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PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

Marcos Marcello Trad

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

José Mauro Pinto de Castro Filho

SECRETÁRIO ADJUNTO MUNICIPAL DE SAÚDE

Rogério Marcio Alves Souto

COORDENADORIA-GERAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO PARTICIPATIVA

Paulo Sérgio Iglessias

COORDENADORIA-GERAL FINANCEIRA

Elias Reis de Souza

COORDENADORIA-GERAL DE SUPORTE TECNOLÓGICO E INFORMAÇÃO

Hugo Luiz Silva do Valle

COORDENADORIA-GERAL JURÍDICA

Eliasze Luizo Guimarães Júnior

OUVIDORIA GERAL DA SAÚDE

Glória Garcia dos Santos

SUPERINTENDÊNCIA DE ECONOMIA EM SAÚDE

Claudioney de Matos Ramos

SUPERINTENDÊNCIA DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Ana Paula Gonçalves de Lima Resende

SUPERINTENDÊNCIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DE SAÚDE

Eliana Amaral Dalla Nora Franco

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Eduardo Luis Mense Rodrigues

SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Veruska Lahdo

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DO CUIDADO

Marcos Rodrigues Marques

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ELABORAÇÃO TÉCNICA

Gerência dos Instrumentos de Planejamento do SUS

Hena Dianna Moreira Lopes da Silva

Juliane do Valle Medeiros

Sophya de Longui Favaro

Miguel Gonzales Martines

Simone Silva dos Santos

COLABORADORAS

Bianca Reis Oruê

Elaine Cardoso Machado de Oliveira

Jéssica Priscilla Resende Magalhães

Thais Neves de Carvalho

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GLOSSÁRIO DE SIGLAS

AAMI - Associação de Amparo à Maternidade e à Infância

AASI - Aparelho de Amplificação Sonora Individual

AB - Atenção Básica

AC - Alojamento Conjunto

ACS - Agente Comunitário de Saúde

AF - Assistência Farmacêutica

AGEPEN - Agência Penitenciária

AGETEC - Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação

AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

AIH - Autorização de Internações Hospitalares

AMIU - Aspiração Manual Intrauterina

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande

APS - Atenção Primária em Saúde

ASB - Auxiliar de Saúde Bucal

ATG - Acidente de Trabalho Grave

ATMB - Acidente de Trabalho com Exposição a Material Biológico

CAP - Capítulo

CAPS AD - Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas

CAPS - Centro de Apoio Psicossocial

CBAF - Componente Básico da Assistência Farmacêutica

CCI - Centro de Controle de Intoxicações

CCI - Centro Referências e Convivência do Idoso

CEAF - Componente Especializado da Assistência Farmacêutica

CEAM - Centro de Atendimento à Mulher

CEDIP - Centro de Doenças Infecto-Parasitárias

CEI - Centro de Especialidade Infantil

CEINFs - Centros de Educação Infantil

CEM - Centro Especializado Municipal

CENORT - Centro Ortopédico

CEO - Centro de Especialidades Odontológicas

CER - Centro Especializado de Reabilitação

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CEREST- Centro de Referência em Saúde Trabalhador

CESAF - Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica

CEVITAL - Coordenadoria de Estatísticas Vitais

CGPL - Coordenação Geral de Planejamento

CIB - Comissão Intergestores Bipartite

CID - Código Internacional de Doenças

CIPNSP - Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do

Paciente

CIR - Comissão Intergestora Regional

CMS - Conselho Municipal de Saúde

CNS - Cartão Nacional de Saúde

CNS - Conselho Nacional de Saúde

CORE - Complexo Regulador Estadual

CRS - Centro Regional de Saúde

CRSH - Centro de Referência a Saúde do Homem

CRSs - Centros Regionais de Saúde

CRU - Central de Regulação de Urgência

CT - Centro de Triagem

CTI - Comissão Intergestores Tripartite

CUR - Coordenadoria de Urgência

CVE - Coordenadoria de Vetores e Endemias

DOE - Diário Oficial Estadual

DANT - Doenças e Agravos Não Transmissíveis

DCC - Dengue com Complicações

DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DECAT - Delegacia Especializada de Representação aos Crimes Ambientais e

de Atendimento ao Turista

DECON - Delegacia de Política de Defesa do Consumidor

DENASUS - Departamento Nacional de Auditoria do SUS

DIOGRANDE - Diário Oficial de Campo Grande

DIP - Doença Inflamatória Pélvica

DN - Declaração de Nascidos Vivos

DNCI - Doenças de Notificação Compulsória Imediata

DO - Declaração de Óbito

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DORT - Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho

DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DS - Distritos Sanitários

EACS - Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente

ECM - Exame Clínico das Mamas

eCR - Equipe de Consultório na Rua

EDUCANVISA - Educação em Vigilância Sanitária

eESFRs - Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas

EMAD - Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar

EMAP - Equipe Multiprofissional de Apoio

EMHA - Agência Municipal de Habitação

EPFIZ - Estabelecimento Penal Feminino Irmã Zorzi

ERGON - Sistema de Gestão de Capital Humano no Setor Público

ESF - Estratégia de Saúde da Família

ETES – Estações de Tratamento de Esgoto

FAEC - Fundo de Ações Estratégicas e Compensação

FAEC - Fundo de Ações Estratégicas e Compensação

FHD - Febre Hemorrágica do Dengue

FNS - Fundo Nacional de Saúde

FOMTS - Fórum Municipal dos Trabalhadores em Saúde

FJP – Fundação João Pinheiro

FUNCRAF - Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades

Crânio-Faciais

FUNESP - Fundação Municipal de Esporte

FUNSAT - Fundação Social do Trabalho de Campo Grande

FUSUS- Fórum Permanente dos Usuários do Sistema Único de Saúde do

Município de Campo Grande

GCA - Gerência de Controle e Avaliação

GGTI - Gabinete de Gestão Integrada do Trânsito

GM - Gabinete do Ministro

GPS - Sistema de Posicionamento Global

HD - Hospital Dia

HRMS - Hospital Regional do Mato Grosso do Sul

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HU - Hospital Universitário

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDMH Educação - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da Educação

no Brasil.

IEP/HSL - Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa/ Hospital Sírio-Libanês

IMOL - Instituto de Medicina e Odontologia Legal

IMPCG - Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande

IPCG - Instituto Penal de Campo Grande

IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IPED - Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos

ISMAC - Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas

IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis

LABCEM - Laboratório Central Municipal

LAI - Lei de Acesso à Informação

LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias

LER - Lesão por Esforços Repetitivos

LOA - Lei Orçamentária Anual

LVC - Leishmaniose Visceral Canina

MEC - Ministério da Educação

MH - Haemóphilos influenza

MIF - Mulheres em Idade Fértil

MS - Mato Grosso do Sul

MS - Ministério da Saúde

NASF- Núcleo de Apoio à Saúde da Família

NASFs- Núcleos de Apoio à Saúde da Família

NOB-RH- Norma Operacional Básica de Recursos Humanos

NPV- Núcleo Prevenção às Violências

NSP- Núcleo de Segurança do Paciente

OMS- Organização Mundial da Saúde

OPAS- Organização Pan-americana de Saúde

OPM- Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção

PAB- Piso da Atenção Básica

PAIR- Perda Auditiva Induzida por Ruído

PAR- Plano de Ação Regional

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PAS- Programação Anual de Saúde

PBF- Programa Bolsa Família

PEC- Prontuário Eletrônico do Cidadão

PFVISA- Piso Fixo de Vigilância Sanitária

PLANURB- Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano

PMAQ- Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade

PMCG- Prefeitura Municipal de Campo Grande

PNAB- Política Nacional da Atenção Básica

PNAISC- Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança

PNAISP- Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas

de Liberdade no Sistema Prisional

PNEPS- Política Nacional de Educação Permanente em Saúde

PNHOSP- Política Nacional de Atenção Hospitalar

PNSP- Programa Nacional de Segurança do Paciente

PNSTT- Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPA- Plano Plurianual

PPD- Derivado Proteico Purificado

PPI- Programação Pactuada e Integrada

PPL- População Privada de Liberdade

PPP- Pré-parto/Parto/Pós-Parto

PQA-VS- Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde

PRM- Problema Relacionado ao Medicamento

PROCON- Programa de Proteção e Defesa do Consumidor

PROVAB- Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica

PS- Plano de Saúde

PSE-Programa de Saúde na Escola

PSP- Plano de Segurança do Paciente

PT- Presídio de Trânsito

PTS- Projeto Terapêutico Singular

RAPS- Rede de Atenção Psicossocial

RAS- Rede de Atenção à Saúde

RDCs- Resoluções Diretorias Colegiadas

REMUS- Rede Municipal de Saúde

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RENAME- Relação Nacional de Medicamentos Essenciais

RMM- Razão de Mortalidade Materna

RN- Recém Nascido

RUE- Rede de Urgência e Emergência

SAD- Serviço de Atendimento Domiciliar

SADT- Serviço Atendimento Domiciliar Terapêutico

SAE- Serviço de Atendimento Especializado

SAIPS- Sistema de Apoio à Implementação de Políticas de Saúde

SAMU- Serviço Móvel de Urgência

SARGSUS- Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão

SAS- Secretaria Municipal de Assistência Social

SCAM- Sistema de Apoio ao Monitoramento e Avaliação dos Instrumentos de

Planejamento do SUS

SCNES- Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

SE- Secretaria Executiva

SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SECTUR- Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

SEMED- Secretaria Municipal de Educação

SES- Secretaria Estadual Saúde

SESAU- Secretaria Municipal de Saúde

SIA- Sistema de Informação Ambulatorial

SIAB- Sistema de Informação da Atenção Básica

SICONV- Sistema de Convênios

SIH- Sistema de Informação Hospitalar

SIHD- Sistema de Informações Hospitalares Descentralizado

SILOS- Sistema Locais de Saúde

SIM- Sistema de Informação sobre Mortalidade

SINAN- Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SINASC- Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos

SIPNI- Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização

SISAB- Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica

SISGRAN- Sistema Municipal de Indicadores Georreferênciados para o

Planejamento e a Gestão de Campo Grande

SISLOGLAB- Sistema de Controle Logístico de Insumos Laboratoriais

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SISMOB- Sistema de Monitoramento de Obras

SISREG- Sistema de Regulação

SMS- Sistema Municipal de Saúde

SOSWEB- Sistema Organizacional de Saúde

SPO- Subsecretaria de Planejamento e Orçamento

SR-SAMU- Sistema de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência

SRTs- Serviços Residenciais Terapêuticos

SUPRIS- Superintendência de Relações Institucionais de Saúde

SUS- Sistema Único de Saúde

SVO-Serviço de Verificação de Óbitos

SVS- Superintendência de Vigilância em Saúde

TCU- Tribunal de Contas da União

TEA- Transtorno Espectro Autista

TMI- Taxa de Mortalidade Infantil

TMNP- Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce

TP- Trabalho de Parto

TSB- Técnico de Saúde Bucal

UBS- Unidade Básica de Saúde

UBSF- Unidade Básica de Saúde da Família

UBSFs- Unidades Básicas de Saúde da Família

UBSs- Unidades Básicas de Saúde

UCDB- Universidade Católica Dom Bosco

UCI- Unidade de Cuidados Intensivos ou Intermediários

UCINCA- Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru

UCINCO- Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional

UCP- Unidades de Cuidados Prolongados

UERD- Unidade Especializada de Reabilitação e Diagnóstico

UNACON- Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia

UNAIDS- Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS

UPA- Unidade de Pronto Atendimento

USA- Unidade de Suporte Avançado

USB- Unidades de Suporte Básico

USG- Ultrassonografia

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UTI- Unidade de Terapia Intensiva

UTI- Unidade de Tratamento Intensivo

UTIN- Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................... 14

1. Estrutura 1ª Revisão do Plano Municipal 2018-2021......................................... 17

2. Análise Situacional............................................................................................. 19

2.1 Localização Geográfica........................................................................... 19

2.1.1 Rede de Esgoto e Água.......................................................................... 21

2.2 Perfil Socioeconômico............................................................................. 22

2.3 Perfil Demográfico................................................................................... 22

2.3.1 Estrutura Etária............................................................................................................... 23

2.3.2 Educação........................................................................................................................ 24

2.3.3 População Eleitoral......................................................................................................... 25

2.4 Estrutura do Sistema de Saúde............................................................... 26

2.4.1 Atenção Básica.............................................................................................................. 28

2.4.2 Saúde Bucal.................................................................................................................. 32

2.4.3 Urgência e Emergência................................................................................................. 38

2.4.4 Atenção Especializada.................................................................................................. 47

2.4.5 Saúde Mental................................................................................................................ 49

2.4.6 Assistência Farmacêutica.............................................................................................. 50

2.4.7 Vigilância em Saúde...................................................................................................... 52

2.4.8 Relação Institucionais de Saúde................................................................................... 54

2.4.8.1 Rede Complementar...................................................................................................... 55

2.4.8.2 Regulação Ambulatorial................................................................................................ 59

2.4.8.3 Regulação Hospitalar.................................................................................................... 59

2.4.8.4 Processamentos de informações.................................................................................. 60

2.4.9 Gestão do Cuidado....................................................................................................... 61

2.5 Redes de Atenção à Saúde – RAS......................................................... 63

2.6 Condições Sociossanitárias.................................................................... 82

2.6.1 Perfil nascidos vivos......................................................................................................... 84

2.6.2 Mortalidade....................................................................................................................... 88

2.6.2.1 Mortalidade Materna......................................................................................................... 93

2.6.2.2 Mortalidade Infantil........................................................................................................... 95

2.6.3 Indicadores de morbidade................................................................................................ 97

2.6.3.1

Taxa de Mortalidade prematura (de 30 a 69 anos) pelo conjunto das quatro doenças crônicas não transmissíveis – DCNT (Doença do aparelho circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas).......................................................................................................................... 97

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2.6.3.2

Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Nacional de Vacinação para crianças menores de dois anos de idade – Pentavalente (3ª dose), Pneumocócica 10-valente (2ª dose), Poliomielite (3ª dose) e Tríplice viral (1ª dose) – com cobertura vacinal preconizada........................................................................................................ 101

2.6.3.3 Número de casos novos de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade................................................................................................................................. 102

2.6.3.4 Número de casos novos de AIDS em menores de 5 anos............................................... 103

2.6.3.5 Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera.......................... 104

2.6.3.6 Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das Coortes.............................................................................................................................

105

2.6.3.7 Proporção de contados examinados de casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial................................................................................................... 106

2.6.3.8 Proporção de contatos examinados de casos novos de hanseníase.............................. 107

2.6.3.9 Proporção de preenchimento do campo “ocupação” nas notificações de agravos relacionados ao trabalho..................................................................................................

108

2.6.3.10 Número de casos de violências notificados nos notificados nos serviços de saúde................................................................................................................................ 111

2.6.3.11 Proporção de notificações de violências interpessoal e autoprovocada com o campo raça/cor preenchido com informações válidas – PQA-VS................................................ 114

2.6.3.12 Coqueluche....................................................................................................................... 114

2.6.3.13 Doenças exantemáticas................................................................................................... 115

2.6.3.14 Meningite.......................................................................................................................... 115

2.6.3.15 Dengue............................................................................................................................. 117

2.6.3.16 Chikungunya..................................................................................................................... 121

2.6.3.17 Vírus Zika.......................................................................................................................... 122

2.6.3.18 Leishmaniose Visceral...................................................................................................... 123

2.6.3.19 Zoonoses.......................................................................................................................... 126

2.7 Fluxos de Acesso............................................................................................... 133

2.8 Recursos Financeiros......................................................................................... 142

2.9 Gestão do Trabalho e Educação na Saúde........................................................ 150

2.10 Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde....................................... 160

2.11 Gestão................................................................................................................ 165

3. 1ª Revisão Plano Municipal de Saúde - PMS 2018-2021 (2020-2021)............. 169

3.1 Operacionalização.............................................................................................. 169

3.2 Metas PMS 2018-2021 e vínculos 1ª Revisão PMS 2018-2021 (2020-2021).... 173

3.3 Diretrizes, objetivos, metas e Indicadores ......................................................... 184

3.4 Metas e Análise Situacional ............................................................................... 202

3.5 Metas de Investimento – Plano Plurianual (PPA) 2018-202............................... 334

4. Monitoramento e Avaliação............................................................................... 336

5. Indicadores da Pactuação Interfederativa........................................................ 338

Anexos......................................................................................................................... 347

Referências................................................................................................................. 359

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INTRODUÇÃO

O sistema de planejamento do SUS, concretizado em seus instrumentos

básicos: Plano de Saúde - PS, Programações Anuais de Saúde - PAS e Relatórios

Anuais de Gestão - RAG - em estreita articulação e interdependência, são partes

consecutivas e contínuas de um mesmo processo e pretende contribuir para

melhoria da promoção, proteção e recuperação da saúde, conforme dispõe a Lei n.

8.080/90, para o aperfeiçoamento da gestão e das ações e serviços prestados à

população.

Sendo assim, o Plano de Saúde é o instrumento central de planejamento,

que orienta as iniciativas de gestão no Sistema Único de Saúde – SUS para o

período de quatro anos, expressando políticas e compromissos sanitários, buscando

explicitar o caminho a ser seguido pela Secretaria de Saúde para atingir sua missão

e devendo orientar-se pelos pactos assumidos, pelos Relatórios das Conferências

em Saúde, pelas recomendações dos Relatórios de Gestão de anos anteriores, além

de pautar-se na Análise Situacional, nas necessidades de saúde da população e nas

peculiaridades da esfera municipal, a partir dos seguintes eixos orientadores:

- Estrutura do Sistema de Saúde;

- Redes de Atenção à Saúde;

- Condições Sociossanitárias;

- Fluxos de Acesso;

- Recursos Financeiros;

- Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde;

- Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde;

- Gestão.

O objetivo da análise situacional é permitir a identificação dos problemas

e orientar a definição das medidas a serem adotadas.

A identificação dos problemas na análise situacional para a elaboração do

Plano de Saúde deverá ser feita com base nas condições de saúde da população,

nos determinantes e condicionantes de saúde e na gestão em saúde.

Desta forma, a Análise situacional configura-se como etapa que antecede

a formulação das diretrizes, objetivos e metas do próprio Plano, consistindo no

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processo de identificação, formulação e priorização de problemas em uma

determinada realidade.

Subsequentemente à análise situacional devem ser definidas as

diretrizes, objetivos e metas do Plano de Saúde que devem também estar

consoantes aos critérios adotados na análise situacional.

Tabela 01. Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores

DIRETRIZES

São formulações que indicam as linhas de ação a serem

seguidas. São expressas de forma objetiva – sob a forma de

um enunciado-síntese – e visam delimitar a estratégia geral e

as prioridades do Plano de Saúde.

OBJETIVOS

Expressam o que se pretende fazer acontecer a fim de

superar, reduzir, eliminar ou controlar os problemas

identificados.

METAS

São expressões quantitativas de um objetivo. As metas

concretizam o objetivo no tempo e esclarecem e quantificam

“o que”, “para quem”, “quando”.

INDICADOR

É um índice que reflete uma situação determinada, a partir da

relação entre variáveis, que permite medir mudanças e

determinar o grau de cumprimento de metas.

Como parte integrante do processo cíclico de planejamento do SUS, a

Programação Anual operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde, em

ações concretas, a fim de garantir o alcance dos objetivos e o cumprimento das

metas do Plano de Saúde. Os resultados alcançados com a execução da

Programação Anual de Saúde são parte integrante do Relatório Anual de Gestão

assim como orientam eventuais redirecionamentos para o Plano e para as

programações anuais sucessivas.

O Plano de Saúde deverá nortear a elaboração do planejamento e

orçamento do governo no tocante à saúde, além de todos os instrumentos do ciclo

de planejamento do SUS (Plano e Programação) compatibilizando com os

instrumentos de planejamento governamental (Plano Plurianual Anual - PPA e Lei de

Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA).

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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande - MS tem como

missão planejar, executar e gerir os serviços de saúde em conformidade com os

princípios do SUS, buscando excelência nas ações direcionadas a integridade na

saúde e qualidade de vida dos cidadãos.

A execução, o acompanhamento, a avaliação da gestão do sistema de

saúde, é subsidiada pelo Plano Municipal de Saúde e abrange todas as áreas da

atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade das ações norteando as

medidas e iniciativas para o cumprimento dos preceitos do SUS na esfera

municipal, coerentes e devidamente expressadas nas Programações Anuais de

Saúde, tendo seus resultados avaliados nos Relatórios Anuais de Gestão com a

participação do controle social, via Conselho Municipal de Saúde.

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17

1. ESTRUTURA 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL 2018-2021

Para entender a estrutura da 1ª Revisão do PMS 2018-2021 cabe lembrar

que o Plano Municipal de Saúde 2018-2021, aprovado pela Deliberação nº

607/2017/CMS de 20 de dezembro de 2017, publicada no DIOGRANDE nº 5.101

em 28 de dezembro de 2017, em sua página 20, tomou por base a Estrutura do

Plano Nacional de Saúde 2016-2019, norteando-se por suas Diretrizes. Diretrizes

estas que, conforme o referido documento, foram definidas pelo Conselho Nacional

de Saúde cujo, optou por organizá-las a partir de eixos. Os Objetivos também foram

pautados no Plano Nacional de Saúde, e os indicadores apresentados constavam

da Pactuação Interfederativa, homologada na Resolução nº 27 de 01/09/2017, da

Comissão Intergestores Bipartite, do Estado do Mato Grosso do Sul.

As metas originaram-se da metodologia de “Priorização” descrita no

capítulo denominado “Operacionalização”, a partir das propostas da VII Conferência

Municipal de Saúde e Audiência pública realizada especificamente para este fim,

contando também com o método de “Problematização”, efetuado pelas áreas

técnicas da Secretaria Municipal de Saúde, a partir do levantamento dos problemas

sentidos pela população e elencando-se as prioridades.

Os itens “Operacionalização” e Objetivos e metas, retrataram a realidade da

época da elaboração do PMS2018-2021, contextualizando os caminhos percorridos

para chegar ao produto e serve como subsídio para comparação com a 1ª Revisão.

Destaca-se que os problemas elencados como prioridade para o

enfrentamento, no quadriênio, apresentam-se grifados e sublinhados no decorrer

daquele documento.

Já para a 1ª Revisão do PMS 2018-2021 que compreende o período de

2020-2021, optou-se por constar dos itens:

- Introdução: contextualização do ciclo de planejamento e os itens básicos

do Plano;

- Estrutura 1ª Revisão do PMS 2018-2021: consta da

organização/disposição dos itens da 1ª Revisão do Plano Municipal de Saúde (PMS)

2018-2021;

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- Análise situacional: foram transcritos os itens do Plano Municipal de

Saúde MS 2018–2021, aprovado em 2017, constantes nas páginas 23 à 171, a

saber: Estrutura do Sistema de Saúde; Redes de Atenção à Saúde; Condições

Sociossanitárias; Fluxos de Acesso; Recursos Financeiros; Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde; Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde; Gestão,

respeitando-se os levantamentos realizados quando da sua elaboração em

2016/2017, visto que tais itens deverão ser reanalisados quando da elaboração do

Plano Municipal de Saúde 2022-2025.

- Operacionalização 1ª Revisão 2020-2021: conta com o relato dos

caminhos percorridos para a 1ª Revisão do Plano Municipal de Saúde (PMS)2018-

2021.

- Metas PMS 2018-2021 e vínculos 1ª revisão PMS 2018-2021; Diretrizes,

Objetivos, Metas e Indicadores; Metas e Análise Situacional (2020-2021):

houve revisão, considerando a PORTARIA GM N. 750, de 29/04/19, que institui o

Sistema DigiSUS Gestor/Módulo de Planejamento – DGMP no âmbito do Sistema

Único de Saúde – SUS e altera a Portaria de Consolidação nº 1/GM/MS, de 28/09/17

e considerando o modelo de Plano de Saúde disponibilizado pelo DIGISUS onde as

metas do Plano devem obrigatoriamente apresentar indicadores para o seu

monitoramento, e estar vinculadas à Objetivos e Diretrizes.

- Metas de Investimento: foi revisado, considerando que por se tratarem de

metas do Plano Plurianual devem ser monitoradas e avaliadas através do seu ciclo

de planejamento, o de governo, e seus respectivos instrumentos (PPA – Plano

Plurianual, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias e LOA – Lei Orçamentária Anual.

- Monitoramento e Avaliação: o item foi mantido considerando-se que a 1ª

Revisão PMS 2018-2021 permitiu a criação de indicadores para o monitoramento

das metas.

- Indicadores da Pactuação Interfederativa: Foram mantidos os 22

Indicadores da Pactuação Interfederativa de acordo com a 277ª Reunião da

Comissão Intergestores Bipartite de 24 de Maio de 2019.

Cabe referir que até a finalização desta revisão 31/01/2020 não havia

publicação do Plano Nacional de Saúde e do Plano Estadual de Saúde para o

período 2020-2023.

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2. ANÁLISE SITUACIONAL

2.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

De acordo com o Censo Demográfico 2016, realizado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Campo Grande, com

8.092,95 km², está localizado geograficamente na porção central de Mato Grosso do

Sul, ocupando 2,26% da área total do Estado.

Figura 02 - Município de Campo Grande - Localização

Fonte: <http://www.campogrande.ms.gov.br/sisgran/#/>. Acesso em 20/09/2017

Tabela 02 - Área territorial oficial – Mato Grosso do Sul e Campo Grande

Unidade da Federação Área (Km²)

Mato Grosso do Sul 357.145,534

Campo Grande 8.092,951 Fonte: <http://www.campogrande.ms.gov.br/sisgran/#/>. Acesso em 20/09/2017

Localizado nas imediações do divisor de águas das Bacias do Paraná e

Paraguai, definida pelas coordenadas geográficas 20°28’13,40737” latitude Sul e

54°37’25,87099” longitude Oeste, e sua altitude varia entre as cotas 500 e 675

metros.

O marco zero do município fica no gramado em frente ao Monumento dos

Imigrantes - Carro de Boi, no cruzamento da Av. Fernando Correa da Costa com a Av.

Page 20: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

20

Pres. Ernesto Geisel, próximo ao Parque Florestal Antônio de Albuquerque,

conhecido como Horto Florestal.

Figura 03 – Marco Zero

Fonte: BASE- Aerofotogrametria e Projetos. S.A/PMCG

Tem como municípios limítrofes: Jaraguari, Rochedo, Nova Alvorada do

Sul, Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia e Terenos.

Dois distritos fazem parte do município: Anhanduí e Rochedinho. Conforme

a Lei Complementar n. 94, de 06 de outubro de 2006, que institui o Plano Diretor de

Campo Grande, estes distritos são considerados como Regiões Urbanas para fins de

planejamento.

Figura 04 – Distritos Sanitários do Município de Campo Grande - MS

Fonte: BASE- Aerofotogrametria e Projetos. S.A/PMCG

Page 21: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

21

2.1.1 Rede de Esgoto e Água

Saneamento básico é o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações

operacionais necessárias ao abastecimento de água potável; esgotamento sanitário;

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e drenagem e manejo de águas

pluviais urbana, adotados objetivando propiciar uma condição saudável para os

habitantes de uma comunidade e meio ambiente. Há uma série de estudos que

comprovam a associação de doenças endêmicas com a falta de saneamento básico.

Por sua essencialidade, é um direito assegurado pela Constituição Federal.

É obrigatório que todos os municípios elaborarem seus Planos Municipais

de Saneamento Básico – PMSB. O PMSB é produto de um conjunto de estudos que

possuem o objetivo de conhecer a situação atual do município e planejar as ações e

alternativas para a melhoria das condições dos serviços públicos de saneamento,

garantindo assim a universalização desses serviços.

Segundo dados do Perfil Socioeconômico de Campo grande – 2017, no dia

27 de dezembro de 2013, foi publicado o decreto nº 12.254 que aprova o Plano

Municipal de Saneamento Básico, elaborado pelo Instituto Municipal de Planejamento

Urbano – PLANURB, sendo um importante instrumento de gestão para promover a

organização, o planejamento e o desenvolvimento da área de saneamento básico,

levando em conta as especificidades locais e, consequentemente, contribuir com o

desenvolvimento sustentável e assegurar a correta aplicação dos recursos

financeiros, além de apresentar indicadores de saneamento básico na elaboração e

acompanhamento da sua implantação.

Quanto aos eixos abastecimento de água potável e esgotamento sanitário,

o Município possui dois importantes instrumentos de planejamento, em horizontes de

vinte anos: o Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água (2012-2032) e o

Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (2012-2032), elaborados e revistos pela

concessionária dos serviços públicos de água e esgoto no Município, a Águas

Guariroba S. A.

O sistema de abastecimento de água de Campo Grande atende cerca de

99,9% da população e tem uma produção média mensal de 6,5 milhões m3, para um

consumo medido de 5,3 milhões m3.

Page 22: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

22

Os setores de abastecimento de água são divididos em microssetores,

chamados Setores de Fornecimento, os quais controlam a melhoria na distribuição de

água e as perdas. Existem 104 Setores de Fornecimento. A extensão da rede de

água, em dezembro de 2016 atingiu um total de 3.906 km.

Campo Grande possuía, em dezembro de 2016, 2.111 km de rede de

esgoto. O sistema de esgotamento sanitário com coleta e tratamento disponível para

83,96% da população, em 2017, conta com duas Estações de Tratamento de Esgoto

(ETEs) em operação.

2.2 PERFIL SOCIOECONÔMICO

O perfil socioeconômico permite a área da saúde compilar dados de grande

amplitude que podem ser usados no sentido da proposição de oferta de serviços

ligadas ao princípio da equidade, pois permite um planejamento estratégico que

beneficia a população de forma a atender prioridades. Isto se deve a utilização do

próprio conceito ampliado de saúde, que é interpretado como resultante de condições

de vida.

Neste sentido, em relação à renda per capita, esta é obtida pela soma do

rendimento nominal mensal das pessoas de 10 anos ou mais residentes em

domicílios particulares e coletivos, dividida pelo total de pessoas residentes nesses

domicílios. Baseados neste conceito, Campo Grande apresentou renda per capita de

R$ 867,76 (SISGRAN, 2017).

2.3 PERFIL DEMOGRÁFICO

Durante as últimas décadas o município experimentou um importante

crescimento populacional, tendo em vista que a população foi multiplicada por 5,6

vezes entre 1970 e 2010.

A participação da população do município em relação à do Estado de Mato

Grosso do Sul ainda é elevada, sendo que em 2010 chegou a 32,13%. Ou seja, para

cada 100 habitantes do Estado, cerca de 32 residem em Campo Grande.

No contexto nacional, Campo Grande é o 17º em volume populacional

entre as capitais.

Page 23: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

23

A população residente em Campo Grande, segundo estimativa do Tribunal

de Contas da União 2016, atingiu um total de 863.982 pessoas.

Tabela 03 – População Residente – Estimativas para o TCU População Residente - Estimativas para o TCU

Período: 2010-2016

Campo

Grande

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

787204 796252 805397 832352 843120 853622 863982

Total 787204

796252 805397 832352 843120 853622 863982

Fonte: IBGE - Estimativas de população

2.3.1 Estrutura Etária

Até o início dos anos 80, a estrutura etária da população campo-grandense

ainda mostrava traços bem marcados de uma população predominantemente jovem,

resultado da longa trajetória de altos níveis da fecundidade.

A faixa etária de 0 a 14 anos de idade no total da população declinou de

28,45% em 2000, para 22,63% em 2010, ao passo que o grupo de idosos de 65 anos

e mais, no mesmo período, seguiu uma trajetória ascendente (4,82% em 2000, contra

6,70% em 2010).

A relação entre a população do grupo de 0 a 14 anos e 65 anos e mais de

idade sobre o contingente entre 15 a 64 anos de idade permite calcular a razão de

dependência, a qual expressa o peso dos jovens e dos idosos sobre o segmento que

estaria exercendo alguma atividade produtiva. Assim, para o município de Campo

Grande em 1991, chegou-se a uma relação de 60,01 jovens e idosos para cada grupo

de 100 pessoas em idade potencialmente ativa. Em 2000, esta mesma relação era de

49,85. Já em 2010, a razão é de 41,50 jovens e idosos para cada grupo de 100

pessoas em idade ativa.

A partir destes resultados pode-se constatar o impacto do estreitamento na

base da pirâmide etária, principal fator responsável pela diminuição da razão de

dependência no município de Campo Grande.

De acordo com o Censo Demográfico de 2010, para cada 100 mulheres

havia em Campo Grande 94,05 homens, como resultado um excedente de 24.131

mulheres em relação ao número total de homens. Este resultado dá continuidade à

Page 24: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

24

série histórica do município com relação à predominância da população feminina na

composição por sexo.

Figura 05 – População, por situação do domicílio urbana e rural, em Campo Grande –

2010

Segundo dados da PLANURB, no Censo Demográfico do IBGE 2010 a

população Rural somava 10.555 pessoas, com taxa de urbanização 98,66% para uma

população residente de 786.797, sendo desta 381.333 homens e 405.464 mulheres.

Com relação ao quesito raça/cor o mesmo Censo aponta:

Figura 06 – População, por situação do domicílio e cor ou raça, em Mato Grosso do

Sul e Campo Grande - 2010

Em relação à população geral do Município, 50,58% é branca. Os dados

ainda trazem que, 50,71% da população da zona urbana é branca e na zona rural

53,35% é parda.

2.3.2 Educação

Proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado

determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade

escolar do estado e compõe o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da

Educação no Brasil. O IDMH Educação, foi desenvolvido numa parceria da Instituto

de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento - PNUD e Fundação João Pinheiro – FJP.

O referido índice aponta, em seus últimos dados, que em 2010, no

município de Campo Grande, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola era de

95,14%. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os

Page 25: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

25

anos finais do ensino fundamental era 91,37% e 65,13% de jovens de 15 a 17 anos

com ensino fundamental completo. Já para jovens de 18 a 20 anos com ensino médio

completo a proporção era de 50,55%.

A série histórica aponta que, em 2000, 83,67% da população de 6 a 17

anos do município estava cursando o ensino básico regular com até dois anos de

defasagem idade-série, tendo esse número aumentado para 88,45%, em 2010.

Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 20,60% estavam cursando o ensino

superior em 2010. Em 2000 eram 13,07%.

Também compõe o IDHM Educação o indicador de escolaridade da

população adulta, que se trata do percentual da população de 18 anos ou mais com o

ensino fundamental completo. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função

do peso das gerações mais antigas, de menor escolaridade. Entre 2000 e 2010, esse

percentual passou de 51,42% para 66,69%, no município, e de 39,76% para 54,92%,

na UF.

Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de

idade, 4,91% eram analfabetos, 63,39% tinham o ensino fundamental completo,

47,81% possuíam o ensino médio completo e 17,22%, o superior completo. No Brasil,

esses percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%.

2.3.3 População Eleitoral

O eleitorado Campo-grandense no período 2007 a 2016, cresceu

consideravelmente de 493.403 (2007) passando a ser 608.787 (2016) representando

uma expansão de 123,38%, conforme demonstrado na Figura 07. Destaca-se a 53ª

Zona Eleitoral com maior número de eleitores que abrange a Região Prosa e em

seguida a 36ª na Região Central, conforme dados do TRE/MS – Cadastro Nacional de

Eleitores 2017.

Figura 07 – Perfil Eleitoral em Campo Grande - 2007-2016

Page 26: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

26

2.4 ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE

Figura 08 – Estrutura Básica da Secretaria Municipal de Saúde

Fonte: DIOGRANDE n. 4.782 de 23/01/2017.

A Secretaria Municipal de Saúde – SESAU tem sua competência e estrutura

básica instituída no Decreto nº 13.066, de 19 de janeiro de 2017, publicado no

DIOGRANDE nº 4.782 de 23 de janeiro de 2017.

Nos termos do disposto no art. 21 da Lei nº 5.793, de 03 de janeiro de 2017,

compete à Secretaria Municipal de Saúde - SESAU:

I - a formulação da política de saúde do Município, tendo como base os

indicadores socioeconômicos e culturais da população, e a sua implementação, através

Page 27: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

27

da integração, disseminação e hierarquização dos serviços da saúde, em conformidade

com as normas do Sistema Único de Saúde;

II - a coordenação, a supervisão e a execução de programas, projetos,

atividades e ações vinculadas ao Sistema Único de Saúde, em articulação com a

Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul e com o Ministério da Saúde;

III - a coordenação e a execução das ações de controle sanitário do meio

ambiente e de saneamento básico, em articulação com a Secretaria Municipal de Meio

Ambiente e Gestão Urbana, em especial para emissão de alvará sanitário;

IV - a coordenação, a fiscalização e a execução das ações de vigilância

sanitária e a aplicação do ordenamento normativo de defesa sanitária vegetal e animal no

território do Município;

V - a promoção de medidas preventivas de proteção à saúde, em especial, as

de caráter imunológico e educativo, concernentes ao perfil epidemiológico do Município e

as ações de prevenção da saúde bucal;

VI - a promoção da integração das atividades públicas e privadas, coordenando

a prestação dos serviços de saúde e estabelecendo normas, parâmetros e critérios

necessários ao padrão de qualidade exigido, no nível de competência do Município;

VII - a gestão, a manutenção, a coordenação, o controle e a execução dos

serviços de saúde prestados pela rede pública em ambulatórios, unidades básicas,

unidades de pronto atendimento e laboratórios na execução de ações e procedimento de

proteção e prevenção da saúde da população;

VIII - a distribuição de medicamentos, assegurando a assistência farmacêutica,

em consonância com a política e diretrizes do Sistema Único de Saúde;

IX - a execução dos serviços de saúde vinculados às atividades de vigilância

epidemiológica, vigilância sanitária e saúde do trabalhador, bem como a colaboração na

fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde

humana;

X - a promoção e a coordenação da integração das atividades de prestação de

serviços de saúde no Município e o estabelecimento de normas, parâmetros e critérios

necessários para assegurar graus de eficiência e produtividade nesse setor;

XI - a gestão dos recursos destinados à saúde, para assegurar o cumprimento

das obrigações constitucionais e a aplicação no atendimento integral à saúde, com

prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

Page 28: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

28

XII - a promoção e o incentivo à qualificação e à capacitação dos profissionais

que atuam nos serviços de saúde do Município, inclusive que atuam na rede particular

conveniada ou credenciada.

2.4.1 Atenção Básica

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem como proposta a implantação dos

sistemas de saúde municipais articulados regionalmente, com base municipal, num

processo de negociação permanente e dinâmica entre os níveis de governo Municipal,

Estadual e Federal, visando assegurar melhor atenção à saúde da população.

Segundo a Lei 8.080, parágrafo 2 do artigo 10, “no nível municipal, o Sistema

Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular

recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde”.

Desta forma, o que vem sendo denominado como Sistemas Locais de Saúde

(SILOS) e Distritos Sanitários (DS) são considerados importantes e valiosos

instrumentos e estratégias no campo da organização de serviços para a busca,

construção e implementação de novos modelos de saúde.

Os elementos principais envolvidos na implantação de um distrito sanitário são

a divisão territorial, os problemas ou práticas sanitárias e o processo de trabalho das

unidades pertencentes ao distrito.

Diante desta realidade, está sendo proposta a reorganização territorial dos

Distritos Sanitários para Campo Grande, frente à necessidade de aumentar a agilidade e

a eficácia das ações e informações de saúde do município.

Campo Grande conta com 04 Distritos Sanitários (Norte, Sul, Leste e Oeste) e

há aproximadamente 14 anos apresenta-se com a mesma estrutura, situação que dificulta

a organização e a articulação junto às unidades de saúde vinculadas.

Sendo assim, está sendo proposto o redimensionamento territorial por meio da

criação de mais três Distritos Sanitários, reorganização esta, que terá como objetivo,

coordenar, apoiar, monitorar e avaliar as ações e serviços de saúde em sua base

territorial, em consonância às Redes de Atenção à Saúde, seguindo as diretrizes do SUS

e zelando pela qualidade dos serviços prestados nas suas Unidades de Saúde.

O novo dimensionamento será composto por 07 Distritos, incluindo a mudança

da nomenclatura, conforme as regiões urbanas do município:

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29

1. Distrito Sanitário da Região Prosa

2. Distrito Sanitário da Região Segredo

3. Distrito Sanitário da Região do Anhanduizinho

4. Distrito Sanitário da Região Imbirussu

5. Distrito Sanitário Região do Bandeira

6. Distrito Sanitário da Região da Lagoa

7. Distrito Sanitário da Região Centro

Segundo dados extraídos do SCNES, em agosto de 2017, a atenção básica

do município de Campo Grande conta com 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 42

Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), que juntas sediam 73 equipes de

Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e 101 equipes de Estratégia de

Saúde da Família (ESF).

Embora ambos os modelos sejam formas de prover assistência primária em

saúde à população, existem diferenças importantes de recursos humanos, financiamento

e processo de trabalho que resultam em impacto diferenciado na forma de assistência à

população.

O modelo UBSF prevê que a população de uma região seja coberta por

Estratégia de Saúde da Família, onde uma equipe multiprofissional se vincula e se

responsabiliza por atender às necessidades de saúde da população a qual está adscrita.

Esta equipe é composta por ACS, técnico de enfermagem, enfermeiro, médico generalista

/ médico da família, odontólogo e Auxiliar de Saúde Bucal (ASB), e contam com o suporte

de profissionais lotados na UBSF (gerente, assistentes sociais e administrativos) e nos

Núcleos de Apoio à Estratégia de Saúde da Família – NASF (fisioterapeutas, psicólogos,

terapeutas ocupacionais, nutricionistas e outros).

O modelo de UBS prevê que a população de uma região seja coberta através

de Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde, onde estes ficam responsáveis pela

informação e vinculação com famílias de uma região (micro área) aos serviços de saúde.

No entanto estes serviços estão disponíveis à população geral do município,

seguindo o modelo “portas abertas”, independente da vinculação do usuário com o

território. A UBS conta com gerente, administrativos, técnicos de enfermagem,

odontólogos, auxiliares de saúde bucal, clínicos gerais, pediatras, ginecologistas e

enfermeiros (estes, partilhados com as equipes de EACS), ofertando atendimento clínico,

procedimentos e encaminhamentos.

Page 30: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

30

Embora o modelo de portas abertas das UBSs traga uma primeira impressão

de maior acesso, sua organização de trabalho com agendamento programado limita o

mesmo, disponibilizando apenas consultas a um número restrito de usuários, sem

priorização de casos agudos, de vulnerabilidade ou de maior gravidade.

Da mesma forma, por seu processo de trabalho não prever ações em equipe e

o uso das ferramentas da saúde da família e comunidade, sua promoção em saúde é

limitada, com prejuízo na resolutividade. Por outro lado, a metodologia de trabalho da ESF

conta com ferramentas como o Projeto Terapêutico Singular (PTS), agenda integrada,

apoio matricial, visita/consulta domiciliar e vinculação, garantindo assim a integralidade do

cuidado e consequentemente, maior resolutividade.

Hoje, a política nacional do Ministério da Saúde privilegia a Estratégia de

Saúde da Família como modelo de atenção primária em saúde, garantindo a ela maior

financiamento (conforme portaria nº 2.488), incentivando financeiramente sua qualificação

(através do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica) e, por fim,

considerando apenas a população assistida por ESF como cobertas por atenção básica.

Mesmo que as UBSFs tenham por finalidade maior capacidade de fornecer

acesso, ainda assim sua rotina hoje não proporciona uma porta de entrada ampla e

acolhedora ao usuário como previsto na sua concepção.

Essas fragilidades levam o usuário a procurar as portas de Unidades de Pronto

Atendimento (UPA) e Centros Regionais de Saúde (CRS) para casos de menor

complexidade e ambulatoriais, uma vez que estes serviços garantem o atendimento no

mesmo dia.

Com relação à produção na atenção básica, em 2016 do município realizou,

por meio da ESF, um total de 957.668 atendimentos e 1.955.801 procedimentos, sendo

que as UBS realizaram 1.080.381 atendimentos e 1.851.483 procedimentos, segundo

registro de informações no Sistema Hygia.

O modelo vigente, centrado na urgência e emergência, em outras palavras,

queixa – conduta, além de não proporcionar resolutividade é financeiramente

insustentável, haja vista o grande custo e baixo financiamento.

Portanto, é necessário ampliar o quantitativo de unidades que possuem custeio

partilhado com a União e, ao mesmo tempo, qualificar o atendimento e o acesso de

maneira que seja concretizado o vínculo do usuário com a atenção básica.

Page 31: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

31

Nesse sentido, a dificuldade de acesso aos serviços da atenção básica

com qualidade e em tempo oportuno configura-se como desafio a ser superado.

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) são equipes

multiprofissionais que atuam de forma integrada com as ESF, as equipes de atenção

básica para populações específicas (Consultórios na Rua - eCR, equipes ribeirinhas -

ESFR e fluviais- eSFF) e com o Programa Academia da Saúde.

Os NASF têm como objetivo apoiar a consolidação da Atenção Básica no

Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade e

a abrangência das ações. São regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21 de outubro

de 2011, e complementados pela Portaria nº 3.124, de 28 de dezembro de 2012.

Segundo dados e-GESTOR extraído em 25/09/2017 43,26% da população de

Campo Grande está coberta por Atenção Básica sendo 38,05% por equipe ESF

(competência agosto/2017). Existem 07 (sete) equipes Núcleo de Apoio de Saúde da

Família (NASF) cadastradas no CNES e atuando no território, cada qual apoiando de 5 a

9 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), com uma média de

aproximadamente 7 ESFs apoiadas.

Também integram a rede de atenção básica do município de Campo Grande

equipes de saúde prisional: Estabelecimento Penal Feminino Irmã Zorzi (EPFIZ) com uma

equipe tipo II, equipe de atenção básica na estrutura do Módulo de Saúde do Complexo

Penitenciário - Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), Centro de Triagem Anízio Lima

(CT) e Presídio de Trânsito (PT).

Ambas as equipes estão habilitadas para prestar atendimento com serviços de

atenção básica e saúde mental, seguindo o modelo tradicional de ESF com saúde bucal,

porém com a adição de um profissional de saúde mental (psiquiatra).

A equipe de Consultório na Rua do município se enquadra na modalidade II do

programa ministerial, ou seja, é composta por enfermeiro, técnico de enfermagem,

psicólogo, técnico de saúde bucal, assistente social e supervisor, está vinculada a UBSF

Vila Carvalho. Desde o início do seu funcionamento foram cadastradas 1.282 pessoas em

situação de rua e vulnerabilidade social devido a uso de álcool e outras drogas, havendo

uma oscilação devido à rotatividade do público em questão.

Os pontos mapeados como de interesse para o serviço são Vila Progresso,

Rodoviária Velha, Rodoviária Nova, Praça Santo Antonio, Arredores do mercado

Municipal, Vila Nhanhá, Jockey Club, Praça São Francisco, Centro, Praça Mangal, Jardim

Page 32: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

32

Imperial, Nova Lima, Guanandi, Jardim Leblon, Guaicurus, Praça da Avenida

Bandeirantes, Praças da Vila Carvalho e Terminais de ônibus.

2.4.2 Saúde Bucal

Conforme dados da Coordenadoria da Rede de Assistência Odontológica -

CRAO, (junho de 2017), a saúde bucal possui 99 equipes de Saúde Bucal distribuídas em

41 UBSFs. Também está atuante em 24 Unidades Básicas Tradicionais (UBS); 06

Unidades de Pronto Atendimento; 04 Centros Regionais de Saúde; 05 Policlínicas

Odontológicas; 03 Unidades Móveis Odontológicas; e em 01 Unidade Móvel de

Prevenção.

Com base no SCNES, competência de junho/2017, em relação à atenção

especializada existem 04 Centros de Especialidades Odontológicas – CEO (CEO III -

Distrito Sul, localizado mais ao centro da cidade, CEO II Cidade Morena - Distrito Leste,

CEO II Guanandi - Distrito Sul e CEO II Sílvia Regina - distrito Oeste), a Endodontia

descentralizada é oferecida em Policlínicas e Unidades Básicas, e há 02 Laboratórios de

Prótese Dentária.

Em consonância com a Política Nacional de Saúde Bucal, o município vem

promovendo o incremento da Atenção Primária por meio da ampliação e implantação de

equipes de Saúde Bucal na ESF e organizando as “linhas do cuidado” (da criança, do

adolescente, do adulto, do idoso), com a criação de fluxos que impliquem ações

resolutivas das equipes de saúde, centradas no acolher, informar, atender e encaminhar

(referência e contrarreferência). As áreas não cobertas pela ESF são também objeto de

atenção por meio das Unidades Básica de Saúde.

As Políclínicas Odontológicas, Odontomóvel e a Unidade Móvel de Prevenção,

atuam de maneira significativa para fortalecimento e suporte da Atenção Primária,

priorizando a prevenção e o atendimento precoce de crianças até o fim da idade escolar.

Além desses pontos de atenção, o município oferece tratamento odontológico

no Centro de Doenças Infecto parasitárias e Hospital Dia e atendimento de urgência

odontológica em 06 Unidades de Pronto Atendimento e 04 Centros Regionais de Saúde.

Page 33: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

33

Tabela 04. Série histórica da Cobertura da Equipe de Saúde Bucal na Estratégia de

Saúde da Família (ESF) no município de Campo Grande- MS.

Nível de Atenção Indicador Dez/2007 Dez/2010 Dez/2013 Dez/2016

AB - Atenção Básica

Cobertura da Equipe de Saúde

Bucal na Estratégia de

Saúde da Família

21,60% 29,20% 36,80% 39,50%

Fonte: e-GESTOR (Ministério da Saúde)

Tabela 05. Indicadores de Atenção Básica do município de Campo Grande- MS

comparados aos parâmetros apresentados pelo Manual de Critérios e Parâmetros para o

Planejamento e Programação de Ações e Serviços de Saúde no âmbito do Sistema Único

de Saúde (2015).

Nível de Atenção

Indicador

2013 2014 2015 2016

Parâmetro Proposto

Total Comparativo /Parâmetro Total

Comparativo /Parâmetro Total

Comparativo /Parâmetro Total

Comparativo /Parâmetro

AB - Atenção Básica

Cobertura de 1ª Consulta

Odont.

132.011 15,86% 127.564 15,13% 116.600 13,67% 114.650 13,27% 30% da população

geral

Ações coletivas

preventivo-educativas

582.164 4,4 271.948 2,1 255.816 2,1 147.442 1,2 4 proc/pop coberta

/ano

1ª Consulta odont. Progr. Na pop. Geral do Município

97.145 0,7 126.478 0,9 116.722 1 110.840 0,9 1 proc/pop coberta

/ano

Procedimentos Individuais na pop. Geral do

município

1.095.217 1,3 1.754.460 2 1.638.674 2 1.301.141 2 1,5 a 2,0 proced/hab

/ano

1ª Consulta odont. Prog. na pop. < 10 anos

- - - - 47.248 - 23.725 - *

1ª Consulta odont. Prog. na

pop. de 10 a 19 anos

- - 26.318 - 23.211 - 22.174 - *

1ª Consulta odont. Prog. na

pop. de 20 a 59 anos

- - 60.864 - 56.707 - 57.871 - *

1ª Consulta odont. Prog. na

pop. > 60 anos

- - 8.382 - 7.970 - 7.459 - *

Fonte: SCAM. *Faixa etária não compatível para cálculo de parâmetro proposto segundo Manual de

Critérios e Parâmetros para o planejamento e programação de ações e serviços de saúde no âmbito do

Sistema Único de Saúde (2015).

Page 34: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

34

Tabela 06. Série histórica de Indicadores de acesso aos serviços de Saúde Bucal dos

grupos populacionais de maior vulnerabilidade no município de Campo Grande- MS.

Nível de Atenção Indicador 2013 2014 2015 2016

AB - Atenção Básica

1ª Consulta odont. progr. Diabéticos cadastrados

* 864 1.085 703

1ª Consulta odont. prog. Hipertensos cadastrados

* 5.828 5.596 4.233

1ª Consulta odont. prog. Hipertensos e Diabéticos

cadastrados * 2.260 1.947 1.596

1ª Consulta odont. prog. em gestantes cadastrados

4.383 3.705 3.317 3.930

Fonte: SCAM *Dados não monitorados neste período.

Também em conformidade à Política Nacional de Saúde Bucal, o município

tem investido na ampliação e qualificação da Atenção Especializada, dispondo atualmente

de 04 Centros de Especialidades Odontológicas – CEO e 02 Laboratórios Regionais de

Próteses Dentárias. Além dos atendimentos de média complexidade nas áreas

consideradas obrigatórias para credenciamento e habilitação dos CEOs, determinados

pela Portaria nº 1.570/GM/MS, de 29 de julho de 2004, (Endodontia, Periodontia, Cirurgia,

Estomatologia, Pacientes Especiais), o município conta com especialistas nas áreas de

Radiologia, Odontopediatria e Prótese Dentária.

Dentre as especialidades ofertadas, a Estomatologia e a Prótese Dentária

possuem protocolo de acesso à consulta especializada padronizada pela Secretaria

Municipal de saúde, estão inseridas no Sistema de Regulação Ambulatorial do município

e neste setor, estão sob monitoramento e responsabilidade de um profissional

odontólogo.

Page 35: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

35

Tabela 07. Indicadores de Atenção Especializada do município de Campo Grande- MS

comparados aos parâmetros apresentados pelo Manual de Critérios e Parâmetros para o

Planejamento e Programação de Ações e Serviços de Saúde no âmbito do Sistema Único

de Saúde (2015).

Indicador Fórmula

2013 2014 2015 2016

Parâmetro Proposto

Total Comparativo

/Parâmetro Total

Comparativo

/Parâmetro Total

Comparativo

/Parâmetro Total

Comparativo

/Parâmetro

Ações Especializadas em

Odontologia

Nº de procedimentos especializados

/ hab/ano

19.586 0,02 29.129 0,03 32.839 0,03 31.085 0,03 0,05 a 0,08 proced/hab

/ano

Procedimentos de endodontia

Procedimentos de endodontia

no ano 5.029 - 5.648 - 11.213 - 9.713 - *

Procedimentos de periodontia

Procedimentos de periodontia

no ano 9.332 - 17.128 - 16.743 - 14.810 - *

Procedimentos de cirurgia

Procedimentos de cirurgia oral

no ano 5.225 - 7.203 - 7.906 - 8.095 - *

Atendimentos de PNE

Total de atendimentos odontológicos

na especialidade de Paciente

com Necessidades

Especiais

- - - - 1.775 - 2.613 - *

Confecção de prótese dentária

para pop. usuária

do SUS

Total do número de próteses

confeccionadas

1.334 - 1.534 - 1.560 - 1.495 - *

Fonte: SCAM *Ausência de parâmetro proposto para este indicador.

Uma das principais linhas de ação da Política Nacional de Saúde Bucal é a

reorganização da Atenção Primária em Saúde Bucal, principalmente com a implantação

das Equipes de Saúde Bucal – ESB na Estratégia Saúde da Família.

A Portaria GM/MS nº 1.631, de 01 de outubro de 2015, define como parâmetro,

30% de cobertura de primeira consulta odontológica da população geral, no entanto, a

capacidade instalada atual, atinge 15% da população geral.

Dessa forma, aponta-se a dificuldade de acesso ao atendimento

odontológico na atenção primária em saúde bucal, como um problema a ser

minimizado.

Com a expansão da Atenção Primária, e o consequente aumento da oferta de

diversidade de procedimentos, fazem-se necessários, também, investimentos que

propiciem a continuidade dos tratamentos, garantindo o acesso aos níveis secundário e

Page 36: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

36

terciário de atenção, em especial, com a implantação de Centros de Especialidades

Odontológicas, Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias e a Assistência Hospitalar.

Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) são estabelecimentos de

saúde, no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, classificadas como

Clínica Especializada ou Ambulatório de Especialidade.

Estes estabelecimentos estão preparados para oferecer à população, no

mínimo, os seguintes serviços: diagnóstico bucal, com ênfase na detecção de câncer da

boca, periodontia especializada, cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros,

endodontia e atendimento à pessoa com deficiência.

Busca-se viabilizar estratégias para qualificar os critérios de distribuição de

vagas disponíveis nos CEOs, visto que a capacidade instalada, não possibilita o

atendimento da totalidade dos usuários encaminhados aos CEOs, configurando a

dificuldade de acesso ao atendimento odontológico na atenção especializada,

sobretudo nas especialidades: Endodontia (24.238 encaminhamentos de janeiro a outubro

de 2016), Periodontia (6.721 encaminhamentos de janeiro a outubro de 2016) e Cirurgia

(16.937 encaminhamentos de janeiro a outubro de 2016).

Intenciona-se a implantação de 01 CEO no Distrito Norte, com intuito de reduzir

a demanda reprimida na atenção especializada e garantir o acesso nessa região.

Em relação ao atendimento hospitalar, o Ministério da Saúde publicou a

Portaria Nº 1.032/GM, de 05/05/2010, que inclui procedimento odontológico na Tabela de

Procedimentos, Medicamentos, Órteses e Próteses e Materiais Especiais do SUS

voltados às pessoas com deficiência que necessitem de atendimento em ambiente

hospitalar.

A Portaria GM/MS nº 793, de 24/04/2012, instituiu a Rede de Cuidados à

Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS contemplando ações de saúde bucal nos

estados e municípios.

Com o objetivo de garantir acesso e atendimento odontológico irrestrito às

Pessoas com Deficiência, o artigo 22º, seção III, versa: “ampliar o acesso às urgências e

emergências odontológicas, bem como ao atendimento sob sedação ou anestesia geral,

adequando centros cirúrgicos e equipes para este fim”.

As razões das necessidades especiais são inúmeras e vão desde doenças

Page 37: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

37

hereditárias, defeitos congênitos, até as alterações que ocorrem durante a vida, como

moléstias sistêmicas, alterações comportamentais, envelhecimento, entre outras.

É importante destacar que pacientes com necessidades especiais têm

conceito e classificação amplos, que abrangem situações que requerem atenção

odontológica diferenciada.

A publicação dessas Portarias orienta a implantação do serviço de

atendimento odontológico a pessoa com deficiência no município e a definição de

protocolos de referência e contra referência para esse público, com o intuito de minimizar

as dificuldades de acesso a esses serviços.

Por meio da publicação da Portaria, os hospitais e profissionais que prestam

serviço para a SUS passam a receber repasse financeiro para realizar procedimentos

odontológicos em ambiente hospitalar para Pessoa com Deficiência.

Este serviço está ocorrendo, através de um Termo de Cooperação Mútua com

o Hospital São Julião. Será realizada a implantação de protocolo referência e contra

referência em parceria com o próprio Hospital São Julião para implementação do serviço

já realizado.

De acordo com o relatório de auditoria nº 15.296 do Departamento Nacional

de Auditoria do SUS – DENASUS do Ministério da Saúde foi constatado tempo

excedente do acesso ao atendimento para confecção de prótese dentária.

Verificou-se que há uma demanda reprimida de aproximadamente 5.000

solicitações pendentes no Sistema de Regulação – SISREG (setembro/2016), ou seja,

oferta de prótese dentária insuficiente para demanda.

Uma média mensal de 142 próteses foram confeccionadas em 2015,

totalizando 1.703.

Em 2016, até o mês de outubro foram realizadas 1.354 próteses dentárias

com capacidade instalada aquém do necessário.

Os recursos financeiros para auxiliar na implementação e no funcionamento,

visando ao acesso integral às ações de saúde bucal estão previstos na Portaria n. 1.825,

de 24 de agosto de 2012.

Page 38: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

38

2.4.3 Urgência e Emergência

As unidades de saúde 24 horas estão distribuídas nos 04 Distritos Sanitários:

Norte (UPA Coronel Antonino e CRS Nova Bahia), Sul (CRS Aero Rancho), Leste (UPA

Universitário, UPA Moreninha, CRS Tiradentes e Hospital da Mulher) e Oeste (UPA Vila

Almeida, UPA Santa Mônica, UPA Leblon e CRS Coophavila).

Realizam atendimentos de urgência e emergência das especialidades de

Clínica Médica e Pediatria, com apoio de exames laboratoriais, radiológicos e

eletrocardiográficos. Contam com equipe multiprofissional composta por Médicos,

Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Assistentes Sociais, Farmacêuticos e

Administrativos.

A estrutura física dispõe de sala de emergência, sala de classificação de risco,

sala de observação masculino, feminino e infantil, consultórios médicos, sala de inalação,

sala de vacina, sala de administração de medicamentos/hidratação. Todas as unidades

dispõem também de equipamentos, conforme legislação.

No período de 2013 a 2016, foram atendidos 4.975.757 pacientes. Segundo o

Protocolo de Classificação de Risco, os pacientes foram classificados como: 4%

prioridade emergente (vermelha); 6% urgente (amarela), 52% pouco urgente (verde) e

38% não urgente (azul), como demonstram os gráficos a seguir:

Gráfico 01 – Total de Atendimentos no Período de 2013 a 2016.

Fonte: Relatório Gerencial – Sistema HYGIA e Intranet

Page 39: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

39

Gráfico 02- Classificação de Risco 2013/2016

Fonte: Relatório Gerencial – Sistema HYGIA e Intranet

Conforme os gráficos há elevada proporção de atendimento ambulatorial

nas unidades 24 horas.

A implantação Programa de Qualificação na Atenção à Saúde do SUS -

QualiSUS iniciou em 2005. É um programa de qualificação na atenção à saúde do SUS,

composto de um conjunto de estratégias que visam provocar mudanças na forma de

acolhimento aos usuários para proporcionar um atendimento de acordo com o grau de

risco, atenção mais efetiva pelos profissionais de saúde. Em consequência, o

QualiSUS contribui para salvar um maior número de vidas, com a redução dos danos à

saúde.

Atualmente as unidades funcionam em conformidade com a Política Nacional

de Atenção às Urgências, em especial a Portaria Ministerial nº 2.048/2002 e Portaria

Ministerial 1600/2011 realizando Acolhimento e Triagem Classificatória de Risco.

Conforme Resolução SESAU nº 87, de 03 de agosto de 2009 foi implantado o

protocolo de Classificação de Risco nos Centros Regionais. A Classificação de Risco é

realizada pelo Enfermeiro, mediante treinamento específico com o objetivo de avaliar o

grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os por ordem de prioridade de

gravidade para o atendimento.

Protocolo de Classificação de Risco:

Vermelho – Atendimento Imediato;

Amarelo - Atendimento com prioridade sobre os pacientes classificados

como verde e azul;

Page 40: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

40

Verde – Sem risco de morte imediata (será atendido após os pacientes

classificados como vermelho e amarelo);

Azul – quadro crônico, sem sofrimento agudo ou caso social (situação que

possibilitam encaminhamento à Unidade Básica de Saúde – UBS). Poderá ser atendido

após os pacientes classificados como vermelho, amarelo e verde.

Tabela 08 – Região de abrangência das UPAs.

Fonte: CUR/SESAU

Tabela 09 – Encaminhamentos para serviços hospitalares após atendimentos Unidades

24 horas

Fonte: Relatório Gerencial - Sistema HYGIA e Intranet

Quando comparados o número de atendimentos médicos 3.678.040 e o

número de encaminhamentos 73.848 dos 24 horas para os hospitais, percebe-se que

apenas 2% são encaminhados, o que demonstra uma boa resolutividade nestes

atendimentos. Desta forma, os hospitais recebem casos já avaliados que realmente

exigem maior grau de complexidade, não sobrecarregando os prontos socorros.

Com base no Decreto n° 7508, de 28 de junho de 2011, a Região de Saúde, é

conceituada “espaço geográfico contínuo, constituído por agrupamentos de municípios

UNIDADE PORTE REGIÃO DISTRITO POP.

ADSCRITA N. DE

BAIRROS REGIÂO DE REF

POP. REGIÃO

REF

TOTAL POP.

UPA Coronel

Antonino III Segredo Norte 159.783 15 05 40.764 200.547

UPA Universitário

II Bandeira Leste 100.562 11 - - 100.562

UPA Vila Almeida

II Imbirussu Oeste 100.931 09 - - 100.931

UPA Moreninha III Bandeira Leste 163.839 25 01 39.085 202.924

UPA Leblon III Lagoa Oeste 202.904 07 - - 202.904

UPA Santa Mônica

II Imbirussu Oeste 69.537 07 03 36.156 105.693

TOTAL - - - 797.556 74 09 116.005 913.561

AÇÃO UNIDADE DE

MEDIDA

MEIO DE

VERIFICAÇÃO META 2014 2015 2016

Encaminhar os pacientes para

os serviços hospitalares pós

consulta nas unidades 24 horas

Paciente Relatório Demanda 26.150 18.649 29.049

Page 41: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

41

limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicos e sociais e de redes de

comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar

a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde”.

Assim, o desenho populacional empregado no município, estrutura a rede de

serviços de urgência e emergência, que contemple o Plano de Ação Regional da Rede

de Atenção às Urgências das Macrorregiões de Campo Grande e Corumbá (Diário

Oficial nº 8256/2012), na lógica de fortalecer as regiões de saúde, dentro das

especificidades do referido decreto, como este posto a seguir:

Foi pactuada, desta forma, na reunião da CIB em outubro de 2013, a inserção

de referência para os municípios da região norte, sul e oeste aos limites do Município de

Campo Grande – MS (Ofício nº 092/CIB/SES/MS). Onde, a população de Campo Grande,

no Diário Oficial 8.403, aprova as decisões da Comissão Intergestores Bipartite Estadual,

do qual indica à população de Campo Grande de referência em 805.397 habitantes,

acrescido a esta agrega-se a população da região de saúde composta por 09 municípios,

com 116.005 habitantes.

Figura 09 – População e Macrorregião de Campo Grande – CIB 2013.

Fonte: DIOGRANDE nº 8.403

Page 42: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

42

O SAMU Campo Grande faz parte do Plano de Ação Regional da Rede de

Atenção a Urgência e Emergência da Região de Campo Grande conforme Resolução n.

049/SES/MS publicada no D.O.E n.º 8.718 de 18/07/2014 – pág.:05.

A Rede de Urgência e Emergência do Município – RUE abrange:

Promoção, prevenção e vigilância à saúde;

Atenção Básica em saúde;

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU/192 e sua Central de

Regulação das Urgências;

Força Nacional de Saúde do SUS;

Unidades de Pronto-Atendimento – UPA 24 horas e o conjunto de serviços

de urgência 24h: CRS e CAPS;

Hospitalar: estes incluem Hospital Beneficente de Campo Grande – Santa

Casa, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, Hospital Universitário

Maria Aparecida Pedrossian e Maternidade Cândido Mariano.;

Atenção Domiciliar: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD);

Centro de Trauma;

SOS Emergência.

As UPAs e CRSs são unidades de urgência e emergência para acolhimento de

quadros agudos, com capacidade para ao atendimento de diversas situações clínicas,

traumáticas, obstétricas, pediátricas, cirúrgicas e psiquiátricas.

A capacidade instalada de cada unidade hospitalar é critério para definição das

pactuações. O paciente é referenciado para a unidade que possui capacidade para dar a

resolução do caso em nível terciário. Embora existam as pactuações para a garantia da

continuidade da assistência à saúde, o acesso às unidades hospitalares é prejudicado

pela sobrecarga das portas de entrada hospitalares de urgência, principalmente para os

pacientes com doenças crônicas agudizadas e idosos.

No ano de 2012 o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) Campo Grande foi

Regionalizado a fim de ampliar o acesso ao atendimento pré-hospitalar móvel com a

proposta de incorporação de novos Municípios à Central de Regulação das Urgências

passando a ser designado como SAMU Regional Campo Grande.

São 10 unidades móveis de suporte básico, 03 unidades de suporte avançado

e a Central de Regulação das Urgências do Município de Campo Grande, além de mais

Page 43: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

43

03 unidades de suporte básico dos municípios de Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia e

Terenos, que integram o SAMU Regional Campo Grande/MS. A partir de 2014 foram

inseridos mais dois municípios, Camapuã e São Gabriel do Oeste, cada um com 01

unidade de suporte básico de vida.

Em Campo Grande existem 09 bases das viaturas de suporte básico, situadas

nas seguintes Unidades: UPA Coronel Antonino, Vila Almeida, Leblon, Universitário,

Moreninha e CRS Nova Bahia, Coophavila, Tiradentes e Aero Rancho. No Distrito de

Anhanduí há 01 viatura, visto que neste Distrito não existe unidade de saúde 24h.

As viaturas de suporte avançado de vida ficam baseadas na UPA Coronel

Antonino, sede da SESAU e Vila Pioneiras, estrategicamente distribuídas para cobrir

áreas norte, central e sul respectivamente, no intuito de diminuir o tempo resposta para os

atendimentos.

Visto que o “Tempo de resposta” acima do recomendado, além de gerar

insatisfação do usuário com o atendimento pré-hospitalar móvel, pode elevar o risco de

agravamento das lesões e óbito.

A Central de Regulação de Urgência (CRU) atende em média 1.380 ligações

diárias, apresentadas na Tabela 09 com a média anual de 497.020 ocorrências no último

quadriênio 2013-2016. As ocorrências são distribuídas em solicitação de informações,

orientações médicas para os usuários, regulação de unidades móveis em ocorrências

primárias, e ocorrências secundárias, geradas a partir de um solicitante médico para

transferência de pacientes da rede de urgência (UPA e outras unidades 24 horas) para

unidades hospitalares pactuadas e regulação médica das unidades de resgate do Corpo

de Bombeiros Militares.

A tabela 10 apresenta o quantitativo total (número absoluto) de ocorrências

geradas a partir do tronco 192.

Page 44: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

44

Tabela 10 – Distribuição absoluta das ocorrências no tronco-192: ocorrências reguladas,

deslocamento de viatura, orientações médicas no período de 2012 a 2016 - Campo

Grande, MS.

2013 2014 2015 2016 Média

Números de Ocorrências 535.439 482.961 485.422 484.260 497.020

Números de Ocorrências Reguladas (tronco192)

125.390 118.417 104.359 103.544 112.927

Total de Regulações 136.497 131.094 115.032 114.879 124.375

Número de ocorrências reguladas CIOPS

11.107 12.677 10.673 10.922 11.344

Deslocamento Viatura Suporte Avançado 6.323 6.403 5.862 6.199 6.196

Deslocamento Viatura Suporte Básico 38.337 33.383 32.495 29.059 33.318

Deslocamento por Meios Próprios 54.074 52.523 38.325 62.855 51.944

Orientações Médicas 26.880 25.690 27.141 27.933 26.911

Fonte: Sistema e-SUS - SAMU

Gráfico 03 – Distribuição das ocorrências segundo o tipo de equipe/viatura empenhada

no atendimento, no período de 2013 a 2016, SAMU Regional Campo Grande, 2017.

Fonte: Sistema e-SUS - SAMU

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

20132014

20152016

63236403

58626199

38337

3338332495

29059

USA

USB

Page 45: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

45

O tempo resposta de cada ocorrência é calculado a partir do período que

compreende o horário da entrada da chamada no tronco 192 até o horário em que a

equipe chega ao local da ocorrência. Referências internacionais apontam 8 minutos como

tempo-resposta ideal, já fontes ligadas ao Ministério da Saúde, que fornecem

treinamentos específicos ao SAMU, indicam 10 minutos como sendo aceitável.

O sistema de regulação não permite a extração deste indicador a partir da sua

fonte de origem, portanto é necessária a digitação das ocorrências em planilha do Office

Excel e posterior cálculo das variáveis. Para tanto, na análise do indicador tempo

resposta, foram selecionadas as ocorrências primárias, em prioridade máxima de

atendimento, de duas viaturas de Suporte Avançado de Vida, as quais denominamos USA

01 e USA 02. O período de análise ocorreu entre os meses de agosto de 2015 a janeiro

de 2016. A média dos tempos mínimos foi de 3,5 minutos; o tempo médio do semestre foi

de 16 minutos e o tempo máximo de deslocamento foi de 1 hora.

Atendimentos em áreas rurais, rodovias federais e estaduais justificam os

tempos-resposta máximos, já que todas as viaturas de suporte avançado possuem bases

no perímetro urbano, e não há possibilidade, pelas limitações do software na aplicação de

filtros.

Os atendimentos secundários (transferências) muitas vezes comprometem o

tempo-resposta dos atendimentos primários (vias públicas, residências, ambiente de

trabalho) agravado pela situação de superlotação das portas de entrada hospitalares que

ainda geram situações de retenção de maca da ambulância, ficando a unidade móvel sem

possibilidade de atendimento por tempo indeterminado.

Em análise recente sobre tempo de espera de pacientes, através de planilha de

controle realizada pelo enfermeiro supervisor do rádio, observou-se que em 129 dias (de

junho a outubro de 2016) 3.004 pacientes entraram nesta lista de espera de transferência.

A maior demanda desta lista de espera está relacionada à especialidade clínica (adulto),

sendo que, após 48 horas era a única especialidade a aguardar transferência (Gráfico

02). O elevado número de óbitos, de pacientes aguardando desperta a atenção por sua

prevalência elevada (Gráfico 03).

Page 46: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

46

Gráfico 04 - Número de pacientes que entraram na lista de espera por especialidade de

junho a outubro de 2016 em Campo Grande.

Fonte: Sistema e-SUS – SAMU

Gráfico 05 - Número de pacientes da lista de espera por desfecho dos atendimentos e

comparado ao tempo de espera de junho a outubro de 2016 em Campo Grande.

Fonte: Sistema e-SUS – SAMU

São 13 as Unidades Móveis do SAMU (03 Unidades de Suporte Avançado -

USA e 10 Unidades de Suporte Básico- USB) no Sistema de Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Saúde (CNES) e estão distribuídas em diferentes locais, como

estratégia para corroborar com a redução do tempo para chegada do socorro solicitado.

CIRURGICO CLÍNICO GO PEDIÁTRIA TRAUMA

< 24H 106 1426 43 203 119

> 24H 7 448 2 9 2

2 DIAS 0 212 0 0 0

3 DIAS 0 135 0 0 0

4 DIAS 0 82 0 0 0

5 DIAS 0 210 0 0 0

0200400600800

1000120014001600

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

< 24H

> 24H

2 DIAS

3 DIAS

4 DIAS

5 DIAS

TOTAL

< 24H > 24H 2 DIAS 3 DIAS 4 DIAS 5 DIAS TOTAL

OBITO 77 7 15 5 3 10 117

ALTA 257 125 56 41 30 58 567

EVASÃO 82 45 21 9 0 13 170

MEIOS PROPRIOS 266 77 37 18 14 25 437

TRANSPORTE 1214 215 83 62 35 104 1713

Page 47: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

47

Este quantitativo é adequado para a densidade populacional do município.

Além destas viaturas, há 05 unidades móveis reserva a serem utilizadas quando aquelas

cadastradas no CNES estiverem indisponíveis para uso.

2.4.4 Atenção Especializada

As unidades especializadas em rede própria são compostas por:

01 Centro Especializado Municipal - CEM - localizado no bairro São

Francisco;

01 Centro Ortopédico - CENORT - localizado no bairro São Francisco;

01 Centro de Atendimento à Mulher - CEAM - localizado no bairro São

Francisco;

01 Centro de Especialidades Infantil - CEI - localizado no bairro Guanandi;

01 Centro de Referência a Saúde do Homem - CRSH - localizado no bairro

Coronel Antonino;

01 Centro de Doenças Infecto-Parasitárias – CEDIP/SAE/HD - localizado no

bairro Nova Bahia;

01 Unidade Especializada de Reabilitação e Diagnóstico - UERD - localizado

na Vila Almeida.

Dentre as especialidades com maior demanda reprimida em consultas cita-

se: Neurologia, Neurocirurgia, Psiquiatria, Endocrinologia, Cardiologia, Cirurgia

Geral, Reumatologia e Ortopedia (joelho).

De acordo com critérios e parâmetros SUS/2015 para a consulta de neurologia

(neurologia/neurocirurgia), é necessário ofertar 6.500 consultas/ano já para a consulta em

endocrinologia é necessário ofertar 2.500 consultas/ano, Cardiologia 6.000 consultas/ano

e para Reumatologia são necessárias 2000 consultas/ano todos a cada 100.000

habitantes.

Conforme consulta no Sistema de Regulação - SISREG, quanto à

especialidade de Neurologia adulta, até a 1ª quinzena de abril de 2017, constam 8.391

solicitações aguardando disponibilidade de vaga.

Na especialidade em neurocirurgia existem 4.145 solicitações aguardando

vaga. Para a especialidade de Endocrinologia constam 3010 pacientes aguardando,

Page 48: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

48

sendo disponibilizadas apenas 695 consultas/mês. Na Cardiologia adulta são 4442

pacientes na fila de espera e são disponibilizadas 1197 vagas/mês.

Consulta em Cirurgia Geral são 3669 pacientes que aguardam uma consulta.

A especialidade de Reumatologia são 2186 pacientes esperando vagas e são

disponibilizadas apenas 531 vagas. Para consulta em Ortopedia (joelho) são 2570

pacientes aguardando vaga, sendo 293 vagas apenas.

Dentre os exames diagnósticos, que se encontram com demanda reprimida,

podemos elencar prioritariamente o exame de colonoscopia, Tomografia

computadorizada, USG de abdome total (2374), seguido de USG de ombro (2121) e USG

de tireoide (1176).

Conforme dados extraídos do Sistema de Informação Ambulatorial – SIA, em

2015 foram realizados 1.693 exames de colonoscopia e em 2016, 1768 exames. Segundo

o parâmetro para o planejamento e programação dos serviços de saúde no âmbito do

SUS, estima-se para a população de Campo Grande em 2016 (863.982 habitantes), a

necessidade de oferta em média de 3.023 exames/ano. Quanto à demanda reprimida, de

acordo com o setor responsável pelas autorizações, existiam 1.919 pacientes aguardando

as autorizações do exame de colonoscopia até o dia 10 de abril de 2017.

O aumento populacional em detrimento do não incremento financeiro pelo

Ministério da Saúde no teto do município, acrescido dos valores da Tabela SUS estarem

defasados dos valores praticados no mercado, gerando a necessidade de aquisição

destes procedimentos com suplementação financeira da fonte do município tem

impossibilitado a ampliação efetiva dos procedimentos de média complexidade.

Em relação à Tomografia computadorizada Consta uma demanda reprimida de

3.946 exames em 11/04/2017, de acordo com os registros do Sistema de Regulação –

SISREG.

Conforme dados da Gerência de Regulação Ambulatorial em 17/04/2017,

foram ofertados no SISREG, uma média de 200 exames/mês de tomografia

computadorizada aos usuários no mês de março de 2017.

Page 49: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

49

2.4.5 Saúde Mental

A rede de saúde mental do município está estruturada com os seguintes

serviços, conforme pactuação na PAR (Plano de Ação Regional) 2014:

01 Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III, atende todo o

município, 12 leitos de acolhimento;

01 Unidade de Acolhimento Adulto, 15 leitos de acolhimento;

01 Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil III, atende todo o

município, 08 leitos de acolhimento;

01 Centro de Atenção Psicossocial III Margarida, atende os distritos norte e

leste, 10 leitos de acolhimento;

01 Centro de Atenção Psicossocial III Vila Almeida, atende o distrito oeste,

08 leitos de acolhimento;

01 Centro de Atenção Psicossocial III Aero Rancho, atende os bairros: Aero

Rancho, Jardim Aimoré, Centenário, Colorado, Dom Antônio Barbosa, Guanandi II, Jardim

das Hortências, Iraci Coelho, Lageado, Vila Nogueira, Parati e Parque do Sol, com 04

leitos de acolhimento;

01 Centro de Atenção Psicossocial II Afrodite Doris Contis, atende o distrito

sul;

01 Residência Terapêutica tipo II com 10 moradores;

01 Urgência/emergência psiquiátrica , atende todo o município com 10 leitos;

01 Núcleo de Psiquiatria e Saúde Mental/CEM, atendimento ambulatorial

agendado através do sisreg (psiquiatria e psicologia).

No novo modelo de atenção em Saúde Mental Portaria nº 3.088/GM/2011, os

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) são um ponto de atenção do componente da

Atenção Especializada da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, destinado a

proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com transtornos mentais severos e

persistentes.

A portaria nº 336/GM valoriza a ênfase em atividades de âmbito

multiprofissional associadas à perspectiva de reinserção de pessoas com sofrimento

mental.

Page 50: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

50

Em relação à consulta em Psiquiatria adulto, a demanda reprimida é de

5.273 solicitações no SISREG com tempo de espera de aproximadamente 2 anos e 6

meses.

De acordo com parâmetros SUS para a consulta de psiquiatria, são

necessários o quantitativo de 5.8 médicos psiquiatras a cada 100.000 habitantes,

totalizando a necessidade de uma média de 46 médicos.

Vale salientar, que essa oferta de vaga está sendo disponibilizada na rede

através dos CAPS e em ambulatórios regulados pelo SISREG.

Há necessidade do fortalecimento das ações de saúde mental na atenção

básica a fim de que casos leves e moderados possam ser conduzidos pelo médico

generalista e pela equipe da atenção primária, melhorando e qualificando o

encaminhamento ao especialista.

O desenvolvimento de estratégias de apoio matricial às equipes e

descentralização das ações ambulatoriais no núcleo de psiquiatria são imprescindíveis.

Nesse sentido, tem-se realizado bimestralmente o Seminário de Saúde Mental

na Atenção Básica e semanalmente realizado atividades de matriciamento.

A fim de reordenar essa demanda, há de se discutir e atualizar a Programação

Pactuada e Integrada – PPI ambulatorial, discutir os protocolos de acesso e fluxos

assistenciais, criando alternativas, como por exemplo, a organização de oferta

especializada em Psiquiatria descentralizando-a na Atenção Básica, o que prevê a

Política de Saúde Mental e da Educação Permanente, com a implantação de apoio

matricial.

2.4.6 Assistência Farmacêutica

A Assistência Farmacêutica (AF) engloba um conjunto de ações voltadas à

promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o

medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional.

Desta maneira é papel do farmacêutico apoiar as ações de saúde

demandadas por uma comunidade. Entre tantos aspectos para assegurar o uso racional

dos medicamentos dentro da equipe multidisciplinar de saúde, a qualidade, segurança e

eficácia terapêutica, acompanhamento e avaliação da utilização de medicamentos,

Page 51: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

51

obtenção e difusão dos medicamentos para os profissionais de saúde, o paciente e a

comunidade são essenciais.

A Rede Municipal de Saúde conta com 118 farmacêuticos distribuídos na

seguinte forma:

7 farmacêuticos lotados nos CAPs;

2 farmacêuticos lotados no CEDIP;

1 farmacêutico lotado no CEI;

6 farmacêuticos lotados no CEM;

15 farmacêuticos cobridores de férias;

8 farmacêuticos lotados nos CRSs;

1 farmacêutico lotado no distrito;

1 farmacêutico do estado na AGEPEN;

1 farmacêutico lotado no Hospital da Mulher;

3 farmacêuticos lotados nos NASF;

14 farmacêuticos lotados nas diversas superintendências da SESAU;

25 farmacêuticos lotados nas UBS;

21 farmacêuticos lotados nas UBSF;

13 farmacêuticos lotados nas UPAs;

No âmbito do SUS, os medicamentos disponíveis para o tratamento de

doenças ou de agravos são aqueles padronizados na Relação Nacional de Medicamentos

Essenciais (RENAME). As responsabilidades das instâncias gestoras do SUS (Federal,

Estadual e Municipal), em relação aos medicamentos, estão definidas em 3

Componentes: Básico, Estratégico e Especializado.

O acesso aos medicamentos do Componente Básico da Assistência

Farmacêutica (CBAF) e insumos utilizados no âmbito da atenção básica em saúde se dá

através das unidades básicas de saúde do município onde reside o paciente.

Já os medicamentos do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF)

compreendem medicamentos para o tratamento de doenças que configuram problemas

de saúde pública. Estão incluídos em programas estratégicos do ministério da saúde, que

seguem protocolos e normas específicas.

Tem-se como estratégia para a garantia do acesso a medicamentos no SUS os

medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) com

Page 52: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

52

objetivo majoritário de garantir a integralidade do tratamento medicamentoso em todas as

fases evolutivas das doenças contempladas, em nível ambulatorial.

2.4.7 Vigilância em Saúde

A Vigilância em Saúde é responsável por todas as ações de vigilância,

prevenção e controle de agravos, prioritariamente com ações de promoção à saúde, com

o monitoramento epidemiológico das doenças e Agravos transmissíveis e não

transmissíveis, de atividades sanitárias programáticas, de vigilância em saúde ambiental,

com atividades que vão desde a inspeção e fiscalização de produtos e serviços de

interesse da saúde até programas de educação em bens e produtos submetidos ao

controle e fiscalização sanitária.

Cabe também ações relacionadas a saúde do trabalhador, elaboração e

análise de perfis demográficos epidemiológicos, além de proposição de medidas de

controle de endemias vetoriais e combate a zoonoses.

No que diz respeito à Vigilância Epidemiológica, abrange ações de Controle de

Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde; Prevenção a Violência e Acidentes de

Trânsito e Domésticos; Resposta Rápida; Imunização; Prevenção e Controle das

Infecções Sexualmente Transmissíveis do HIV/Aids e Hepatites Virais e Verificação de

Óbitos, além de estatísticas vitais.

Acompanha, fiscaliza e soluciona a crescente demanda infra-estrutural e

predial das unidades da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), diante dos serviços

oferecidos aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS e, também, junto aos

estabelecimentos privados assistenciais de saúde, conforme preconizações das Lei

Federais, Estaduais e Municipais e as Resoluções das Diretorias Colegiadas – RDCs 50,

51 e demais resoluções pertinentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária –

ANVISA.

Contempla as atividades de órgão julgador responsável pela emissão da

decisão em primeira instância decorrente das autuações da fiscalização sanitária,

emissão de pareceres em processos de consultas e na tutela dos produtos, equipamentos

e objetos de interesse à saúde apreendidos em fiscalização.

Em relação à saúde do trabalhador, o Centro de Referência em Saúde do

Trabalhador (CEREST) Regional de Campo Grande/MS tem por função oferecer subsídio

Page 53: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

53

técnico à gestão municipal de saúde nas ações de promoção, prevenção, vigilância,

diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, com

prioridade para as populações do campo e da floresta com base na Política Nacional de

Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT), compete coordenar, articular e apoiar

a execução da política de saúde do trabalhador e propor diretrizes para o planejamento e

execução das ações na microrregião de saúde de Campo Grande/MS.

No entanto, há baixa efetivação das ações relacionadas à Política Nacional

de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) na

Microrregião de Campo Grande.

O desconhecimento da integralidade da PNSTT por parte dos gestores

municipais, trabalhadores em saúde e controle social é a principal causa dessa falta de

efetivação das ações da Política.

Tendo como efeitos diretos o não reconhecimento do trabalho como fator

determinante e condicionante do processo saúde-doença; o não reconhecimento e

diagnóstico do adoecimento relacionado ao trabalho pelo usuário trabalhador e também

pelos serviços de saúde; a baixa e/ou ausências nas notificações de doenças e agravos

em saúde do trabalhador; a diminuição da qualidade no atendimento ao usuário

trabalhador; a fragilidade na execução de ações que contemplem a PNSTT; a

insuficiência das ações de vigilância nos ambientes e processos de trabalho; a não

realização de ações com foco na saúde do trabalhador na Rede de Atenção à Saúde.

Por ser Regional, sua área de abrangência corresponde aos 17 municípios da

microrregião de saúde de Campo Grande.

Page 54: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

54

Figura 10 – Microrregião de Saúde de Campo Grande/MS.

Fonte: CEREST – Regional Campo Grande – 2013.

2.4.8 Relações Institucionais de Saúde

Em cumprimento a Política Nacional de Regulação, Controle e Avaliação,

Processamento de Informações em Saúde e Auditoria, o trabalho desenvolvido

institucionalmente tem contribuído com o fortalecimento da regionalização, hierarquização

e integração das ações e serviços de saúde, buscando a garantia do acesso igualitário

aos serviços em nível ambulatorial e hospitalar, de apoio diagnóstico e terapêutico do

Sistema Único de Saúde.

E considerando a Portaria nº 3.188 de 18 de Dezembro de 2009 que habilita

Estados e Municípios para a implantação e implementação de Complexos Reguladores e

informatização das Unidades de Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.

De acordo com o Decreto nº 14.624, de 13 de Dezembro de 2016, que instituiu

no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul o Programa de Implementação do Complexo

Regulador Estadual 2016-2020, foi celebrado o Termo de Cooperação Mútua nº 002, de

31 de março de 2017, o qual foi firmado entre a Secretaria Estadual de Saúde e

Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, e que reafirma o compromisso

Bandeirantes

Campo Grande

Corguinho

Camapuã

Chapadão do Sul

Costa Rica

Figueirão

Jaraguari

Maracaju Nova Alvorada do Sul

Paraíso das Águas

Ribas do Rio Pardo

Rio Negro

Rochedo

São Gabriel do Oeste

Sidrolândia

Terenos

Page 55: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

55

solidário e cooperativo e se comprometem a manter a pactuação de atuação em cogestão

na operacionalização das ações de regulação do acesso.

Desta forma estão estruturadas e em funcionamento no prédio do Complexo

Regulador Estadual, a Superintendência de Relações Institucionais de Saúde e suas

respecticas Gerencias e Serviços, assim como a Central de Regulação Estadual.

2.4.8.1 Rede Complementar

A Rede Municipal de Saúde de Campo Grande está composta atualmente

pelos seguintes prestadores de serviços da rede complementar:

11 Clínicas/Centros de Especialidades – Anacorpus, Clinica Movimento,

Pestalozzi, Orionópolis, CER-APAE, Funcraf, ISMAC, Pró-Renal, MEDRIM, SIN Terapia

Renal, Fundação Pio XII.

03 Hospitais Especializados – Associação de Amparo à Maternidade e à

Infância, Hospital do Câncer e Hospital Nosso Lar;

04 Hospitais Gerais – Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Hospital

Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Santa Casa e São Julião;

02 Policlínicas – Universidade Católica Dom Bosco – UCDB e Clínica São

Lucas – Urológica.

12 Unidades de Apoio Diagnose e Terapia (SADT Isolado) – Laboratório

APC, Histolab, LAC, Screenlab, Laboratório Diagnose Cunha, Multilab, Biomolecular,

IPED/APAE, Centro Radiológico por Imagem, UNIC, Sonimed Nuclear e ACBR;

03 Unidades Móveis Terrrestres: Unidade de Resgate Corpo de Bombeiros

(CIOPS), Unidade Móvel Fundação Pio XII – Campo Grande e Oficina Terrestre

Itinerante.

Conforme previsão da Portaria nº 1.034/2010, a complementação dos serviços

observa os princípios e as diretrizes do SUS, em especial, a regionalização, a pactuação,

a programação, os parâmetros de cobertura assistencial e a universalidade do acesso.

Ainda em atendimento ao preconizado pela normativa, o município dá

preferência às instituições filantrópicas e sem fins lucrativos.

Page 56: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

56

A capacidade instalada de cada estabelecimento da Rede Complementar é

averiguada por meio das informações do CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos

de Saúde, por força da Portaria nº 1.646/2015.

Considerando que o município de Campo Grande dispõe de uma rede de

atenção à saúde estruturada em todos os níveis de atenção e nesse sentido estão aqui

concentrados a maioria dos serviços de média e alta complexidade, o que contribui para a

superlotação dos mesmos, em especial urgência e emergência.

O município tem sofrido com a insuficiência de leitos de UTI rotineiramente,

visto o quantitativo de pacientes advindos de outros municípios da região, para os quais

Campo Grande é referência, destacando-se as especialidades de Neurologia, Ortopedia,

Infectologia, Cirurgia Cardíaca.

Há necessidade dos municípios do Estado de Mato Grosso do Sul organizarem

e pactuarem o acesso a ações e serviços de atenção à saúde a partir das necessidades

da atenção básica e sua integração e articulação aos demais níveis do sistema.

Em março de 2017, contava-se com 116 leitos de Unidade de Terapia Intensiva

(UTI) adulto habilitados pelo SUS, nos seguintes hospitais: Santa Casa, Hospital

Regional, Hospital Universitário, Hospital do Câncer.

No Plano de Ação Regional - PAR da Rede de Atenção às Urgências e

Emergências – RUE do Estado consta a previsão de mais 53 leitos de UTI adulto para

habilitação. O PAR da RUE é uma estratégia, pactuada na Comissão Intergestores

Regional – CIR e homologada na Comissão Intergestores Bipartite – CIB, cujo objetivo é

organizar a Rede de Urgências e Emergências, na abrangência da Região de Campo

Grande, com vistas à articulação e integração de todos os equipamentos de saúde,

ampliando e qualificando o acesso humanizado e integral aos usuários de forma ágil e

oportuna.

A partir de 1 de julho de 2016, o município iniciou a regulação de acesso aos

leitos de urgência para a sua população referenciada.

Conforme planilha de controle de solicitações de vaga em hospital, elaborada

pela Gerência de Regulação Hospitalar, o quantitativo de vagas zero oriundas dos

municípios do interior somaram em 2017, no mês de janeiro 352; 341 em fevereiro e em

março, 374, as quais corroboram com a necessidade de incremento de leitos de UTI.

Page 57: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

57

Consta nos censos de leitos dos hospitais credenciados ao SUS, enviados à

Gerência de Regulação Hospitalar, a insuficiência de leitos hospitalares, bem como

superlotação nos CRS e UPA aguardando disponibilização de vaga hospitalar.

Um fator discutível é a desatualização da Programação Pactuada e Integrada –

PPI hospitalar, o qual não é atualizada desde 2008, sendo a PPI um processo no qual são

definidas e quantificadas as ações de saúde para população residente em cada território,

bem como efetuados os pactos intergestores, com o objetivo de estabelecer e definir, a

partir de critérios e parâmetros pactuados, os limites financeiros destinados à assistência

da população residente e das referências de outros municípios.

Os hospitais que realizam as cirurgias eletivas são: Santa Casa, Hospital

Regional, HU, Maternidade Cândido Mariano e Hospital São Julião e Hospital do Câncer.

A insuficiência de oferta de cirurgias eletivas nas diversas especialidades,

principalmente em Ortopedia, Oftalmologia, Cirurgia Geral, Otorrinolaringologia,

Angiologia, Urologia e Ginecologia tem ocasionado urgencialização das cirurgias eletivas.

De acordo com informações da Base de dados do Departamento de

Informática do SUS – DATASUS, do sistema de Informação Hospitalar – SIH, foram

processadas nos estabelecimentos hospitalares de Campo Grande em 2015, 12.270

procedimentos cirúrgicos eletivos e 25.052 procedimentos cirúrgicos de caráter de

urgência, o que correspondem a 32,88% de cirurgias eletivas e 67,12% de urgência.

Em relação ao ano de 2016, foram processadas 10.142 cirurgias eletivas e

26.042 cirurgias de caráter de urgência, o que correspondem a 28,02% e 71,97%

respectivamente.

A Ouvidoria da Secretaria de Saúde do município recebeu durante o ano de

2016, 87 manifestações de usuários solicitando cirurgias, nas diversas especialidades,

quais são: geral, ortopédica, plástica, ginecológica, neurológica, cabeça e pescoço,

urológica, vascular, proctologia, bariátrica, gastroenterologia, cardiologia, pediatria e

outros.

Consta nos registros do Sistema de Regulação Hospitalar – SISREG, sob a

Gerência de Regulação Hospitalar, que é o setor responsável pela regulação das

internações hospitalares, o total de 3.435 Autorizações de Internações Hospitalares – AIH

aguardado cirurgias, nas diversas especialidades, até o dia 29 de março de 2017.

Page 58: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

58

Diante destes dados, cabe salientar que no Sistema de Regulação Ambulatorial

– SISREG há filas de espera para consultas cirúrgicas ambulatoriais nas diversas

especialidades, as quais totalizaram 17.926 solicitações até o dia 31 de março de 2017,

no entanto, estes dados não significam que todos os pacientes constantes desta relação

necessitam realizar os procedimentos cirúrgicos, já que dentre estes existe aqueles que

serão avaliados pelo médico cirurgião e outros se manterão em tratamento clínico.

Não houve incremento financeiro pelo Ministério da Saúde no teto do

município, bem como existe uma defasagem dos valores de procedimentos da Tabela

SUS em relação aos valores praticados no mercado, principalmente de órteses e

próteses. Também não houve renovação do Projeto de Cirurgias Eletivas em 2016 pelo

Ministério da Saúde, que corresponde à estratégia de ampliar a realização de

procedimentos cirúrgicos eletivos de média complexidade, custeados pelo Fundo de

Ações Estratégicas e Compensação – FAEC, visando diminuir o tempo de espera a

determinados procedimentos. Como não houve tal renovação, nota-se a redução do

número de cirurgias eletivas nesse ano.

Outra dificuldade diz respeito aos pacientes do interior e de outros Estados,

que não estão contemplados pela Programação Pactuada e Integrada – PPI e acabam se

inserindo no Sistema de Saúde municipal pela Urgência, o que tem impactado a fila de

espera por estes procedimentos.

Em agosto de 2017 firmou-se compromisso, relacionado em especial às

demandas de urgência e de atenção especializada, com os gestores envolvidos tendo em

vista a necessidade de esgotar todas as alternativas de atendimento nos municípios de

origem dos usuários, utilizando as referências quando necessário e de acordo com as

pactuações estabelecidas.

Esta estratégia possibilitou importante integração entre os municípios da

microrregião de Campo Grande, bem como subsidia a gestão municipal nas discussões

com os demais municípios da macrorregião, na operacionalização das redes de atenção à

saúde prioritárias.

A Auditoria em Saúde atua sobre todos os atos, despesas, investimentos e

obrigações no que se refere ao SUS ou alcançados pelos recursos a ele vinculados,

abrangendo os serviços próprios da Secretaria Municipal de Saúde Pública e suas

diversas unidades organizacionais; e as pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou

Page 59: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

59

privado, conveniadas ou contratadas com a municipalidade, que atuem na área hospitalar,

ambulatorial, de apoio diagnóstico e terapêutico, sujeitos ao controle e fiscalização do

SUS.

2.4.8.2 Regulação Ambulatorial

Em 2016, a Central de Regulação Ambulatorial instalou-se no Complexo

Regulador Estadual e a partir de então mais especialidades e procedimentos estão sendo

inseridos no sistema de regulação – SISREG.

No ano de 2017 houve a continuidade na transferência gradativa do processo

de agendamento de retornos pelos prestadores, visando reduzir o volume de novas

inserções no sistema e otimização do processo de trabalho da equipe de regulação.

Em 2017 iniciaram-se as autorizações das Órteses, Próteses e Meios

Auxiliares de Locomoção - OPM do Centro Especializado de Reabilitação CER/APAE via

sistema de regulação, dando agilidade na dispensação do equipamento ao paciente em

tempo oportuno.

São realizadas em média 40.000 ligações/mês, as quais são efetivadas em até

três tentativas de contato para repasse do agendamento, caso não se confirme o

agendamento na ligação, as vagas são canceladas e retornam ao sistema para

reaproveitamento.

2.4.8.3 Regulação Hospitalar

São realizados os serviços de Regulação de acesso a porta de entrada nos

hospitais e a Autorização das Internações Hospitalares (AIH) eletivas e de urgência,

sendo, em torno de 6 mil autorizações de AIH de urgência e eletivas.

Abaixo, destaca-se a produção de janeiro a julho/2017, da Regulação de

acesso:

Page 60: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

60

Gráfico 06 – Regulação de Acesso

Fonte: Planilha de Controle de senhas da Gerencia de Regulação Hospitalar, 2017

Em 10 de Julho de 2017 a Regulação hospitalar assumiu, de forma gradativa, a

Regulação Secundária da rede própria (UPAS e CRS), iniciando com o processo

regulatório de todos os pacientes com mais de 24 horas aguardando vagas para hospitais

nas unidades de urgência e emergência de Campo Grande. Com essas ações, buscou-se

favorecer o fortalecimento da fila única e um processo regulatório direcionado pela

classificação de risco, permitindo ao cidadão uma assistência de acordo com suas

necessidades em tempo oportuno.

2.4.8.4 Processamento de informações

O processamento de informações relaciona-se a importação das produções

dos estabelecimentos de saúde nos seus próprios sistemas de informação em saúde. O

Cartão Nacional de Saúde – CNS é um instrumento que tem por finalidade a identificação

dos usuários do Sistema Único de Saúde, pelo qual possibilita a identificação única dos

usuários e das ações e serviços de saúde, viabilizando a utilização adequada de

informações no planejamento, acompanhamento e avaliação da atenção à saúde. Nesse

sentido, é realizado trabalho institucional com outros estabelecimentos de saúde da rede

própria, bem como da rede privada e também efetuada a transferência de informações de

usuários de outros Municípios para a Base Nacional de Campo Grande, desde que

comprovada residência aqui.

O CNS contribui com a organização da rede de serviços regionalizados e

hierarquizados, participando da organização do sistema de saúde, a partir dos

procedimentos executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para tanto, é

Page 61: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

61

necessária a construção fidedigna de cadastros de usuários, de profissionais de saúde e

de unidades de saúde.

O Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - SCNES é a

base para operacionalizar todos os sistemas de informações do SUS, foi instituído pela

Portaria Nº 1646, de 02 de outubro de 2015, o qual tem a atribuição de cadastrar todos os

Estabelecimentos de Saúde: públicos, conveniados e privados, seja pessoa física ou

jurídica, que realizam qualquer tipo de serviço de atenção à Saúde no âmbito do território

Nacional, propiciando ao gestor público ou privado, o conhecimento de sua rede

assistencial, bem como sua capacidade instalada, tornando-se uma ferramenta de apoio

para a tomada de decisão e planejamento de ações baseada na visibilidade do

mapeamento assistencial de saúde de seu território. Sendo assim, cabe ao município

cadastrar, atualizar, consolidar e processar dados dos Estabelecimentos Públicos e

Privados, dos Profissionais da área de saúde, das equipes do SIAB, bem como

supervisionar, controlar e avaliar o SCNES.

No sistema SCNES estão cadastrados atualmente 1.578 Estabelecimentos,

321 equipamentos, 16684 profissionais, 121 Serviços SUS especializados e 67 serviços

não SUS. Quanto aos leitos, há 2.226 leitos gerais cadastrados no SCNES e 405 leitos

Complementares.

2.4.9 Gestão do Cuidado

A Gestão do Cuidado é instituída oficialmente em organograma municipal a partir

deste ano, com intuito de contribuir para a reorganização dos modelos de atenção e sua

estimativa deve desafiar os gestores, conselhos e trabalhadores da saúde, entidades

representativas dos profissionais e dos doentes, e a sociedade civil em geral, na

construção de progressivos consensos sobre a organização do sistema de saúde e dos

serviços que ele deve prover.

Vem como estratégia para superar a fragmentação da atenção e da gestão e

aperfeiçoar o funcionamento político-institucional da Secretaria Municipal de Saúde com

vistas a assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços que necessita com

efetividade, eficiência e qualidade.

A gestão de casos complexos envolve o controle de dispensação de insumos

médico-hospitalares para uso em domicílio – inclusive sondas de gastrostomia/botton e

Page 62: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

62

cânulas de traqueostomia; demandas judiciais de insumos médico-hospitalares fornecidos

pela SESAU a livre demanda; devolutivas dos requerimentos preenchidos no Protocolo,

orientação quanto os fluxos de acesso aos serviços de saúde.

Cabe ressaltar que com relação aos requerimentos são: 36% referentes a

medicamento, 25% dietas, 14% fraldas. As demais solicitações como cirurgias, exames,

home care, transporte, oxigênio, materiais médico-hospitalares de consumo e

equipamentos de uso permanente somam 25%. Diariamente, são recebidos

aproximadamente 40 requerimentos. O Município de Campo Grande conta com 1263

pacientes em cuidados domiciliares cadastrados nas UBS/UBSF.

No que diz respeito aos resíduos sólidos de atenção à Saúde Cabe à gestão

municipal propor medidas para o gerenciamento correto dos resíduos que contemple a

coleta seletiva, a reciclagem e a diminuição de resíduos perigosos, além de indicar

ferramentas transformadoras na construção de políticas públicas com abrangência social,

cuja implantação de um sistema de Gestão de Resíduos, torna-se um meio na busca de

minimizar o impacto causado pela geração de resíduos no meio ambiente gerando

economia para os cofres públicos.

Em relação à Central de Material e Esterilização a Secretaria Municipal de

Saúde de Campo Grande, na sua composição em atenção a Rede de assistência a

saúde, oferece atendimentos e procedimentos invasivos e não invasivos aos usuários,

nesta perspectiva é necessário zelar pela qualidade destes serviços, garantindo

segurança ao paciente e ao profissional de saúde que executa, evitando danos. Cabe

então, acompanhar e avaliar as fragilidades de cada serviço e manejar suas centrais de

materiais, considerando a variedade de serviços oferecidos na rede.

Page 63: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

63

2.5 REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS

A reorganização das práticas de saúde como preceito para que as equipes

possam coordenar o cuidado nas redes de atenção deve ser estimulado em nível

local, de modo que ela seja capaz de acompanhar o usuário durante todo o fluxo

dentro do sistema de saúde até que a demanda seja sanada. A necessidade de

organização dos serviços de saúde de uma forma que atenda a população de

maneira mais eficaz criou a lógica das organizações de redes de atenção à saúde.

As redes contemplam indicadores ou marcadores - neste Plano

relacionados às diretrizes nacionais e configurados na Pactuação Interfederativa - e

outros que permitem evidenciar a atenção básica como ordenadora da rede de

atenção a saúde, além de indicadores afetos a implementação das redes prioritárias

para o sistema: Rede Cegonha, Rede Atenção às Urgências, Rede de Cuidado à

Pessoa com Deficiência; Rede de Atenção Psicossocial, além de outras que

venham ser conformadas e identificadas como prioridades, por exemplo, a Rede de

Atenção às doenças crônicas que compreende a assistência à hipertensão,

diabetes, cânceres, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Doença Renal

Crônica, obesidade e tabagismo.

A Portaria GM/MS nº 483, de 01 de abril de 2014 estabelece as diretrizes

para a organização das suas linhas de cuidado.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande, através da SESAU, firma

contratos/convênios com estabelecimentos de saúde, em complementariedade aos

serviços da rede própria. Destacam-se as seguintes especialidades, bem como os

estabelecimentos:

Tabela 11: Estabelecimentos e especialidades contratados/conveniados

HOSPITAL ONCOLOGIA DOENÇA RENAL

CRÔNICA OBESIDADE

SANTA CASA X X X

HU X X X

HRMS X X X

HOSPITAL DO CÂNCER X - -

MEDRIM - X -

SIN - X -

PRORENAL - X -

Fonte: CNES/SESAU/SUPRIS/GCA, agosto 2017.

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64

Em relação à Oncologia a SESAU dispõe de convênio com a Fundação

Pio XII para a realização de exames de prevenção de câncer de colo de útero e

mama. Este estabelecimento possui 01 Unidade Móvel e 01 Fixa. No momento,

aguarda sua habilitação como Hospital Dia – Procedimentos Cirúrgicos, Diagnósticos

e Terapêuticos.

Na Rede Complementar, para a especialidade em Oncologia, existem

convênios com instituições habilitadas como UNACON (Unidade de Assistência de

Alta Complexidade em Oncologia), as quais oferecem tratamento cirúrgico,

quimioterápico e radioterápico.

Tabela 12: Modalidades de habilitação e hospitais habilitados - UNACON

Modalidades de habilitação / hospitais

habilitados

UNACON com serviço de

radioterapia

UNACON com serviço de pediatria

UNACON com serviço de

hematologia

Hospital do Câncer X - -

HRMS - X X

Santa Casa X - X

Hospital Universitário X X -

Fonte: CNES/SESAU/SUPRIS/GCA, agosto 2017.

Hospital do Câncer/Alfredo Abrão habilitado como UNACON com serviço

de Radioterapia;

HRMS habilitado como UNACON com serviço de Oncologia Pediátrica

(com solicitação de ampliação da habilitação para Hematologia, uma vez que já

realiza a assistência em onco-hematologia);

Santa Casa habilitado como UNACON com serviços de Radioterapia e

Hematologia;

Hospital Universitário/UFMS habilitado como UNACON com serviço de

Radioterapia (com solicitação de ampliação da habilitação para oncologia pediátrica,

sendo que já iniciou a assistência oncológica às crianças desde janeiro/2016);

Apesar da habilitação do Hospital Universitário com Serviço de

Radioterapia, este ainda se encontra desativado. O Hospital Universitário está em

Page 65: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

65

vias de reativação do serviço de oncologia. Apresenta atualmente em funcionamento

o Serviço de onco-pediatria, e os serviços de oncologia cirúrgica e clínica estão sendo

reestruturados ainda com poucos atendimentos. O Serviço de radioterapia no

momento desativado (Agosto/2017).

Tabela 13 – Abrangência da Assistência Oncológica Hospitalar, Campo Grande,

2016.

Especialidades HU SC HRMS HC

Radioterapia Não Sim Não Sim

Onco-hematologia Não Sim Sim Não

Onco-pediatria Sim Não Sim Não

Urologia Sim Sim Sim Sim

Cabeça e Pescoço Sim Não Sim Sim

Esôfago-gastro-duodenal, de Vísceras Anexas e de Outros Órgãos Intra-abdominais

Sim Sim Sim Sim

Proctologia Sim Sim Sim Não

Ginecologia Sim Sim Sim Sim

Oftalmologia Não Sim Não Não

Pele e Plástica Reparadora Sim Sim Sim Sim

Ossos e Partes Moles Sim Sim Sim Sim

Neurocirurgia Não Sim Não Não

Cirurgia Torácica Sim Sim Sim Sim

Mastologia Sim Sim Sim Sim

Quimioterapia Pediatria - Sim Adulto - parcial

Sim Sim Sim

Iodoterapia Não Não Não Não

Fonte: CNES/SESAU/SUPRIS/GCA, agosto 2017.

Referente à Doença Renal Crônica os hospitais Santa Casa, Hospital

Regional e Hospital Universitário mantém convênio para a disponibilização de

tratamento dialítico, bem como as Clínicas Med Rim, Pro Renal e SIN. Para

diagnóstico precoce e retardamento da progressão da Doença Renal Crônica, faz-se

necessário a articulação com o programa de diabetes/hipertensão com demais Pontos

de Atenção à Saúde, portanto, encontra-se em processo de construção a Linha de

Page 66: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

66

Cuidados da Doença Renal Crônica com técnicos desta secretaria de saúde, demais

profissionais da área envolvida e Secretaria de Estado de Saúde.

Já para a Obesidade os hospitais Santa Casa, Hospital Regional e

Hospital Universitário dispõem de habilitações em Obesidade Grave, com suas

respectivas habilitações renovadas automaticamente pelo Ministério da Saúde.

A Rede Cegonha contempla um conjunto de ações que visam garantir o

atendimento de qualidade, seguro e humanizada para todas as mulheres. O trabalho

busca oferecer assistência desde o planejamento familiar, passa pelos momentos da

confirmação da gravidez, do pré-natal, pelo parto, pelos 28 dias pós-parto (puerpério),

cobrindo até os dois primeiros anos de vida da criança.

De acordo com o Plano de Ação Regional – PAR da Rede Cegonha,

publicada na Resolução nº 026/CIB/SES/MS em 13/07/2016, estão credenciados

junto à Rede Cegonha, no componente Parto e Nascimentos, os hospitais Santa

Casa, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Hospital Universitário Maria

Aparecida Pedrossian e a Associação de Amparo à Maternidade e à Infância – AAMI.

A distribuição dos leitos hospitalares inerentes à esta Rede de Atenção está disposta

da seguinte maneira:

Tabela 14 - A distribuição dos leitos hospitalares.

LEITOS SANTA CASA HRMS HU AAMI

UTIN 08 10 06 20

UCINCO 11 20 06 10

UCINCA 04 05 04 04

GESTAÇÃO ALTO RISCO 26 16 13 -

OBSTÉTRICOS CLÍNICOS 16 14 11 25

OBSTÉTRICOS CIRÚRGICOS

11 16 12 23

Fonte: PAR/SESAU/SUPRIS/GCA, agosto 2017.

Considerando as metas estabelecidas nos Convênios com os hospitais

para acompanhamento da assistência prestada pela instituição em relação à Rede

Cegonha, segue abaixo quadro contendo os indicadores pactuados e informações de

cumprimentos as metas.

Page 67: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

67

Tabela 15 - Os indicadores pactuados e informações de cumprimentos as metas-

Rede Cegonha, 2016

INDICADORES - 2016

INDICADOR METAS AAMI SANTA CASA

HRMS HU

Comissão de análise de óbitos

maternos e neonatais

Implantar Meta

cumprida - - -

Acompanhante de livre escolha da mulher durante

todo o período de internação

100% de acompanhante de livre escolha da

mulher durante todo período de internação

Meta cumprida

- - Meta cumprida

Apgar > 7 no 5º minuto

80% dos RN Meta

cumprida - - -

Contato imediato pele a pele efetivo

e Aleitamento materno na 1ª hora

de vida

85% RN com contato pele a pele + aleitamento na 1ª hora de vida AC ou

PPP

Meta cumprida

- - -

Mulheres com quadro de

abortamento que utilizaram AMIU

Mínimo de 50% das mulheres em situação de abortamento

assistidas com AMIU conforme

norma técnica do MS

Meta cumprida

Cumpre parcialmente a meta (50%)

Meta cumprida

Meta cumprida

Manejo das situações de abortamento

garantindo espaço protegido para as

mulheres durante a internação

Utilizar manejo dos leitos para

internação de mulheres em situação de

abortamento de forma a não

compartilhar espaço com mulheres em TP ou pós -parto

Meta cumprida

- - Meta cumprida

Page 68: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

68

INDICADOR METAS AAMI SANTA CASA

HRMS HU

Taxa de episiotomia Fazer

acompanhamento estatístico

Meta cumprida

- - Meta cumprida

Ambiência adequada à RDC 36 (Bloco

obstétrico e PPP) ou projeto de adequação

da área física com cronograma de

execução

Projeto/ Implantar Meta

cumprida - - -

RN com acompanhante na

UTI e UCI

100% RN internados com livre acesso dos pais à

unidade

Meta cumprida

- - Meta cumprida

Gestão participativa e compartilhada na

unidade materno e infantil

Apresentação de projeto no ano

Meta cumprida

Meta cumprida

Meta cumprida

Educação permanente em boas práticas da atenção obstétrica e neonatal

50% dos trabalhadores assistenciais

participantes de atividades de boas práticas de atenção

obstétrica e neonatal

Meta cumprida

- - Meta cumprida

Taxa de cesárea

Meta cumprida /

média da taxa de 42,8%

Meta cumprida / média da taxa de 37,83%

Não cumpre

média da taxa

56,59%

Média da taxa de 53% - Alto

risco

Participação no Fórum Perinatal

- Meta

cumprida Meta

cumprida -

Proporção de óbito materno e neonatais

analisados na Comissão de Óbitos

80% - - - Meta cumprida

Fonte: SESAU/SUPRIS/GCA/DOCUMENTOS DESCRITIVOS/RELATÓRIOS COMISSÃO DE

ACOMPANHAMENTO, agosto 2017.

Em relação à atenção em saúde materno-infantil os indicadores são

embasados na Portaria SAS/MS nº 650 de 5 de outubro de 2011 e desde a adesão do

município em 2011 indicadores de qualidade foram implementados para melhoria do

monitoramento da Rede Cegonha.

A proporção de parto normal no SUS e na saúde suplementar, o indicador

avalia a qualidade da assistência pré-natal e ao parto, supondo que uma boa

assistência diminui o valor da taxa de parto cirúrgico, e aumenta a taxa do parto

natural. As taxas de cesarianas desnecessárias foram temas de diversas ações

ofertadas no município, dentre elas: seminários, audiências públicas, capacitações,

Page 69: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

69

oficinas de sensibilização e tem sido pauta constante no grupo condutor municipal da

Rede Cegonha. Sendo assim a partir do ano 2015 as taxas vem alcançando

incrementos de 04 pontos percentuais em relação às cirurgias cesarianas ampliando

de 37 pontos no ano 2014 para 41,16 em 2016.

Referente à proporção de gravidez na adolescência entre as faixas etárias

10 a 19 anos, com o objetivo de aumentar a visibilidade da atenção integral à saúde

de adolescentes, pela primeira vez houve a inclusão de um indicador relacionado à

adolescência na pactuação entre as três esferas de gestão do SUS.

A proporção de nascidos vivos de mães da faixa etária entre 10 a 19 anos

é informação de relevância para nortear as ações de saúde nas unidades básicas,

escolas (programa saúde na escola) e maternidades no território, além de subsidiar

os processos de planejamento, gestão, monitoramento e avaliação dos programas e

ações voltadas para as ações da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes.

Considerando a serie histórica dos últimos 10 anos, a média do município

(17,83) é inferior à média nacional (18,87%) no que diz respeito a esse indicador.

(Fonte SINASC, série histórica 2007-2017)

Já em relação à taxa de mortalidade infantil, o indicador monitora a

assistência pré-natal, a vinculação da gestante ao local de ocorrência do parto

evitando a sua peregrinação e as boas práticas durante o atendimento ao parto e

nascimento e a qualidade da atenção hospitalar ofertada a crianças menores de 1

ano.

No município ao longo do período houve uma queda significativa na taxa

chegando a apresentar por 4 anos consecutivos valores equivalentes a apenas um

dígito para cada mil nascidos vivos (2012-8,64;2013-9,20;2014-8,10;2015-8,78;). No

entanto em 2016 a taxa voltou a subir apresentando resultado de 10,66, observou-se

uma considerável redução na taxa de natalidade 5.3 percentuais, associada a um

aumento importante nos óbitos por causas externas e doenças do aparelho

respiratório.

Tais fatores sugeriram uma fragilidade no acompanhamento de puericultura

uma vez que as causas identificadas são sensíveis ao cuidado continuado da atenção

básica. Outro aspecto relevante seria ainda uma menor oferta no acesso à atenção

pré-natal e na oferta de leitos de unidades neonatais.

Page 70: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

70

O Programa de Saúde na Escola (PSE) constitui estratégia interministerial

– Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde (MS), para integração e

articulação permanente entre as políticas e ações de educação e de saúde, com a

participação da comunidade escolar, envolvendo intersetorialmente as equipes de

Atenção Básica e as equipes de Educação. O processo de adesão ocorre

anualmente, conforme Portaria Interministerial nº 1.413 de 10 de Junho de 2013.

No Termo de Compromisso consta as ações a serem implementadas,

escolas e equipes de Atenção Básica que participarão do programa, bem como as

metas de cobertura de educandos para as ações de promoção, prevenção, educação

e avaliação das condições de saúde no território de responsabilidade. O Programa é

dividido em componentes de avaliação das condições de saúde (componente I), de

promoção da saúde e prevenção de agravos (componente II) e de formação

(componente III).

Para avaliar o acesso às consultas ofertadas pela atenção básica o sistema

intranet estratifica alguns relatórios do sistema municipal eletrônico oficial (HYGIA).

A Rede de Urgência/Emergência no município de Campo Grande está

sendo implementada gradativamente, com vistas à articulação e integração de todos

os equipamentos de saúde, ampliando e qualificando o acesso humanizado e integral

aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde de forma

ágil e oportuna.

De acordo com o Plano de Ação da Rede de Urgência e Emergência –

RUE, publicado através da Resolução nº 047/CIB/SES/MS, de 19 de dezembro de

2016, os serviços da Rede Complementar encontram-se dispostos da seguinte forma:

Componente Hospitalar

Portas hospitalares de Urgência:

Santa Casa – Presta atendimentos na Linha de Cuidado Cardiovascular,

Queimados, Clínica Cirúrgica, Neurologia e Neurocirurgia, Gestação de Alto Risco,

Otorrino, UTI, Buco Maxilo, Vascular Arterial, Nefrologia, Saúde Mental, Cirurgia

Pediátrica, Oftalmologia, Tráumato Ortopedia e Pediatria. Centro do Trauma Tipo III-

Desempenha papel de referência especializado para os pacientes vítimas do trauma.

Seus objetivos são a melhoria do atendimento às vítimas do trauma, com

consequente redução da mortalidade e morbidade e universalização e padronização

de um modelo de atendimento.

Page 71: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

71

Hospital Universitário – Presta atendimentos nas especialidades de

Ortopedia, Nefrologia, Urologia, Neurologia Clínica, Buco Maxilo, DIP, UTI,

Cardiovascular, Gestação de Alto Risco, Pediatria, Infectologia, Clínica Médica,

Dermatologia, Materno Infantil.

Hospital Regional de Mato Grosso do Sul - Presta atendimentos na

Linha de Cuidado Cardiovascular, sendo referência em Pediatria, Gestação de Alto

Risco, Oncologia, Clínica Geral, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, UTI Neonatal,

Vascular Venosa, Buco Maxilo, Neurologia, Saúde Mental (desintoxicação), Urologia e

Nefrologia.

AAMI – Gestação de risco habitual e UTI neonatal.

Tabela 16 - Leitos de UTI existentes

Tipo UTI SANTA

CASA

HRMS HU AAMI HCAA

UTI adulto 57 29 16 - 10

UCO - 10 - - -

UTI ped 10 08 05 - -

Fonte: CNES/SESAU/SUPRIS/GCA, agosto 2017.

Leitos de Cuidados Prolongados:

Tem como objetivo geral a recuperação clínica e funcional, avaliação e a

reabilitação clínica integral e intensiva da pessoa com perda transitória ou

permanente de autonomia potencialmente recuperável de forma parcial ou total, que

necessitam de cuidados hospitalares em estágio agudo.

No município, constam 21 leitos de cuidados prolongados na Santa Casa e

Hospital São Julião com 69 leitos (47 leitos UCP e 22 leitos de CCI).

Componente de atenção domiciliar

Tem por objetivo a redução de demanda por atendimentos hospitalares e

ou redução do período de permanência de pacientes internados, a humanização da

atenção, a desinstitucionalização/desospitalização e ampliação da autonomia dos

usuários.

Dentre os hospitais que detêm a categoria de Serviço de Atenção

Domiciliar – SAD, o Hospital do Câncer conta com 01 Equipe Multiprofissional de

Page 72: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

72

Atenção Domiciliar - EMAD E 01 Equipe Multiprofissional de Apoio - EMAP e o

Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com 2 EMAD E 01 EMAP.

Tabela 17: Demonstração geral dos atuais pontos de atenção da Rede, de acordo

com o PAR da RUE de 2016.

Hospital Porta de entrada

hospitalar de urgência

Leitos retaguarda

Leitos retaguarda UCP

Centro do trauma

SANTA CASA X 124 LEITOS 21 X

HU X 11 LEITOS - -

HRMS X 24 LEITOS - -

HOSPITAL SÃO JULIÃO

- - 69 -

Fonte: PAR/SESAU/SUPRIS/GCA, agosto 2017.

Os números de morbimortalidade são apresentados nas tabelas a seguir:

Tabela 18 - Principais causas de procura aos serviços de saúde em Campo Grande

no período de 2014 a 2015.

CAUSA 1 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e

mais Total

Exame geral e investigação de pessoas sem queixas

17493 22586 46565 36804 31048 26925 42489 223910

Nasofaringite aguda [resfriado comum]

18545 4783 6252 4314 3164 2609 3414 43081

Dor abdominal e pélvica 3517 5958 10828 7221 5053 3743 4711 41031

Dorsalgia 88 1370 8124 9113 7770 6298 6303 39066

Diarréia e

gastroenterite

de origem

infecciosa

11342 4833 9541 5214 2988 2057 2895 38870

Infecções

agudas das vias

aéreas

superiores

10687 2495 2629 1836 1242 1005 1423 21317

Cefaléia 300 1900 4956 3728 2813 1709 1270 16676

Page 73: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

73

Fonte: SIM/CEVITAL/CVE/SVS/SESAU

Na análise das informações de mortalidade em Campo Grande no período

de 2011 a 2015, a ordenação das causas não sofreu alteração, sendo que as

doenças cardiovasculares lideram as causas de óbitos, continua sendo a principal

causa de morte, seguido das neoplasias com 19,1%.

CAUSA 1 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e

mais Total

Hipertensão

essencial (primária) 32 122 970 1891 3135 3677 6126 15953

Asma 4953 1345 639 569 596 540 1137 9779

Tosse 2503 678 830 719 704 725 1380 7539

Gastrite e

Duodenite 60 524 1308 841 597 491 572 4393

Pessoas em

contato com os

serviços de saúde

156 195 315 348 371 341 599 2325

Outros exames e

investigações

especiais de

pessoas

297 203 344 331 282 238 302 1997

Diabetes mellitus

não-insulino-

dependente

3 47 86 110 166 313 694 1419

Supervisão de

gravidez normal 1 135 577 185 21 0 1 920

Outras afecções

inflamatórias da

vagina e vulva

23 28 62 29 21 13 12 188

Pneumoconicose

devida a amianto

(asbesto) e outras

0 4 7 5 3 2 2 23

História pessoal de

tratamento médico 0 2 1 0 0 0 0 3

Total Geral 70000 47208 94034 73258 59974 50686 73330 468490

Page 74: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

74

Tabela 19 - Óbitos segundo Causa (CID10 CAP) em Campo Grande – 2011 a 2015

Causa (CID10 CAP) 2011 % 2012 % 2013 % 2014 % 2015 %

Doenças do aparelho circulatório

1.335 29,2 1.362 29,2 1.470 305 1.474 29,2 1,509 29,4

Neoplasias (tumores) 844 18,5 896 19,2 906 18,8 1.004 19,9 978 19,1

Doenças do aparelho respiratório

561 12,3 53 11,5 582 12,1 639 12,6 702 13,7

Causas externas 563 12,3 554 11,9 524 10,9 578 11,4 520 10,1

Doenças do aparelho digestivo 212 4,6 256 5,5 248 5,2 268 5,3 254 5,0

Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

206 4,5 222 4,8 199 4,1 195 3,9 225 4,4

Doenças infecciosas e parasitárias

164 3,6 189 4,1 203 4,2 181 3,6 209 4,1

Doenças do sistema nervoso 143 3,1 173 3,7 193 4,0 186 3,7 179 3,5

Afecções Perinatais 186 4,1 125 2,7 161 3,3 153 3,0 176 3,4

Doenças do aparelho geniturinário

135 3,0 110 2,4 109 2,3 127 2,5 144 2,8

Malf. Cong. e anomalias cromossômicas

53 1,2 58 1,2 56 1,2 57 1,1 54 1,1

Causas indeterminadas 50 1,1 51 1,1 43 0,9 63 1,2 55 1,1

Transtornos mentais e comportamentais

47 1,0 41 0,9 41 0,9 37 0,7 36 0,7

Doenças sist. Osteomuscular e tec. conjuntivo

29 0,6 30 0,6 31 0,6 33 0,7 31 0,6

Sangue órgãos hemat e transt imunit

14 0,3 26 0,6 20 0,4 25 0,5 28 0,5

Doenças da pele e do tecido subcutâneo

19 0,4 21 0,5 20 0,4 31 0,6 22 0,4

Gravidez, parto e puerpério 7 0,2 7 0,2 9 0,2 4 0,1 7 0,1

Total 4.568 100 4.658 100 4.815 100 5.055 100 5.129 100

Fonte: SIM/CEVITAL/CVE/SVS/SESAU

As doenças cardiovasculares e o câncer têm fatores de risco semelhantes

e representam 48,57% do total de óbitos. Estes óbitos estão relacionados com a

hipertensão arterial e outros fatores de risco tais como o fumo, colesterol e

sedentarismo, evidenciando, a importância das medidas de promoção à saúde

(alimentação saudável, atividades físicas, controle do tabagismo, exames de

prevenção e controle da hipertensão).

O câncer vem apresentando tendência crescente, haja vista que em 2015

representava 19% dos óbitos, se constituindo num sério problema de saúde pública.

Page 75: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

75

As causas externas têm importante parcela de contribuição no obituário de

Campo Grande, se constituem na quarta causa de morte e representam 10% do total

de óbitos. Os acidentes de trânsito e as violências são as mais importantes causas de

óbitos, no referido grupo que também lidera a ordenação das causas de internações

hospitalares na clínica cirúrgica.

As Doenças do Aparelho digestivo aparecem em quinto lugar com 5%,

onde as doenças do fígado e as úlceras gástrica, duodenal e péptica, foram às

principais causas de óbitos. Em sétimo lugar aparecem Doenças infecciosa e

parasitárias (4,1%) com destaque para as doenças virais, doenças por vírus da

imunodeficiência humana (HIV) e doenças bacterianas.

Vale destacar ainda na ordenação das causas de óbitos, as Doenças do

Sistema Nervoso, com algumas Afecções originadas no período perinatal (3,5%) e as

doenças do aparelho geniturinário (2,8%), seguida da Malformação Congênita

Deformidades e Anomalias Cromossômicas com 1,1%. Os demais grupos de causas

de morte ficaram abaixo de 1%.

Tabela 20 – Óbitos segundo Faixa Etária Infantil em Campo Grande – 2011 A 2015

Faixa Etária Infantil 1

2011 2012 2013 2014 2015

< 7d 71 60 66 55 65

07d – 27d 28 19 20 19 21

28d - <1a 33 38 41 39 40

Total 132 117 127 113 126

Fonte: SIM/CEVITAL/CVE/SVS/SESAU

Os dados estatísticos demonstram um declínio no número de óbito infantil,

ainda assim o percentual de óbitos é alto e exige adoção de medidas que inclui desde

atenção a saúde da mulher, do recém nascido, acompanhamento do crescimento e

desenvolvimento na atenção básica até á atenção hospitalar.

No ano de 2016 foram encaminhadas à Coordenadoria de Urgências 493

demandas, referentes a reclamações, sugestões, denúncias e elogios. A

Ouvidoria/SUS é um canal de comunicação que possibilita a mediação e a busca do

Page 76: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

76

equilíbrio entre os cidadãos e os serviços do SUS, sendo importante ressaltar que as

manifestações têm tanto o teor de reclamações ou críticas, como o teor de elogios.

Portanto, a ouvidoria apresenta-se como uma importante ferramenta para

avaliação dos serviços oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde – SESAU.

Em um comparativo com o número total de atendimentos médicos, é

possível visualizar que o percentual de manifestações na ouvidoria é muito inferior ao

atendimento, pois, enquanto foram realizadas cerca de 1.330.105 consultas, houve

493 demandas, ou seja, 0,03%.

No entanto, esse resultado foi analisado e observou-se que maior parte das

reclamações, se deve incompreensão e/ou não aceitação do protocolo de

classificação de risco e demora no atendimento.

A articulação em rede, busca a resolutividade do cuidado, com o

desenvolvimento de ações da rede de atenção, gestão do sistema de saúde,

classificação de risco, linhas de cuidado e gestão de leitos.

A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS é

regida pelos Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual e Visual,

referenciados pelas Portarias GM/MS nº 793, de 24 de abril de 2012 e Portaria

GM/MS nº 835 de 25 de abril de 2012.

Tabela 21 - Estabelecimentos que contemplam a Rede da Deficiência.

Estabelecimento Categorias

CER IV APAE Física, intelectual, auditiva e visual

OFICINA ITINERANTE Manutenção e adaptação de OPM

FUNCRAF Auditiva e pacientes com deformidades crânio faciais

UCDB Auditiva e fisioterapia/terapia ocupacional

ISMAC Visual

Page 77: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

77

Estabelecimento Categorias

CLÍNICA PESTALOZZI Intelectual

CLÍNICA COTOLENGO Fisioterapia para pacientes com deficiência intelectual

CLÍNICA ACBR Fisioterapia

CLÍNICA ANACORPUS Fisioterapia

CLÍNICA MOVIMENTO Fisioterapia

Fonte: Portaria GM/MS 793, de 24 de abril de 2012 e Portaria GM/MS 835 de 25 de abril de 2012.

Centro Especializado de Reabilitação/APAE - CER IV – Atendendo nas

modalidades: Física, Intelectual, Visual e Auditiva. Também realizam atendimentos a

pessoas ostomizadas.

Oficina Ortopédica Itinerante Terrestre – Unidade vinculada ao Centro

Especializado de Reabilitação – CER/APAE, iniciou os atendimentos no ano de 2017,

realizando manutenção e adaptação de Ortéses, Próteses e Meios Auxiliares de

Locomoção – OPM em municípios do interior do Estado, conforme pactuação junto à

Secretaria de Estado de Saúde.

FUNCRAF – Possui habilitação como Centro de Reabilitação Auditiva

na Alta Complexidade. É um serviço que oferece reabilitação para pessoas com

deficiência auditiva, realizando o processo de diagnóstico auditivo, o que inclui:

consultas e exames audiológicos, seleção, adaptação, concessão de Aparelho de

Amplificação Sonora Individual – AASI e terapia fonoaudiológica. É referência como

Centro de Tratamento de Má Formação Lábio Palatal, com atendimentos

odontológicos desde o diagnóstico até procedimentos de alta complexidade

ambulatoriais, os quais incluem procedimentos básicos em promoção e prevenção em

saúde até instalações de aparelhos ortodônticos para pacientes fissurados.

UCDB – Possui habilitação como Centro de Reabilitação Auditiva na

Alta Complexidade. É um serviço que oferece reabilitação para pessoas com

deficiência auditiva, realizando o processo de diagnóstico auditivo, o que inclui:

consultas e exames audiológicos, seleção, adaptação, concessão de Aparelho de

Amplificação Sonora Individual – AASI e terapia fonoaudiológica. Realiza também

procedimentos fisioterapêuticos e de Terapia Ocupacional.

Page 78: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

78

ISMAC – Estabelecimento habilitado como Unidade de Reabilitação

Visual, realiza o atendimento multiprofissional para o desenvolvimento de habilidades

para a execução de atividades de vida autônoma e estimulação precoce para

favorecer o desenvolvimento global do paciente; orientações à família; orientações à

escola; orientações para atividades de vida autônoma e profissional.

PESTALOZZI – É um estabelecimento que disponibiliza Serviço de

Reabilitação Intelectual, realizando procedimentos de fisioterapia e atendimento

psicossocial.

ORIONÓPOLIS/COTOLENGO – mantém convênio com esta

secretaria de saúde para atendimentos de fisioterapia e psicossocial a pacientes com

deficiência intelectual grave.

Como pontos de apoio para a Rede de Deficiência, contemplando os

Serviços de Fisioterapia, em todas as modalidades: motora, neurológica, respiratória,

e demais, apresentam-se os seguintes estabelecimentos privados credenciados ao

SUS: Anacorpus, Movimento e ACBR.

A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência tem atuado ativamente por

meio do Grupo Condutor Municipal da Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência,

por meio de deliberações, construção de fluxos e protocolos de acesso de deficientes

aos serviços de saúde.

A construção do protocolo dos Centros Especializados de Reabilitação

(física, auditiva, visual e intelectual) e a cedência de uma maca elétrica para o Centro

da Saúde da Mulher, para a realização de exames ginecológicos em mulheres com

deficiência estão entre as ações desenvolvidas em 2017.

A Rede também é responsável pelo Censo Municipal da Pessoa com

Deficiência, que tem por objetivo fortalecer as propostas de implantação e

implementação de políticas públicas no município, bem como direcionar a Gestão no

trabalho em prol das pessoas com deficiência.

Foi criado em 2015 em decorrência da ação judicial n° 0841008-

23.2014.8.12.001 que determinava a “implementação de um censo único para

cadastramento das crianças e adolescentes diagnosticados com Transtorno do

Espectro Autista – TEA”. Com isso resolveu-se implantar o Censo englobando todas

as deficiências. Foi desenvolvida uma plataforma digital pelo Grupo Condutor

Municipal da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência em parceria com a

Page 79: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

79

Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação - AGETEC no site da

Prefeitura Municipal de Campo Grande.

A alimentação da plataforma do Censo é realizada através dos servidores

das Secretarias Municipais da Prefeitura de Campo Grande – Agência Municipal de

Habitação - EMHA, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo - SECTUR, Fundação

Municipal de Esporte - FUNESP, Fundação Social do Trabalho de Campo Grande -

FUNSAT, Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande - IMPCG, Secretaria

Municipal de Assistência Social - SAS, Secretaria Municipal de Educação - SEMED,

Secretaria Municipal de Saúde - SESAU, além das Unidades credenciadas ao SUS,

como Santa Casa, Hospital Universitário, Hospital Regional, Hospital São Julião,

Universidade Católica Dom Bosco - UCDB, Fundação para Estudo e Tratamento das

Deformidades Crânio-Faciais - FUNCRAF, Instituto Sul Matogrossense para Cegos -

ISMAC, Centro Especializado em Reabilitação - CER e Clínicas de Fisioterapia

conveniadas.

Até meados de 2017 foram registrados 7.612 deficientes na plataforma

digital.

A participação no Grupo Condutor da Rede Cegonha, pelo setor

responsável da atenção especializada no município, auxilia nas deliberações e ações

referentes à gestação de alto risco.

A Portaria GM/MS nº 3088 de 2011 institui a Rede de Atenção

Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades

decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de

saúde (SUS).

Tendo como indicador a realização de matriciamento da saúde mental na

atenção básica por meio dos 06 (seis) CAPS existentes no município, sendo 01

matriciamento por CAPS por mês, somando um total de 72 matriciamentos/ano. Com

meta a cumprir de atendimento de 66,66% do total de matriciamento no ano.

O apoio matricial ou matriciamento da saúde mental na atenção básica é

de extrema importância devido o mesmo proporcionar a retaguarda especializada da

assistência, assim como um suporte técnico-pedagógico, vínculo interpessoal e o

apoio institucional no processo de construção coletiva de projetos terapêuticos

singulares junto à população.

Page 80: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

80

Ao mesmo tempo, realiza arranjos organizacionais e uma metodologia para

gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de realizar-se

clínica ampliada e integração dialógica entre distintas especialidades e profissões.

Assim, o matriciador em saúde mental pode participar ativamente do projeto

terapêutico singular dos seus usuários no seu território em conjunto com a Atenção

Básica nas diversas ações.

Com essa nova proposta da lógica da proximidade dos CAPS nos

territórios, visando transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde:

encaminhamentos, referências e contra referências e protocolos, minimizando assim,

os efeitos burocráticos e pouco dinâmicos dessa lógica através de ações horizontais

que integrem os componentes e seus saberes nos diferentes níveis assistenciais por

meio do apoio matricial.

O Plano de Ação da Rede de Atenção Psicossocial foi publicado através da

Resolução nº 044/SES/MS, de 09 de junho de 2014, no qual constam os hospitais que

tinham intenção de aderir à portaria nº 148, de 31 de janeiro de 2012 quanto à

habilitação do Serviço Hospitalar de Referência para Atenção a Pessoas com

sofrimento ou transtorno mental ou com necessidades de saúde decorrentes do uso

de álcool, crack e outras drogas do componente hospitalar da Rede de Atenção

Psicossocial.

Os leitos de Psiquiatria encontram-se distribuídos da seguinte forma: o

Hospital Universitário dispõe de 02 leitos de Psiquiatria, para o atendimento de

transtornos mentais; a Santa Casa dispõe de 10 leitos de Psiquiatria para

atendimento de transtornos mentais e o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul

contemplam 12 leitos de Psiquiatria para atendimento de transtornos decorrentes de

uso de álcool e drogas; O Hospital Nosso Lar dispõe de 70 leitos de Psiquiatria, sendo

30 leitos regulados pela SESAU para pacientes munícipes de Campo Grande, no qual

são atendidos pacientes com transtornos mentais e 40 leitos regulados pela SES para

pacientes do interior.

No Brasil, a legislação sobre políticas e práticas voltadas à segurança do

paciente e gestão dos riscos nos serviços de saúde teve início com a criação da

Portaria MS nº 529, de 01 de Abril de 2013, que instituiu o Programa Nacional de

Segurança do Paciente (PNSP) e criou o Comitê de Implementação do Programa

Nacional de Segurança do Paciente (CIPNSP). Posteriormente foram publicadas as

Page 81: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

81

Portaria MS nº 1.377, de 09 de Julho de 2013, que aprovou 3 protocolos básicos de

segurança do paciente, quais sejam, Protocolos de Cirurgia Segura, Prática de

Higiene das mãos e Úlcera por Pressão e Portaria MS nº 2.095, de 24 de setembro de

2013, que aprovou o Protocolo de Prevenção de Quedas, o Protocolo de Identificação

do Paciente e o Protocolo de Segurança na Prescrição e de Uso e Administração de

Medicamentos.

Em 25 de Julho de 2013 também foi publicada a Resolução da Diretoria

Colegiada - RDC ANVISA nº 36 (Anexo I), que instituiu ações para a segurança do

paciente em serviços de saúde e deu outras providências, como a obrigatoriedade de

todo serviço de saúde ter seu Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e ainda.

A RDC ANVISA nº 36 prevê a elaboração, pelas instituições de saúde, do

Plano de Segurança do Paciente (PSP), que deve estabelecer estratégias e ações de

gestão de risco e segurança do paciente, com base na legislação nacional e nas

metas internacionais de segurança do paciente, para que as instituições possam

assegurar ao máximo uma assistência à saúde segura, livre de danos aos seus

pacientes.

Em cumprimento à legislação vigente, o Núcleo de Segurança do Paciente

elaborou o Plano de Segurança do Paciente do município de Campo Grande.

Page 82: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

82

2.6 CONDIÇÕES SOCIOSSANITÁRIAS

O perfil de atendimento do SAMU Regional apresenta a predominância de

ocorrências clínicas (causas externas em geral) e traumática de indivíduos adultos

conforme apresentado no Gráfico 07. O SAMU integra o GGIT (Gabinete de gestão

integrada do trânsito) discutindo com diversas instituições envolvidas os dados de

morbimortalidade e promovendo ações intersetoriais para redução dos acidentes.

Gráfico 07 – Distribuição das ocorrências segundo a natureza da ocorrência, no

período de 2013 a 2016, SAMU Regional Campo Grande, 2017.

Fonte: e-SUS – SAMU.

A elevada procura dos serviços de urgência relacionada às urgências

clínicas em adultos predomina no serviço e reflete a realidade da rede pré-hospitalar

fixa, uma vez que as transferências destas para a rede hospitalar pactuada é

significativa, como demonstra o Gráfico 7. Parte desta demanda apresentada no

gráfico refere-se à transferência de pacientes, especialmente em relação ao Hospital

Universitário e Hospital Regional Rosa Pedrossian, que recebem, via de regra,

pacientes já atendidos em UPA e CRS. A Santa Casa e a Maternidade Cândido

Mariano rotineiramente recebem pacientes oriundos de atendimentos primários

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

50000

2013 2014 2015 2016

TRAUMA

CLINICO ADULTO

PEDIATRIA

OBSTETRÍCIA

PSIQUIATRIA

CIRÚRGICOS

Page 83: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

83

realizados pelo SAMU, com isso os números apresentados expressam também esta

parcela, não sendo somente o número de atendimentos secundários.

Gráfico 08 – Distribuição absoluta dos atendimentos (incluindo as transferências

hospitalares) segundo o destino dos pacientes, no período de 2013 a 2016, SAMU

Regional Campo Grande, 2017.

Fonte: e-SUS- SAMU.

Os acidentes de trânsito representam um grave problema de saúde

pública uma vez que causam significativo número de mortalidade e

morbidades na população de Campo Grande, acima da médica nacional.

Brasil ano 2014: Taxa de mortalidade/100.000/H= 21%

Campo Grande - MS: Taxa de mortalidade /100.000/H = 24%

Brasil ano 2014: Taxa de internação por 10.000/H = 8.6%

Campo Grande - MS: Taxa de internação/10.000/H = 15%

As análises dos fatores e condutas de risco para os acidentes fatais

apontam como as principais causas o comportamento dos motoristas em conduzir

seus veículos acima da velocidade permitida para as vias urbanas, dirigir sobre

93686551 7419

6204

13325

12133

8687

9789

2668626841

23130

23561

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

2013 2014 2015 2016

Santa Casa

Hospital Regional

Hospital Universitário

Maternidade CândidoMariano

Outros hospitais

Page 84: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

84

efeito de bebida alcoólica, dirigir sem habilitação, deficiência na manutenção /

conservação das vias públicas e priorização da população do transporte individual

em detrimento ao transporte coletivo.

Campo Grande apresenta elevadas taxas de motorização com tendência

crescente. A taxa de motorização é de 0.6 veículos para cada habitante (ano 2015)

com elevada frota de motocicleta, sendo os motociclistas as principais vítimas dos

acidentes de trânsito na capital.

Como consequência desse cenário cita-se a perda da vida precoce,

lesões que impactam em incapacidades temporárias ou permanentes, número

elevado de pessoas acamadas, sobretudo os jovens, absenteísmo ao trabalho e

escola, perda da renda familiar parcial ou total e elevadíssimos gastos com a

previdência e a saúde pública.

2.6.1 Perfil dos nascidos vivos

No ano de 2016, houve 13.720 nascidos vivos de mães residentes em

Campo Grande, uma média aproximada.

Analisando o gráfico abaixo da série histórica de nascimentos no

município, observa-se que esse número apresentou crescimento gradativo até 2015

quando alcançou 14.469 nascidos vivos, porém houve redução em 2016.

Essa mudança na curva merece acompanhamento nos próximos anos

para se diagnosticar a persistência ou não dessa redução.

A epidemia do Zika Vírus, ocorrida em 2016, associada às

recomendações do Ministério da Saúde às famílias que desejavam ter filhos sobre

possível adiamento da gravidez, frente às possíveis malformações congênitas

advindas da infecção em gestantes, podem ter contribuído para a queda da

natalidade no referido ano.

Page 85: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

85

Gráfico 09 – Número nascidos vivos de mães residentes em Campo Grande, 2012-

2016

Fonte: SINASC/CEVITAL/SVS/SESAU

A tabela a seguir mostra os nascimentos segundo faixa etária da mãe. Em

2016, a maior parte dos nascimentos - 75,7% - foi de mães entre 20 e 34 anos. O

número de mães com gravidez na adolescência passa a ser um indicador de

monitoramento nas pactuações interfederativas a partir de 2017. Em 2016,

ocorreram 2044 nascidos vivos de mães adolescentes (<19 anos) correspondendo a

14,9%. Essa proporção vem apresentando redução na capital desde 2014, quando

os nascimentos de mães adolescentes correspondiam a 17,6%. Em contrapartida, o

número de mães que estão engravidando após os 35 anos vem aumentando. Em

2016 foram 1.760 (13,5%) nascidos vivos de mães nessa faixa etária contra 1.407

(10,4%) em 2012.

Tabela 22 - Nascidos Vivos segundo Faixa etária da mãe, 2012-2016

Ano do Nascimento <14 15-19 20-34 35 e+ Total

2012 98 2342 9694 1407 13541

2013 106 2314 9792 1483 13695

2014 113 2390 10071 1631 14205

2015 96 2223 10390 1760 14469

2016* 79 1965 9819 1857 13720

Fonte: SINASC/CEVITAL/SVS/SESAU

2012 2013 2014 2015 2016*

Série1 13541 13695 14205 14469 13720

13000

13200

13400

13600

13800

14000

14200

14400

14600

Nas

cid

os

Viv

os

Número de Nascidos Vivos de mães residentes em Campo Grande, 2012-2016

Page 86: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

86

O tipo de parto predominante no município ainda é o Cesário, ao contrário

do recomendado. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cesariana realizada

com as devidas indicações médicas é efetiva para redução da mortalidade da mãe e

bebê. Porém não há evidências de que altos índices de cesariana possuem o

mesmo efeito nessa redução. Ao contrário disso, a cesária pode trazer complicações

significativas ou mesmo permanentes.

Embora a proporção de parto vaginal em 2016 tenha sido de 41,1%,

abaixo do recomendado, ela vem demostrando aumento gradativo em relação aos

anos anteriores, conforme gráfico a seguir:

Gráfico 10 - Proporção entre Parto Vaginal e Cesário em Campo Grande,

2012-2016

Fonte: SINASC/CEVITAL/SVS/SESAU

O baixo peso ao nascer, caracterizado pelo peso menor que 2.500

gramas, é um fator de risco significativo para a mortalidade infantil. Em 2016, 91,4%

dos recém-nascidos tiveram peso acima de 2500 gramas.

A proporção de crianças com baixo peso ao nascer vem apresentando

leve oscilação ao longo dos anos, porém sempre se mantendo abaixo de 10% de

todos os nascidos vivos. Em 2016, foram 1177 (8,6%) nascidos vivos de baixo peso.

35,1 36,4 37,5 39,7 41,1

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014 2015 2016*

%ti

po

de

par

to

Ano

Proporção de Parto Vaginal x Cesário em Campo Grande, 2012-2016

Cesário

Vaginal

Page 87: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

87

Tabela 23 – Nascidos Vivos segundo Peso ao nascer em Campo Grande, 2012-

2016.

Peso a Nascer 2012 2012

% 2013

2013 %

2014 2014

% 2015

2015 %

2016 2016

%

< 2500g 1106 8,2% 1132 8,3% 1153 8,1% 1211 8,4% 1177 8,6%

> 2500G 12434 91,8% 12563 91,7% 13052 91,9% 13258 91,6% 12542 91,4%

Ign 1 0,0% 0 0,0% 0 0,% 0 0,0% 1 0,0%

Total 13541 100% 13695 100% 14205 100% 14469 100% 13720 100%

Fonte: SINASC/CEVITAL/SVS/SESAU

Apesar de esse número ser inferior a 10%, esses representaram mais de

60% dos óbitos infantis todos os anos, evidenciando a importância do investimento

em políticas públicas para a melhoria da saúde da mulher, incluindo a assistência

pré-natal e ao parto. Nos últimos anos, Campo Grande teve aumento na proporção

de consultas de pré-natal por gestante até 2014, quando alcançou 69,1% de 7 ou

mais consultas. Porém caiu nos últimos 2 anos ficando com 65,9%, conforme tabela

a seguir:

Tabela 24 – Nascidos Vivos segundo de Consultas De Pré-Natal de mães

residentes em Campo Grande, 2012-2016.

Consulta Pré-natal

2012 2012

% 2013

2013 %

2014 2014

% 2015

2015 %

2016 2016

%

Nenhuma 165 1,2 157 1,1 126 0,9 159 1,1 189 1,4

De 1 a 3 Consultas 1054 7,8 1040 7,6 959 6,8 1241 8,6 1054 7,7

De 4 a 6 Consultas 3369 24,9 3197 23,3 3240 22,8 3614 25,0 3418 24,9

7 e + Consultas 8918 65,9 9284 67,8 9809 69,1 9355 64,7 9046 65,9

Ign 35 0,3 17 0,1 71 0,5 100 0,7 13 0,1

Total 13541 100 13695 100 14205 100 14469 100 13720 100

Fonte: SINASC/CEVITAL/SVS/SESAU

Também chama atenção a proporção de mães com nenhuma consulta,

que aumentou de 0,9% em 2014 para 1,4% em 2016, equivalendo a 189 mães que

não realizaram pré-natal.

A escolaridade da mãe é uma característica diretamente relacionada ao

número de consultas de pré-natal realizadas. Conforme mostra o gráfico abaixo,

Page 88: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

88

menos da metade das mães com nenhuma ou escolaridade inferior a 7 anos

realizaram 7 ou mais consultas, enquanto que 86% das mães com escolaridade

superior a 12 anos realizaram 7 ou mais consultas.

Gráfico 11 – Proporção de Consultas Pré-Natal segundo Escolaridade da Mãe em

Campo Grande - 2016

Fonte: SINASC/CEVITAL/SVS/SESAU

Esses dados demonstram a influência dos fatores sociais como

determinantes diretos da saúde da população. O número de consultas de pré-natal

está diretamente relacionado ao sucesso da gravidez. Gestantes com consultas

abaixo do recomendado possuem maior risco de um desfecho desfavorável, como o

parto prematuro, baixo peso ao nascer, assim como o óbito fetal, infantil ou materno.

2.6.2 Mortalidade

Em 2016 ocorreram 5565 óbitos de pessoas residentes em Campo

Grande, levando a uma Taxa de Mortalidade de 6,4 mortes por 1000 habitantes. O

perfil das causas de morte no município segue o padrão atual da mortalidade

brasileira, em que há uma proporção cada vez maior entre os óbitos por doenças

crônico-degenerativas em detrimento das mortes por doenças infecciosas, reflexo do

aumento da expectativa de vida.

Analisando a tabela da série histórica de mortalidade por causas (por

capítulo da CID-10), verifica-se que as Doenças Cardiovasculares representam a

28,6 24,742,8

60,8

86,0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Nenhuma De 1 a 3Anos

De 4 a 7Anos

De 8 a 11Anos

12 e+ Anos

Ign

7 e+ Cons

De 4 a 6 Cons

De 1 a 3 Cons

Nenhuma

Proporção de Consultas Pré-Natal segundo Escolaridade da Mãe em Campo Grande - 2016

Page 89: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

89

primeira causa de morte que, em 2016, foram responsáveis por 29% de todos os

óbitos ocorridos, não havendo variação proporcional significativa ao longo desses

últimos anos. As Doenças Isquêmicas do coração como o Infarto Agudo do

Miocárdio são a principal causa desse grupo, seguidas das Doenças

Cérebrovasculares, como o Acidente Vascular Encefálico.

Tabela 25 - Óbitos segundo Causa (Cap CID10) de pessoas residentes em Campo

Grande, 2012-2016.

Causa (CID10 CAP) 2012 % 2013 % 2014 % 2015 % 2016 %

Doenças do aparelho circulatório

1.362 29,2 1.470 305 1.474 29,2 1,509 29,4 1616 29,0

Neoplasias (tumores) 896 19,2 906 18,8 1.004 19,9 978 19,1 976 17,5

Doenças do aparelho respiratório

53 11,5 582 12,1 639 12,6 702 13,7 832 15,0

Causas externas 554 11,9 524 10,9 578 11,4 520 10,1 583 10,5

Doenças do aparelho digestivo

256 5,5 248 5,2 268 5,3 254 5,0 281 5,0

Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

222 4,8 199 4,1 195 3,9 225 4,4 231 4,2

Doenças infecciosas e parasitárias

189 4,1 203 4,2 181 3,6 209 4,1 212 3,8

Doenças do sistema nervoso 173 3,7 193 4,0 186 3,7 179 3,5 211 3,8

Afecções Perinatais 125 2,7 161 3,3 153 3,0 176 3,4 180 3,2

Doenças do aparelho geniturinário

110 2,4 109 2,3 127 2,5 144 2,8 168 3,0

Malf. Cong. e anomalias cromossômicas

58 1,2 56 1,2 57 1,1 54 1,1 117 2,1

Causas indeterminadas 51 1,1 43 0,9 63 1,2 55 1,1 66 1,2

Transtornos mentais e comportamentais

41 0,9 41 0,9 37 0,7 36 0,7 24 0,4

Doenças sist. Osteomuscular e tec. conjuntivo

30 0,6 31 0,6 33 0,7 31 0,6 21 0,4

Sangue órgãos hemat. e transt. Imunit.

26 0,6 20 0,4 25 0,5 28 0,5 21 0,4

Doenças da pele e do tecido subcutâneo

21 0,5 20 0,4 31 0,6 22 0,4 20 0,4

Page 90: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

90

Causa (CID10 CAP) 2012 % 2013 % 2014 % 2015 % 2016 %

Gravidez, parto e puerpério 7 0,2 9 0,2 4 0,1 7 0,1 6 0,1

Total 4.658 100 4.815 100 5.055 100 5.129 100 5565 100

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

As Neoplasias ocupam o segundo lugar em causas de morte, com 17,5%

em 2016. Como o comportamento das neoplasias ocorre diferentemente entre

homens e mulheres, devido às diferenças anatômicas, a análise desses óbitos deve

ser realizada separando-se por sexo.

No sexo masculino, a primeira causa de morte por câncer é o de Próstata

com 15,4%, seguido pelo câncer de pulmão/brônquios em segundo com 15%, cólon

em terceiro e estômago em quarto. A primeira causa de câncer em mulheres é o de

mama, com 19,4% de todas as neoplasias. O segundo lugar, assim como no sexo

masculino, é o câncer de pulmão/brônquios com 10,6%. Em sequência, o de cólon

em terceiro e o de estômago em quarto lugar.

Tabela 26 - Óbitos por Neoplasias no Sexo masculino em Campo Grande – 2016.

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

Causa (CID10 3D) 2016 %2016

C61 Neopl. Malig. da próstata 82 15,4

C34 Neopl. Malig. dos brônquios e dos pulmões 80 15,0

C18 Neopl. Malig. do cólon 42 7,9

C16 Neopl. Malig. do estomago 38 7,1

C32 Neopl. Malig. da laringe 26 4,9

C25 Neopl. Malig. do pâncreas 25 4,7

C15 Neopl. Malig. do esôfago 22 4,1

C22 Neopl. Malig. fígado vias biliares 20 3,8

C64 Neopl. Malig. do rim exceto pelve renal 15 2,8

C90 Mieloma mult. e neopl. de plasmócitos 15 2,8

Outras causas (demais neoplasias) 163 30,6

Total 533 100

Page 91: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

91

Tabela 27 - Óbitos por Neoplasias no Sexo feminino em Campo Grande – 2016.

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

As Doenças Respiratórias levaram a óbito 832 pessoas residentes em

Campo Grande em 2016, representando 15% de todos os óbitos, sendo a terceira

causa de morte no município. Dentre elas, a Pneumonia e a Doença Pulmonar

Obstrutiva Crônica (DPOC) são as principais causas. Também chamadas de mortes

violentas, as Causas Externas abrangem os acidentes, homicídios e suicídios,

sendo responsáveis por 583 mortes em 2016. Analisando a série histórica do perfil

de mortalidade no município, houve uma mudança na posição entre as Doenças

Respiratórias e as Causas Externas.

Até 2012, as causas externas eram a terceira causa de morte seguida das

doenças respiratórias, em quarto. A partir de 2013, as doenças do aparelho

respiratório tomaram a terceira posição e as causas externas passaram a ficar em

quarto. Entretanto, ao analisarmos as mortes por essas causas por faixa etária e

sexo, percebe-se uma grande variação entre essas categorias, merecendo ser

analisadas separadamente.

Causa (CID10 3D) 2016 %2016

C50 Neopl. Malig. da mama 86 19,4

C34 Neopl. Malig. dos brônquios e dos pulmões 47 10,6

C18 Neopl. Malig. do cólon 27 6,1

C25 Neopl. Malig. do pâncreas 26 5,9

C53 Neopl. Malig. do colo do útero 25 5,6

C71 Neopl. Malig. do encéfalo 21 4,7

C56 Neopl. Malig. do ovário 20 4,5

C16 Neopl. Malig. do estomago 19 4,3

C22 Neopl. Malig. fígado vias biliares 18 4,1

C20 Neopl. Malig. do reto 15 3,4

Outras causas (demais neoplasias) 139 31,4

Total 533 100

Page 92: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

92

Tabela 28 - Principais causas de morte (Cap CID10) nos ciclos de vida em Campo

Grande

CRIANÇA 0 a 9a

ADOLESCENTE 10 a 19a

JOVEM 20 a 29a

ADULTO 30 a 59a

IDOSO 60a e +

TOTAL

1ª Afecções Perinatais

Causas Externas Causas

Externas

Doenças do Aparelho

Circulatório

Doenças do Aparelho

Circulatório

Doenças do Aparelho

Circulatório

2ª Anomalias Congênitas

Neoplasias Neoplasias Neoplasias Neoplasias Neoplasias

3ª Causas

Externas Doenças do

Sistema Nervoso

Doenças do Aparelho

Circulatório

Causas Externas

Doenças do Aparelho

Respiratório

Doenças do Aparelho

Respiratório

4ª Doenças do

Sistema Nervoso

Doenças do Aparelho

Circulatório

Infecciosas e Parasitárias

Infecciosas e Parasitárias

Doenças do Aparelho Digestivo

Causas Externas

5ª Neoplasias Doenças do

Aparelho Respiratório

Doenças do Aparelho

Respiratório

Doenças do Aparelho Digestivo

Endócrinas e Nutricionais

Doenças do Aparelho Digestivo

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

Conforme quadro acima, as Causas Externas são a primeira causa de

morte entre adolescentes e jovens (10 a 29 anos) e a terceira entre adultos,

merecendo grande atenção por serem óbitos precoces evitáveis, atingindo boa parte

da população economicamente ativa. Em 2016 os Acidentes, com destaque para os

acidentes de transporte, foram a principal morte por causas externas com 45,5%

delas. Os Homicídios vieram em segundo (28,5%) e os Suicídios em terceiro (8,7%).

Essas mortes são mais prevalentes em pessoas do sexo masculino, que

representam 75,1% de todas as causas externas, como mostra o gráfico abaixo.

Gráfico 12 - Proporção de óbitos Tipos de Violência segundo Sexo em

Campo Grande – 2016.

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Acidentes Suicídio Homicídio OutrosTotal de Causas Externas

Mas

Fem

Proporção de óbitos Tipos de Violência segundo Sexo em

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

Page 93: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

93

Não só a quantidade, mas a qualidade das informações nos sistemas de

informação em saúde são fundamentais para o diagnóstico situacional de uma

determinada região. Um sistema de informação eficiente deve traduzir a realidade

local para viabilizar as estratégias de ação em saúde, assim como possibilitar a

avaliação da efetividade dessas intervenções. Sendo assim, o Ministério da Saúde

preconiza que o banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM

– possua, no mínimo, 90% dos óbitos com causa básica bem definida. Campo

Grande, assim como o estado de Mato Grosso do Sul, possui um dos bancos de

mortalidade com maior proporção de causas básicas bem definidas. O gráfico

abaixo mostra a série histórica da capital desse percentil nos últimos cinco anos.

Gráfico 13 - Proporção de óbitos de residentes em Campo Grande com causa

básica bem definida - 2012 a 2016

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

2.6.2.1 Mortalidade Materna

Morte materna é a morte da mulher durante ou até 42 dias após o término

da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez. Pode ser

causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez, ou por medidas

98,9 99,0 98,7 98,9 97,9

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014 2015 2016*

Proporção de óbitos de residentes em Campo Grande com causa básica bem definida - 2012 a 2016

Page 94: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

94

tomadas em relação a ela. Não são consideradas mortes maternas aquelas

provocadas por fatores acidentais ou incidentais.

Altos índices de mortalidade materna não representam apenas a

deficiência dos serviços de saúde, mas também demonstram baixos níveis sócio-

econômico-culturais, sendo um indicador sensível do nível de desenvolvimento de

uma determinada região. A Razão de Mortalidade Materna (RMM) é o indicador que

mensura a probabilidade de uma mulher morrer no ciclo gravídico-puerperal,

expressando o número de mortes maternas a cada 100 000 nascidos vivos. Possui a

seguinte classificação:

Baixo risco: menor que 20

Médio risco: 20 a 49

Alto risco: 50 a 149

Muito Alto risco: maior que 150.

O número absoluto de óbitos maternos em Campo Grande vem oscilando

nos últimos anos. Em 2016 foram 06 óbitos maternos, correspondendo a uma RMM

em 2016 de 43,7 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos, classificado no médio

risco da classificação da OMS.

Entretanto, a RMM de Campo Grande está abaixo da média do estado de

Mato Grosso do Sul, assim como da média Nacional, onde ambos se encontram no

alto risco da mulher morrer no ciclo gravídico puerperal.

Gráfico 14 - Razão de Mortalidade Materna em Campo Grande e MS - 2012 a 2016.

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

2012 2013 2014 2015 2016*

Campo Grande 59,08 65,72 21,12 48,38 43,73

Mato Grosso do Sul 68,63 52,00 59,01 70,57 67,06

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

RM

M p

or

10

0 m

il n

asci

do

s vi

vos

Razão de Mortalidade Materna em Campo Grande e MS - 2012 a 2016

Page 95: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

95

Dentre as principais causas de óbito materno em Campo Grande no

referido ano, a de maior prevalência é a Doença Hipertensiva Específica da

Gravidez, compreendida pela pré-eclâmpsia, eclampsia e Síndrome HELLP.

A Hipertensão na gravidez é a principal causa de morte materna no Brasil

e uma das principais causas de morte fetais e neonatais, reforçando a importância

da assistência pré-natal para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento

adequado devido a sua gravidade e por ser uma causa evitável.

Tabela 29 - Óbitos Maternos segundo causa (CID10) e faixa etária de mulheres

residentes em Campo Grande – 2016

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

2.6.2.2 Mortalidade Infantil

A taxa de mortalidade infantil representa, assim como a razão de

mortalidade materna, as condições de vida e de atenção à saúde de uma região.

Conhecer esse indicador é imprescindível para avaliar a qualidade da

assistência prestada e possibilita avaliar o município por meio do comparativo com

outros estados e outros países.

CID10 4C Cap. 15 10-14a 20-29a 30-39a Total

O14.1 Pré-eclâmpsia grave 0 0 1 1

O15.0 Eclâmpsia na gravidez 0 0 1 1

O15.2 Eclâmpsia no puerpério 1 0 0 1

O23.4 Infecções NE do trato urinário na gravidez 0 1 0 1

O62.2 Outra forma de inercia uterina 0 1 0 1

O99.4 Doenças ap. circulatório compl gravidez parto puerpério

0 0 1 1

Total 1 2 3 6

Page 96: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

96

Gráfico 15 - Taxa de Mortalidade Infantil e componentes em Campo Grande -

2012 a 2016.

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

Houve redução na mortalidade infantil da capital na última década, com

estabilização nos últimos anos. A taxa de mortalidade Infantil (TMI) em 2016 foi

10,64 mortes por 1000 nascidos vivos, representando um aumento em relação ao

ano anterior que atingira 8,78.

Esse aumento deve-se a um aumento no número absoluto, mas também

à diminuição do número de nascidos vivos, sendo este o denominador do cálculo,

levando ao aumento da taxa. Entretanto, ainda assim a TMI do município de Campo

Grande está abaixo da TMI nacional e do Centro-Oeste que, em 2013, foi de 14,5 e

14,9, respectivamente.

O componente da mortalidade infantil onde mais ocorrem as mortes é o

neonatal precoce (0 a 6 dias de vida). Em 2016, a taxa de mortalidade neonatal

precoce (TMNP) foi de 5,69 por 1000 nascidos vivos, correspondendo a 53% de

todos os óbitos em menores de 1 ano.

A maior parte das mortes na primeira semana de vida está diretamente

relacionada às condições durante a gestação e parto.

2012 2013 2014 2015 2016*

TX MORT. NEO PRECOCE 4,43 4,82 3,87 4,42 5,69

TX MORT. NEO TARDIA 1,40 1,46 1,34 1,45 1,53

TX MORT. PÓS-NEO 2,81 2,99 2,75 2,77 3,50

TX DE MORT. INFANTIL 8,64 9,27 7,95 8,64 10,71

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

Tx d

e M

ort

. po

r 1

mil

nas

cid

os

vivo

s

Taxa de Mortalidade Infantil e componentes em Campo Grande -2012 a 2016

Page 97: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

97

2.6.3 Indicadores de Morbidade

2.6.3.1 Taxa de Mortalidade prematura (de 30 a 69 anos) pelo conjunto das

quatro doenças crônicas não transmissíveis - DCNT (Doença do aparelho

circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas)

No contexto de combate às DCNT (Doenças Crônicas Não

Transmissíveis), temos que as doenças e agravos não transmissíveis vêm

aumentando e, no Brasil, são as principais causas de óbitos em adultos, sendo a

obesidade, sedentarismo, má alimentação e o tabagismo, fatores de maior risco

para o adoecimento neste grupo. A prevenção e o diagnóstico precoce são

importantes aspectos para a promoção da saúde e redução de morbimortalidade,

por interferir na duração e qualidade de vida.

O gráfico 16 demonstra que de 2013 a 2016 houve o aumento de 3,61%

no número total de óbitos pelas quatro DCNT na população de 30 - 69 anos em

Campo Grande/MS, sendo que em 2013 ocorreram 1300 óbitos e 2016 ocorreram

1347 nesta faixa etária monitorada pelo indicador.

A obesidade tem dentre suas causas o sedentarismo e alimentação

inadequada. Está diretamente ligada às DCNT que mais matam em campo grande,

sendo elas, a Diabetes, Câncer, Doenças do Aparelho Circulatório e Doenças do

Aparelho Respiratório (CEVITAL/SESAU, 2016).

A prevenção e o diagnóstico precoce da Obesidade são importantes

aspectos para a promoção da saúde e redução de morbimortalidade, mas também

por interferir na duração e qualidade de vida.

Em campo grande, a obesidade atinge 22,2% da população adulta,

acima da média nacional onde 18,9% da população adulta no país está obesa

(VIGITEL, 2015).

Considerando que os fatores de risco e proteção são muitas vezes

comuns às Doenças Crônicas, que essas doenças podem estar associadas e que o

tratamento não medicamentoso apresenta alto grau de semelhança entre elas,

verifica-se a necessidade de ampliar as ações de promoção nos territórios adstritos

das referidas unidades de saúde.

O gráfico a seguir demonstra o número de óbitos pelas 04 principais

DCNT.

Page 98: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

98

Gráfico 16 - Óbitos pelas 04 Principais DCNT em Campo Grande - 2013 a 2016.

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

Gráfico 17 - Taxa de Mortalidade Prematura (de 30 a 69 anos) pelo conjunto das

quatro doenças crônicas não transmissíveis - DCNT (Doença do aparelho

circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas) 2013-2016.

Fonte: SIM/CEVITAL/SVS/SESAU

A taxa de mortalidade prematura (de 30 a 69 anos) pelos principais

grupos de doenças crônicas não transmissíveis - DCNTs (doenças do aparelho

circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas), contribui para o

monitoramento do impacto das políticas públicas na prevenção e no controle das

DCNT e em seus fatores de risco. Seu método de cálculo consiste: - Número de

D. Ap. Circulatório Neoplasias D. Ap. Respiratório Diabetes

2013 662 499 68 71

2014 641 545 71 59

2015 618 521 71 75

2016 669 512 98 68

me

ro d

e Ó

bit

os

2013

2014

2015

2016

346,75

360,52

337,5

353,81

342,47339,82

333,02 333,02

315

320

325

330

335

340

345

350

355

360

365

2013 2014 2015 2016

Taxa deMortalidadeAlcançada

Taxa deMortalidadePactuada

Page 99: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

99

óbitos (de 30 a 69 anos) por DCNT registrados nos códigos CID-10 – I00-I99; C00-

C97; J30- J98; E10-E14 – em determinado ano e local X 100.000 / População

residente (de 30 a 69 anos), em determinado ano e local, a projeção de redução da

taxa desse indicador é de 20% para o intervalo de tempo de 2011-2022. Onde a

meta estipulada a partir de 2011, é a redução de 2% ao ano.

A análise da série histórica da taxa de mortalidade prematura em pessoas

de 30 - 69 anos no período de 2013 a 2016 evidenciada no gráfico 17, demonstrou

que em Campo Grande/MS, houve aumento de 2,03% da taxa, passando de 346,75

em 2013 para 353,81 em 2016, ficando 5,9% acima da meta estipulada para a taxa

no ano de 2016. Considerando que os fatores de risco e proteção são muitas vezes

comuns às doenças crônicas, que essas doenças podem estar associadas e que o

tratamento não medicamentoso apresenta alto grau de semelhança entre elas,

verifica-se a necessidade de ampliar as ações de promoção nos territórios adstritos

das referidas unidades de saúde, juntamente com o apoio das ESF e NASF da

SESAU e parcerias através da intersetorialidade, trazendo abordagem conjunta no

Combate e Controle às DCNTs em Campo Grande/MS.

Como estratégia para o enfrentamento desse problema, o Programa Viver

Legal, que foi criado em 2006, oferece Atividades/Exercícios Físicos orientados em

19 Unidades de Saúde, dentre elas, UBS, UBSF, CAPS, CEI e UERD.

Ainda têm-se também que os gastos públicos com medicamentos são

crescentes, e estão entre os principais itens de despesa dos sistemas de atenção à

saúde, entretanto grande parte dos tratamentos medicamentosos no Brasil não

produz resultados terapêuticos desejados. Esta realidade mostra a necessidade de

fomentar o uso racional de medicamentos, tanto para racionalizar gastos como para

melhorar os resultados em saúde da população.

Neste contexto, a oferta do serviço de farmácia clínica atende às

necessidades dos usuários relacionadas aos medicamentos de forma integrada,

contínua, segura e efetiva, visando à obtenção de resultados terapêuticos concretos.

Necessidades essas cujos serviços de assistência farmacêutica organizados em sua

forma atual, possuem dificuldade em atender de forma integral. Neste serviço, o

farmacêutico gerencia o uso de medicamentos a nível individual, a fim de torná-lo

mais eficiente, produzindo melhores resultados e sem aumento de custos.

Page 100: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

100

Sendo assim, a estratégia para promover o uso racional de medicamentos

é efetivar o serviço de farmácia clínica nas unidades da atenção básica de Campo

Grande, onde o profissional prestará um atendimento individualizado e privativo.

A rede conta com 9 (nove) unidades de saúde realizam serviço de

farmácia clínica na REMUS:

Tabela 30 – Farmácias Clínicas

Distrito Norte Distrito Sul Distrito Leste Distrito Oeste

UBSF Estrela Dalva UBS Cidade

Morena

UBS Carlota

UBS Caiçara

UBS Cel Antonino

UBSF Alves Pereira

UBSF Itamaracá -

- UBS Pioneira - -

- UBS Dona Neta

- -

Fonte: Coordenação de Responsabilidade Técnica – Divisão de Farmácia

Todos os CAPS realizam consulta especializada adapta a filosofia da

clínica farmacêutica, assim como o CEI (Centro de Especialidade Infantil), CEDIP

(Centro de Doenças Infecto-parasitárias) e CEM (Centro de Especialidades

Médicas).

Nas consultas farmacêuticas, levantou-se que a taxa de não adesão

ao tratamento medicamentoso de pacientes com doenças crônicas chega a

79%.

Dentre elas:

Dislipidemia (Colesterol alto):

25% de pacientes em uso de medicamento e com nível controlado;

36% de pacientes em uso de medicamento e com nível não controlado;

39% de pacientes em uso de medicamento e há mais de 01 ano sem realizar

exames;

Diabetes:

19% de pacientes em uso de medicamento e com nível controlado;

46% de pacientes em uso de medicamento e com nível não controlado;

35% de pacientes em uso de medicamento e há mais de 01 ano sem realizar

exames;

Page 101: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

101

Hipertensão (Pressão Alta):

31% de pacientes em uso de medicamento e com nível controlado;

46% de pacientes em uso de medicamento e com nível não controlado;

23% de pacientes em uso de medicamento e há mais de 01 ano sem realizar

exames;

91% das prescrições (receitas médicas) atendidas possuíam pelo menos um

Problema Relacionado ao Medicamento - PRM;

Depois da Consulta Farmacêutica* o índice de pacientes que tomavam de

forma incorreta o medicamento passou de 79% para 27% (*Em pacientes

consultados pela segunda vez).

2.6.3.2 Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Nacional de

Vacinação para crianças menores de dois anos de idade - Pentavalente (3ª

dose), Pneumocócica 10-valente (2ª dose), Poliomielite (3ª dose) e Tríplice viral

(1ª dose) - com cobertura vacinal preconizada

O indicador avalia as doses consideradas imunizantes entre as vacinas

selecionadas e a cobertura vacinal preconizada é acima de 95 % da população alvo.

O Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI) contém

dados para vacinados menores de 02 anos de idade desde 2013.

Tabela 31 - Meta e número de vacinados para pentavalente (3ª dose),

pneumocócica 10-valente (2ª dose), poliomielite (3ª dose) e tríplice viral (1ª

dose) em menores de 02 anos.

VACINA / DOSE

2013 2014 2015 2016

META VACINADOS META VACINADOS META VACINADOS META VACINADOS

Pentavalente (3ª dose)

12313 13044 13539 12434 13694 13521 14203 14197

Pneumocócica 10-valente (2ª

dose)

13136 13044 13539 12569 13694 13645 14203 14360

Poliomielite (3ª dose)

12793 13044 13539 11835 13694 12653 14203 12598

Tríplice viral (1ª dose)

13234 13044 13539 15373 13694 14076 14203 14461

Fonte: SIPNI/CVE/SESAU

A vacina pentavalente previne contra difteria, tétano, pertussis, hepatite B

e meningites causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b e é administrada com

Page 102: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

102

esquema de 3 doses (2,4 e 6 meses de vida) e 2 reforços (15 meses e 4 anos de

idade) desde 2012. Para os anos avaliados na tabela acima a cobertura vacinal

preconizada foi alcançada.

A vacina pneumocócica 10-valente foi introduzida no calendário básico

vacinal da criança em 2010 e desde então tem boa aceitação pela população

sempre apresentando índices de cobertura acima de 95%. É administrada com

esquema de 2 doses (2 e 6 meses de vida) e 1 reforço (12 meses de idade).

A vacina de poliomielite faz parte da rotina de imunização no Brasil desde

a década de 1960 e em 2012 passou por mudanças no esquema de administração

intercalando doses orais e intramusculares. É administrada simultaneamente com a

pentavalente e essa apresentou cobertura adequada. Acredita-se que as

divergências informadas referem-se às inconsistências de registro.

A vacina tríplice viral é administrada em dose única (12 meses de vida).

Em Campo Grande a aceitação para esse imunobiológico foi considerada

satisfatória (> 95%) atingindo a cobertura vacinal preconizada no período.

2.6.3.3 Número de casos novos de sífilis congênita em menores de 1 ano de

idade.

Gráfico 18 - Número de casos novos de sífilis congênita notificados em

menores de 01 ano de idade, Campo Grande – MS, 2011 – 2016.

Fonte: SINAN 2016/SMS

O gráfico 18 demonstra um crescente número de casos de sífilis

congênita notificados nos últimos seis anos.

84 8477

95

114

0

20

40

60

80

100

120

2012 2013 2014 2015 2016

< 1 ano

Page 103: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

103

Fato que está relacionado ao tratamento inadequado, muitas vezes pela

não adesão do parceiro e também pela escassez da matéria-prima para produção

da medicação Penicilina G-Benzatina, o que justificou a centralização da medicação

apenas nos serviços de referência, dificultando o acesso ao tratamento das

gestantes reagentes. Vale lembrar que a Penicilina G-Benzatina é única droga capaz

de atravessar a barreira transplacentaria evitando a sífilis congênita quando o

tratamento é realizado de forma adequada. Além disso, é a medicação de primeira

escolha para o tratamento da sífilis adquirida.

2.6.3.4 Número de casos novos de AIDS em menores de 5 anos.

Gráfico 19 - Número de casos novos de Aids notificados em menores de 5 anos,

Campo Grande – MS, 2011-2016.

Fonte: SINAN 2016/SMS

No gráfico 19, observa-se que o maior número de casos novos de Aids

notificados em menores de 5 anos de 2011 a 2016 concentraram-se nos anos de

2012 e 2015, seguidos de um declínio significativos de novos casos nos anos

subsequentes, atribuídos a intensificação de ações preventivas para a redução da

transmissão vertical, por meio do aumento do número de consultas de pré natal;

ampliação da testagem rápida em gestantes; detecção precoce ao diagnóstico e

tratamento oportuno nas gestantes reagentes. Além da disponibilização da fórmula

5

0

3

1 11

6

3 3

00

1

2

3

4

5

6

7

2012 2013 2014 2015 2016

< 1 Ano

1 a 4

Page 104: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

104

infantil para crianças expostas ao HIV, ações estas que impactaram positivamente

para a redução do número de novos casos.

2.6.3.5 Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera.

Gráfico 20 – Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera

diagnosticados nos anos das coortes, Campo Grande – MS, 2012 – 2016.

Fonte: SINAN/SMS

O indicador de proporção de cura permite mensurar o êxito do tratamento

de tuberculose e a consequente diminuição da transmissão da doença.

No gráfico 20, pode-se perceber o declínio no alcance da cura. A meta foi

atingida nos anos de 2013, 2014 e 2015. O Ministério da Saúde preconiza no

mínimo 75% de alcance, porém o município pactuou 60,6%. O maior problema

encontrado é a não adesão ao tratamento.

O paciente que abandona o tratamento torna-se uma importante fonte de

transmissão do bacilo, principalmente para os indivíduos infectados pelo vírus da

imunodeficiência humana (HIV).

Salienta-se que o desaparecimento dos sintomas leva alguns indivíduos a

acreditar que a doença acabou e abandonam o tratamento. Outros indivíduos

atribuem que os efeitos adversos inerentes ao medicamento estão trazendo

malefícios e abandonam o tratamento.

As populações especiais como: População Privada de Liberdade (PPL) e

população em situação de rua apresentam elevada taxa de abandono de tratamento

Page 105: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

105

pois apresentam vulnerabilidades sociais. Uma das dificuldades no programa é que

a PPL obtém alvará de soltura e mudam ou não atualizam o endereço, dificultando a

busca ativa e continuidade do tratamento.

O Programa investe nas capacitações dos profissionais de saúde para o

manejo adequado da doença e há necessidade de fortalecer a interação paciente e

profissional com esclarecimentos da doença e seus efeitos adversos, diminuindo o

abandono; além do monitoramento dos casos.

2.6.3.6 Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos

anos das Coortes.

Gráfico 21 – Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos

anos das coortes, Campo Grande – MS, 2012 – 2016.

Fonte: SINAN/SMS

O indicador de proporção de cura permite avaliar a qualidade da atenção

e do acompanhamento dos casos novos diagnosticados até a completitude do

tratamento.

No gráfico 21, pode-se perceber o declínio no alcance da cura. A meta foi

atingida nos anos de 2012 e 2013. O Ministério da Saúde preconiza 90% de

alcance, porém o município pactuou 85%. A duração do tratamento é de 6 a 12

Page 106: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

106

86

71

95

72

65

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2012 2013 2014 2015 2016

meses. Os pacientes que não apresentam melhora clínica no final do tratamento,

devem ser avaliados quanto à necessidade de 12 doses adicionais. Assim, temos

pacientes que não terminaram o tratamento, pois necessitaram de doses adicionais.

Pacientes abandonam o tratamento quando apresentam estados

reacionais que não são devido à medicação, porém os mesmos atribuem esses

malefícios aos medicamentos utilizados.

O Programa investe nas capacitações dos profissionais de saúde para o

manejo adequado da doença e há necessidade de fortalecer a interação paciente e

profissional com esclarecimentos da doença e seus estados reacionais, diminuindo o

abandono, além do monitoramento dos casos.

2.6.3.7 Proporção de contatos examinados de casos novos de tuberculose

pulmonar com confirmação laboratorial

Gráfico 22 – Proporção de contatos examinados de casos novos de tuberculose

pulmonar com confirmação laboratorial, Campo Grande – MS, 2012 – 2016.

Fonte: SINAN/SMS

O indicador de proporção de contatos examinados permite prevenir o

adoecimento e diagnosticar precocemente caso de doença ativa nessa população.

No gráfico 22, pode-se perceber oscilação nas proporções de contatos

examinados. A meta foi atingida nos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. O Ministério

da Saúde preconiza 70% de alcance.

Desde o final do ano de 2014 há dificuldades na aquisição do Derivado

Proteico Purificado - PPD pelo Ministério da Saúde. O Ministério realizou

Page 107: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

107

recomendações específicas na indisponibilidade do PPD, pois ele é utilizado para

avaliação de contatos de tuberculose.

Nos anos de 2015 e 2016 houve redução na avaliação de contatos,

mesmo com a nota informativa com as orientações.

O Programa monitora o indicador e solicita relatório das unidades de

saúde que não realizaram a avaliação dos contatos com a justificativa.

2.6.3.8 Proporção de contatos examinados de casos novos de hanseníase

Gráfico 23 – Proporção de contatos examinados de casos novos de hanseníase,

Campo Grande – MS, 2012 – 2016.

Fonte: SINAN/SMS

O indicador de proporção de contatos examinados mede a capacidade

dos serviços em realizar a vigilância de contatos de casos novos de hanseníase

para aumento da detecção oportuna de casos novos.

No gráfico 23, pode-se perceber tendência de declínio e depois de

aumento nas proporções de contatos examinados. A meta foi atingida nos anos de

2012, 2013, e 2016. O Ministério da Saúde preconiza 80% de alcance.

O Programa monitora o indicador e solicita relatório das unidades de

saúde que não realizaram a avaliação dos contatos com a justificativa.

Page 108: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

108

2.6.3.9 Proporção de preenchimento do campo “ocupação” nas notificações

de agravos relacionados ao trabalho.

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), um dos

sistemas de responsabilidade do Ministério da Saúde, disponibiliza dados referentes

aos agravos e doenças de notificação compulsória da saúde do trabalhador

definidos nas Portarias GM/MS nº 204 e 205, de 17 de fevereiro de 2016:

Acidente de trabalho Grave – ATG,

Acidente de Trabalho com exposição a material Biológico – ATMB,

Acidente com Animal Peçonhento relacionado ao Trabalho

Intoxicação Exógena Relacionado ao Trabalho

Perda Auditiva Induzida por Ruído– PAIR

Lesão por Esforços Repetitivos e Distúrbio Osteomuscular Relacionado

ao Trabalho – LER/DORT

Dermatose Ocupacional

Pneumoconiose relacionado ao trabalho

Câncer relacionado ao trabalho

Transtorno Mental relacionado ao trabalho

Todas estas fichas possuem o campo ocupação, que no SINAN é campo

obrigatório, impedindo a digitação do próximo campo da ficha, ou seja, todas as

fichas de notificação dos agravos relacionados ao trabalho é obrigatório o

preenchimento do campo ocupação.

O quadro abaixo mostra o total de notificações dos agravos relacionados

ao trabalho de 2013 a 2016, atendidos em Campo Grande.

Tabela 32 - Total de casos notificados dos agravos relacionados ao trabalho,

atendidos em Campo Grande – MS, 2013 a 2016.

Agravos Saúde do Trabalhador 2013 2014 2015 2016 Total

Acidente de Trabalho Grave-ATG 1511 1382 1384 1581 5858

Acidente com animal peçonhento relacionado ao trabalho 31 31 22 20 104

Acidente Trabalho c/Exposição a Material Biológico-ATMB 372 490 522 451 1835

Page 109: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

109

Câncer Relacionado ao Trabalho 0 6 9 24 39

Dermatoses Ocupacionais 0 0 0 0 0

Intoxicações Exógenas ocupacionais 24 16 21 20 81

LER/DORT 33 13 410 329 785

PAIR 281 267 129 92 769

Pneumoconiose relacionado ao trabalho 2 0 0 0 2

Transtorno Mental relacionado ao trabalho 6 3 2 8 19

Total 2260 2208 2499 2525 9492

Fonte: SINAN/SMS

Observa-se que os agravos ATMB, ATG, Câncer e LER/DORT, tiveram

um aumento significativo durante os últimos anos, isso se deve às unidades de

saúde que se tornaram unidades sentinelas para esses agravos, realização de

capacitações e oficinas constantes para os profissionais de saúde com o objetivo de

aprendizado e sensibilização quanto a saúde do trabalhador e também as

constantes visitas técnicas nas unidades de saúde do município de Campo Grande.

Outros agravos como pneumoconiose, dermatose e transtorno mental

relacionado ao trabalho ainda são pouco notificados, dificultando a avaliação da

situação dessas doenças em Campo Grande.

Tabela 33 - Série Histórica dos agravos relacionados à Saúde do Trabalhador

notificados na microrregião de saúde de Campo Grande - MS.

Agravos Saúde do Trabalhador 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Acidentes com Animais Peçonhentos Relacionados ao Trabalho

114 73 81 64 53 385

Acidente de Trabalho c/ Exposição a Material Biológico

395 410 554 601 532 2492

Acidente de Trabalho Grave 1192 1580 1522 1506 1666 7466

Câncer Relacionado ao Trabalho 01 0 6 9 24 40

Dermatose Ocupacional 01 0 0 0 0 01

Page 110: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

110

Intoxicação Exógena Relacionada ao Trabalho 68 52 53 43 33 249

Lesões por Esforços Repetitivos/ Doenças Osteomusculares

36 34 13 411 331 825

PAIR 126 281 267 129 92 895

Pneumoconiose Relacionada ao Trabalho 0 2 0 0 0 02

Transtorno Mental Relacionado ao Trabalho 8 13 6 2 8 37

Total 1941 2445 2502 2765 2739 1239

2

Fonte: SINAN – Acessado em 26/06/2017

Os Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico (ATMB)

tem o segundo maior número de notificações, pois ocorrem com o próprio

profissional de saúde ou prestador de serviços, que imediatamente buscam

atendimento devido à preocupação com a contaminação.

Por outro lado, a Dermatose Ocupacional e a Pneumoconiose,

praticamente não tiveram registros entre 2013 e 2016, apesar das carvoarias,

extração mineral, manuseio com cimentos, solventes e tintas estarem ligados

diretamente aos agravos dos trabalhadores.

As fichas de notificações de Intoxicações Exógenas e Acidentes com

Animais Peçonhentos possuem um campo que relaciona o acidente ao trabalho. Em

muitas notificações, este campo não é preenchido adequadamente, produzindo um

número inferior de acidentes relacionados ao trabalho não condizentes com a

realidade.

Outro exemplo são os registros de afastamentos por Transtornos Mentais

relacionados ao trabalho e as Lesões por Esforços Repetitivos/Doenças

Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (LER/DORT), que registrou números

baixos quando comparados aos números apresentados pelas empresas e serviços

públicos.

Alguns agravos tiveram diminuição de registros em 2016, situação comum

nas grandes epidemias, tais como a dengue, onde o foco da notificação fica

alterado.

Por fim, quando se avalia isoladamente as fichas de notificações,

observa-se uma baixa qualidade de preenchimento destas, com campos em branco

Page 111: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

111

ou ignorado. Ainda assim, são enviadas solicitações de correções e preenchimentos

de campos cujas informações poderão ser corrigidas pelos municípios.

2.6.3.10 Número de casos de violências notificados nos serviços de saúde

Gráfico 24 - Total de casos de violência notificados nos serviços de saúde, Campo

Grande – MS, 2012 - 2016.

Fonte: SINAN/NPV/CVE/SVS/SESAU

No gráfico 24 apresenta-se a evolução das notificações dos casos de

violência atendidos nos serviços de saúde com tendência de estabilização. Este

resultado demonstra a atenção dos profissionais de saúde no acolhimento a este

público bem como os investimentos em capacitação e monitoramento da área

técnica da vigilância.

3885

40504016

4000

4162

3700

3750

3800

3850

3900

3950

4000

4050

4100

4150

4200

2012 2013 2014 2015 2016

Page 112: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

112

Gráfico 25 - Total de notificações dos casos de violência, por faixa etária e sexo,

realizadas nas unidades de saúde de Campo Grande – MS, 2016.

Fonte: SINAN/NPV/CVE/SVS/SESAU

Acima apresenta-se a distribuição dos casos de violência por faixa etária

e sexo. Do total dos casos notificados no ano de 2016 crianças e adolescentes, na

faixa etária de menor de 1 a 19 anos, somou 47% do total dos casos. Nesse grupo

etário as ocorrências em crianças apresentaram pouca variação entre os sexos, já

entre os adolescentes há uma predominância para o sexo feminino.

Mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos somaram 31% e pessoas idosas

14% do total dos casos.

Gráfico 26 - Total de notificações dos casos de violência, quanto ao tipo de

violência, realizadas nas Unidades de Saúde de Campo Grande – MS, 2016.

Fonte: SINAN/NPV/CVE/SVS/SESAU

0

100

200

300

400

500

600

136

270

124129

189140

8360 59

101 120

76

174

295

122171

344

554

386

251

106

71111 90 Masculino

Feminino

1491

188

3001672

89141 44 2 Física

Sexual

Psicológica/Moral

Negligência/Abandono

Tentativa de Suicídio

Financeira/Econômica

Tortura

Intervenção legal

N*=4629

N*= 4.162

Page 113: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

113

O gráfico 26 apresenta a distribuição dos casos de violência quanto ao

tipo. As negligências responderam por 36% do total dos casos com maior

vulnerabilidade para crianças e adolescentes e idosos, seguido da violência física

com 32% com incidência relevante em crianças, adolescentes e mulheres adultas.

As tentativas de suicídio representaram 19% do total com predominância em

pessoas do sexo feminino, na faixa etária de 14 a 49 anos.

Gráfico 27 - Total de notificações de tentativas de suicídio, por faixa etária e sexo,

realizada nas unidades de saúde de Campo Grande – MS, 2016.

Fonte: SINAN/NPV/CVE/SVS/SESAU

Acima demonstra-se o total de casos de tentativas de suicídio notificados

nos serviços de saúde no ano de 2016. Observa–se maior incidência em pessoas na

faixa etária de 10 a 59 anos com 94% dos casos. Pessoas do sexo feminino

apresentam maior risco com 64% do total dos casos notificados.

Ressalta-se que o Núcleo de Prevenção às Violências instituiu o

seguimento dos casos de violências em toda a atenção básica e tem reforçado a

importância do acolhimento por meio de capacitações e orientações técnicas,

incluindo as tentativas de suicídio, porém sinaliza-se a importância de maiores

investimentos em tratamento e acompanhamento voltados à saúde mental desta

população, em tempo oportuno.

0

50

100

150

200

0 0 321

33

90

60

3522 14 8 30 1 3

44

129

177

10991

28

9 8 3

Masculino

Feminino

N*= 891

Page 114: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

114

2.6.3.11 Proporção de notificações de violência interpessoal e autoprovocada

com o campo raça/cor preenchido com informações válidas – PQA-VS

O indicador reflete a completude do campo raça cor. Sua importância se

dá em razão da identificação da vulnerabilidade às violências em determinadas

populações associadas às condições étnico–raciais.

Gráfico 28 - Proporção de preenchimento do campo “raça/cor” válidos na ficha de

notificação de violências interpessoais e autoprovocadas, Campo Grande – MS,

2014 a 2017.

Fonte: SINAN/NPV/CVE/SVS

Estas informações devem ser analisadas, monitoradas e utilizadas na

implementação de políticas públicas de cuidado e proteção à saúde em consonância

com o princípio da promoção a equidade proposto pelo SUS. A meta a ser atingida é

de 95%, sendo alcançada a partir de 2017 quando houve reforço no monitoramento

deste indicador.

2.6.3.12 Coqueluche

A Coqueluche é uma doença de notificação obrigatória em todo o país,

assim como o Município de Campo Grande.

A mesma é causada por uma bactéria (Bordetela pertusis), que causa

quadro agudo de tosse paroxística. Observou-se (tabela 34) um aumento no número

de casos notificados a partir de 2012 com 152 casos notificados com 67,7% de

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2014 2015 2016 2017

83

72

7596

Percentual depreenchimento docampo raça/corválidos

Dados sujeitos a alterações

Page 115: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

115

confirmação laboratorial, em 2013 atingindo seu ápice com 368 casos notificados e

81,5% de confirmação laboratorial. Em 2014 observa-se uma pequena diminuição,

mas com ocorrência de 01 óbito pelo agravo.

Tabela 34 - Casos Notificados de Coqueluche 2012 a 2016, Campo Grande- MS

Casos notificados Confirmado Descartado Óbito

2012 49 103 0

2013 68 300 0

2014 76 290 1

2015 31 138 0

2016 0 91 0

Total 224 922 1

Fonte: SINAN/CVE/SESAU

2.6.3.13 Doenças exantemáticas

As doenças exantemáticas são agravos de notificação imediata em todo o

País. Historicamente houve um aumento nos casos de Rubéola e Sarampo a partir

de 2006, principalmente na região Nordeste dos Pais, com ocorrência de vários

surtos em 2014. No Município de Campo Grande, obteve-se 231 notificações (tabela

35) nessa série histórica de 05 anos, porém, não foi registrado nenhum caso

confirmado laboratorialmente.

Tabela 35 - Casos Notificados de Doenças Exantemáticas 2012 a 2016, Campo

Grande – MS.

Ano da Notificação Sarampo Rubéola Total

2012 3 81 84

2013 0 53 53

2014 1 62 63

2015 1 11 12

2016 1 18 19

Total 6 225 231

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

2.6.3.14 Meningite

Page 116: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

116

Tabela 36 - Casos notificados de Meningite, segundo etiologia, 2012 a 2016, Campo

Grande- MS

Ano da Notificação Descartado MCC MM MM+MCC MTBC MB MNE MV MOE MH MP

2012 8 0 5 1 0 8 14 35 5 1 3

2013 15 2 5 0 0 9 44 41 11 0 2

2014 24 2 3 0 3 4 19 38 5 0 4

2015 30 1 4 0 1 10 32 26 11 0 6

2016 34 0 2 0 8 12 30 27 11 0 7

Total 111 5 19 1 12 43 139 167 43 1 22

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

No período de 2012 a 2016 foram notificados 563 casos suspeitos de

meningite de residentes em Campo Grande e confirmado 563 casos (tabela 36).

A meningite viral registrou maior número de casos em relação às demais

etiologias, 167 casos (29,66%), seguida das meningites não especificada com

139 casos (24.68%) e das meningites bacterianas 43 casos e meningites de

outra etiologia 43 casos, ambas correspondendo a 7,63%.

Tabela 37 - Casos Notificados de Meningites, segundo classificação final e faixa

etária- 2012 a 2016, Campo Grande- MS

Etiologia <1

Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80 e+ Total

MCC 0 2 0 0 1 1 0 0 1 0 5

MM 3 2 2 2 3 5 1 1 0 0 19

MM+MCC 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

MTBC 0 0 0 0 1 5 3 2 1 0 12

MB 11 4 0 0 1 11 6 5 5 0 43

MNE 26 25 11 12 7 27 14 9 7 1 139

MV 29 27 20 11 10 36 18 10 5 1 167

MOE 3 0 1 0 1 15 15 8 0 0 43

MH 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1

MP 1 2 1 1 0 8 5 4 0 0 22

Page 117: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

117

Total 74 62 35 26 24 109 62 39 19 2 452

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Observa-se um aumento no número de casos de Meningite

Pneumocócica (MP), principalmente na faixa etária adulta de 20 a 34 anos,

correspondendo a 36,36%, e na faixa etária de 35 a 49 anos, com 22,7% (tabela 37).

O último caso de Meningite por Haemóphilos influenza (MH) foi registrado

em 2012, com advento da vacinação em menores de 01 ano.

Legenda Etiologia das Meningites

MCC Meningite Meningocócica

MM Meningococcemia

MM+MCC Meningite Meningocócica+Meningococcemia

MTBC Meningite Tuberculose

MB Meningite Bacteriana

MNE Meningite não Especificada

MV Meningite Viral

MOE Meningite por outra etiologia

MH Meningite Haemophilus Influenza

MP Meningite Pneumocócica

2.6.3.15 Dengue

A população de Campo Grande vem convivendo com a dengue desde o

ano de 1986 quando foi isolado o vírus, sorotipo DEN 1, e dez anos depois se

identificou o sorotipo DEN 2, que foi responsável pela epidemia que ocorreu em

2002, chegando a aproximadamente 13.000 notificações. Em 2005 começou a

circulação pelo sorotipo DEN 3, e devido a existência de uma população

susceptível e condições favoráveis, veio a deflagrar epidemia em 2007, com

início em 2006. Em 2008 os casos de dengue ocorreram dentro do limiar

endêmico, onde se notificou 1.743 casos, confirmando 220 casos,

representando 12% de positividade.

Em setembro de 2009, observou-se um aumento significativo, mais

precisamente na região urbana da Lagoa do Distrito Sanitário do Oeste, em

especial o bairro do Tarumã e seu entorno, que foi responsável pela epidemia de

2010, onde o número de casos suspeitos notificados foram 42.245, sendo

confirmados 29.536 casos (critério clínico epidemiológico e laboratorial), sendo

Page 118: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

118

130 casos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD), dos quais 22 evoluíram para

óbito.

No ano de 2011, totalizaram 6.268 casos suspeitos de dengue,

representando uma incidência de 774,80 casos/100.000 hab. Ocorreram 14

casos de FHD e 03 óbitos por Dengue.

Tabela 38 - Casos de Dengue, por ano e classificação, Campo Grande, MS,

2012 a 2016.

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Notificados 8087 46654 3088 14450 28459 100738

Confirmados 3395 14112 1169 5960 17626 42262

FHD 19 153 * * * 172

DCC 75 413 * * * 488

Dengue Grave * * 0 8 6 14

Óbitos 4 12 0 3 4 23

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Analisando os últimos cinco anos (Tabela 38) observa-se que no ano de

2012 houve a notificação de 8087 casos, com a confirmação de 3395 casos, sendo

que destes 19 classificados como Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) e 75 como

Dengue com Complicações (DCC) e 04 óbitos; em 2013 foram notificados 46654

casos, sendo confirmados 14112 casos, 153 FHD, 413 DCC e 12 óbitos; em 2014

houve uma mudança pelo Ministério da Saúde na classificação dos casos, deixando

de existir Febre Hemorrágica do Dengue e Dengue com Complicações, passando a

classificar os casos como Dengue, Dengue com Sinais de Alarme e Dengue Grave.

Neste formato, em 2014 foram 3088 casos notificados, 1169 confirmados

e nenhum caso de Dengue grave ou óbito.

Em 2015 foram notificados 14450, confirmados 5960, sendo 08 dengue

grave com 03 óbitos; em 2016 foram 28459 casos notificados, 17626 confirmados,

06 dengue grave com 04 óbitos.

Page 119: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

119

Gráfico 29 – Casos de dengue e limiar endêmico, Campo Grande, MS, 2013.

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Gráfico 30 – Casos de dengue e limiar endêmico, Campo Grande, MS, 2016.

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Percebe-se a ocorrência do aumento no número de casos nos anos de

2013 e 2016, caracterizando nestes anos a ocorrência de epidemia, conforme se

0,00

1000,00

2000,00

3000,00

4000,00

5000,00

6000,00

7000,00

8000,00

9000,00

10000,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Casos de dengue e limiar endêmico, Campo Grande, MS, 2016.

Limiar endêmico

Casos

Page 120: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

120

verifica nos gráficos 29 e 30, que demonstram a ocorrência de casos em relação ao

limiar endêmico.

Nesse sentido, o Índice de Infestação predial para Aedes aegypti

acima de 1% têm contribuído com as epidemias de Dengue.

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o risco de ocorrência

de epidemias de dengue com infestação predial para Aedes aegypti abaixo de 1% é

baixo.

No Município de Campo Grande, MS, as ocorrências de epidemias de

dengue têm apresentado um padrão cíclico bem definido. Nos últimos 10 anos,

ocorreu uma epidemia a cada 03 anos, sendo a última em 2016. A duração do

período epidêmico começa no mês de dezembro e se estende até o mês de abril.

Em 2014, o Índice de Infestação predial de janeiro foi de 2,1% e o de março de

1,5%. Em 2015 esse Índice foi de 1,8% em janeiro e 1,9% em Março. Em 2016 não

houveram os levantamentos devido epidemia neste período. Em 2017 o índice de

janeiro foi de 1,6%.

A manutenção do Índice de Infestação Predial elevado expõe a população

ao risco de ocorrência de Epidemias da dengue, chikungunya e zika, podendo

ocasionar óbitos por estas doenças. A chikungunya pode ocasionar casos crônicos

de artralgias e a zika produz casos de microcefalias e outros problemas. Para a

gestão produzirá gastos significativos com internações e tratamentos, além dos

problemas de superlotação das unidades de saúde.

Quanto aos sorotipos circulantes no referido período, observa-se na

tabela 38, que em 2012 o sorotipo predominante foi o DENV4, com 62% do total, em

2013 a predominância permaneceu, o sorotipo DENV4 foi identificado em 74% dos

casos; em 2014 foi identificado somente o sorotipo DENV4; em 2015 alterou a

predominância para o DENV1, com 89%, mantendo esse sorotipo em 2016, com

97%.

Tabela 39 - Sorotipos de dengue identificados em Campo Grande, MS, 2012 a 2016.

2012 % 2013 % 2014 % 2015 % 2016 %

DENV1 7 24,14 2 6,45 0 0 41 89,13 81 97,59

DENV2 4 13,79 6 19,35 0 0 1 2,17 0 0,00

DENV4 18 62,07 23 74,19 2 100 4 8,70 2 2,41

TOTAL 29

31

2

46

83

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Page 121: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

121

Figura 8 – Mapa de estratificação de risco de dengue por bairros, Campo Grande,

MS, 2016.

Apesar do agravo afetar todo o município, a distribuição pelos grandes

bairros não ocorre de forma linear, apresentando, geralmente diferentes incidências.

No ano de 2016, quando houve período epidêmico, conforme pode-se verificar na

figura 08 os bairros de maior incidência foram Aero Rancho, Chácara dos Poderes,

Noroeste, Novos Estados, Veraneio, Margarida, Jacy e Alves Pereira.

2.6.3.16 Chikungunya

Em Campo Grande a Vigilância da Febre de Chikungunya se iniciou em

torno de Outubro de 2014, quando houve a confirmação de um caso autóctone.

Tabela 40 - Casos de Chikungunya em Campo Grande, MS, 2014 a 2016

2014 2015 2016 Total

Notificados 49 173 265 487

Confirmados importados 0 1 1 2

Confirmados autóctones 1 0 7 8

Óbitos 0 0 0 0

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Em 2015 não houve casos autóctones. Em 2016 foram notificados 265

casos, sendo 07 confirmados, todos autóctones, comprovando a introdução do vírus

no município (Tabela 40).

Page 122: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

122

Tabela 41 – Casos confirmados de Chikungunya por faixa etária, Campo Grande,

MS, 2016

Faixa etária Casos %

<1 ano 0 0

1 a 9 1 14,29

10 a 19 0 0,00

20 a 39 4 57,14

40 a 59 1 14,29

60 + 1 14,29

Total 7

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Dos casos confirmados autóctones de Chikungunya, 57% ocorreram na

faixa etária de 20 a 39 anos, seguido pelas faixas de 1 a 9, 40 a 59 e 60 e mais, com

14,29% cada, conforme demonstrado na tabela 41.

2.6.3.17 Vírus Zika

A vigilância epidemiológica do Zika foi introduzida em Campo Grande em

Novembro de 2015, e neste mesmo ano foram notificados 766 casos, confirmando

27 casos autóctones.

Gráfico 31 – Casos de Zika, Campo Grande, MS, 2015 a 2016.

Fonte: SINAN/CVE/DVS/SESAU

Em 2016, foram notificados 4.594 casos suspeitos, confirmando

laboratorialmente 156 casos (Gráfico 31). A partir de Fevereiro de 2016, a coleta de

3

24

36

53

41

11 12

2 0 0 0 0 0 10

10

20

30

40

50

60

Casos de Zika, Campo Grande, MS, 2015 a 2016.

CONFIRMADOS LAB

Page 123: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

123

exames passou a ser exclusiva para gestantes, casos graves e síndromes

neurológicas.

Tabela 42 – Casos de Zika em Gestantes, Campo Grande, MS, 2015 a 2016.

2015 2016 Total

Gestantes em Acompanhamento 49 447 496

Zika positivo 9 146 155

Zika negativo 10 165 175

Sem coleta 30 136 166

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

No período de 2015 a 2016 houve, no total, 496 gestantes suspeitas de

Zika, sendo 155 positivas e 175 negativas, as demais não fizeram coleta. Destas

gestantes, foram informados 441 nascimentos (Tabela 42), sendo que destes, 20

amostras do parto (cordão umbilical e placenta) foram positivas.

Tabela 43 – Nascimentos de crianças com Zika, Campo Grande, MS, 2015 a 2016

Total de nascimentos informados 441

Coletados 118

Positivos 20

Negativos 98

Sem coleta 323

Microcefalia sugestiva de Infecção Congênita por Zika 13

Fonte: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Destes nascimentos, houve a confirmação de 13 casos de Microcefalia

relacionados à infecção congênita pelo vírus Zika (Tabela 43).

2.6.3.18 Leishmaniose Visceral

A Leishmaniose Visceral é um dos maiores problemas de Saúde

Pública enfrentados em Campo Grande, pois desde sua introdução no

município, com primeiros casos autóctones em torno de 2002, sua incidência se

manteve elevada, com altas taxas de letalidade, sendo alvo de ininterruptas

ações no intuito de controlar a doença, tendo se mostrado de muito difícil controle.

Page 124: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

124

Tabela 44 – Casos de Leishmaniose Visceral Humana, conforme classificação final

e evolução, Campo Grande, MS, 2012 a 2016.

2012 2013 2014 2015 2016 Total

SUSPEITOS 537 543 476 332 351 2239

CONFIRMADOS 257 196 137 88 88 766

CONFIRMADOS AUTOCTÓNES 193 155 86 70 52 556

CONFIRMADOS IMPORTADOS 60 39 51 18 36 204

ÓBITOS AUTÓCTONES 11 12 6 4 3 36

FONTE: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Nos anos de 2012 a 2016 foram notificados e dados seguimentos a

mais de 2.200 casos suspeitos de Leishmaniose Visceral Humana em Campo

Grande, distribuídos conforme tabela acima, sendo que destes foram

confirmados cerca de 34%. Somente em 2012 foram notificados 537 casos de

Leishmaniose Visceral Humana, com confirmação de 257 casos.

Porém deve-se destacar que Campo Grande, além de seu elevado

número de casos, ainda centraliza o tratamento e acompanhamento de casos do

interior do Estado, isto se evidencia quando se observa que do total dos casos

confirmados em 2016, 40% são casos de outros municípios.

Referente aos casos residentes em Campo Grande (autóctones),

foram 556 pacientes que adoeceram por Leishmaniose Visceral nos últimos 05

anos. Destes, 36 pacientes morreram pelo agravo (Tabela 43).

Gráfico 32 – Incidência e letalidade da Leishmaniose Visceral, Campo Grande,

MS, 2012 a 2016.

FONTE: SINAN/CVE/SVS/SESAU

24,9919,25

10,33 8,41 6,25

5,53 7,74 6,98 5,71 5,770

10

20

30

2012 2013 2014 2015 2016

Incidência

Page 125: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

125

No gráfico 32, visualiza-se a incidência da Leishmaniose Visceral ao

longo dos últimos 05 anos, percebendo claramente a tendência de queda, passando

de 24,99 em 2012 para 6,25 em 2016. Já quando se analisa a letalidade, observa-se

uma curva linear, com pouca alteração nestes anos, permanecendo entre 5 e 7%.

Tabela 45 – Casos autóctones de Leishmaniose Visceral por faixa etária, Campo

Grande, MS, 2012 a 2016

Faixa

Etária 2012 % 2013 % 2014 % 2015 % 2016 % Total %

<1 Ano 13 6,74 6 3,87 5 5,81 9 12,86 2 3,85 35 6,29

01-04 47 24,35 20 12,90 11 12,79 12 17,14 7 13,46 97 17,45

05-09 7 3,63 6 3,87 5 5,81 1 1,43 1 1,92 20 3,60

10-14 1 0,52 2 1,29 2 2,33 1 1,43 0 0,00 6 1,08

15-19 4 2,07 7 4,52 7 8,14 0 0,00 0 0,00 18 3,24

20-34 29 15,03 24 15,48 17 19,77 14 20,00 15 28,85 99 17,81

35-49 44 22,80 42 27,10 14 16,28 18 25,71 15 28,85 133 23,92

50-64 20 10,36 22 14,19 10 11,63 8 11,43 9 17,31 69 12,41

65-79 22 11,40 20 12,90 10 11,63 5 7,14 2 3,85 59 10,61

80 e+ 6 3,11 6 3,87 5 5,81 2 2,86 1 1,92 20 3,60

Total 193 155 86 70 52 556

FONTE: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Na distribuição destes casos por faixa etária, nota-se que a faixa etária

mais acometida, geralmente, são os adultos jovens de 34 a 49 anos, seguidos

pelo faixa etária de 20 a 34 anos, representando, juntos mais de 40% dos casos.

O grupo considerado de risco para óbito são os adultos acima de 50 anos, a

ocorrência de casos neste grupo representou cerca de 25% do total.

Tabela 46 – Óbitos autóctones de Leishmaniose Visceral por faixa etária,

Campo Grande, MS, 2012 a 2016

Faixa

Etária 2012 % 2013 % 2014 % 2015 % 2016 % Total %

<1 Ano 1 9,09 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 2,78

01-04 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00

05-09 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00

Page 126: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

126

10-14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00

15-19 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00

20-34 0 0,00 1 8,33 2 33,33 0 0,00 0 0,00 3 8,33

35-49 6 54,55 3 25,00 1 16,67 0 0,00 0 0,00 10 27,78

50-64 2 18,18 3 25,00 1 16,67 2 50,00 2 66,67 10 27,78

65-79 2 18,18 3 25,00 2 33,33 1 25,00 1 33,33 9 25,00

80 e+ 0 0,00 2 16,67 0 0,00 1 25,00 0 0,00 3 8,33

Total 11

12

6

4

3

36

FONTE: SINAN/CVE/SVS/SESAU

Essa faixa etária de maior risco representou mais de 60% dos óbitos

ocorridos ao longo dos últimos 05 anos. Os óbitos, quando ocorrem em outras

faixas etárias, estão, geralmente, associados à presença de co-morbidades ou

ao diagnóstico tardio. Nas faixas etárias compreendidas entre 01 e 34 anos, ao

longo destes 5 anos, foram registrados 04 óbitos. Os óbitos em menores de 01

ano totalizou 01 caso ao longo do período analisado (Tabela 45).

A demora na disponibilização de resultados de exames de

Leishmaniose Visceral Canina (LVC) realizada pelo laboratório de diagnóstico de

zoonoses retarda a adoção de medidas de controle em tempo oportuno da LVC no

município, aumentando o risco de disseminação da doença no ambiente urbano

visto que o cão é o principal reservatório e amplificador da leishmaniose.

Em média, são extraídas 1.400 amostras/mês, oriundas de inquéritos

caninos.

É necessário buscar estratégias para reduzir o tempo resposta no

atendimento de reclamações, solicitações e serviços não somente no que diz

respeito a LVC, mas também em relação às outras zoonoses.

2.6.3.19 Zoonozes

O serviço laboratorial do centro de Zoonoses realizou 25 análises de

areais de parques e escolas no município no ano de 2016, destas, 07 (28%)

encontravam-se positivas. Já nos 06 primeiros meses deste ano, vistoriou-se 18,

sendo 05 (27,8%) positivas. O Serviço realiza também, exame sorológico para o

Page 127: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

127

diagnóstico da leishmaniose visceral canina (LVC), com positividade de 48,9% nos

exames na sala de vacina, por demanda espontânea da comunidade, e 21,8% nas

coletas residenciais no ano de 2016. Neste ano, já foram identificadas 43,4% de

amostras positivas na sala de vacina e 22,3% nas coletas residenciais.

Ainda em relação ao controle da LVC realizou-se no ano de 2016

Inquérito Amostral a fim de se diagnosticar a prevalência da doença nos cães do

município. Constatou-se 20,24% de positividade canina em Campo Grande. Por

distrito, foi constatado 23,88% no Anhanduizinho, 15,49%, no Centro, 18,75% no

Lagoa, 16,84% no Imbirussu, 21,83%, no Segredo, 22,16% no Prosa, e 22,73% na

região do Bandeira. No ano de 2017 foi realizado manejo ambiental nos domicílios

de 11 bairros cujas prevalências caninas foram mais altas.

No que se refere à Vigilância da Raiva e controle de população animal,

realizou-se 4663 visitas domiciliares, observou-se 2.849 animais agressores em

atendimento às 4259 pessoas agredidas no município, sendo 68,6% dos

observáveis. Neste ano observou-se 1510 animais das 2.181 agredidos, sendo

71,5% observáveis. Finalizou-se a Campanha Antirrábica Animal com 78,3% dos

cães e 134,3% dos gatos estimados vacinados. No ano de 2016 realizou-se 1985

vistorias zoossanitárias em atendimento a denúncias, com 243 Autos de Infração

emitidos. E, até junho deste ano, 1058 vistorias com 182 autuações. Castrou-se em

média 402 cães e gatos por mês em 2016 e 462 em 2017. Foram recolhidos 10268

animais em 2016 e 5347 até junho deste ano.

A Vigilância Sanitária possui cadastrados 18.653 estabelecimentos. Para

realizar a fiscalização e licenciamento desses locais, além de uma série de

atividades, como, a coleta de amostras de água, de alimentos, de medicamentos e

produtos, atendimento de denúncias, investigação de acidentes e mortes no

trabalho, ainda vistoria locais para controle do Aedes aegypti. O prazo concedido

para os estabelecimentos adotarem as providências sanitárias é 30 dias, podendo

ser prorrogado mediante solicitação, conforme a Lei nº 148/2009 - Código Sanitário

Municipal. Assim, o tempo para licenciamento é variado, de acordo com a

complexidade da atividade desenvolvida pela empresa.

Até então, inspecionar todos os estabelecimentos de alto risco

sanitário, sujeitos a fiscalização da vigilância sanitária, ainda não é realidade.

Contudo, a Vigilância Sanitária busca atender com prioridade e rigor as

atividades de alto risco sanitário, pois nelas é maior a possibilidade de ocorrência de

Page 128: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

128

evento que poderá ser danoso para a saúde; ou seja, refere-se à possibilidade de

algo – produto, processo, serviço, ambiente – causar direta ou indiretamente danos

à saúde. As atividades com alto risco sanitário são então, aquelas em que são

produzidos ou comercializados produtos ou oferecidos serviços que podem causar

danos à saúde, como por exemplo: contaminação dos produtos, contágios de

doença, acidentes aos trabalhadores etc. Outros serviços considerados prioritários

também são realizados, devido ao risco necessitam ser feitos com agilidade, como o

atendimento de denúncias e solicitações de Órgãos (Ministério Público Estadual,

Programa de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON, Delegacia de Polícia

de Defesa do Consumidor – DECON, Delegacia Especializada de Representação

aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista - DECAT), o que ocasiona

demora nas inspeções e atrasos nas reinspeções aos estabelecimentos, justamente

pelo número de recursos humanos insuficientes. O atendimento da demanda do

Ministério Público Estadual é um serviço que tem que ser realizado com prazo

determinado, como as fiscalizações nas Unidades de Saúde, parques públicos,

Escolas e CEINFIS municipais, locais dispensados de licença sanitária para

funcionar, porém necessitam de acompanhamento da fiscalização sanitária com o

envio de relatórios para o Órgão.

Para otimizar a fiscalização sanitária é necessário um sistema

informatizado com todos os registro das ações desenvolvidas na área para

possibilitar o acesso rápido de informações sobre a situação sanitária dos

estabelecimentos existentes na cidade. Atualmente utiliza-se o Sistema

Organizacional da Saúde – SOSWEB que contém o módulo Vigilância Sanitária,

desenvolvido pelo Instituto Municipal de Tecnologia da Informação, no qual é feito

apenas o cadastramento das empresas e a emissão da licença sanitária. Faz-se

necessária a implementação desse sistema, criação de outros módulos para

atendimento da Lei Complementar nº 148, de 23 de dezembro de 2009 (Código

Sanitário Municipal) e Resolução SESAU nº 283, de 20 de setembro de 2016 que

trata do licenciamento sanitário de empresas, estabelecimentos, eventos e veículos

de interesse à saúde no âmbito do Município de Campo Grande com a

disponibilização de acesso às informações em tempo real para garantir o controle

mais efetivo e rápido dos dados, e assim, otimizar o trabalho da Vigilância Sanitária.

O sistema possibilitará a equipe de fiscalização e gestores que tenham subsídios

adequados para o melhor desenvolvimento de ações.

Page 129: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

129

O atendimento das metas elencadas são de grande importância para a

saúde pública, sendo que as ações de fiscalização sanitárias possuem previsão

orçamentária de Recursos Federais procedentes da Portaria nº 1378/GM/MS, de

09/07/2013, da Portaria nº 475/GM/MS, de 31/03/2014 - Bloco de Financiamento de

Vigilância em Saúde; Portaria nº 3.086/2013; do Piso Fixo de Vigilância Sanitária –

PFVISA e dos repasses da Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul.

A Vigilância Sanitária recebe em torno de 1700 denúncias por ano (média

de 142 denúncias por mês) relacionadas às questões de inadequação das

condições de funcionamento de estabelecimentos industriais e comerciais,

prestadores de serviços de saúde, meio ambiente, saúde do trabalhador, de

produtos, resíduos e outros, que podem oferecer riscos à saúde da população e

assim, consideradas como prioridades. Recebe-se as denúncias da Ouvidoria SUS

feitas por munícipes, de Órgãos públicos como o Ministério Público Estadual,

Programa de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON, Delegacia de Polícia

de Defesa do Consumidor – DECON, Delegacia Especializada de Representação

aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista - DECAT) e outros por ofício.

O atendimento de denúncias relacionadas às questões ambientais

(manutenção de locais com água parada e destinação inadequada de resíduos)

também são prioridade, devido aumento do número de casos de Dengue, Zika,

Chikungunya e suas consequências.

O serviço tem recebido com maior frequência, denúncias de acidentes e

mortes no trabalho feito por delegacias e pelo Ministério Público Federal do

Trabalho. O tempo médio para atender essas demandas é de 05 dias, dependendo

da gravidade, teor do assunto e localização. Os casos de acidentes de trabalho,

intoxicação alimentar e situações de maior risco à população são atendidos

praticamente em 24 horas. Portanto, o tempo para o atendimento das denúncias

esta acima do parâmetro recomendado.

A busca da agilidade nos atendimentos das denúncias destina-se a evitar

a ocorrência de doenças ou agravos à saúde. Desta forma, a diminuição do tempo

de atendimento vem de encontro com a necessidade da população e papel do

Estado de melhorar os serviços prestados.

Não há dados referentes à Segurança do Paciente na Prefeitura de

Campo Grande. Tendo em vista a inexistência de ações relacionadas à

segurança do paciente no município, ocasionando diversos incidentes/eventos

Page 130: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

130

adversos aos pacientes. Há a necessidade de se instituir ações para a promoção da

segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde.

Para isto será considerado o disposto na Resolução RDC/ANVISA nº

36/2013, onde são adotadas as seguintes definições: boas práticas de

funcionamento do serviço de saúde: componentes da garantia da qualidade que

asseguram que os serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados;

cultura da segurança: conjunto de valores, atitudes, competências e

comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da

segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as

falhas e melhorar a atenção à saúde; dano: comprometimento da estrutura ou

função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo doenças, lesão,

sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou

psicológico; evento adverso: incidente que resulta em dano à saúde; garantia da

qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os

serviços prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para os fins a

que se propõem; gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de políticas,

procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação,

comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a

saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional;

incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano

desnecessário à saúde; núcleo de segurança do paciente (NSP): instância do

serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas

à segurança do paciente; plano de segurança do paciente em serviços de saúde:

documento que aponta situações de risco e descreve as estratégias e ações

definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco visando a prevenção e a

mitigação dos incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o óbito do

paciente no serviço de saúde; segurança do paciente: redução, a um mínimo

aceitável, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde; serviço de

saúde: estabelecimento destinado ao desenvolvimento de ações relacionadas à

promoção, proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer que seja o seu

nível de complexidade, em regime de internação ou não, incluindo a atenção

realizada em consultórios, domicílios e unidades móveis; tecnologias em saúde:

conjunto de equipamentos, medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na

Page 131: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

131

atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a infraestrutura e a

organização do serviço de saúde.

Para aplicação das ações é necessária a criação do Núcleo de Segurança

do Paciente e nomear a sua composição, conferindo aos membros autoridade,

responsabilidade e poder para executar as ações do Plano de Segurança do

Paciente em Serviços de Saúde. O NSP deve adotar os seguintes princípios e

diretrizes: A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da

saúde; A disseminação sistemática da cultura de segurança; A articulação e a

integração dos processos de gestão de risco; A garantia das boas práticas de

funcionamento do serviço de saúde. Compete ao NSP: promover ações para a

gestão de risco no serviço de saúde; desenvolver ações para a integração e a

articulação multiprofissional no serviço de saúde; promover mecanismos para

identificar e avaliar a existência de não conformidades nos processos e

procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, medicamentos e

insumos propondo ações preventivas e corretivas; elaborar, implantar, divulgar e

manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;

acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente em Serviços

de Saúde; implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o

monitoramento dos seus indicadores; estabelecer barreiras para a prevenção de

incidentes nos serviços de saúde; desenvolver, implantar e acompanhar programas

de capacitação em segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde;

analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da

prestação do serviço de saúde; compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais

do serviço de saúde os resultados da análise e avaliação dos dados sobre

incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;

notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos

decorrentes da prestação do serviço de saúde; manter sob sua guarda e

disponibilizar à autoridade sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos

adversos; acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco

divulgadas pelas autoridades sanitárias.

O Plano de Segurança do Paciente deve ser elaborado pelo NSP, deve

estabelecer estratégias e ações de gestão de risco, conforme as atividades

desenvolvidas pelo serviço de saúde para: identificação, análise, avaliação,

monitoramento e comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma sistemática;

Page 132: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

132

Integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos serviços de

saúde; Implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde;

Identificação do paciente; Higiene das mãos; Segurança cirúrgica; Segurança na

prescrição, uso e administração de medicamentos; Segurança na prescrição, uso e

administração de sangue e hemocomponentes; Segurança no uso de equipamentos

e materiais; Manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este

procedimento for realizado; Prevenção de quedas dos pacientes; Prevenção de

úlceras por pressão; Prevenção e controle de eventos adversos em serviços de

saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde; Segurança nas

terapias nutricionais enteral e parenteral; Comunicação efetiva entre profissionais do

serviço de saúde e entre serviços de saúde; Estimular a participação do paciente e

dos familiares na assistência prestada; Promoção do ambiente seguro.

O monitoramento dos incidentes e eventos adversos será realizado pelo

Núcleo de Segurança do Paciente – NSP através de notificação dos eventos

adversos, por meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa.

O descumprimento das disposições contidas na RDC/ANVISA nº 36/2013,

constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977,

sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.

Page 133: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

133

2.7 FLUXOS DE ACESSO

A Atenção Primária em Saúde é por definição o primeiro acesso do

paciente dentro de uma rede de assistência. Além de dar resposta à maioria dos

agravos mais prevalentes na população que assiste, atua como aquele que ordena o

acesso para os demais pontos de atenção.

Dentro da rede municipal de saúde, as Unidades Básicas de Saúde - UBSS

e Unidades Básicas de Saúde da Família - UBSF se encontram distribuídas nos

diversos bairros e regiões da cidade, fazendo-se especialmente presente nas áreas

mais periféricas e vulneráveis. O trânsito dos pacientes da atenção básica para outros

níveis de atenção da rede se dá através de dois sistemas de regulação: os casos de

urgência que se destinem a UPA e hospitais são regulados via Central de Regulação

do SAMU; os casos destinados à atenção especializada são inseridos e regulados

através do sistema SISREG, abrangendo consultas, procedimentos e exames

diagnósticos.

Apesar da existência de formulários de contra referência, atualmente não é

prática comum o retorno do paciente dos atendimentos de nível secundário e terciário

com dados qualificados para continuidade e coordenação do cuidado na atenção

básica.

Figura 11. Fluxograma de acesso aos serviços de Atenção Básica.

ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE - MS

UNIDADES DE SAÚDE DE ATENÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Atende e caso necessário, encaminha

UNIDADES DE SAÚDE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA

Recebe , acompanha e agenda manutenção periódica

UNIDADES DE SAÚDE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA

Acolhe, avalia, trata e/ou encaminha

CENTRO DE ESPECIALIDADES

Recebe, trata e/ou encaminha

HOSPITAL OU UNIDADE DE REFERÊNCIA

Avalia e trata

Page 134: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

134

Em relação às consultas especializadas são ofertadas tanto pela rede

própria quanto pela rede complementar.

O paciente inicia o processo pela Rede de Atenção Básica, por meio da

consulta médica, onde o profissional irá solicitar exames de acordo com os protocolos

de acesso de cada especialidade, conforme a necessidade e, posteriormente esta

solicitação será inserida no Sistema de Regulação – SISREG.

O tempo entre a inclusão do paciente no sistema até o seu atendimento

depende do caso clínico, avaliado pelo medico regulador conforme classificação de

risco, especificidades de cada serviço e cronologia.

Tendo em vista que o atendimento integral ao paciente é uma Diretriz do

SUS e deve ser fornecido mediante a uma porta de entrada SUS, o encaminhamento

para consulta especializada deve ocorrer quando os recursos existentes nas

UBS/UBSF, já não atendam a patologia do paciente. Essas solicitações oriundas da

unidade básica devem seguir o protocolo sugerido para cada especialidade.

O agendamento para o Centro de Atendimento a Mulher – CEAM é

disponibilizado pelo Sistema HYGIA para todas as Unidades da Atenção Básica para

planejamento familiar e climatério estando em curso o processo de regulação dessas

agendas.

Para as consultas em Gestação de Alto Risco, Ginecologia Cirúrgica,

Mastologia e Patologia Cervical, o agendamento é via Sistema de Regulação

SISREG. O Centro de Doenças Infectoparasitárias - CEDIP também agenda HYGIA,

sendo que os agendamentos são realizados apenas na própria unidade.

O CEDIP/HD é uma unidade de referência em tratamento de doenças

infecto-parasitárias, onde são realizados as internações hospitalares (dia) e

atendimento médico as urgências/emergências que não necessitam de internação

prolongada, com um número de atendimento de 4.240 pessoas em 2016.

A capacidade instalada é de 15 leitos de hospital dia, sendo de 06 leitos

femininos, 06 leitos masculinos e 03 leitos em sala de emergência. Além das

internações aos pacientes, são realizados ainda encaminhamento para internação em

hospitais de referência.

São recebidos encaminhamentos de todas as unidades de saúde da Rede

Municipal de Saúde - REMUS, bem como de todo o estado em relação às consultas

especializadas em infectologia adulta e pediátrica, acidentes com materiais perfuro-

cortantes, exposição à situação de risco.

Page 135: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

135

A UERD oferece reabilitação funcional com atendimentos de fisioterapia

ortopédica, neurológica, terapia ocupacional, além de disponibilizar serviço de

radiologia.

Após a conclusão e publicação do protocolo de acesso em atendimento

ambulatorial de fisioterapia, iniciou-se a regulação das vagas através do Sistema

Nacional de Regulação - SISREG é possível garantir acesso único facilitado ao

público.

A unidade dispõe também de profissional de educação física que atende

pacientes encaminhados pela equipe de fisioterapia.

O Centro de Atenção Psicossocial Álcool - CAPS é o Ponto de Atenção

do Componente da Atenção Especializada da Rede de Atenção Psicossocial/RAPS

constituindo-se em serviço aberto de base comunitária que funciona segundo a lógica

do território, destinado a proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com

transtornos mentais severos e persistentes.

Apesar de estratégico, o CAPS não é o único tipo de serviço de atenção

em saúde mental. Aliás, a atenção em saúde mental deve ser feita dentro de uma

rede de cuidados.

Estão incluídos nesta rede: a atenção básica, NASF, as residências

terapêuticas, os ambulatórios, serviços de urgência/emergência, os centros de

convivência, os clubes de lazer, entre outros.

Funciona segundo a lógica do território atendendo toda a população, todo

usuário que chega nestes serviços passa por uma equipe de acolhimento com escuta

qualificada.

Os profissionais que fazem este acolhimento identificam se o usuário

necessita ser acompanhado neste tipo de serviço ou ser referenciado à Unidade

Básica de Saúde (UBS) da área de abrangência de sua residência ou Unidade Básica

de Saúde da Família. As UBS e UBSF também podem referenciar os pacientes ao

CAPS.

Além disso, as equipes multiprofissionais dos CAPS fazem matriciamento

semanalmente através de reuniões com as equipes de Saúde da Família para

acompanhamento conjunto de pacientes que usam estes dois serviços.

Page 136: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

136

Figura 12 - Fluxograma de acesso a Saúde Mental.

C

A

R

T

Ã

O

C

A

R

T

Ã

O

Paciente com sofrimento psíquico que procura a Unidade de

Saúde.

Sofrimento psíquico grave?

Limitação funcional na

vida?

História pregressa de

internação psiquiátrica?

Transtorno Mental leve a

moderado?

Depressão sem ideação

suicida, ansiedade, insônia,

etc...

Encaminhar

ao CAPS da

região e

continuar

monitorando

no território

Avaliação pela equipe e pelo

médico da Unidade

Caso haja

agudização do

caso- encaminhar

para o CAPS a

qualquer

momento. Sendo

necessário

apenas contato

telefônico com a

equipe.

Boa

resposta

com

intervenção

simples?

SIM

Mantêm

quadro

refratário

após

intervenção

inicial? SIM

Manter o paciente

em

acompanhamento

na Unidade básica

AGUDIZAÇÃO

DO QUADRO

Encaminhar o

paciente via

SISREG para o

Núcleo de Saúde Mental-

ambulatório.

Page 137: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

137

Nos atendimentos primários o acionamento do SAMU é realizado através

do telefone 192, onde o solicitante é atendido por médico regulador. Este avalia a

situação e com base em protocolos orienta e define a necessidade ou não de envio

de recursos móveis para o atendimento, que são as unidades de suporte básico e

avançado de vida.

Nas UPA e o conjunto de serviços de urgência 24h, quando esgotadas as

possibilidades de resolução do problema de saúde do usuário, os médicos assistentes

solicitam a transferência para o componente hospitalar através regulação médica da

urgência.

Atualmente existe o processo de transferência destes atendimentos para a

Regulação hospitalar de leitos.

Figura 13 – Fluxograma de informação de Vigilância em Saúde.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15. O

16.

17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

27. O

28.

29. Fonte: SVS/CVE/SESAU/2017

30.

USUÁRIO

UNIDADES DE SAÚDE (CRS, UPAS, UBS, UBSF, HOSPTAIS PÚBLICOS E PRIVADOS)

IDENTIFICAÇÃO E NOTIFICAÇÃO DO AGRAVO DE SAÚDE

DISTRITOS SANITÁRIOS ( DADOS NO SISTEMA)

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

SECRETARIA ESTADUAL

DE SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

REDE DE ESPECIALIDADES IDENTIFICAÇÃO E

NOTIFICAÇÃO

Page 138: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

138

O fluxo de Informações de Vigilância em Saúde, dos agravos relacionados

à vigilância epidemiológica, deve ser trabalhado em conjunto com todas as unidades

de saúde nos três níveis de atenção, e tem início pelas portas de entrada do SUS

com o atendimento do usuário na Atenção Primária (UBS, UBSF) e de acordo com a

complexidade do serviço na rede de especialidades: urgência e emergência; atenção

psicossocial; atenção ambulatorial especializada e hospitalar.

Na unidade de saúde é realizada a identificação do agravo e notificação

das doenças que necessitam de controle e investigação, segundo normas e

procedimentos estabelecidos pelas Portarias nº 204 e 205 de 2016.

As fichas de notificação são recolhidas pelos Distritos Sanitários: Norte,

Sul, Leste e Oeste, de acordo com as unidades sob sua responsabilidade, estas

inserem os dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN e

realizam o monitoramento dos casos.

Posteriormente, as notificações são encaminhadas dos Distritos Sanitários

para ao setor de Vigilância Epidemiológica por meio eletrônico.

Cada agravo possui uma metodologia específica (protocolo e fluxo)

adotada para construção do perfil epidemiológico das doenças que são objeto de

monitoramento e controle por parte de vigilância epidemiológica, e de estabelecer um

fluxo de notificação rápida, para servir de base para tomada de decisões e

implementação de ações de controle e prevenção.

O setor responsável pelas estatísticas vitais realiza o monitoramento,

controle da distribuição e coleta das Declarações de Nascidos Vivos (DN) e

Declaração de Óbito (DO) aos estabelecimentos de saúde, SVO, IMOL e cartórios de

registro civil. Uma vez preenchidas, as declarações são inseridas no Sistema de

Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informação sobre

Mortalidade (SIM) pela equipe na SESAU, subsidiando a elaboração das estatísticas

vitais do município, e posteriormente são exportadas para a Secretaria Estadual e

Ministério da Saúde.

As declarações de óbito de mulheres em idade fértil (MIF), fetais e infantis

menores de 1 ano disparam as ações de investigação nos hospitais e atenção básica.

O Núcleo de Segurança do Paciente, em conformidade com a Portaria

529/2013, adota como escopo de atuação para os incidentes associados à

assistência à saúde as “Seis Metas da Organização Mundial da Saúde”, as quais

foram abordadas nos 6 Protocolos de Segurança do Paciente publicados nas

Page 139: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

139

Portarias MS nº 1377/2013 e 2095/2013. É importante o serviço de saúde estimular a

participação do paciente e dos familiares na assistência prestada.

Outro importante avanço na busca pela qualidade e Segurança do Paciente

é possibilidade dos cidadãos podem também notificar os eventos adversos ocorridos

durante a assistência à saúde.

Neste módulo é possível que pacientes e seus familiares notifiquem

problemas que ocorreram durante a assistência. A notificação do cidadão é voluntária

podendo contribuir para o desenvolvimento de medidas corretivas e protetivas, em

nível local e nacional, que possam evitar que danos aos pacientes em serviços de

saúde venham a se repetir.

As informações produzidas ou sob a guarda da Administração Pública

pertencem à sociedade já que foram geradas para atender a finalidades públicas.

A Lei nº 12.527 de 18 de Novembro de 2011, conhecida como Lei de

Acesso à Informação (LAI), garante acesso a essas informações. A LAI

estabelece procedimentos, prazos e obrigações para que a administração pública

responda a pedidos de informações apresentados por qualquer pessoa, física ou

jurídica, sem que seja necessária a apresentação de motivos para a solicitação.

Aplica-se, portanto, à ANVISA, que criou mecanismos para o atendimento ao público

e a prestação de informações aos cidadãos-usuários, como a Central de Atendimento

ao Público e o Serviço de Informações ao Cidadão.

Em relação ao fluxo de acesso de pacientes da microrregião de Campo

Grande, de acordo com Plano Diretor de Regionalização 2013, estão contemplados

16 municípios. É observado através das solicitações em sistema, a dificuldade de

pequenos municípios em encaminhar seus munícipes, seja pela distância, seja pelo

gasto de transporte, alimentação e outros. Devido ao baixo investimento em

tecnologias no interior, esses pacientes percorrem grandes distâncias para o

atendimento nos grandes centros. Evidências mostram que em alguns casos o início

tardio dos tratamentos são ocasionados pela dificuldade de deslocamento.

O trânsito destes pacientes acontece através do Sistema de Regulação –

CORE: os casos de urgência, oriundos das UPAS/CRS, hospitais e dos municípios do

interior (Macrorregião de Campo Grande), são regulados e destinados à Atenção

Terciária, conforme referência de cada serviço.

Apesar da existência da contrarreferência, atualmente não é prática comum

o retorno do paciente para continuidade do cuidado nos municípios de origem.

Page 140: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

140

Figura 14 – Fluxograma do processo de Licenciamento Sanitário

Fonte: SVS/CVSA/SESAU/2017

O Processo de licenciamento sanitário inicia-se com o requerimento da

Licença Sanitária feito no protocolo geral da Prefeitura Municipal de Campo. No ato

do requerimento, formaliza-se um processo com a documentação do estabelecimento

que é encaminhado para o Setor de Vigilância Sanitária na SESAU. Posteriormente,

na inspeção são verificadas as condições do estabelecimento, de acordo com a

legislação sanitária é emitido Relatório de Inspeção ou Boletim de Vistoria e

Orientação com prazo de 30 dias para providencias.

Após o vencimento do prazo, é feita a cobrança do documento emitido e

em condições normais, verificado que o estabelecimento encontra-se com estrutura

satisfatória, procedimentos e rotinas adequadas e documentação completa e correta,

a autoridade sanitária emite um parecer favorável à liberação da Licença Sanitária.

CONTRIBUINTE

REQUERIMENTO DA LICENÇA FORMALIZAÇÃO

DE PROCESSO

INSPEÇÃO SANITÁRIA RELATÓRIO DE INSPEÇÃO OU BOLETIM DE VISTORIA E

ORIENTAÇÃO

COBRANÇA DO RELATÓRIO OU BOLETIM

CONCLUSÃO DESFAVORÁVEL

COBRANÇA DO RELATÓRIO OU BOLETIM CONCLUSÃO

FAVORÁVEL

AUTO DE INFRAÇÃO

LICENÇA SANITÁRIA

COORD. JULGAMENTO E CONSULTA

PROCESSO ADM. SANITÁRIO

ENTREGA DA LICENÇA

Page 141: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

141

Após a entrega da Licença, o processo é arquivado. Já, na cobrança do

documento emitido e em condições ao não atendimento do requerente às normas e

rotinas vistas em inspeção, lavra-se o Auto de Infração, com o envio deste ao setor

responsável para formalização de Processo Administrativo Sanitário nos trâmites

legais.

Page 142: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

142

2.8 RECURSOS FINANCEIROS

A captação de recursos de investimentos e custeio para o financiamento

do sistema de Saúde no município de Campo Grande ocorre mediante a

oportunização de Portarias de Incentivos lançadas pelo Ministério da Saúde ou

Emendas Parlamentares Federais e/ou Estaduais.

As propostas de captação são realizadas através do alinhamento junto às

Áreas Técnicas da SESAU – Secretaria Municipal de Saúde, considerando os

Instrumentos de Planejamento (Plano Municipal de Saúde, Plano de Expansão da

ESF e PPA) e apreciação do Secretário Municipal de Saúde para deliberação quanto

às prioridades.

Os instrumentos utilizados para captação dos recursos são:

FNS - Fundo Nacional de Saúde: Portarias de Incentivo de

investimentos/custeio lançadas pelo Ministério da Saúde ou Emendas

Parlamentares Federais cadastradas no Sistema de Gerenciamentos de Objetos e

Propostas;

SISMOB – Sistema de Monitoramento de Obras: Portarias/Emendas

Parlamentares de Incentivo para Investimento em Construção, Ampliação e

Reformas;

SAIPS – Sistema de Apoio à Implementação de Políticas de Saúde:

Refere-se a incentivo para implantação de serviço ou componente de rede,

transferido em parcela única do Fundo Nacional de Saúde para o município, recurso

de custeio transferido mensalmente do Fundo Nacional de Saúde para o município

ou recurso de habilitação mediante Portaria específica de serviço de saúde

executado pelo estabelecimento de saúde, equipe, ou serviço/componente de rede

enquanto prestadores ou integrantes do Sistema Único de Saúde.

SICONV – Sistema de Convênios: O Sistema de Convênio – SICONV

foi implantado através do Decreto Presidencial nº 6.170 de 25 de julho de 2007. Este

Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de execução

descentralizada, celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública

federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a

execução de programas, projetos e atividades que envolvam a transferência de

Page 143: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

143

recursos ou a descentralização de créditos oriundos dos Orçamentos Fiscais e da

Seguridade Social da União.

Porém o Ministério da Saúde/Fundo Nacional de Saúde tem os seus

Sistemas próprios para Captação de Recursos, sendo: Sistema de Gerenciamento

de Objetos e Propostas é um sistema desenvolvido em plataforma web para uso

exclusivo das entidades, que lhes permite o gerenciamento online.

Neste módulo a entidade poderá conhecer os programas disponíveis para

financiamento no exercício financeiro vigente, cadastrar propostas, gerenciar e

acompanhar todos os recursos recebidos por meio de Convênio, Contrato de

Repasse, repasse Fundo a Fundo ou Termo de Cooperação.

Havendo oportunização por meios de Editais com Projetos disponíveis

para encaminhamento de Propostas ou Emenda Parlamentares via SICONV, a

SESAU realiza o Cadastro no referido Sistema.

A captação através de Emenda Parlamentar Estadual para construção,

reforma, ampliação, equipamentos/mobiliários é realizada mediante a oportunização

da Assembleia Legislativa aos Parlamentares para que estes manifestem a

indicação conforme Bloco de financiamento Custeio/Investimento, (PAB / MAC /

VISA).

Após aprovação pelo Ministério da Saúde/Secretaria de Estado de Saúde,

a Secretaria Municipal passa a operacionalizar os recursos captados

(investimentos/custeio) e realizar a gestão da aplicação dos mesmos, por meio das

modalidades de transferência empregada pelo Fundo Nacional de Saúde/Secretaria

Estadual de Saúde, alinhado à programação das áreas técnicas da Secretaria, com

ênfase na ampliação e qualificação do acesso aos serviços de saúde, assim

garantindo a execução de projetos habilitados, articulando junto às secretarias de

obras e de finanças e demais órgãos responsáveis durante o processo.

A Política de Financiamento da Atenção Básica se dá primariamente

por meio das portarias: Portaria GM/MS nº 2.488 de 21 de outubro de 2011 (PNAB),

Portaria GM/MS nº 122 de 25 de janeiro de 2011 (Consultório na Rua), Portaria GM

/MS nº 482 de 01 de abril de 2014 (PNAISP), Portaria GM/MS nº 562 de 04 de abril

de 2013 (PMAQ), Portaria GM/MS nº 548 de 04 de abril de 2013 (NASF) e Portaria

Interministerial nº 1055 de 25 de abril de 2017.

Page 144: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

144

O município de Campo Grande possui população para cálculo de PAB-

Fixo (Faixa 4 - 23,00 per capita) de 863.982 habitantes

Os incentivos mensais de custeio federais para as Equipes de Atenção

Básica são:

Modalidade I: R$ 10.695,00 (não há tal modalidade em Campo

Grande);

Modalidade II: R$ 7.130,00;

Equipes com profissionais médicos do PROVAB e Programa Mais

Médicos: R$ 14.482,93 (R$ 10.482,93 para a bolsa do médico e R$ 4.000,00 fundo a

fundo para o município);

Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) - R$ 1.014,00

a cada mês por ACS, sendo que no último trimestre de cada ano será repassada

uma parcela extra, calculada com base no número de ACS registrados no cadastro

de equipes e profissionais do Sistema de Informação definido para este fim, no mês

de agosto do ano vigente.

O repasse referente às equipes NASF se dá conforme o quadro a seguir:

Tabela 47 - Implantação do(s) Núcleo(s) de Apoio à Saúde da Família (NASF).

NASF

Tipo Implantado

I 7

II -

III -

Fonte: Departamento de Atenção Básica, Agosto 2017.

O parâmetro de teto do NASF é calculado a partir do número de

Estratégias de Saúde da Família (eSF) credenciadas. Os NASF’s podem ser

organizados em três modalidades definidas de acordo com o número de ESF e/ou

Equipes de Atenção Básica (eAB) para populações específicas (Equipes de

Consultório na Rua - eCR, Equipes de Saúde da Família Ribeirinha - eSFR e

Equipes de Saúde da Família Fluviais - eSFF) e recebem os seguintes incentivos:

NASF 1 (5 a 9 eSF e/ou eAB) - R$ 20.000,00 (vinte mil reais); NASF 2 (3 a 4 eSF

e/ou eAB) - R$ 12.000,00 (doze mil reais); NASF 3 (1 a 2 eSF e/ou eAB) - R$

8.000,00 (oito mil reais).

Page 145: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

145

Os valores do repasse mensal do incentivo financeiro do Programa

Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-

AB), denominado componente de qualidade do piso de atenção básica variável,

deste segundo ciclo, foram definidos pelas Portarias nº 562, de 4 de abril de 2013 e

Portaria nº 1.234 de 20 de junho de 2013.

O município de Campo Grande no terceiro ciclo do programa (2016)

cadastrou as seguintes equipes:

Tabela 48 - Resultado de adesão ao terceiro ciclo.

ESF/EAB NASF

82 6

Fonte: Departamento de Atenção Básica. Agosto, 2017.

Tabela 49: Resultado da certificação das equipes de Atenção Básica que aderiram

ao PMAQ no segundo ciclo (2014).

Classificação das equipes cadastradas no PMAQ Freq. (%)

Desempenho muito acima da média 22 29,7

Desempenho acima da média 45 60,8

Desempenho mediano ou um pouco abaixo da média 7 9,5

Insatisfatória 0 0,0

Desclassificada 0 0,0

TOTAL 0 100,0

Fonte: Departamento de Atenção Básica, Agosto, 2017.

Page 146: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

146

Tabela 50 - Resultado da certificação das equipes do NASF que aderiram ao PMAQ

no segundo ciclo (2014).

Classificação das equipes cadastradas no PMAQ Freq. (%)

Desempenho muito acima da média 4 80,0

Desempenho acima da média 1 20,0

Desempenho mediano ou um pouco abaixo da média 0 0,0

Insatisfatória 0 0,0

Desclassificada 0 0,0

TOTAL 0 100,0

Fonte: Departamento de Atenção Básica, Agosto, 2017

Os recursos do Programa Saúde na Escola (PSE) são repassados fundo

a fundo, via PAB Variável da Atenção Básica, calculados de acordo com o

quantitativo de educandos pactuados no termo de adesão cujo ciclo será de 2 ano

e o repasse do recurso será único a cada ano do ciclo. Para receber qualquer

repasse será necessário o registro de informações das ações realizadas no Sistema

de Informação em Saúde para Atenção Básica - SISAB. No ciclo 2017/2018 do PSE

foram pactuados 85 equipamentos educacionais, sendo 43 Centros de Educação

Infantil – CEINFs e 42 escolas (15 escolas estaduais e 27 escolas municipais)

pertencentes aos territórios adscritos das UBSF, totalizando 47.719 educandos.

Os recursos referentes à contrapartida federal para custeio dos Centros

de Atenção Psicossocial (CAPS) municipais são repassados mediante

transferência regular e automática do FNS para os respectivos fundos de saúde,

após efetivo cadastramento do serviço junto ao Ministério da Saúde e de seu devido

funcionamento, seguem abaixo as portarias utilizadas pela Rede de Atenção

Psicossocial – RAPS para implementação/implantação das ações e serviços:

As Portarias GM/MS com Repasses Financeiros Federais para o CAPS:

245/2005 - Destina incentivo financeiro para implantação de Centros

de Atenção Psicossocial;

3089/2011 - Dispõe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial,

sobre o financiamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS);

Page 147: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

147

3090/2011 - Estabelece que os Serviços Residenciais Terapêuticos

(SRT), sejam definidos em tipo I e II, destina recurso financeiro para incentivo e

custeio dos SRT;

121/2012 - Institui a Unidade de Acolhimento para pessoas com

necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e Outras Drogas (Unidade de

Acolhimento), no componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede

de Atenção Psicossocial;

130/2012 - Redefine o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e

outras Drogas 24 h (CAPS AD III) e os respectivos incentivos financeiros;

148/2012 - Define as normas de funcionamento e habilitação do

Serviço Hospitalar de Referência para atenção a pessoas com sofrimento ou

transtorno mental e com necessidades de saúde decorrentes do uso de álcool, crack

e outras drogas, do Componente Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial, e

institui incentivos financeiros de investimento e de custeio;

1966/2013 - Altera os incisos III e VI do art. 1º da Portaria nº

3.089/GM/MS, de 23 de dezembro de 2011;

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU Regional de

Campo Grande recebe mensalmente valores de custeio do Ministério da Saúde e

Governo Estadual a contar de 07/08/2013. Os municípios integrantes da Regional

recebem por sua vez os custeios diretamente do Ministério da Saúde através de

seus Fundos Municipais de Saúde.

A Portaria nº 1.378, 09/07/2013. Regulamenta as responsabilidades e

define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde

pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de

Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária com a manutenção

do repasse dos recursos do Componente de Vigilância em Saúde condicionada à

alimentação regular do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN),

de Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de

Informações sobre Mortalidade (SIM), conforme regulamentações específicas.

Além disso, algumas áreas técnica da Vigilância em Saúde, como os

Serviços de Prevenção e Controle as IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais, Agravos à

Saúde do Trabalhador, controle do Aedes aegypti, recebem recursos financeiros por

meio de portarias específicas.

Page 148: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

148

O município recebe também, recursos advindos do Programa de

Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQA-VS), Portaria nº 1708, de

Agosto de 2013.

Os recursos financeiros despendidos para a complementação dos

serviços através da rede privada oneram o Fundo Municipal de Saúde mediante

receitas oriundas da União, através do Teto Financeiro de Média e Alta

Complexidade do Município de Campo Grande, do Estado de Mato Grosso do Sul e

da Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Os Contratos e Convênios estabelecidos são regulamentados, entre

outras, especialmente pelas Portarias nº 1.034/2010 que dispõe sobre a participação

complementar das instituições privadas com ou sem fins lucrativos de assistência à

saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde e nº 3.410/2013 que estabelece as

diretrizes para a contratualização de hospitais no âmbito do Sistema Único de Saúde

(SUS) em consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP).

A previsão orçamentária estabelecida, de acordo com cada instrumento

contratual, é destinada ao custeio de ações e serviços de saúde que são ofertados à

Rede Municipal.

Os Hospitais Filantrópicos, em virtude da contratualização, recebem

recursos pré-fixados, a título de custeio e incentivo, prestando contas das metas

pactuadas para validação dos recursos repassados previamente. E também fazem

jus aos recursos pós-fixados, pagos conforme produção realizada de procedimentos

de Alta Complexidade ou financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e

Compensação – FAEC.

O CER/APAE é estabelecimento habilitado como CER IV, recebendo

recurso mensal de custeio, conforme preconizado pela Rede de Atenção

Psicossocial, além da produção aprovada e valorada o Sistema de Informações

Ambulatoriais – SIA.

O IPED/APAE é o Serviço de Referência Estadual do Programa Estadual

de Proteção à Gestante, recebendo custeio mensal dos serviços referente ao

Programa, além da produção aprovada e valorada o Sistema de Informações

Ambulatoriais – SIA.

O Hospital Nosso Lar recebe, além da produção de serviços de saúde

apurada nos Sistemas de Informação SIA e SIHD (Sistema de Informações

Page 149: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

149

Hospitalares Descentralizado), um recurso de custeio para manter a oferta de alguns

leitos exclusivamente ao município de Campo Grande.

No cenário atual os recursos financeiros disponibilizados para rede

complementar não são suficientes para os serviços que a Rede Municipal de Saúde

necessita contratar, os últimos aportes financeiros realizados pela Secretaria de

Estado de Mato Grosso do Sul e pela Prefeitura Municipal de Campo Grande foram

alocados no componente de custeio, não havendo ampliação da oferta de serviços.

Page 150: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

150

2.9 GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO

Desde novembro de 2003 o Conselho Nacional de Saúde (CNS) através da

Resolução Nº 330 resolveu aplicar os princípios e Diretrizes para a Norma

Operacional Básica de Recursos Humanos para o SUS (NOB/RH-SUS) como

Política Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde no âmbito SUS.

Com relação às pessoas envolvidas nos processos de trabalho do SUS, o

desafio é qualificar e prover condições adequadas para uma distribuição racional do

trabalho em saúde.

A composição dos recursos humanos na atenção básica se dá conforme as

tabelas a seguir:

Tabela 51 - Recursos Humanos lotados em Unidades Básicas

Profissionais da Atenção Básica

Quantidade na Rede

Carga Horária Semanal

Médicos ESF 89 40

Clínicos Gerais 83 20

Pediatras 23 20

Ginecologistas/Obstetras 37 20

Enfermeiros 181 40

Técnicos de Enfermagem 377 40

Odontólogos 181 40 e 20

ASB/TSB 150 40

Assistentes Sociais 53 30

Farmacêuticos 39 40

Administrativo 220 40

ACS 1438 40

Fonte: Sistema ERGON - 17.07.2017

Page 151: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

151

Tabela 52 - Recursos Humanos lotados nos Núcleos de Apoio à Estratégia de Saúde

da Família

Profissionais do NASF Quantidade na Rede Carga Horária

Semanal

Nutricionista 7 40

Fisioterapeuta 5 30

Terapeuta Ocupacional 4 30

Psicóloga 9 40

Fonoaudióloga 6 40

Prof. de educação física 6 40

Assistente Social 1 40

Farmacêutico 3 40

Veterinária 1 40

Administrativo 1 40

Fonte: Sistema ERGON - 17.07.2017

Tabela 53 - Recursos Humanos lotados em Equipe Consultório na Rua

Profissionais da eCR Quantidade na Rede Carga Horária

Semanal

Enfermeiro 1 40

Técnico de Enfermagem 1 40

Auxiliar de Saúde Bucal 1 40

Psicólogo 1 40

Assistente Social 1 40

Supervisor 1 40

Fonte: Sistema ERGON - 17.07.2017

Page 152: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

152

Tabela 54 - Recursos Humanos lotados em equipes de saúde Prisionais

Profissionais da Saúde Prisional

Quantidade na

Rede

Carga Horária

Semanal

Enfermeiro 1 40

Clínico Geral 2 36

Psiquiatra 1 36

Auxiliar de Saúde Bucal 1 40

Fonte: Sistema ERGON - 17.07.2017

O quadro de servidores atualmente lotados no SAMU Regional Campo

Grande é composto por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores,

telefonistas auxiliares de regulação médica (do quadro administrativo), rádio-

operadores (quadro administrativo) e equipe administrativa (conforme tabela 54).

A jornada semanal de trabalho é de, exceto os médicos, que possuem

vínculos de 12 ou 24 horas. A distribuição das jornadas 40 horas pode ser cumprida

em 6, 12 ou 24 horas de trabalho.

Tabela 55 – Distribuição dos profissionais que atuam no SAMU Regional Campo

Grande, MS no período atual. 2017.

Função Fixos Eventuais

Médico regulador 29 11

Médico intervencionista 24 05

Administrativo 18 15

Condutor 38 -

Enfermeiro 20 06

Técnico de enfermagem 32 26

Fonte: Sistema ERGON - 17.07.2017

Page 153: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

153

O índice de absenteísmo é apresentado no gráfico 33, que é esperado

entre 2,0 a 3,0%. Vários fatores podem estar contribuindo para os elevados índices,

dentre estes o trabalho que exige do profissional equilíbrio físico e mental para as

atividades diversas, riscos ocupacionais, carga horária extenuante, esforço físico e

controle postural constante, rede de referência lotada e sobrecarregada, ausência de

um programa direcionado ao acompanhamento da saúde do trabalhador desta área,

entre outros.

GRÁFICO 33 – Índice de absenteísmo* segundo a categoria profissional, no período

de janeiro a junho de 2017. SAMU Regional Campo Grande, 2017.

Fonte: Sistema ERGON - 17.07.2017

*O índice de absenteísmo foi calculado a partir dos dias de atestados por categoria profissional

utilizando-se o seguinte cálculo: Dias de atestados / Dias úteis a serem trabalhados em cada mês

(× postos de trabalho/categoria) × 100 = índice de absenteísmo.

No que tange o aumento do adoecimento dos trabalhadores em saúde,

é preocupação da administração criar estratégias que minimizem essa demanda,

como formas de intervenção para reduzir o agravamento das doenças mentais,

principalmente àquelas relacionadas ao trabalho, dando suporte psicológico como

prevenção, e com isso desonerar o Sistema Único de Saúde com custos elevados de

internações prolongadas.

5,19

1,13

3,63

0 0

7,45

4,89

3,04

1,580,79

11,11

2,08

5,55

9,09

0

18,83

2,270 0 0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Médico Tarm - RO -administrativo

Condutor Técnico deenfermagem

Enfermeiro

jan/17

fev/17

mar/17

abr/17

mai/17

jun/17

Page 154: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

154

É intuito prevenir agravamentos e identificar as consequências destes

quando acontecem, estabelecendo quando possível, o nexo entre trabalho e

adoecimento mental.

A Política Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação em saúde no

âmbito SUS, dentre as suas recomendações versa sobre a: “organização de serviços,

setores ou programas de saúde ocupacional dos trabalhadores do SUS, bem como a

definição de indicadores de morbimortalidade e acompanhamento das taxas de

incidências de agravos por unidade, por ocupação, taxas de mortalidade, número de

exames periódicos realizados, número de casos notificados por unidade, número de

casos investigados, dentre outros.” Sendo assim em 2009, foi implantado uma

unidade de serviço específico que atende as atividades relacionadas à atenção

integral à saúde dos trabalhadores em saúde, da rede municipal de saúde.

Os números de atendimento desta unidade de serviço remetem a 6.675

trabalhadores, compreendendo todas as categorias de trabalhadores em

saúde. (Fonte: Sistema ERGON atualização em novembro de 2016).

Levando-se em conta o número de trabalhadores afastados para

tratamento de saúde (943 trabalhadores) em 2016, sendo 452 por transtornos

mentais, faz-se necessário o monitoramento e identificação do perfil epidemiológico

dos afastamentos dos trabalhadores da Secretaria para tratamento de saúde, que

será uma ferramenta no processo de trabalho e para a gestão.

Entendendo-se também que algumas das dificuldades encontradas quanto

à insuficiência de profissionais da área de saúde está diretamente vinculada à

questão de vacâncias, que indica vaga de determinado cargo em situações de

exoneração a pedido, demissão pública, readaptação definitiva, aposentadoria,

falecimento, promoção, posse em outro cargo inacumulável, revogação de

convocação no caso dos profissionais médicos e a dispensa de contratos para os

demais cargos por dificuldade em efetivar substituição. Essa condição decorre de

chamada de concurso, porém, muitas vezes este não possui número suficiente

profissionais aprovados para atender as necessidades, ou ainda, não há inscrição

para o cargo no concurso.

Para que seja possível sanar as necessidades de Recursos Humanos em

decorrência das vacâncias, faz-se necessário a proporção igual ou superior do

número de aprovados em concursos para assumir o cargo público em forma de

substituição.

Page 155: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

155

No exercício de 2015, os cargos em vacância somaram 1.917 e em 2016

1.805, totalizando.

Destaca-se que com relação aos profissionais médicos há duas situações

que contribuem para o alto índice de vacâncias: autonomia para pedido de

exonerações e/ou revogações de convocações, e a frequente flutuação na Rede

Municipal de Saúde. Para tentar minimizar esta situação, busca-se realizar a

Convocação Temporária para Médicos.

Ressaltamos que no decorrer do exercício de 2017, foram realizadas 18

convocações de 545 profissionais médicos em diversas especialidades, sendo que

apenas 163 tomaram posse.

Tabela 56 - Número de servidores, vínculo de trabalho e jornada de trabalho -

Exercício: julho de 2017

ORD CARGO VINCULO JORNADA DE TRABALHO

hora/mês QUANT.

1 Administrador Concurso 240 2

2 Agente Administrativo Municipalização 240 1

3 Agente Comunitário de saúde

Concurso 240 1.424

4 Agente de Atividades Educacionais

Concurso 240 1

5 Agente de Combate a Endemias

Concurso 240 225

6 Agente de Saúde Pública Concurso 240 299

Municipalização 240 35

7 Agente Fiscal Sanitário Concurso 240 27

8 Ajudante de Operação Concurso 240 119

9 Arquiteto Concurso 240 2

10 Artífice de Copa e Cozinha Concurso 240 5

11 Assessor Governamental Nomeação 240 3

12 Assessor Governamental III Nomeação 240 3

13 Assessor Governamental IV Nomeação 240 6

14 Assessor-Chefe Nomeação 240 6

15 Assessor-Executivo I Nomeação 240 2

16 Assessor-Executivo II Nomeação 240 2

17 Assessor-Executivo III Nomeação 240 4

18 Assistente Administrativo I Concurso 240 35

19 Assistente Administrativo II Concurso 240 307

Page 156: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

156

ORD CARGO VINCULO JORNADA DE TRABALHO

hora/mês QUANT.

20 Assistente de Serviços de Saúde

Concurso 240 271

21 Assistente de Serviços de Saúde I

Municipalização 240 5

22 Assistente de Serviços de Saúde II

Municipalização 240 8

23 Assistente Social Concurso 240 119

24 Atividades de Assistência e Assessoramento Superior

Requisitado 240 5

25 Auditor de Controle Interno Concurso 240 14

26 Auxiliar de Atividades Educacionais

Concurso 240 1

27 Auxiliar de Enfermagem Concurso 240 23

28 Auxiliar de Saneamento II Municipalização 240 1

29 Auxiliar de Serviços Diversos Municipalização 240 59

30 Auxiliar em Saúde Bucal Concurso 240 237

31 Auxiliar Social I Concurso 240 20

32 Auxiliar Social II Concurso 240 89

33 Bolsa-Residência Residência 240 6

34 Assistente de Atividades Educacionais

Cooperação Mútua

180 1

35 Professor Cooperação

Mútua 90 1

36 Profissional de Serviços de Saúde - Fisioterapeuta

Cooperação Mútua

120 1

37 Cirurgião Dentista Municipalização 240 1

38 Coordenador Nomeação 240 3

39 Cuidador em Saúde Mental Contrato

Temporário 180 27

40 Digitador Concurso 240 1

41 Economista Concurso 240 2

42 Eletricista Concurso 240 6

43 Encanador Concurso 240 4

44 Encarregado de Equipe Concurso 240 1

45 Enfermeiro Concurso 240 404

46 Engenheiro Concurso 240 1

47

Especialista de Serviços de Saúde

Municipalização

240

3

48 Estagiário Contrato

Temporário 120 1

Page 157: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

157

ORD CARGO VINCULO JORNADA DE TRABALHO

hora/mês QUANT.

49 Farmacêutico Concurso 240 121

50 Farmacêutico-Bioquímico Concurso 240 28

51 Fiscal Sanitário Concurso 240 44

52 Fisioterapeuta Concurso 240 10

Concurso 120 2

53 Fonoaudiólogo Concurso 240 16

54 Geógrafo Concurso 240 1

55 Gerente Nomeação 240 3

56 Gestor de Processo Nomeação 240 40

57 Gestor de Projeto Nomeação 240 9

58 Guarda de Endemias Municipalização 240 49

59 Guarda Municipal Terceira Classe

Municipalização 240 46

60 Instrutor Formação Especial Concurso 240 1

61 Mais Médico Contrato

Temporário 240 14

62 Médico

Concurso

54 337

120 236

240 35

Sub-total

608

Convocação

54 426

120 84

240 26

Sub-total

536

Municipalização 120 6

240 1

Sub-total

7

TOTAL

1.151

63 Médico Auditor Concurso 240 5

64 Médico Veterinário Concurso 240 10

65 Motorista Concurso 240 65

66 Motorista de Veículos Pesados

Concurso 240 45

67 Nutricionista Concurso 240 19

68 Odontólogo

Concurso 120 160

240 138

Sub-total

298

Municipalização 180 1

Page 158: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

158

ORD CARGO VINCULO JORNADA DE TRABALHO

hora/mês QUANT.

240 1

Sub-total

2

TOTAL

300

69 Ouvidor-Geral Nomeação 240 1

70 Pedreiro Concurso 240 4

71 Procurador Municipal Concurso 240 1

72 Profissional de Apoio Educacional

Concurso 240 2

73 Profissional de Educação Física

Concurso 240 20

74 Programador de Sistemas Concurso 240 9

75 Psicólogo Concurso 240 61

76 Redator Concurso 240 1

77 Sanitarista Municipalização 240 1

78 Secretário Municipal Optante 240 1

79 Superintendente Nomeação 240 3

80 Técnico de Controle Interno Concurso 240 2

81 Técnico de Enfermagem Concurso 240 815

82 Técnico de Imobilização Ortopédica

Concurso 240 7

83 Técnico de Necropsia Concurso 240 3

84 Técnico de Segurança do Trabalho

Concurso 240 1

85 Técnico em Laboratório

Concurso 240 21

Contrato Temporário

240 5

86 Técnico em Prótese Dentária Concurso 240 4

87 Técnico em Radiologia Concurso 108 63

88 Técnico em Saúde Bucal Concurso 240 16

89 Técnico Especializado Concurso 240 1

90 Técnico Especializado - Equipamento Odontológico

Concurso 240 5

91 Tecnólogo Concurso 240 1

92 Telefonista Concurso 240 6

93 Terapeuta Ocupacional Concurso 240 12

TOTAL GERAL

6.868

Fonte: Sistema ERGON - 17.07.2017

Page 159: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

159

Com relação à educação na saúde a Política Nacional de Educação

Permanente em Saúde (PNEPS) compreende que a transformação nos serviços, no

ensino e na condução do sistema de saúde não pode ser considerada questão

simplesmente técnica. Envolve mudança nas relações, nos processos, nos atos de

saúde e, principalmente, nas pessoas.

É importante manter a realização periódica capacitação/qualificação dos

profissionais, a fim de aprimorar o processo ensino-aprendizagem, porém também

efetivar em todos os níveis de atenção à saúde um modelo de educação que

proponha aos envolvidos à reflexão sobre suas práticas como estratégia para melhora

da resolutividade nos serviços e ações da saúde.

Nesse sentido o apoio institucional tem sido adotado como ferramenta

que promove um espaço coletivo de articulação entre gestão e cuidado visando inovar

o fazer, o planejamento, a supervisão e avaliação em saúde, para fomentar e

acompanhar processos de mudança nas organizações, resignificar conceitos e

tecnologias estimulando a autonomia dos sujeitos.

Portanto, a partir da expansão de Equipes de Atenção Básica aposta-se no

apoio matricial enquanto dispositivo de organização do trabalho, para constituição de

um espaço que busca subsidiar a construção de diretrizes para o trabalho para essas

equipes.

Está sendo estimulado a qualificação dos servidores em cursos técnico,

especializações, e outros no intuito de que estes profissionais possam, aperfeiçoar

sua contribuição na formação de políticas de saúde para o município, buscando a

melhor evidência disponível sobre os problemas e as soluções viáveis, e também

identificando possibilidades de benefícios, riscos e custos e ainda apoiando o

monitoramento e avaliação de resultados das opções.

Page 160: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

160

2.10 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE

A importância representada tanto pela ciência como pela tecnologia

transcende qualquer análise mais primária do conhecimento. Com o desenvolvimento

paralelo de ambas, ciência e tecnologia é possível progredir na produção e inovação

em saúde, no intuito de buscar soluções disruptivas para reduzir custos e aumentar a

qualidade, resolutividade e acesso da população.

Neste contexto, é necessário investir na rede de comunicação de dados da

Rede Municipal de Saúde de maneira a otimizar o fluxo e proteger a fidedignidade das

informações, visto a gama de sistemas de processamento de informações

disponibilizados pelo Ministério da Saúde/DATASUS. Sistemas estes que por vezes

não possuem interfaceamento dificultando sobremaneira as informações de

maneira ágil e precisa entre a Rede Municipal e as Instituições contratadas e

conveniadas de modo a integrarem todos os sistemas de informação.

No âmbito da urgência e emergência o novo sistema E-SUS SAMU

substituiu, no último mês de junho, o SR-SAMU que era utilizado há mais de 10 anos

como software da regulação. Os obstáculos técnicos ainda restringem a sua utilização

como fonte de informação para avaliação dos indicadores requeridos semestralmente

pelo Ministério da Saúde, com fins de custeio.

Outra inovação é uso de nova tecnologia no monitoramento da frota

veicular do SAMU, com o GPS instalado direto no sistema de radiocomunicação

digital. Em tempo real, é possível ao rádio-operador e enfermeiro supervisor, obter a

localização exata das equipes.

O sistema de telefonia deu agilidade na comunicação via 192. Através

deste novo sistema, instalado na nova central de regulação do SAMU Regional

Campo Grande, há diminuição dos intervalos para transferência das ligações, menos

ruídos no ambiente físico da central, celeridade nas ligações telefônicas, além da

possibilidade de gravação periódica do quadro médico das unidades 24 horas, o que

libera mais o tronco 192 com o direcionamento do usuário quando solicita este tipo de

informação.

No que diz respeito à Ouvidoria da Saúde, faz-se necessária a

modernização da central telefônica, para proporcionar melhor atendimento,

proteção ao usuário e atendentes, e ainda, e promover o descongestionamento das

linhas, frente à estrutura analógica atual, cuja trabalha com 4 linhas externas.

Page 161: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

161

É possível também registrar as demandas presencialmente na sede

administrativa do setor.

Gráfico 34 – Curva anual de atendimento

Fonte: Sistema OuvidorSUS

O gráfico Meio de Atendimento, detalha os meios de atendimentos

realizados no ano de 2016:

Gráfico 35 – Meio de Atendimento, 2016.

Fonte: Sistema OuvidorSUS

Os gráficos revelam o aumento da demanda da Ouvidoria e sua maior

procura se dá através do telefone. O gráfico denominado “Curva Anual de

3.112 5.243 6.70110.201

6.837 7.518 8.722

39.612

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total geral

1

14

70

471

2186

5980

0,01%

0,16%

0,80%

5,40%

25,06%

68,56%

CARTA

CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

FORMULÁRIO WEB

EMAIL

PESSOALMENTE

TELEFONE

Page 162: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

162

Atendimento da Ouvidoria” apresenta o pico de atendimentos no ano de 2013, em

virtude da atuação significativa da ouvidoria no modelo de ouvidoria ativa.

Para a obtenção da qualidade do serviço prestado, um dos aspectos

indispensáveis, é coletar informações de todas as partes envolvidas na demanda.

Desta forma, a ouvidoria do servidor vem para suprir esta necessidade, sendo

importante na implantação deste serviço, discutir sua estrutura, processo de trabalho

e poder de atuação.

No contexto em Vigilância Epidemiológica, no que tange a Prevenção e

Controle das IST, do HIV/AIDS e Hepatites Virais há inovações no processo de

trabalho a partir da descentralização do Sistema de Logística dos Testes Rápidos

(SISLOGLAB) para toda a rede municipal de saúde e hospitais o que permite ampliar

o acesso do usuário ao diagnóstico das IST, bem como, o tratamento em tempo

oportuno, em conformidade com a Meta UNAIDS 90/90/90.

A ampliação do acesso ao usuário também se dá por meio da ampliação

da programação em eventos para realização de testes rápido como ação extra-muro

em horários noturnos e finais de semanas a partir de parcerias intersetoriais, sendo

essas experiências objeto de publicação científica do serviço. Ainda, na perspectiva

do fortalecimento do monitoramento e avaliação dos casos de sífilis, HIV e Hepatites

Virais, foi estabelecida parceria com especializandos do curso de Vigilância em Saúde

do IEP/ HSL para a efetivação de um projeto de intervenção com este propósito.

Para o contexto das Doenças e Agravos Não Transmissíveis – DANT, o

avanço se dá a partir da elaboração da ficha de notificação de câncer, a planilha de

seguimento e o banco de dados para o processamento das informações, mapeando a

Atenção Primaria à Saúde e o Hospital de Câncer Alfredo Abrão proporcionando o

acompanhamento de todos os casos incidentes e prevalentes de câncer, assim

podendo subsidiar ações de promoção e prevenção do câncer, o que traz otimização

do processo de trabalho.

Em 2016, a DANT firmou parceria com a Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul - UFMS, proporcionando capacitações aos Profissionais de Educação

Física na Saúde, ampliando a visão da Promoção da Saúde e Prevenção das

Doenças diretamente ligadas à mudança de hábitos, com o objetivo de reduzir as

Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT, pois são as que mais levam ao óbito

em Campo Grande/MS.

Page 163: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

163

No âmbito da Vigilância Sanitária, visando contribuir para a consolidação

do SUS vem reestruturando o serviço, com as soluções diferenciadas que seguem:

Aperfeiçoamento da forma de planejamento, gestão e avaliação das

ações para garantir a continuidade dos processos, atender as necessidades e dar

respostas mais ágeis às demandas da sociedade;

Criação mecanismo de participação social (Comissão Inter setorial de

Vigilância Sanitária com integrantes de conselhos de classes, SEBRAE, Federação

das Indústrias, Associação Comercial e universidades) para divulgar, discutir e

melhorar as politicas públicas;

Elaboração de instrumentos de informação e comunicação social, o

monitoramento da qualidade de produtos, maior interação com a Vigilância

Epidemiológica, qualificação dos profissionais;

Publicação da Resolução SESAU nº 283/2016 que instituiu a Licença

Sanitária Simplificada;

Implantação de sistema informatizado e modificação nos processos de

trabalho para desburocratizar e agilizar o licenciamento sanitário, e assim, melhorar a

qualidade dos serviços oferecidos para a população;

Realização de parceria com a rede pública de ensino, por meio do

desenvolvimento do “Projeto EDUCANVISA’, sendo 8 escolas da Rede Municipal de

Ensino e 1 sala do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul.

Publicação da Resolução SESAU nº 316/2016, que instituiu a Rede de

Unidades Notificadoras dos Agravos da Saúde do Trabalhador.

Com relação às Estatísticas Vitais, em 2015 foi desenvolvido, em parceria

com a atual Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação, o software

CEVITAL WEB para acompanhamento pelos distritos e nível central das fichas de

investigação de óbito materno, infantil e fetal, com a finalidade de se padronizar o

monitoramento das investigações em tempo oportuno, permitindo a emissão de

relatórios de pendências periódicas por estabelecimentos e/ou distritos. Iniciado no

distrito leste como piloto, sendo expandido para os demais distritos em maio de 2016.

O Informativo em Saúde do Trabalhador e o Boletim Epidemiológico,

estão sendo editados periodicamente. Informativo está em seu 3º ano, sendo a partir

de 2017 produzido bimestralmente com divulgado através do site, bem como

Page 164: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

164

distribuído por e-mail para parceiros, sindicatos, empresas, etc. no intuito de que

divulguem para os seus trabalhadores difundindo os conhecimentos.

Com a publicização mensal do Boletim Epidemiológico é possível divulgar

dados referentes aos agravos e doenças que acometem os trabalhadores notificados

pelo SINAN, contribuindo desta forma para o planejamento e execução de ações que

eliminem ou diminuam esses adoecimentos.

Por fim, os investimentos em inovações no setor saúde se pautadas no

respeito aos princípios científicos, somadas às experiências exitosas vivenciadas no

próprio município, ou verificadas em outros territórios, aliadas à viabilidade técnico-

operacional e econômico financeira, devem embasar a tomada de decisão, a fim de

selecionar a intervenção mais adequada para cada situação específica no âmbito

municipal.

Page 165: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

165

2.11 GESTÃO

As redes municipais de atenção à saúde estão em de desenvolvimento

necessitando ainda transpor diversos desafios para que possam atingir plenamente

os objetivos e pressupostos contidos nos dispositivos legais que as regulamentam.

Esta demanda requer conjugação de esforços, uma vez que é necessária

articulação de conhecimentos à vontade dos vários setores envolvidos na saúde,

incluindo a administração pública em suas diversas esferas e instâncias, além das

categorias profissionais da saúde e da sociedade civil organizada em instâncias

participativas de deliberação.

Nesse ponto, faz-se necessário o redimensionamento territorial dos

Distritos Sanitários, no sentido de reorganizar a coordenação, apoio, monitoramento e

avaliação das ações e serviços de saúde em sua base territorial o redimensionamento

territorial em consonância às Redes de Atenção à Saúde – RAS.

No modelo distrital atual as unidades da atenção básica estão distribuídas

entre 04 Distritos Sanitários, sendo eles Norte, Sul, Leste, Oeste, cujos possuem

processo organizacional de trabalho para atender às atividades de supervisão da

odontologia, programas ministeriais, ações estratégicas, vigilância epidemiológica,

questões administrativas e apoio operacional.

Existem grandes desafios que podem ser divididos em quatro categorias:

financiamento; gestão; orientação dos serviços da Atenção Primária em Saúde

(APS) baseada na população; valorização social e política da APS.

A não superação desses obstáculos implica a não implantação adequada

das Redes e, portanto, a manutenção da lógica hegemônica de se estruturar o

sistema de saúde e dos modos de se produzir saúde, para isso é necessário

condições estruturais que permitam a concretização e manutenção destas redes ao

longo do tempo.

Quando se trata de financiamento da APS, este deve ocorrer com a

participação dos três entes federativos – União, Estados e Municípios/Distrito Federal,

de forma tripartite, com a supervisão ativa de atores que ocupam espaços e

instâncias de controle social, mormente os conselhos de saúde. Pesquisas

demonstram que, tanto no Brasil quanto em vários outros países, o financiamento da

APS é incipiente e figura como um grande fator limitador a ser superado, tanto em

termos quantitativos como qualitativos. Ou seja, constata-se que o montante

Page 166: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

166

orçamentário destinado à Atenção Primária em Saúde é insuficiente e sua alocação é

gerencialmente ineficaz. Sendo assim, a insuficiência dos recursos contribui para uma

política remuneratória pouco atrativa para os profissionais de saúde de determinadas

áreas.

Dados da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) 10 de 2011

indicam que, quantitativamente, os investimentos públicos na APS brasileira têm

aumentado progressivamente nos últimos anos, atingindo em 2009 um valor per

capita 80% maior do que era investido em 2002. E, ainda assim, esse aumento pode

ser considerado insuficiente para suprir as demandas de saúde, já que não vem

acompanhado de melhorias da capacidade locativa e da vontade política por parte

dos gestores. Assim, maiores investimentos nela, APS, acompanhados da

capacitação dos gestores em termos econômicos poderão contribuir em grande

medida para expansão e qualificação das ações e serviços de saúde.

No tocante à gestão, percebe-se que a dificuldade reside em efetivamente

posicionar a APS – principalmente por meio da Estratégia de Saúde da Família –

como centro coordenador e integrador dos pontos de atenção das Redes de Atenção

à Saúde. Mais do que evidências científicas robustas, são necessárias decisões

políticas e mecanismos de gestão que efetivamente garantam essa posição.

Assim, em nível local, a gestão deve priorizar a reorganização do sistema

de saúde segundo os ditames da Atenção Primária em Saúde, prioritariamente por

meio da Estratégia de Saúde da Família, devendo ser realizadas ações prévias de

qualificação, com vistas à também à profissionalização gerencial. Esse processo deve

incluir tanto gestores municipais, quanto regionais/distritais e das unidades de saúde,

de modo a propiciar a implantação dos mecanismos gerenciais necessários para o

pleno funcionamento da Atenção Primária e das Redes.

Quanto à orientação dos serviços básicos de saúde segundo a

demanda, por vezes os serviços oferecidos não coincidem com as necessidades e

expectativas da população assistida. Este fato gera um descompasso, que traz

consigo o dispêndio desnecessário e ineficiente de recursos, associado a não

resolução dos problemas e demandas de saúde da população, ou, o sistema atual é

insistentemente reestruturado, de forma a combater uma situação epidemiológica (por

exemplo: aguda) que não mais condiz com a realidade brasileira, onde

crescentemente têm predominado as condições crônicas.

Page 167: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

167

A assistência em saúde ainda voltada aos processos curativos fica claro

diante da procura para o atendimento nos serviços de Urgência e Emergência mais

atrativos e acessíveis à população. Entretanto, este modelo insustentável, não reduz

o dos agravos em saúde, papel esse que deve ser realizada pela atenção primária a

partir do desenvolvimento de ações de caráter preventivo.

Para dar vazão às crescentes demandas relacionadas às condições

crônicas, a atenção primária constitui-se como um grande potencial e, por este

motivo, deve ser fortalecida e expandida em termos de orçamento, gestão e de

processo de trabalho das equipes.

Sendo assim, tem-se o desafio da valorização social e política da APS.

Este obstáculo tem como cenário a dessensibilização, desinteresse e/ou frustração

em torno da temática da saúde.

Apesar disto, acredita-se que o fortalecimento e ampliação da participação

ativa da população nas decisões e processos de controle social podem contribuir

grandemente para consolidação do SUS, e realinhamento de seus objetivos

econômicos e sanitários. Para tanto, fazem-se necessários ajustes de legitimidade e

conteúdo teórico nas instâncias municipais de controle social de saúde.

A participação e o controle social no SUS estão previstos na

Constituição Federal (1988) e na Lei nº 8080 desde os anos noventa e conforme

Regimento Interno do Conselho Municipal de Saúde (CMS).

O controle social da atenção básica se dá na esfera local (conselho gestor

local composto por usuários, gerentes e trabalhadores) e na esfera distrital (conselho

gestor distrital, composto por representantes dos conselhos locais).

Os Conselhos Locais, conforme estabelecido na Resolução nº 540/2016 do

CMS, “são instâncias colegiadas, paritárias de caráter permanente e deliberativo no

que lhe compete, integrantes da estrutura organizacional do Conselho Municipal de

Saúde (CMS) vinculados às unidades de Saúde que tem por finalidade atuar na

formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na área de

abrangência de sua Unidade de Saúde do Município de Campo Grande-MS”.

Há unidades/serviços de saúde de Campo Grande-MS, que ainda não

possuem o Conselho Local instituído.

Com relação à representatividade nos fóruns, que são instâncias de

representação, articulação, fomentação e capacitação de atores sociais em políticas

públicas, em especial da saúde, de natureza deliberativa e por tempo indeterminado,

Page 168: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

168

com a finalidade de qualificar as discussões nessa instância institucional e fornecer

subsídios à Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, seja através de

reinvindicações ou de proposituras de interesse da coletividade, estão instituídos e

ativos os Fóruns Permanente dos Usuários do Sistema Único de Saúde do Município

de Campo Grande (FUSUS) e Fóruns Municipal dos Trabalhadores em Saúde

(FOMTS). No intuito de ampliar a representatividade para os três segmentos que

compõem o controle social do SUS, faz-se necessária a instituição do Fórum do

segmento de gestor/prestador.

Cabe ressaltar que o desafio de transformar o modelo de atenção à saúde

atual requer esforço mútuo entre gestores de todos os níveis da atenção em saúde,

trabalhadores e usuários do Sistema único de Saúde.

Page 169: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

169

3- 1 ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (PMS) 2018-2021 (2020-

2021)

3.1 – OPERACIONALIZAÇÃO

Considerando que a Portaria 750 de 29 de abril de 2019, institui

obrigatoriamente o DigiSUS Gestor - Módulo Planejamento como o sistema utilizado

pelos estados, Distrito Federal e municípios, para: I - registro de informações e

documentos relativos: a) ao Plano de Saúde; b) à Programação Anual de Saúde; e

c) às metas da Pactuação Interfederativa de Indicadores; II - elaboração de: a)

Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior - RDQA; e b) Relatório Anual de

Gestão - RAG; e III - envio ao Conselho de Saúde respectivo: das metas da

Pactuação Interfederativa de Indicadores.

Considerando o Art. 99 da Portaria de Consolidação nº 1, de 28 de

Setembro de 2017, onde versa que o Relatório de Gestão é o instrumento que

orientam eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários no Plano de

Saúde.

Considerando que o DIGISUS obriga o registro sequencial das

informações do Plano, Programação e Relatórios (RDQA e RAG), ou seja,

vinculados uns aos outros e que não há como avançar no sistema sem finalizar o

preenchimento das telas do menu Plano e assim por diante.

Considerando que o DIGISUS exige que todas as metas do Plano tenham

quantificação e indicadores vinculados às metas.

Considerando que o Plano Municipal de Saúde 2018-2021 foi elaborado

em 2017, tendo como modelo o Plano Nacional de Saúde 2016-2019, visto que o

Manual do Planejamento no SUS 2016 – 1ª edição revisada não traz modelo para

elaboração do mesmo.

Considerando a Nota técnica nº 05/SES de Setembro de 2017 – Roteiro

de Apoio à elaboração dos Planos Municipais de Saúde que refere não existir

modelo único para elaboração dos Planos de Saúde.

Considerando a participação na capacitação “Visão Integrada dos

Instrumentos de Planejamento do SUS”, com foco no alinhamento técnico acerca

dos instrumentos de planejamento do SUS e sensibilização para o desenvolvimento

do processo de planejamento, monitoramento e avaliação e também capacitar as

Page 170: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

170

referências em planejamento do estado do Mato Grosso do Sul na utilização do

Módulo Planejamento – DigiSUS Gestor, realizada no dia 21 e 22 de agosto de

2019, pela Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Mato Grosso do

Sul.

Sendo assim, cabe esclarecer que a ferramenta tecnológica Sistema de

Apoio a Elaboração do Relatório de Gestão – SARGSUS (Sistema de utilização

obrigatória para a elaboração do Relatório Anual de Gestão – RAG, integrante do

conjunto dos Sistemas Nacionais de Informação do SUS, conforme disposto no Art.

436 da Portaria de Consolidação nº 1, de 28/09/17), foi substituída pelo DIGISUS

Gestor – Módulo Planejamento (DGMP) para inserção das informações do ano

exercício 2018 em diante, conforme consta na Nota Informativa Nº 2/2018-

CGAIG/DAI/SE/MS, informando sobre a migração das funcionalidades do SARGSUS

para o DIGISUS.

Ainda, o Art. 2º da Portaria 750 de 29 de Abril de 2019 refere que o

DGMP substituirá os sistemas SARGSUS e SISPACTO, para fins de inserção de

informações de documentos referentes ao ano de 2018 em diante e no seu § 1º que

até a sua descontinuidade, será utilizado para envio dos relatórios de gestão e

documentos de anos anteriores a 2018 e apreciação pelos conselhos de saúde.

Em uma ação conjunta entre Secretaria de Estado de Saúde e Núcleo

Estadual do Ministério da Saúde, os municípios do Estado do Mato Grosso do Sul,

foram capacitados para utilização do Sistema DigiSUS em 21 de Maio de 2019, no

ambiente de treinamento do sistema, e a disponibilização do acesso ao ambiente de

produção do DigiSUS ocorreu em 28 de Maio do mesmo ano.

A partir disso, foram realizadas, na Secretaria Municipal de Saúde,

reuniões com as várias áreas técnicas da SESAU no sentido de elaborar a 1ª

Revisão do Plano Municipal de Saúde 2018-2021, para atender a lógica disposta no

sistema DIGISUS.

Em outras palavras, existe no sistema uma padronização da disposição

dos elementos contidos nos instrumentos de planejamento do SUS (Plano Municipal

de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatório Anual de Gestão) além do

Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior e dos Indicadores da Pactuação

Interfederativa, onde excetuando este último, traz obrigatoriamente a vinculação do

preenchimento, tela à tela, a partir dos dados do Plano, tornando inviável o

preenchimento dos campos sem que ocorra a referida revisão.

Page 171: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

171

Boa parte das metas do Plano, configurado em 2017, não possui

quantificação, tampouco indicadores diretamente vinculados às metas, o que

inviabilizou o preenchimento dos campos obrigatórios do sistema no que diz respeito

à aba Plano de Saúde.

Há que se destacar que, anteriormente ao DigiSUS, havia nos dispositivos

legais apenas orientações de quais itens deveriam constar no Plano de Saúde, o

que deixava a critério do município a configuração do Plano, visto que não havia

modelo padronizado que tornasse obrigatório os vínculos hoje apresentados na

ferramenta DigiSUS.

Sendo assim, entendida a necessidade obrigatória, foi realizada reunião

em 12/07/2019 às 8h no auditório do SAMU com Superintendentes, Coordenadores-

gerais e/ou assessores técnicos para tratar sobre a necessidade de Revisão do

Plano Municipal de Saúde (PMS) 2018-2021, desdobrando-se em respectivas

reuniões setoriais ocorridas no mês de julho de 2019.

Para este fim, foram encaminhados documentos para subsidiar as áreas

técnicas quanto à 1ª Revisão do Plano Municipal de Saúde 2018-2021: Planilhas,

Nota Orientativa elaboradas pela Gerência de Planejamento do SUS e

Recomendações dos Relatórios Anuais Setoriais 2018.

Em reunião da Comissão de Acompanhamento da Elaboração e da

Execução do Plano Municipal de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde, realizada

no dia 08/08/2019 foram esclarecidos aos membros da referida comissão a

necessidade obrigatória da revisão do Plano e o processo de trabalho em

desenvolvimento. Processo este que demanda tempo significativo e suficiência de

recursos humanos.

No intuito de informar ao Conselho Municipal de Saúde sobre a

continuidade dos trabalhos, em 27/12/2019 foi encaminhado o Rol de Metas

revisadas até o momento através do ofício 14.891/CGEP/SESAU, no qual referiu

que as informações acerca da metodologia adotada e as respectivas análises das

metas encontravam-se em fase final, para posterior envio e apreciação do órgão,

podendo ainda haver alterações.

Por fim, o processo da 1ª Revisão do PMS2018-2021 findou com os

produtos que se seguem a partir deste capítulo, para alinhar o instrumento de

Planejamento do SUS denominando Plano de Saúde com a Plataforma DIGISUS,

instituindo-se a vinculação direta entre indicadores, metas, objetivos e diretrizes.

Page 172: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

172

Ressalta-se que foram resguardadas as idéias sínteses das metas, para

que permanecessem como foco daquilo que havia sido aprovado em 2017 pela

Deliberação n. 607/2017/CMS, publicada na página 20 do Diário Oficial n. 5.101 de

28 de dezembro de 2017.

Desta maneira, as informações desta Revisão do Plano são oriundas das

várias áreas técnicas da SESAU e estão baseadas nas metas do Plano Municipal de

Saúde 2018-2021.

As principais diferenças entre esta Revisão e o PMS2018-2021 são: a

princípio o Plano possuía Eixos Temáticos que se vinculavam à Diretrizes, conforme

Plano Nacional de Saúde 2016-2019; Metas que se vinculavam somente aos

Objetivos; além do que as Metas não possuíam, em sua maioria, quantificação; os

Indicadores eram somente os constantes na Pactuação Interfederativa, não

possuindo vínculo direto às metas do Plano.

Já nesta “Revisão” existe vínculo entre Diretrizes, Objetivos e Metas e

estas últimas possuem indicadores que tornam viável o monitoramento e avaliação

dos resultados de forma quali-quantitativa, apresentando-se em: 5 (cinco) Diretrizes;

12 (doze) Objetivos; 69 (sessenta e nove) Metas e 69 (sessenta e nove)

Indicadores.

Para auxílio nas análises da Comissão de Acompanhamento da

Elaboração e da Execução do Plano Municipal de Saúde, foram respondidos os

questionamentos do Conselho Municipal de Saúde recebidos através dos ofícios N.

5.982/CMS/SESAU de 13 de julho de 2020 e N. 8905/CMS/SESAU de 19 de

outubro de 2020, referentes à 1ª Revisão do PMS 2018-2021 e Programações

Anuais de Saúde (PAS) 2020 e 2021 compatibilizadas à referida revisão.

Por fim, foi publicada no Diogrande 6.163 em 28/12/2020 a Deliberação n.

749 que aprova a 1ª Revisão do Plano Municipal de Saúde (PMS) 2018-2021 e

compatibilização da PAS 2020 e PAS 2021, conforme o parecer 002/2020 de

20/11/2020 da Comissão de Acompanhamento da Elaboração e da Execução do

Plano Municipal de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde.

Page 173: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

1 - Ampliar a oferta de fisioterapia pela rede

própria.1 SRAS-CRAE SUPRIS

3 - Ampliar em 25% a oferta de fisioterapia

pela rede própria especializada. (%)1 SRAS-CRAE

Proporção de oferta de atendimentos de

fisioterapia.

(%)

2 - Ampliar serviços de exames de

eletroneuromiografia.1 SRAS-GCA

4 - Ampliar em 75% a oferta de exames de

Eletroneuromiografia. (%)1 SRAS-CRAE

Proporção de exames de

Eletroneuromiografia realizados.

(%)

3 - Ampliar rede de coleta de exames nas

unidades de Saúde dos Distritos Sanitários.1 SVS-CDEL

2 - Ampliar de 44 para 58 o número de

unidades de saúde da atenção básica que

fazem coleta para exames. (n° absoluto)

1 SRAS-CRAB

Número de Unidades Básicas de Saúde

com coleta de material para exames.

(nº absoluto)

4 - Ampliar número de leitos de internação

nos hospitais gerais do município.1 SUPRIS-GCA

5 - Fortalecer a Política de Saúde da

População em Situação de Risco e

Vulnerabilidade.

1 SRAS-CRAB

4 - Executar 6 ações intersetoriais anuais para

fortalecer a Política de Saúde da População

em Situação de Risco e Vulnerabilidade. (n°

absoluto)

1 SRAS-CRAB

Número de ações intersetoriais anuais

com foco na saúde da população em

situação de rua.

(nº absoluto)

6 - Ampliar em 40% o atendimento dos casos

de presença de acumuladores de residuos

sólidos diagnosticados no território pela

atenção básica dos Distritos Sanitários e pela

Ouvidoria do SUS. (%)

3SVS

CVSA

Proporção de atendimentos de casos

com presença de acumuladores de

residuos sólidos no território dos Distrito

Sanitário.

(%)

173

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e

no atendimento das necessidades

de saúde.

1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo

principal da SESAU ampliando e garantindo

acesso em tempo oportuno à população

A Meta está inclusa à Meta 12, do Objetivo 2, da Diretriz 1

1 - Ampliar o horário de atendimento de 60%

das unidades de saúde da atenção primária.

(%)

Percentual de unidades da atenção

primária com horário de atendimento

ampliado.

(%)

1

PLANO MUNICIPAL (2018-2021)

2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde

e a promoção do cuidado integral.

6 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo

principal da SESAU ampliando e garantindo

acesso a toda população.

Não se aplica

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços

de saúde, em tempo adequado, com ênfase

na humanização, equidade e no atendimento

das necessidades de saúde, aprimorando a

política de atenção básica e especializada,

ambulatorial e hospitalar.

1SRAS-CRAB

1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

SRAS-CRAB

3.2 METAS PMS 2018-2021 E VÍNCULOS 1ª REVISÃO PMS 2018-2021 (2020-2021)

Page 174: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

7 - Fortalecer a Atenção Básica com acesso

em tempo oportuno.2 SRAS-CRAB SGTE

1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo

principal da SESAU ampliando e garantindo

acesso em tempo oportuno à população

8 - Implementar dispositivos da Política de

Humanização do SUS.2 SRAS; SGTE

9 - Ampliar a oferta de consulta especializada

ambulatorial em neurologia em até 25% por

ano.

3 SRAS-CRAE SUPRIS

6 - Ampliar a oferta de consulta especializada

em neurologia adulto, pelo sistema de

regulação em 100%. (%)

3 SRAS-CRAE

Proporção de consulta especializada

ambulatorial em Neurologia.

(%)

10 - Ampliar a oferta de consulta

especializada ambulatorial em neurocirurgia

em até 25% por ano.

3 SRAS-CRAE SUPRIS7 - Ampliar a oferta de consulta especializada

ambulatorial em neurocirurgia em 100%. (%)3 SRAS-CRAE

Proporção de consulta especializada

ambulatorial em Neurocirurgia.

(%)

11 - Ampliar a oferta de consulta

especializada ambulatorial em psiquiatria em

até 25% por ano.

3 SRAS-CRAE SUPRIS9 - Ampliar em 50% a oferta de consulta

especializada ambulatorial em psiquiatria. (%)3 SRAS-CRAP

Proporção de consulta especializada

ambulatorial em psiquiatria.

(%)

12 - Ampliar a produção de 5% por ano para

o exame de colonoscopia.3 SUPRIS-GCA

10 - Ampliar em 20% a produção do exame

de colonoscopia. (%)3 SUPRIS-GCA

Proporção de exames de colonoscopia.

(%)

13 - Ampliar a oferta de 100% ao ano para os

exames de tomografia computadorizada.3 SUPRIS-GCA

11 - Ampliar em 100% a oferta dos exames de

tomografia computadorizada. (%)3 SUPRIS-GCA

Proporção da oferta de exames de

tomografia computadorizada.

(%)

14 - Promover habilitação de 53 novos leitos

de UTI adulto, previsto no Plano de Ação

Regional – PAR

3 SUPRIS-GCA

12 - Promover a habilitação de 53 leitos,

conforme atualização do Plano de Ação

Regional – PAR da Rede de

Urgência/Emergência (n° absoluto)

3 SUPRIS-GCA

Número de Leitos de UTI adulto, UCO e

AVC habilitados.

(nº absoluto)

174

Meta está inclusa na Meta 1, do Objetivo1 , da Diretriz 1.

2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde

e a promoção do cuidado integral.

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços

de saúde, em tempo adequado, com ênfase

na humanização, equidade e no atendimento

das necessidades de saúde, aprimorando a

política de atenção básica e especializada,

ambulatorial e hospitalar.

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e

no atendimento das necessidades

de saúde.

Meta transformada no Objetivo 1, da Diretriz 4 e incorporada em sua Meta 4, por ser transversal.

Page 175: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

15 - Ampliar em 15% ao ano o quantitativo de

cirurgias eletivas.3 SUPRIS-GCA

13 - Ampliar em 40% o quantitativo de

cirurgias eletivas. (%)3 SUPRIS-GCA

Proporção de cirurgias eletivas.

(%)

16 - Implantar o Programa de Segurança do

Paciente.3 SGC

16 - Implantar o Programa de Segurança do

Paciente. (n° absoluto)3 SGC

Proporção de Unidades de Saúde que

possuem Plano de Segurança do

Paciente.

(%)

17 - Implantar Centro de Especialidades

Odontológicas – CEO.3 SRAS-CRAO

18 - Implantar Centro de Especialidades

Odontológicas – CEO. (nº absoluto)3 SUPRAS- CRAO

Número de Centros de Especialidades

Odontológicas – CEO implantados.

(nº absoluto)

18 - Reduzir em 10% a demanda reprimida da

Prótese Dentária.3 SRAS-CRAO

19 - Reduzir em 10% a demanda reprimida de

Prótese Dentária. (%)3 SRAS-CRAO

Número de pacientes aguardando

atendimento na especialidade de Prótese

Dentária no Sistema de Regulação –

SISREG.

(nº absoluto)

19 - Implantar serviço de atendimento

odontológico hospitalar à pessoa com

deficiência.

3 SRAS-CRAO

20 - Implantar serviço de atendimento

odontológico hospitalar à pessoa com

deficiência. (n° absoluto)

3 SRAS- CRAO

Número de serviços de atendimento

odontológico hospitalar à pessoa com

deficiência implantados.

(n° absoluto)

20 - Reduzir de 64,29% para 54,29% a

proporção dos atendimentos dos pacientes

ambulatoriais nas unidades 24 horas.

3 SRAS-CUR

23 - Reduzir de 33,59% para 25,59% a

proporção de atendimentos dos pacientes

ambulatoriais (pacientes adultos -

classificados como azuis) nas unidades 24

horas. (%)

3 SRAS-CUR

Proporção estimada dos atendimentos

dos pacientes ambulatoriais nas unidades

24 horas.

(%)

21 - Ampliar a cobertura da Estratégia de

Saúde da Família para 70%.3 SRAS-CRAB

2 - Ampliar a cobertura da Estratégia de

Saúde da Família para 60%. (%) 3 SRAS-CRAB

Cobertura populacional estimada da

Estratégia de Saúde da Família na

Atenção Básica.

(%)

22 - Implantar o Projeto Clínica da Família em

60% da Estratégia de Saúde da Família.3 SRAS-CRAB

3 - Implantar o Programa Saúde na Hora em

60% das unidades de saúde da família aptas

ao programa. (%)

3 SRAS- CRAB

Total de unidades de saúde da família

com Programa Saúde na Hora

implantado.

(nº absoluto)175

2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde

e a promoção do cuidado integral.

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços

de saúde, em tempo adequado, com ênfase

na humanização, equidade e no atendimento

das necessidades de saúde, aprimorando a

política de atenção básica e especializada,

ambulatorial e hospitalar.

1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo

principal da SESAU ampliando e garantindo

acesso em tempo oportuno à população

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e

no atendimento das necessidades

de saúde.

Page 176: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

8 - Ampliar em 55% a oferta de vaga em

psicologia infantil na rede própria. (%)3

SRAS-

CRAE

Proporção de oferta de vaga em

psicologia infantil na rede própria. (%)

14 - Elaborar projeto denominado Hospital

Municipal de Campo Grande - HMCG. (nº

absoluto)

3 SUPES

Projeto Hospital Municipal de Campo

Grande - HMCG elaborado.

(nº absoluto)

15 - Elaborar projeto de reforma e ampliação

do Hospital Day Clinic "Vó Honória Martins

Pereira". (nº absoluto)

3 SRAS-CRAE

Projeto de reforma e ampliação do

Hospital Day Clinic "Vó Honória Martins

Pereira" elaborado.

(nº absoluto)

17 - Reduzir 45% da demanda reprimida do

transporte sanitário eletivo. (%)3 SGC

Número de atendimento do serviço do

transporte sanitário eletivo.

(nº absoluto)

5 - Ampliar em 10% a oferta de exames

diagnósticos de ultrassonografia na rede

própria. (%)

3 SRAS-CRAE

Proporção de exames de Ultrassonografia

na Rede Própria.

(%)

21 - Habilitar 3 Equipes Multiprofissionais de

Atenção Domiciliar (EMAD). (n° absoluto)3 SRAS-CUR

Número de Equipes Multiprofissionais de

Atenção Domiciliar (EMAD) habilitadas.

(nº absoluto)

22 - Habilitar 2 Equipes Multiprofissionais de

Apoio (EMAP).

(n° absoluto)

3 SRAS - CUR

Número de Equipes Multiprofissionais de

Apoio Domiciliar (EMAP) habilitadas.

(nº absoluto)

176

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e

no atendimento das necessidades

de saúde.

2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde

e a promoção do cuidado integral.

Page 177: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

2 - Implementar a Política de Saúde Mental. 1 SRAS-CRAP

25 - Executar 7 capacitações com as equipes

multiprofissionais da Atenção Primária para

fortalecimento da Política de Saúde Mental.

(nº absoluto)

1 SRAS-CRAP

Número de capacitações para equipes

multiprofissionais da atenção primária.

(nº absoluto)

3 - Reduzir o “tempo resposta” médio das

unidades móveis SAMU.3 SRAS-SAMU

26 - Reduzir de 21 minutos para 19 minutos

(9,6%) o “tempo resposta” médio das

unidades móveis SAMU em ocorrências de

prioridade máxima de urgência. (%)

3 SRAS-SAMU

Total de minutos do “tempo resposta”

médio das unidades móveis SAMU em

ocorrências de prioridade máxima de

urgência.

(nº absoluto)

3 - Promover o cuidado integral às pessoas

nos ciclos de vida (criança, adolescente,

jovem, adulto e idoso), considerando as

questões de gênero, orientação sexual,

raça/etnia, situações de vulnerabilidade, as

especificidades e a diversidade na atenção

básica, nas redes temáticas e nas redes de

atenção à saúde.

1 - Expandir o Programa Viver Legal nas

Unidades de Saúde. 1 SVS-CVE

2 - Reduzir e prevenir riscos e

agravos à saúde da população,

considerando determinantes

sociais, por meio das ações de

vigilância, promoção e proteção,

com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis,

acidentes e violências, no controle

das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento

saudável.

3 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde

e a promoção do cuidado integral.

1 - Ampliar de 27 para 40 o número de

Unidades de Saúde da Atenção Básica

atendidas por profissionais de Educação

Física. (n° absoluto)

1 SRAS-CRAB

Número de unidades da Atenção Básica

atendidas por profissionais de Educação

Física.

(nº absoluto)

177

24 - Efetivar o Plano de Expansão da RAPS -

Rede de Atenção Psicossocial (n° absoluto) 1 SRAS-CRAPSRAS-CRAP

2 - Aprimorar e implantar as Redes de

Atenção à Saúde nas regiões de saúde, com

ênfase na articulação da Rede de Urgência e

Emergência, Rede Cegonha, Rede de Atenção

Psicossocial, Rede de Cuidados à Pessoa com

Deficiência, e da Rede de Atenção à Saúde

das Pessoas com Doenças Crônicas.

11 - Efetivar o Plano de Expansão da RAPS -

Rede de Atenção Psicossocial.

2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde

e a promoção do cuidado integral.

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e e

no atendimento das necessidades

de saúde.

Plano de expansão da RAPS efetivado.

(nº absoluto)

Page 178: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e e

no atendimento das necessidades

de saúde.

2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde

e a promoção do cuidado integral.

1 - Qualificar 50% das unidades de atenção

primária para assistência em saúde nos ciclos

de vida. (%)

3 SRAS-CRAB

Percentual das unidades da atenção

primária recebendo qualificação para

assistência em saúde nos ciclos de vida.

(%)

1 - Reduzir a transmissão vertical da Sífilis

Congênitas para abaixo de 90 casos

novos/ano. (nº absoluto)

3 SVS-CVE

Taxa de incidência de sífilis congênita em

menores de um ano.

(/1.000)

2 - Reduzir a transmissão vertical da Hepatite

B para abaixo de 10 casos confirmados em

gestantes/ano. (nº absoluto)

3 SVS-CVE

Taxa de detecção de hepatite B em

gestante.

(/1.000)

3 - Reduzir a transmissão vertical do HIV

reduzindo os casos de Aids para abaixo de 03

casos/ano em menores de 5 anos. (nº

absoluto)

3 SVS - IST

Taxa de detecção de AIDS em menores de

5 anos de idade.

(/100.000)

1 - Elaborar o Programa Municipal de

Controle de Leishmaniose Visceral.1 SVS-CCZ E CCEV

4 - Elaborar o Programa Municipal de

Controle de Leishmaniose Visceral. (nº

absoluto)

1SVS-CCZ E

CCEV

Programa Municipal de Controle de

Leishmaniose Visceral elaborado.

(nº absoluto)

2 - Reduzir o Índice de Infestação Predial por

Aedes aegypti para abaixo 1%.3 SVS-CCEV

5 - Reduzir o Índice de Infestação Predial por

Aedes aegypti para abaixo de 1%. (%)3 SVS-CCEV

Índice de Infestação Predial por Aedes

aegypti .

(%)

178

4 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde

da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância,

promoção e proteção, com foco na prevenção

de doenças crônicas não transmissíveis,

acidentes e violências, no controle das

doenças transmissíveis e na promoção do

envelhecimento saudável

2 - Reduzir e prevenir riscos e

agravos à saúde da população,

considerando determinantes

sociais, por meio das ações de

vigilância, promoção e proteção,

com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis,

acidentes e violências, no controle

das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento

saudável.

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

1 - Aprimorar as ações de vigilância em

saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

Não se aplica

Page 179: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

3 - Reduzir a obesidade em 0,5% ao ano. 3 SVS-CVE

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e

no atendimento das necessidades

de saúde.

1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo

principal da SESAU ampliando e garantindo

acesso em tempo oportuno à população

5 - Reduzir 0,5% ao ano o excesso de peso da

população em grupo de atendimento

multiprofissional. (%)

3 SRAS-CRAE

Percentual de redução do índice de

excesso de peso da população em grupo

de atendimento multiprofissional.

(%)

4 - Reduzir 10% da taxa de mortalidade por

acidentes de trânsito.3 SVS-CVE

6 - Reduzir 10% da razão de mortalidade por

acidentes de trânsito. (%)3 SVS-CVE

Número de óbitos por acidentes de

trânsito da área urbana do ano

considerado.

(nº absoluto)

5 - Reduzir 6% das internações por acidentes

de trânsito.3 SVS-CVE

7 - Reduzir 6% das internações por acidentes

de trânsito. (%)3 SVS-CVE

Número de internações por acidente de

trânsito.

(n° absoluto)

6 - Implementar o plano de trabalho de

atenção integral à saúde do trabalhador em

25% dos Municípios da Microrregião de

Campo Grande a cada ano.

3 SVS-CEREST

8 - Implantar o plano de trabalho de atenção

integral à saúde do trabalhador em 100% dos

municípios da microrregião de Campo

Grande. (%)

3 SVS-CEREST

Percentual dos municípios da

microrregião de Campo Grande com o

plano de trabalho de atenção integral à

saúde do trabalhador implantado.

(%)

7 - Reduzir de 20 para 10 dias (50%), o tempo

de espera pelo resultado do exame de

leishmaniose visceral canina (LVC) pelo

proprietário de cão suspeito da doença.

3 SVS-CCZ

9 - Reduzir de 20 para 10 dias (50%), o tempo

de espera pelo resultado do exame de

Leishmaniose Visceral Canina (LVC) pelo

proprietário de cão suspeito da doença. (%)

3 SVS-CCZ

Número de dias entre coleta de sangue e

o resultado do exame.

(nº absoluto)

8 - Reduzir de 20 para 10 dias (50%), o prazo

para atendimento de solicitações de serviços,

denúncias, reclamações relativas às

zoonoses.

3 SVS-CCZ

10 - Reduzir de 20 para 10 dias (50%), o prazo

para atendimento de solicitações de serviços,

denúncias, reclamações relativas às

zoonoses. (%)

3 SVS-CCZ

Número de dias entre a data da denúncia

e seu atendimento.

(nº absoluto)

9 - Reduzir o prazo de 20 para 7 dias (35%)

para o recolhimento de animais doentes,

suspeitos ou positivos de zoonoses.

3 SVS-CCZ

11 - Reduzir de 20 para 7 dias (65%), o prazo

para o recolhimento de animais doentes,

suspeitos ou positivos de zoonoses. (%)

3 SVS-CCZ

Número de dias entre a solicitação e o

recolhimento dos animais.

(nº absoluto)

179

4 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde

da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância,

promoção e proteção, com foco na prevenção

de doenças crônicas não transmissíveis,

acidentes e violências, no controle das

doenças transmissíveis e na promoção do

envelhecimento saudável

2 - Reduzir e prevenir riscos e

agravos à saúde da população,

considerando determinantes

sociais, por meio das ações de

vigilância, promoção e proteção,

com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis,

acidentes e violências, no controle

das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento

saudável.

1 - Aprimorar as ações de vigilância em

saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

Page 180: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

5 - Ampliar o acesso da população a

medicamentos, promover o uso racional e

qualificar a assistência farmacêutica no

âmbito do SUS.

1 - Implantar o serviço de farmácia clínica em

70% das Unidades de Saúde da Atenção

Básica.

3 SGTE-CRT

1 - Ampliar e qualificar o acesso aos

serviços de saúde, em tempo

adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de

Humanização do SUS, equidade e

no atendimento das necessidades

de saúde.

3 - Ampliar o acesso da população a

medicamentos, promover o uso racional e

qualificar a assistência farmacêutica no

âmbito do SUS

1 - Implantar o serviço de farmácia clínica em

50% das Unidades de Saúde da atenção

primária. (%)

3 CRAB

Cobertura de farmácia clínica nas

unidades de saúde da atenção primária.

(%)

1 - Renovar a Rede de comunicação de dados. 1 CGSTI1 - Renovar a rede de comunicação de dados

em 80%. (%)1 CGSTI

Percentual da rede de comunicação

renovada.

(%)

2 - Atualizar o Sistema de Informação e

Gestão em Saúde garantindo o

interfaceamento com os Sistemas Nacionais

de Informação e o Parque Tecnológico e a

reestruturação da Rede de Dados.

1 CGSTI

2 - Atualizar o Sistema de Informação e

Gestão em Saúde, garantindo o

interfaceamento com os Sistemas Nacionais

de Informação e Renovação do Parque

Tecnológico. (n° absoluto)

1 CGSTI

Sistema de informação e gestão em

saúde atualizado.

(nº absoluto)

3 - Implantar central telefônica na Ouvidoria

da Saúde.3 OUVIDORIA

1 - Implantar central telefônica na Ouvidoria

da Saúde. (n° absoluto)3 OUVIDORIA

Central telefônica implantada na

Ouvidoria da Saúde.

(nº absoluto)

4 - Implantar Ouvidoria do servidor. 3 OUVIDORIA2 - Implantar Ouvidoria do servidor. (nº

absoluto)3 OUVIDORIA

Ouvidoria do servidor implantada.

(nº absoluto)

14 - Atender 100% das demandas de

saneamento ambiental efetuadas pela

população e pela rede de atenção básica. (%)

3 SVS-CVSAProporção de atendimentos de

demandas saneamento ambiental. (%)

1 - Reduzir em pelo menos 50% o tempo para

conceder Licença Sanitária.3 SVS-CVS

2 - Implantar sistema informatizado na

Vigilância Sanitária por meio de sistema

próprio.

3 SVS-CVS

12 - Implantar sistema informatizado próprio

na Vigilância Sanitária.

(n° absoluto)

3 SVS-CVS

Sistema próprio informatizado da

Vigilância Sanitária implantado.

(nº absoluto)

3 - Atender 100% das denúncias sanitárias

feitas pela população.3 SVS-CVS

180

Meta excluída, por solicitação do Conselho Municipal de Saúde

Não se aplica

2 - Reduzir e prevenir riscos e

agravos à saúde da população,

considerando determinantes

sociais, por meio das ações de

vigilância, promoção e proteção,

com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis,

acidentes e violências, no controle

das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento

saudável.

3 - Promover a produção e a

disseminação do conhecimento

científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em

saúde e expansão da produção

municipal contribuindo para

melhoria no padrão de gastos e

sustentabilidade do SUS.

3 - Promover a produção e a

disseminação do conhecimento

científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em

saúde e expansão da produção

municipal contribuindo para

melhoria no padrão de gastos e

sustentabilidade do SUS.

2 – Otimizar os processos no canal direto

entre usuários do SUS e a gestão em saúde

1 – Qualificar a rede de comunicação de

dados para melhoria do interfaceamento

com os sistemas nacionais de saúde.

6 - Promover a produção e a disseminação do

conhecimento científico e tecnológico, análise

de situação de saúde, inovação em saúde e a

expansão da produção nacional de tecnologias

estratégicas para o SUS.

Meta excluída por já ser realizado.

1 - Aprimorar as ações de vigilância em

saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

7 - Aprimorar o marco regulatório e as ações

de vigilância sanitária, para assegurar a

proteção à saúde e o desenvolvimento

sustentável do setor.

Page 181: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

7 - Aprimorar o marco regulatório e as ações

de vigilância sanitária, para assegurar a

proteção à saúde e o desenvolvimento

sustentável do setor.

4 - Reduzir em 50% o prazo para atendimento

das denúncias sanitárias.3 SVS-CVS

13 - Reduzir em 50% o prazo para

atendimento das denúncias sanitárias. (%)3 SVS-CVS

Número de dias para atendimento das

denúncias sanitária.

(n° absoluto)

15 - Elaborar Plano de Contingência para

Emergências de interesse da Saúde Pública.

(nº absoluto)

3 SVS

Plano de Contingência para Emergências

de interesse da Saúde Pública elaborado.

(n° absoluto)

1 - Ampliar em 10% a coleta de amostras de

água na rede de distribuição pública para

análise dos parâmetros de portabilidade da

água para consumo humano. (%)

3 SVS-CVSA

Proporção de amostras de água

coletadas.

(%)

2 - Fiscalizar 60% de estabelecimentos com

atividades econômicas de competência da

Vigilância de Saúde Ambiental para fins de

licenciamento sanitário. (%)

3 SVS-CVSA

Proporção de estabelecimentos com

atividades econômicas de competência

da Vigilância de Saúde Ambiental

fiscalizados para fins de licenciamento

sanitário.

(%)

1 - Ampliar a oferta de mestrado, doutorado,

especialização para trabalhadores do SUS.1 SGTE-GEP

1 - Ampliar em até 120 vagas a oferta de pós-

graduações Lato Sensu e Strito Sensu para

trabalhadores do SUS. (n° absoluto)

1 SGTE-GEP

Número de vagas de pós-graduações.

(nº absoluto)

2 - Implantar Política de Integração Ensino-

Serviço e Educação Permanente nas Unidades

de Saúde, distritos e gestores da educação

permanente.

1 SGTE-GEP

2 - Implantar Política de Integração Ensino-

Serviço e Educação Permanente com a

certificação das unidades no Programa de

Certificação da Qualidade do SUS - Unidade

de Saúde Escola (USE). (Nº absoluto)

1 SGTE-GEP

Número de unidades ou serviços de

saúde certificadas.

(nº absoluto)

3 - Promover 140 capacitações na Politica de

Humanização do SUS para trabalhadores do

SUS.

(N° absoluto)

1 SGTE-GEP

Número de capacitações na Política de

Humanização do SUS realizadas. (Nº

absoluto)

4 - Promover 40 capacitações de educação

popular em saúde para trabalhadores do

SUS. (nº absoluto)

2 SGTE-GEP

Número de capacitações de educação

popular em saúde realizada. (Nº

absoluto)

181

Não se aplica

8 - Promover, para as necessidades do SUS, a

formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores,

a desprecarização e a democratização das

relações de trabalho

Não se aplica

Não se aplica

2 - Reduzir e prevenir riscos e

agravos à saúde da população,

considerando determinantes

sociais, por meio das ações de

vigilância, promoção e proteção,

com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis,

acidentes e violências, no controle

das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento

saudável.

1 – Fortalecer a Política de Educação

Permanente com foco na Humanização do

atendimento multiprofissional e com

inovações nas práticas metodológicas.

2 - Ampliar e qualificar as ações de controle

sanitário de competência da Vigilância de

Saúde Ambiental com ênfase na

regulamentação, fiscalização e

licenciamento sanitário sobre atividades,

serviços, produtos e saneamento

ambiental, visando a proteção da saúde da

população.

4 – Promover, para as

necessidades do SUS, a formação, a

educação permanente, a

qualificação, a valorização dos

trabalhadores, a desprecarização e

a democratização das relações de

trabalho.

1 - Aprimorar as ações de vigilância em

saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

Não se aplica.

Não se aplica.

Page 182: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

3 - Implantar a Política de Saúde do

Trabalhador.1 SGTE

1 - Implantar a Política Nacional de Saúde do

Trabalhador e da Trabalhora nos municípios

da microrregião. (nº absoluto)

1 SGTE

Política Nacional de Saúde do

Trabalhador e da Trabalhora implantada

nos municípios da microrregião.

(nº absoluto)

3 - Implantar a Política de Saúde do

Trabalhador.1 SGTE-GERSAU

4 - Ampliar em 25% os atendimentos do

"Projeto Cuidar de quem cuida". (%)1 SGTE-GERSAU

Número de atendimentos do "Projeto

Cuidar de quem cuida".

(nº absoluto)

5 - Fortalecer o serviço de educação

Permanente e práticas metodológicas.1 SGTE-GEP

6 - Fortalecer a Política de Gestão do

Trabalho e da Educação na Saúde1 SGTE-GEP

7 - Fortalecer a Política de Educação

Permanente com foco na Humanização do

atendimento multiprofissional

2 SGTE-GEP

8 - Implementar o projeto “Cuidar de quem

Cuida”.3 SGTE-GERSAU

3 - Implantar o "Projeto Cuidar de quem

Cuida". (n° absoluto)1 SGTE-GERSAU

Projeto "Cuidar de quem Cuida"

implantado.

(n° absoluto)

9 - Reduzir em 80% as vacâncias da Rede

Municipal de Saúde.3 SGTE

2 - Reduzir em 80% as vacâncias da Rede

Municipal de Saúde (%)3 SGTE

Proporção de vacâncias dos profissionais

da Rede Municipal de Saúde.

(%)

182

8 - Promover, para as necessidades do SUS, a

formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores,

a desprecarização e a democratização das

relações de trabalhoMeta transformada no Objetivo 2, da Diretriz 4.

2 - Fortalecer a Política de Gestão do

Trabalho e da Educação na Saúde

Meta transformada no Objetivo 1 , da Diretriz 4.

4 – Promover, para as

necessidades do SUS, a formação, a

educação permanente, a

qualificação, a valorização dos

trabalhadores, a desprecarização e

a democratização das relações de

trabalho.

4 – Promover, para as

necessidades do SUS, a formação, a

educação permanente, a

qualificação, a valorização dos

trabalhadores, a desprecarização e

a democratização das relações de

trabalho.

Meta transformada no Objetivo 1, da Diretriz 4.

Page 183: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

OBJETIVO META ORIGEM DA

PROPOSTASETOR DIRETRIZ OBJETIVO META

ORIGEM DA

PROPOSTA SETOR INDICADOR

PLANO MUNICIPAL (2018-2021) 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (2018-2021) ANO 2020

1 - Ampliar a cobertura de Conselhos Locais

em 100% das Unidades/Serviços da rede

própria de assistência à Saúde.

3 CGEP-GACS

1 - Consolidar 50% dos Conselhos Locais

existentes nas unidades da rede própria de

assistência à Saúde. (%)

3 CGEP-GACS

Número de Conselhos Locais de Saúde da

rede própria funcionando regularmente.

(n° absoluto)

2 - Ampliar a representatividade dos Fóruns

Municipais para os três segmentos que

compõem o controle social do SUS.

3 CGEP-GACS2 - Instituir o Colegiado do Segmento Gestor.

(N° absoluto)3 CGEP-GACS

Colegiado do Segmento Gestor instituído.

(nº absoluto)

3 - Fortalecer o controle social do SUS. 2 CGEP-GACS

3 - Elaborar Plano de ação para o

fortalecimento dos conselhos locais de saúde -

segmento gestor. (n° absoluto)

2CGEP-

GACS

Plano de ação para o fortalecimento dos

conselhos locais de saúde - segmento

gestor elaborado.

(nº absoluto)

1 - Implantar Plano de Manutenção

Preventiva e Corretiva de equipamentos e

aparelhos da rede própria.

1 SUPES-GLM

1 - Implantar plano de manutenção

preventiva e corretiva de equipamentos da

rede própria. (nº absoluto)

1 SUPES-GLM

Plano de manutenção preventiva e

corretiva de equipamentos da rede

própria implantado.

(nº absoluto)

2 - Implantar Plano de Manutenção

Preventiva e Corretiva dos equipamentos de

informática para as unidades da SESAU.

1 CGSTI

2 - Implantar plano de manutenção

preventiva e corretiva dos equipamentos de

informática para as unidades da SESAU. (n°

absoluto)

1 CGSTI

Plano de manutenção preventiva e

corretiva de equipamentos de

informática para unidades da SESAU

implantado.

(nº absoluto)

3 - Reduzir em 50% o número de solicitação

de recoletas laboratoriais de materiais

biológicos.

3 SVS-CDEL

3 - Reduzir em 50% o número de solicitação

de recoletas laboratoriais de materiais

biológicos. (%)

3 SVS - CDEL

Proporção de solicitação de recoletas por

pacientes atendidos mensalmente.

(%)

183

Legenda:

1- Conferência Municipal de Saúde Meta Nova

2 - Audiência Pública Meta transformada

3 – Problematização Meta inclusa em outra meta

Meta excluída

Não se aplica

Origem da Proposta

10 - Melhorar o padrão de gasto, qualificar o

financiamento tripartite e os processos de

transferência de recursos, na perspectiva do

financiamento estável e sustentável do SUS.

1 - Fomentar os canais de interação do

Controle Social do SUS.

3 - Promover a produção e a

disseminação do conhecimento

científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em

saúde e expansão da produção

municipal contribuindo para

melhoria no padrão de gastos e

sustentabilidade do SUS.

3 - Aprimorar medidas preventivas e

corretivas nos processos da gestão em

saúde.

9 - Fortalecer as instâncias do controle social e

os canais de interação com o usuário com

garantia de transparência e participação

cidadã.

5 - Fortalecer as instâncias do

controle social e garantir o caráter

deliberativo dos conselhos de

saúde.

Page 184: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

184

3.3 DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo

acesso em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Ampliar o horário de

atendimento de 60% das

unidades de saúde da

atenção primária. (%)

Percentual de unidades da atenção primária com

horário de atendimento ampliado. (%)

3

2- Ampliar a cobertura da

Estratégia de Saúde da

Família para 60%. (%)

Cobertura populacional estimada da Estratégia de

Saúde da Família na atenção básica. (%)

3

3- Implantar o Programa Saúde

na Hora em 60% das

unidades de saúde da

família aptas ao programa.

(%)

Total de unidades de saúde da família com

Programa Saúde na Hora implantado. (Nº Absoluto)

1

4- Executar 6 ações

intersetoriais anuais para

fortalecer a Política de

Saúde da População em

Situação de Risco e

Vulnerabilidade. (Nº

Absoluto)

Número de ações intersetoriais anuais com foco na

saúde da população em situação de rua. (Nº

Absoluto)

3

5- Reduzir 0,5% ao ano o

excesso de peso da

população em grupo de

atendimento

multiprofissional. (%)

Percentual de redução do índice de excesso de

peso da população em grupo de atendimento

multiprofissional. (%)

Page 185: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

185

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo

acesso em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

6- Ampliar em 40% o

atendimento dos casos de

presença de acumuladores

de resíduos sólidos

diagnosticados no território

pela atenção básica dos

Distritos Sanitários e pela

Ouvidoria do SUS. (%)

Proporção de atendimentos de casos com presença

de acumuladores de resíduos sólidos no território

dos Distritos Sanitários. (%)

Page 186: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

186

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Qualificar 50% das

unidades de atenção

primária para a assistência

em saúde nos ciclos de

vida. (%)

Percentual de unidades da atenção primária

recebendo qualificação para assistência em saúde

nos ciclos de vida. (%)

1

2- Ampliar de 44 para 58 o

número de unidades de

saúde da atenção básica

que fazem coleta para

exames. (Nº absoluto)

Número de Unidades Básicas de Saúde com coleta

de material para exames. (N ° absoluto)

1

3- Ampliar em 25% a oferta de

fisioterapia pela rede própria

especializada. (%)

Proporção de oferta de atendimentos de

fisioterapia. (%)

1

4- Ampliar em 75% a oferta de

exames de

eletroneuromiografia. (%)

Proporção de exames de eletroneuromiografia

realizados. (%)

3

5- Ampliar em 10% a oferta de

exames diagnósticos de

ultrassonografia na rede

própria. (%)

Proporção de exames de ultrassonografia na rede

própria. (%)

3

6- Ampliar a oferta de consulta

especializada em neurologia

adulto, pelo sistema de

regulação em 100%. (%)

Proporção de consulta especializada ambulatorial

em neurologia. (%)

Page 187: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

187

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

7- Ampliar a oferta de consulta

especializada ambulatorial

em neurocirurgia em 100%.

(%)

Proporção de consulta especializada ambulatorial

em neurocirurgia. (%)

3

8- Ampliar em 55% a oferta de

vagas em psicologia infantil

na rede própria. (%)

Proporção de oferta de vagas em psicologia

infantil na rede própria. (%)

3

9- Ampliar em 50% a oferta de

consulta especializada

ambulatorial em psiquiatria.

(%)

Proporção de consulta especializada ambulatorial

em psiquiatria. (%)

3

10- Ampliar em 20% a produção

do exame de colonoscopia.

(%)

Proporção de exames de colonoscopia. (%)

3

11- Ampliar em 100% a oferta

dos exames de tomografia

computadorizada. (%)

Proporção da oferta de exames de tomografia

computadorizada. (%)

3

12- Promover a habilitação de 53

leitos, conforme atualização

do Plano de Ação Regional –

PAR da Rede de

Urgência/Emergência. (Nº

absoluto)

Número de leitos de UTI adulto, UCO e AVC

habilitados. (Nº absoluto)

3

13- Ampliar em 40% o

quantitativo de cirurgias

eletivas. (%)

Proporção de cirurgias eletivas. (%)

Page 188: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

188

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

14- Elaborar projeto denominado

Hospital Municipal de Campo

Grande – HMCG. (Nº

absoluto)

Projeto Hospital Municipal de Campo Grande –

HMCG elaborado. (Nº absoluto)

3

15- Elaborar projeto de reforma e

ampliação do Hospital Day

Clinic “Vó Honória Martins

Pereira”. (Nº absoluto)

Projeto de reforma e ampliação do Hospital Day

Clinic “Vó Honória Martins Pereira” elaborado. (Nº

absoluto)

3

16- Implantar o Programa de

Segurança do Paciente. (Nº

Absoluto)

Proporção de Unidades de Saúde que possuem

Plano de Segurança do Paciente. (%)

3

17- Reduzir 45% da demanda

reprimida do Transporte

Sanitário Eletivo. (%)

Número de atendimentos do serviço de

Transporte Sanitário Eletivo. (Nº absoluto)

3

18- Implantar Centro de

Especialidades

Odontológicas – CEO. (Nº

Absoluto)

Número de Centros de Especialidades

Odontológicas – CEO implantados. (Nº absoluto)

3

19- Reduzir 10% da demanda

reprimida de prótese dentária.

(%)

Número de pacientes aguardando atendimento

na especialidade de Prótese Dentária no Sistema

de Regulação – SISREG. (Nº absoluto)

3

20- Implantar serviço de

atendimento odontológico

hospitalar à pessoa com

deficiência. (Nº Absoluto)

Número de serviços de atendimento odontológico

hospitalar à pessoa com deficiência implantados.

(Nº absoluto)

Page 189: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

189

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

21- Habilitar 3 Equipes

Multiprofissionais de Atenção

Domiciliar (EMAD). (Nº

absoluto)

Número de Equipes Multiprofissionais de Atenção

Domiciliar (EMAD) habilitadas. (Nº absoluto)

3

22- Habilitar 2 Equipes

Multiprofissionais de Apoio

(EMAP). (Nº absoluto)

Número de Equipes Multiprofissionais de Apoio

Domiciliar (EMAP) habilitadas. (Nº absoluto)

3

23- Reduzir de 33,59% para

25,59% a proporção de

atendimentos dos pacientes

ambulatoriais (pacientes

adultos - classificados como

azuis) nas unidades 24 horas.

(%)

Proporção estimada dos atendimentos dos

pacientes ambulatoriais nas unidades 24 horas.

(%)

1

24- Efetivar o Plano de Expansão

da RAPS - Rede de Atenção

Psicossocial. (Nº Absoluto)

RAPS - Rede de Atenção Psicossocial efetivado.

(Nº absoluto)

Page 190: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

190

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

25- Executar 7 capacitações com

as equipes multiprofissionais

da atenção primária para

fortalecimento da Política de

Saúde Mental. (Nº Absoluto)

Número de capacitações para equipes

multiprofissionais da atenção primária. (Nº

absoluto)

3

26- Reduzir de 21 minutos para

19 minutos (9,6%) o “tempo

resposta” médio das

unidades móveis SAMU em

ocorrências de prioridade

máxima de urgência. (%)

Total de minutos do “tempo resposta” médio das

unidades móveis SAMU em ocorrências de

prioridade máxima de urgência. (Nº Absoluto)

Page 191: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

191

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase

nos dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades

de saúde.

Objetivo 3 - Ampliar o acesso da população a medicamentos, promover o uso racional e qualificar a

assistência farmacêutica no âmbito do SUS.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Implantar o serviço de

farmácia clínica em 50% das

unidades de saúde da

atenção primária. (%)

Cobertura de farmácia clínica nas unidades de

saúde da atenção primária. (%)

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Reduzir a transmissão

vertical da sífilis congênita

para abaixo de 90 casos

novos/ano. (Nº absoluto)

Taxa de incidência de sífilis congênita em menores de um ano. (/1.000)

3

2- Reduzir a transmissão

vertical da hepatite B

para abaixo de 10 casos

confirmados em

gestantes/ano. (Nº

absoluto)

Taxa de detecção de hepatite B em gestante. (/1.000)

Page 192: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

192

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

3- Reduzir a transmissão

vertical do HIV

reduzindo os casos de

AIDS para abaixo de 03

casos/ano em menores

de 5 anos. (Nº absoluto)

Taxa de detecção de AIDS em menores de 5 anos de idade. (/100.000)

1

4- Elaborar o Programa

Municipal de Controle de

Leishmaniose Visceral.

(Nº Absoluto)

Programa Municipal de Controle de Leishmaniose

Visceral elaborado. (Nº Absoluto)

3

5- Reduzir o Índice de

Infestação Predial por

Aedes aegypti para

abaixo de 1%. (%)

Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti. (%)

3

6- Reduzir 10% da razão

de mortalidade por

acidentes de trânsito.

(%)

Número de óbitos por acidentes de trânsito da área

urbana do ano considerado. (Nº absoluto)

3

7- Reduzir 6% das

internações por

acidentes de trânsito.

(%)

Número de internações por acidente de trânsito.

(Nº absoluto)

Page 193: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

193

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

8- Implantar o plano de

trabalho de atenção

integral à saúde do

trabalhador em 100%

dos municípios da

microrregião de Campo

Grande. (%)

Percentual dos municípios da microrregião de

Campo Grande com o plano de trabalho de

atenção integral à saúde do trabalhador

implantado. (%)

3

9- Reduzir de 20 para 10

dias (50%), o tempo de

espera pelo resultado do

exame de Leishmaniose

Visceral Canina (LVC)

pelo proprietário de cão

suspeito da doença. (%)

Número de dias entre a coleta de sangue e o

resultado do exame. (Nº absoluto)

3

10- Reduzir de 20 para 10

dias (50%), o prazo para

atendimento de

solicitações de serviços,

denúncias, reclamações

relativas às zoonoses.

(%)

Número de dias entre a data da denúncia e seu

atendimento. (Nº absoluto)

Page 194: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

194

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e

desenvolvimento sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

11- Reduzir de 20 para 7

dias (65%), o prazo para

o recolhimento de

animais doentes,

suspeitos ou positivos

de zoonoses. (%)

Número de dias entre a solicitação e o

recolhimento dos animais. (Nº absoluto)

3

12- Implantar sistema

informatizado próprio na

Vigilância Sanitária. (Nº

Absoluto)

Sistema próprio informatizado da Vigilância

Sanitária implantado. (Nº absoluto)

3

13- Reduzir em 50% o prazo

para atendimento das

denúncias sanitárias.

(%)

Número de dias para atendimento das denúncias

sanitárias. (Nº absoluto)

3

14- Atender 100% das

demandas de

saneamento ambiental

efetuadas pela

população e pela rede

de atenção básica. (%)

Proporção de atendimentos de demandas de

saneamento ambiental. (%)

3

15- Elaborar Plano de

Contingência para

Emergências de

interesse da Saúde

Pública (N°absoluto)

Plano de Contingência para Emergências de

interesse da Saúde Pública elaborado.

Page 195: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

195

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 2 – Ampliar e qualificar as ações de controle sanitário de competência da Vigilância de

Saúde Ambiental com ênfase na regulamentação, fiscalização e licenciamento sanitário sobre

atividades, serviços, produtos e Saneamento Ambiental, visando a proteção da saúde da população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Ampliar em 10% a coleta

de amostras de água na

rede e distribuição

pública para análise dos

parâmetros de

potabilidade da água

para consumo humano.

(%)

Proporção de amostras de água coletadas. (%)

3

2- Fiscalizar 60% de

estabelecimentos com

atividades econômicas

de competência da

Vigilância de Saúde

Ambiental para fins de

licenciamento sanitário.

(%)

Proporção de estabelecimentos com atividades

econômicas de competência da Vigilância de

Saúde Ambiental fiscalizados para fins de

licenciamento sanitário. (%)

Page 196: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

196

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 3 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Ampliar de 27 para 40 o

número de unidades de

saúde da atenção básica

atendidas por profissionais

de educação física. (N°

absoluto)

Número de unidades da atenção básica atendidas

por profissionais de educação física. (N° absoluto)

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise

de situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para

melhoria no padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 1 – Qualificar a rede de comunicação de dados para melhoria do interfaceamento com os

sistemas nacionais de saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Renovar a rede de

comunicação de dados

em 80%. (%)

Percentual da rede de comunicação renovada. (%)

1

2- Atualizar o sistema de

informação e gestão em

saúde garantindo o

interfaceamento com os

sistemas nacionais de

informação e renovação

do parque tecnológico.

(Nº absoluto)

Sistema de informação e gestão em saúde

atualizado. (Nº absoluto)

Page 197: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

197

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise

de situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para

melhoria no padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 2 – Otimizar os processos no canal direto entre usuários do SUS e a gestão em saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Implantar central

telefônica na Ouvidoria

da Saúde. (Nº absoluto)

Central telefônica implantada na Ouvidoria da

Saúde. (Nº absoluto)

3 2- Implantar Ouvidoria do

servidor. (Nº absoluto)

Ouvidoria do servidor implantada. (Nº absoluto)

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise

de situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para

melhoria no padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 3 – Aprimorar medidas preventivas e corretivas nos processos da gestão em saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Implantar plano de

manutenção preventiva e

corretiva de equipamentos

da rede própria. (Nº

absoluto)

Plano de manutenção preventiva e corretiva de

equipamentos da rede própria implantado. (Nº

absoluto)

1

2- Implantar plano de

manutenção preventiva e

corretiva de equipamentos

de informática para as

unidades da SESAU. (Nº

absoluto)

Plano de manutenção preventiva e corretiva de

equipamentos de informática para as unidades da

SESAU implantado. (Nº absoluto)

Page 198: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

198

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise

de situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para

melhoria no padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 3 – Aprimorar medidas preventivas e corretivas nos processos da gestão em saúde

ORIGEM

META INDICADOR

3

3- Reduzir em 50% o

número de solicitação de

recoletas laboratoriais de

materiais biológicos. (%)

Proporção de solicitação de recoletas por

pacientes atendidos mensalmente. (%)

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das

relações de trabalho.

Objetivo 1 – Fortalecer a Política de Educação Permanente com foco na Humanização do

atendimento multiprofissional e com inovações nas práticas metodológicas.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Ampliar em até 120

vagas a oferta de pós-

graduações lato sensu e

stricto sensu para

trabalhadores do SUS.

(Nº absoluto)

Número de vagas de pós-graduações. (Nº

absoluto)

Page 199: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

199

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das

relações de trabalho.

Objetivo 1 – Fortalecer a Política de Educação Permanente com foco na Humanização do

atendimento multiprofissional e com inovações nas práticas metodológicas.

ORIGEM

META INDICADOR

1

2- Implantar Política de

Integração Ensino-Serviço

e Educação Permanente

com a certificação das

unidades no Programa de

Certificação da Qualidade

do SUS - Unidade de

Saúde Escola (USE). (Nº

absoluto)

Número de unidades ou serviços de saúde

certificadas. (Nº absoluto)

1

3- Promover 140

capacitações na Política de

Humanização do SUS para

trabalhadores do SUS.

(Nº absoluto)

Número de capacitações na Política de

Humanização do SUS realizadas. (Nº absoluto)

3

4- Promover 40 capacitações

de educação popular em

saúde para trabalhadores

do SUS. (Nº absoluto)

Número de capacitações de educação popular

em saúde realizada. (Nº absoluto)

Page 200: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

200

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 2 - Fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Implantar a Política

Nacional de Saúde do

Trabalhador e da

Trabalhadora nos

municípios da

microrregião. (Nº

absoluto)

Política de Nacional de Saúde do Trabalhador e

da Trabalhadora implantada nos municípios da

microrregião. (Nº absoluto)

3

2- Reduzir em 80% as

vacâncias da Rede

Municipal de Saúde. (%)

Proporção de vacâncias da Rede Municipal de

Saúde. (%)

1

3- Implantar o “Projeto

Cuidar de Quem Cuida”.

(Nº absoluto)

“Projeto Cuidar de Quem Cuida” implantado. (Nº absoluto)

3

4- Ampliar em 25% os

atendimentos do “Projeto

Cuidar de quem Cuida”.

(%)

Número de atendimentos do “Projeto Cuidar de quem Cuida”. (Nº absoluto)

Page 201: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

201

Diretriz 5 - Fortalecer as instâncias do controle social e garantir o caráter deliberativo dos conselhos

de saúde.

Objetivo 1 - Fomentar os canais de interação do Controle Social do SUS.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Consolidar 50% dos

conselhos locais

existentes nas unidades

da rede própria de

assistência à saúde. (%)

Número de conselhos locais de saúde da rede

própria funcionando regularmente. (N° absoluto)

3

2- Instituir o colegiado do

segmento gestor. (Nº

absoluto)

Colegiado do segmento gestor instituído. (Nº

absoluto)

2

3- Elaborar plano de ação

para fortalecimento dos

conselhos locais de

saúde - segmento gestor

(Nº absoluto)

Plano de ação para o fortalecimento dos conselhos

locais de saúde – segmento gestor elaborado. (Nº

absoluto)

Legenda:

Origem

1- Conferência Municipal de Saúde

2 - Audiência Pública

3 – Problematização

Page 202: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

202

3.4 METAS E ANÁLISE SITUACIONAL

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo acesso

em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Ampliar o horário de

atendimento de 60%

das unidades de

saúde da atenção

primária. (%)

Descrição:

Percentual de unidades da atenção primária com horário

de atendimento ampliado. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de Unidades de Atenção Primária

com horário ampliado

Denominador: Número total de Unidades de Atenção

Primária

X100

Linha de base:

0

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise situacional

A Atenção Primária (AP) é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que

envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos,

cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e

gestão qualificada, realizada com equipe multidisciplinar e dirigida à população em território definido,

sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.

Por se tratar da principal porta de entrada e centro de articulador do acesso dos usuários,

coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede, a Atenção

Primária por meio das Unidades de Saúde da Família (USF) e unidades de básicas de saúde (UBS)

estão entre os eixos prioritários do Ministério da Saúde (MS), orientada pelos princípios da

acessibilidade, coordenação do cuidado, vínculo, continuidade e integralidade.

A acessibilidade possibilita que as pessoas cheguem aos serviços, enquanto que o acesso

trata do uso oportuno dos serviços para alcançar os melhores resultados. Seria, portanto, a forma

como a pessoa utiliza o serviço de saúde. Portanto, é possível identificar que algumas práticas

Page 203: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

203

podem resultar em ampliação, como por exemplo, o horário de atendimento das unidades de saúde

da família.

Em Campo Grande, as unidades de saúde atendem, quase que em sua totalidade, em horário

comercial (07h00min as 11h00min e 13h00 as 17h00min), o que resulta na restrição de acesso dos

usuários aos serviços de Atenção Primária, ocasionando a busca por serviços de urgência e

emergência. Em maio de 2019, com o objetivo de ampliar o acesso da população aos serviços de

saúde na Atenção Primária, o Ministério da Saúde institui o Programa “Saúde na Hora”, através da

Portaria 930/2019, que dispõe sobre o horário de funcionamento estendido das unidades de Saúde

da Família. O programa prevê que as unidades que aderirem à proposta ampliarão seu horário de

atendimento para 60 ou 75 horas semanal, conforme as condicionalidades do programa.

Além de ampliar acesso aos serviços da Atenção Primária, o programa objetiva desafogar o

fluxo das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), as quais os pacientes que não conseguem

serem atendidos nas unidades de saúde da AP, realizam atualmente seus atendimentos. Para a

revisão desta meta foi levado em consideração o diagnóstico situacional do ano de 2017, no qual

todas as Unidades de Atenção Primária realizavam os atendimentos em horário comercial. Com a

certificação da UBSF Nova Lima, como Clínica da Família, em agosto de 2018, passou a prestar

atendimento das 07h00min as 19h00min, de forma ininterrupta.

Em setembro de 2019, 25 unidades de Saúde da Família com no mínimo 03 equipes,

realizavam atendimento em horário estendido, sendo elas USF Estrela Dalva, USF Noroeste, USF

Mata do Jacinto, USF Nova Bahia, USF Nova Lima, USF Vida Nova, USF São Francisco, USF Vila

Nasser, USF Azaleia, USF Maria Aparecida Pedrossian, USF Itamaracá, USF Antártica, USF

Batistão, USF Portal Caiobá, USF São Conrado, USF Tarumã, USF Albino Coimbra, USF

Serradinho, USF Botafogo, USF Mário Covas, USF Macaúbas, USF Paulo Coelho Machado, USF

Iracy Coelho, USF Parque do Sol, USF Aero Rancho IV.E, 09 unidades Básicas de Saúde

realizavam atendimento em horário estendido à saber: UBS 26 de Agosto, UBS Jockey, UBS Aero

Rancho, UBS Dona Neta, UBS Carlota, UBS Universitário, UBS Tiradentes, UBS Estrela do Sul e

UBS Cel Antonino. Para o cálculo do percentual das Unidades de Atenção Primária com horário

ampliado, levou-se em consideração a unidades com no mínimo 03 equipes. Considerando a análise

técnica da Coordenadoria da Rede de Atenção básica referente à organização de espaços, recursos

humanos e oferta de serviços, definiu-se como meta ampliar o acesso da população por meio da

extensão do horário de atendimento em 60% das Unidades de Atenção Primária.

Dentre as dificuldades a serem enfrentadas para atingir as metas podemos citar: mudança no

processo de trabalho, implantação de um novo sistema de informação e o monitoramento e

avaliação tendo em vista a mudança dos indicadores. Em relação ao impacto financeiro: as

Unidades de Saúde da Família (USF) que aderirem ao Programa Saúde na Hora (modalidade 60

horas) estarão aptas a receber incentivo de custeio federal no valor mensal de aproximadamente

R$ 15.165,00 por unidade de saúde mais o valor de custeio de acordo com o número de equipes

da unidade de saúde. Farão jus ainda ao incentivo estadual em torno de 20% do incentivo federal

(Decreto 15.261 de 18 de julho de 2019).

Page 204: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

204

Até o primeiro quadrimestre foram realizadas visitas técnicas em 51 unidades da rede de

Atenção Primária em Saúde, considerando 71 unidades existentes, sendo unidades UBS (14

unidades), UBSF (54 unidades) e CF (03 unidades). Sendo elas:

- Segredo (11): USF Vida Nova, USF José Abrão, USF Fernando de Arruda, UBS Estrela do Sul,

UBS Coronel Antonino, USF Paradiso, USF Vila Nasser, USF Vila Cox, USF Azaleia, USF São

Benedito e USF Nova Lima.

- Anhanduizinho (12): Los Angeles, USF Macaúbas, USF Mario Covas, USF Paulo Coelho Machado,

USF Cohab, USF Botafogo, USF Pioneira, USF Alves Pereira, UBS Dona Neta, USF Aero Rancho,

USF Nova Esperança e UBS Jockey Clube.

- Prosa (04): USF Mata do Jacinto, USF Nova Bahia, USF Estrela Dalva e USF Marabá.

- Imbirussu (04): USF Santa Carmélia, USF Ana Maria do Couto, USF Sírio Libanês e USF Zé

Pereira.

- Bandeira (08): USF Moreninha, USF Cidade Morena, USF Tiradentes, UBS Carlota, USF

Itamaracá, USF Cristo Redentor, USF Arnaldo Figueiredo e UBS Universitário.

- Centro (03): UBS 26 de agosto, USF Vila Corumbá e USF Vila Carvalho.

- Lagoa (09): USF Vila Fernanda, USF São Conrado, USF Bonança, USF Jardim Antártica, UBS

Caiçara, USF Portal Caiobá, USF Tarumã, USF Oliveira e USF Batistão. Ainda:

- Segredo (02): USF São Francisco e USF Seminário.

- Prosa (01): USF Noroeste.

- Imbirussu (07): UBS Silvia Regina, USF Aguão, UBS Popular, UBS Lar do Trabalhador, USF

Indubrasil, USF Serradinho e USF Aero Itália.

- Bandeira (01): USF Três Barras.

Atualmente até maio de 2020 existem 48 unidades com três ou mais equipes com horário

ampliado, das 71 unidades de Atenção Básica, 51 possuem três ou mais equipes. São elas: USF

Los Angeles, USF Paulo Coelho Machado, USF Mário Covas, USF Macaúbas, USF Aero Rancho

IV, USF Jardim Botafogo, USF Parque do Sol, UBS Dona Neta, UBS Jockey Clube, UBS Aero

Rancho, CF Iracy Coelho, USF MAPE, USF Jardim Itamaracá, USF Moreninha, UBS Universitário,

UBS Carlota, UBS 26 de agosto, USF Aero Itália, USF Serradinho, USF Santa Carmélia, USF Ana

Maria do Couto, USF São Conrado, USF Jardim Antártica, USF Jardim Batistão, USF Tarumã, CF

Portal Caiobá, USF Nova Bahia, USF Jardim Noroeste, USF Estrela Dalva, USF Mata do Jacinto,

USF Vila Cox, USF São Francisco, USF Jardim Azaleia, USF Vila Nasser, USF José Tavares, USF

Vida Nova, UBS Estrela do Sul, UBS Coronel Antonino, CF Nova Lima, UBS Caiçara, UBS Buriti,

USF Alves Pereira, USF Dom Antônio Barbosa, USF Cristo Redentor, USF Jardim Oliveira II, USF

Coophavila, USF Vila Fernanda, USF Zé Pereira, USF Tiradentes, UBS Silvia Regina e UBS Lar do

Trabalhador.

Page 205: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

205

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo acesso

em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

2- Ampliar a cobertura

da Estratégia de

Saúde da Família

para 60%. (%)

Descrição:

Cobertura populacional estimada da Estratégia de Saúde

da Família na atenção básica. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: nºeSF: número de equipes de Saúde da Família

com códigos 1 a 3, 12 a 15, 24 a 39, desde que vinculadas aos

estabelecimentos de saúde instituídas em sua respectiva portaria

e cadastradas no SCNES. As equipes de 24 a 38 serão

ponderadas conforme Portaria nº 703/2011 (24 a 26 = 1 equipe;

27 a 29 = 2 equipes; 30 a 32 = 3 equipes; 33 a 35 = 0,85 equipe;

36 a 38 = 0,6 equipe).

Parâmetro: Considera o valor de 3.450 indivíduos cobertos por

equipe de Saúde da Família, e 3.000 indivíduos cobertos pelas

equipes de atenção básica parametrizadas e equipes

equivalentes, resultados da média aritmética entre os valores

mínimo e máximo definidos na PNAB 2011. Estimativa

populacional: será considerada sempre a estimativa do ano

anterior, e atualizada no mês de janeiro, para fins de cálculo do

indicador.

Denominador: Estimativa populacional: será considerada

sempre a estimativa do ano anterior, e atualizada no mês de

janeiro, para fins de cálculo do indicador.

X100

Linha de base

37,99%

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise situacional

A estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da população

brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má

alimentação e o uso de tabaco. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece

como uma porta de entrada do Sistema único de Saúde (SUS).

A cobertura de ESF é calculada mensalmente pelo sistema e-GESTOR do Ministério da

Saúde, e segundo dados extraídos deste sistema, no ano de 2017, Campo grande tinha uma

cobertura de 37,99%. A cobertura de ESF referente ao mês de agosto de 2019 é de 45,96%.

Page 206: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

206

Considerando que este indicador segue uma Nota Metodológica e uma Nota Técnica

Explicativa do Ministério da Saúde e que está disposto para consulta no site do e-Gestor e que

estabelece como orientações: - O indicador de cobertura populacional estimada na Atenção Básica

é utilizado para o monitoramento do acesso aos serviços de Atenção Básica, com vistas ao

fortalecimento do planejamento do Sistema único de Saúde (SUS) e à implementação do Contrato

Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP). Esse indicador consta no Caderno de Diretrizes,

Objetivos Meta e Indicadores para os anos de 2017-2021. Esse monitoramento permitiu a análise

da fórmula de cálculo do indicador e a proposição de melhorias, a fim de torna-lo mais fidedigno.

Por se tratar de uma das estratégias prioritárias de expansão, qualificação e consolidação da

Atenção Primária, o aumento do número de ESF e consequentemente cobertura são primordiais

para efetivar ações de ampliação do acesso, aumento da resolutividade e o impacto positivo na

situação saúde de uma pessoa e/ou coletividade.

Dessa forma a Coordenadoria da Rede de Atenção Básica trabalha para que o aumento da

cobertura de ESF seja gradativo e contínuo, levando em consideração características territoriais,

como por exemplo, regiões de maior risco e vulnerabilidade.

Considerando ainda que, o Ministério da Saúde, através da Portaria nº 2539, de 26 de

setembro de 2019, que institui equipes de Atenção Primária, eAP e dispões sobre o financiamento

da equipe de Saúde Bucal – eSB com carga horária diferenciada. Desta forma, o Ministério da

Saúde passa a apoiar, através de custeio financeiro, equipes das unidades básicas tradicionais que

possuam profissionais de saúde como médicos, enfermeiros e odontólogos. Este incentivo

possibilita que o processo de transição do modelo de unidade básica tradicional para a Estratégia

de Saúde da Família ocorra de forma gradual e sem que traga prejuízos à população, uma vez que

a transformação de uma unidade tradicional para uma ESF deve estar dotada de estratégias que

possibilitem o acesso contínuo da população já atendida anteriormente pelo modelo tradicional, que

vão desde mudanças no processo de trabalho até a necessidade de construção de novas unidades

de saúde no entorno.

A análise destes cenários e situações leva a necessidade de redução da pactuação de

ampliação para 60% de cobertura de ESF. Em tempo, considerando as ações do Laboratório de

Inovação da APS, uma parceria da SESAU com a Fiocruz, firmada em meados de 2019, pode

auxiliar no alcance desta meta a médio prazo. As dificuldades para cumprir esta meta estão tanto

na conclusão de novas unidades de saúde, como também na expansão de equipes de estratégia

de saúde da família por conta dos recursos humanos para compor as mesmas e recursos

financeiros para mantê-la, dentro destas o desafio maior é captar e manter o profissional médico

nestas equipes. O impacto financeiro de custo com recursos humanos de cada equipe de estratégia

de saúde da família está por volta de R$ 52.000,00 reais, considerando equipe de atenção básica

mais equipe de saúde bucal. Sendo assim, não há possibilidade de nomear previamente as

unidades certificadas como clínica ou saúde na hora, pois as unidades recebem a certificação após

processo seletivo, através de abertura e publicação de edital de seleção.

Page 207: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

207

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo acesso

em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

3 - Implantar o Programa

Saúde na Hora em 60%

das unidades de saúde

da família aptas ao

programa. (%)

Descrição:

Total de unidades de saúde da família com Programa

Saúde na Hora implantado. (Nº Absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de unidades com Programa Saúde na Hora (Nº

Absoluto)

Linha de Base

0

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise Situacional

O ano de referência desta meta será 2017.

Por ser em 2019 o ano da publicação da portaria do “Programa Saúde na Hora”, cuja origem é

Federal e atrelado a financiamento, justifica- se a alteração da meta que foi proposta inicialmente, o

qual segue as mesmas diretrizes previstas na Clínica da Família. A Portaria n°930, de 15 de maio de

2019, Institui o Programa "Saúde na Hora", que dispõe sobre o horário estendido de funcionamento

das Unidades de Saúde da Família, e tem como objetivos norteadores ampliar a cobertura da

Estratégia Saúde da Família, ampliar o número de usuários nas ações e nos serviços promovidos

nas USF e reduzir o volume de atendimentos de usuários com condições de saúde de baixo risco em

unidades de pronto atendimento e emergências hospitalares.

No modelo atual de unidades de saúde da família que estão em funcionamento no município

de Campo Grande – MS somente as unidades com no mínimo 03 equipes poderão aderir ao

programa, portanto não sendo possível alcançar 100% de adesão.

No ano de 2018, houve a implantação da Clínica da Família Nova Lima. Em fevereiro de 2019,

houve a implantação da segunda Clínica (Portal Caiobá). E encontrava-se em processo de

implantação a Clínica do Iracy Coelho. Considerando que em maio de 2019, houve a publicação da

Portaria 930 do Programa Saúde na Hora, tendo como critérios as mesmas prerrogativas da Clínica

da Família houve a necessidade de alteração da meta anteriormente proposta. Em 26 de junho de

2019, através da Portaria Ministerial 1604, foram homologadas 25 unidades para o Programa Saúde

na Hora, dentre elas as unidades do Nova Lima, Portal Caiobá e Iracy Coelho, reforçando a

adequação da meta.

Page 208: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

208

As 25 unidades homologadas pela Portaria são: USF Estrela Dalva, USF Noroeste, USF Mata

do Jacinto, USF Nova Bahia, USF Nova Lima, USF Vida Nova, USF São Francisco, USF Vila

Nasser, USF Azaleia, USF Maria Aparecida Pedrossian, USF Itamaracá, USF Antártica, USF

Batistão, USF Portal Caiobá, USF São Conrado, USF Tarumã, USF Albino Coimbra, USF

Serradinho, USF Botafogo, USF Mário Covas, USF Macaúbas, USF Paulo Coelho Machado, USF

Iracy Coelho, USF Parque do Sol, USF Aero Rancho IV.

Temos diversos desafios para a sua qualificação como: déficit de recursos humanos, estrutura

física inadequada, mudanças no processo de trabalho das equipes, qualificação profissional, etc. O

incentivo federal para o programa é de aproximadamente de R$ 31.000,00 reais por unidade de 03

equipes de Saúde da Família, além de 20% de incentivo estadual sobre o total do incentivo federal.

Page 209: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

209

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo acesso

em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

1

4- Executar 6 ações

intersetoriais anuais

para fortalecer a

Política de Saúde

da População em

Situação de Risco e

Vulnerabilidade. (Nº

Absoluto)

Descrição:

Número de ações intersetoriais anuais com foco na saúde

da população em situação de rua. (Nº Absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de ações intersetoriais anuais com foco na saúde

da população em situação de rua.

Linha de base

06

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise Situacional

O ano de referência para a construção desta meta foi baseada em 2017.

A política da População em Situação de Risco e Vulnerabilidade visa oferecer atendimento

em saúde à população que tem como característica ser heterogênea, possuir em comum a

pobreza extrema, vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia

convencional regular.

Desta maneira é importante oportunizar o acesso aos serviços de saúde e outros serviços da

rede intersetorial, consolidando a garantia de direitos aos serviços de saúde, através de ações

intersetoriais, que ocorrem seis vezes ao ano, proporcionando mais atendimento à população em

situação de rua, bem como a integração dos serviços com a Assistência Social, Comunidades

Terapêuticas, Ministério Público entre outros.

No ano de 2017 foram realizadas 06 ações intersetoriais, assim como no ano de 2018. No

ano de 2019, até setembro foram realizadas 04 ações intersetoriais, sendo previstas mais duas

ações até dezembro de 2019.

Sendo ações que não causam impactos financeiros para o seu desenvolvimento, ações estas

que realizam na área da saúde testes rápidos IST/AIDS, procedimentos de enfermagem,

Page 210: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

210

abordagens com escuta qualificada em saúde, encaminhamentos a entidades terapêuticas.

Abordagens na área da assistência social: encaminhamentos para retirada de documentos. Na

área jurídica são realizadas: assessorias através de ministério público/defensoria.

As comunidades terapêuticas e outras Organizações Não-Governamentais (ONG) realizam

ações de voluntariado, por exemplo acolhimento e serviços como de corte de cabelo, entre outros.

São seis ações intersetoriais realizadas em parceria com as diversas políticas que atuam com

a população em situação de risco e vulnerabilidade como as realizadas no ano de 2019. Serão

realizadas em locais onde há a necessidade de uma atuação conjunta das políticas para melhor

efetividade. Quanto às reuniões intersetoriais são para as discussões de caso e encaminhamentos

da Política Municipal de Pessoas em Situação de Rua, citamos reunião da Comissão Intersetorial de

Equidade em Saúde e Redução de Danos.

Considerando a pandemia de coronavírus, algumas ações foram readequadas para a

contenção da doença na população de risco e vulnerabilidade, destaca-se ainda que a meta não

está condicionada somente a população de rua. Para tanto, foi realizada a adequação na

programação anual de 2021.

Segue abaixo a descrição das ações programadas:

01 - Realizar ações intersetoriais de triagem a COVID-19, para acolhimento e ingresso aos

moradores em situação de rua, nas escolas que funcionaram como abrigos no período da

pandemia;

02 - Realizar capacitação dos profissionais do Módulo de Saúde do Complexo Penitenciário (IPCG)

em parceria com a URR. Foram abordados os seguintes temas:

Protocolo de atendimento dos sintomáticos respiratórios no sistema prisional;

Biossegurança em saúde;

Equipamentos de proteção individual: uso correto, paramentação e desparamentação,

guardam e conservação dos EPIs reutilizáveis;

Notificação de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 e registros obrigatórios

(eSUSve e GAL);

Coleta, acondicionamento e transporte das amostras de swab nasal;

Atribuições de cada instituição (SESAU, SES e AGEPEN) no controle de surto na

população privada de liberdade no município de Campo Grande.

03 - Realizar capacitação sobre rastreamento e monitoramento dos casos de COVID-19 para as

equipes de saúde do sistema prisional.

04 - Elaborar plano de ação conjunto com Centro de Referência em Assistência Social (CRAS),

Distrito Sanitário Indígena (DSEI), Conselho Tutelar e outros parceiros, conforme realidade local,

para a busca ativa de crianças e adolescentes vulneráveis e acompanhamento do desenvolvimento

na atenção básica.

Page 211: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

211

05 - Realizar visitas de apoio matricial e institucional para a população indígena.

06 - Realizar visitas de apoio institucional nas Instituições de Longa Permanência à Pessoa Idosa

junto à equipe de Vigilância em Saúde para orientações de prevenção ao coronavírus e testagens

nos cuidadores e idosos sintomáticos.

Page 212: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

212

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo acesso

em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

5- Reduzir 0,5% ao ano

o excesso de peso

da população em

grupo de

atendimento

multiprofissional. (%)

Descrição:

Percentual de redução do índice de excesso de peso da

população em grupo de atendimento multiprofissional. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: número de indivíduos que tiveram redução do

índice antropométrico

Denominador: número total de indivíduos atendidos em

grupo de atendimento multiprofissional

X 100

Linha de base

0

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise Situacional

O ano de referência é 2017.

Conforme informações da Gerência das Doenças e Agravos Não Transmissíveis a meta era

reduzir em 0,5% a obesidade dos indivíduos atendidos nos programas de acompanhamento (Viver

Legal e Lazer e Saúde), entretanto o fechamento se deu forma parcial e não foi possível realizar o

monitoramento final. No que se refere ao Projeto Lazer e Saúde, foram realizadas 489 avaliações e

reavaliações, e índice de redução de 1,84%.

Para a revisão da meta foi considerado o diagnóstico situacional das ações de manejo do

excesso de peso do ano de 2018/2019, no qual definiu-se manter a redução de 0,5% do índice de

sobrepeso e obesidade na população em atendimento em grupo com abordagem multiprofissional.

A Obesidade é uma doença crônica quem vem crescendo de forma vertiginosa nos últimos 30

anos, tornando-se assim um dos grandes desafios para a Saúde Pública, pois atinge grandes

parcelas da população e promove graves transtornos na saúde dos indivíduos, tais como aumento

no fator de risco de doenças cardiovasculares, Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Dislipidemias

e outras.

O Ministério da Saúde lançou em 2011 o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento

das DCNT no Brasil, 2011-2022. O objetivo do Plano é promover o desenvolvimento e

Page 213: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

213

implementação de políticas públicas efetivas para prevenção e controle das DCNT e seus fatores de

risco, dentre elas a Obesidade

O tratamento da obesidade é complexo e multifatorial, sendo assim para realizar o tratamento

é necessária uma atenção multidisciplinar ao indivíduo obeso. Os diferentes olhares e abordagens

possibilitam uma otimização nos resultados e continuidade no tratamento. Atualmente o obeso é

tratado de forma fragmentada através do atendimento em centros especializados com diversos

profissionais que não interagem, dificultando assim trabalhar de forma integrada

De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas

por Inquérito Telefônico (VIGITEL), que é realizada pelo Ministério da Saúde (MS) revelam que o

percentual da população obesa em Campo Grande é de 23,4%, maior inclusive que a média

nacional que é de 19,8%.

Dentre as estratégias de redução dos índices de obesidade está o EmagreSUS, que é um

modelo de atenção multidisciplinar para o manejo da obesidade no âmbito da Atenção Básica, o

modelo foi desenvolvido pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF/AB) e

conta com atendimento em grupo e individual, equipe multidisciplinar e utiliza a Educação em Saúde

para disseminação de informações. Os públicos alvos são adultos obesos de USF apoiadas por

Equipes NASF/AB.

O Programa de Atendimento Multiprofissional de Prevenção à Obesidade Infantil (PAMPOI)

está em reestruturação e ocorre no Centro de Especialidade Infantil. O programa é destinado ás

crianças de 05 a 15 anos com sobrepeso ou obesidade infantil, que serão acompanhadas por um

período de um ano. Passarão por 16 encontros, sendo estes elaborados de forma estruturada e

sistematizada pela Equipe Multiprofissional composta por: psicólogos, educador físico, enfermeiros,

nutricionista, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional e médicos.

O Lazer e Saúde é um projeto integrado entre a SESAU e a Fundação Municipal de Saúde,

que visa oportunizar o acesso às práticas em lazer e saúde aos cidadãos do município, com a oferta

de práticas de atividades físicas, de lazer, ações em saúde, atividades educativas na perspectiva da

melhoria da qualidade de vida, inclusão social, promoção à saúde e prevenção de doenças.

Dentre as ações a serem desenvolvidas estão: ampliação de atividades físicas ofertadas aos

usuários que frequentam as unidades de saúde, através da divulgação dos locais, horários e práticas

desenvolvidas aos profissionais da unidade de saúde, oferta de atividades de promoção à saúde e

prevenção de agravos aos usuários que frequentam as praças públicas e/ou outros espaços em que

a FUNESP oferta atividades físicas e/ou de lazer, identificar usuários com agravos que necessitem

de acompanhamento e referenciar às unidades de saúde correspondente, identificar e acompanhar o

perfil antropométrico dos usuários que frequentam o Projeto.

As possíveis dificuldades que podem fragilizar a meta são: dificuldade de mudar hábitos

alimentares e de vida da população; evasão dos usuários; baixa motivação da equipe ESF e a falta

de banco de dados único.

Page 214: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

214

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 1 - Fortalecer a Atenção Básica como eixo principal da SESAU ampliando e garantindo acesso

em tempo oportuno à população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

6- Ampliar em 40% o

atendimento dos

casos de presença

de acumuladores de

resíduos sólidos

diagnosticados no

território pela

atenção básica dos

Distritos Sanitários e

pela Ouvidoria do

SUS. (%)

Descrição:

Proporção de atendimentos de casos com presença de

acumuladores de resíduos sólidos no território dos Distritos

Sanitários. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de atendimentos de acumuladores do

ano vigente – Número de atendimentos do ano anterior

Denominador: Número de atendimentos de acumuladores

do ano vigente

X 100

Linha de base

40%

Setor Responsável: VIGILÂNCIA AMBIENTAL

Análise Situacional

O Programa de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação e de Vulnerabilidade Social

foi criado no ano de 2018 pela Coordenadoria de Vigilância de Saúde Ambiental para o

enfrentamento dos locais detectados em críticas condições sanitárias e ambientais que ofereciam

riscos de agravos à saúde da população.

O programa considera como situação de acumulação o acúmulo excessivo de objetos,

resíduos ou animais, associado à dificuldade de organização e manutenção da higiene e

salubridade do ambiente, com potencial risco à saúde individual e coletiva, a qual pode estar

relacionada a um transtorno mental ou outras causas.

O diagnóstico da situação no município foi feito mediante o aumento de solicitações da

população (Ouvidoria) e constatadas por inspeções sanitárias fiscais, e pelas notificações dos

Agentes de Combate às Endemias e dos Agentes Comunitários de Saúde quando em suas visitas

domiciliares detectavam locais com presença de pessoas vivendo em condição de precariedade

sanitária e ambiental e em situação de acumulação de resíduos sólidos, ofertando riscos à saúde

individual, coletiva e ao ambiente urbano.

Os objetivos do programa é garantir a atenção integral à saúde das pessoas em situação de

acumulação, o seu bem-estar físico, mental e social, minimizando fatores de riscos sanitários com a

Page 215: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

215

prática dos ambientes saudáveis livre de riscos sanitários e ambientais; implementar ações de

saneamento básico e saúde ambiental para a promoção da saúde e redução das desigualdades

sociais com ênfase na prevenção de doenças e proteção da saúde individual e coletiva, com ações

de controle vetorial, sanitário e ambiental enfatizadas no programa.

Faz-se necessário ampliar a capacidade de intervenção e resolutividade do programa

mediante atuação interdisciplinar, intersetorial e integrada, priorizando a organização dos serviços

em apoio às redes de atenção à saúde, na integralidade do cuidado e no apoio matricial a gestão do

trabalho em saúde.

No ano de 2018 foram atendidos 46 casos de acumuladores, e até o mês de novembro desse

ano, 85 casos já foram notificados e estão sendo monitorados em ação integrada da Vigilância

Ambiental, da Atenção Básica, da Saúde da Família e outros setores competentes, sendo que as

atividades são desenvolvidas na rotina da Coordenadoria e integralizada operacionalmente com a

Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais para as intervenções de manejo ambiental.

Page 216: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

216

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 – Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Qualificar 50% das

unidades de atenção

primária para a

assistência em

saúde nos ciclos de

vida. (%)

Descrição:

Percentual de unidades da atenção primária recebendo

qualificação para assistência em saúde nos ciclos de

vida. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de unidades contempladas com

ações de capacitação, reunião e instituição de protocolo

para assistência nos ciclos de vida.

Denominador: Número de unidades da Atenção

Primária

X 100

Linha de base

0

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise Situacional

A assistência em saúde da população é realizada através de ações de promoção à saúde,

prevenção a agravos, reabilitação e manutenção da saúde. As Unidades de Saúde da Atenção Primária

devem garantir o acesso oportuno, a longitudinalidade do cuidado e a atenção integral à saúde dos

indivíduos, com responsabilização e acompanhamento da continuidade em outros pontos de atenção,

considerando os aspectos culturais, sociais e epidemiológicos do território. Com vistas a garantir que os

profissionais estejam habilitados para exercer a assistência da população, faz-se necessário de forma

contínua que sejam treinados, capacitados, orientados e atualizados quanto aos protocolos vigentes, em

consonância com a lógica do custo-efetividade em saúde coletiva. As ações para a habilitação técnica de

profissionais anualmente devem ser planejadas e executadas pelas áreas técnicas, fomentando as boas

práticas da assistência, a racionalização de recursos, a otimização das ações em saúde e a excelência

no cuidado, configurando um processo permanente de melhoria, a fim de obter indicadores de resultados

que denotem a diminuição das morbimortalidades.

Page 217: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

217

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

2- Ampliar de 44 para 58 o

número de unidades de

saúde da atenção básica

que fazem coleta para

exames. (Nº absoluto)

Descrição:

Número de Unidades Básicas de Saúde com coleta de

material para exames. (N° absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de Unidades Básicas de Saúde com coleta de

material para exames

Linha de base

44

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise Situacional

O ano de referência para esta meta foi 2017.

Considerando que os exames laboratoriais são uma série de exames ou testes indicados

pelo médico ou em laboratórios de análises clínicas, a fim de diagnosticar ou atestar uma doença e

que também podem ser utilizados para a realização de exames de rotina, conhecidos como check-

up.

No âmbito do Sistema Único de Saúde, a implantação e o funcionamento dos laboratórios

clínicos deve se inserir em um processo de planejamento global do conjunto de ações e serviços

de saúde, de forma coerente com o modelo assistencial adotado. Buscando garantir: a

universalidade e oportunidade de acesso dos cidadãos a todas as ações e serviços necessários, a

integralidade da atenção, a equidade na alocação de recursos e no acesso e a subordinação das

diretrizes de política para essa área ao controle social. Quanto à organização dos serviços

laboratoriais, esta deve ser coerente com as diretrizes de descentralização, regionalização e

hierarquização, reconhecendo o caráter de apoio das atividades de laboratório para a

resolutividade da atenção.

No ano de 2017, 444 unidades ofertavam este serviço, sendo eles:

- Centro: UBS 26 de agosto;

- Bandeira: UBSF Maria Aparecida Pedrossian, UBS Tiradentes, UBSF Moreninha, UBS

Carlota, UBSF Cidade Morena, UBSFS Itamaracá, UBSF Noroeste, UBSF Três Barras, UBS

Universitário;

Page 218: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

218

- Segredo: UBSF Vila Nasser, UBSF Vida Nova, UBS São Francisco, UBSF Rochedinho.

- Imbirussu: UBSF Zé Pereira, UBSF Aero Itália, UBS Santa Carmélia, UBS Lar do

Trabalhador, UBSF Indubrasil, UBSF Serradinho, UBS Silvia Regina, UBS Popular, UBSF Aguão.

- Anhanduizinho: UBSF Paulo Coelho Machado, UBSF Botafogo, UBSF Aero Rancho,

UBSF Macaúbas, UBSF Mário Covas, UBSF Cohab, UBS Jockey Clube, UBS Dona Neta, UBSF

Parque do Sol, UBS Pioneira, UBSF Anhanduí, UBSF Alves Pereira, UBSF Los Angeles.

- Lagoa: UBS Coophavila, UBS Buriti, UBSF Portal Caiobá, UBS Caiçara, UBSF Tarumã,

UBSF Vila Fernanda, UBSF Batistão.

- Laboratório do Presídio feminino.

A ampliação deste serviço é importante para garantir maior resolutividade da atenção e

segue as diretrizes do SUS.

Em levantamento realizado em 06 de setembro de 2019, 48 unidades da Atenção Básica

realizam a coleta de exames, sendo elas:

- Centro: UBS 26 de agosto;

- Bandeira: UBSF Maria Aparecida Pedrossian, UBS Tiradentes, UBSF Moreninha, UBS

Carlota, UBSF Cidade Morena, UBSF Itamaracá, UBSF Noroeste, UBSF Três Barras.

- Segredo: UBS Coronel Antonino, UBSF Vila Nasser, UBSF Vida Nova, UBSF Nova Bahia,

UBSF Nova Lima, UBS São Francisco, UBSF Rochedinho.

- Imbirussu: UBSF Zé Pereira, UBSF Aero Itália, UBS Santa Carmélia, UBS Lar do

Trabalhador, UBSF Indubrasil, UBSF Serradinho, UBS Silvia Regina, UBS Popular, UBSF Aguão.

- Anhanduizinho: UBSF Paulo Coelho Machado, UBSF Botafogo, UBSF Aero Rancho,

UBSF Macaúbas, UBSF Mário Covas, UBSF Cohab, UBS Jockey Clube, UBS Dona Neta, UBSF

Parque do Sol, UBS Pioneira, UBSF Anhanduí, UBSF Alves Pereira, UBSF Los Angeles.

- Lagoa: UBS Coophavila, UBS Buriti, UBSF Portal Caiobá, UBS Caiçara, UBSF Tarumã,

UBSF Vila Fernanda, UBSF Batistão.

- Laboratório do Presídio feminino.

As dificuldades são em relação a logística, principalmente o transporte de material, aquisição

de impressora para identificação dos exames e aquisição de material permanente.

Conforme a Programação Anual de Saúde 2020, o impacto financeiro é no valor de R$

580.656,00 reais para material permanente e serviços de terceiros (transporte), valor alocado para

implantação de mais 10 unidades.

Page 219: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

219

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

3- Ampliar em 25% a

oferta de fisioterapia

pela rede própria

especializada. (%)

Descrição:

Proporção de oferta de atendimentos de fisioterapia. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de atendimentos do ano vigente –

Número de atendimentos do ano anterior

Denominador: Número de atendimentos do ano anterior

X 100

Linha de Base:

23,67%

Setor Responsável: ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Análise Situacional

O ano de referência da análise situacional foi o de 2017. Considerando a indisponibilidade de

dados referente a oferta do ano de 2016. A fisioterapia em reabilitação motora na Rede Própria é

ofertada na Unidade Especializada em Diagnóstico e Reabilitação – UERD. A grande demanda

para o atendimento em Fisioterapia Motora que é de 2.711 pacientes aguardando (Fonte: GRA

junho/2019), gerou a necessidade de ampliação da oferta. Foram ofertados 1.466

atendimentos/mês totalizando 17.591 atendimentos no ano de 2017, em 2018 houve a oferta de

1.813 atendimentos/mês num total de 21.756 atendimentos no ano, e de janeiro a agosto de 2019

a oferta foi de 1.668 atendimentos/mês. O parâmetro utilizado para o cálculo do indicador foi:

21.756 (N° exames em 2018) – 17.591 (Nº exames em 2017) / 17.591 (Nº exames em 2017) x 100

= 23,67%. Com acréscimo de 25% à média de atendimento do ano referência (2017) a projeção é

ofertar 1.833 atendimentos/mês em fisioterapia na UERD. Considerando a alteração dos

quantitativos de atendimento em fisioterapia pela revogação da Portaria GM/MS 1631/GM, pela

resolução COFFITO 444/2014, conforme orientação do Ministério da Saúde que limita o

atendimento fisioterápico em no máximo 2 pacientes/hora. Com a convocação de dois Profissionais

Fisioterapeutas através de concurso vigente haverá um acréscimo de 504 atendimentos/mês no

total, com impacto financeiro de R$ 197.746,38 durante o período de um ano.

Page 220: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

220

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

4- Ampliar em 75% a

oferta de exames de

eletroneuromiografia.

(%)

Descrição:

Proporção de exames de eletroneuromiografia realizados.

(%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de exames do ano vigente –

Número de atendimentos do ano anterior

Denominador: Número de exames do ano anterior

X 100

Linha de Base:

22,90 %

Setor Responsável: ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Análise Situacional

O ano de referência da análise situacional foi o de 2017. Considerando a indisponibilidade de

dados referente a oferta do ano de 2016. Eletroneuromiografia é um exame neurofisiológico,

utilizado no diagnóstico e prognóstico de lesões no sistema nervoso periférico. É realizado por

Médico Neurologista no CEM/CADIM (Centro de Apoio Diagnóstico Municipal). Devido à grande

demanda e especificidade do exame houve a solicitação de ampliação da oferta na Conferência

Municipal de Saúde. A demanda reprimida para Eletroneuromiograma é de 1.691 pacientes

aguardando. (Fonte: GRA junho/2019). Foi ofertado em 2017 um total de 1.672 atendimentos em

média de 139 exames/mês, em 2018 foram ofertados 171 exames/mês totalizando 2.055 exames,

e em 2019 a oferta é de 179 exames/mês. O parâmetro utilizado para cálculo do indicador foi:

2.055 (Nº exames em 2018) – 1.672 (Nº exames em 2017) / 1.672 (Nº exames em 2017) x 100 =

22, 90%. Com a ampliação da oferta de exames em 75% à oferta de referência (2017) a projeção

até 2021 será ofertar 243 exames/mês. Para essa ampliação se faz necessária a ampliação do

quadro funcional do CADIM (Centro de Apoio e Diagnóstico Municipal) com contratação de um

profissional médico Neurologista que resulta em um impacto financeiro de R$ 117.338,00 durante o

período de um ano.

Page 221: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

221

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

5- Ampliar em 10% a

oferta de exames

diagnósticos de

ultrassonografia na rede

própria. (%)

Descrição:

Proporção de exames de ultrassonografia na rede

própria. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de consultas do ano vigente –

Número de consultas do ano da linha de base

Denominador: Número de consultas do ano da linha de

base

X 100

Linha de base

4,60%

Setor Responsável: ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Análise Situacional

O ano de referência da análise situacional foi o de 2017. Considerando a indisponibilidade de

dados referentes a oferta do ano de 2016.

A Ultrassonografia é um exame especializado de imagem que apresenta grande demanda de

pacientes aguardando, o que gerou a necessidade de ampliação da oferta de exames de

Ultrassonografia, sendo proposta à ampliação em 10%.

Os exames com maior demanda reprimida atualmente são: ultrassonografia de aparelho

urinário (rins, bexiga) com 3.637 pacientes aguardando, ultrassonografia de próstata (via

abdominal) com 2.862 pacientes aguardando e US doppler das veias dos membros inferiores com

2.190 pacientes aguardando, entre outros (Fonte: GRA junho/2019).

Em 2017 foi ofertada uma média de 6.057 Ultrassonografias/mês (Ano Referência).

Houve reorganização do serviço e foi possível otimizar a oferta de vagas em 2018 com 6.336

Ultrassonografias/mês.

O parâmetro utilizado para o cálculo do indicador foi: 6.336 (Nº consultas em 2018) – 6.057

(Nº consultas em 2017) / 6.07 (Nº consultas em 2017) x 100 = 4,60%. Com a contratação de um

profissional médico ultrassonografista é possível ampliar em até 10% a oferta em comparação à

média de exames/mês de 2017, o que causaria impacto financeiro de R$ 117.338,00 durante o

período de um ano. Assim sendo o somatório das ampliações são em 2018 4,62%, em 2019

Page 222: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

222

5,25%, e ainda considerando que em 2020 houve suspensão dos atendimentos ambulatoriais pela

resolução SESAU nº 523 de 18 de março de 2020 devido a Pandemia COVID-19 não

possibilitando ampliação de oferta, sugerimos que a meta seja mantida em 5% de ampliação para

2021, pois somando ao já ampliado haverá o alcance da meta de 10%.

OFERTA DE ULTRASSONOGRAFIA NA REMUS

ULTRASSONOGRAFIA PRODUÇÃO

QTD

AMPLIAÇÃO

% X

2017

2017 72678 - -

2018 76034 3356 4,62%

2019 76497 3.819 5,25%

Page 223: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

223

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

6-Ampliar a oferta de

consulta especializada

em neurologia adulto,

pelo sistema de

regulação em 100%. (%)

Descrição:

Proporção de consulta especializada ambulatorial em

neurologia. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: número de consultas do ano vigente –

número de consultas do ano anterior

Denominador: número de consultas do ano anterior

X 100

Linha de Base

37,28 %

Setor Responsável: ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Análise Situacional

A Neurologia é uma especialidade médica que apresenta escassez de profissional

especialista, em contraponto a demanda de pacientes, o que gerou a necessidade de ampliação da

oferta de consulta em Neurologia, sendo proposta a ampliação da oferta em 100%. O ano de

referência da análise situacional foi o de 2017. Considerando a indisponibilidade de dados

referentes a oferta do ano de 2016. Foi ofertado em 2017 um total de 3.516 atendimentos sendo

293 Consultas/mês (Ano Referência). Em 2018 foram ofertadas 402 consultas/mês em Neurologia

totalizando 4.827 consultas no ano, a oferta de Janeiro até Agosto de 2019 é de 604

consultas/mês. A demanda reprimida para consulta em neurologia adulta é de 2.857 usuários

(Fonte: GRA junho/2019). O parâmetro utilizado para o cálculo do indicador foi: 4.827 (Nº consultas

em 2018) – 3516 (Nº consultas em 2017) / 3.516 (Nº consultas em 2017) x 100 = 37, 28%. A

projeção é ofertar 586 consultas/ mês. Houve em 2019 a ampliação do quadro funcional do Centro

Especializado Municipal (CEM) com a contratação de profissional especialista em Neurologia, o

que resulta no alcance da meta. O impacto financeiro com a ampliação do quadro funcional do

CEM com contratação de um profissional médico Neurologista durante o período de um ano é de

R$ 117.338,00.

Page 224: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

224

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

7- Ampliar a oferta de

consulta

especializada

ambulatorial em

neurocirurgia em

100%. (%)

Descrição:

Proporção de consulta especializada ambulatorial em

neurocirurgia. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de consultas do ano vigente –

Número de consultas do ano anterior

Denominador: Número de consultas do ano anterior

X 100

Linha de base

50,78%

Setor Responsável: ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Análise Situacional

O ano de referência da análise situacional foi 2017. Considerando a indisponibilidade de dados

referentes a oferta do ano de 2016.

A Neurocirurgia é uma especialidade médica que apresenta escassez de profissional

especialista, em contraponto a demanda de pacientes, o que gerou a necessidade de ampliação da

oferta de consulta em Neurocirurgia, sendo proposta a ampliação da oferta em 100%.

A demanda reprimida para consulta em Neurocirurgia – Geral é de 2.011 usuários (Fonte:

GRA junho/2019). Foi ofertado em 2017 um total de 573 atendimentos sendo 48

atendimentos/mês. Em 2018 foram ofertados 72 atendimentos/mês totalizando 864 consultas no

ano. A oferta de janeiro ao agosto de 2019 é de 71 consultas/mês. O parâmetro utilizado para o

cálculo do indicador foi: 864 (Nº consultas em 2018) – 573 (Nº consultas em 2017) / 573 (Nº

consultas em 2017) x 100 = 50,78%. A projeção é ofertar 96 consultas/mês. Para a ampliação da

oferta é necessária a ampliação do quadro funcional no Centro Especializado Municipal (CEM) de

Profissional Neurocirurgião. O impacto financeiro com a ampliação do quadro funcional do CEM

com contratação de um profissional médico Neurocirurgião durante o período de um ano é de R$

117.338,00.

Page 225: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

225

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

8- Ampliar em 55% a

oferta de vagas em

psicologia infantil na

rede própria. (%)

Descrição:

Proporção de oferta de vagas em psicologia infantil na

rede própria. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de atendimentos do ano vigente –

Número de atendimentos da linha de base

Denominador: Número de atendimentos da linha de base

X 100

Linha de base

1,22%

Setor Responsável: ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Análise Situacional

O ano de referência é 2017. Considerando a indisponibilidade dos dados de anos anteriores.

A Psicologia Infantil é uma especialidade ofertada no Centro de Especialidades Infantil (CEI) que

apresenta grande demanda de crianças aguardando atendimento em fila SISREG o que gerou a

necessidade de ampliação de oferta em Psicologia Infantil de 55%. Foram ofertados 9.600 atendimentos

no ano de 2017, com reorganização do serviço e ampliação do quadro funcional de Psicólogos no CEI, foi

possível ampliar a oferta em 2018 com 9.717 atendimentos. Já no ano de 2019 houve ampliação do

quantitativo de atendimentos devido à lotação de profissionais, oferta de horário estendido e plantões

eventuais, totalizando 11.725 atendimentos no ano. A oferta de psicologia infantil em março de 2020, tem

média de 977 atendimentos/mês e a meta ideal é ofertar 1.240 atendimentos/mês totalizando anualmente

14.880. O parâmetro utilizado para o cálculo foi: 9.717 (número de atendimentos de 2018) – 9.600

(número de atendimentos de 2017) / 9.600 (número de atendimentos de 2017) X 100 = 1,22. Com a

ampliação do quadro funcional do CEI é possível ampliar a oferta e alcançar a meta proposta de 14.880

atendimentos por ano.

A contratação de profissional psicólogo para o Centro de Especialidades Infantil é um dos

fatores que podem dificultar a ampliação da oferta devido ao impacto financeiro. Com a contratação de um

profissional psicólogo resultará em um impacto financeiro de R$ 49.437,00 durante o período de um ano.

Considerando que a meta do Período de 4 anos é de 55%, onde em um primeiro momento havia sido feita

Page 226: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

226

a anualização das metas em 25% em 2018, e 10% nos três anos seguintes totalizando 55%.

Considerando que não houve o alcance da meta em 2018 com apenas 1,2% de ampliação, e que em 2019

houve uma ampliação de 22%, e ainda que a PAS 2020 já havia sido elaborada antes do resultado do ano

de 2019. Manteve-se a meta de 10% na PAS 2020 o saldo restante foi programado para a PAS 2021

(32%).

Assim sendo o somatório das ampliações são em 2018 1,22%, em 2019 22%, em 2020 a meta

é 10% e 2021 foi programada a meta de 32% considerando que na soma dos anos de 2018 e 2019

resultam em 23,22% sem considerar o ano de 2020 por conta da suspensão dos atendimentos

ambulatoriais pela resolução SESAU nº 523 de 18 de março de 2020 devido a Pandemia COVID-19, foi

programada a meta de 32% na PAS 2021 pois somados ao já alcançado (23,22%) será possível o alcance

da meta de 55%.

PRODUÇÃO PSICOLOGIA INFANTIL

PSICOLOGIA

INFANTIL PRODUÇÃO

QTD

AMPLIAÇÃO % X 2017

2017 9600 -

2018 9717 117 1,22%

2019 11725 2.125 22,14%

Page 227: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

227

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

9- Ampliar em 50% a

oferta de consulta

especializada

ambulatorial em

psiquiatria. (%)

Descrição:

Proporção de consulta especializada ambulatorial em

psiquiatria. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de consultas do ano vigente –

Número de consultas do ano anterior

Denominador: Número de consultas do ano anterior

X 100

Linha de Base

110,76%

Setor Responsável: ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Análise Situacional

Para elaboração da análise situacional utilizamos como linha de base o ano de 2017 onde

foram realizadas 7.695 consultas, com um aumento de 110,76% comparado ao ano de 2016, onde

foram realizadas 3.651 consultas em psiquiatria. Os atendimentos se dão no Ambulatório de Saúde

Mental que está inserido no espaço do Centro de Especialidades Médicas.

100% das consultas são realizadas através do Sistema de Regulação (SISREG) onde

disponibilizam-se, em média, 900 consultas/mês, porém o valor ideal para atendimento da

demanda existente no município, seriam 1.000 consultas/mês.

A dificuldade para o alcance da meta é a contratação e manutenção de médico especialista

no serviço.

O impacto financeiro se dá através da contratação de médicos psiquiatras para o

atendimento à população, sendo necessário a contratação de 2 médicos/ano para atender a

demanda existente, totalizando R$ 167.282,00/ano.

Page 228: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

228

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

10- Ampliar em 20% a

produção do exame

de colonoscopia. (%)

Descrição:

Proporção de exames de colonoscopia. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de exames de colonoscopia do ano

vigente – Número de exames do ano base

Denominador: Número de exames de colonoscopia do

ano vigente

X 100

Linha de Base:

2,9%

Setor Responsável: CONTROLE E AVALIAÇÃO

Análise Situacional

O ano de referência utilizado para a análise situacional do exame de colonoscopia foi o de

2016, com a realização de 1.774 (hum mil, setecentos e setenta e quatro) exames. Considerando

que a meta prevista foi de ampliação de 20% em relação ao ano de 2016, o incremento corresponde

a 355 exames no decorrer do plano. Foram realizados 1.992 (hum mil, novecentos e noventa e dois)

exames no ano de 2017; 1.827 (hum mil, oitocentos e vinte e sete) exames em 2018, e até junho de

2019, foram processados no Sistema de Informação Ambulatorial – SIA 875 (oitocentos e setenta e

conco) exames de colonoscopia. Há necessidade de ampliação do referido exame, visto ser um

exame diagnóstico para várias patologias, bem como principal exame de rastreamente para o câncer

colorretal, que, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), este tipo de

câncer está entre os três tumores mais comuns na população brasielira. Referente ao resultado do

indicador do ano de 2018 em relação ao ano de 2016 - ano base, houve um acréscimo de 2,9%,

portanto, para se atingir a meta de 20%; há necessidade de incremento de 17,1% nos anos

subsequentes: 2019, 2020 e 2021. Justifica-se a dificuldade de atingir a meta proposta, pelo fato de

o exame de colonoscopia, apesar de ser considerado procedimento de média complexidade pela

Tabela SUS, é um exame que requer expertise, tanto tecnológico como humano, assim sendo, de

difícil execução. O município não dispõe de capacidade instalada para realização dos exames de

colonoscopia em sua rede própria, sendo executados somente pelos hospitais conveniados do

Page 229: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

229

município.

Não há impacto financeiro nesta meta, pois será pactuada nos Documentos Descritivos dos

Hospitais com Unidade de Alta Complexidade em Oncologia – UNACOM (Santa Casa, Hospital

Regional e Hospital Universitário e Hospital do Câncer) a implementação da meta do exame de

colonoscopia, o que possibilitará maior acesso dos usuários a este procedimento.

Page 230: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

230

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

11- Ampliar em 100% a

oferta dos exames

de tomografia

computadorizada.

(%)

Descrição:

Proporção da oferta de exames de tomografia

computadorizada. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Média da oferta de exames de tomografia

computadorizada do ano vigente – média da oferta de

exames de tomografia computadorizada do ano anterior

Denominador: Média da oferta de exames de tomografia

computadorizada do ano vigente

X 100

Linha de Base:

- 16,5%

Setor Responsável: CONTROLE E AVALIAÇÃO

Análise Situacional

O ano de referência para análise situacional para a oferta do exame de Tomografia foi o de

2016, que foram ofertados e não regulados pelo Sistema de Regulação SISREG uma média de 200

exames/mês de tomografia computadorizada aos usuários SUS. A meta proposta corresponde a

100% da oferta de exames durante os quatro anos do Plano (2018-2021), o que corresponde a 400

exames/mês.

Em 2016, a oferta era de 200 exames e em 2017, a oferta passou a ser regulada pelo Sistema

de Regulação – SISREG, tendo uma média 167 exames de tomografia ofertados. No ano de 2018, a

média da oferta dos exames pelo SISREG foi de 178. Em 2019, até o mês de agosto, a média da

oferta foi de 400 exames de tomografia. Este incremento de 100%, isto é, de 200 exames, ocorreu

devido à ampliação da oferta de Tomografia no Hospital Universitário, e pactuação com Santa Casa

para a ampliação destes exames.

Referente ao indicador, quanto à oferta do exame de tomografia de 2017 em relação ao ano

base – 2016, o resultado foi negativo; diminuiu a oferta em 16,5%. Quanto à oferta do ano de 2018

em referência ao ano de 2016, houve redução de 11%. Mas em 2019, a média da oferta em

referência ao ano de 2016 alcançou 100% de acréscimo.

Page 231: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

231

A alocação do valor de R$ 4.400,00 mensal para a ampliação do exame de tomografia se

refere à fonte Estadual, que totalizou R$ 52.800,00 ao ano para a Santa Casa, referente a 40

tomografias/mês, o que corresponde ao incremento de 480 tomografias/ano.

Está prevista a oferta de 200 exames mensais de tomografia, através de convênio de

gratuidade, firmado com o Hospital do Pênfigo, para o ano de 2019, com início a partir do mês de

outubro.

Page 232: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

232

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

12- Promover a

habilitação de 53

leitos, conforme

atualização do Plano

de Ação Regional –

PAR da Rede de

Urgência/Emergênci

a. (Nº absoluto)

Descrição:

Número de leitos de UTI adulto, UCO e AVC habilitados.

(Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de Leitos habilitados de UTI adulto, UCO e AVC

cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Saúde - SCNES

Linha de Base

116

Setor Responsável: CONTROLE E AVALIAÇÃO

Análise Situacional

Em 2016, existiam 116 leitos habilitados nas modalidades de Unidade de Terapia Intensiva –

UTI adulto, Unidade Coronariana – UCO e Leitos de Acidente Vascular Cerebral - AVC, e em 2017,

continuava o mesmo quantitativo de leitos habilitados.

No ano de 2018 persistia o mesmo quantitativo, bem como no ano de 2019, abaixo elencados:

57 leitos de UTI adulto tipo III na Santa Casa

29 Leitos de UTI adulto tipo II no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul

16 leitos de UTI adulto tipo II na EBSERH Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian

04 Leitos de UTI adulto tipo II no Hospital do Câncer

10 Leitos UCO no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul,

Dos leitos acima descritos, somam-se 116 leitos habilitados nas referidas modalidades nos

hospitais conveniados ao SUS em Campo Grande.

O indicador - o número de leitos habilitados de UTI adulto, UCO e AVC no CNES - corresponde

a 116 leitos nos anos de 2016, 2017 e 2018.

Até o ano de 2021, de acordo com a atualização do Plano de Ação Regional - PAR da Rede de

Urgência/Emergência, há previsão de habilitar mais 53 leitos, sendo 23 leitos de UTI adulto, sendo

20 na Santa Casa e 03 leitos no HU; 20 Leitos de AVC, sendo 10 no Hospital Regional e 10 na

Santa, e 10 Leitos de UCO na Santa Casa. Portanto, até o final do Plano de Saúde 2018-2021, há

perspectiva de ampliação de leitos de internação nos hospitais de Campo Grande.

Page 233: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

233

O impacto financeiro para ampliação destes 53 leitos é de origem federal, mediante recurso do

Ministério da Saúde, correspondendo ao valor de R$ 6.014.400,00 (seis milhões, quatorze mil e

quatrocentos reais) para 23 Leitos de UTI adulto; R$ 2.628.000,00 (dois milhões, seiscentos e vinte e

oito mil reais) para 10 Leitos UCO; R$ 2.299.500,00 (dois milhões, duzentos e noventa e nove mil e

quinhentos reais) para 20 leitos de AVC.

Considerando que o sistema DIGISUS permite a anualização da meta do Plano em números

absolutos e percentuais a partir do número zero;

Considerando que os resultados da execução destas propostas é que direcionam o

planejamento e/ou sua revisão.

Considerando que as ações de habilitações do PAR se tratam de previsões e foram solicitadas

pelos Hospitais que compõe a rede de Urgência, na última atualização do PAR alguns leitos foram

previstos para habilitação em 2020/2021;

Considerando o advento da epidemia em 2020 não foram habilitados novos leitos.

Sendo assim, sugere-se manter a meta: Promover a habilitação de 43 leitos, conforme

atualização do Plano de Ação Regional – PAR da Rede de Urgência/Emergência.

Page 234: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

234

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

13- Ampliar em 40% o

quantitativo de

cirurgias eletivas.

(%)

Descrição:

Proporção de cirurgias eletivas. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de cirurgias eletivas do ano vigente

– Número de cirurgias eletivas do ano anterior

Denominador: Número de cirurgias eletivas do ano

vigente

X 100

Linha de Base

20,78%

Setor Responsável: CONTROLE E AVALIAÇÃO

Análise Situacional

De acordo com o Relatório Anual de Gestão – RAG 2018, foi solicitada a alteração da meta

para “Ampliar em 5% ao ano o quantitativo de cirurgias eletivas”, no entanto, solicitamos a alteração

da redação da meta para “Ampliar em 20% o quantitativo de cirurgias eletivas”, visto a facilidade de

monitorar os dados e flexibilidade nas pactuações com os hospitais.

A análise situacional do quantitativo de cirurgias eletivas corresponde ao ano de 2016, no qual

foram processadas 30.954 cirurgias eletivas, tanto na modalidade ambulatorial, como hospitalar.

A previsão de incremento de 20% em relação ao ano base de 2016 (produção de 30.954

cirurgias eletivas), corresponde ao incremento de 6.191 cirurgias, perfazendo a previsão da

produção de 37.145 cirurgias eletivas até o final de 2021.

No ano de 2017, a produção de cirurgias eletivas totalizou 36.673 (trinta e seis mil, seiscentos

e setenta e trêrs mil), enquanto que no ano de 2018, alcançou o processamento de 41.151 (quarenta

e um mil, cento e cinquenta e um) procedimentos cirúrgicos eletivos. Até o mês de junho de 2019, o

município conta com o processamento de 21.222 (vinte e um mil, duzentoes e vinte e dois)

procedimentos cirúrgicos eletivos, ambulatorial e hospitalar, nos hospitais conveniados ao SUS no

município de Campo Grande. A extração de dados dos hospitais correspondem aos seguintes

hospitais (Santa Casa, Hospital Regional, Hospital Universitário, Hospital São Julião, Maternidade

Cândido Mariano, Hospital do Pênfigo e Hospital do Cãncer.

Referente ao resultado do indicador do ano de 2018 em relação ao ano de 2016 - ano base,

Page 235: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

235

houve um acréscimo de 24,78%, portanto, a meta já foi alcançada, sendo positivo este resultado,

porém, há necessidade de se ampliar o quantitativo, devido à fila de espera por estes

procedimentos.

Considerando a Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002, que estabelece a utilização nos

hospitais integrantes do Sistema Único de Saúde, a Padronização da Nomenclatura do Censo

Hospitalar, descrito a “capacidade hospitalar instalada deve corresponder ao número de leitos

informados no cadastro do hospital junto ao Ministério da Saúde”. Desta forma este estudo

compreende dados cadastrais do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

(CNES), segue quantidade de leitos e quantidade de salas cirúrgicas por hospital conveniado:

HOSPITAIS Leitos SUS Salas de cirurgia

0009733 HOSPITAL SÃO JULIÃO CEDAMI CASA VOVO TULIA 113 8

0009768 ASSOCIAÇÃO DE AMPARO A MATERNIDADE E A INFANCIA - AAMI 115 5

0009725 HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL 352 13

2599643 HOSPITAL ADVENTISTA DO PENFIGO - UNIDADE CENTRO 23 7

2646773 HOSPITAL ADVENTISTA DE CAMPO GRANDE - UNIDADE MATRIZ 16 5

0009776 HOSPITAL DO CANCER DR ALFREDO ABRAO 72 4

0009709 EBSERH HOSP UNIV MARIA APARECIDA PEDROSSIAN 202 12

0009717 SANTA CASA 543 22

FONTE: CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

Metodologia: Quantidade informada cadastrada pelos Hospitais de leitos SUS e salas Cirúrgicas no CNES em todas as especialidades. Observação: Dados da competência do mês 12 do ano 2019, em virtude das alterações estruturais dos hospitais para atendimento à pandemia do Coronavírus.

Segue Tabela com as produção do subgrupo 04 – procedimentos cirúrgicos por ano:

PRODUÇÃO HOSPITALAR DE CIRURGIAS ELETIVAS DA REDE COMPLEMENTAR DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE

SubGrupo de Procedimentos 2016 2017 2018 2019 2020

0401 Pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa 216 245 213 256 51

0402 Cirurgia de glândulas endócrinas 112 116 93 99 32

0403 Cirurgia do sistema nervoso central e periférico 80 51 75 76 44

0404 Cirurgia das vias aéreas superiores, da face, da cabeça e do pescoço 598 425 268 310 102

0405 Cirurgia do aparelho da visão 1.787 1.894 2.809 3.119 799

0406 Cirurgia do aparelho circulatório 635 576 620 681 173

0407 Cirurgia do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal 1.947 1.336 1.489 1.543 479

0408 Cirurgia do sistema osteomuscular 494 309 391 425 207

0409 Cirurgia do aparelho geniturinário 1.690 1.714 1.539 1.596 478

0410 Cirurgia de mama 229 198 225 229 63

0411 Cirurgia obstétrica 27 65 92 24 9

0412 Cirurgia torácica 31 52 61 29 13

0413 Cirurgia reparadora 301 222 189 172 40

0414 Bucomaxilofacial 97 89 105 115 26

0415 Outras cirurgias 1.168 1.098 1.268 1.425 475

0416 Cirurgia em oncologia 730 854 866 1.212 462

Total 10.142 9.244 10.303 11.311 3.453

Fonte: DATASUS/SIH-MS/SESAU/SUPRIS/GCA, julho 2020

Metodologia: Foram elencados no tabulador TABWIN os arquivos da base de dados do Estado de Mato Grosso do Sul - MS do Sistema de Informação Hospitalar - SIH, disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS do Ministério da Saúde, referentes aos subgrupos da Tabela SUS dos hospitais da Rede Complementar ao SUS do município de Campo Grande e extraída a produção aprovada de cirurgias eletivas, processada no ano de 2017, 2018, 2019 e de janeiro a maio de 2020.

Page 236: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

236

PRODUÇÃO AMBULATORIAL DE CIRURGIAS ELETIVAS DA REDE COMPLEMENTAR DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE

SubGrupo de Procedimentos 2016 2017 2018 2019 2020

0401 Pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa 12.899 14.669 15.155 17.037 6.213

0404 Cirurgia das vias aéreas superiores, da face, da cabeça e do pescoço 13 2 5 10 2

0405 Cirurgia do aparelho da visão 3.272 5.042 7.567 5.941 916

0406 Cirurgia do aparelho circulatório 4 4 0 10 1

0407 Cirurgia do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal 521 386 309 426 132

0408 Cirurgia do sistema osteomuscular 667 1.672 2.094 2.245 832

0409 Cirurgia do aparelho geniturinário 200 176 262 190 68

0410 Cirurgia de mama 1 3 0 2 0

0412 Cirurgia torácica 10 4 4 10 9

0413 Cirurgia reparadora 497 276 624 2.854 1.198

0414 Bucomaxilofacial 1 1 0 0 0

0415 Outras cirurgias 1 2 0 0 0

0416 Cirurgia em oncologia 0 1 0 0 0

0417 Anestesiologia 2.402 4.883 4.527 5.014 923

0418 Cirurgia em nefrologia 324 308 301 458 170

Total 20.812 27.429 30.848 34.197 10.464

Fonte: DATASUS/SIA-MS/SESAU/SUPRIS/GCA, julho2020

Metodologia: Foram elencados no tabulador TABWIN os arquivos da base de dados do Estado de Mato Grosso do Sul - MS do Sistema de Informação Ambulatorial - SIA, disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS do Ministério da Saúde, referentes aos subgrupos da Tabela SUS dos hospitais da Rede Complementar ao SUS do município de Campo Grande e extraída a produção aprovada de cirurgias eletivas, processadas no ano de 2017, 2018, 2019 e de janeiro a maio de 2020.

A produção apresentada das cirurgias eletivas no âmbito hospitalar e ambulatorial, perfazendo

o total de 41.151 em 2018; um total de 45.508 em 2019. O aumento de produção do ano de 2019

comparado a 2018 foi de 10,58%. Em 2020 os dados disponíveis até o presente momento se referem

até a competência de maio de 2020.

Total de cirurgias eletivas 2016 2017 2018 2019 2020

Total 30.954 36.673 41.151 45.508 13.917

A demanda reprimida das cirurgias eletivas até 05/08/2020 constava de 6.542, conforme

SISREG – Módulo hospitalar.

Apesar de a meta já ter extrapolada, há dificuldades na ampliação de cirurgias eletivas. Um

dos fatores corresponde ao grande quantitativo de pacientes oriundos de municípios do interior e de

outros estados, que não estão contemplados pela Programação Pactuada e Integrada – PPI e

acabam se inserindo no Sistema de Saúde municipal pela Urgência, o que tem inflado sobremaneira

a fila de espera por procedimentos cirúrgicos eletivos, sendo que a PPI um processo na qual são

definidas e quantificadas as ações de saúde para população residente em cada território, bem como

efetuados os pactos intergestores para garantia de acesso da população aos serviços de saúde, a

partir de critérios e parâmetros pactuados, dentro dos limites financeiros destinados à população

própria e referenciada.

Soma-se também como fator que corrobora com a dificuldade em incrementar o quantitativo de

cirurgias eletivas é a falta de incremento financeiro pelo Ministério da Saúde no teto do município,

bem como os valores de procedimentos da Tabela SUS estarem totalmente defasados dos valores

praticados no mercado, principalmente de órteses e próteses.

Constantemente, há discussões e tratativas com os hospitais conveniados e proposição de

inserir outro estabelecimento de saúde, na ânsia de pactuação para ampliação de cirurgias eletivas.

Prevê-se parceria com a Secretaria de Estado de Saúde – SES e apoio junto ao Ministério da Saúde

Page 237: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

237

para a implementação de cirurgias eletivas, o que poderá contribuir para elevar mais o quantitativo

destas.

O valor estimado previsto para ampliação das cirurgias eletivas corresponde ao valor alocado

para o Estado de Mato Grosso do Sul do Projeto das Cirurgias Eletivas subsidiado pelo Ministério da

Saúde, incluso na portaria 195/2019, correspondente a 130.000,00 mensal, totalizando 1.560.000,00

anual.

Page 238: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

238

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

14- Elaborar projeto

denominado

Hospital Municipal

de Campo Grande –

HMCG. (Nº

absoluto)

Descrição:

Projeto Hospital Municipal de Campo Grande – HMCG

elaborado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Projeto Hospital Municipal elaborado

Linha de Base

0

Setor Responsável: ATENÇÃO A SAÚDE

Análise situacional

A insuficiência de exames de média e alta complexidade tem sido considerada um dos fatores

responsáveis pela demora no acesso do paciente ao tratamento, o que pode comprometer em sua

resolutividade.

Um dos prováveis fatores responsáveis pela demanda reprimida é o aumento populacional em

detrimento do não incremento financeiro pelo Ministério da Saúde no teto do município, o que tem

impossibilitado a ampliação efetiva dos procedimentos de média e alta complexidade.

Além da manutenção do teto financeiro de média e alta complexidade, sem incrementos, o fato

de os valores da Tabela SUS estarem totalmente defasados dos valores praticados no mercado, tem

gerado a necessidade de aquisição destes procedimentos com suplementação financeira da fonte do

município, sendo, portanto urgente a necessidade de ampliação/readequação do teto financeiro de

Campo Grande.

Outro fator a contribuir para a grande demanda aos procedimentos de maior complexidade e

aporte tecnológico é a baixa resolutividade da Atenção Básica, com baixa cobertura assistencial.

Vale destacar ainda o alto índice de absenteísmo dos usuários em consultas, exames e

procedimentos especializados agendados através da Regulação Ambulatorial de Campo

Grande/MS, onde o índice geral de absenteísmo no primeiro quadrimestre de 2017 foi de 47%.

O projeto de Cirurgias Eletivas, que corresponde à estratégia no âmbito federal para dar conta

das necessidades da população, ampliando a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos de

média complexidade, custeados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação– FAEC, recurso

extra-teto federal, não foi renovado no ano de 2016. Como este projeto visa diminuir o tempo de

Page 239: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

239

espera da população a determinados procedimentos e aumentar a resolutividade do serviço, e não

houve a renovação, notou-se a redução do número de cirurgias eletivas em 2016 em comparação ao

ano de 2015.

A insuficiência de oferta de cirurgias eletivas nas diversas especialidades, principalmente em

Ortopedia, Oftalmologia, Cirurgia Geral, Otorrinolaringologia, Angiologia, Urologia e Ginecologia tem

ocasionado urgencialização das cirurgias eletivas.

Os hospitais que realizam as cirurgias eletivas no município são: Santa Casa, Hospital

Regional, Hospital Universitário Maria Rosa Pedrossian – HUMAP/EBSERH, Maternidade Cândido

Mariano e Hospital São Julião e Hospital do Câncer.

De acordo com informações da base de dados do Departamento de Informática do SUS –

DATASUS, do Sistema de Informação Hospitalar – SIH, foram processadas nos estabelecimentos

hospitalares de Campo Grande em 2015, 12.270 procedimentos cirúrgicos eletivos e 25.052

procedimentos cirúrgicos de caráter de urgência, o que correspondem a 32,88% de cirurgias eletivas

e 67,12% de urgência.

Em relação ao ano de 2016, foram processados 10.142 cirurgias eletivas e 26.042 cirurgias de

caráter de urgência, o que correspondem a 28,02% e 71,97% respectivamente.

O município tem sofrido com a insuficiência de leitos de UTI rotineiramente, visto o quantitativo

de pacientes advindos de outros municípios da região e também de fora do Estado. Consta nos

censos de leitos dos hospitais credenciados ao SUS, regularmente a insuficiência de leitos

hospitalares, bem como, nos Centros Regionais de Saúde – CRS e Unidades de Pronto

Atendimento – UPA estão sempre lotados, com pacientes aguardando vagas em área amarela e

vermelha nos hospitais, o que tem gerado a urgencialização de casos. Desta forma, ações de

regulação como visitas técnicas aos hospitais de Campo Grande que compõem a rede SUS, tem

contribuído com a otimização da ocupação de leitos.

Há 128 leitos de Retaguarda nos Hospitais Santa Casa e Regional, que correspondem no

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES , os leitos de cardiologia, clínica geral,

Dermatologia, Nefro-urologia, Neurologia, Pneumologia e Pediatria.

Em março de 2017, a Rede de Atenção à Saúde conta com 116 leitos de UTI adulto habilitados

pelo SUS, nos seguintes hospitais: Santa Casa, Hospital Regional, Hospital Universitário, Hospital do

Câncer.

Um fator discutível é a desatualização da Programação Pactuada e Integrada – PPI hospitalar,

sendo a PPI um processo no qual são definidas e quantificadas as ações de saúde para população

residente em cada território, bem como efetuados os pactos intergestores para garantia de acesso

da população aos serviços de saúde, com o objetivo de estabelecer e definir, a partir de critérios e

parâmetros pactuados, os limites financeiros destinados à assistência da população própria e das

referências recebidas de outros municípios.

Essa dificuldade se traduz em pacientes do interior e de outros Estados, que não estão

contemplados pela PPI e acabam se inserindo no Sistema de Saúde municipal pela Urgência, o que

tem inflado sobremaneira a fila de espera por procedimentos de média e alta complexidade, cirurgias

Page 240: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

240

eletivas e leitos de UTI.

No período de 2013 a 2016, foram atendidos 4.975.757 pacientes nas 10 unidades de

urgência e emergência (UPA Coronel Antonino, Vila Almeida, Universitário, Leblon, Moreninha,

Santa Mônica, CRS Tiradentes, Aero Rancho, Nova Bahia e Coophavila). Segundo o Protocolo de

Classificação de Risco, os pacientes foram classificados como: 4% prioridade emergente (vermelha);

6% urgente (amarela), 52% pouco urgente (verde) e 38% não urgente (azul).

TOTAL DE ATENDIMENTOS NO PERÍODO DE 2013 A 2016

Fonte: Relatório Gerencial da Coordenadoria da Urgência, 2017.

O gráfico 1 apresenta a tendência dos atendimentos no último quadriênio, o que expressa uma

evidente redução no número de atendimentos por equipes de suporte básico de vida, em parte

atribuído a restrição dos encaminhamentos de pacientes às unidades hospitalares fazendo que os

pacientes permaneçam mais tempo em unidades pré-hospitalares fixas, agravando seu quadro

clínico. Em decorrência disto a maior utilização de critérios de vaga zero, com aumento de

ocorrência para o suporte avançado de vida, especialmente visualizado entre os anos de 2015 e

2016 e o gráfico 2 evidencia o elevado número de atendimentos secundários

Page 241: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

241

GRÁFICO 1 – Distribuição absoluta das ocorrências segundo o tipo de equipe/viatura

empenhada no atendimento, no período de 2013 a 2016, SAMU Regional Campo Grande, 2017.

GRÁFICO 2 – Distribuição absoluta dos atendimentos (incluindo as transferências

hospitalares) segundo o destino dos pacientes, no período de 2013 a 2016, SAMU Regional Campo

Grande, 2017.

9368 6551 74196204

1332512133

86879789

26686 2684123130

23561

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

2013 2014 2015 2016

Santa Casa

HospitalRegional

De acordo com a Resolução SESAU Nº 485, de 14 de Agosto de 2019 foi criada a

Comissão técnica para criação, execução do projeto denominado Hospital Municipal de Campo

Grande – HMCG.

À Comissão compete realizar o levantamento das características e estruturas

assistenciais necessárias, elaborar plano de administração hospitalar e acompanhar as fases de

criação, execução e implantação do HMCG.

Page 242: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

242

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

15- Elaborar projeto de

reforma e ampliação

do Hospital Day

Clinic “Vó Honória

Martins Pereira”. (Nº

absoluto)

Descrição:

Projeto de reforma e ampliação do Hospital Day Clinic

“Vó Honória Martins Pereira” elaborado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Projeto de reforma e ampliação do Hospital Day Clinic

“Vó Honória Martins Pereira” elaborado

Linha de base

0

Setor Responsável: ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Análise Situacional

Localizado no município de Campo Grande - MS, no bairro Moreninhas III, o prédio destinado

a se tornar o Day Clinic “Hospital Vó Honória Martins Pereira”, antigo Hospital da Mulher,

juntamente com a UPA “Joel Rodrigues da Rocha”, possuem juntos uma área construída de

1.210,05m² e a proposta de ampliação de 706,78m².

O Hospital da Mulher “Vó Honória Martins Pereira” foi interditado em 2016 pela Vigilância

Sanitária de Mato Grosso do Sul para ajustes em sua estrutura física, e desde então encontra-se

fechado. Após análise da proposta de sua reativação, a equipe técnica da Superintendência da

Rede de Assistência, concluiu com base nos parâmetros de infraestrutura para a assistência da

Rede Cegonha, que considerando a população da capital e dos municípios referenciados, são

necessários 117 leitos obstétricos/SUS. E atualmente Campo Grande possui 129 leitos obstétricos.

Considerando que Campo Grande possui 12 leitos obstétricos além do preconizado pelo

Plano de Ação Regional da Rede Cegonha, e que as referências assistenciais para os partos, seja

de risco habitual ou alto risco, são prontamente atendidos na Maternidade Candido Mariano,

Hospital Regional, Hospital Universitário e Santa Casa e diante da necessidade na resolutividade

da oferta de cirurgias eletivas de pequeno e médio porte, optou-se, com base na análise de

necessidade de demanda, elaborar o Projeto de Reforma e Ampliação para transformação de

Hospital da Mulher em Hospital Day Clinic. Atualmente há insuficiência de oferta de cirurgias deste

porte nas diversas especialidades, principalmente em ortopedia, oftalmologia, cirurgia geral,

otorrinolaringologia, angiologia, urologia e ginecologia.

Page 243: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

243

Com a mudança para Hospital Day Clinic “Vó Honória Martins Pereira” pretende-se propiciar

aos usuários do SUS de Campo Grande e sua Macrorregião a realização de cirurgias eletivas com

internação de curta permanência e em tempo oportuno evitando a urgencialização das cirurgias

eletivas reduzindo custos.

A tabela abaixo apresenta a demanda reprimida (mês/ano de referência jan/2020) de

Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) das cirurgias eletivas para os procedimentos a serem

realizados no Hospital Day Clinic “Vó Honória Martins Pereira”:

TABELA 1: Demanda reprimida para cirurgia eletiva de baixa e média complexidade por

especialidade:

ESPECIALIDADE QUANTITATIVO

CIRURGIA GERAL 1746

CIRURGIA PEDIATRIATRICA 153

GINECOLOGIA CIRURGICA 510

OFTALMOLOGIA 91

ORTOPEDIATRAUMATOLOGIA 603

OTORRINOLARINGOLOGIA 70

TOTAL 3173

Fonte: http://sisregiii.saude.gov.br/

Uma das variáveis relacionadas a demanda reprimida é o aumento populacional em

detrimento do não incremento financeiro por parte do Ministério da Saúde no teto do município, o

que tem impossibilitado a ampliação efetiva dos procedimentos de média e alta complexidade, e

ainda, o recurso extra-teto federal (Fundo de Ações Estratégicas e Compensação – FAEC) para o

projeto de Cirurgias Eletivas, que corresponde à estratégia no âmbito federal para ampliar a

realização de procedimentos cirúrgicos eletivos de média complexidade, recurso esse não

renovado desde 2016, gerando diminuição no número de cirurgias eletivas.

Além disso, a insuficiência de exames de média e alta complexidade tem sido considerada

um dos fatores responsáveis pela demora no acesso do paciente ao tratamento, comprometendo

sua resolutividade.

Atualmente os hospitais contratualizados SUS que realizam as cirurgias eletivas no município

são: Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande, Hospital Regional da Mato Grosso do

Sul / Rosa Pedrossian, Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Maternidade Cândido

Mariano, Hospital São Julião – Campo Grande MS, Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo

Abrão e Hospital Adventista do Pênfigo.

De acordo com as informações da Base de Dados do Sistema de Regulação (SISREG), foram

processadas nos estabelecimentos de saúde de Campo Grande em 2017, 11591 procedimentos

cirúrgicos eletivos e 51837 procedimentos cirúrgicos de urgência, o que correspondem a 18,27% e

81,73% respectivamente.

Em relação ao ano de 2018, foram processados 14104 cirurgias eletivas e 52221 cirurgias de

caráter de urgência, o que correspondem a 21,26% e 78,74% respectivamente.

Page 244: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

244

Com a reforma e a ampliação do Hospital Day Clinic “Vó Honória Martins Pereira” o edifício

contará com 03 salas de cirurgias e 24 leitos de enfermaria. Considerando o tempo de permanência

no leito de até 24 horas, a capacidade média de produção será de 24 cirurgias /dia, podendo variar

de acordo com a especialidade e tipo de cirurgia a ser realizada.

Com base nesta estimativa o Hospital terá capacidade de realizar em média 480 cirurgias/mês

e 5.760 cirurgias/ano, que se comparado ao ano de 2018 teríamos um incremento de 40,84% das

cirurgias autorizadas.

Considerando que nos censos de leitos hospitalares credenciados ao SUS consta a

insuficiência dos mesmos, com a abertura do Hospital Day Clinic objetiva-se “desafogar” os leitos

hospitalares da Rede Municipal de Saúde, em especial os ocupados com casos de urgencialização

cirúrgica.

Ressaltamos que o Hospital Day Clinic também contará com Centro de Imagenologia com a

oferta dos seguintes exames: ultrassonografia, RX, tomografia, endoscopia e colonoscopia.

Entende-se que para minimizar as dificuldades para o alcance da meta, considerando a

magnitude desse Projeto envolvendo vários atores, se faz necessário a instituição de um Grupo de

Trabalho Integrado para levantar possibilidades, fragilidades e factibilidade com o foco no custo-

benefício à população a ser assistida.

Considerando como meta a elaboração do projeto, nesta fase não se tem impacto financeiro.

Page 245: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

245

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

16- Implantar o

Programa de

Segurança do

Paciente. (Nº

Absoluto)

Descrição:

Proporção de Unidades de Saúde que possuem Plano de

Segurança do Paciente. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de Unidades de Saúde que

possuem Plano de Segurança do Paciente

Denominador: Total de Unidades de Saúde

X 100

Linha de Base

0

Setor Responsável: GESTÃO DO CUIDADO

Análise Situacional

A análise situacional teve como referência o ano de 2017, iniciando as ações de implantação

no ano de 2018, cujo resultado do indicador foi 12,64%.

O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi instituído pelo Ministério da Saúde

mediante a publicação da Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013, que tem o objetivo de contribuir

para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território

nacional e Resolução da Diretoria Colegiada - RDC ANVISA nº 36, de 25 de Julho de 2013, que

institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e deu outras providências, como a

obrigatoriedade de todo serviço de saúde ter seu Núcleo de Segurança do Paciente (NSP).

A Segurança do Paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado e tem adquirido, em

todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde

com a finalidade de oferecer uma assistência segura.

Tendo em vista a inexistência de ações relacionadas à segurança do paciente no município de

Campo Grande no ano da análise, ocasionando diversos incidentes/eventos adversos aos pacientes,

houve a necessidade de se instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria

da qualidade nos serviços de saúde.

Para aplicação das ações foi necessária a criação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP).

O NSP deve adotar os seguintes princípios e diretrizes: A melhoria contínua dos processos de

Page 246: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

246

cuidado e do uso de tecnologias da saúde; A disseminação sistemática da cultura de segurança; A

articulação e a integração dos processos de gestão de risco; A garantia das boas práticas de

funcionamento do serviço de saúde.

Compete ao NSP: promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde; desenvolver

ações para a integração e a articulação multiprofissional no serviço de saúde; promover mecanismos

para identificar e avaliar a existência de não conformidades nos processos e procedimentos

realizados e na utilização de equipamentos, medicamentos e insumos propondo ações preventivas e

corretivas; elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente em

Serviços de Saúde; acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente em

Serviços de Saúde; implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o monitoramento

dos seus indicadores; estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de saúde;

desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em segurança do paciente e

qualidade em serviços de saúde; analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos

decorrentes da prestação do serviço de saúde; compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais

do serviço de saúde os resultados da análise e avaliação dos dados sobre incidentes e eventos

adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde; notificar ao Sistema Nacional de Vigilância

Sanitária os eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde; manter sob sua

guarda e disponibilizar à autoridade sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos

adversos; acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco divulgadas pelas

autoridades sanitárias.

O monitoramento dos incidentes e eventos adversos é realizado pelo NSP através das

notificações de incidentes e eventos adversos.

Em 2018 foi elaborado o primeiro Plano de Segurança do Paciente. Nessa perspectiva, os

demais Planos de Segurança do Paciente terão revisão a cada 02 anos.

Constitui desafio desse indicador, implantar o Plano de Segurança do Paciente em todas as

Unidades de Saúde da Rede municipal, pois o Plano deve estabelecer estratégias e ações de gestão

de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para: identificação, análise,

avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma sistemática;

Integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos serviços de saúde

(monitoramento do processo de esterilização, Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos

Sólidos de Serviço de Saúde, controle e monitoramento de enxovais, lavanderia, conservadoria e

limpeza); Implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde; Identificação do

paciente; Higiene das mãos; Segurança cirúrgica; Segurança na prescrição, uso e administração de

medicamentos; Segurança no uso de equipamentos e materiais; Prevenção de quedas dos

pacientes; Prevenção de Lesão por Pressão; Prevenção e controle de eventos adversos em serviços

de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde; Segurança nas terapias

nutricionais enteral e parenteral; Comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre

serviços de saúde; Estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada e

Promoção do ambiente seguro.

Page 247: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

247

Contemplar as ações de Segurança da Paciente demanda conhecimento sobre o Programa

Nacional de Segurança do Paciente, envolvimento de profissionais de saúde, gestores e pacientes,

cultura justa, ambiente favorável às notificações de incidentes, eventos adversos e circunstâncias

notificáveis e comprometimento com a execução de Plano de Melhorias, devendo ser aderido por

todas as Unidades de Saúde assistenciais.

Causas latentes, que fogem da governabilidade de profissionais de saúde, são justificativas

para parte de incidentes e eventos adversos que ocorrem na assistência à saúde. Contudo, o Plano

deve ser implantado, principalmente, visando à reflexão do processo de trabalho e gestão de risco,

cabendo as demais partes, direcionadas aos gestores.

Quanto ao impacto financeiro quanto a implantação do Programa de Segurança do Paciente,

investimentos são necessários. Para comtemplar os serviços de conservadoria, higienização e

limpeza das unidades de saúde e protocolo de higiene das mãos é necessário o gasto anual de R$

16,4 milhões, haja vista a prestação do serviço por empresa contratualizados e cenário total de 130

unidades de saúde assistenciais e administrativas. Em relação ao Plano de Gerenciamento

Integrado de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde os custos com lixeiras são de R$ 120 mil

anualmente.

O custo com o monitoramento do processo de esterilização em todas unidades de saúde

assistenciais anualmente é de R$ 220 mil. Esse valor contempla os testes biológicos e químicos. Os

custos com as pulseiras de identificação do paciente, para contemplar as unidades de urgências, são

de R$ 1,6 milhões previstos anualmente, em atenção ao indicador recomendado pelo Ministério da

Saúde. Contudo, considerando que o programa ainda não dispõe de Portaria Ministerial de

financiamento, os protocolos são adaptados em colegiados, partindo das premissas de recursos

financeiros ou não, principalmente pela necessidade de institucionalizar a cultura de Segurança do

Paciente.

Por tudo, implantar o Programa Nacional de Segurança do Paciente constitui por fim,

investimento para gestores, pois 134 milhões de eventos adversos no cuidado de saúde ocorrem a

cada ano, devido a cuidados inseguros em hospitais em países de baixa e média renda, contribuindo

para 2,6 milhões de óbitos a cada ano. Estima-se que 1 em cada 10 pacientes internados em países

de alta renda sofre algum dano, e que 1 em cada 4 atendimentos na atenção primária e ambulatorial

resulta em dano ao paciente e desses 80% são evitáveis.

Page 248: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

248

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

17- Reduzir 45% da

demanda reprimida

do Transporte

Sanitário Eletivo.

(%)

Descrição:

Número de atendimentos do serviço de Transporte

Sanitário Eletivo. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de atendimentos do serviço de Transporte

Sanitário Eletivo que foram realizados a partir do ano de

2019.

Linha de Base

90

Setor Responsável: GESTÃO DO CUIDADO

Análise Situacional

O Transporte Sanitário Eletivo (TSE) veio ser estruturado na Gerência de Gestão de Casos

Complexos (GGCC) em junho de 2019, após desligamento com a Divisão de Dispensação de

Insumos Judicializados (DDIJ), localizada no Centro Especializado Municipal (CEM).

A demanda reprimida do TSE é caracterizada pelos pacientes que estão aguardando vaga e

que no momento consiste em uma lista de 52 pacientes. De acordo com os dados supracitados, o

serviço é novo nesta Gerência, tendo o segundo semestre do ano de 2019 como referência da

análise situacional para cálculo do indicador.

O serviço atende o total de 90 pacientes, incluindo atendimentos esporádicos e contínuos e

seus respectivos acompanhantes e para garantir os direitos regulamentados por Lei à pacientes

Idosos e Portadores de Deficiência, esta Gerência solicita obrigatoriamente a presença de um

acompanhante para cada paciente que necessite de auxílio de outros para sua mobilidade. O

processo de inserção dos usuários se dá a partir da Escala de Coelho e Savassi (disponível no

anexo I), disponibilidade de vagas e elegibilidade, conforme orientado no Programa de Transporte

Sanitário Eletivo, que se encontra em fase final de publicação no Diário Oficial do Município.

Reduzir a demanda reprimida do TSE é imprescindível para a garantia do direito à saúde do

usuário com foco na prevenção e qualidade da assistência à saúde, bem como em atenção aos

princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, para maior efetividade, é

necessária a ampliação dos Recursos Humanos, assim como o aumento da frota de veículos

Page 249: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

249

disponíveis para atender estes usuários. Quanto ao impacto financeiro para redução da demanda

reprimida, investimentos são necessários, conforme descrito na tabela abaixo:

Quant. Unidade Descrição Valor Unitário

(aproximadamente)

01 Veículo Ambulância Tipo

A R$ 179.490,00

01 Veículo Ambulância Tipo

A R$ 155.214,00

02 Veículo Ambulância Tipo

A R$ 140.00,00

02 Veículo Veículo 16

lugares R$ 179.490,00

02 Veículo Veículo 10

lugares R$ 125.990,00

01 Veículo Veículo 18

lugares R$ 166.000,00

TOTAL 09

veículos 70 lugares R$ 806.184,00

Também é necessária a lotação de 05 (cinco) Técnicos em Enfermagem, obtendo o custo total

de aproximadamente R$ 8.060 reais, com carga horária de 30 horas semanais, sendo 04 para

atuarem no Serviço de Transporte Sanitário Eletivo, em Ambulâncias Tipo A e 01 (um) para reserva

técnica.

Page 250: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

250

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

18- Implantar Centro de

Especialidades

Odontológicas –

CEO. (Nº Absoluto)

Descrição:

Número de Centros de Especialidades Odontológicas –

CEO implantados. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de Centros de Especialidades Odontológicas –

CEO implantados

Linha de base

04

Setor Responsável: ATENÇÃO ODONTOLÓGICA

Análise situacional

O tratamento oferecido nos CEOs é uma continuidade do trabalho realizado pela rede de

atenção básica. Os profissionais de saúde bucal da atenção básica são responsáveis pelo primeiro

atendimento ao paciente e pelo encaminhamento aos CEOs.

Existem 04 Centros de Especialidades Odontológicas – CEOs: CEO III/CEM (Centro),

implantado em 2005; CEO II Cidade Morena (Bandeira), implantado em 2007; CEO II Guanandy

(Anhanduizinho), implantado em 2014; e CEO II Sílvia Regina (Imbirussu), implantado em 2016.

Não há um parâmetro de referência ou critério para implantação de CEO, porém, pela

localização dos CEOs implantados no município, a região norte ainda não possui um CEO

implantado, sendo a única região descoberta.

A proposta é implantar 01 CEO na região Prosa (CEO II Nova Bahia), porém ainda não houve

disponibilidade financeira para realizar reforma na unidade para possibilitar a implantação.

A previsão de custo inicial para implantar o CEO, sem incluir vencimentos e vantagens fixas de

pessoal (cirurgião-dentista, auxiliar em saúde bucal e administrativo), seria, aproximadamente,

R$210.000,00 (aquisição de equipamentos e instrumentais odontológicos, computadores, ar

condicionado, mobiliário e reforma).

Page 251: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

251

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

19- Reduzir 10% da

demanda reprimida

de prótese dentária.

(%)

Descrição:

Número de pacientes aguardando atendimento na

especialidade de Prótese Dentária no Sistema de

Regulação – SISREG. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de pacientes aguardando atendimento na

especialidade de Prótese Dentária no Sistema de

Regulação – SISREG.

Linha de base

4.891

Setor Responsável: ATENÇÃO ODONTOLÓGICA

Análise situacional

A fila de espera (demanda reprimida) para chamada dos usuários do SUS via Sistema de

Regulação (SISREG), encaminhados pelas unidades de saúde era de 4.891 pacientes (março de

2017), diminuindo para 3.125 (dezembro de 2018) com a devolução de solicitações de próteses

dentárias inseridas no SISREG para as unidades de saúde com data anterior a 2016 para

atualizações das solicitações, visto o tempo decorrido das mesmas.

Após a atualização, as unidades foram reinserindo as solicitações devolvidas, onde retornaram

para a posição original da fila sem prejuízo dos pacientes. Em abril de 2019, estava em 3.277

solicitações pendentes no SISREG.

Até meados de setembro de 2019, o CEO III/CEM conta com um laboratório de prótese

dentária composto por 05 (cinco) especialistas protesistas e 04 (quatro) protéticos, porém uma

protética esteve de licença médica durante mais de um ano (julho de 2018 a agosto de 2019),

diminuindo ainda mais a produção de prótese dentária do município.

A capacidade instalada de produção para os protéticos é, em média, de 120 a 130 próteses por

mês.

A capacidade instalada é insuficiente para atender a demanda atual do município. Além disso,

nem sempre é possível alcançar a produção total da capacidade instalada devido à limitação de

recursos humanos (quantidade, licença médica), de estrutura física e de materiais.

Page 252: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

252

Buscando diminuir essa demanda reprimida (fila de espera), deve-se melhorar o fluxo de

compras de material e o processo licitatório, pois a falta do mesmo ocasiona baixa produção de

próteses; adequar, ampliar e melhorar a estrutura do laboratório de prótese dentária; realizar

concurso público solicitando mais técnicos em prótese dentária, para aumentar a capacidade de

produção (não houve nenhum aprovado no concurso público do ano de 2016). Em 2019, já esta em

andamento o concurso público, onde há vaga para técnico em prótese dentária; além de contratação

de serviço de laboratório de prótese dentária; além de contratação de serviço de laboratório de

prótese dentária para ampliar a produção, em conjunto com o laboratório de prótese do CEO

III/CEM.

Para a contratação do serviço de prótese dentária, será utilizado recurso financeiro proveniente

do Custeio de Atenção à Saúde Bucal do Ministério da Saúde, referente ao laboratório de prótese

dentária (Brasil Sem Miséria) no valor mensal de R$ 18.525,83 (total anual de, aproximadamente, R$

222.300,00). A proposta inicial é que a produção aumente mais 120 próteses por mês, além da

produção do laboratório próprio.

Page 253: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

253

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

20- Implantar serviço de

atendimento

odontológico

hospitalar à pessoa

com deficiência. (Nº

Absoluto)

Descrição:

Número de serviços de atendimento odontológico

hospitalar à pessoa com deficiência implantados. (Nº

absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de serviços de atendimento odontológico

hospitalar à pessoa com deficiência implantados

Linha de base

01

Setor Responsável: ATENÇÃO ODONTOLÓGICA

Análise situacional

Com o objetivo de garantir acesso e atendimento odontológico irrestrito às Pessoas com

Deficiência, onde o artigo 22º, seção III, da portaria GM/MS n. 793, de 24/04/2012, versa: “ampliar o

acesso às urgências e emergências odontológicas, bem como ao atendimento sob sedação ou

anestesia geral, adequando centros cirúrgicos e equipes para este fim”, a assistência odontológica

hospitalar à Pessoa com Deficiência no município de Campo Grande está sendo realizada no

Hospital São Julião e no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian/HUMAP/EBSERH

através do Sistema de Regulação - SISREG.

Até o ano de 2017, o serviço era realizado apenas no Hospital São Julião e não estava

regulado pelo SISREG. O agendamento era realizado na própria unidade executante.

Visando ampliar o acesso ao serviço odontológico hospitalar à pessoa com deficiência, foi

implantado em julho de 2018, o serviço no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian /

HUMAP / EBSERH. Ainda em 2018, para melhor organização do atendimento, os dois serviços

começaram a ser regulado através do SISREG.

Em 2019 a assistência odontológica hospitalar à Pessoa com Deficiência no município de

campo Grande está sendo realizada no Hospital São Julião e Hospital Universitário Maria Aparecida

Pedrossian/HUMAP/EBSERH através do SISREG.

A Portaria Ministerial nº 1.032, de 05/05/2010, incluiu o procedimento odontológico na Tabela

de Procedimentos, Medicamentos, Órteses e Próteses e Materiais Especiais do SUS para as

pessoas com deficiência que necessitem de atendimento em ambiente hospitalar. Por meio da

Page 254: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

254

publicação da portaria, os hospitais e profissionais que prestam serviço para o SUS passam a

receber repasse financeiro para realizar procedimentos odontológicos de atenção primária e atenção

secundária em ambiente hospitalar.

O procedimento 04.14.02.041-3 - Tratamento Odontológico para Pacientes com Necessidades

Especiais - instituído na Portaria, e os procedimentos compatíveis com ele, permanece no Fundo de

Ações Estratégicas e de Compensação – FAEC para formação de série histórica necessária à sua

agregação ao Componente Limite Financeiro da Atenção de Média e Alta Complexidade

Ambulatorial e Hospitalar – MAC dos Municípios, Estados e Distrito Federal.

Isto quer dizer que o pagamento é feito por produção. O valor do procedimento 04.14.02.041-3

- Tratamento Odontológico para Pacientes com Necessidades Especiais é de R$ 328,34 e mais o

valor do procedimento na Tabela do SUS.

Page 255: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

255

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

21- Habilitar 3 Equipes

Multiprofissionais de

Atenção Domiciliar

(EMAD) (Nº

absoluto)

Descrição:

Número de Equipes Multiprofissionais de Atenção

Domiciliar (EMAD) habilitadas. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de Equipes Multiprofissionais de Atenção

Domiciliar (EMAD) habilitadas

Linha de base

3

Setor Responsável: URGÊNCIA

Análise Situacional

Em 2012 o município de Campo Grande/MS teve por meio do Hospital Regional de Mato

Grosso do Sul (HRMS) o primeiro estabelecimento de saúde habilitado para prestar a atenção

domiciliar com uma Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) conforme Portaria nº

1.094, de 28 de maio de 2012, e em 2014, por meio da Portaria nº 169, de 11 de março de 2014,

habilitou-se a segunda também localizada no HRMS. A habilitação da terceira EMAD foi publicada

na Portaria nº 263, de 31 de março de 2014 localizada no Hospital de Câncer Alfredo Abrão

(HCAA).

A Atenção Domiciliar (AD) é uma modalidade de atenção à saúde integrada a Rede de

Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de

doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, garantindo

continuidade de cuidados (BRASIL, 2016).

O SAD em Campo Grande visa reduzir a demanda por atendimentos hospitalares e/ou reduzir

o período de permanência de pacientes internados, a humanização da atenção, a

desinstitucionalização/desospitalização e ampliação da autonomia dos usuários.

Ainda, sob rápida retrospectiva, em 2016 ocorreram 5.565 óbitos de pessoas residentes no

município, levando uma Taxa de mortalidade de 6,4 mortes por 1.000 habitantes. O perfil das causas

de morte em Campo Grande/MS segue o padrão atual da mortalidade brasileira, em que há uma

proporção cada vez maior entre os óbitos por doenças crônico-degenerativas em detrimento das

mortes por doenças infecciosas, reflexo do aumento da expectativa de vida.

Page 256: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

256

No município as doenças cardiovasculares representam a primeira causa de morte que, em

2016, foram responsáveis por 29% de todos os óbitos ocorridos. As doenças isquemias do coração

como o infarto agudo do miocárdio são as principais causas desse grupo, seguidas das doenças

cerebrovasculares, como o acidente vascular encefálico.

As doenças respiratórias levaram a óbito 832 pessoas residentes em Campo Grande em 2016,

representando 15% de todos os óbitos, sendo a terceira causa de morte no município. Dentre elas, a

pneumonia e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as principais causas.

Além disso, Campo Grande/MS possui um elevado número de internações decorrentes de

trauma devido acidente de trânsito (Taxa de internação/ 10.000/H= 15%).

Como consequência deste cenário cita-se o crescente número de pessoas com lesões que

impactam em incapacidades temporárias ou permanentes, número elevado de pessoas acamadas,

sobretudo os jovens e elevados gastos com a previdência e a saúde pública, demanda esta que

podem ser beneficiadas com o serviço de atenção domiciliar.

Em comparação ao censo IBGE/2010 (786.797 pessoas), em 2017 observou um aumento de

87.413 habitantes no município de Campo Grande, uma vez que o censo IBGE/2017 prevê uma

estimativa populacional de 874.210 pessoas, dessas 87.912 são maiores de 60 anos de idade.

À medida que a população envelhece e há aumento da carga de doenças crônico-

degenerativas, aumenta também o número de pessoas que necessitam de cuidados continuados e

mais intensivos.

Não houve habilitações de Equipes em 2017, porem o perfil do SAD atualmente é composto

por 5 EMAD, estando distribuídas da seguinte maneira:

Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), 2 EMAD Portaria nº 1.094, de 28 de

maio de 2012 e Portaria nº 169, de 11 de março de 2014.

Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA)- Campo Grande/MS, 1 EMAD, conforme

Portaria nº 263, de 31 de março de 2014.

Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande/MS (SESAU), 2 EMAD habilitadas pela

Portaria GM/MS n° 1.810 de 22 de Julho de 2019.

Encontra-se em funcionamento 71 Unidades de Saúde da Atenção Primária, sendo que o

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) faz parte das atividades da Secretaria Municipal de Campo

Grande/MS, prestando assistência multiprofissional gratuita de pequena a média complexidade.

Considerando a portaria nº 825 de 25 de abril de 2016 onde define no capitulo III – Art. 26, que

os Municípios com população igual ou superior a 40.000 (quarenta mil) habitantes poderão solicitar

habilitação de EMAD Tipo 1 e no Art. 28 que os Municípios com população igual ou maior que

150.000 (cento e cinquenta mil) habitantes, poderão solicitar a segunda EMAD e, sucessivamente, 1

(uma) nova EMAD a cada 100.000 (cem mil) novos habitantes e considerando ainda os dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2018, o município de Campo

Grande, capital de Mato Grosso do Sul, possuía uma população estimada em 885.711 pessoas, e

para suporte às necessidades de saúde voltadas à atenção primária, conforme Diário Oficial de

Campo Grande (DIOGRANDE), Decreto n.13.529 de 29 de maio de 2018, estimou-se dessa forma,

Page 257: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

257

que o município de Campo Grande/MS alcançará 100% de cobertura até o fim de 2021 habilitando

3 novas equipes, alcançando assim o somatório de 8 EMAD com as 5 equipes já implantadas e

habilitadas.

Até o ano de 2019 foram obtidos os seguintes indicadores;

ANO EMAD Localização Região de abrangência

2012 1° HRMS Anhanduizinho

2014 2°

HRMS

HCAA

Lagoa

Campo Grande

2017 Não houve

Habilitação

2018 Não houve

Habilitação

2019 4ª

SESAU

SESAU

Prosa e Segredo

Bandeira

As maiores dificuldades para o alcance da meta são disponibilidade de recursos humanos,

espaço físico para comportar as equipes de profissionais, transporte qualificado para as equipes e

seus materiais médico/hospitalares.

O impacto financeiro é de 1.851.776,00 até o fim do ano de 2021.

Page 258: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

258

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

22- Habilitar 2 Equipes

Multiprofissionais de

Apoio (EMAP) (Nº

absoluto)

Descrição:

Número de Equipes Multiprofissionais de Apoio Domiciliar

(EMAP) habilitadas. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de Equipes Multiprofissionais de Apoio Domiciliar

(EMAP) habilitadas

Linha de base

1

Setor Responsável: URGÊNCIA

Análise Situacional

Em 2012 o município de Campo Grande/MS teve por meio do Hospital Regional de Mato

Grosso do Sul (HRMS) o primeiro estabelecimento de saúde habilitado para prestar a atenção

domiciliar com uma Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipe de Apoio

(EMAP) conforme Portaria nº 1.094, de 28 de maio de 2012. A Atenção Domiciliar (AD) é uma

modalidade de atenção à saúde integrada a Rede de Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um

conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à

saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados (BRASIL, 2016). O SAD em

Campo Grande visa reduzir a demanda por atendimentos hospitalares e/ou reduzir o período de

permanência de pacientes internados, a humanização da atenção, a

desinstitucionalização/desospitalização e ampliação da autonomia dos usuários. Ainda, sob rápida

retrospectiva, em 2016 ocorreram 5.565 óbitos de pessoas residentes no município, levando uma

Taxa de mortalidade de 6,4 mortes por 1.000 habitantes. O perfil das causas de morte em Campo

Grande/MS segue o padrão atual da mortalidade brasileira, em que há uma proporção cada vez

maior entre os óbitos por doenças crônico-degenerativas em detrimento das mortes por doenças

infecciosas, reflexo do aumento da expectativa de vida.

No município as doenças cardiovasculares representam a primeira causa de morte que, em

2016, foram responsáveis por 29% de todos os óbitos ocorridos. As doenças isquemias do coração

como o infarto agudo do miocárdio são as principais causas desse grupo, seguidas das doenças

cerebrovasculares, como o acidente vascular encefálico.

Page 259: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

259

As doenças respiratórias levaram a óbito 832 pessoas residentes em Campo Grande em 2016,

representando 15% de todos os óbitos, sendo a terceira causa de morte no município. Dentre elas, a

pneumonia e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as principais causas.

Além disso, Campo Grande/MS possui um elevado número de internações decorrentes de

trauma devido acidente de trânsito (Taxa de internação/ 10.000/H= 15%).

Como consequência deste cenário cita-se o crescente número de pessoas com lesões que

impactam em incapacidades temporárias ou permanentes, número elevado de pessoas acamadas,

sobretudo os jovens e elevados gastos com a previdência e a saúde pública, demanda esta que

podem ser beneficiadas com o serviço de atenção domiciliar.

Em comparação ao censo IBGE/2010 (786.797 pessoas), em 2017 observou um aumento de

87.413 habitantes no município de Campo Grande, uma vez que o censo IBGE/2017 prevê uma

estimativa populacional de 874.210 pessoas, dessas 87.912 são maiores de 60 anos de idade.

À medida que a população envelhece e há aumento da carga de doenças crônico-

degenerativas, aumenta também o número de pessoas que necessitam de cuidados continuados e

mais intensivos.

Não houve habilitações de Equipes de apoio em 2017, porem o perfil do SAD é composto por

1EMAP, estando localizada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) Portaria nº 1.094,

de 28 de maio de 2012.

Encontra-se em funcionamento na cidade 71 Unidades de Saúde da Atenção Primária, sendo

que o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) faz parte das atividades da Secretaria Municipal de

Campo Grande/MS, prestando assistência multiprofissional gratuita de pequena a média

complexidade.

O capítulo III – Art 29 da portaria nº 825 de 25 de abril de 2016 onde define que todos os

Municípios com uma EMAD, tipo 1 ou tipo 2, poderão solicitar 1 (uma) EMAP, sendo possível a

implantação de mais 1 (uma) EMAP a cada 3 (três) EMAD a mais implantadas e considerando ainda

os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2018, o município

de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, possuía uma população estimada em 885.711

pessoas, e para suporte às necessidades de saúde voltadas à atenção primária, conforme Diário

Oficial de Campo Grande (DIOGRANDE), Decreto n.13.529 de 29 de maio de 2018, estimou-se

dessa forma, que o município de Campo Grande/MS alcançara 100% de cobertura habilitando 3

novas equipes ate o fim de 2021.

Até o ano de 2019 foram obtidos os seguintes indicadores:

ANO EMAP Localização Região de abrangência

2012 1ª Habilitada HRMS Anhanduizinho/Lagoa

2017 Não houve Habilitação

2018 Não houve Habilitação

2019 Não houve Habilitação

Page 260: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

260

As maiores dificuldades para o alcance da meta são disponibilidade de recursos humanos,

espaço físico para comportar as equipes de profissionais, transporte qualificado para as equipes e

seus materiais Medico/Hospitalar.

O impacto financeiro é de 641.867,00 até o fim do ano de 2021.

Page 261: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

261

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

23- Reduzir de 33,59%

para 25,59% a

proporção de

atendimentos dos

pacientes

ambulatoriais

(pacientes adultos -

classificados como

azuis) nas unidades

24 horas. (%)

Descrição:

Proporção estimada dos atendimentos dos pacientes

ambulatoriais nas unidades 24 horas. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de atendimentos ambulatoriais

(Classificados na cor azul adulto nas unidades 24h)

Denominador: Total de Atendimentos (Classificados

Adulto nas Unidades 24h)

X 100

Linha de base

33,59%

Setor Responsável: URGÊNCIA

Análise situacional

O ano de referência da análise situacional é 2016, portanto o valor de referência foi 219.304

(Nº de Atendimentos Classificados na cor azul adulto nas unidades 24h em 2016) / 652.778 (Total

de Atendimentos classificados Adulto nas unidades 24h em 2016) X 100 = 33,59%

A proporção ideal é reduzir de 33,59% para 25,59%, sendo 8% no período de execução do

plano.

Com o objetivo de reduzir o tempo de espera dos pacientes classificados na cor azul,

garantindo o acesso às Unidades de Referência do mesmo, sendo elas, mais próximas das

residências.

Em 2017 essa proporção foi de 31,50% - 192.192 (Nº de atendimentos Classificados na cor

azul adulto nas Unidades 24h em 2017) / 610.062 (Total de atendimentos classificados Adulto nas

Unidades 24h em 2017) x 100 = 31,50%.

Em 2018 essa proporção foi de 26,64% - 186.699 (Nº de Atendimentos Classificados na cor

azul adulto nas unidades 24h em 2018) / 700.751 (Total de atendimentos classificados Adulto nas

unidades 24h em 2018) x 100 = 26,64%.

No ano de 2019 esse valor está em 19,14%, sendo resultado parcial, de janeiro a agosto:

112.929 (Nº de Atendimentos Classificados na cor azul adulto nas Unidades 24h em 2019) /

590.005 (Total de atendimentos classificados Adulto nas Unidades 24h em 2019) x 100 = 19,14%.

Page 262: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

262

A fonte utilizada para captação dos dados foi o sistema Hygia/SMS.

Considerando que as Unidades de Pronto Atendimento e os Centros Regionais de Saúde

são a porta de entrada para casos de Urgência e Emergência a proporção ideal seria não haver

atendimento aos pacientes com Classificação azul, devendo esses serem referenciados para a

Rede de Atenção Básica, porém devido a facilidade no acesso e a rapidez no atendimento, bem

como, na realização de exames básicos com resultados em curto espaço de tempo, a população

opta por procurar as Unidades de Saúde 24h.

As unidades de urgência e emergência vêm trabalhando nos últimos anos com a

contrarreferência dos pacientes classificados na cor azul. Tal ação é realizada pelo Serviço Social,

que através do método de amostragem realiza busca ativa desses pacientes na sala de espera das

unidades, orientando-os quanto ao serviço ofertado na área adscrita. Essas ações são informadas

à Coordenação de Urgência, através de um formulário Google, onde é elaborado relatório para

extração de dados.

Page 263: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

263

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

24- Efetivar o Plano de

Expansão da RAPS

- Rede de Atenção

Psicossocial (N°

absoluto)

Descrição:

Plano de Expansão da RAPS - Rede de Atenção

Psicossocial efetivado (N° absoluto).

Metodologia de cálculo:

Plano de Expansão da RAPS - Rede de Atenção

Psicossocial efetivado (N° absoluto).

Linha de base

04

Setor Responsável: ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Análise Situacional

A RAPS instituída através da Portaria GM/MS 3089/2011 e posteriormente sendo consolidada

através da Portaria nº 03 e 06 de 2017, que tem por objetivos: ampliar o acesso à atenção

psicossocial da população em geral; promover a vinculação das pessoas em sofrimento/transtornos

mentais e com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e outras drogas e suas famílias

aos pontos de atenção; garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de

saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e

da atenção às urgências.

O plano de expansão foi construído a partir da necessidade de atendimento à população em

situação de rua, com a habilitação de 03 residências terapêuticas para inserção desses usuários que

já se encontram em atendimento pela equipe de saúde mental e 01 qualificação do CAPS AD. As

residências terapêuticas são alternativas de moradia para pessoas com transtornos mentais que não

contam com suporte familiar e social adequados, especialmente os egressos de longas internações

ou em situação de vulnerabilidade.

A ampliação ao acesso a população se dá através do planejamento e fortalecimento a Rede

RAPS para facilitar o acesso a essa população, para tanto necessitamos efetivar o plano de

expansão da RAPS através dos equipamentos conforme descrito abaixo, tendo como base o ano

de 2017:

2017 – 04 CAPS III, 01 CAPS AD III, 01 Residência Terapêutica, 01 Unidade de Acolhimento

Adulto, 01 Ambulatório de Saúde mental.

Page 264: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

264

2018 - 04 CAPS III, 01 CAPS AD IV, 01 Residência Terapêutica, 01 Unidade de Acolhimento

Adulto, 01 Ambulatório de Saúde mental.

Do ano de 2017 a 2018 não obtivemos expansão do plano, porém efetivamos a qualificação

do CAPS AD III em CAPS AD IV melhorando significativamente o acesso à população em situação

de vulnerabilidade ligadas ao uso de álcool e/outras drogas.

A dificuldade da efetivação do plano de expansão se dá devido à insuficiência de RH, déficit

no repasse estadual, demora na habilitação dos serviços junto ao Ministério da Saúde, impactando

consideravelmente no orçamento municipal.

Conforme a Programação de 2018 a 2021 temos inseridos a implantação de 03 residências

terapêuticas tipo II para atender a demanda existente no município.

Page 265: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

265

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

25- Executar 7

capacitações com as

equipes

multiprofissionais da

atenção primária para

fortalecimento da Política

de Saúde Mental. (Nº

absoluto)

Descrição:

Número de capacitações para equipes multiprofissionais

da atenção primária. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de capacitações para equipes multiprofissionais

da Atenção Primária

Linha de base

04

Setor Responsável: ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Análise situacional

A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo

de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, mudança do modelo de

tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade. Para que possamos

colocar em prática essa Política de Saúde Mental precisamos sensibilizar e capacitar os atores

envolvidos nos equipamentos pertencentes a RAPS, sendo a capacitação atribuição das equipes

dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS junto a atenção básica e urgência do seu território.

Utilizamos nessa análise a linha de base referente ao ano de 2017 onde obtivemos 04

capacitações programadas e realizadas para servidores da Atenção Primária e Atenção às

Urgências e 02 capacitações programadas e realizadas no ano de 2018.

As dificuldades encontradas para o alcance da meta está sendo a insuficiência de RH nos

Centros de Atenção Psicossocial e baixa adesão dos servidores da Atenção Primária e da

Urgência.

Não houve impacto financeiro uma vez que utilizamos espaços próprios e os ministrantes das

capacitações programadas são sempre profissionais dos CAPS em parceria com a Coordenação da

Rede de Atenção Psicossocial. A meta: Efetivar o Plano de Expansão da RAPS, está direcionada

especificamente à expansão de unidades de assistência em saúde mental, não abarcando a

qualificação dos profissionais, que visa o fortalecimento da assistência, quanto da Política em Saúde

Mental.

Page 266: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

266

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 2 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

3

26- Reduzir de 21

minutos para 19

minutos (9,6%) o

“tempo resposta”

médio das unidades

móveis SAMU em

ocorrências de

prioridade máxima de

urgência. (%)

Descrição:

Total de minutos do “tempo resposta “médio das

unidades móveis SAMU em ocorrências de prioridades

máximas de urgência (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Tempo resposta das ocorrências (Hora de chegada no

local da ocorrência – hora da entrada da ligação no 192)

(Nº absoluto)

Tempo resposta médio = Total de minutos do tempo

resposta das ocorrências de prioridade máxima de

urgência / Nº de ocorrências de prioridade máxima de

urgência. (Nº absoluto)

Linha de base

21

Setor Responsável: SAMU

Análise situacional

O tempo resposta médio das unidades móveis do SAMU compreende o horário inicial de

entrada da ligação do solicitante no tronco-192, solicitando o socorro, até a chegada da primeira

equipe de atendimento no local do evento. A classificação grau de urgência é realizada pelo

médico regulador, bem como o tipo de viatura a ser empenhada na ocorrência.

O ano de referência para análise situacional e elaboração da meta do PMS 2018-2021 foi

2017, sendo o tempo resposta médio de 21 minutos para ocorrências classificadas com prioridade

máxima.

Com a mudança do sistema operacional SR SAMU para o sistema E-SUS SAMU foi possível

extrair o tempo resposta médio de todas as ocorrências.

Em 2018 o tempo resposta chegou a 23 minutos, provavelmente devido a defasagem da

frota, gerando muitas horas em manutenção corretiva e o número de telefonistas auxiliares de

regulação médica (TARM) que afeta diretamente a disponibilidade imediata de atender o chamado

via 192.

O tempo resposta médio em 2019 chegou a 22 minutos, considerando os meses de

Fevereiro a Julho.

Page 267: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

267

Gráfico 1 - Tempo resposta médio segundo a classificação do grau de urgência da

ocorrência, entre os meses de fevereiro a julho de 2019. SAMU Regional Campo Grande, 2019.

Os parâmetros de referência para elaboração da meta atual são internacionais, tais como o

definido pelo Committee on Trauma Of surgeons (EUA) em seus manuais de instrução de cursos

(ATLS, PHTLS) onde o ideal para atendimento ao paciente vítima de trauma é de até 20 minutos.

A American Heart Association (EUA) em conjunto com comitês internacionais de reanimação

define como ideal para desfibrilação de pacientes em parada cárdio-respiratória o tempo inferior a

5 minutos;

A partir disso tem-se a proposta de redução de meta de 9,6% para ocorrências de máxima

urgência.

As grandes dificuldades para alcançar a meta são:

1) a disponibilidade de frota prejudicada devido às baixas frequentes para manutenção

preventiva e reparadora, com frota reserva antiga e desgastada até 2018. Neste ano de 2019

foram repostas 11 novas viaturas para otimizar a situação da frota e reduzir o tempo resposta e

segurança, o que nos permitiu otimizar o valor da meta;

2) A realização de transportes de unidades de saúde para hospitais de referência, que

diminuem a disponibilidade para as ocorrências primárias em prioridade máxima;

3) O sistema E-SUS SAMU que é bastante lento e trava com frequência;

Page 268: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

268

4) O déficit de recursos humanos na central de regulação para atendimento das chamadas

de socorro 192 (quadro fixo de TARM) e médicos reguladores em alguns períodos;

5) Falha da rede de telefonia móvel prejudica o rápido acionamento das equipes móveis, uma

vez que este é feito através do celular funcional ou pelo rádio da viatura.

Sugerimos que no próximo PMS seja criada uma nova meta envolvendo o tempo resposta

médio de ocorrências classificadas como urgência moderada (amarela). Neste caso o tempo

resposta médio difere entre as classificações do grau de urgência, devido a diferença de prioridade

entre as ocorrências e a necessidade de gestão de frota pela rádio-operação. Sendo assim, tendo

que empenhar um recurso móvel, a urgência máxima (vermelha) terá prioridade de atendimento

em relação à urgência moderada (amarela), conforme a disponibilidade de recursos.

Segue no quadro n.1 os valores para manutenção desta operacionalização e correção das

irregularidades:

Quadro 1 – Valores (em reais) para atingir a meta anualizada do PMS 2018-2020 do SAMU

Regional Campo Grande no período de 12 meses, Campo Grande - 2019.

Item Valor (período 12 meses)

Manutenção preventiva e

corretiva da frota R$ 1.400.000,00

Repor servidores da Central de

regulação (médico regulador e

TARM)

R$ 613.771,00

TOTAL R$ 2.013.771,00

Page 269: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

269

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 1 - Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase nos

dispositivos da Política de Humanização do SUS, equidade e no atendimento das necessidades de saúde.

Objetivo 3 - Ampliar o acesso da população a medicamentos, promover o uso racional e qualificar a

assistência farmacêutica no âmbito do SUS.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Implantar o

serviço de

farmácia clínica

em 50% das

unidades de

saúde da atenção

primária. (%)

Descrição:

Cobertura de farmácia clínica nas unidades de saúde da

atenção primária. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de farmácias clínicas implantadas

Denominador: Número de unidades de saúde da atenção

básica

X 100

Linha de base

16,92

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise situacional

O serviço de farmácia clínica é o atendimento realizado pelos farmacêuticos da atenção

básica, onde cada paciente é consultado individualmente e o profissional disponibiliza as seguintes

ações: esclarece a forma correta de utilização de cada medicamento, bem como verifica a eficácia e

segurança do tratamento, além da verificação de interação medicamentosa, conciliação de

medicamentos, adesão ao tratamento, orientação sobre automedicação e plantas medicinais,

orientação sobre descarte de medicamentos, solicitação de exames laboratoriais para

acompanhamento do tratamento e encaminhamentos para outros profissionais de saúde.

Esse atendimento é necessário, pois atende às necessidades dos usuários relacionadas aos

medicamentos de forma integrada, contínua, segura e efetiva, visando à obtenção de resultados

terapêuticos concretos. Necessidades essas cujos serviços de assistência farmacêutica, e a própria

atenção primária, organizados em sua forma atual, possuem dificuldade em atender de forma

integral.

O uso irracional de medicamentos tem sido caracterizado como um dos maiores agravos de

saúde pública no Brasil. Os pontos mais frequentes no uso inadequado de medicamentos são a

polimedicação, a baixa adesão ao tratamento terapêutico, erros de prescrição, aparecimento de

eventos adversos, além de automedicação. A ausência de segurança, a falta de efetividade e a

Page 270: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

270

necessidade questionável no uso de terapias farmacológicas, são algumas características de

problemas relacionados aos pacientes, que podem ter como causa o uso incorreto pelo paciente,

erros de profissionais de saúde e/ou por efeitos indesejáveis do próprio medicamento no organismo

das pessoas.

O ano de referência é 2017, sendo atenção básica composta por 41 UBSF E 24 UBS,

totalizando 65 unidades da atenção básica.

No ano de 2017 a cobertura de unidades da Atenção Básica com farmácia clínica era de

16,92%, sendo elas: ESF Aero Itália, USF Los Angeles, USF Botafogo, USF Alves Pereira, USF

Itamaracá, USF Macaúbas, UBS Cidade Morena, UBS Silvia Regina, UBS Jockey Clube, UBS

Carlota e UBS Caiçara.

No ano de 2018, as unidades com serviço de farmácia clínica eram: |USF Portal Caiobá, USF

Nova Lima, USF Iracy Coelho, USF Estrela Dalva, USF Tarumã, UBS Moreninha, UBS Indubrasil, o

que representa uma cobertura de 16,17%.

Segundo dados levantados em meados de outubro de 2019, 31 unidades da Atenção Básica

possuem profissionais farmacêuticos. Considerando ainda o cenário atual e as dificuldades que

podem impossibilitar atingir a meta (necessidade de lotação de farmacêuticos em unidades da

Atenção Primária, redução da carga horária para o profissional farmacêutico atuante em serviços de

especialidade e urgência, com consequente migração para estes serviços, justifica-se a necessidade

de redução da meta para 50%.

Para cálculos de impacto financeiro deverá ser considerando o número de profissionais lotados

nas unidades da Atenção Primária, desta forma considerando que em outubro de 2019, 31 unidades

tinham profissional farmacêutico lotado, sendo assim necessária a lotação de pelo menos mais três

profissionais, com impacto financeiro de R$ 12.000,00/mês. Em suma, em consideração à Linha de

base em 2017 (65 Unidades), em 2018: 10 Unidades implantadas – 15,38%; 2019: não foi

anualizada porém foram implantadas 11 Unidades– 16,92%; 2020: 03 Unidades implantadas até o

dia 26/10/2020 (4,61 %), devido ao advento da pandemia do coronavírus, em consonância com o

Decreto n 14195 de 18 de março de 2020.

Logo, para 2021, restam 09 Unidades de Saúde (13,08%) para receberem a implantação da

Farmácia Clínica. Considerando a linha de base de 2017, para cumprir a meta de 50% das Unidades

de Saúde, teríamos que implantar em 33 unidades, e considerando que até 2020, cumpriu-se

36,92% (24 UNIDADES).

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271

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Reduzir a

transmissão vertical

da sífilis congênita

para abaixo de 90

casos novos/ano.

(Nº absoluto)

Descrição:

Taxa de incidência de sífilis congênita em menores de um

ano. (/1.000)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Números de casos novos confirmados de

sífilis congênita em menores de um ano de idade, em um

determinado ano de diagnostico e local de residência.

Denominador: Número total de nascidos vivos, de mães

residentes no mesmo local, no mesmo ano.

X 1.000

Linha de Base:

6,87

Setor Responsável: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Análise Situacional

No Município de Campo Grande, no ano de 2017 foram notificados 1.605 casos de sífilis

adquirida, sendo 533 gestantes notificadas com diagnóstico de sífilis. Nesse mesmo período foram

notificados 155 casos de sífilis congênita em menores de 01 ano apresentando taxa de incidência

acima da média nacional. O seguimento de gestante com sífilis é o acompanhamento mensal do

VDRL, para verificar se o tratamento foi eficaz. Considerando o Protocolos Clínicos e Diretrizes

Terapêuticas - PCDT de IST 2020 o tratamento adequado de gestante consiste em Gestante tratada

com 2.400.000 UI de Benzilpenicilina Benzatina realizadas por semana, durante 3 semanas

consecutivas em intervalos de 7 em 7 dia.

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

2- Reduzir a

transmissão vertical da

hepatite B para abaixo

de 10 casos

confirmados em

gestantes/ano. (Nº

absoluto)

Descrição:

Taxa de detecção de hepatite B em gestante. (/1.000)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Números de casos confirmados de hepatite

B em gestantes em um determinado ano de notificação e

local de residência.

Denominador: Número de nascidos vivos, no mesmo

ano, no mesmo local.

X 1.000

Linha de Base

0,56

Setor Responsável: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Análise Situacional

Em 2017 foram notificados 157 novos casos de Hepatites Virais, sendo 56 Hepatites B e 88

Hepatites C dados obtidos por confirmação laboratorial. As hepatites virais apresentam curva ascendente

nos registros de novos casos a partir de 2017, sendo 145 novos casos notificados. Respectivamente, no

mesmo ano em Campo Grande foram notificados 53 casos de hepatites B e destes, 02 foram em

gestantes. No ano 2018, o número de casos registrados atingiu 168 casos de notificações em hepatites

virais, 59 hepatites B e 02 novos casos em gestantes. No ano de 2019 a projeção de casos manteve-se

em evolução para 199 casos, sendo 58 hepatites B e destes, 06 em gestantes. O reflexo desses

resultados destaca-se pela descentralização da testagem para a atenção primária o que permitiu ampliar o

acesso diagnóstico para início do tratamento em tempo oportuno. Quanto à investigação de novos casos

para hepatites virais, até outubro de 2020 registrou-se 52 casos, destes 16 são hepatite B e 02 em

gestantes. Há perspectiva de aumento de casos em hepatites B pelo fomento da política ministerial para

acesso diagnóstico precoce e tratamento na atenção primária que visa a ampliação assistencial do

paciente portador de hepatites a fim de evitar complicações clínicas, por exemplo, hepatocarcinomas.

Salientando-se que o esquema vacinal de Hepatite B são necessárias 3 doses (0, 30 e 180 dias) e o

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273

rastreamento de gestantes com diagnóstico de Hepatite B quando apresenta alterações no exame de

HBeAG é o que sinaliza a necessidade de exames de biologia molecular para confirmação da alta

replicação viral ativa

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

3- Reduzir a

transmissão vertical do

HIV reduzindo os

casos de AIDS para

abaixo de 03

casos/ano em menores

de 5 anos. (Nº

absoluto)

Descrição:

Taxa de detecção de AIDS em menores de 5 anos de

idade. (/100.000)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Números de casos de AIDS em menores de

5 anos de idade, em um determinado ano de diagnostico

e local de residência.

Denominador: População de menores de 5 anos de

idade, residentes nesse mesmo local, no mesmo ano de

notificação.

X 100.000

Linha de Base:

5,25

Setor Responsável: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Análise Situacional

Em relação ao HIV, no ano de 2017 foram notificados 288 casos novos de HIV em adulto,

sendo destes, 47 casos em gestantes que culminou com 02 crianças diagnosticada com HIV, 51

crianças expostas ao vírus da imunodeficiência adquirida e 04 crianças com Aids, observando-se

um aumento gradativo e proporcional de gestantes infectadas acrescendo o risco de transmissão

vertical pelo vírus.

Observa-se ainda, pouca mudança no comportamento das infecções no que se refere ao

gênero dos indivíduos, mantendo-se a população masculina de 14 a 24 anos a mais acometida a

contaminação. Infelizmente foram registrados 73 óbitos por AIDS no município neste período.

Enquanto desafios de maiores prioridades destacam-se a redução de incidência de Aids e das

demais IST nos diferentes segmentos populacionais e a promoção da integralidade dos cuidados às

Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (PVHA) e outras IST, afim de, oportunizar o alcance das metas da

UNAIDS 90-90-90 até 2020, que estima contribuir para o fim da epidemia de AIDS até 2020.

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

1

4- Elaborar o

Programa Municipal de

Controle de

Leishmaniose Visceral.

(Nº absoluto)

Descrição:

Programa Municipal de Controle de Leishmaniose Visceral

elaborado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Programa Municipal de Controle de Leishmaniose Visceral

elaborado

Linha de Base:

0

Setor Responsável: ENDEMIAS VETORIAIS E ZOONOSES

Análise Situacional

Ano de referência base 2017, reconhecendo a necessidade de elaborar um programa

municipal de leishmaniose visceral, a fim de identificar as áreas de risco e controle nas áreas e

transmissão intensa e moderada, bloqueando a expansão de casos.

Considerando a meta de elaboração a qual esta em andamento faz-se necessário atentar-se a

insuficiência de recursos humanos, materiais de insumo, a qual impacta diretamente na execução

financeira desta meta.

As Coordenadorias de Vetores e Zoonoses realizam atividades para controle de Leishmaniose

visceral canina e para uma padronização dos procedimentos de orientações dirigidas à população,

proprietários de animais e usuários em consonância com as normas e legislação vigentes bem

como desenvolvimentos de atividades de campo como coletas de amostras de soro em inquéritos,

recolhimento de animais, educação em saúde e monitoramento de animais é essencial a elaboração

de um Programa Municipal de Leishmaniose Visceral, o que ainda não ocorreu devido à necessidade

de encontros entre profissionais das Coordenadorias citadas. Com impacto financeiro mínimo, pois

o Programa será construído com apoio dos técnicos dos setores envolvidos e em parceria com

Secretaria Estadual de Saúde.

Page 276: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

276

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

5- Reduzir o Índice

de Infestação Predial

por Aedes aegypti para

abaixo de 1%. (%)

Descrição:

Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Imóveis Positivos

Denominador: Imóveis Pesquisados

X100

Linha de base:

1,32

Setor Responsável: ENDEMIAS VETORIAIS

Análise Situacional

Ano de referência 2017, considerando que o índice de infestação predial é a relação entre

imóveis positivos dividido por imóveis pesquisados x 100.

Por meio deste índice, pode-se levantar o percentual de edifícios positivos (com a presença de

larvas de A. aegypti).

A manutenção de índices elevados expõe a população aos riscos de ocorrências de epidemia

de dengue, Chikungunya e Zika, que podem produzir gastos significativos com internação,

tratamentos, problemas de superlotação das unidades de saúde o que gera um caos social, podendo

ocasionar óbitos por estas doenças.

Pelos motivos supracitados é importante reduzir o LIRAa a margem menor de 1% que é

aceitável pelo Ministério da Saúde como controlado.

Tendo em vista que o índice atual é 1,93 %, calculado com base nos três LIRAa realizados no

ano de 2019 acima do parâmetro de referência 2017 que é 1,32%, ambos acima da meta prevista.

Sendo necessário ainda implemento nas ações de controle especialmente as de cunho

educacional para redução da proliferação do vetor nesta capital. No ano de 2019 foi delimitada meta

física especificando a Redução do Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti para abaixo de

1%, um percentual a ser considerado no período crítico para epidemias de janeiro a abril, sob a

ressalva explicita em como uma outra ação de maneira complementar, a de elaborar relatório

Page 277: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

277

avaliativo das condições ambientais favoráveis à reprodução do Aedes aegypti no território dos

estratos do Levantamento de Índices do Aedes aegypti - LIRAa com Índice de Infestação superior a

2% a fim de demonstrar as dificuldades em atender o disposto no Plano Municipal de Saúde.

No ano de 2020 a PAS reforçou a delimitação da ação em Meta Anualizada do Plano: Reduzir

o Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti para abaixo de 1%, com reforço ainda na

elaboração do relatório avaliativo das condições ambientais favoráveis à reprodução do Aedes

aegypti no território dos estratos do Levantamento de Índices do Aedes aegypti - LIRAa com Índice

de Infestação superior a 2%, como continuidade e possível comparativo para uma análise sobre,

tendo em vista que o Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti acima de 1% abaixo de 3,9% já

é considerado alerta e acima de 3,9% risco iminente de surto para as doenças transmitidas pelo

Aedes.

Considerando esta perspectiva sobre esta ação (PAS) em 2021 há pretensão do fechamento

da análise inicial sobre a Meta Anualizada do Plano: Reduzir o Índice de Infestação Predial por

Aedes aegypti para abaixo de 1%.

Considerando as ações de avaliação para o controle do Aedes aegypti, conforme preconizado

nas Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, esta coordenadoria

tem-se utilizado da visita domiciliar bimestral realizada em seis ciclos dispostos no ano, logo

totalizando 100% ao concluir-se a visitação domiciliar referente.

Tendo em vista que concomitantemente as visitas domiciliares ocorrem ainda as demais ações

dentro dos ciclos como supervisões, recolhimento de potencias criadouros em grande quantidade,

ações de educação em saúde, controle químico entre outras ações para o controle do Aedes

aegypti, bem como ações complementares como aquisição de insumos necessários para execução

das atividades.

Ressaltando que o quantitativo total imóveis deste município é de 2.439.882 = 100%, logo são

necessárias (2.073.899,7) visitas domiciliares para cobertura e possível controle dentro de 85%,

nossa atividade base para as demais ações de controle.

Page 278: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

6- Reduzir 10% da

razão de mortalidade

por acidentes de

trânsito. (%)

Descrição:

Número de óbitos por acidentes de trânsito da área

urbana do ano considerado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número absoluto de óbitos da área urbana

do ano considerado.

Linha de Base

70

Setor Responsável: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Análise Situacional

Os acidentes de transporte terrestre representam um dos maiores problemas de saúde

pública, tendo em vista os impactos na mortalidade e elevado número de lesões que afetam a

saúde e a qualidade de vida da população, sobretudo na faixa etária jovem e sexo masculino.

Em 2017 ocorreram 70 mortes, cujos acidentes ocorreram na área urbana representando

uma razão de 8.0/100.000h. A década de ação pela segurança no trânsito lançada pela OMS/ONU

estabeleceu uma redução de, no mínimo, 50% das mortes no período de 2011 a 2020.

Até 2017 Campo Grande apresentou redução de 46% no número absoluto de mortes,

entretanto no ano de 2018 houve aumento dos óbitos e a redução alcançada até esse ano foi de

34%.

O número absoluto de mortes, na área urbana, nos anos de 2011 a 2018 foram

respectivamente, 132, 126, 116, 112, 96, 83, 70 e 87. Mesmo com resultados dentro do esperado

até 2017, em 2018 observamos um pequeno aumento, o que nos sinaliza a importância da

implementação das ações de controle e prevenção dos acidentes.

Destacamos que o papel da Secretaria Municipal de Saúde é de realizar a vigilância dos

eventos por meio da qualificação das informações, identificar os fatores e condutas de risco,

colaborar com a elaboração e realização das estratégias de intervenção, realizar o monitoramento

das ações e avaliar o processo de trabalho.

Page 279: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

279

Entre as maiores dificuldades para alcance de melhores resultados estão a descontinuidade

de algumas ações como a fiscalização eletrônica, e a necessidade em implementar o Plano de

Mobilidade de maneira mais oportuna com ações voltadas para a segurança dos usuários mais

vulneráveis como: motociclistas, ciclistas e pedestres, que representam as maiores vítimas fatais e

graves.

Ressaltamos que não é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde fazer a

gestão das intervenções voltadas para a segurança viária como engenharia e fiscalização, porém o

Ministério da Saúde, desde o ano 2014, realiza repasses financeiros, mensalmente, na ordem de

R$17.000,00 (dezessete mil reais), para custeio, podendo apoiar algumas ações educativas no

Município.

Page 280: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

7- Reduzir 6% das

internações por

acidentes de trânsito.

(%)

Descrição:

Número de internações por acidente de trânsito. (Nº

absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de internações por acidente de trânsito.

Linha de Base:

830

Setor Responsável: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Análise Situacional

As lesões causadas pelos acidentes de trânsito impactam de maneira acentuada nos custos da

saúde pública, na família, na previdência e na economia. Para além dos custos financeiros

apontamos o sofrimento da vítima com as lesões que podem ser temporárias ou permanentes, e

sofrimentos psíquicos para a vítima e seus familiares.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, estima que os gastos com acidentes de

trânsito chegam a 40 bilhões por ano.

Uma significativa parte dos leitos hospitalares é ocupada com vítimas desse tipo de trauma,

aumentando as demandas para intervenções especializadas e ocupação de leitos de UTI.

Neste sentido as ações de prevenção são fundamentais para redução dos acidentes de

trânsito, sendo necessárias politicas públicas e ações eficazes e contínuas que possam reduzir os

fatores e condutas de risco.

Em resposta a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, desde 2010, Campo Grande

desenvolve um Programa para redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, porém, ainda

é um grande desafio o controle deste tipo de acidente, tendo em vista que a grande maioria das

vítimas são motociclistas, que respondem pelas maiores taxas de mortalidade por acidente de

transporte terrestre em todo Brasil.

Nos anos de 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018 o número absoluto de internação foi de 1.275,

1.542, 1.291, 830 e 1.157 respectivamente. Em 2018, houve aumento nas internações de 39% em

Page 281: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

281

relação a 2017, deste total 70.3% foram motociclistas, apontando a necessidade de intervenções

focadas nesse grupo de vítima.

Ressaltamos que não é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde fazer a gestão

das intervenções voltadas para a segurança viária como engenharia e fiscalização, porém o

Ministério da Saúde, desde o ano 2014, realiza repasses financeiros, mensalmente, na ordem de

R$17.000,00 (dezessete mil reais), para custeio, podendo apoiar algumas ações educativas no

Município.

Ressaltamos que o processo de obtenção dos dados é realizado por Linkage das bases de

dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) com a base de dados de acidentes de

trânsito fornecida pelo Departamento Estadual de Trânsito/MS (DETRAN). Após este relacionamento

de bases de dados identifica – se as vítimas graves ocorridas na área urbana.

Conforme classificação da OMS para este indicador serão consideradas vítimas graves

aquelas que ficaram internadas, no mínimo 24h, cujas vítimas ficaram internadas e registraram

Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito.

Page 282: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor

ORIGEM

META INDICADOR

3

8- Implantar o plano

de trabalho de atenção

integral à saúde do

trabalhador em 100%

dos municípios da

microrregião de Campo

Grande. (%)

Descrição:

Percentual dos municípios da microrregião de Campo

Grande com o plano de trabalho de atenção integral à

saúde do trabalhador implantado. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de municípios da microrregião com

plano implantado

Denominador: Número total de municípios da

microrregião de Campo Grande

X 100

Linha de base

52,94

Setor Responsável: SAÚDE DO TRABALHADOR

Análise Situacional

A Análise situacional foi feita em 2017, tendo como plano de trabalho um conjunto de ações

capazes de consolidar a vigilância na saúde dos trabalhadores na área de abrangência do CEREST,

tais como: capacitações em vigilância epidemiológica em saúde do trabalhador, oficina para atenção

básica, visitas técnicas e apoio matricial conforme Portaria 1823 de 008/2012. Em 2017 foi

implantado o plano em 09 municípios: Corguinho, Rio Negro, Bandeirantes, Terenos, Rochedo,

Sidrolândia, Ribas de Rio Pardo, Chapadão do Sul e Campo Grande.

O percentual de implantação do plano é de 70% o ideal e de 100% o que se espera alcaçar até

2020. Os indicadores utilizados são o número de profissionais capacitados, melhoria nas notificações

de acidentes e agravos relacionados ao trabalho e ações desenvolvidas pelos municípios, tais como:

palestras, oficinas, visitas nas empresas e capacitações.

As dificuldades encontradas para implantação do plano referem-se à grande rotatividade dos

profissionais, tendo uma descontinuidade das ações e a desobrigação dos gestores locais.

A implementação do plano significa cumprir a missão a qual é: contribuir como irradiador da

Política de Saúde do trabalhador e da Trabalhadora na microrregião de Campo Grande, a partir do

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283

suporte técnico aos municípios nas ações de vigilância e assistência à saúde dos trabalhadores

urbanos e rurais.

A implantação do plano significa garantir a efetividade das ações de saúde do trabalhador nos

municípios.

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor

ORIGEM

META INDICADOR

3

9- Reduzir de 20

para 10 dias (50%), o

tempo de espera pelo

resultado do exame de

Leishmaniose Visceral

Canina (LVC) pelo

proprietário de cão

suspeito da doença.

(%)

Descrição:

Número de dias entre a coleta de sangue e o resultado do

exame. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Numero de dias entre coleta de sangue e o resultado do

exame

Linha de base

20

Setor Responsável: ZOONOSES

Análise situacional

Os exames para diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina são realizados no laboratório do

CCZ e a partir de 2017 avalia-se a possibilidade da redução do tempo de espera do exame para que

o animal, caso seja positivo, seja retirado do lar ou tratado adequadamente. Em 2017 o tempo de

espera era de 20 dias. Devido à falta de contratação de empresa para manutenção dos

equipamentos e a demora de insumos oriundos do Ministério da Saúde, o resultado demora em

torno de 15 dias. Com a contratação terceirizada de equipamentos laboratoriais com custo de

R$60.000,00/ano, esperamos que o um resultado possa ser informado ao proprietário do animal em

no máximo 10 dias. Não houve em 2018 e 2019 a aquisição e nem a contratualização do serviço,

mantendo o tempo de espera para resultado do diagnóstico de LVC de 15 dias. Em 2018 foram

realizados 4.593 exames e em 2019, 8.616 exames. Entretanto, até outubro de 2020 foram

realizados 2.791 exames. Para o próximo ano (2021) espera-se que com a contratualização de

serviço de um novo equipamento moderno e manutenção, o tempo de espera seja reduzido em 50%,

pois os equipamentos modernos permitem a programação de leitura de placas de acordo com o

número de exames provenientes da demanda espontânea, não permitindo o desperdício e

contaminação dos demais orifícios que poderão ser usados para diagnósticos de outros animais com

uma nova programação. Nosso objetivo nesta ação, é a manutenção preventiva através de serviços

especializados com contrato de comodato dos equipamentos do laboratório, onde realizaremos a

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285

leitura de placas semanalmente estando essa completa ou não a fim de repassar o resultado em até

07 dias. O equipamento que está sendo utilizado nos dias de hoje (outubro de 2020) encontra-se

ultrapassado, uma vez que a placa só pode ser lida com todos os orifícios preenchidos (88 orifícios),

podendo levar mais de 10 dias para completar uma placa.

Page 286: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor

ORIGEM

META INDICADOR

3

10- Reduzir de 20

para 10 dias (50%), o

prazo para

atendimento de

solicitações de

serviços, denúncias,

reclamações relativas

às zoonoses. (%)

Descrição:

Número de dias entre a data da denúncia e seu

atendimento. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de dias entre o recebimento da denúncia e o

atendimento

Linha de base

20

Setor Responsável: ZOONOSES

Análise situacional

O CCZ recebe denúncias através de telefone, ouvidoria, Delegacia de Crimes Ambientais,

Ministério Público entre outros, solicitando os serviços para atendimento relacionados a animais

peçonhentos, de criação inadequada de animais em ambiente insalubre ou com indícios de

agressões e/ou maus tratos o quem vem aumentando constantemente desde 2017. Em 2017 o

tempo de espera era de 20 dias.

Para reduzir os danos causados pelos problemas relatados, necessitamos de formação de

mais uma equipe para a atividade através de aquisição de veículo para os atendimentos que tem

uma previsão financeira de R$226.000,00 para aumento dessa oferta.

Considerando que atualmente (até novembro de 2020) o prazo para recolhimento de animais

doentes, suspeitos ou positivos de zoonoses tem sido em média de 12 dias, representando 40%.

Restam ainda, 25% para alcance da meta, o que será programada para 2021;

Considerando que a meta do PMS é a redução de 20 para 7 dias, sendo a diferença de 13

dias, o que representa os 65%. Sendo assim, calculamos que 20 dias representa 100%, logo 12

dias (20 dias - 12 dias = 8 dias) representa 40% da meta;

Considerando que até novembro de 2020 foram alcançados 40%, restam então 25%, o que

representa 5 dias (em número absoluto).

Page 287: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

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1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor

ORIGEM

META INDICADOR

3

11- Reduzir de 20

para 7 dias (65%), o

prazo para o

recolhimento de

animais doentes,

suspeitos ou positivos

de zoonoses. (%)

Descrição:

Número de dias entre a solicitação e o recolhimento dos

animais. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Diferença de dias entre a solicitação e o recolhimento dos

animais

Linha de base

20

Setor Responsável: ZOONOSES

Análise situacional

O CCZ recebe diariamente solicitações para recolhimento de animais com diagnóstico de

Leishmaniose Visceral Canina (LVC) ou com doenças não passiveis de cura e que desde 2017

dispomos de apenas uma viatura adequada para o recolhimento que dependendo do caso demora

em torno de 20 dias, pois a prioridade é para os animais mais urgentes, ou seja, atropelados e

agressores. Em 2017 o tempo de espera era de 20 dias.

Com a criação de mais uma equipe de recolhimento e aquisição de um veículo adaptado para o

recolhimento esse tempo diminuiria para no máximo 7 dias, diminuindo os danos causados pela

presença do animal doente no imóvel o que custaria para a PMCG R$166.000,00.

Page 288: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

288

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

12- Implantar sistema

informatizado próprio

na Vigilância Sanitária.

(Nº Absoluto)

Descrição:

Sistema próprio informatizado da Vigilância Sanitária

implantado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Sistema próprio informatizado da Vigilância Sanitária

implantado

Linha de Base:

1

Setor Responsável: VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Análise Situacional

Em 2017 foi verificado que o sistema existente a disposição da Vigilância Sanitária é apenas

um sistema que cadastra e emite a licença sanitária não possuindo o módulo inspeção nem o

módulo online, para atender as demandas dos contribuintes, em relação às licenças sanitárias para

as atividades de baixo risco sanitário.

Em face de desburocratização que vem ocorrendo a nível nacional é necessário um sistema

que possa atender os munícipes de forma que ele não precise se deslocar até as repartições

públicas para solicitar a licença sanitária.

É necessário que todo o processo de licenciamento seja online para as atividades

consideradas de baixo e alto risco sanitário, consequentemente diminuindo custos e gerando maior

agilidade.

Page 289: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

289

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

13- Reduzir em 50%

o prazo para

atendimento das

denúncias sanitárias.

(%)

Descrição:

Número de dias para atendimento das denúncias

sanitárias. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de dias para atendimento das denúncias

sanitárias

X100

Linha de Base:

16,34

Setor Responsável: VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Análise Situacional:

Considerando que as denúncias são obtidas através de demandas espontâneas da

população não é possível estabelecer uma linha de base com um número real. O ano de referência

para a criação desta meta foi 2017.

O tempo para atendimento da denúncia é importante de forma a minimizar os riscos de

agravos para a saúde humana.

Conforme a PORTARIA Nº 8, DE 25 DE MAIO DE 2007, o prazo máximo para a conclusão

das demandas realizadas a partir do sistema OuvidorSUS é de até 15 dias para demandas

urgentes, 30 dias para prioridade alta, 60 dias para prioridade média e até 90 dias para prioridade

baixa.

Tendo em vista que a Vigilância Sanitária normalmente trata de denúncias de caráter

urgente, o intuito é conseguir atender a todas as demandas no prazo máximo de 15 dias, onde até

o primeiro semestre de 2019 averiguou-se que o atendimento médio é de 16,34 dias.

São atendidas 100% das denúncias, no entanto o objetivo é diminuir o prazo para o

atendimento desta. Sendo que, o prazo ideal a se cumprir é de 15 dias após o recebimento da

denúncia.

Page 290: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

290

No decorrer do ano de 2017 foram recebidas 983 e no ano de 2018, 557 denúncias via

sistema OuvidorSUS, as quais foram atendidas em sua totalidade.

Sendo assim, foi instituída uma tabela de avaliação diária, a qual esta sendo utilizada para

quantificar o tempo para atendimento das demandas, desta forma será possível informar se a meta

for cumprida a contento.

Os recursos financeiros utilizados para o cumprimento desta meta já estão inclusos nos

gastos já previstos como: salários dos funcionários envolvidos no processo, matéria de expediente,

custo com veículos, equipamentos de informática.

Page 291: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

291

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM

META INDICADOR

3

14- Atender 100%

das demandas de

saneamento ambiental

efetuadas pela

população e pela rede

de atenção básica. (%)

Descrição:

Proporção de atendimentos de demandas de saneamento

ambiental. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de demandas atendidas do ano

vigente – Número de demandas atendidas do ano anterior

Denominador: Número de atendimentos de demandas do

ano vigente

X 100

Linha de Base:

100

Setor Responsável: VIGILÂNCIA AMBIENTAL

Análise Situacional

A crescente degradação do ambiente urbano com áreas densas ocupadas

desordenadamente favorece uma realidade com condições deficientes de saneamento ambiental

como: higiene ambiental, abastecimento de água, esgotamento sanitário e de deposição

inadequada dos resíduos sólidos, fatores esses que aumentam a exposição dos seus moradores a

variados riscos ambientais que podem ou não estar associados também a riscos sociais.

Para prevenir riscos de agravos à saúde da população decorrentes de situações sanitárias

irregulares, foram instituídos canais de comunicação por meio da Ouvidoria e pelas demandas

levantadas pelos Agentes de Saúde Pública quando do desenvolvimento de atividades de visitas

domiciliares rotineiras em seu território, que posteriormente são encaminhadas para a equipe de

atendimento de denúncias da Coordenadoria e Vigilância de Saúde ambiental para que

providencias os levantamentos, constatações, medidas de intervenção e providências necessárias

para sanar os problemas.

No ano de 2018 foram atendidas 1.464 demandas relacionadas a problemas com

saneamento ambiental.

Page 292: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

292

A atividade é realizada rotineiramente por uma equipe de dez Agentes de Combate às

Endemias e 05 Agentes Fiscais Sanitários, que vem atendendo as demandas em tempo oportuno

de forma integrada, sendo que não há impacto financeiro para o alcance da meta.

Page 293: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

293

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 1 – Aprimorar as ações de vigilância em saúde para assegurar a proteção e desenvolvimento

sustentável do setor.

ORIGEM META INDICADOR

3

15- Elaborar Plano de

Contingência para

Emergências de

interesse da Saúde

Pública.

Descrição:

Plano de Contingência para Emergências de interesse da

Saúde Pública elaborado.

Metodologia de cálculo:

Plano de Contingência para Emergências de interesse da

Saúde Pública elaborado.

Linha de Base:

4

Setor Responsável: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Análise Situacional

O ano de referência desta análise situacional é 2020.

O Plano de Contingência é o documento que registra o planejamento elaborado a partir do

estudo de um ou mais cenários de risco de desastre e estabelece os procedimentos para ações de

monitoramento, de alerta e alarme, assim como ações de preparação e resposta ao evento adverso.

De acordo com o Ministério da Integração Nacional em sua publicação de 1ª edição 2017, do Livro

Base denominado Elaboração do Plano de Contingência – Módulo Formação, “o Plano de

Contingência - PLANCON funciona como um planejamento da resposta e por isso, deve ser

elaborado na normalidade, quando são definidos os procedimentos, ações e decisões que devem

ser tomadas na ocorrência do desastre. Por sua vez, na etapa de resposta, tem-se a

operacionalização do plano de contingência, quando todo o planejamento feito anteriormente é

adaptado a situação real do desastre.”

Nesse contexto, a Lei 12.608 de 10 de abril de 2012, que instituiu a Política Nacional de

Proteção e Defesa Civil – PNPDEC atribui a responsabilidade pela execução do Plano de

Contingência - PLANCON aos Municípios. Aos Estados e União cabe a função de apoiar a execução

local, a exemplo da criação, pelo governo federal, de um módulo específico de registro dos planos no

Sistema Integrado de Informações sobre Desastres – S2ID. “Assim, a elaboração e a execução do

Page 294: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

294

plano de contingência contribui diretamente para que o município cumpra com suas atribuições com

relação às seguintes competências previstas na Lei 12.608/12, Artigo 8º.”

Neste sentido, cabe aos municípios elaborarem seus Planos de Contingência Municipais

adaptando-os perante ao cenário epidemiológico, fazendo conexões com os Planos Municiais de

Saúde e Planos Plurianuais. Destaca-se a relevância da apreciação dos Planos de Contingência

pelo Conselho Municipal de Saúde- CMS. Ainda, o Decreto nº 7.616 de 17 de novembro de 2011

dispõe sobre a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN),

sendo que ocorrerá em situações que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção,

controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, tais quais seguintes situações:

epidemiológicas; de desastres; ou de desassistência à população.

Baseados nas estatísticas de saúde e situações acima mencionadas, a inserção do plano de

contingência nos instrumentos de planejamento do SUS se torna imprescindível capaz de nortear as

ações de política pública, promover respostas para a gestão nas esferas governamentais no que

tange os aspectos financeiros (prestação de contas) proporcionando transparência social.

No Município de Campo Grande, para o período 2017 a 2020, estão publicados:

- Plano de Contingência para Situação de Epidemia de Dengue, Chikungunya e Zika: vigência

Julho de 2017 a julho de 2019;

- Plano de Contingência para situação de epidemias de Dengue, Chikungunya e Zika (Julho

2019 - Julho 2021), disponível na página 2 do DIOGRANDE n. 5.880, de 30 de março de 2020,

conforme Resolução SESAU n. 530, de 27 de Março de 2020;

- Plano de Contingência Municipal de Enfrentamento da Influenza: vigência 2019-2021;

- Plano de Contingência Municipal de Enfrentamento à Doença pelo Coronavírus 2019

(COVID-19), disponível em http://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/coronavirus-covid-19/plano-

de-contingencia-coronavírus, em apreciação pelo Conselho Municipal de Saúde.

Considerando que o planejamento é mais efetivo quando o processo é participativo e envolve

todos os atores que deverão desempenhar em conjunto no momento de uma emergência, a maior

dificuldade para o alcance da meta é o cumprimento dos prazos estipulados para todos os

envolvidos, na devolutiva das informações. Os planos de contingência possuem etapas de

elaboração e precisam do envolvimento de várias áreas de uma Secretaria. Essa etapa formal da

elaboração do Plano passa por várias revisões e um dos itens de maior dificuldade está na previsão

de custos das ações colocadas pelas áreas técnicas.

Após finalizada a etapa de elaboração, o Plano é encaminhado para apreciação do Conselho

Municipal de Saúde, para que após a aprovação da mesa diretora seja publicação no Diário Oficial.

Em síntese, a construção de um plano de contingência é trabalhosa e por isso é preciso saber o que

será necessário na parte de investimento de tempo e recursos para sua conclusão e manutenção,

devendo incluir prazos e recursos, prevendo para cada um deles o tempo de execução, a equipe

envolvida e os recursos necessários, além da identificação dos principais grupos envolvidos que

deverão atuar na elaboração do plano de contingência. Devido à abrangência das ações que devem

ser previstas e planejadas, há o envolvimento de grande variedade de instituições e responsáveis.

Page 295: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

295

Desta forma, em alguns momentos se fazem necessárias ações articuladas e previamente

acordadas entre diversas instituições, definindo seu envolvimento e responsabilidade para obtenção

de reposta oportuna diante do cenário emergencial. A elaboração dos Planos de Contingência não

gera custos, diferentemente de sua execução, que fica na dependência daquilo que está proposto,

devendo suas ações serem passíveis de monitoramento através dos próprios planos de contingência

e/ou das Programações Anuais de Saúde. Para tais investimentos é necessário que sejam prestadas

contas dos recursos financeiros destinados.

Page 296: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

296

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 2 – Ampliar e qualificar as ações de controle sanitário de competência da Vigilância de Saúde

Ambiental com ênfase na regulamentação, fiscalização e licenciamento sanitário sobre atividades,

serviços, produtos e Saneamento Ambiental, visando a proteção da saúde da população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Ampliar em

10% a coleta de

amostras de água na

rede e distribuição

pública para análise

dos parâmetros de

potabilidade da água

para consumo

humano. (%)

Descrição:

Proporção de amostras de água coletadas. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de amostras coletadas do ano

vigente – Número de amostras coletadas do ano anterior

Denominador: Número de amostras coletadas do ano

vigente

X 100%

Linha de Base:

10

Setor Responsável: VIGILÂNCIA AMBIENTAL

Análise Situacional

A água utilizada para consumo humano é um bem essencial que garante saúde e qualidade

de vida à população, quando distribuída em quantidade suficiente e com qualidade que atenda ao

padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente.

O instrumento de implementação das ações de Vigilância da Qualidade da Água para

consumo humano é o VIGIAGUA que consiste no conjunto de ações adotadas continuamente

pelas autoridades de saúde pública que garante o acesso à agua com qualidade, parte integrante

das ações de promoção da saúde e prevenção dos agravos transmitidos pela água.

A referência para o cálculo de amostras é baseada na Diretriz Nacional do Plano de

Amostragem da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano conforme o disposto na

PRC. n. 5 de 28/09/2017 Anexo XX, definiu os parâmetros básicos a serem monitorados e o

quantitativo de amostras mínimas a serem analisadas para o município de 624 análises/ano

obrigatórias.

Page 297: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

297

No ano de 2018 foram coletadas 561 amostras/anos cuja atividade apresentou dificuldades

com a aquisição de reagentes e a adequação física do Laboratório de Águas.

Em 08 de novembro de 2019 foi inaugurado o Laboratório Municipal de Qualidade da Água

todo equipado e com disponibilidade de insumos e reagentes para as análises de amostras de água

necessária, a fim de proporcionar as ações de vigilância da qualidade da água em toda a área

urbana do município.

Os recursos financeiros para a operacionalização do VIGIAGUA e do Laboratório Municipal são

oriundos do PQAVS – Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde que detém

pactuação de análise do parâmetro de desinfetante na água, cujas metas vêm sendo cumpridas no

ano de 2018 bem como para o ano de 2019.

Page 298: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

298

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 - Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 2 – Ampliar e qualificar as ações de controle sanitário de competência da Vigilância de Saúde

Ambiental com ênfase na regulamentação, fiscalização e licenciamento sanitário sobre atividades,

serviços, produtos e Saneamento Ambiental, visando a proteção da saúde da população.

ORIGEM

META INDICADOR

3

2- Fiscalizar 60% de

estabelecimentos com

atividades econômicas

de competência da

Vigilância de Saúde

Ambiental para fins de

licenciamento sanitário.

(%)

Descrição:

Proporção de estabelecimentos com atividades

econômicas de competência da Vigilância de Saúde

Ambiental fiscalizados para fins de licenciamento

sanitário. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de estabelecimentos inspecionados

no ano vigente – Número de estabelecimentos

inspecionados no ano anterior

Denominador: Número de estabelecimentos

inspecionados do ano vigente

X 100

Linha de Base:

60

Setor Responsável: VIGILÂNCIA AMBIENTAL

Análise Situacional

A inspeção sanitária que é o conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que visa a

proteção individual e coletiva, por meio da verificação in-loco do cumprimento dos marcos legal e

regulatórios sanitários relacionados às atividades desenvolvidas e às condições sanitárias de

estabelecimentos, processos e produtos. A inspeção permite medidas de orientação e correção de

situações que possam causar danos à saúde da população.

A Resolução SESAU nº 463 de 29/03/2019 dispõe sobre o Licenciamento Sanitário e suas

etapas de registro, legalização e a formalização da licença para o exercício da atividade econômica

no âmbito do órgão sanitário competente, dita ainda a aplicabilidade do licenciamento para as

estratégias de vigilância, controle e fiscalização de competências da Coordenadoria de Vigilância de

Saúde Ambiental.

Os estabelecimentos de interesses a saúde instalados no município são cadastrados em

sistema próprio da SESAU denominado “Sistema Organizacional da Saúde – SOSWEB” para fins de

Page 299: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

299

monitoramento fiscal visando o Licenciamento Sanitário com a emissão da dita Licença Sanitária, da

Licença Sanitária simplificada ou de sua dispensa tanto pela Vigilância Sanitária quanto pela

Vigilância de Saúde Ambiental.

No ano de 2019 constavam cadastrados 996 estabelecimentos nas atividades econômicas

que exigem a inspeção sanitária e monitoramento por parte da Vigilância de Saúde Ambiental,

atividades essas relacionadas ao uso de agrotóxicos, produtos e substâncias químicas perigosas,

coleta e tratamento de resíduos sólidos perigosos ou não, distribuição de água para consumo

humano, e todas aquelas relacionadas ao Saneamento Ambiental (água, esgoto, resíduos sólidos e

ambientes insalubres) e que exponham riscos à saúde humana.

No ano de 2018 foram realizadas 642 inspeções sanitárias em locais e estabelecimentos de

interesse da Vigilância de Saúde Ambiental, no ano de 2019, 639 inspeções, sendo emitidas 84

Licenças Sanitárias.

Portanto, para atender a demanda de estabelecimentos cadastrados e aqueles a serem

cadastrados faz-se necessário ampliar e qualificar as ações de controle sanitário de competência da

Vigilância de Saúde Ambiental com ênfase na regulamentação, fiscalização e licenciamento sanitário

sobre atividades, serviços, produtos e Saneamento Ambiental, visando a proteção da saúde da

população.

As inspeções sanitárias são inseridas dentro da rotina de operacionalização dos serviços de

Fiscalização Sanitária em estabelecimentos de interesse da Vigilância de Saúde Ambiental, não

havendo alto impacto financeiro para a sua execução, visto que para a sua operacionalização são

necessários uso de veículos oficiais, sendo necessário sua manutenção mecânica, combustível e

formulários como Auto de Infração, Boletim de Vistoria e orientação e Relatório de Inspeção, sendo

todos programados previamente e anualmente com orçamento previsto com recursos da SVS.

Page 300: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

300

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 2 – Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população, considerando determinantes

sociais, por meio das ações de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças

crônicas não transmissíveis, acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e na

promoção do envelhecimento saudável.

Objetivo 3 - Aprimorar as Redes de Atenção à Saúde e a promoção do cuidado integral.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Ampliar de 27 para

40 o número de

unidades de saúde

da atenção básica

atendidas por

profissionais de

educação física. (N°

absoluto)

Descrição:

Número de unidades da atenção básica atendidas por

profissionais de educação física. (N° absoluto)

Metodologia de Cálculo

Número de unidades da atenção básica atendidas por

profissionais de Educação Física

Linha de base

27

Setor Responsável: ATENÇÃO BÁSICA

Análise Situacional

O Ministério da Saúde, no ano de 2008, cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF),

através da Portaria GM/MS 154/2008. O NASF é uma equipe multidisciplinar que objetiva ofertar

ampliar o cuidado e melhorar a resolubilidade no âmbito da Atenção Básica, através da inserção de

uma retaguarda especializada. Dentre os profissionais que podem compor a equipe NASF está o

profissional de Educação Física.

No ano de 2017, os profissionais de Educação Física do Projeto Viver Legal eram sete atuando

em nove unidades da Atenção Básica, ofertando práticas corporais, avaliação e atividades

educativas. Os profissionais que atuavam em equipe NASF/AB, no mesmo período, eram sete

profissionais, atuando em 18 unidades de Saúde da Família, ofertando práticas corporais, avaliação,

atendimento individual e compartilhado, atividades educativas e de educação permanente, entre

outros.

Com a expansão de equipes NASF/AB ocorrida no ano de 2018, bem como a proposição do

Ministério da Saúde deste profissional, através das equipes NASF/Ab, atualmente o cenário: 36

unidades da Atenção Básica sendo atendidas por Profissionais de Educação Física, destas 31 são

unidades apoiadas por NASF/AB e 05 profissionais lotados em Unidades da Atenção Básica.

A dificuldade encontrada para atingir a meta é a falta de concurso público vigente.

Page 301: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

301

Referente ao impacto financeiro: R$ 169.598,40 por ano. Ressaltamos que a inserção deste

profissional se faz, preferencialmente nas equipes NASF/AB, e que este Núcleo recebe recurso

federal no valor de R$ 240.000,00 por ano, por equipe.

Page 302: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

302

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para melhoria no

padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 1 – Qualificar a rede de comunicação de dados para melhoria do interfaceamento com os

sistemas nacionais de saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Renovar a rede de

comunicação de

dados em 80%. (%)

Descrição:

Percentual da rede de comunicação renovada. (%)

Metodologia de cálculo:

Percentual da rede de comunicação renovados.

Linha de Base:

0

Setor Responsável: TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO

Análise Situacional

Em 2017 foi realizado o levantamento de obsolescência dos equipamentos da rede de

comunicação de dados que é a estrutura física e lógica que envolve protocolos de comunicação.

Detectou-se que faz-se necessário esta renovação de 80% dos equipamentos de comunicação de

dados para uma melhor resposta às demandas apresentadas por toda a rede de atenção à saúde,

considerando-se 105 unidades.

Considerando 105 unidades de saúde, temos que 80% representa 84 unidades, sendo assim

40% representa aproximadamente 34 unidades de saúde com equipamentos de transmissão de

dados trocados.

A obsolescência tecnológica e a usabilidade dos equipamentos são fatores decisivos. A maior

dificuldade para cumprimento da meta é o orçamento e a falta de independência técnica e

operacional desta Coordenadoria.

Page 303: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

303

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para melhoria no

padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 1 – Qualificar a rede de comunicação de dados para melhoria do interfaceamento com os

sistemas nacionais de saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

1

2- Atualizar o sistema

de informação e

gestão em saúde

garantindo o

interfaceamento com

os sistemas

nacionais de

informação e

renovação do

parque tecnológico.

(Nº absoluto)

Descrição:

Sistema de informação e gestão em saúde atualizado. (Nº

absoluto)

Metodologia de cálculo:

Sistema de Informação e Gestão em Saúde atualizado.

Linha de Base:

1

Setor Responsável: TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO

Análise Situacional

O Sistema de Informação em Saúde utilizado atualmente foi implantado em 1994 sendo um

avanço tecnológico para o município de Campo Grande na época, integrando toda a rede municipal

de saúde com o prontuário eletrônico individualizado, implantado em ambiente Mainframe Unisys

série A, o que impede as atualizações de versões e interfaceamento com para as novas normas do

Ministério da Saúde.

O Sistema de Informação local atua em conjunto com sistemas externos o que torna

necessário que toda a estrutura tecnológica esteja compatível, portanto encontra-se obsoleto que é

caracterizado pela redução da vida útil de determinado bem provocada pelo surgimento de um

modelo mais moderno ou pela evolução tecnológica, isso se dá tanto em Software (sistemas

operacionais) quando em Hardware (equipamentos).

Page 304: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

304

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para melhoria no

padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 2 – Otimizar os processos no canal direto entre usuários do SUS e a gestão em saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Implantar central

telefônica na

Ouvidoria da Saúde.

(Nº absoluto)

Descrição:

Central telefônica implantada na Ouvidoria da Saúde. (Nº

absoluto)

Metodologia de cálculo:

Central telefônica na Ouvidoria da Saúde implantada.

Linha de Base:

1

Setor Responsável: OUVIDORIA

Análise Situacional

No ano de 2017 existiam 04 (quatro) terminais de atendimento telefônico, em média eram

registradas 1.093 ligações por mês, a grande demanda ocasionou o congestionamento das 04

(quatro) linhas existentes, e consecutivamente a insatisfação do cidadão, por conta da espera. Não

havia relatório, nem gestão inteligente das ligações.

Em 2018 a média de ligações no mês aumentou para 1.832. E, foi necessária a implantação da

central telefônica para suprir a grande demanda da Ouvidoria.

A empresa VETT foi contratada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, juntamente com a

Secretaria Municipal de Saúde em meados de 2018, esta prestadora disponibilizou a central

telefônica sem custo adicional para esta Ouvidoria.

Page 305: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

305

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para melhoria no

padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 2 – Otimizar os processos no canal direto entre usuários do SUS e a gestão em saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

3

2- Implantar Ouvidoria

do servidor. (Nº

absoluto)

Descrição:

Ouvidoria do servidor implantada. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Ouvidoria do servidor implantada.

Linha de Base:

1

Setor Responsável: OUVIDORIA

Análise Situacional

Em 2018 foi verificada a necessidade da implantação da Ouvidoria do Servidor, devido ao

grande número de absenteísmo, insatisfação e afastamentos dos servidores desta Secretaria,

verificou-se também a necessidade que o servidor tem em ser ouvido, acolhido, sendo estas umas

das competências desta ouvidoria.

As dificuldades encontradas para a implantação da Ouvidoria do Servidor foram: a ampliação

dos recursos humanos e aquisição de espaço físico restrito para que o servidor se sinta seguro e

acolhido para registrar seus elogios, sugestões, reclamações e denúncias.

Esta Ouvidoria foi implantada em 2019, tendo o início de seus atendimentos aos servidores no

dia 28/10/2019 através do telefone 2020-1631 e presencial nesta Secretaria de Saúde, Rua Bahia,

280, Jd. Dos estados – Campo Grande/MS. A ouvidoria da Saúde – SESAU, atua em sistema de

rede de Ouvidorias, na qual está ligada a outras Ouvidorias, estas se comunicam e podem

encaminhar demandas entre elas, para uma melhor apuração.

A Ouvidoria Geral de Campo Grande (Controladoria-Geral de Fiscalização e Transparência -

CMG) regulamentada pelo decreto 13.171 de 25 de maio de 2017 e suas atualizações, é uma das

quais compõem a rede de Ouvidorias, a Ouvidoria Geral –CMG tem em sua estrutura a Ouvidoria do

Servidor implantada em julho de 2017.

A Ouvidoria Geral do Servidor – CMG recepcionava as demandas e as encaminhava às

ouvidorias descentralizadas para apuração, a Ouvidoria da Saúde – SESAU, recebia, apurava e

respondia as demandas. Posteriormente em 2018 houve a necessidade da alteração de

competências da Ouvidoria da Saúde – SESAU e incorporação de novas funções, uma das

alterações propostas e publicadas no decreto 13.529, de maio de 2018, diz respeito a competência

da Ouvidoria da Saúde: receber todo tipo de manifestação (reclamação, sugestão, denúncia,

Page 306: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

306

solicitação, elogio e pedido de Informação) e realizar o manejo das mesmas (classificação,

encaminhamento, monitoramento e resposta). Ressalta-se que aqui não restringe a figura do

demandante, este pode ser: usuário, trabalhador, fornecedor, prestador de serviço, dentre outros. O

que fica delimitado é o conteúdo/assunto da demanda, que deve ser assunto relacionado a

“atividades desenvolvidas pela rede municipal de saúde”. Está prevista também a “descentralização

de Ouvidoria”, ou seja, implantação de uma rede capaz de receber, apurar as demandas recebidas.

Em 2018 foram realizadas reuniões com o fim de implantar esta estrutura voltada a atender

demandas do servidor.

Após esta regulamentação foi iniciado atendimento na Ouvidoria do servidor em 28 de outubro

de 2018. Na mesma legislação no Art. 10, Parágrafo único, ressalta: “A Ouvidoria da Saúde não tem

caráter administrativo, executivo, judicativo ou deliberativo, exercendo o papel mediador nas

relações envolvendo as instâncias da Rede Municipal de Saúde e os integrantes das comunidades”.

A Ouvidoria da Saúde tem papel de escuta qualificada e não adentra em competências de outras

instâncias. Ressaltamos ainda que a Ouvidoria da Saúde-SESAU verificou necessidade de

regulamentação sobre o assunto, apresentou proposta, a qual foi aprovada, sendo publicado dia 5

de novembro de 2020 no DIOGRANDE n. 6.110, pelo DECRETO n. 14.512, DE 30 DE OUTUBRO

DE 2020.

Page 307: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

307

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para melhoria no

padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 3 – Aprimorar medidas preventivas e corretivas nos processos da gestão em saúde

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Implantar plano

de manutenção

preventiva e corretiva

de equipamentos da

rede própria. (Nº

absoluto)

Descrição:

Plano de manutenção preventiva e corretiva de

equipamentos da rede própria implantado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Plano de manutenção preventiva e corretiva de

equipamentos da rede própria implantado

Linha de Base:

0

Setor Responsável: LOGÍSTICA E MANUTENÇÃO

Análise Situacional

A avaliação quanto as qualidades dos equipamentos médicos hospitalares dependem do

envolvimento de todos os setores que utilizam tais equipamentos, pois há uma grande

rotatividade entre as unidades, alto índice de quebras e também de inclusão de novos

equipamentos de determinadas áreas.

O Plano de Manutenção Preventiva e Corretiva de equipamentos da rede própria tem como

objetivo planejar e sistematizar a manutenção preventiva, a calibração e os testes de segurança

elétrica dos equipamentos médicos para garantir o funcionamento perfeito dos mesmos com

intuito de alcançar os objetivos de qualidade no atendimento aos pacientes de forma eficiente e

segura.

Temos cadastrados como ativos (que são de conhecimento da Divisão de manutenção de

Equipamentos por trânsito em manutenção preventiva ou corretiva), 3859 equipamentos

distribuídos entre vários tipos sendo os principais: ultrassom, raio x, autoclaves, seladoras,

eletrocardiógrafos, câmaras frias, monitores multiparâmetros, compressores para ar medicinal,

entre outros.

No ano de 2017 e 2018 houve um esforço para a continuidade dos contratos existentes, se

mantendo todos os existentes conforme informado na programação anual de saúde.

O processo de implantação do Planejamento e Controle de Manutenção pode mudar de

acordo com o segmento da indústria ou empresa. Porém, a sistemática e o fundamento de

implantação sempre serão os mesmos em qualquer segmento. O problema maior é que montar

Page 308: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

308

um plano de manutenção preventiva de forma eficiente requer uma quantidade considerável de

informações sobre o processo de produção, sobre os ativos e diversos outros fatores. Sem essas

informações não conseguiremos montar um plano de manutenção preventiva e

consequentemente diminuir o número de corretivas.

O valor estimado para anual para as contratualizados é estimado em de R$ 4.051.396,00.

Page 309: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

309

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para melhoria no

padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 3 – Aprimorar medidas preventivas e corretivas nos processos da gestão em saúde

ORIGEM

META INDICADOR

1

2- Implantar plano

de manutenção

preventiva e corretiva

de equipamentos de

informática para as

unidades da SESAU.

(Nº absoluto)

Descrição:

Plano de manutenção preventiva e corretiva de

equipamentos de informática para as unidades da SESAU

implantado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Plano de Manutenção Preventiva e Corretiva de

equipamentos de informática para as unidades da SESAU

implantado

Linha de Base

0

Setor Responsável: TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO

Análise Situacional

Em 2017 foi feito o inventário do parque tecnológico da SESAU que resultou em torno de 3.000

equipamentos distribuídos na REMUS e foi constatado a necessidade de implantação de um plano

de Manutenção Preventiva e Corretiva dos equipamentos o objetivo é reduzir o envelhecimento ou a

degeneração dos equipamentos, a garantia de um melhor estado técnico operacional dos

equipamentos, as atuações antes de os problemas aparecem.

Para a execução do Plano não há custos. O Plano de Manutenção Preventiva é um documento

que registra todas as atividades de manutenção preventiva, bem como a sua frequência,

periodicidade localização do equipamento. Manutenção Preventiva de TI é uma ação baseada em

uma análise prévia, feita de tempos em tempos, que objetiva evitar problemas que comprometam a

infraestrutura, encontrando potenciais erros e corrigindo-os antes que afetem o fluxo de trabalho.

Essa prevenção consegue manter os equipamentos e os sistemas funcionando perfeitamente,

o que minimiza desgastes e falhas. Isso evita a manutenção corretiva, que é aquela que acontece

após o problema, gerando custos.

Dentre as tarefas de manutenção preventiva de TI, podemos citar como exemplos: atualização

do sistema operacional; atualização de softwares; Atualização e verificação de antivírus; backup

(inclusive agendamento automático).

Page 310: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

310

Planejar proativamente atualizações e substituições de hardware evitam custos e mantem a

funcionalidade ininterrupta do sistema.

As ações preventivas são benéficas, há de se salientar que elas podem evitar prejuízos ou

mesmo tragédias, o que confirma o argumento citado no início do tópico.

Page 311: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

311

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 3 - Promover a produção e a disseminação do conhecimento científico e tecnológico, análise de

situação de saúde, inovação em saúde e a expansão da produção municipal contribuindo para melhoria no

padrão de gastos e sustentabilidade do SUS.

Objetivo 3 – Aprimorar medidas preventivas e corretivas nos processos da gestão em saúde

ORIGEM

META INDICADOR

3

3- Reduzir em 50%

o número de

solicitação de recoletas

laboratoriais de

materiais biológicos.

(%)

Descrição:

Proporção de solicitação de recoletas por pacientes

atendidos mensalmente. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de solicitações de recoletas por

exame do mês vigente

Denominador: Número total de exames realizados do

mês vigente

X100

Linha de Base

11

Setor Responsável: LABORATÓRIO

Análise Situacional

Recoleta é uma solicitação de nova coleta de material biológico (sangue e/ou urina) pelo

Laboratório Central Municipal que por algum dos motivos citados abaixo não atendem os critérios

de aceitações e rejeições de amostras estabelecidos no manual de coleta. Os motivos que levam a

uma solicitação de recoleta são: hemólise, lipemia, amostra coagulada, amostra insuficiente,

amostra inadequada, amostra de urina derramada, que invialibizam a análise laboratorial.

No ano de 2017, o índice estimado de solicitações de recoletas foi de 8,0%, porém não é um

dado fidedigno, os dados não eram tabelados. Desde janeiro de 2019, com a implantação do

sistema BI (Business Intelligence) no LABCEM, foi possível quantificar cada motivo de recoleta.

Dados fornecidos pelo BI de janeiro a agosto de 2019 indicam um índice médio de recoleta de

4.276 pacientes/mês que corresponde a 11,19% do total de 38.210 pacientes/mês atendidos. Os

dados do ano de 2018 serão viabilizados após atualização por parte da empresa responsável pelo

sistema de informatização laboratorial.

Implantar indicadores de qualidade dentro do laboratório é uma opção para diminuir a

insatisfação do usuário e custos. Para atingir a meta, a equipe técnica do laboratório oferece

treinamento contínuo para os profissionais que realizam a coleta de amostras biológicas. A grande

rotatividade dos profissionais que atuam diretamente na recepção, orientação do paciente e coleta

do material biológico são as dificuldades a serem consideradas para o alcance da meta. A equipe

Page 312: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

312

técnica do LABCEM disponibiliza os procedimentos operacionais padrões (POP) relacionados à

coleta, recepção, orientação ao paciente, critérios de aceitação e rejeição de amostras,

armazenamento e transporte de materiais biológicos.

Page 313: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

313

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 1 – Fortalecer a Política de Educação Permanente com foco na Humanização do atendimento

multiprofissional e com inovações nas práticas metodológicas.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Ampliar em até

120 vagas a oferta de

pós-graduações lato

sensu e stricto sensu

para trabalhadores do

SUS. (Nº absoluto)

Descrição:

Número de vagas de pós-graduações para trabalhadores

do SUS. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de vagas de pós-graduações para trabalhadores

do SUS.

Linha de base

40

Setor Responsável: EDUCAÇÃO PERMANENTE

Análise Situacional

O ano referência da análise situacional corresponde a 2017.

Faz-se importante a ampliação da oferta de vagas de pós-graduações, em virtude da

necessidade de aprimoramento dos processos de trabalho tanto no âmbito assistencial quanto na

gestão, sendo o parâmetro de referência a necessidade indicada pelas áreas técnicas.

Uma dificuldade para alcance da meta seria a pactuação com as instituições para atender

nossas necessidades

Existe previsão de contrapartida econômica através de convênios pactuados com as

instituições de ensino superior.

Faz-se importante a ampliação da oferta de vagas de pós-graduações, em virtude da

necessidade de aprimoramento dos processos de trabalho tanto no âmbito assistencial quanto na

gestão, sendo o parâmetro de referência a necessidade indicada pelas áreas técnicas.

Uma dificuldade para alcance da meta seria a pactuação com as instituições para atender

nossas necessidades. Existe previsão de contrapartida econômica através de convênios pactuados

com as instituições de ensino superior. “Em 2018, foram ofertadas 06 vagas para Residência Médica

em Saúde da Família e Comunidade (DIOGRANDE 5.137 DE 05/02/18 PAG 10). No ano de 2019,

foram ofertadas 150 vagas para especialização lato sensu titulada em “Cuidado às condições

Page 314: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

314

crônicas na Atenção Primária à Saúde” (edital

https://famed.ufms.br/files/2019/07/RTR__n_144__de_11_07_2019.pdf) e 40 vagas para Programa

de Residência Médica em Saúde da Família e Comunidade (DIOGRANDE 5.719 23/10/2019 PAG

11). E, em 2020 a meta anualizada programada é de 40 vagas, foram ofertadas 76 vagas para a

Residência Multiprofissional em Saúde da Família (DIOGRANDE 5.808 20/01/20 PAG 05)”.

Atualmente, o total de vagas disponibilizadas entre 2018 e até novembro de 2020 resultou em 272

vagas, superando a meta de 120 vagas do PMS 2018-2021.

Page 315: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

315

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 1 – Fortalecer a Política de Educação Permanente com foco na Humanização do atendimento

multiprofissional e com inovações nas práticas metodológicas.

ORIGEM

META INDICADOR

1

2- Implantar Política de

Integração Ensino-

Serviço e Educação

Permanente com a

certificação das

unidades no

Programa de

Certificação da

Qualidade do SUS -

Unidade de Saúde

Escola (USE). (Nº

absoluto)

Descrição:

Número de unidades ou serviços de saúde certificadas.

(Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de unidades ou serviços de saúde certificadas.

Linha de Base

0

Setor Responsável: EDUCAÇÃO PERMANENTE

Análise Situacional

A análise situacional do ano 2017 com a publicação do Contrato Organizativo de Ação Pública

Ensino-Saúde (COAPES) – (DIOGRANDE 4.934, página 2 – sexta-feira, 7 de julho de 2017 e do

Comitê Gestor Local do Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde – COAPES

(DIOGRANDE n. 5.324 página 16 – sexta-feira, 17 de agosto de 2018)

Em 2018 realizado mensalmente capacitação dos Gerentes e Representantes de Educação

Permanente quanto à resolução de certificação e seus requisitos para Certificação (Resolução

SESAU n. 417, DE 8 de outubro de 2018 que cria o Programa de Certificação da Qualidade de

Integração Ensino-Serviço e Educação Permanente denominado Certificado da Qualidade do SUS –

Unidade de Saúde Escola (USE) na Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande/MS

(DIOGRANDE n. 5.374 página 5 – terça-feira, 9 de outubro de 2018).

Em 2019 iniciou-se o processo de certificação.

Número de Unidades já certificadas por região em 2019: Região Anhanduizinho: 8; Região

Imbirussu: 2; Região Segredo: 3 e Região Lagoa: 4.

Page 316: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

316

A política de Integração Ensino-Serviço e Educação Permanente advém da Portaria

Interministerial nº 1.127/MEC/MS, de 04 de agosto de 2015, que instituas diretrizes para a

celebração dos Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), para o

fortalecimento da integração entre ensino, serviços e comunidade no âmbito do Sistema Único de

Saúde (SUS).

Trata-se de um dispositivo da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS),

ofertado aos atores do SUS (gestores, trabalhadores e usuários) e da Educação Superior da área da

saúde (gestores, docentes e estudantes) para promover processos participativos de construção da

formação e desenvolvimento profissional no e para SUS.

Este eixo parte do entendimento de que a Educação Permanente em Saúde (EPS) guarda uma

interface importante com o sistema de ensino. Levando em consideração o potencial formativo dos

serviços de saúde e a capacidade como contribuição, das instituições de ensino, destaca-se a

importância da articulação das ações de integração para redefinir e refletir sobre as práticas

docentes-assistencial.

Nesse sentido, este eixo agrupa as experiências que demonstram a relação entre as

instituições de ensino (docentes e estudantes), serviços de saúde (gestores, profissionais e

trabalhadores) e comunidade (usuários e cidadãos), como um espaço de aprendizagem nas

experiências de formação profissional.

As práticas de ensino e aprendizagem, na perspectiva da educação permanente em saúde,

têm como objetivo a produção de conhecimento, a partir dos problemas construídos na experiência

do cotidiano dos cenários de formação, que muitas vezes são os serviços de saúde e os territórios.

Neste processo colaborativo, a formação de profissionais para o SUS se beneficia com a

integração e a troca de experiências que acontece com os trabalhadores da assistência e da gestão,

e os estudantes, além de aprenderem com os professores, passam também a produzir

conhecimentos e práticas diretamente com os gestores, trabalhadores do serviço e os usuários. Os

processos de cuidado ajudando a formar profissionais e os processos de formação ajudando a

cuidar (Brasil, 2015).

Diante da Implantação da Política de Integração Ensino-Serviço e Educação Permanente com

a Certificação das Unidades no PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE DOS SUS –

UNIDADE DE SAÚDE ESCOLA (USE) os campos para a prática de atividades de ensino, pesquisa,

extensão, educação popular na área da saúde apresentarão qualidade nas boas práticas em gestão,

clínica, educação e controle social.

As dificuldades para o alcance da meta dizem respeito a mobilização dos interlocutores no

apoio para facilitar o diálogo entre as Instituições Formadoras (IFs) e a unidades de saúde; o

acompanhamento do preenchimento do plano de atividades e demais relatórios da integração

Ensino-Serviço; mediação de conflitos entre as IFs e as unidades de saúde; demandas da integração

ensino-serviço das unidades de saúde e IFs para os encaminhamentos corretos; o apoio das

unidades para a certificação afim de atingir os requisitos mínimos de excelência.

Não há impacto financeiro.

Page 317: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

317

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 1 – Fortalecer a Política de Educação Permanente com foco na Humanização do atendimento

multiprofissional e com inovações nas práticas metodológicas.

ORIGEM

META INDICADOR

1

3- Promover 140

capacitações na Política

de Humanização do

SUS para trabalhadores

do SUS. (Nº absoluto)

Descrição:

Número de capacitações na Política de Humanização do

SUS realizadas para trabalhadores do SUS. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de capacitações na Política de Humanização do

SUS realizadas para trabalhadores do SUS.

Linha de Base

0

Setor Responsável: EDUCAÇÃO PERMANENTE

Análise Situacional

Conforme o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003

para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a

saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. A

PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS.

A humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de

produção de saúde. Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a ampliação da sua

capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade compartilhada, da

criação de vínculos solidários, da participação coletiva nos processos de gestão e de produção de

saúde. Produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar, a PNH estimula a comunicação entre

gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de relações

de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que

inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos

usuários no cuidado de si. Incluir os trabalhadores na gestão é fundamental para que eles, no dia a

Page 318: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

318

dia, reinventem seus processos de trabalho e sejam agentes ativos das mudanças no serviço de

saúde.

Capacitar é um dos meios de fortalecer a educação permanente da SESAU e assim aprimorar

as práticas dos profissionais de saúde, sendo importante para garantir que atinjam os objetivos. Em

2018, as metas da PAS eram programadas em: ampliar as atividades de educação permanente em

saúde articuladas com movimento de práticas de educação popular em 30%, sendo assim a meta foi

superada em 100%. De acordo com a RAG 2018, nas práticas de educação popular em saúde as

metodologias dialógicas foram inseridas na agenda de educação permanente dos gerentes, no qual

foram inseridas a cada quadrimestre. Contudo, conforme relatório foram 72 capacitações (6 turmas

de educação permanentes dos gerentes/mês no ano) de educação permanente dos gerentes que

corresponde aos 100%. E, em avaliar os processos de educação permanente relacionado ao

desempenho dos participantes, incluindo gestores ministrantes e profissionais de saúde em 50%,

sendo realizado 300%. E, realizar capacitação dos ministrantes de educação permanente em

metodologias ativas de ensino aprendizagem em 40% sendo realizado 129,17%.

Conforme ofício N. 9.589/GACS/SESAU de 12 de novembro de 2020 em resposta aos

questionamentos do Conselho Municipal de Saúde, recebidos através do Ofício N.

8905/CMS/SESAU de 19 de outubro de 2020, referentes à 1ª Revisão do PMS 2018-2021 e

Programações Anuais de Saúde (PAS) 2020 e 2021 compatibilizadas à referida revisão, no ano de

2019: a meta anualizada do Plano na PAS 2019- Fortalecer o serviço de educação permanente e

práticas metodológicas (pág.18 PAS 2019). Para isso foi utilizado as seguintes ações: Ação 01:

Realizar apoio à gestão da educação permanente para a SESAU. Meta programada 100% -

Realizado 100%

Nº de capacitações 100.

Ação 02: Ofertar qualificação aos gestores do SUS.

Meta programada 50% - Realizado: 120%.

Nº de capacitações 06.

Ação 03: Realizar capacitações para ministrantes em educação permanente em metodologias

ativas de ensino aprendizagem no Grupo de Trabalho de Clínica e de Gestão.

Meta programada 04 – Realizado 04.

Nº de capacitações 04. Ainda no ano de 2019, a meta anualizada na PAS 2019 - Fortalecer a

política de gestão do trabalho e da educação na saúde, tiveram ações físicas como:

Ação 01: Realizar capacitação profissional introdutória para trabalhadores novos no serviço no

primeiro ano de ingresso.

Meta programada 50% - Realizado 100%. Em outra meta anualizada - Fortalecer a política de

educação permanente com foco na humanização do atendimento multiprofissional (pág. 27 RAG

2019), a ação representada:

Ação 01: Ampliar as atividades de educação permanente Articuladas com movimento em

práticas de educação popular em saúde.

Meta programada 04 – Realizado 03 capacitações.

Page 319: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

319

As metas anualizadas supracitas no ano de 2019 representam a 1° versão do PMS 2018-2021,

o que originou a seguinte meta do plano: “Promover 140 capacitações na política de humanização do

SUS para trabalhadores do SUS (nº absoluto)” e a meta anualizada para 2020 é “: Promover 50

capacitações na Política de humanização do SUS” que possui 07 ações físicas, sendo elas:

Ação 01: Cadastrar as ofertas de educação permanente no Sistema de Capacitação (SCAP).

Meta: 50. Foram cadastradas 74 capacitações, logo META ALCANÇADA.

Ação 02: Capacitar gestores das unidades de saúde. Meta 26: META NÃO ALCANÇADA

devido à pandemia. Logo a estratégia para o alcance da meta será a mudança da metodologia

presencial para as abordagens EaD.

Ação 03: Criar um banco de dados de docentes da SESAU para fins de treinamentos para

servidores e usuários. Meta 01. META NÃO ALCANÇADA.

Ação 04: Realizar capacitação da Rede da Pessoa com Deficiência para os servidores da rede

municipal de saúde. Meta 01. Capacitação programada para acontecer em dezembro 2020 (3º

quadrimestre).

Ação 05: Capacitar profissionais especialistas para implantar serviço de matricialmente na rede

de atenção à saúde. Meta 01. META ALCANÇADA.

Ação 06: ofertar educação permanente aos gerentes da atenção especializada. Meta 01 NÃO

ALCANÇADA. Logo a estratégia para alcance da meta será a mudança da metodologia presencial

para as abordagens EaD.

Ação 07: Ofertar capacitação aos profissionais dos serviços de radiologia da rede própria.

Meta 01. META ALCANÇADA. Logo, até novembro de 2020 foram realizadas 77 capacitações.

Considerando os anos de 2018 a novembro de 2020 e a meta do plano “Promover 140

capacitações na política de humanização do SUS para trabalhadores do SUS (nº absoluto)”

totalizaram 262 capacitações até a presente data, sendo assim a meta foi atingida antes de 2021.

Page 320: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

320

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 1 – Fortalecer a Política de Educação Permanente com foco na Humanização do atendimento

multiprofissional e com inovações nas práticas metodológicas.

ORIGEM

META INDICADOR

3

4-Promover 40

capacitações de

educação popular em

saúde para

trabalhadores do SUS.

(Nº absoluto)

Descrição:

Número de capacitações de educação popular em saúde

realizada para trabalhadores do SUS. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de capacitações de educação popular em saúde

realizada para trabalhadores do SUS.

Linha de base

02

Setor Responsável: EDUCAÇÃO PERMANENTE

Análise Situacional

Conforme o Ministério da Saúde a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP-

SUS), publicada em 19 de novembro de 2013, propõe metodologias e tecnologias para o

fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Trazer a educação popular para um plano

institucional significa muito para a construção do “SUS que queremos” em termos de universalidade,

integralidade, equidade e participação social.

Permite que se trabalhe na perspectiva da integralidade de saberes e de práticas, pois

proporciona o encontro com outros espaços, com outros agentes e com tecnologias que se colocam

a favor da vida, da dignidade e do respeito ao outro. Trabalhar com a educação popular em saúde

qualifica a relação entre os cidadãos, definidos constitucionalmente como sujeitos do direito à saúde,

pois pauta-se na subjetividade inerente aos seres humanos.

Capacitar é um dos meios de fortalecer a educação permanente da SESAU e assim aprimorar

as práticas dos profissionais de saúde, sendo importante para garantir que atinjam os objetivos.

Considerando que no RAG 2018 a primeira versão da meta no plano de acordo com as revisões

deram origem à meta “Promover 40 capacitações de educação popular em saúde para trabalhadores

do SUS” para 2020. Considerando RAG 2019, a meta era: Fortalecer a política de educação

permanente com foco na humanização do atendimento multiprofissional – ação física: ampliar as

atividades de educação permanente Articuladas com movimento em práticas de educação popular

Page 321: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

321

em saúde (pág. 27 do RAG 2019). Meta programada: 04 – Realizado 03 capacitações, não

alcançada. Sendo assim, em 2018 e 2019, obteve resultado de 03 capacitações. Em 2020, a meta

do plano “Promover 40 capacitações de educação popular em saúde para trabalhadores do SUS” e a

meta anualizada “Promover 20 capacitações de educação popular em saúde “e ação física “Realizar

capacitações de Educação Popular em Saúde”, meta: 20 e até novembro de 2020 não foram

realizadas capacitações devido à pandemia. Sendo assim, solicitamos manutenção da meta na PAS

2021 para que a meta seja alcançada, passando a ser: “Promover 37 capacitações de educação

popular em saúde para trabalhadores do SUS”.

Page 322: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

322

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 2 - Fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

1

1- Implantar a Política

Nacional de Saúde

do Trabalhador e da

Trabalhadora nos

municípios da

microrregião. (Nº

absoluto)

Descrição:

Política de Nacional de Saúde do Trabalhador e da

Trabalhadora implantada nos municípios da microrregião.

(Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Política de Nacional de Saúde do Trabalhador e da

Trabalhadora implantada nos municípios da microrregião

Linha de Base

9

Setor Responsável: SAÚDE DO TRABALHADOR

Análise Situacional

O CEREST Regional Campo Grande tem por função oferecer suporte técnico aos municípios

nas ações de promoção, prevenção e vigilância em saúde dos trabalhadores, sendo assim, buscou

promover o debate com os parceiros institucionais intra e intersetoriais a fim de fomentar ações

capazes de proporcionar o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador e da

trabalhadora nos municípios da microrregião de saúde.

A análise situacional foi feita em 2017, tendo como plano de trabalho um conjunto de ações

capazes de consolidar a vigilância na saúde dos trabalhadores na área de abrangência do CEREST,

tais como: capacitações em vigilância epidemiológica em saúde do trabalhador, oficina para atenção

básica, visitas técnicas e apoio matricial conforme Portaria 1823 de 08/2012. Em 2017 foi implantado

o plano em 09 municípios: Corguinho, Rio Negro, Bandeirantes, Terenos, Rochedo, Sidrolândia,

Ribas de Rio Pardo, Chapadão do Sul e Campo Grande.

O percentual de implantação do plano é de 70%, o ideal é de 100% o que se espera alcançar

até 2020. Os indicadores utilizados são o número de profissionais capacitados, melhoria nas

notificações de acidentes e agravos relacionados ao trabalho e ações desenvolvidas pelos

municípios, tais como: palestras, oficinas, visitas nas empresas e capacitações.

As dificuldades encontradas para implantação do plano referem-se à grande rotatividade dos

profissionais, tendo uma descontinuidade das ações e a desobrigação dos gestores locais.

Page 323: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

323

A implementação do plano significa cumprir a missão a qual é: contribuir como irradiador da

Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora na microrregião de Campo Grande, a partir do

suporte técnico aos municípios nas ações de vigilância e assistência à saúde dos trabalhadores

urbanos e rurais.

A implantação do plano significa garantir a efetividade das ações de saúde do trabalhador nos

municípios.

Page 324: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

324

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 2 - Fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

3

2- Reduzir em 80% as

vacâncias da Rede

Municipal de Saúde.

(%)

Descrição:

Proporção de vacâncias da Rede Municipal de Saúde. (%)

Metodologia de cálculo:

Numerador: Número de vacâncias da Rede Municipal de

Saúde

Denominador: Número de profissionais de saúde da

Rede Municipal de Saúde

X100

Linha de Base

56,4

Setor Responsável: GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO

Análise Situacional

Com base nos dados extraídos do Sistema de Informação da Folha de Pagamento da

Prefeitura Municipal de Campo Grande, referente aos anos de 2017 e 2018, verificamos uma

redução nas vacâncias da Rede Municipal de Saúde, em especial, na vacância por encerramento da

convocação dos médicos de 371 em 2017 para 28 em 2018.

Para melhor entendimento do conceito de vacância, recorremos ao Dicionário Aurélio que nos

traz: (1 - Estado de um lugar, de um cargo, que não está ocupado; vagatura. 2 - Tempo que dura

esse estado) e a Lei 190 de 11/12/1990 em seu Art. 33. a vacância do cargo público decorrerá de:

exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável.

A proposta de redução foi pontuada devido a problemática no atendimento com qualidade aos

usuários do Sistema Único de Saúde, tais como aumento de atestados médicos, sobrecarga dos

servidores que permanecem desempenhando suas funções gerando uma queda na qualidade do

atendimento.

Considerando que esta Secretaria prima pela qualidade no atendimento aos usuários, bem

como, melhorias nas condições de trabalho, foram desenvolvidos projetos de Valorização do

Servidor e o “Cuidar de quem Cuida”, além disso, estamos buscando mecanismos junto a Secretaria

de Gestão para realização de Concurso Público de Provas e Títulos específico da Sesau para

Page 325: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

325

otimizar a admissão de novos profissionais. Além do concurso, temos ainda as Convocações

médicas disponíveis no site da PMCG (http://www.campogrande.ms.gov.br/).

No ano de 2018 foram realizados Processos Seletivos para atender as demandas de urgência

da REMUS, nos cargos de: Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Cuidador em Saúde Mental,

Facilitador Social, Auxiliar Administrativo-Financeiro e Técnico de Radiologia que contribuiu para

melhor atendimento aos munícipes de Campo Grande.

Para atingir o mínimo do ideal, seria necessário realizar pelo menos a reposição das

vacâncias, considerando que a Secretaria trabalha com duas vertentes para a admissão, que são as

vacâncias planejadas e não planejadas e as expansões das Unidades de Saúde e serviços.

Estamos enfrentando algumas dificuldades para o cumprimento da meta, tais como a grave

crise financeira, a baixa procura por parte dos profissionais médicos e ainda a falta de autonomia da

Sesau para admissão de novos profissionais através do Processo Seletivo e Concurso. Destacamos

a competência da Secretaria em realizar o levantamento das necessidades e encaminhar ofício à

Secretaria de Gestão, que após análise criteriosa, repassa a solicitação para Secretaria de Finanças.

Podemos observar que há um longo caminho ao percorrer, passando pelo crivo dos gestores

superiores à SESAU e posteriormente demandada a solicitação integral ou parcialmente.

Empenhados em alcançar a meta de reduzir as vacâncias buscamos otimizar o fluxo de

solicitações e acessibilidade ao Portal da PMCG para uma melhor adesão dos profissionais

médicos e demais categorias.

Em relação ao impacto financeiro, em 2017 tivemos 602 desligamentos, uma redução de 80%

teria um impacto de R$1.210.542,32. Considerando o expressivo índice de profissionais médicos

admitidos em regime de contrato temporário para suprir as necessidades da rede de assistência à

saúde, sendo que estas contratações são regidas pelo Decreto n. 12.228, de 18 de novembro de

2013, que traz no art. 2º - “A convocação será efetivada pelo prazo de até 6 (seis) meses,

permitida a sua renovação”.

Assim, diante deste cenário que eleva o número de vacâncias devido ao término do contrato de

trabalho, foi publicado e homologado o Concurso Público de Provas e Títulos SESAU/2019 para

preenchimento das vagas oriundas de vacâncias, término de contratos temporários e expansão na

carta de serviços ofertada pela Secretaria Municipal de Saúde.

Podemos citar que no concurso foram ofertadas 280 (duzentos e oitenta) vagas para o cargo

médicos em diversas áreas de atuação, sendo que atualmente foram convocados 316 (trezentos e

dezesseis) profissionais médicos para integrar o quadro efetivo da Secretaria Municipal de Saúde.

Entretanto, ressaltamos que o referido certame abrangeu outras categorias profissionais que

fazem parte do quadro efetivo de servidores da SESAU, com os cargos de Enfermeiros (100 vagas),

Farmacêuticos (10 vagas), Fonoaudiólogos (07 vagas), Médicos Veterinários (05 vagas), Assistentes

de Serviços de Saúde (100 vagas), Técnicos de Enfermagem (100 vagas), Técnicos de Imobilização

Ortopédica (02 vagas), Técnicos de Laboratório (05 vagas), Técnicos em Prótese Dentária (01 vaga),

Técnicos Radiologia (10 vagas), Técnicos em Saúde Bucal (01 vagas), Técnicos Especializados –

Equipamentos Odontológicos (02 vagas) e Auxiliar de Saúde Bucal (10 vagas), com o rol de cargos

Page 326: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

326

disponíveis para chamadas, estamos realizado constantes chamada dos novos profissionais

aprovados para substituições das vacâncias decorrente exoneração, aposentadoria ou ampliação

dos serviços prestados.

Page 327: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

327

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 2 - Fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

1

3- Implantar o “Projeto

Cuidar de Quem

Cuida”. (Nº absoluto)

Descrição:

“Projeto Cuidar de Quem Cuida” implantado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

“Projeto Cuidar de Quem Cuida” implantado.

Linha de Base

1

Setor Responsável: SAÚDE DO SERVIDOR

Análise Situacional

A análise situacional se refere a 2016.

Com um grande número de servidores afastados para tratamento médico, sendo o maior

número relacionado à saúde mental e para minimizar esses números, surgiu o Projeto Cuidar de

Quem Cuida, com o objetivo de prevenir agravamentos, através da demanda gerada pelo projeto

“GERSAU AQUI”.

Foi implantado em agosto de 2017, no espaço físico da Psiquiatria e saúde mental

(ambulatório em saúde Mental) do Centro de Especialidades Médicas – CEM, com o intuito de

prevenir agravamentos e identificar as consequências destes quando acontecem, estabelecendo

quando possível, o nexo entre o adoecimento mental, da demanda gerada pelo projeto “GERSAU

AQUI”.

Tem como objetivo proporcionar atendimento em saúde mental aos trabalhadores, com opções

de horários alternativos (horário estendido na segunda, quinta, sexta das 17h às 21h e sábado das

07h às 11h) no sistema de plantão de 4 horas, para que os trabalhadores em saúde possam ser

acompanhados e assistidos, sem prejuízo ao desempenho de suas funções nas unidades e serviços

de saúde.

Os atendimentos são realizados de forma individual, com base na psicoterapia breve.

Contando, para isso, com profissionais da área de Psicologia, que já fazem parte da rede municipal

de saúde e possuem experiência com saúde mental.

O impacto financeiro diz respeito aos plantões, sendo o valor totalizado no ano de 2017 de

13.652,34. O Projeto Cuidar de Quem Cuida iniciou em 2017, de forma experimental e foi implantado

Page 328: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

328

em 2018, com suas metas sendo ampliadas nos anos seguintes. Em 2020, com a necessidade de

ampliar as possibilidades de escuta qualificada e cuidar da saúde mental dos servidores lotados na

SESAU, e que estão na linha de frente durante a Pandemia do Corona vírus (COVID-19), foi

ampliada a oferta de atendimentos psicológicos em 300%, passando de 5 para 8 profissionais de

psicologia e 1 profissional de psiquiatria, e consequentemente a diminuição da fila de espera de

100% para 25%.

Page 329: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

329

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 4 – Promover, para as necessidades do SUS, a formação, a educação permanente, a

qualificação, a valorização dos trabalhadores, a desprecarização e a democratização das relações de

trabalho.

Objetivo 2 - Fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

ORIGEM

META INDICADOR

3

4- Ampliar em 25% os

atendimentos do

“Projeto Cuidar de

quem Cuida”. (%)

Descrição:

Número de atendimentos do “Projeto Cuidar de quem

Cuida”. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de atendimentos do “Projeto Cuidar de quem

Cuida”.

Linha de Base:

115

Setor Responsável: SAÚDE DO SERVIDOR

Análise Situacional

O projeto Cuidar de quem Cuida foi implantado em agosto de 2017, no espaço físico da

Psiquiatria e saúde mental (ambulatório em saúde Mental) do Centro de Especialidades Médicas -

CEM com o intuito de prevenir agravamentos e identificar as consequências destes quando

acontecem, estabelecendo quando possível, o nexo entre o adoecimento mental, da demanda

gerada pelo projeto “GERSAU AQUI”. O número de atendimento em 2017 foi de 115.

Em 2018, foi ampliado o número de psicólogos de 4 para 5. Com isso passou a ter 25

servidores atendidos semanalmente e aproximadamente 100 sessões de psicoterapia mensais. Com

opções de horários alternativos estendido na segunda, quarta, quinta, sexta das 17h às 21he sábado

das 07h às 11h. Com um número de 10 a 12 sessões por servidor, o número de atendimento em

2018 foi de 662.

Com o intuito de diminuir a fila de espera para atendimento é necessário à ampliação do

atendimento para 25%, com mais um profissional da área de psicologia, passando de 25 para 30

servidores (25% de ampliação, em comparação ao ano anterior) e consequentemente a diminuição

da fila de espera de 50% para 25%.

O impacto financeiro diz respeito ao plantão, sendo o valor unitário anual de 17.314,00.

Page 330: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

330

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 5 - Fortalecer as instâncias do controle social e garantir o caráter deliberativo dos conselhos de

saúde.

Objetivo1 - Fomentar os canais de interação do Controle Social do SUS.

ORIGEM

META INDICADOR

3

1- Consolidar 50% dos

conselhos locais

existentes nas

unidades da rede

própria de

assistência à saúde.

(%)

Descrição:

Número de conselhos locais de saúde da rede própria

funcionando regularmente. (N° absoluto)

Metodologia de cálculo:

Número de conselhos locais de saúde da rede própria

funcionando regularmente

Linha de Base

70

Setor Responsável: APOIO AO CONTROLE SOCIAL

Análise Situacional

Os Conselhos Locais de Saúde são a instância máxima deliberativa e de participação da

comunidade na área de abrangência de cada Unidade de Saúde, atuando no planejamento, na

cogestão, na fiscalização e exercendo atuação descentralizada, possibilitando a proximidade da

comunidade, da dinâmica dos serviços de saúde e na interação com as demais organizações do

bairro.

Os conselhos locais são instancias colegiadas integrantes da estrutura do Conselho Municipal

de Saúde e que sua ampliação não depende apenas da gestão, uma vez que este é formado por

três segmentos (usuário, trabalhador e gestor), conforme Regimento Interno aprovado pela

deliberação n° 540/2016/CMS, publicado no DIOGRANDE n° 4710 de 27/10/16

Em 2017, conforme a Deliberação 589/2018/CMS de 11/06/17, publicada no DIOGRANDE n°

4976 de 18/08/17, aprovou a nomeação dos conselheiros locais de saúde das Unidades, em seu

anexo 1, foram instituidos 70 conselhos locais.

Em 2019 foram instituidos 2 novos CLS, UBSF Vila Cox, UBSF Oliveira. Totalizando 72

Conselhos Locais das unidades da rede própria.

Conforme informações do Conselho Municipal de Saúde, em Agosto/2019, existem Conselhos

Locais em todas as Unidades da Rede própria de assistência à Saúde. O maior desafio na

efetividade destes conselhos é o comprometimento dos representantes dos três segmentos, que

pode ser superado por meio da consolidação.

Page 331: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

331

Entende-se que consolidar os Conselhos Locais é assegurar seu funcionamento, o que nos

permite reconhecer a participação social como uma das diretrizes do SUS, incorporando a

concepção de que a participação da comunidade é fundamental para o exercício da democracia e

para a efetivação das Políticas Públicas de Saúde.

Para mensurar esta meta o parâmetro a ser utilizado será o total de conselhos existentes e sua

rela funcionalidade.

O impacto financeiro será de R$ 6.000,00 ao ano.

Page 332: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

332

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 5 - Fortalecer as instâncias do controle social e garantir o caráter deliberativo dos conselhos de

saúde.

Objetivo1 - Fomentar os canais de interação do Controle Social do SUS.

ORIGEM

META INDICADOR

3

2- Instituir o colegiado

do segmento gestor.

(Nº absoluto)

Descrição:

Colegiado do segmento gestor instituído. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Colegiado do segmento gestor instituído

Linha de Base:

0

Setor Responsável: APOIO AO CONTROLE SOCIAL

Análise Situacional

Em 2017, haviam sido instituídos apenas os Fóruns dos usuários, conforme o Regimento

Interno do Fórum dos Usuários - FUSUS, publicado no DIOGRANDE nº 4666 de 31/08/16 e o Fórum

Municipal dos Trabalhadores em Saúde – FOMTS, de 20/02/2017.

O maior desafio é garantir a representatividade nos três segmentos, uma vez que os Fóruns

dos Usuários e dos trabalhadores são instâncias já instituídas com duração indeterminada, conforme

Regimento Interno de cada Fórum.

Compreende-se que instituir o colegiado garantirá espaço de diálogo, de aproximação e de

articulação aos representantes, efetivando-se a representatividade do segmento.

Para mensurar esta meta o parâmetro a ser utilizado será a criação do colegiado.

Page 333: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

333

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

Diretriz 5 - Fortalecer as instâncias do controle social e garantir o caráter deliberativo dos conselhos de

saúde.

Objetivo1 - Fomentar os canais de interação do Controle Social do SUS.

ORIGEM

META INDICADOR

2

3-Elaborar plano de ação

para fortalecimento dos

conselhos locais de

saúde - segmento gestor

(Nº absoluto)

Descrição:

Plano de ação para o fortalecimento dos conselhos locais

de saúde – segmento gestor elaborado. (Nº absoluto)

Metodologia de cálculo:

Plano de ação para fortalecimento dos conselhos locais

de saúde – segmento gestor elaborado

Linha de Base:

0

Setor Responsável: APOIO AO CONTROLE SOCIAL

Análise Situacional

A participação do representante do segmento gestor é apontada pelo Conselho Municipal de

Saúde, como um dos desafios para a efetividade do controle social que é representado por meio dos

conselhos locais de saúde.

Desenvolver estratégias de estímulo para a atuação deste representante no que concernem os

serviços de saúde, efetivamente difunde a prática da gestão participativa por meio do controle social

e permite alcançar plenamente a concretização do SUS.

Elaborar o plano de ação para fortalecimento dos Conselhos Locais de Saúde - Segmento

Gestor, permitirá definir o processo de trabalho, possibilitando que o representante do referido

segmento, participe das reuniões, mobilize e articule, fortalecendo assim o controle social na defesa

dos princípios constitucionais que fundamentam o SUS.

Para mensurar esta meta o parâmetro a ser utilizado será plano de ação para fortalecimento

dos Conselhos Locais de Saúde – Segmento Gestor elaborado.

Page 334: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

334

3.5 METAS DE INVESTIMENTO – Plano Plurianual (PPA) 2018-2021

O ciclo de elaboração e planejamento no SUS precisa estar harmonizado

com o do planejamento de governo, para permitir que haja sincronia das políticas de

saúde com as demais políticas governamentais.

O ciclos de planejamento são compostos por instrumentos, quais sejam:

de Planejamento do SUS – Plano Municipal de Saúde (PMS); Programação Anual

de Saúde (PAS) e Relatório de Gestão (RAG) e de planejamento de governo —

Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária

Anual (LOA).

De acordo com a Lei Complementar 141 de 13 de janeiro de 2012, o

processo de planejamento e orçamento deve ser ascendente e deverá partir das

necessidades de saúde da população em cada região, com base no perfil

epidemiológico, demográfico e socioeconômico, para definir as metas anuais de

atenção integral à saúde e estimar os respectivos custos.

Neste sentido, o Plano de Saúde (PS), instrumento central do

planejamento do SUS, que define e explicita iniciativas e compromissos para o setor

saúde, deve guardar compatibilização com o Plano Plurianual (PPA), ponto de

partida da administração pública, que estabelece metas relativas às despesas de

capital e aos gastos decorrentes.

Conforme disposto na 1ª edição revisada do Manual de Planejamento no

SUS de 2016, os instrumentos de planejamento da saúde devem orientar, no que se

refere à política de saúde, a elaboração dos instrumentos de planejamento de

governo, definidos a partir do art. 165 da Constituição Federal, nos quais os

investimentos são expressos em programa, objetivo, iniciativa, meta iniciativa e

previsão orçamentária.

Em outras palavras o Plano Plurianual tem como norteador o Plano

Municipal de Saúde, conforme orientado pela legislação, que dispõe o Plano de

Saúde como o instrumento de base para a elaboração, execução, o

acompanhamento, a avaliação e o exercício da gestão do sistema de saúde em

cada esfera de governo.

O PPA é o instrumento de planejamento governamental que define

diretrizes, objetivos e metas da administração pública municipal com o propósito de

Page 335: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

335

viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas, orientar a definição de

prioridades e auxiliar na promoção do desenvolvimento sustentável.

Inicialmente na tentativa de garantir a compatibilização entre o Plano de

Saúde e o Plano Plurianual, em 2017 foram inseridas como “Metas de Investimento”,

o Rol de metas do PPA, no PMS 2018-2021, no entanto ainda que se correlacione

com o Plano de Saúde, por se tratar de instrumento de planejamento com ciclo e

periodicidade de elaboração distintos, deve ser monitorado e avaliado através do

ciclo de planejamento de governo (PPA, LOA, LDO), considerando-se suas

respectivas revisões.

O Plano Plurianual vigente, está disposto na Lei n. 5.949, de 29 de

DEZEMBRO DE 2017, publicado no Diário Oficial de Campo Grande (DIOGRANDE)

n. 5.106 - quinta-feira, 4 de janeiro de 2018.

Page 336: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

336

4. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O Plano de Saúde é a base para a execução, o acompanhamento, a

avaliação da gestão do sistema de saúde em cada esfera de gestão, e contempla

todas as áreas da atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade dessa

atenção.

De acordo com a Portaria nº 2.135/2013, na elaboração do Plano de

Saúde deve ser definido o processo de monitoramento e avaliação deste.

A avaliação do Plano, no final da sua vigência, assim como no

monitoramento (anual), deverá guardar estreita relação com as diretrizes, objetivos e

metas definidas quando da sua elaboração.

O monitoramento do SUS é o acompanhamento dos compromissos

(objetivos, metas, ações e indicadores), explicitados nos Instrumentos Básicos do

Planejamento do SUS (Plano de Saúde, Programações Anuais de Saúde e

Relatórios de Gestão) e nos pactos firmados entre os entes federativos. Enquanto

processo sistemático e contínuo que, ao produzir informações sintéticas e em tempo

eficaz, permite a rápida avaliação situacional e a intervenção oportuna que confirma

ou corrige as ações monitoradas.

Embora o Plano de Saúde, seja um instrumento com vigência de 4 anos,

elaborado no 1º ano de uma gestão para início de vigência no 2º ano desta, deve ser

monitorado anualmente, através do desempenho das suas metas, sendo

qualificadas a partir dos indicadores que facilitam o seu monitoramento.

Desta forma o monitoramento mostra-se como importante estratégia no

processo de avaliação, com registros sistemáticos (anuais), com relação ao alcance

das metas propostas, podendo indicar mudanças de rumo, com inclusão de novas

ações, nas Programações Anuais de Saúde.

Neste, sentido reforça-se o Relatório de Gestão como principal ferramenta

de acompanhamento da gestão na saúde, do âmbito do planejamento, conforme

item IV do art. 4º da Lei Nº 8.142/90, referenciado também na Lei Complementar

141/2012 e Portaria 575/2012 do Ministério da Saúde, tem a finalidade de

apresentar os resultados alcançados com a execução da Programação Anual de

Saúde, orientar a elaboração da nova programação, bem como eventuais

redirecionamentos que se fizerem necessários no Plano de Saúde, cabendo

assim, revisá-lo anualmente.

Page 337: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

337

Sendo assim, o monitoramento é um requisito imprescindível para que o

exercício da avaliação possa ser um instrumento que subsidia a gestão com

informações simples e em quantidade adequada para a tomada de decisão e com

periodicidade que permita reação no desempenho do Plano dentro de um ciclo de

execução.

A avaliação do Plano tem importância estratégica para o

aperfeiçoamento da gestão, da resolubilidade das ações e serviços de saúde

prestados à população e para a implementação e consolidação do Sistema de

Planejamento do SUS.

Desta forma, o monitoramento e a avaliação são práticas importantes na

busca de melhorias da qualidade das ações e serviços de saúde, devendo

retroalimentar o planejamento com informações que permitam os ajustes

estratégicos necessários fundamentando a tomada de decisão.

Busca-se então, essencialmente, induzir a adoção do monitoramento e

avaliação como procedimentos de rotina, habituais e cotidianos na rede, com

resultados que contribuam e repercutam em termos de melhoria e aperfeiçoamento

da própria gestão, assim como das ações e serviços prestados à população.

Page 338: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

338

5. INDICADORES DA PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA

A Resolução nº 08, de 24/11/16 da Comissão Intergestores Tripartite –

CIT dispôs sobre o processo de pactuação interfederativa de indicadores para o

período 2017-2021, a partir das prioridades nacionais em saúde, definindo fluxos

para o processo.

A pactuação de indicadores reforça as responsabilidades do gestor, em

função das necessidades de saúde da população e fortalece a integração dos

instrumentos de planejamento do Sistema Único de Saúde, devendo as metas ser

definidas a cada ano.

Abaixo segue relação dos indicadores instituídos pela referida resolução, os

quais foram propostas metas para 22 deles, sendo apresentadas durante 276ª

Reunião Ordinária da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) em 25 de abril de 2019 e

pactuadas na 277ª Reunião da Comissão Intergestores Bipartite de 24 de Maio de

2019, excetuando-se da Resolução nº 08 apenas o indicador específico E7, Número

de casos autóctones de malária (nº absoluto), por não se tratar de área endêmica

para a patologia.

INDICADOR 1

Mortalidade prematura (de 30 a 69 anos) pelo conjunto das 4 principais DCNT

(doenças do aparelho circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias

crônicas). (/100.000)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Contribuir para o monitoramento da mortalidade por doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT), que representam a maior causa de óbitos em todo o país.

Além de ser um importante parâmetro para planejamento e pactuação de serviços

de saúde, em todos os níveis de atenção, voltados aos portadores de doenças

crônicas.

Page 339: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

339

INDICADOR 2

Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) investigados.

(%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Permite detectar casos de óbitos maternos não declarados ou descartar, após

investigação, a possibilidade dos óbitos dessas mulheres terem sido maternos,

independente da causa declarada no registro original. Possibilita, também,

identificar fatores determinantes que originaram o óbito materno, com o objetivo de

apoiar aos gestores locais na adoção de medidas direcionadas a resolver o

problema, que possam evitar a ocorrência de eventos similares.

INDICADOR 3

Proporção de registro de óbitos com causa básica definida. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Possibilita a inferência sobre a qualidade das informações relativas às causas de

mortalidade, pela aferição da participação proporcional dos óbitos com causa

definida no total de óbitos não fetais notificados.

INDICADOR 4

Proporção de vacinas selecionadas do Calendário Nacional de Vacinação

para crianças menores de dois anos de idade - Pentavalente (3ª dose),

Pneumocócica 10 – valente (2ª dose), Poliomielite (3ª dose) e Tríplice viral (1ª

dose) – com cobertura vacinal preconizada. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

As vacinas selecionadas estão voltadas para o controle de doenças de significativa

importância, sendo fundamental a manutenção de elevadas e homogêneas

coberturas vacinais como estratégia para manter e ou avançar em relação à

situação atual:

A vacina Pentavalente, que previne a difteria, tétano, coqueluche e infecções

por Haemophilus influenzae tipo B e hepatite B;

A vacina Pneumocócica 10-valente, que previne as infecções causadas pelo

pneumococo, responsável por doenças com elevadas cargas de mortalidade

e morbidade na população infantil;

A vacina poliomielite, para a prevenção da doença do mesmo nome, em fase

de erradicação global; e,

A vacina tríplice viral, para a prevenção do sarampo e rubéola, doenças com

compromisso de eliminação na região das Américas.

Page 340: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

340

INDICADOR 5

Proporção de casos de doenças de notificação compulsória imediata (DNCI)

encerrados em até 60 dias após notificação. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Este indicador representa a capacidade de detecção de eventos de saúde pública e qualifica a informação, sendo relevante, pois envolve todas as doenças e agravos que são de notificação compulsória imediata, cujas medidas de prevenção e controle estão previstas. Permite avaliar e monitorar a capacidade de resolução das investigações de casos registrados e a atualização do Sinan.

INDICADOR 6

Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos

das coortes. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Possibilita a inferência sobre a qualidade do atendimento dos serviços de saúde à

pessoa acometida pela hanseníase, expressando a efetividade desses serviços em

assegurar a adesão ao tratamento até a alta. É de grande relevância, uma vez que

a cura se refletirá na redução dos focos de contágio da doença e contribuirá para

prevenção das incapacidades físicas. Nesse contexto, chama-se atenção para o

custo elevado dos programas de reabilitação, que oneram a gestão, restringindo o

investimento em ações preventivas.

INDICADOR 8

Número de casos novos de sífilis congênita em menores de um ano de idade.

(nº absoluto)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

O indicador objetiva mensurar e monitorar os novos casos de sífilis congênita em

menores de um ano de idade e expressa a qualidade do pré-natal, uma vez que a

sífilis pode ser diagnosticada e tratada em duas oportunidades: durante a gestação

e durante o parto. O tratamento da gestante reduz a probabilidade de transmissão

vertical da sífilis e, consequentemente, a sífilis congênita.

Page 341: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

341

INDICADOR 9

Número de casos novos de AIDS em menores de 5 anos. (nº absoluto)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Expressa o número de casos novos de AIDS na população de menores de 5 anos

de idade, residente em determinado local, no ano considerado, medindo o risco de

ocorrência de casos novos de AIDS nessa população.

INDICADOR 10

Proporção de análises realizadas em amostras de água para consumo

humano quanto aos parâmetros coliformes totais, cloro residual livre e

turbidez. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Avalia a proporção de amostras de água analisadas conforme determinado pela

Diretriz Nacional do Plano de amostragem da Vigilância da Qualidade da Água para

Consumo Humano, inferindo na qualidade da água consumida pela população.

INDICADOR 11

Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 64

anos na população residente de determinado local e a população da mesma

faixa etária. (Razão)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Análise de variações geográficas e temporais no acesso a exames preventivos para

câncer do colo do útero da população feminina na faixa etária de 25 a 64 anos,

identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e

estudos específicos. O principal método e o mais amplamente utilizado para

rastreamento de câncer do colo do útero é o teste de Papanicolau (exame

citopatológico do colo do útero) para detecção das lesões precursoras. Com uma

cobertura da população alvo de no mínimo 80% e a garantia de diagnóstico e

tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir em média 60% a

90% da incidência de câncer invasivo de cérvix na população (WHO, 2002). A

rotina preconizada no rastreamento brasileiro, assim como nos países

desenvolvidos, é a repetição do exame de Papanicolau a cada três anos, após dois

exames normais consecutivos no intervalo de um ano, em mulheres de 25 a 64

anos.

Page 342: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

342

INDICADOR 12

Razão de exames de mamografia de rastreamento realizados em mulheres de

50 a 69 anos na população residente de determinado local e população da

mesma faixa etária. (Razão)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Medir o acesso e a realização de exames de rastreamento de câncer de mama

pelas mulheres de 50 a 69 anos. Estima-se que cerca de 25% a 30% das mortes

por câncer de mama na população entre 50 e 69 anos podem ser evitadas com

estratégias de rastreamento populacional que garantam alta cobertura da

população-alvo, qualidade dos exames e tratamento adequado (WHO, 2008).

A mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos preconizados

para o rastreamento de câncer de mama na rotina de atenção integral à saúde da

mulher. Preconiza-se a realização da mamografia em mulheres de 50 a 69 anos de

02 em 02 anos.

INDICADOR 13

Proporção de parto normal no Sistema Único de Saúde e na Saúde

Suplementar. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Avaliar o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao parto, supondo que

uma boa assistência aumente o percentual de partos normais. Analisa variações

geográficas e temporais da proporção de partos normais, identificando situações de

desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos. Contribui

na análise da qualidade da assistência ao parto e das condições de acesso aos

serviços de saúde, no contexto do modelo assistencial adotado. Subsidiar

processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde

voltadas para a atenção à saúde da mulher e da criança. Destacar a necessidade

de articulação de estratégias para redução do parto cesáreo entre os gestores do

SUS e gestores dos planos privados de saúde, mediada pela regulação da Agência

Nacional de Saúde Suplementar.

Page 343: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

343

INDICADOR 14

Proporção de gravidez na adolescência entre as faixas etárias 10 a 19 anos. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Monitorar a tendência da gravidez de adolescente de 10 a 19 anos no Brasil com o

objetivo de nortear as ações de saúde nas unidades básicas, escolas (programa

saúde na escola) e maternidades no território. Subsidiar processos de

planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para a promoção da

saúde sexual e saúde reprodutiva de adolescentes.

INDICADOR 15

Taxa de mortalidade infantil. (/1.000)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Monitorar a assistência pré-natal, a vinculação da gestante ao local de ocorrência

do parto evitando a sua peregrinação e as boas práticas durante o atendimento ao

parto e nascimento e a qualidade da atenção hospitalar ofertada a crianças

menores de 1 ano. É importante acompanhar a Taxa de Mortalidade Infantil e seus

componentes, pois a taxa de mortalidade neonatal vem caindo em menor

velocidade comparado a mortalidade infantil pós-neonatal, especialmente nos

estados das regiões norte e nordeste. A mortalidade neonatal precoce representa

de 60 a 70% da mortalidade infantil, sendo que 25% destas mortes ocorrem no

primeiro dia de vida. No período neonatal concentram-se riscos biológicos,

ambientais, socioeconômicos e culturais, havendo necessidade de cuidados

especiais; com atuação oportuna, integral e qualificada de proteção social e de

saúde, direitos esses reconhecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA) e pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC).

Page 344: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

344

INDICADOR 16

Número de óbitos maternos em determinado período e local de residência.

(nº absoluto)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Avaliar o acesso e a qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto, supondo que

uma boa assistência pautada nas boas práticas de atenção ao parto e nascimento

reduzam as mortes maternas evitáveis. Considerando que as principais causas de

mortes são hipertensão, hemorragia e infecções perinatais.

Analisar variações geográficas e temporais do número de óbitos maternos,

identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e

estudos específicos. Contribuir na análise da qualidade da assistência ao parto e

das condições de acesso aos serviços de saúde, no contexto do modelo

assistencial adotado. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de

políticas e ações de saúde voltadas para a atenção à saúde da mulher.

Destacar a necessidade de articulação de estratégias para redução do número de

óbitos maternos entre os gestores do SUS e gestores dos planos privados de

saúde, mediada pela regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

INDICADOR 17

Cobertura populacional estimada pelas equipes de Atenção Básica. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Indicador selecionado considerado a centralidade da Atenção Básica no SUS, com

a proposta de constituir-se como ordenadora do cuidado nos sistemas

locorregionais de Saúde e eixo estruturante de programas e projetos; além de

favorecer a capacidade resolutiva e os processos de territorialização e

regionalização em saúde.

INDICADOR 18

Cobertura de acompanhamento das condicionalidades de Saúde do Programa

Bolsa Família - (PBF) (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Monitorar as famílias beneficiárias do PBF (famílias em situação de pobreza e

extrema pobreza com dificuldade de acesso e de frequência aos serviços de

Saúde) no que se refere às condicionalidades de Saúde, que tem por objetivo

ofertar ações básicas, potencializando a melhoria da qualidade de vida das famílias

e contribuindo para a sua inclusão social.

Page 345: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

345

INDICADOR 19

Cobertura populacional estimada de saúde bucal na atenção básica. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Mede a ampliação de acesso a serviços de saúde bucal na população no âmbito da

Atenção Básica.

INDICADOR 20

Percentual de municípios que realizam no mínimo seis grupos de ações de

Vigilância Sanitária consideradas necessárias a todos os municípios no ano.

(%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Permite avaliar, nas diversas dimensões municipais, o nível de implementação das

ações de vigilância sanitária colaborando para uma coordenação estadual e

nacional mais efetiva. Esse indicador é composto pelos grupos de ações

identificadas como necessárias para serem executadas em todos os municípios

brasileiros ao longo do ano, por se tratarem dos grupos de ações essenciais à

atuação da vigilância sanitária local, quais sejam: (i) cadastro de estabelecimentos

sujeitos à Visa; (ii) inspeção em estabelecimentos sujeitos à Visa; (iii) atividades

educativas para população; (iv) atividades educativas para o setor regulado; (v)

recebimento de denúncias; (vi) atendimento de denúncias; e (vii) instauração de

processo administrativo sanitário. A execução dessas ações contribui para a

redução dos riscos e agravos à saúde, fortalecendo a promoção e proteção da

saúde da população.

Page 346: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

346

INDICADOR 21

Ações de matriciamento sistemático realizadas por CAPS com equipes de Atenção Básica. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

A integração da Atenção Primária no cuidado em saúde mental constitui uma

diretriz internacional para reorganização dos sistemas de saúde, além de constituir

uma tarefa imprescindível para alcance de um dos 17 Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (“Para 2030, reduzir em um terço a mortalidade

prematura por enfermidades não transmissíveis mediante a prevenção, tratamento

e promoção da saúde mental e bem estar”).

Na legislação brasileira vigente, a Atenção Básica em Saúde constitui um dos

principais componentes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e tem a

responsabilidade de desenvolver ações de promoção, prevenção e cuidado dos

transtornos mentais, ações de redução de danos e cuidado para pessoas com

necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de forma

compartilhada, sempre que necessário, com os demais pontos da rede (Port. Nº-

3.088/2011). Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2013), a

Atenção Básica já constitui o principal ponto de atenção utilizado pelas pessoas

com transtornos mentais leves, como a depressão.

INDICADOR 22

Número de ciclos que atingiram mínimo de 80% de cobertura de imóveis visitados para controle vetorial da dengue. (nº absoluto)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Evidencia o conjunto de imóveis localizados em áreas infestadas pelo vetor e o

quantitativo que realmente foi visitado pelos agentes de Controle de Endemias,

preferencialmente em articulação com os agentes comunitários de saúde, em cada

ciclo.

INDICADOR 23

Proporção de preenchimento do campo “ocupação” nas notificações de agravos relacionados ao trabalho. (%)

OBJETIVO/RELEVÂNCIA DO INDICADOR

Identifica as ocupações que apresentam maiores incidências de agravos

relacionados ao trabalho, possibilitando a definição de ações de promoção,

prevenção, vigilância e assistência, de forma mais adequada.

Page 347: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

ANEXOS

Page 348: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

NOTA ORIENTATIVA – 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021 2019

1

ATENÇÃO ao modelo adotado!

4. OBJETIVOS E METAS Campo preenchido com o título do capítulo do Plano Municipal de Saúde 2018-2021 (FAVOR NÃO ALTERAR!)

Objetivo. Campo preenchido com o objetivo do Plano Municipal de Saúde 2018-2021 (FAVOR NÃO ALTERAR!)

Referência Metas Origem da Proposta

Campo preenchido

com o nome do

setor responsável

(FAVOR NÃO

ALTERAR!)

Campo preenchido com a Meta do PMS 2018-2021 (FAVOR NÃO ALTERAR!)

Campo preenchido com ao número de referência de onde surgiu a meta (FAVOR NÃO ALTERAR!)

Revisão da Meta *

“As metas são expressões quantitativas de um objetivo que o concretizam no tempo, esclarecem e quantificam

o que, para quem, quando.”

A meta deve ser obrigatoriamente quantificável (em percentual ou em nº absoluto) possibilitando seu

monitoramento e avaliação.

Este campo obrigatório, na maioria dos casos aparecerá preenchido com sugestão em vermelho. Caso a

sugestão seja viável, FAVOR COMPLETAR E MUDAR PARA COR PRETA!

Indicador

Descrição:

“Indicadores são medidas-síntese que devem servir para a vigilância do

desempenho do sistema de saúde. A construção de um indicador é um

processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de

casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou

índices mais sofisticados.” No entanto, neste momento,

orientamos/sugerimos o uso das unidades de medida percentual ou nº

absoluto para simplificar esta construção e minimizar erros.

Este campo obrigatório, na maioria dos casos aparecerá preenchido com

sugestão em vermelho. Caso a sugestão seja viável, FAVOR COMPLETAR

E MUDAR PARA COR PRETA!

Unidade de

Medida

Linha de

Base

Metodologia de Cálculo:

Fórmula utilizada para calcular o indicador e que define precisamente os

elementos que a compõem.

Este campo obrigatório, na maioria dos casos aparecerá preenchido com

sugestão em vermelho. Caso a sugestão seja viável, FAVOR MUDAR PARA

COR PRETA!

Campo obrigatório que deve conter o símbolo (%) ou (Nº) de acordo com a escolha do indicador.

Campo obrigatório que deve conter o resultado do indicador, no ano de referência, em (%) ou (Nº), para fins de comparação.

Análise Situacional

A análise situacional consiste no processo de identificação da situação em que se encontra determinada

realidade. Em outras palavras, é aquilo que justifica a proposta da meta. Nela, devem ser contextualizados,

de forma breve e objetiva, minimamente: o ano de referência, a linha de base, parâmetros de referência, as

dificuldades para atingir a proposta da meta e o impacto financeiro.

Este campo obrigatório, deverá conter devidas justificativas para todos os casos de manutenção; inclusão;

exclusão e alteração de Meta, visto que caberá ao Conselho Municipal de Saúde a emissão de parecer sobre a

matéria.

Em todos os casos aparecerá com perguntas norteadoras, em vermelho, para elaboração da referida análise.

FAVOR RESPONDÊ-LAS TEXTUALMENTE NA COR PRETA E NÃO APAGAR AS PERGUNTAS!

Legenda:

Origem da Proposta

1- Conferência Municipal de Saúde

(FAVOR NÃO ALTERAR!) 2 - Audiência Pública

3 - Problematização

Page 349: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

NOTA ORIENTATIVA – 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021 2019

2

Referência Metas Origem

da Proposta

SUPRAS - CRAE

Ampliar a oferta de fisioterapia pela rede própria.

(QUANTIFICAR!) 1

Revisão da Meta

Ampliar em 15% a oferta de fisioterapia pela rede própria especializada.

Indicador

Descrição:

Proporção de atendimentos de fisioterapia.

Unidade de

Medida

Linha de

Base

Metodologia de Cálculo:

Numerador: Número de atendimentos do ano vigente

– Número de atendimentos do ano anterior

Denominador: Número de atendimentos do ano

vigente

X 100

Ex: N atendimentos em 2017 – N atendimentos em

2016 / N atendimentos em 2017 X 100

% 20%

Análise Situacional

1- Qual o ano de referência da análise situacional?

2- O que é oferta de fisioterapia pela rede própria?

3- Por que é necessário ampliar a oferta?

4- Qual a oferta em 2017 (quantificar)?

5- Qual a oferta atual e a ideal (quantificar)?

6- Qual o parâmetro de referência?

7- Qual é o resultado do indicador para 2017 e 2018?

8- Quanto é possível realizar (quantificar)? A partir disso tem-se a proposta

de meta.

9- Quais as dificuldades para o alcance da meta?

10- Qual é o impacto financeiro da meta?

A rede própria consiste na estrutura própria de unidades de saúde do

município para o atendimento aos usuários do SUS. Em 2017 a oferta de

fisioterapia pela rede própria era de N atendimentos, sendo a proporção de

atendimentos de fisioterapia em relação a 2016 N%...

EXEMPLO

Page 350: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

NOTA ORIENTATIVA – 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021 2019

3

Considerando que o Plano Municipal de Saúde 2018-2021 elaborado a partir da “metodologia de

priorização” e construído coletiva e participativamente, junto ao Conselho Municipal de Saúde:

1- Em todos os casos de alteração da meta o centro da nova proposta deve ser sempre a meta já

existente, devendo o setor encaminhar proposta viável;

2- A quantificação das metas e a elaboração de pelo menos 1 indicador para cada uma delas são itens

obrigatórios, visto que não há possibilidade de inserir metas não quantificadas e/ou sem indicador no

DigiSUS Gestor – Módulo Planejamento.

Devolver as planilhas, devidamente preenchidas, com as informações solicitadas;

na cor PRETA, via E-doc à CGEP, de forma condensada pelas superintendências renomeando-as com

a data de envio, da seguinte forma: Ex.: SRAS - 1ª Revisão PMS 2018-2021 06-09-2019.

Também encaminhar as planilhas, via física (impressas) à GPSUS, assinadas e carimbadas

pelas respectivas superintendências;

O prazo para o envio é até o dia 06/09/2019.

(Obs.: não serão aceitas planilhas ou informações fora do padrão orientado.)

Retificações de informações, caso necessário, ao longo do tempo, também deverão seguir o

mesmo fluxo.

Para apoiar os trabalhos, usar os arquivos anexados no SCAM: Caminho para acessar: menu informações – consulta de documentos – Outros/Diversos : 1- Portaria 750 de 29 de abril de 2019 – DIGISUS, cód 398; 2 - Portaria de Consolidação nº1, cód 399; 3 - Apresentação – 1ª Revisão PMS 2018-2021, cód 400; 4 - Nota orientativa – 1ª Revisão PMS 2018-2021, cód 403; 5 - CONDENSADO RECOMENDAÇÕES - Relatórios Anuais Setoriais 2018, cód 401; 6 - PPA 2018-2021 - ATRIBUTOS DA META, cód 402; - menu informações – consulta de documentos – Avaliação dos Resultados: Cartilha Avaliação de Resultados , cód 336.

Para maiores esclarecimentos, favor

entrar em contato pelo telefone 2020-

1575 (GPSUS)

O PLANO PODE E DEVE SER REVISADO À MEDIDA QUE HOUVER

NECESSIDADE DE REDIRECIONAMENTOS .

DESEJAMOS A TODOS UM BOM TRABALHO!

EXCEPCIONALIDADES

FLUXOS e PRAZO

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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ELABORAÇÃO E DA

EXECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

PARECER Nº 002/2020 5

PARECER N.º

002/2020

ASSUNTO: 1ª REVISÂO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-

2021 E COMPATIBILIZAÇÃO DA PAS 2020 E PAS 2021

Campo Grande - MS, 20/11/2020

RELATOR: Sacadura Espada de Lima Júnior

I. INTRODUÇÃO:

O sistema de planejamento do SUS, concretizado em seus instrumentos básicos: Plano

de Saúde - PS, Programações Anuais de Saúde - PAS e Relatórios Anuais de Gestão - RAG -

em estreita articulação e interdependência, são partes consecutivas e contínuas de um mesmo

processo e pretende contribuir para a melhoria e aperfeiçoamento da gestão e das ações e

serviços prestados a população. Sendo assim, o Plano de Saúde como instrumento central de

planejamento, orienta as iniciativas de gestão no Sistema único de Saúde – SUS para o período

de quatro anos, expressando políticas e compromissos sanitários, e deve orientar-se pelos

pactos assumidos, pelos Relatórios das Conferências em Saúde, pelas recomendações dos

Relatórios de Gestão de anos anteriores, além de pautar-se na Análise Situacional,

necessidades de saúde da população e as peculiaridades da esfera municipal, a partir dos

seguintes eixos orientadores:

- Estrutura do Sistema de Saúde; - Redes de Atenção à Saúde; - Condições

Sociossanitárias; - Fluxos de Acesso; - Recursos Financeiros; - Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde; - Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde; - Gestão.

A Análise situacional configura-se como etapa que antecede a formulação das

diretrizes, objetivos e metas do próprio Plano. Como parte integrante do processo cíclico de

planejamento do SUS, a Programação operacionaliza as intenções expressas no Plano de

Saúde, em ações concretas, a fim de garantir o alcance dos objetivos e do cumprimento das

metas do Plano de Saúde. Os resultados alcançados com a execução da Programação Anual de

Saúde são parte integrante do Relatório Anual de Gestão assim como orientam eventuais

redirecionamentos para o Plano e para as programações anuais sucessivas.

O Plano de Saúde deverá nortear a elaboração do planejamento e orçamento do

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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ELABORAÇÃO E DA

EXECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

PARECER Nº 002/2020 5

governo no tocante à saúde e todos os instrumentos do ciclo de planejamento do SUS (Plano e

Programação) compatibilizando com os instrumentos de planejamento governamental (Plano

Plurianual Anual - PPA e Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei Orçamentária Anual -

LOA).

É elaborado no primeiro ano da gestão em curso, para um período de 04 anos, com

execução a partir do segundo ano sendo quea transparência e a visibilidade deverão ser

asseguradas mediante incentivo à participação popular durante o processo de elaboração e

discussão do Plano.

No entanto, considerando que o Plano Municipal de Saúde 2018-2021 foi elaborado

em 2017, tendo como modelo o Plano Nacional de Saúde 2016-2019 e considerando que a

Portaria 750 de 29 de abril de 2019, institui obrigatoriamente o DigiSUS Gestor - Módulo

Planejamento como o sistema utilizado pelos estados, Distrito Federal e municípios, para:

I - registro de informações e documentos relativos:

a) ao Plano de Saúde;

b) à Programação Anual de Saúde; e

c) às metas da Pactuação Interfederativa de Indicadores;

II - elaboração de:

a) Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior - RDQA; e

b) Relatório Anual de Gestão - RAG; e

III - envio ao Conselho de Saúde respectivo: das metas da Pactuação Interfederativa

de Indicadores.

Fez-se necessária a 1ª Revisão do Plano Municipal de Saúde 2018-2021 para

adequar-se ao sistema DigiSUS Gestor – Módulo Planejamento para inserção das informações

do ano exercício 2018 em diante.

II. ANALISE DA MATÉRIA:

A Comissão de Acompanhamento da Elaboração e da Execução do Plano Municipal

de Saúde se reuniu nos dias 29/05/2020, 04/06/2020, 18/06/2020, 09/07/2020, 30/07/2020,

13/08/2020, 27/08/2020, 10/09/2020, 24/09/2020, 08/10/2020, 12/11/2020 e 20/11/2020, para

discussão sobre a 1ª Revisão Plano Municipal de Saúde 2018-2021 e compatibilização da PAS

2020 e PAS 2021.

Considerando a avaliação dos referidos instrumentos pela Comissão, temos os

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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ELABORAÇÃO E DA

EXECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

PARECER Nº 002/2020 5

seguintes apontamentos:

META DO PMS: E xecutar 6 ações intersetoriais anuais para fortalecer a Política de Saúde da

População em Situação de Risco e Vulnerabilidade. (Nº Absoluto)

Consideração: Especificar as 06 ações na análise situacional;

META DO PMS: A mpliar de 44 para 58 o número de unidades de saúde da Atenção Básica

que fazem coleta para exames. (Nº absoluto)

Consideração: Manter a sugestão da comissão, ou seja, alterar a anualização conforme

meta do PMS: Em 2020 – 47 para 57 e 2021 – 57 para 58.

META DO PMS: R

(%)

eduzir o Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti para abaixo de 1%.

Consideração: Alterar o percentual na anualização da PAS 2020 e PAS 2021, ou seja, Reduzir

o Índice de Infestação Predial por Aedes aegypti para abaixo de 1%. (%).

META DO PMS: Reduzir 10% da razão de mortalidade por acidentes de trânsito. (%)

RESPOSTA SVS/CVE: “A meta de 10% é referente ao período de 2018 a 2021, ou seja,

quatro anos. Neste sentido foi pactuado 2.5 % por ano, totalizando 10% ao final do período

programado”.

Considerações:Conforme análise situacional, houve aumento de mortes em 2017 e 2018.

Contudo, não houve programação em 2018 e 2019. A Comissão solicita então, anualização de

5% em 2020 e 5% em 2021, tendo em vista a análise situacional que demonstrou aumento em

2017 e 2018 e ausência de dados de 2019.

META DO PMS:Reduzir 6% das internações por acidentes de trânsito. (%)

META ANUALIZADA DO PLANO – PAS 2021, PG 89: Reduzir 2,5% da razão de mortalidade

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Fax: (67) 3314-3347

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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ELABORAÇÃO E DA

EXECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

PARECER Nº 002/2020 5

por acidentes de trânsito.

Considerações: Reduzir 2,5% da razão de mortalidade por acidentes de trânsito. PARA:

Reduzir 2,5% de internações por acidentes de trânsito.Não acatado o 1,5% sugerido pela CVE

na resposta dos questionamentos.

META DO PMS:Reduzir de 20 para 7 dias (65%), o prazo para o recolhimento de animais

doentes, suspeitos ou positivos de zoonoses.

Consideração: Manter a sugestão da comissão, ou seja, alterar a anualização conforme

meta do PMS: Em 2020 – 20 para 10 e 2021 – 10 para 7.

META DO PMS:Implantar equipe de apoio às urgências.

Consideração: Excluir. Mantida as considerações da Comissão.

- Acrescentar na 1ª revisão do PMS 2018-2021 todas as análises situacionais

acrescidas nos questionamentos feitos por essa comissão.

- Acrescentar a meta: Elaborar Plano de contingência para emergências de interesse

da saúde pública e suas ações na PAS 2020 e PAS 2021, conforme ofício

7.731/GEPSUS/SESAU de 09 de setembro de 2020.

III. CONCLUSÃO:

Assim, levando em consideração que todas as alterações mencionadas na análise da

matéria serão acatadas, esta comissão é de parecer FAVORÁVEL A APROVAÇÃO DA 1ª

REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021, bem como a APROVAÇÃO DA

PAS 2020 E PAS 2021, compatibilizadas com a 1ª revisão do referido Plano, pois atende aos

pressupostos do Planejamento no âmbito do SUS, legislação pertinente (LC 141/2012 e Portaria

2.135/13), sendo importante frisar que as metas contidas na PMS 2018-2021, é o mínimo das

metas a serem atingidas, podendo ser ampliadas conforme as necessidades da população do

Município de Campo Grande/MS, em futuras revisões.

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Avenida Madri, 324

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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ELABORAÇÃO E DA

EXECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

PARECER Nº 002/2020 5

IV. ESTIVERAM PRESENTES:

29/05/2020: Maria Auxiliadora Ribeiro Vilalba Fortunato, Neuza Socorro da Silva, Simone

Silva dos Santos e Renata Guerreiro Barbosa;

04/06/2020: Neuza Socorro da Silva, Sacadura Espada de Lima Júnior, Renata Guerreiro

Barbosa e Simone Silva dos Santos;

18/06/2020: Maria Auxiliadora Ribeiro Vilalba Fortunato, Neuza Socorro da Silva, Sacadura

Espada de Lima Júnior, Ivete Alves Arantes e Simone Silva dos Santos;

09/07/2020: Maria Auxiliadora Ribeiro Vilalba Fortunato, Neuza Socorro da Silva,

Sacadura Espada de Lima Júnior, Ivete Alves Arantes, Simone Silva dos Santos e Renata

Guerreiro Barbosa;

30/07/2020: Neuza Socorro da Silva, Sacadura Espada de Lima Júnior, Renata Guerreiro

Barbosa; Simone Silva dos Santos;

13/08/2020: Renata Guerreiro Barbosa, Maria Auxiliadora R. V. Fortunato; Sacadura

Espada de Lima Junior e Simone Silva dos Santos (vídeo);

27/08/2020: Renata Guerreiro Barbosa, Sacadura Espada de Lima Junior, Simone Silva

dos Santos, Maria Auxiliadora R. V. Fortunato e Ivete Alves Arantes;

10/09/2020: Maria Auxiliadora R. V (vídeo), Renata Guerreiro Barbosa, Rosangela Freiras

Silva Dias, Sacadura Espada de Lima Junior, Simone Silva dos Santos; Ivete Alves

Arantes;

24/09/2020: Maria Auxiliadora R. V, Renata Guerreiro Barbosa, Rosangela Freiras Silva

Dias, Sacadura Espada de Lima Junior e Simone Silva dos Santos;

08/10/2020: Maria Auxiliadora R. V, Renata Guerreiro Barbosa, Sacadura Espada de Lima

Junior e Simone Silva dos Santos;

12/11/2020: Maria Auxiliadora R. V, Renata Guerreiro Barbosa, Sacadura Espada de Lima

Junior, Simone Silva dos Santos e Rosangela Freitas Silva Dias;

20/11/2020: Maria Auxiliadora R. V, Renata Guerreiro Barbosa, Sacadura Espada de Lima

Junior, Simone Silva dos Santos e Ivete Alves Arantes;

10/12/2020: Maria Auxiliadora R. V, Renata Guerreiro Barbosa, Sacadura Espada de Lima

Junior, Simone Silva dos Santos, Ivete Alves Arantes e Rosangela Freitas Silva Dias.

Mírian Mirella Ballatote Holland.

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PARECER Nº 002/2020 5

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DIOGRANDE n. 6.163PÁGINA 15 - segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

018.1

Oxímetro de pulso - Tipo: portátil; Funções mínimas: medição de saturação (SPO2), frequência cardíaca e tendência 24 horas com registro dos eventos; Faixa de medição: 0-100% para SPO2 e 30-250 para frequência cardíaca; Visor: display gráfico em LCD com absorção de infravermelho não dispersivo; Bateria: interna, recarregável, autonomia mínima de 2h; Alimentação: bivolt, 60 Hz; Acompanha: sensor reutilizável de oximetria adulto, pediátrico, neonatal (tipo Y), cabo e manual de operação; Requisito: registro no ministério da saúde.

R$2.586,00 37

019

Ambú - Uso: adulto; Máscara: transparente com bojo em policarbonato e coxim 100% em silicone; Balão: silicone, auto inflável, com alça integrada; Requisito: autoclavável, transparente, com alça, conector universal que permite um giro de 360º nos dois sentidos, conexão para alimentação de oxigênio, acompanha extensão plástica; Capacidade: 1300 a 1700 ml; Reservatório: mínimo 2500 ml.

R$310,00 180

020

Ambú - Uso: infantil; Máscara: transparente com bojo em policarbonato e coxim 100% em silicone; Balão: silicone, auto inflável, com alça integrada; Requisito: autoclavável, transparente, com alça, conector universal que permite um giro de 360º nos dois sentidos, conexão para alimentação de oxigênio, acompanha extensão plástica; Capacidade: 500 ml; Reservatório: mínimo 1000 ml.

R$322,00 180

021

Suporte - Material: aço; Uso: soro; Capacidade: haste com 4 ganchos; Medida: altura total mínima de 1,80 m; Requisito: altura regulável; Dados complementares: pés com rodízios de no mínimo 2” de diâmetro.

R$129,00 300

Campo Grande - MS, 23 de dezembro de 2020.

RALPHE DA CUNHA NOGUEIRADiretor-Geral de Compras e Licitação

PUBLICAÇÃO TRIMESTRALATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 064/2020PREGÃO ELETRÔNICO Nº 089/2020O Município de Campo Grande-MS, com interveniência da Secretaria Municipal de Gestão - SEGES, para fins de atendimento ao art. 15, § 2º da Lei Federal nº 8.666/93 e ao art. 23 do Decreto Municipal nº 12.480/2014, torna público, para conhecimento dos interessados, a relação dos itens ativos para as atas vigentes.

DESCRIÇÃO DA ATA LOTE DESCRIÇÃO DO ITEM PREÇO UNIT. SALDO ATUAL

AQUISIÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PERMANENTES III, DESTINADOS AO USO MÉDICO E HOSPITALAR, PARA VIABILIZAR O COMBATE À PANDEMIA CAUSADA PELO CORONAVÍRUS, EM ATENÇÃO À SOLICITAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SESAU, POR INTERMÉDIO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE GESTÃO - SEGES.Vigência: 01/10/2020 à 31/03/2021

003

Refrigerador - Tipo: geladeira; Capacidade: armazenagem total de no mínimo 250 litros; Cor: branca; Voltagem: 127 V; Requisito: sistema de degelo seco; Número de Prateleiras: no mínimo 2 no refrigerador e 2 na porta; Quantidade de Porta: 1 ou 2; Consumo de energia: A.

R$1.540,00 15

Campo Grande - MS, 23 de dezembro de 2020.

RALPHE DA CUNHA NOGUEIRADiretor-Geral de Compras e Licitação

ÓRGÃOS COLEGIADOS

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

Deliberação n.º 747/2020/CMS

APROVA O PARECER N. 010/2020 - COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE/ CAFEOFFMS/CMS/SESAU – REFERENTE AO 2º RELATÓRIO QUADRIMESTRAL 2020 DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPO GRANDE – MS. A Coordenadora da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde de Campo

Grande – MS, Conselheira Maria Auxiliadora Vilalba Ribeiro Fortunato, no uso de suas atribuições que lhe conferem no inciso V do Art. 31 e inciso IV do Art. 32 do Regimento Interno do Conselho Municipal de Saúde, nos termos do Parecer n. 010/2020 da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Execução Orçamentária e Financeira do Fundo Municipal de Saúde/CAFEOFFMS/CMS/SESAU, e com fulcro na aprovação do Pleno em sua 396ª Sessão Ordinária, datada de 25 de novembro de 2020. Delibera:

Art.1º - Fica aprovado o Parecer n. 010/2020 da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Execução Orçamentária e Financeira do Fundo Municipal de Saúde/CAFEOFFMS/CMS/SESAU referente ao 2º Relatório Quadrimestral 2020 da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande – MS e encaminha para a Secretaria Municipal de Saúde as indicações para que sejam adotadas as medidas corretivas necessárias.

Art. 2º – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Campo Grande MS, 25 de novembro de 2020.

Cons.ª Maria Auxiliadora Ribeiro Vilalba FortunatoCoordenadora da Mesa Diretora doConselho Municipal de Saúde

José Mauro Pinto de Castro FilhoSecretário Municipal de Saúde Campo Grande – MS

Deliberação n. 748/2020/CMS

APROVA O BALANÇO CONTÁBIL DO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE (FMS) DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE (SESAU) - EXERCÍCIO DE 2019.

A COORDENADORA DA MESA DIRETORA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPO GRANDE - MS, no uso de suas atribuições que lhe confere inciso V do Art. 27 e inciso IV do Art. 28 do Regimento Interno do Conselho Municipal de Saúde e, nos termo do Parecer 006/2020 da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Execução Orçamentária e Financeira do Fundo Municipal de Saúde, e com fulcro na aprovação do pleno em sua 397ª Sessão Ordinária, datada de 16 de Dezembro de 2020.

DELIBERA:

Art. 1º – Fica aprovado o Balanço Contábil do Fundo Municipal de Saúde (FMS) da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) do exercício de 2019.

Art. 2º – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Campo Grande MS, 16 de Dezembro de 2020.

Cons.ª Maria Auxiliadora Ribeiro Vilalba FortunatoCoordenadora da Mesa Diretora doConselho Municipal de Saúde

José Mauro Pinto de Castro FilhoSecretário Municipal de SaúdeCampo Grande – MS

Deliberação n. 749/2020/CMS

APROVA A 1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021 E COMPATIBILIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2020 E PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2021 DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPO GRANDE/MS.

A COORDENADORA DA MESA DIRETORA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPO GRANDE - MS, no uso de suas atribuições que lhe confere inciso V do Art. 27 e inciso IV do Art. 28 do Regimento Interno do Conselho Municipal de Saúde e, nos termo do Parecer 002/2020 da Comissão de Acompanhamento da Elaboração e da Execução do Plano Municipal de Saúde, e com fulcro na aprovação do pleno em sua 397ª Sessão Ordinária, datada de 16 de Dezembro de 2020.

DELIBERA:

Art. 1º – Fica aprovada a 1ª Revisão do Plano Municipal de Saúde 2018-2021 e Compatibilização da Programação Anual de Saúde 2020 e Programação Anual de Saúde 2021 da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande/MS.

Art. 2º – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Campo Grande MS, 16 de Dezembro de 2020.

Cons.ª Maria Auxiliadora Ribeiro Vilalba FortunatoCoordenadora da Mesa Diretora doConselho Municipal de Saúde

José Mauro Pinto de Castro FilhoSecretário Municipal de SaúdeCampo Grande – MS

jessica.magalhaes
Realce
jessica.magalhaes
Realce
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359

REFERÊNCIAS

BRASIL. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em <http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/campo-grande_ms>.

BRASIL. Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jan.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Planejamento do SUS, 1ª edição. Brasília, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do Usuário - Módulo Planejamento DigiSUS Gestor, novembro de 2018. Disponível em http://digisus.saude.gov.br/gestor/#/

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Informativa nº 2/2018, 21 de dezembro de 2019. CGAIG/DAI/SE/MS Brasília, DF, 2018

BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Saúde 2016-2019, Brasília, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 750, Altera a Portaria de Consolidação nº 1/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para instituir o Sistema DigiSUS Gestor/Módulo de Planejamento - DGMP, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. 29 de abril de 2019. Diário Oficial da União – Seção 1. Brasília, DF, 2019

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação Nº 1, Consolidação das normas sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, a organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde 28 de setembro de 2017. Diário Oficial da União – Seção 1 – Suplemento - p.1. Brasília, DF, 2017

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.135 de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 set.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS, 2ª edição. Brasília, 2009.

PMCG, Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano – PLANURB. Perfil Socioeconômico de Campo Grande 2017, 24ª edição, Campo Grande, MS, 2017.

PMCG, Diário Oficial de Campo Grande n°. 4.782. Decreto n. 13.066 de 19 de janeiro de 2017, Organograma SESAU, Campo Grande, MS, 2017.

PMCG, Diário Oficial de Campo Grande nº. 4.759. Deliberação nº. 554 de 28 de dezembro de 2016, Conselho Municipal de Saúde, Campo Grande, MS, 2016.

PMCG, Diário Oficial de Campo Grande nº. 4.759. Deliberação nº. 563 de 13 de março de 2017, Conselho Municipal de Saúde, Campo Grande, MS, 2017.

SES, Secretaria de Estado de Saúde. Nota Técnica nº 5 Roteiro de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de Saúde, Campo Grande, MS, 2017

Page 359: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

360

SES, Secretaria de Estado de Saúde. Pactuação Interfederativa 2017- 2021, Fichas de Indicadores, Campo Grande, MS, 2017.

SES, Secretaria de Estado de Saúde. Resolução n°.027/CIB/SES/MS – Pactuação Interfederativa 2017-2021, Campo Grande, MS, 2017.

SESAU. Gerência de Apoio ao Planejamento de Governo. Plano Plurianual 2018-2021, Campo Grande, MS, 2017.

SESAU. Gerência de Planejamento do SUS. Caderno de Análise da Viabilidade das Propostas da Conferência e da Audiência Pública da Elaboração do PMS 2018-2021, Campo Grande, MS, 2017.

SESAU. Gerência de Planejamento do SUS. Caderno de Apoio à Priorização das Propostas da Conferência e da Audiência Pública da Elaboração do PMS 2018-2021, Campo Grande, MS, 2017.

TCU, Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. Questionário de Governança e Gestão em Saúde – Ciclo 2016. Campo Grande, MS, 2016.

UNA SUS, Universidade aberta do SUS. Manual de Redes de Atenção à Saúde: A Atenção à Saúde Organizadas em Rede, São Luís, MA, 2015.

Page 360: PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETÁRIO …

1ª REVISÃO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2021

(2020-2021)

José Mauro Pinto de Castro Filho Secretário Municipal de Saúde

CAMPO GRANDE - MS, de de .

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Rua Bahia, 280 – Centro – CEP 79002-530

Telefone – 3314-3000 Campo Grande – MS

ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

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