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ESCOLA POLITCNICA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO
Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais
PMT 3100 - Fundamentos de Cincia e Engenharia dos Materiais2 semestre de 2014
Estrutura e processamento de materiais cermicos
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ROTEIRO
Materiais Cermicos: principais propriedades e produtos
Classificao dos Materiais Cermicos
Estrutura
Materiais cristalinos e amorfos Vidros
Caractersticas e processamento Tmpera Materiais Cermicos Cristalinos
Conformao
Secagem Queima Microestrutura
Cermicas de Alto Desempenho.
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* IUPAC. Compendium of Chemical Terminology, 2nd ed. (the "Gold Book"). Compiled by A. D.
McNaught and A. Wilkinson. Blackwell Scientific Publications, Oxford (1997).
MEV da dentina: 70% HA.
Cabo de fibra tica. Freios cermicosreforados com fibra
carbono (em vermelho).
Modelo de slica (laranja)nanoestruturada, paraliberao controlada de
medicamento.
MATERIAISCERMICOS
So materiais rgidos que consistem de uma rede tridimensional
infinita de gros cristalinos sinterizados, compreendendo metaisligados a carbono, nitrognio ou oxignio.*
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A organizao de certificao Sociedade Americana para Testes e Materiais
[American Society for Testing and Materials (ASTM)] d a seguinte definio
para os materiais cermicos:*
Produto cermico um artigo tendo um corpo vitrificado ou no, de
estrutura cristalina ou parcialmente cristalina ou de vidro, cujo corpo
produzido a partir de substncias essencialmente inorgnicas, no
metlicas, podendo serformado a partir de uma massa fundida a qual
solidifica ao resfriar ou formado e maturado simultaneamente ousubsequentemente pela ao do calor
Ceram ic art icle an article having a glazed or unglazed body of crystalline
or partly crystalline structure, or of glass, which body is produced from
essentially inorganic, nonmetallic substances and either is formed from amolten mass which solidifies on cooling, or is formed and simultaneously or
subsequently matured by the action of the heat
* ASTM C242, 2014, Standard Terminology of Ceramic Whitewares and Related Products,ASTM
International, West Conshohocken, PA, 2003, DOI: 10.1520/C0242, www.astm.org.
http://www.astm.org/http://www.astm.org/ -
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5CARACTERSTICASTPICAS
So constitudos de elementosmetlicose no-metlicos, ligadospor ligaes de carter misto, inico/covalente.
Matria prima de custo relativamente baixo; Propriedades (p.ex. resistncia mecnica) desenvolvidas aps o
aquecimento a altas temperaturas, devido as reaestermoqumicas;
Dureza alta: resistncia abraso;
Fragilidade alta (exceto ZrO2, estabilizado pelo Y2O3, que tenaz);
Ponto de fuso elevado;
Geralmente, so quimicamente estveissob condies ambientaisseveras.
Bom isolante trmico (exceto o diamante que condutor) eeltrico*;
Estrutura cristalina complexa;
* Podem existir materiais cermicos semicondutores, condutores e at mesmo
supercondutores; estes dois ltimos, em faixas especficas de temperatura.
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Tradicional: so fabricadas pela mistura, moldagem
e queima de minerais naturais, tais como: argila efeldspato.
Avanada: na sua produo so usadas matrias
primas naturais, purificadas, artificiais sintetizadas
atravs de processos qumicos, e outros compostosde ocorrncia no natural.
MATERIALCERMICO
CLASSIFICAODOSMATERIAISCERMICOS
CERMICA
Silicatos(tijolos, telhas, loua)
No silicatos
xidos(Al2O3, MgO, Be2O3)
No xidos(SiC, Si3N4, BN, B4C)
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SETORESINDUSTRIAIS
Cermica Vermelha: Compreende aqueles materiais com colorao
avermelhada empregados na construo civil (tijolos,blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cermicos
e argilas expandidas) e tambm utenslios de uso
domstico e de adorno.
Cermica Branca: Compreende materiais constitudos por um corpo brancoe, em geral, recobertos por uma camada vtrea
transparente e incolor. Com o advento dos vidrados
opacificados, muitos dos produtos passaram a ser
fabricados, com matrias-primas com certo grau de
impurezas, responsveis pela colorao, tais como: loua
sanitria e de mesa, isoladores eltricos para alta e baixa
tenso, cermica artstica, cermica tcnica com fins
diversos (qumico, eltrico, trmico e mecnico).
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Refratrios: Compreende vrios produtos que tm como finalidade suportar
temperaturas elevadas nas condies especficas de processo e
de operao dos equipamentos industriais, que em geralenvolvem esforos mecnicos, ataques qumicos, variaes
bruscas de temperatura e outras solicitaes. Os produtos
refratrios quanto matria-prima so os que se baseiam em
slica, slico-aluminoso, aluminoso, mulita, magnesianocromtico,
cromtico-magnesiano, carbeto de silcio, grafita, carbono,
zircnia, zirconita, espinlio etc.
Abrasivos: Por utilizarem matrias-primas e processos semelhantes aos da
cermica, constituem-se num segmento industrial cermico. Entre
os produtos mais conhecidos esto o xido de alumnioeletrofundido e o carbeto de silcio.
Cermica Avanada: So produzidas a partir de matrias-primas sintticas de
altssima pureza e por meio de processos rigorosamente
controlados.
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Isolantes Trmicos: Os produtos podem ser classificados em:
Refratrios isolantes que se enquadram no segmento de
refratrios;
Isolantes trmicos no refratrios, tais como vermiculita
expandida, slica diatomcea, diatomito, silicato de clcio, l de
vidro e l de rocha, podendo ser utilizados at 1100 C em alguns
casos; Fibras ou ls cermicas apresentam composies tais como
slica, slica-alumina, alumina e zircnia, podendo chegar a
temperaturas de utilizao de 2000 C ou mais.
Vidro, Cimento e Cal: So trs importantes segmentos cermicos e que, por
suas particularidades, so muitas vezes considerados
parte da cermica.
Revestimentos Cermicos: O corpo cermico compe-se de matrias-primas
naturais, argilosas e no argilosas.
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ALGUNSPRODUTOSABASEDEMATERIALCERMICO
Tradicional Avanado
Tijolos, Telhas, Vidros, Louas,Azulejos, Cimento, Refratrio.
Joias, Pedras sintticas,Diamante artificial.
Sensores, Semicondutores,Capacitores, Baterias.
Dentes, Ossos artificiais,Prteses.
Fibras ticas, Lmpadas,
Monitores.Abrasivos, Polimento, Usinagem,Corte.
Supercondutores, Componentespara sistemas nucleares.
Motores, Turbinas, Compressores
Aditivos para: Farmacuticos,Cosmticos, Papel, Tinta.
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CONSTITUINTESCOMUNSDOSMATERIAISCERMICOS
Tradicional
Avanado
Argila silicatos de alumnio como por exemplo4SiO2.2Al2O3.4H2O, com traos dos xidos: TiO2,
Fe2O3, MgO, CaO, Na2O, K2O.
Slica SiO2em quartzos, cristobalita e tridimita.
Feldspato silicatos alcalinos como por exemplo KAlSi3O8.
xidos: Al2O3, ZrO2
Carbetos: SiC, WC
Nitretos: Si3N4, BN
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ESTRUTURADOSMATERIAISCERMICOS
Em relao aos metais, os materiais cermicos apresentam organizaesdos tomos mais complexas. Em geral, isso se deve presena de um
maior nmero de tipos de tomos, de tamanhos e eletronegatividades
distintas, nas suas estruturas qumicas.
As ligaes atmicas podem apresentar, em diversos nveis, caractersticas: Inicas: quando este carter prevalece 100%, as estruturas cristalinas
so compostas por ons em vez de ser por tomos. So tipicamente
compostos por ummetale um no metal com cargas eltricas diferentes.
Covalentes: So compostos formados por dois no metais ou,ocasionalmente, por elementos puros.
De um modo geral, as microestruturas so polifsicas
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Composto eletronegatividade % inico % covalente
MgO 2,3 73 27
Al2O3 2,0 63 37
SiO2 1,7 51 49
Si3N4 1,2 30 70
SiC 0,7 11 89
Tabela. Correlao entre a diferena de eletronegatividade e carter da
ligao nos materiais cermicos.
% = 1 2
4 100%Onde, x
Ae x
Bso respectivamente as eletronegatividades dos tomos A e B
do composto AB.
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O carter inico, ou covalente, define, em parte, o tipo de estrutura cristalinaque o material cermico exibir. Quando o carter inico predominante, os
seguintes fatores so importantes na definio da sua estrutura cristalina:
A razo entre os raios do ction (rC) e do nion (rA);
Balano de cargas: = .
ALGUNSTIPOSDEESTRUTURASQUMICAS
AX: SiC, FeO, CaO,
AmXp: CaF2, ZrO2, Fe2O3,
AmBnXp: BaTiO3, MgAl2O4.
Onde,A e B= ction e X= nion.
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EXEMPLODEESTRUTURACRISTALINACOMPLEXA
Cela unitria do corindom(alumina-alfa), mostrando
apenas as posies catinicas
Stio vazio
on Al3+
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DEFEITOSCRISTALINOS
Os defeitos cristalinos observados nos metais, tambm, acontecem nosmateriais cermicos.
A presena de tomos totalmente, ou parcialmente, ionizados, combinado
com ligaes fortes e direcionais, impedem as movimentaes nos planos e
direes cristalogrficas dentro destes planos.
Os defeitos de Frenkel e Schottky no mudam a razo de ctions e nions; o
composto estequiomtrico.
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MICROESTRUTURADOSMATERIAISCERMICOSCRISTALINOS
Na cermica cristalina, a microestrutura pode ser composta de vrios cristais
com orientaes e tamanhos diferentes, ou os eixos cristalogrficos dos
gros podem apresentar uma orientao preferencial dando origem a umatextura.
Os contornos dos gros so mais complicados do que aqueles dos metais,
pois, pode existir fases vtreas.
A microestrutura definida por:
Forma e arranjo de gros ou fases.
Tamanho e frao em volume dos poros presentes.
Gros
Contornos de gro
PorosMicro trincas
Partculas ou gros de uma
segunda fase (nas ligas)
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IMAGEMDEMEV MOSTRANDOUMAMICROESTRUTURADEPORCELANA
Poro
Quartzo (trincado)
Trinca
FaseVtrea
Mulita (em forma de agulhas),em uma matriz vtrea
Fases alteradas(argilominerais, feldspato)
Poro
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CERMICASAMORFAS
No h uma estrutura cristalina regular, ou seja, com os tomos dispostosde forma peridica, com a ordem de longo alcance.
Apresentam ordem de curto alcance, cuja distncia depende do(s)
tomo(s) de sua estrutura qumica.
No existe simetria translacional.
Os principais representantes desta categoria so os vidrosque podem ser
obtidos por diferentes processos.
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VIDRO- DEFINIES
Operacional: Um vidro um slido obtido pelo resfriamento de uma faselquida (super resfriada). Ou seja, quando um lquido solidifica sem cristalizar.
Estrutural: Um vidro um slido no cristalino. Estrutural mais ampla: Um vidro um slido no cristalino exibindo o
fenmeno da transio vtrea.
Transio vtrea (Tg): uma transio reversvel na qual um material fundido(lquido) super resfriado produz uma estrutura vtrea no resfriamento.
faixa datransio vtrea
TmTg
Temperatura
Volume
cristalizao
resfriamentorpido
resfriamentolento
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Adio de Na2O (na forma deNa2CO3) como modificador de rede.
Adio de TiO2como intermedirio
xidos tais como SiO2, B2O3, GeO2e P2O5so capazes de formar vidrose
so chamados de formadores de redes. Isto se deve a relao entre os
tomos de oxignio e o ction do xido que permite formar uma redetetradrica.
Outros xidos so adicionados composio vtrea com funes ou de
modificar a rede ou como substitutos do ction do xido principal
(intermedirio).
Si4+
Na+
O2-
Si4+
Ti4+
O2-
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FABRICAOEPROCESSAMENTODOSMATERIAISCERMICOS
Um dos aspectos que define o processamento dos materiais cermicos atemperatura de processamento das matrias primas que so muito altas.
A falta de plasticidade outro aspecto que direciona o tipo de processo para
um determinado produto cermico.
Devido a estas caractersticas, grande parte das cermicas fabricada apartir de ps prensados e queimados a altas temperaturas.
As cermicas vtreas permitem outras alternativas.
A argila mida hidroplstica, permitindo que seja conformada por meio de
tcnicas simples. Quando a argila seca e queimada, forma-se uma fasevtrea, espalhando-se em torno das fases formadas, ligando-as.
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Grande parte dos cermicos produzida a partir de pastas plsticas ou
consolidao de ps cermicos.
A conformao pode ser feita por: prensagem, torneamento, moldagem,
laminao, extruso, injeo, colagem e sopro.
A consolidao dos componentes granulados pode realizar-se em fase slida
ou em fase slida e lquida. A porosidade residual das peas posteriormente
reduzida por sinterizao a altas temperaturas ou, em certos casos, a altas
temperaturas e presses.
FABRICAOEPROCESSAMENTODOSMATERIAISCERMICOS
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FABRICAOEPROCESSAMENTODOSMATERIAISCERMICOS
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FASESPRINCIPAIS
Os processos de fabricao podem diferir de acordo com o tipo de pea ou
material desejado.
De um modo geral eles compreendem as seguintes etapas para as
cermicas cristalinas:
Preparao da matria-prima e da massa;
Formao das peas; Tratamento trmico; e,
Acabamento.
Alguns produtos so submetidos a esmaltao e decorao.
Nas cermicas amorfas a etapa de tratamento trmico precede a formaoda pea.
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Preparao da matria-prima e da massa
As matrias-primas naturais so usadas nas cermicas tradicionais. Aps a
minerao, os materiais devem ser beneficiados: desagregados ou modos,
classificados de acordo com a granulometria e, as vezes, tambm purificadas. As matrias-primas sintticasgeralmente so fornecidas prontas para uso,
necessitando apenas, em alguns casos, de um ajuste de granulometria.
Os materiais cermicos geralmente so fabricados a partir da composio de
duas ou mais matrias-primas, alm de aditivos e gua ou outro meio.
Os diferentes tipos de massas so preparados de acordo com a tcnica a ser
empregada para dar forma s peas e podem ser:
Suspenso(barbotina) para obteno de peas em moldes de gesso ou
resinas porosas;
Massas secas ou semi secas, na forma granulada, para obteno de peaspor prensagem;
Massas plsticas, para obteno de peas por extruso, seguida ou no detorneamento ou prensagem.
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Colagem,
Prensagem,Extruso e
Torneamento
FORMAODASPEAS
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28COLAGEM
Uma suspenso (barbotina) vazada num molde de gesso, ondepermanece at que a gua seja absorvida pelo gesso; enquanto isso, aspartculas slidas vo se acomodando na superfcie do molde, formando a
parede da pea.
O produto apresentar uma configurao externa que reproduz a forma
interna do molde de gesso.
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PRENSAGEM
Utiliza-se sempre que possvel massas granuladas e com baixo de teor de
umidade.
Tipos de prensa utilizados:
Uniaxial: so carregadas com um volume pr -ajustado de massacermica, na qual aplicada uma presso (geralmente de cima paraabaixo) por pistes, dirigidos pela ao de um dispositivo mecnico e
ajudados por volantes; Isosttica: promove uma prensagem uniforme em toda a superfcie,
exigida em alguns produtos de alta qualidade com densidade uniforme.
Os moldes da borracha so enchidos com a massa cermica que, emseguida, submetida a uma presso isosttica elevada, moldando o
objeto.
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PRENSAISOSTTICA
PRENSAUNIAXIAL
P paraprensagem
Fluidopressurizado
Moldeflexvel
Enchimentoda matriz
Compactao Ejeo
Matriz
P
Pistosuperior
Materialverde
1 2
3Pistoinferior
1 2 3
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EXTRUSO
A massa plstica colocada numa extrusora onde compactada e forada
por um pisto, ou eixo helicoidal, atravs de um bocal com determinado
formato, seguindo-se o corte do extrudado. Obtem-se desse modo peas como tijolos vazados, blocos, tubos e outros
produtos de formato regular.
A extruso pode ser uma etapa intermediria do processo de formao,
seguindo-se, uma prensagem como no caso da maioria das telhas, ou otorneamento, como no caso dos isoladores eltricos, xcaras e pratos, etc.
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TORNEAMENTO
Em geral, uma etapa posterior extruso, realizada em tornos mecnicos ou
manuais, onde a pea adquire seu formato final.
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Tratamento Trmico
muito importante, pois dele dependem o desenvolvimento das propriedades
finais destes produtos. Eles so: Secagem: Aps a etapa de formao, as peas em geral continuam a
conter gua, proveniente da preparao da massa. Para evitar tenses e,
consequentemente, defeitos nas peas, necessrio eliminar essa gua,
de forma lenta e gradual, em secadores intermitentes ou contnuos, a
temperaturas variveis entre 50C e 150C.
Queima: realizada aps a secagem, cuja funo a de reduzir a
umidade, prevenindo o excesso de gua na pea e as consequentes
trincas provocadas pelo surgimento de bolhas de vapor. Desta forma,as
peas so levadas para fornos contnuos ou intermitentes e submetidas aum tratamento trmico entre 800C e 1700C.
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Etapas da queima:
Aquecimento da temperatura ambiente at a temperatura desejada; Patamar durante certo tempo na temperatura especificada (reao e/ou
sinterizao); e,
Resfriamento at temperaturas inferiores a 200C.
Transformaes observadas na queima:
Perda de massa;
Desenvolvimento de novas fases cristalinas;
Formao de fase vtrea; e,
Sinterizao das partculas.
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Sinterizao: processo de consolidao do produto durante a queima. Pode
ser definida como a remoo dos poros entre as partculas iniciais,
acompanhada por retrao da pea, combinada com crescimento e unioentre partculas adjacentes.
Tipos de sinterizao
Sinterizao no estado slido (SSS): somente partculas slidas e poros.
Sinterizao com fase lquida (LPS): trs componentes, mas concentra-se
na parte slida (20% lquido).
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36SINTERIZAONOESTADOSLIDO: ESTGIOSEMICROESTRUTURA
(a) Partculas soltas de p;
(b) Estgio inicial (compactao);
(c) Estgio intermedirio (crescimento do pescoo);
(d) Estgio final (crescimento do pescoo
acompanhado pela densificao).
Formao dopescoo
Produto CermicoSinterizado
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37Fluxograma genrico do processo produtivo das indstrias cermicas
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PROCESSAMENTODOSMATERIAISVTREOS
Os vidros a temperatura ambiente apresentam alta viscosidade (
). Como ela
muda com a temperatura, so definidas pontos na correlao viscosidade
versus temperatura que so usados para se trabalhar esse material.
Ponto de deformao (Strain Point)
abaixo desta temperatura o vidro adquirecomportamento frgil: 3x1014 Poise
Ponto de recozimento (Annealing Point)as tenses residuais surgidas na conformao
podem ser eliminadas: 1013Poise
Ponto de amolecimento (Softening Point)
4x107Poise
Ponto de trabalho (Working Point)
O vidro lquido pode ser facilmente deformado
(ou seja, conformado): 104 Poise
Abaixo de 100 Poise
O vidro pode ser considerado um lquido.
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PRODUODEVIDROSPLANOS
De um modo geral, a produo de vidros planos realizada atravs do
processo float glass (como leo em gua); requer baixa viscosidade.
A lamina de vidro formada na superfcie de estanho resfria lentamente a
medida que se move ao longo do banho em uma atmosfera controlada.
Uma vez endurecido, ele sai do banho e passa atravs de um forno de
recozimento para eliminar a tenso residual.
QueimadoresExaustor
Vidro fundido
Banho de estanhofundido
Tanque comrevestimento refratrio
Forno derecozimento
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PRODUODEPLACASDEVIDRO
A produo de vidros planos pode ser tambm realizada atravs do
processo de laminaoem que o vidro fundido passa atravs de dois rolos
circulantes; um processo que requer alta viscosidade.
A lamina de vidro formada apresenta qualidade inferior ao do processo de
banho flutuante.
PRODUODEGARRAFASERECIPIENTES
O processo de obteno de vasilhames o de moldagem por sopro. Nestecaso, o vidro colocado no molde e forado a adquirir a sua forma atravs
da aplicao de alta presso gasosa; o processo requer baixa viscosidade.
Presso
Vidro
Vidro fundido
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PROCESSODETMPERATRMICA
Este processo melhora significativamente a resistncia do vidro, ao mesmo
tempo que altera as suas caractersticas de quebra.
Neste processo, o vidro aquecido at T>Tge menor que a sua
temperatura de amolecimento. Em seguida, o material resfriado
rapidamente com um fluxo de ar de modo uniforme e controlado at a Tamb.
Este processo cria um gradiente de temperatura, onde a superfcie fica mais
fria enquanto o seu interior est mais quente; ou seja, o processo de
resfriamento ocorre com diferentes taxas na superfcie e no ncleo interno.
O aumento da resistncia conseguido pelo
desenvolvimento intencional de tenses superficiais,
residuais, de compresso.
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Distribuio de tenses residuais na seo transversal de uma chapa de vidro
temperada.
A superfcie exterior se resfria e contrai, enquanto o interior permanece fluido,
com a temperatura mais alta do que aquela da superfcie.
H uma contrao no interior colocando a superfcie em um estado de
compresso.
Uma tenso de trao de equilbrio desenvolvida no interior da espessura
do vidro.
Regio prxima superfcie
COMPRESSO
Regio internada placaTRAO
Tenso (MPa)
espessura
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REFERNCIAS
Ashby, MF, Jones, DRH, Engineering Materials 2. Na Introduction tomicrostructures, processing and design. Pergamon Press, Oxford (1986).
William D. Callister, Jr., Materials Science and EngineeringAnIntroduction, John Wiley, NY, 8 ed (2010), Cap. 12 e 13.
Padilha, A.F.Materiais de Engenharia. Hemus. So Paulo. (1997).
*IUPAC. Compendium of Chemical Terminology, 2nd ed. (the "Gold Book").
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APNDICE
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ESTRUTURADAHIDROXIAPATITA*
* http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422009000500025
Estrutura cristalina (a) e frmula qumica da biocermica hidroxiapatitaHA (b)
3 Ca3(PO4)2+ Ca(OH)2Ca10(PO4)6(OH)2
(a) (b)
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SiO2 OSi O ou :::S:::No existe
SiO
O
O
O
-
+
--
-
-4
Amorfo
Cristalino
Si
O
OO
O
O
OO
OOOO
OO
OO
OO
O
OSi
Si
Si
Si Si Si
SiSi
SiSi
Notao de Lewis mostrandoa origem do carter iniconas ligaes atmicas.
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ESCALADEELETRONEGATIVIDADECONFORMEL. PAULING
Maior facilidade emcedereltrons.
CTIONS
Maior facilidade emganhareltrons.
NIONS
InertesGases Nobres
A eletronegatividade o poder que um tomo tem de atrair eltrons para si.
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Defeitos Pontuais em Slidos Inicos
Aneutralidade eltricadeve a ser respeitada.
DEFEITO SCHOTTKY: lacuna aninica + lacuna catinica
DEFEITO FRENKEL: ction intersticial + lacuna catinica
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FATORESNAFORMAODAESTRUTURACRISTALINADEUMMATERIALCERMICO
Depende da relao entre o nmero de coordenao (NC) e a razo rC/rAque
corresponder maximizao dos contatos entre os tomos vizinhos de cargas
opostas.
Nmero deCoordenao
Razo (rC/rA)ideal
3 0,155
4 0,2256 0,414
8 0,732
12 1,00
Cada tipo de tomo ocupa posies determinadas na rede cristalina.
Estveis Instvel
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EMPILHAMENTONAESTRUTURACRISTALINADEUMMATERIALCERMICO
As estruturas cristalinas cermicas podem ser consideradas em termos de planos
de ons densamente compactados, bem como de clulas unitrias.Normalmente, os planos densamente compactados so compostos pelos nions,
de maiores dimenses.
medida que os planos so empilhados uns sobre os outros, vazios intersticiais
so criados entre eles, onde os ctions podem ser alojados.
Triangular OctadricoTetradrico
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As estruturas cristalinas das cermicas, embora possam aparentemente ter
uma organizao semelhante ao de um sistema cristalino metlico, a sua
classificao no ser a mesma, devido a presena de mais de um tipo de
tomo. Exemplos:
A estrutura cristalina cbica da cermica inica CsCl se parece com uma
CCC, porm, no o pois, o tomo (Cs - ction) no centro da estrutura
cbica diferente daqueles nos vrtices (Cl - nion).
Se os tamanhos relativos dos ons forem bem diferentes, o on positivo
pode se ajustar nos espaos intersticiais entre os ons negativos maiores
como no NaCl (estrutura cbica de face centrada - CFC).
Cl
Cs
Cl
Na
000
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= ( +)
Onde, n = nmero de ons da frmula dentro da clula unitria;AC = somatria dos pesos atmicos de todos os ctions;AA = somatria dos pesos atmicos de todos os nions;VC = volume da clula unitria;
NA = nmero de Avogrado (6,022 x 1023tomos por mol).
DENSIDADETERICADEUMMATERIALCERMICOCRISTALINO
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SINTERIZAOCOMFASELQUIDA: ESTGIOSECARACTERSTICAS
Rearranjo de partculas: formao e fluxo viscoso de um lquido que
molha o slido, se espalha e junta as partculas por presso capilar,
causando alguma densificao.
Soluo-precipitao: dissoluo de
partculas slidas pequenas no lquido e precipitao nas superfcies
slidas de partculas grandes;
contatos partcula-partcula e precipitao em gros no comprimidos;
cantos agudos e precipitao em superfcies cncavas.
Coalescncia: crescimento do gro ocorre de modo a formar umaestrutura slida de partculas.