Português- Produção de Textos

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 PARÁGRAFO O parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionada s pelo sentido e logicamente decorrentes dela.  Antes de começar a elaborar esse tipo de texto, é importante atentar para os seguintes passos Tema: !nicia com o assunto da redação Delimit açã o do tema: O tema po de ser muito ampl o, de forma a abra ng er vários subt"picos, podendo ocasionar, a quem escreve, a fuga do texto. #essa forma é importante que quem está redigindo restrin$a o tema. Obje tivo : O ob$etivo determina a intenção e mostrará as vantagens ou desvantagens daquilo que se aborda no tema. Ideia principal: Esse perodo orienta  ou governa o resto do par!"ra#o% dele nascem outros períodos secundários ou periféricos% ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo% ele $ o perodo mestre Ideia %ec&nd!ria: &eríodos que detal'am a ideia central. 'on cl &são:  Apresenta-se, de forma sucinta, soluç(es para o possível conflito apresentado, retomando a delimitação do assunto, acrescentando uma ideia ou opinião, tendo o cuidado de não repetir algo que $á ten'a sido exposto ou desenvolvido. &ode-se até levantar uma questão que servirá para a reflexão posterior do leitor. O importante nessa etapa é o fec'amento da argumentação de modo coeso e coerente. )xemplo * Tema: +eitura Delimitação do tema: A importncia da + eitura Objetivos: ostrar as vantagens que a leitura proporciona Ideia principal:  A i nfluncia da l eitura na escrita Ideias %ec&nd!rias:  A p rática da leitura amplia o vocabulário% /on'ecime ntos variados são adquiridos através da leitura%  A l eitura como forma de la0er . 'oncl&são: 1odos esses aspectos intensificam ainda mais os benefícios que a leitura pode proporcionar ao leitor, independente da idade que ele tiver. &orém, acredita-se, que além da família, os meios sociais também devem incentivar mais o 'ábito de ler. &ortanto, a leitura propicia aos adeptos dela além de uma boa escrita, a formação crítica como cidadã

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Tópico Frasal- Redação Em Parágrafos

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PARGRAFO

O pargrafo-padro uma unidade de composio constituda por um ou mais de um perodo, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundrias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. Antes de comear a elaborar esse tipo de texto, importante atentar para os seguintes passos:Tema: Inicia com o assunto da redaoDelimitao do tema: O tema pode ser muito amplo, de forma a abranger vrios subtpicos, podendo ocasionar, a quem escreve, a fuga do texto. Dessa forma importante que quem est redigindo restrinja o tema.Objetivo: O objetivo determina a inteno e mostrar as vantagens ou desvantagens daquilo que se aborda no tema.Ideia principal: Esse perodo orienta ou governa o resto do pargrafo; dele nascem outros perodos secundrios ou perifricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construo do pargrafo; ele o perodo mestreIdeia Secundria: Perodos que detalham a ideia central.Concluso: Apresenta-se, de forma sucinta, solues para o possvel conflito apresentado, retomando a delimitao do assunto, acrescentando uma ideia ou opinio, tendo o cuidado de no repetir algo que j tenha sido exposto ou desenvolvido. Pode-se at levantar uma questo que servir para a reflexo posterior do leitor. O importante nessa etapa o fechamento da argumentao de modo coeso e coerente.

Exemplo 1Tema: LeituraDelimitao do tema: A importncia da LeituraObjetivos: Mostrar as vantagens que a leitura proporcionaIdeia principal: A influncia da leitura na escrita Ideias Secundrias: A prtica da leitura amplia o vocabulrio; Conhecimentos variados so adquiridos atravs da leitura; A leitura como forma de lazer.

Concluso: Todos esses aspectos intensificam ainda mais os benefcios que a leitura pode proporcionar ao leitor, independente da idade que ele tiver. Porm, acredita-se, que alm da famlia, os meios sociais tambm devem incentivar mais o hbito de ler. Portanto, a leitura propicia aos adeptos dela alm de uma boa escrita, a formao crtica como cidad

EXEMPLO DE DISSERTAO

O complexo cultural Introduo Tese - O Complexo Cultural causa e efeito

O complexo colonial, no qual se configurou o homem brasileiro durante mais de quatro sculos, implicava a impossibilidade de tomarmos conscincia de ns mesmos.

Desenvolvimento argumento 1 1 - Causas do Complexo Se remontarmos a nossa prpria biografia e consultarmos o nosso estado de esprito at h pouco tempo, verificaremos que o colonialismo se manifestava em ns no s pela total dependncia, mas tambm pelo complexo de inferioridade em relao Europa. Se eram ingleses os sapatos e as fazendas das roupas que vestamos, franceses eram os livros e as idias de que nos utilizvamos.

Desenvolvimento argumento 2 2 - Efeitos da Influncia

No nos vamos com os prprios olhos, mas com os olhos dos europeus. Tnhamos vergonha de ns mesmos, de nossa pobreza, da nossa cultura europeia, ramos cegos e surdos em relao ao Brasil.

Concluso Proposta de soluo para o fim do complexo

Para rompermos com toda essa situao de pas subdesenvolvido, semicolonial, preciso compreender que o Brasil no exterior a ns, mas est em ns, faz parte do nosso corpo e da nossa alma. O problema da cultura brasileira um problema nosso. Nossa existncia ser dependente e inautntica, enquanto for dependente e inautntica a existncia do pas. (Roland Corbisier, Formao da Cultura Brasileira)

Comentrio De forma conotativa, Corbisier analisa criticamente o complexo de colnia enraizado no brasileiro. Os produtos importados funcionam como os grandes viles desse estado de dependncia a que se submeteu o povo em sua formao scio-cultural. Seu estilo expressivo traduz por meio de metforas a perda de uma identidade prpria: Encharcados at os ossos, ramos cegos e surdos. O texto, portanto, intensamente crtico e sucinto em seu desenvolvimento, como devem ser os textos dissertativos.

QUALIDADES DO PARGRAFO E DA FRASE EM GERAL

O pargrafo e a frase possuem qualidades em comum, as quais podemos definir de maneira superficial da seguinte forma: correo - respeito s normas e princpios do idioma; clareza - expresso clara e objetiva da idia; conciso - apresentao da idia usando o menor nmero possvel de palavras; coeso exposio das ideias de forma ordenada, uma de cada vez; coerncia - ligao perfeitamente inteligvel das partes de um texto com o seu todo; nfase realce da idia apresentada atravs de mecanismos prprios e, finalmente, argumentao - a exposio dos fundamentos da ideia, de forma a torn-la suscetvel de aceitao. Devido inteno deste trabalho, nos deteremos em trs destas qualidades, a saber: coeso, coerncia e argumentao. Das qualidades do pargrafo e da frase, coeso e coerncia dificultam as suas definies, pois muito se confundem quando da ausncia, pois, a falta de uma, redunda na impossibilidade de existncia da outra, isto de forma generalizada. So, portanto responsveis por garantir ao texto uma unidade de significados encadeados.

Coeso

Coeso, ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos conectivos da linguagem, o que permite expressar uma coisa de cada vez, omitindo o desnecessrio e prendendo-se s relaes existentes entre as ideias principais e secundrias. Tal resultado em muito se deve ao correto emprego do tpico frasal. Na lngua portuguesa, muitos recursos garantem a coeso, so eles: a referncia - uso dos pronomes, advrbios e artigos; a elipse - omisso de um termo a fim de evitar sua repetio; o lexical - uso de sinnimos que evitam a repetio de termos; a substituio - abreviao de sentenas inteiras, substituindo-as por uma expresso de significado equivalente; a oposio - emprego de termos com valor de oposio, como: mas, contudo, todavia, porm, entretanto etc.; a concesso - uso de termos como: embora, ainda que, se bem que, apesar de etc.; a causa - utilizao de termos que indicam a causa do fato: porque, pois, como, j que, visto que etc.; a condio - a imposio de termos condicionais, tais como: caso, se, a menos que etc.; a finalidade - mostrar o fim do fato atravs do emprego de termos como: para que, para, a fim de, com o objetivo de etc.;

Coerncia

Consiste na ligao perfeitamente inteligvel das partes de um texto com o seu todo, ordenando e interligando as ideias de maneira clara e lgica e de acordo com um plano definido. Para que a coerncia seja evidente numa composio, algumas particularidades devem ser observadas: A satisfao do aspecto de coerncia em uma composio no se deve apenas ao ordenamento da ideia, conseguido atravs dos recursos acima citados, deve-se tambm ao emprego correto dos termos que permitam a transio e a conexo entre as ideias. Neste ponto, encontramos a necessidade da correta utilizao, conforme as normas gramaticais, das conjunes, preposies, pronomes e at mesmo dos advrbios e locues adverbiais e ainda, em sentido mais amplo, de oraes, perodos e pargrafos que servem de transio ou conexo entre as ideias apresentadas. Listamos abaixo, alguns advrbios ou locues adverbiais que proporcionam a coerncia na composio quando da sua utilizao. Prioridade, relevncia - em primeiro lugar, antes de mais nada... Tempo - ento, enfim, logo, imediatamente, no raro... Semelhana, comparao - igualmente, de acordo com, segundo... Adio - alm disso, tambm, e... Dvida - talvez, provavelmente... Certeza - de certo, por certo, certamente... Surpresa - inesperadamente, surpreendentemente... Ilustrao - por exemplo, quer dizer, a saber... Propsito - com o fim de, a fim de... Lugar, proximidade, distncia - perto de, prximo a, alm... Resumo - em suma, em sntese, enfim, portanto... Causa - da, por conseqncia, por isso, por causa... Contraste - pelo contrario, exceto, menos... Referncia em geral - pronomes demonstrativos: este, aquele, esse; pronomes pessoais; pronomes adjetivos: ltimo, penltimo; os numerais ordinais: primeiro segundo...

Certamente os recursos apresentados nos possibilitaro a busca, e se bem aplicados, o encontro da coerncia em nossas composies.

Argumentao

A boa argumentao deve revestir-se de carter construtivo, cooperativo e til; e fundamentar-se em dois pilares: a consistncia do raciocnio e a evidncia das provas. Ao intentar argumentar, deve o autor se fundamentar nos fatos, nos exemplos, nas ilustraes, em dados estatsticos e em testemunhos, para que aps a argumentao sua concluso seja firme, sedimentada e apresentada com autoridade.

A ESTTICA DE UMA REDAOProf. Adilson Torquato

No nosso primeiro contato com a redao, podemos achar que muito fcil, mas, na realidade, surge algo que torna importante o nosso ato de escrever que se mantm na forma de passar a mensagem ao nosso leitor e a esttica do trabalho redacional, que mostra o quanto estamos interessados em que nosso pensamento seja bem compreensvel com lgica e clareza. Surge ento a busca por um trabalho mais limpo e com esttica para a estrutura. Observando os exemplos de redaes da dica passada, podemos notar que a esttica no to ordenada, por isso a seqncia lgica se perde no meio do caminho e fica sem sentido no que diz respeito ao desenvolvimento de seus argumentos centrais e finais para uma concluso mais segura e estruturada. Lembre-se sempre que, ao formar um Plano de Trabalho para escrever sua redao, voc deve visualizar tambm a sua ESTTICA: Nunca comece uma redao com perodos longos. Basta fazer uma frase-ncleo que ser a sua idia geral a ser desenvolvida nos pargrafos que se seguiro; Nunca coloque uma expresso que desconhea, pois o erro de ortografia e acentuao o que mais tira pontos em uma redao; Nunca coloque hfen onde no necessrio como em penta-campeo ou separao de slabas erroneamente como ca-rro (isto s acontece em espanhol e estamos escrevendo na lngua portuguesa); Nunca use grias na redao, pois a dissertao a explicao racional do que vai ser desenvolvido e uma gria pode cortar totalmente a seqncia do que vai ser desenvolvido alm de ofender a norma culta da Lngua Portuguesa; Nunca esquea dos pingos nos "is", pois bolinha no vale; Nunca coloque vrgulas onde no so necessrias (o que tem de erro de pontuao!); Nunca entregue uma redao sem verificar a separao silbica das palavras; Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel; Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte frase-ncleo para orientar seus argumentos; Verifique sempre a ESTTICA: Pargrafo, acentuao, vocabulrio, separao silbica e principalmente a PONTUAO que a maior dificuldade de quem escreve e a maioria acha que to fcil pontuar! Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir a letra no final da redao para ganhar mais espao ou aumentar para preencher espao; A letra tem que ser visvel e compreensvel para quem l; Prepare sempre um esquema lgico em cima da estrutura intrnseca e extrnseca; No inicie nem termine uma redao com expresses do tipo: "... Eu acho... Parece ser... Acredito mesmo... Quem sabe..." mostra dvidas em seus argumentos anteriores; Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente." . E de "neologismos incultos" do tipo: ... imexvel... inconstitucionalizvel...".