao ambiente do frigorífico e havendo diferenças

individuais, entre linhagens genéticas.

Pessoas: como as pessoas interagem, se comportam e

cuidam dos suínos e das instalações.

Instalações: a forma como a estrutura

física do frigorífico é projetada

e construída para favorecer o manejo.

Page 9: Abate humanitário de suínos!

OS SUÍNOS E OS NÍVEIS DE ATIVIDADES

Na granja a atividade de um suíno varia entre deitar,dormir, levantar, comer e beber até reações de luta, fuga eparalisação.

Se os níveis de estresse dos suínos foremaumentados pelos manejadores, eles ficam com medo etentam fugir e algumas vezes tornam-se agressivos e atacamo manejador, o que gera necessidade de mais tempo para arealização do manejo pois dificulta o controle a condução dogrupo. 9

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ZONA DE FUGA

O tamanho da zona de fuga varia de acordo com aespécie, genética e experiências vividas. A compreensão da zonade fuga é importante para influenciar, conduzir e controlar omovimento dos suínos. Para isso, o manejador deve:

Situar-se na extremidade posterior da zona de fuga e para um dos lados, evitando estar na área cega do animal, onde não conseguem enxergar, nem perceber movimentos;

Caminhar apenas dentro do limite da zona de fuga, para fazer que o animal avance;

Assim que o animal avançar, avance com ele, permanecendo dentro da zona de fuga;

Observe que, ao mover-se para fora da zona de fuga do suíno e parar, o animal também para de se movimentar.

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ZONA DE FUGA

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Page 12: Abate humanitário de suínos!

CONFORTO TÉRMICO

Considerando que os suínos têm um sistematermorregulador deficiente devido ao fato de possuíremglândulas sudoríparas queratinizadas, uma grande quantidadede tecido adiposo e elevado metabolismo, há muitapreocupação com a temperatura adequada do ambiente, quetem efeito direto sobre o bem-estar dos animais.

Os suínos assim como os humanos, sãohomeotérmicos, isto é, mantêm a temperatura corporal dentrode certos limites (38,7°C a 39,8º), independentemente davariação de temperatura ambiental.

No entanto, para manter a regulação da temperaturacorporal é preciso trocar calor continuamente com o ambiente eessa troca só é eficiente quando a temperatura do ambienteestá dentro dos limites da termo neutralidade.

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PRINCÍPIOS DA TERMO-REGULAÇÃO

A regulação da temperatura corporal é realizada por

diversos mecanismos. Quando há alteração da temperatura

corporal do suíno, detectado pelo centro térmico do

hipotálamo, são desencadeados alguns procedimentos

para manter a temperatura corporal normal próxima a

39°C.

Para que a termo-regulação seja eficiente, é

fundamental que o total de calor produzido pelo suíno seja

igual ao total de calor perdido para o ambiente.

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MECANISMOS DE TROCA DE CALOR

O sistema homeostático promove o equilíbriotérmico através da regulação da temperatura corporal,de modo a mantê-la dentro dos limites toleráveis parao perfeito funcionamento do organismo. Dessa forma,há quatro mecanismos com os quais os suínos podemtrocar calor com o ambiente, tais como:

Radiação

Condução

Convecção

Evaporação

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RADIAÇÃO:

É a troca de calor (perda ou ganho) através de

ondas eletromagnéticas, que ocorre quando o suíno emite

calor para um ambiente mais frio ou absorve a radiação

sob a forma de onda. Exemplos de fontes de radiação que

podem promover o ganho de calor são: sol, lâmpada e

fogo.

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CONDUÇÃO:

Troca de calor devido ao contato direto do corpo do

suíno com o solo, água ou outras superfícies. Para perder

calor por condução, o suíno procura maximizar a área de

superfície corporal em contato com superfícies mais frias.

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CONVECÇÃO:

É a transferência de calor devido ao movimento do

ar na superfície da pele ou da circulação sanguínea

transportando calor dos tecidos para a superfície corporal

do suíno.

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EVAPORAÇÃO:

É a transformação do líquido para a fase gasosa

(vapor). O resfriamento evaporativo respiratório (ofegação)

constitui-se num dos mais importantes meios de perdas de

calor dos suínos em temperaturas elevadas. Quanto maior

a frequência respiratória dos suínos, maior quantidade de

calor é dissipada para o ambiente.

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TEMPERATURA E CONFORTO

A maioria dos suínos podem suportar temperaturas

baixas por um período longo de tempo, mas um curto período de

tempo em temperaturas elevadas podem ser fatais. É chamada

Zona de Conforto Térmico (ZCT), em que não há sensação de

frio ou calor e o desempenho do suíno em qualquer atividade é

otimizado.

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TEMPERATURA E CONFORTO

Para cada fase da criação dos suínos há uma

determinada faixa de temperatura do ambiente em que o

suíno mantém constante a temperatura corporal com o

mínimo esforço dos mecanismos termo-regulatórios.

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ÁREA DE DESCANSO

O propósito dessa área é permitir aos suínos o

descanso e a recuperação de estresse decorrente do

transporte, completar o tempo de jejum, realizar a inspeção

''ante mortem'', assim como agrupar um número suficiente de

animais para suprir a velocidade da linha de abate.

A área de descanso deve proporcionar todas as

condições que contribuam para minimizar o estresse.

O tempo de permanência dos suínos na área de

descanso é estimado considerando as necessidades

operacionais, sanidade e higiene alimentar, e é comprovado

que o longo tempo na área de descanso influencia

negativamente o bem-estar animal e a qualidade da carne.

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TEMPO DE DESCANSO X HIDRATAÇÃO

Os animais perdem água durante o transporte e ficam

em estresse térmico pelo calor causado pelo esforço físico e

aglomeração, por isso alguns frigoríficos costumam submetê-

los a dieta hídrica (fornecimento de água) e também porque

ajuda a eliminar os conteúdos gastrointestinais para evitar que

as vísceras sejam rompidas e contaminem a carcaça.

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TEMPO DE JEJUM

É entre a retirada da ultima alimentação na granja até

o momento do abate, importante ter acesso a água.

O jejum tem o objetivo de atender os critérios

higiênico-sanitário para ter o mínimo de conteúdo gastro

intestinal para evitar a contaminação durante a evisceração,

assim para melhorar o bem-estar e reduzir a taxa de

mortalidade no transporte.

O jejum é muito importante, principalmente para evitar

a contaminação por salmonella, que é liberada nas fezes.

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TEMPO DE JEJUM X PERÍODO DE

DESCANSO NO FRIGORÍFICO

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REDUÇÃO DO ESTRESSE TÉRMICO PELO CALOR

Suínos sofrem muito com a alta temperatura, pois

tem poucas glândulas sudoríparas por isso devem ter um

cuidado melhor com a temperatura da área de descanso.

Esta área deve conter disponibilidade abundante

de água, ventilação, nebulização e deve ser coberta.

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ESTRUTURA DA ÁREA DE DESCANSO

Na estrutura deve haver harmonia entre pessoas,

animais e instalações. O projeto da área de descanso

tem impacto significativo no manejo, velocidade da linha

e nas condições de trabalho.

Devem-se dimensionar as baias em função do

numero de suínos que pretende abater e ter uma

projeção que encoraje os suínos a andar e facilite o

manejo.

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CARACTERÍSTICAS DA INSTALAÇÃO DA ÁREA DE DESCANSO

Rampa de desembarque: Deve ter inclinação adequada

(10° a 15°), laterais fechadas e piso antiderrapante.

Piso da área de descanso: Deve ser uniforme na coloração

e textura e ser antiderrapante.

Corredores da área de descanso: Corredores largos e com

as paredes laterais fechadas para evitar distrações dos

suínos.

Cantos e Curvas: Deve ser largas e não ter ângulos

fechados pois pode impedir a passagem e assustar os

animais além de ser fisicamente difíceis a passagem.

Iluminação: Áreas com boa iluminação uniforme e que a luz

não incida diretamente nos olhos dos animais.

Ruídos: Não deve haver altos ruídos como mangueiras de

pressão, portões batendo, gritos dos manejadores e etc.

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INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA

São métodos que têm como objetivo fazer com

que o animal fique inconsciente, para que na hora do

abate não venha sentir dor e angústia

Mas quando usada de forma inadequada podem

gerar dor e sofrimento, aumento na incidência de fraturas,

petéquias e defeitos na carne (PSE), ocasionando perda à

indústria.

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Page 28: Abate humanitário de suínos!

Tipos no abate suíno:

de dois pontos: Eletronarcose

de três pontos: Eletrocussão.

Podendo ser de duas maneiras:

Com baixa frequência: Quando usadas as correntes de

50 ou 60Hz alternas

Com alta frequência: Quando usadas as correntes

superiores a 100Hz, com uso apenas aos eletrodos

para cabeça

INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA

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INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA DE

DOIS PONTOS - ELETRONARCOSE

Serve para passar correntes elétricas através do

cérebro do animal, promovendo epilepsia grande mal, que

resultará na inconsciência do animal, impedindo que haja

tradução do cérebro no estímulo da dor.

Tem duração de 15 milésimos de segundo em

média e com efeito temporário, o suficiente para que dure

até o momento da morte.

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POSICIONAMENTO DE ELETRODOS

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Page 32: Abate humanitário de suínos!

MONITORAMENTO DA INSENSIBILIZAÇÃO

A verificação de que tudo está sendo feito da

maneira correta é feita através da analise de duas

fases que os suínos passam:

Fase Tonica;

Fase Clônica.

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Page 33: Abate humanitário de suínos!

FASE TÔNICA

Dura cerca de 10 a 20 segundos, nesse período o suíno

apresenta os seguintes sintomas:

Fica inconsciente e tem um colapso que acontece de imediato;

Contração da musculatura;

Cabeça elevada, flexão dos membros traseiros e extensão

dos dianteiros;

A respiração rítmica fica ausente na região do focinho e do

flanco;

Dilatação da pupila;

Ausência do reflexo da córnea;

Não apresenta reflexo de sensibilidade a estímulos dolorosos.

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Page 34: Abate humanitário de suínos!

FASE CLÔNICA

Dura de 15 a 45 segundos, os sinais presentes nos

suínos são:

Ausência da respiração;

Ausência do reflexo da córnea;

Chutes involuntários;

Relaxamento gradual da musculatura.

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SINAIS DE MÁ INSENSIBILIZAÇÃO

Ausência da fase Tônica;

Retorno da respiração;

Movimentos oculares focados

Vocalização durante e/ou após a aplicação dos eletrodos

Tentativa da volta na postura e endireitamento dacabeça.

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Page 36: Abate humanitário de suínos!

OBSERVAÇÕES A SEREM TOMADAS

O ideal seria fazer a sangria dentro de 10 segundos,durante a fase Tonica.

Deve-se fazer a limpeza diária dos eletrodos e manter osequipamentos com manutenção adequada.

Nunca se devem usar os eletrodos a fim de imobilizar oumover os suínos

Sempre fazer o monitoramento dos parâmetros elétricose certificar que todo o processo está correto.

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Page 37: Abate humanitário de suínos!

INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA DE

TRÊS PONTOS - ELETROCUSSÃO

A corrente elétrica é passada para o cérebro,

causando inconsciência, e em seguida para o

coração, que irá provocar parada cardíaca e morte.

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Page 38: Abate humanitário de suínos!

FORMA DE TRANSMISSÃO DA CORRENTE ELÉTRICA

Com um ciclo: Com aplicação dos eletrodos na cabeça,

e ainda na cabeça, a corrente chegará ao coração;

Com dois ciclos: Aplicar o eletrodo na cabeça, e depois

no coração, pode ser feito com mesmo eletrodo

lembrando-se de usar baixa freqüência ou com dois

eletrodos pra cabeça e um independente para o

coração.

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Page 39: Abate humanitário de suínos!

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR CARDÍACA

São séries de contrações descontroladas

provocadas por impulsos elétricos que se originam

de vários pontos do ventrículo.

Induz à hipóxia cerebral, devido ao fato de o

coração não conseguir bombear a quantidade

adequada do sangue.

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Page 40: Abate humanitário de suínos!

POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS

Deve estar posicionado nos dois lados da

cabeça do suíno, aderidos a pele na região próxima

a inserção das orelhas causando um encurtamento

da corrente do cérebro.

Na corrente do coração, deve ser na região

do 3° ou 4°espaço intercostal, no lado esquerdo do

peito.

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Page 41: Abate humanitário de suínos!

OBSERVAÇÕES

Na eletrocarnose, ocorre a fase tônica e a

clônica, porém a fase clônica é muito pouco

evidente, pois ocorre somente a dilatação da pupila

e o relaxamento da musculatura.

Alguns suínos podem suspirar após a sangria

por causa da morte cerebral, o que pode ser

confundido com o retorno da consciência.

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Page 42: Abate humanitário de suínos!

SANGRIA

Procedimento após a insensibilização com o

animal inconsciente.

Antes de ser feita, deve ser verificada a

insensibilização e em caso de dúvida, repetir o

processo.

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Page 43: Abate humanitário de suínos!

EQUIPAMENTO DE EMERGÊNCIA

Serve para o caso de ter que repetir a

insensibilização.

Deve estar sempre disponível e em lugar

com acesso fácil e rápido, além de estar

apropriado para o uso, tendo uma manutenção

periódica.

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Page 44: Abate humanitário de suínos!

PERDA DE SANGUE E MORTE

A sangria deve ser feita através do corte de vasos

que venham do coração.

O tempo de sangria pode variar de 25 a 105

segundos, ira depender das veias:

1carótica+1jugular = 105 segundos

2caróticas +2jugulares = 25 segundos

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Page 45: Abate humanitário de suínos!

ETAPAS

A facada inserida na linha média do pescoço;

Corte da pele com a ponta da faca usando uma leve pressão

Após a perfuração da faca, abaixar o cabo de modo que a

ponta da lâmina aponte em direção ao suíno;

Cortar os vasos;

Verificar se há grande fluxo de sangue, caso contrario, realizar

novamente o procedimento.

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Page 46: Abate humanitário de suínos!

CONDIÇÃO FÍSICA

Para o bem-estar público, é de fundamental

importância que os suínos cheguem ao frigorífico

livres de contusões, fraturas, ferimentos, doenças e

estresse intenso. Qualquer animal que conter

alguma dessas coisas, não está apto a ser levado

ao frigorífico.

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Page 47: Abate humanitário de suínos!

TRANSPORTE

Os transportadores devem estar treinados e capacitados

sobre os cuidados no transporte e no bem-estar dos

animais.

Manter a velocidade moderada e constante, realizar as

curvas suavemente, evitando reduções e paradas

bruscas.

Devem-se evitar paradas durante o percurso, por

aumentar o tempo de transporte e dificultar a ventilação.

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Page 48: Abate humanitário de suínos!

EMBARQUE

São necessários três elementos chaves :

prevenção, cuidados apropriados e ação imediata.

Deve ser realizado cuidadosamente e por pessoas

treinadas e capacitadas para fazê-lo.

Métodos de controle dos suínos alternativos aos

que possam feri-los (bastões elétricos e uso de

força) devem ser priorizados, como lonas,

pranchas, chocalhos.

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Page 49: Abate humanitário de suínos!

DESEMBARQUE

Deve iniciar-se logo após a chegada do caminhão

ao frigorífico.

Usa-se o carrinho para a realização do processo,

sendo importante que ele esteja sempre em bons

estados de uso.

Animais que não conseguirem ser removidos do

caminhão devem ser abatidos com o abate

emergencial.

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Page 50: Abate humanitário de suínos!

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Page 51: Abate humanitário de suínos!

BAIAS DE SEQUESTRO

Baias de sequestro devem ser utilizadas para os

suínos pequenos e para os que apresentam caudofagia,

hérnias não rompidas, prolapso e outros problemas

biológicos a fim de serem separados do restante dos

animais para serem avaliados e talvez recuperados por

médicos veterinários e outros profissionais, recebendo

cuidados e tratamentos especiais e individuais.

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Page 52: Abate humanitário de suínos!

INSPEÇÕES ANTE MORTEM

São feitas diariamente a fim de verificar as condições

higiênico-sanitárias e de bem-estar do lote. É de

responsabilidade de o médico veterinário realizar as inspeções

e de tomar as providencias necessárias na presença de

doenças ou injurias, sendo obrigatória a remoção dos animais

infectados ou machucados para a baia de sequestro.

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Page 53: Abate humanitário de suínos!

ESTRESSE E QUALIDADE DA CARNE

A ausência de cuidados com os animais na fasede pré-abate pode levar à produção de carne de baixaqualidade e perdas significativas no valor comercial dacarcaça.

Estresse:

É o principal indicador utilizado para avaliar obem-estar do suíno. É uma combinação de fatoresbioquímicos, fisiológicos e comportamentais nos quais osuíno procura um meio de equilibrar seu organismo nomanejo e ambiente.

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Page 54: Abate humanitário de suínos!

Qualidade da carne:

Um pré-abate inadequado pode comprometer a

qualidade da carne devido as alterações fisiológicas

que os suínos podem apresentar. Deve-se observar

arduamente aspectos da carne como: aparência,

rendimento, palatabilidade, composição nutricional,

segurança alimente e vários outros.

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Page 55: Abate humanitário de suínos!

Fatores que influenciam na qualidade da carne:

Animal: características individuais de cada suíno.

Ambiente: sistema de criação, conforto térmico, densidade,instalações da granja e do frigorífico.

Nutrição: condição física, composição e quantidade de alimento,disponibilidade e qualidade da água.

Sanidade: ausência de doenças, ferimentos e segurançaalimentar durante o processamento e armazenamento

Manejo: interfere na forma como os suínos reagem durante acriação na granja e no pré-abate.

Insensibilização e fatores post mortem: métodos deinsensibilização e sangria afetam diretamente o bem-estar e aqualidade da carne. 5

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Page 56: Abate humanitário de suínos!

METABOLISMO MUSCULAR POST MORTEM

Quando o animal é abatido, acorrem mudanças

intensas no músculo, como a queda do PH devido a

conversão de glicogênio em ácido lático. O metabolismo

muscular pode post mortem pode afetar a capacidade de

retenção de água e coloração final da carne. A reserva de

glicogênio no músculo pode ser gasta com diversos fatores,

como: jejum, exercício intenso, períodos de transporte e

descanso prolongados, densidade inadequada e falta de

descanso, brigas e manejo agressivo.

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Page 57: Abate humanitário de suínos!

PH DA CARNE

O PH final da carne é definido em diferentes períodos post

mortem, dependendo da espécie, tipo de musculatura e nível

de estresse pré-abate.

A queda do PH é importante para: retardar a proliferação de

microrganismos, determinar sabor, odor e maciez da carne.

O PH final deve sofrer um uma queda de 7,2-7,0 para 5,3-5,8

em 6 a 8 horas post mortem. Valores inferiores de PH e horas

pode comprometer qualidade da carne.

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Page 58: Abate humanitário de suínos!

DEFEITOS NA CARNE

DFD:

Quando a carne apresentacaracterísticas escuras, secas e firmes,significa que ela foi manejadainadequadamente no período ante mortem,onde os animais foram submetidos aestresses de longa duração. A queima deglicogênio antes do abate devido aoestresse faz com que o PH a carne fiquemuito elevado (acima de 6,0), ocasionandodesenvolvimento de microrganismosdegradantes e alterações físicas equímicas reduzindo significativamente aqualidade da carne.

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Page 59: Abate humanitário de suínos!

PSE:

Ocorre quando a carne fica pálida,

mole e exsudativa devido ao estresse

intenso ou agudo de curta duração,

normalmente próximo ao abate.

O estresse intenso de curta

duração aumenta o metabolismo no animal,

fazendo com que ele queime muito

glicogênio, depositando uma concentração

muita alta de ácido lático no músculo

causando alta acidificação post mortem

produzindo desnaturação proteica.

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Page 60: Abate humanitário de suínos!

COMPARAÇÃO DAS CARNES COM DEFEITO

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Page 61: Abate humanitário de suínos!

AVALIAÇÃO DO PH

É importante para identificar defeitos como DFD e

PSE. Devem ser realizadas em carcaças em diferentes

tempos (45 minutos e 24 horas post mortem).

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Page 62: Abate humanitário de suínos!

ANÁLISE DA COR

Um importante fator pra identificar defeitos na

carne e fator determinante para o consumidor na

compra do produto. Observa-se a mioglobina, o

pigmento proteico que compõe a carne, no qual pode

ser influenciado pelo sexo, idade, musculatura e

estresse do animal. A avaliação é feita utilizando o

músculo 24 horas post mortem usando três métodos

principais.

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Page 63: Abate humanitário de suínos!

Padrão de fotos ‘Pork Quality Standards’:

Possui uma escala de 1 a 6 onde valores baixos

significam coloração pálida e altos coloração escura.

Padrão Japonês:

Segue o mesmo esquema do ‘Pork Quality Standards’.

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Page 64: Abate humanitário de suínos!

Colorímetro Minolta:

Mede a luminosidade da carne (L*), variando de 0(Preto) a

100(Branco).

- L*>50significa PSE.

- L*<42significa DFD.

- 42<L*<50significa carne em boas condições.

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Page 65: Abate humanitário de suínos!

PERDA POR EXSUDAÇÃO:

Carnes industrializados tem pouco poder de

retenção de água, o que limita o rendimento,

porém, as carnes in natura tem aparência pouco

atrativa para os consumidores.

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Page 66: Abate humanitário de suínos!

AVALIAÇÃO DE PERDA DE ÁGUA:

Perda de água por absorção: usa-se um filtro de

papel para absorver a água da carne. Perda por

exsudação: perda de água por gravidade, onde há

gotejamento. Normalmente são utilizadas amostras em

sacos plásticos penduradas em redes.

-2-5% de gotejamento são considerados normais.

-Menor que 2% de gotejamento significa DFD.

- Maior que 5% significa PSE

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Page 67: Abate humanitário de suínos!

MÉTODOS DE CONTROLE DE QUALIDADE DE CARNE

É essencial usar procedimentos que avaliem

exatamente os Pontos de Controle (PCs), os Pontos

Críticos de Controle (PCCs) e o Bem-Estar Animal

(BEA) que abranjam todo o sistema de produção.

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Page 68: Abate humanitário de suínos!

REFERÊNCIA

http://www.proanima.org.br/noticias/carne-fraca

http://www.portalsuinoseaves.com.br/abate-humanitario-e-cada-vez-mais-usado-na-producao-de-suinos-e-aves/

http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/Abate%20H_%20de%20Suinos%20-%20WSPA%20Brasil.pdf

http://www.grupoetco.org.br/arquivos_br/pdf/Workshop/17%20MELHORANDO%20O%20MANEJO%20DOS%20ANIMAIS%20NOS%20FRIGOR%C3%8DFICOS%E2%80%93STEPS%20-%20Charli%20Ludke.pdf

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=0CDQQFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.ufrb.edu.br%2Fmpdefesaagropecuaria%2Fdissertacoes%2Fano-2012%2F30-dissertacao-de-lucia-novis-edington%2Fdownload&ei=7Tb6U-LuF8OejALL9YHwAw&usg=AFQjCNEE7ToXbfQL7BajsjAYe8qOF2TLWg&sig2=zmStKJ6pQ0Gqdl694Hy7xw

http://www.abatehumanitario.org/web/emanager/documentos/upload_/portal_do_agronegocio-27-9-2011.pdf

http://www.adapar.pr.gov.br/arquivos/File/ATG/AIC/24_Bem_estar_animal_da_producao_ao_abate_Nelmon_Oliveira_da_Costa_SDC_Mapa.pdf

http://www.suinos.com.br/

http://www.grupoetco.org.br/arquivos_br/pdf/Workshop/17%20MELHORANDO%20O%20MANEJO%20DOS%20ANIMAIS%20NOS%20FRIGOR%C3%8DFICOS%E2%80%93STEPS%20-%20Charli%20Ludke.pdf

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