Neste mdulo sobre as tcnicas de posicionamento, mobilizao, transferncia e transporte abordamos vrios temas, dentro dos quais a sndrome do imobilismo.A Sndrome do Imobilismo consiste no estado em que o indivduo vivencia limitaes fsicas do movimento, decorrentes de um desequilbrio entre repouso e atividade fsica, ou seja, alteraes que ocorrem no indivduo que se encontra acamado h um perodo prolongado de tempo. Os efeitos da imobilizao so definidos como uma reduo na capacidade funcional dos sistemas cardiorrespiratrio, vascular, endcrino, gastrointestinal, urinrio, musculosqueltico e neurolgico, sendo que estas complicaes podem ser aumentadas dependendo dos fatores pr existentes de cada paciente, ou seja, psicolgicos (depresso, demncia, medo de quedas), sociais (isolamento social, restrio fsica, falta de estmulo) ou fsicos (sensibilidade e fragilidade cutnea), mais nos idosos, tabagismo, sedentarismo, pessoas paralisadas ou muito debilitadas, entre outrasO levante precoce cada vez mais uma das preocupaes por parte dos mdicos e/ou profissionais de sade no sentido de minimizar o tempo do permanncia do doente no leito para evitar com que o mesmo fique imobilizado e dessa imobilizao decorram os vrios problemas que da costumam advir.Sendo assim o ideal ser mesmo manter o doente no leito apenas per um perodo de 5 a 7 dias que o designado perodo de repouso, caso no seja possvel teremos de o passar ao intermdio e ento passar a permanecer no leito entre 12 a 15 dias e este j considerado o perodo de imobilidade, ou seja, j h que estarmos mais atentos para que no haja complicaes. Caso no seja mesmo possvel reduzir a este tempo e ele tenha de permanecer por um perodo mais prolongado e por isto compreende-se por mais de 15 dias, designado por decbito de longa durao ai sim teremos de prestar toda a nossa ateno e apoio e cuidado e centralizarmo-nos e focarmo-nos no bem-estar e maior conforto possvel do doente para este no sofrer as conhecidas lceras de presso (UPs).Para isso temos de recorrer aos posicionamentos, e antes de falar no que so as UPs e em como as podemos identificar vejamos o que isto dos posicionamentos.Os posicionamentos so as posturas em que se coloca o utente, quando este no tem capacidade para mudar de decbito (posio) sozinho e/ou quando a situao clnica no permite. Neste sentido convm ir alternando de posio, de 3 em 3 horas a pessoas acamadas, em situaes normais, ou seja que no sejam de risco e no precisem de tantos cuidados, e de 2 em 2 horas quelas pessoas que so mais suscetveis, como por exemplo o caso dos idosos, diabticos ou pessoas paralisadas ou muito debilitadas.Os objetivos dos posicionamentos so muito simples, para alm de garantir o mximo de conforto ao doente tambm pretendem e visam estimular a circulao sangunea, auxiliar na respirao, eliminao e exerccio fsico no sentido de prevenir a autonomia do mesmo, principalmente se este for semi-dependente.Para alm disso pretende facilitar a mobilidade de secrees brnquicas, manter a amplitude articular e a integridade cutnea, prevenir atrofias musculares, alternar o campo visual e tal como j referi anteriormente, favorecer a independncia;Relativamente aos decbitos vimos que h os seguintes:Decbito Dorsal (Barriga para cima)Decbito Lateral (Deitado de lado)Decbito Ventral ( Deitado de barriga para baixo)Fowler e Semi-Fowler ( quando se eleva a cama 90 e 45 graus para facilitar a alimentao e a respirao)As lceras de presso (lceras de decbito, lceras da pele ouescara) so leses cutneas que se produzem em consequnciade uma falta de irrigao sangunea e de uma irritao da peleque reveste uma salincia ssea, nas zonas em que esta foipressionada contra uma cama, uma cadeira de rodas, uma talaou outro objecto rgido durante um perodo prolongado.Dentro destas existem 4 graus:Up grau I: Quando se denota uma ruborizao em volta da pele.Up de grau II: Quando se verifica a existncia de flictenas (ou bolhas de gua).Up de grau III: Quando h necrose parcial do tecido da pele.Up de grau 4: Quando h necrose total do tecido da pele e com visualizao do osso, a pele exala um odor de putrefao.Neste sentido e antes de qualquer coisa h que apostar na preveno e se tal fato no for possvel no tratamento das feridas no s no processo fsico do curativo em si mas tambm na parte psicolgica, onde somos ns que lidamos e convivemos com o doente, somos ns que vivenciamos o seu dia-a-dia, ouvimos as suas queixas, os seus medos e estramos ali para os ajudar o mximo possvel na sua recuperao estimulando-os e incentivando-os para isso mesmo visto que como bvio eles sentir-se-o sem autoconfiana, inteis e com a autoestima muito em baixo. nosso dever cada vez mais humanizar assim os cuidados de sade no tratamento destes doentes pois facilitar imenso a sua recuperao visto que mais rapidamente obteremos a sua cooperao no processo de cura.