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Planejamento e
Controle de
Manutenção
Módulo 2 – Estruturação do
Planejamento e Controle da
Manutenção
José Henrique Egídio
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Tópicos
1. Papel do PCM;
2. Organização da Manutenção;
3. Definindo Atividades e Atribuições dos Membros do PCM;
4. Matéria-Prima do PCM;
5. Produto da Manutenção.
Objetivos
Ao final deste módulo esperamos que você seja capaz de:
1. Compreender qual é o papel do PCM no âmbito da manutenção;
2. Compreender, avaliar e organizar as atividades da manutenção e as atribuições de
toda equipe de PCM;
3. Compreender qual é o produto da manutenção que a produção quer comprar.
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TÓPICO 1 – Papel do PCM
No Módulo anterior, falamos sobre a função básica da manutenção.
Vamos relembrá-la:
“Reduzir os custos, mas garantir a disponibilidade e a confiabilidade das
máquinas e instalações.”
Esta combinação ideal, desejada por todos os envolvidos na produção é a meta permanente e o maior
desafio dos profissionais e das equipes de manutenção. Somos nós que precisamos garantir no chão
de fábrica o funcionamento da fórmula.
Todavia, para obter sucesso, precisamos cumprir alguns requisitos:
Reciclagem dos profissionais de manutenção;
Incorporação acelerada da informática;
Integração das Manutenções Corretiva e Preventiva com Manutenção Preditiva;
Aplicação de novas ferramentas para o gerenciamento da manutenção;
Eliminação da possibilidade de erros e falhas através da análise e aprendizagem.
Gerentes, Supervisores, Programadores, Executores: todos na manutenção estão sendo pressionados
pelo mercado a iniciar um ciclo de atualização que incorpora a metodologia dos sistemas de gestão da
qualidade.
Assuntos como o desenvolvimento das funções de manutenção, a definição e construção de
indicadores de qualidade e de desempenho para o setor, a estruturação das informações e as análises
da relação custo/benefício são conteúdos usuais nesta reciclagem.
Neste contexto, quais são as atribuições da equipe de manutenção?
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Atribuições da equipe de manutenção
Entenda um pouco mais sobre essas atribuições:
Técnica
Diz respeito à nossa capacidade de resolver os problemas dos ativos – equipamentos e sistemas –
através de ações de engenharia.
Palavra-chave: “Como”.
Como eliminar essa falha?;
Como devemos agir para esse erro não se repetir?;
Como esse material falhou?
De relacionamento
Interpessoal, que trata das relações entre as pessoas da organização, e institucional, que trata da
relação entre os departamentos que compõem a estrutura organizacional da empresa.
Palavra-chave: “Quem”.
Quem irá executar?;
Quem tem a responsabilidade e autoridade?
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Gerencial
São as ações ou conjunto de ações que todos que gerenciam as atividades de manutenção devem
aplicar para atingir os objetivos e metas da organização.
Palavras-chave: “O quê, Por quê, Onde, Quando e Quanto”.
Portanto, caro(a) aluno(a), esperamos que você inicie este módulo sabendo que o único produto que a
operação deseja comprar da manutenção e engenharia chama-se:
"Maior disponibilidade confiável ao menor custo".
É bom ter em mente que “quanto maior for a disponibilidade, menor será a demanda de serviços”,
sendo a consolidação desta política baseada, também, na participação de todos os envolvidos,
operação e manutenção e nas atividades relacionadas aos equipamentos e instalações.
Causas de insucesso do PCM
Um problema encontrado na estrutura do PCM em diversas empresas é a realização das atividades
sem um fluxo definido. Isso acontece quando não se tem papéis devidamente estipulados para cada
função.
O resultado é desastroso: alguns profissionais acabam realizando atividades que não deveriam,
acumulando função de outro operário, que em virtude disso, pode ficar com carga de trabalho
reduzida.
Um exemplo desse fato é o planejador ou programador que compra serviços e peças o dia inteiro.
Sendo o Setor de Compras responsável por essa função, os profissionais de PCM geralmente
compram mal, não negociam e podem com isso, negligenciar suas atividades principais.
Na prática, verifica-se que uma grande parcela dos agrupamentos de Planejamento e Coordenação de
Serviços de Manutenção das empresas nacionais atua apenas na inclusão dos serviços e geração de
OS.
Fatores de aumento da produtividade
Serviço planejado: é mais bem feito, mais seguro, mais rápido, mais barato;
Análise de quebras e falhas: evita novas ocorrências, elimina as paradas constantes e reduz a
incidência da Manutenção Corretiva.
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A função do PCM é definir os métodos e tarefas de manutenção que levem à maximização do
desempenho global dos equipamentos e minimização do custo global de manutenção.
O PCM é como o maestro da grande orquestra que é a equipe da manutenção. Se todos estiverem
afinados, a empresa já consegue ouvir uma melodia agradável: produtos entregues na hora certa, na
quantidade certa, com o custo adequado, sem agredir o meio ambiente e preservando a segurança de
todos os empregados envolvidos na fabricação e do cliente a que se destina.
No próximo tópico, explicaremos como deve ser a organização do PCM e qual a função de cada
membro da equipe.
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TÓPICO 2 – Organização da Manutenção
No inicio do século passado, a manutenção era considerada como setor
secundário dentro das empresas e era executada pelo mesmo efetivo de
operação. Com a implantação da produção em série, instituída por Ford, a
produção passa a ser estabelecida por programas em função das linhas
de montagem.
Por conseguinte, foi necessário criar equipes encarregadas de executar a manutenção dos
equipamentos e máquinas operatrizes, tendo como meta fazê-lo no menor tempo possível.
Como já estudamos no módulo anterior, o escopo manutenção era somente o conserto dos
equipamentos após a quebra.
A programação das atividades acontecia em função da importância do equipamento dentro na unidade
de produção. O registro era mínimo; as anotações eram feitas pelos executores em pequenos
cadernos.
Organização da manutenção no início do século XX
Esse tipo de organização se manteve até a Segunda Guerra Mundial, que trouxe um aumento de
demanda e necessidade de maior agilidade da produção. A preocupação dos gerentes das indústrias
era evitar que os equipamentos quebrassem, o que invariavelmente pararia a produção.
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Com a introdução da Manutenção Preventiva, as atividades passaram a ser sistematizadas, e a
manutenção adquiriu a mesma importância da operação dentro do ambiente industrial.
Após a Segunda Guerra, foi necessário um grande esforço de reconstrução mundial. A indústria teve
que se desenvolver para atender à grande demanda existente: a evolução da aviação comercial, da
indústria eletrônica e da automobilística.
Organização da manutenção a partir dos anos 40
Dentro da Gerência de Manutenção, identificou-se a necessidade de um especialista com as seguintes
funções:
Planejar e controlar os períodos da manutenção;
Registrar as horas trabalhadas e quilômetros rodados dos equipamentos;
Registrar os principais reparos aos quais o equipamento foi submetido;
Registrar e controlar o consumo de combustíveis e óleos;
Registrar e controlar o desgaste do material rodante;
Com esses registros, foi possível criar o histórico de cada equipamento utilizado.
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Organização da manutenção após a Segunda Guerra Mundial
A partir de 1980, com a instalação de microcomputadores nas salas da manutenção e o
desenvolvimento de programas destinados ao gerenciamento da manutenção, tarefas que antes
consumiam vários dias na programação passaram a ser executadas em poucos minutos.
Essa situação favoreceu o PCM, que pôde melhor desempenhar suas funções:
Assessorar os Gerentes de Manutenção, Operação, Produção ou Industriais;
Elaborar, desenvolver e divulgar os indicadores de acompanhamento e desempenho da qualidade
de manutenção;
Elaborar e emitir relatórios para análise e avaliação das atividades executadas e para diagnósticos
das quebras e falhas;
Acompanhar os custos relativos à atividade de manutenção dos ativos;
Facilitar as atividades de controlar e planejar a manutenção.
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Organização da manutenção após os anos 80
Como acabamos de aprender, existem diversas formas de subordinação da manutenção dentro da
empresa, principalmente em decorrência do processo de evolução das atividades industriais.
Os tipos de situações encontradas atualmente são:
A equipe de manutenção é subordinada direta do Chefe de Produção;
A equipe de manutenção é subordinada direta da Área de Engenharia;
A equipe de manutenção é subordinada ao Diretor de Produção.
Vamos estudá-las individualmente a seguir.
Situação 1: A equipe de manutenção é subordinada direta do Chefe de Produção
Vantagens e desvantagens deste tipo de organização
Vantagens:
Existe somente um responsável pelo sucesso ou insucesso de metas de produção;
Compete ao gerente de produção definir metas e ciclos de trabalho bem como rotinas de
manutenção.
Desvantagens:
As metas imediatas de produção podem levar a supervisão a determinar redução nas rotinas
de manutenção, com o consequente comprometimento de metas futuras, aumento de quebras
e baixos padrões de confiabilidade;
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Os encarregados de produção normalmente não possuem formação adequada para orientar
trabalhos de manutenção;
A médio prazo haverá rotatividade do pessoal mais competente que trabalha na manutenção
em busca de melhores posições em outras empresas.
Situação 2: A equipe de manutenção é subordinada direta da Área de Engenharia
Vantagens e desvantagens deste tipo de organização
Vantagem:
Profissionais de manutenção encontram alguma afinidade com a equipe de engenharia.
Desvantagem:
Os profissionais de manutenção, pela própria natureza de suas atividades, são pessoas
práticas e poderão ter problemas com especialistas em projetos que costumam utilizar muito
tempo em estudos de detalhes de sua especialidade.
Situação 3: A equipe de manutenção é subordinada ao Diretor de Produção
Esta é a posição mais aceita atualmente: os profissionais de manutenção têm a sua frente melhores
perspectivas de carreira e melhores níveis hierárquicos.
A direção industrial deverá estabelecer as metas de produção e as diretrizes operacionais, ouvindo o
seu departamento de produção explicar a capacidade das máquinas, e posteriormente devendo
consultar a manutenção sobre as condições reais do equipamento.
Confira a seguir, os dados da Associação Brasileira de Manutenção sobre a distribuição de níveis
hierárquicos e pessoal próprio da manutenção nas empresas.
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Distribuição de níveis hierárquicos da manutenção*
Distribuição de pessoal próprio da manutenção*
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Quantidade de níveis hierárquicos na estrutura da manutenção*
* Dados da Associação Brasileira de Manutenção
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TÓPICO 3 – Definindo Atividades e Atribuições dos
Membros do PCM
Iremos discorrer, neste tópico, sobre as principais atribuições dos
membros do Setor de Manutenção: Planejador, Programador,
Aprovisionador de Materiais, Controlador/Apontador e Inspetor e suas
respectivas atividades.
Organograma atual do PCM
Planejador
A função do Planejador de Manutenção é definir os métodos e tarefas de manutenção preventiva que
levem à maximização do desempenho global dos equipamentos e minimização do custo global de
manutenção.
Também é função do Planejador realizar o planejamento das atividades de manutenção de acordo
com os dados levantados pela área de inspeção.
Quando um Inspetor verifica alguma anormalidade em determinado equipamento, ele abre uma ordem
de serviço que fica com o status de "aguardando planejamento". A partir desse momento, a
responsabilidade de fazer o planejamento da manutenção para corrigir a anormalidade detectada é do
Planejador de manutenção.
O planejador de manutenção irá definir basicamente o quê fazer e quando fazer, definindo
frequências ou periodicidades. Essa dinâmica pode ser vista na imagem a seguir, que mostra um
exemplo de mapa de 52 semanas.
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Exemplo de mapa de 52 semanas
Programador
As funções do Programador de Manutenção são: analisar a carteira de serviços da empresa, analisar
as condições dos recursos materiais e logísticos necessários à execução dos serviços de
manutenção, analisar as condições físicas, operacionais e de segurança e programação de serviços
no software de manutenção utilizado pela empresa.
Outras funções do Programador de Manutenção:
Estabelecer as OS: enumerar as Ordens de Serviços a serem executadas, a sequência de
execução, as interferências, as especialidades, a quantidade de pessoas executantes e o tempo
de execução para cada uma;
Negociar as paradas: passar uma cópia do cronograma para que o programador negocie as
paradas dos equipamentos com a operação com um número arbitrário de vezes por semana;
Fechar a programação: uma vez confirmadas as paradas dos equipamentos, fechar a
programação uma vez por semana e distribuir cópias do cronograma e das OS para os
supervisores das equipes executantes.
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Aprovisionador de Materiais
O papel do Aprovisionador de Materiais é requisitar ao almoxarifado todos os materiais necessários à
execução dos serviços; acompanhar as recuperações dos subconjuntos junto à oficina; acompanhar,
junto ao técnico de gestão de sobressalentes, as recuperações externas; disponibilizar materiais para
a equipe de execução e devolver materiais não utilizados ao almoxarifado.
Controlador/Apontador
Uma das funções do Controlador ou Apontador da Manutenção é verificar a consistência dos dados
inseridos na OS durante a execução (HH executados, materiais utilizados, tempo de serviço,
assinatura do supervisor na OS, descrição das atividades realizadas).
Também são funções do Controlador/Apontador:
Devolver a OS ao programador, caso os dados inseridos na mesma estejam incoerentes ou
faltantes;
Encerrar a OS no sistema de manutenção informatizado;
Fazer a movimentação dos componentes ou equipamentos substituídos, no sistema de
manutenção informatizado;
Controlar todos os indicadores de manutenção, como: MTBF, MTTR, Disponibilidade Física (DF)
etc.;
Fornecer dados diários dos indicadores para todos os Supervisores de Manutenção e também
para o Gerente de Manutenção.
Inspetor
Através do conhecimento técnico e de sua especialidade, o Inspetor de manutenção sabe como é
cada equipamento internamente, como cada um deles funciona, quais são os tipos de falhas, quais
são os problemas de instalação e de projeto, o que é normal e o que é anormal.
Identifica as possíveis falhas antes que elas ocorram e define intervenções necessárias para o reparo,
quais os recursos necessários para o desenvolvimento das atividades e quais os materiais previstos
inicialmente.
De posse de tais informações, o Inspetor alimenta o programa de gestão de manutenção para
próximas programações de manutenção.
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Serão apresentados, a seguir, um resumo das principais atividades do PCM e a organização de um
sistema de gerenciamento da manutenção.
Principais atividades do PCM
Sistema de gerenciamento da manutenção
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TÓPICO 4 – Matéria-Prima do PCM
Para o desenvolvimento das atividades do PCM, temos como matérias-
primas os seguintes documentos:
Planejamento anual de produção;
Planejamento de 52 semanas;
Padrões;
Análise de tarefas;
Relatório das inspeções.
Estudaremos, a seguir, o significado de cada um deles.
Planejamento anual de produção
A partir do planejamento anual e da avaliação de produtividade de cada equipamento do processo,
sabe-se quanto tempo tem-se para se fazer manutenções.
Mapa de 52 semanas
O cronograma de 52 semanas é a demonstração gráfica de todas as manutenções programadas para
o período de um ano.
Padrões
Uniformização de processos, símbolos ou comportamento de indivíduos. Imposição de modelos
aceitos por um grupo e forçados a outro grupo pela criação de novos hábitos ou costumes.
Análise de tarefas
Envolve a determinação detalhada do desempenho requerido do homem e da máquina, a natureza e
extensão de suas interações e os efeitos de condições ambientais e mau funcionamento.
Dentro de cada tarefa, as partes comportamentais são isoladas em termos de percepção, decisão,
memórias e saídas motoras requeridas, bem como os comportamentos que podem ser esperados.
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Relatório das inspeções
A inspeção de equipamentos industriais visa à identificação de problemas e possíveis falhas. O
relatório elaborado deve direcionar os esforços para a eliminação e correção. Esse documento resulta
em ações proativas.
A equipe também é uma matéria-prima do PCM. Por equipe, entende-se pessoal responsável pela
execução de uma determinada tarefa ou atividade de manutenção.
Para saber mais sobre o treinamento de equipes de manutenção, leia o PDF “A capacitação do
pessoal e das oficinas”, disponível para download na seção Material Complementar da Sala Virtual.
As matérias-primas são responsáveis por alimentar o fluxo das etapas principais do PCM. Observe
essa dinâmica a seguir:
Fluxograma do PCM
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TÓPICO 5 – Produto da Manutenção
Tenha sempre em mente o conceito moderno de manutenção, que é
"garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de
modo a atender a um processo de produção e a preservação do meio
ambiente, com confiabilidade, segurança e custos adequados".
Como já estudado no início deste Módulo, o único produto que a operação deseja comprar da
manutenção e da engenharia é a "maior disponibilidade confiável ao menor custo".
Além disso, vimos também que quanto maior for a disponibilidade, menor será a demanda de serviços.
Apesar de todas as etapas do PCM serem conhecidas por todos, e o cumprimento de cada passo ser
bem executado, não se consegue, normalmente, o atendimento a todas as atividades previstas. Um
dos problemas no fechamento desse fluxo é o excesso de demandas. Iremos estudar, a seguir, os
diversos fatores que contribuem para o não comprimento da meta.
1° Fator: Falta de qualidade na manutenção
Não adoção de uma solução definitiva: a atividade é concluída; entretanto, por falta de
conhecimento dos executores ou pela não aplicação de ação definitiva e necessária, o executor
retorna novamente ao serviço;
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Falha prematura: por falta de conhecimento dos executores ou erro na montagem do componente,
o equipamento falha antes do previsto.
Em ambos os casos, o equipamento fica parado além do previsto, causando perda de produção.
2° Fator: Falta de qualidade na operação
Falha prematura: por erro de projeto ou instalação, o equipamento apresenta falhas incomuns;
Utilização incorreta: a falta de conhecimento dos operadores na utilização do equipamento pode
causar quebras ou falhas;
Operação incorreta do equipamento: os operadores têm o conhecimento sobre a utilização, mas
cometem erros no momento da operação.
3° Fator: Falta de qualidade na instalação/problemas crônicos
Problemas do projeto: por falta de conhecimento das condições de operação ou do local, o
equipamento/a instalação apresenta vários problemas durante sua utilização;
Problemas repetitivos: a falta de tecnologia não permite sanar tais problemas. A solução pode não
ser conhecida, demandando engenharia mais aprofundada, que deverá resultar em melhorias.
4° Fator: Serviços desnecessários
Resultam de filosofia errada aplicada na Manutenção Preventiva exagerada;
Ocorrem quando não se considera o binômio Custo × Benefício.
Para evitar que essas quatro situações aconteçam, é necessário criar um Manual de Organização da
Manutenção.
Os objetivos deste Manual são: divulgar e nivelar conceitos e conhecimentos, divulgar as estratégias
da organização, determinar as políticas a serem adotadas e servir de base para os treinamentos da
equipe.
Uma das atividades deste Módulo é o desenvolvimento de um Manual de Organização da
Manutenção. Dessa forma, você terá a oportunidade de aplicar na prática os conceitos que aprendeu.
Um esboço deste Manual está disponível para download na área de materiais complementares da
Sala Virtual.
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Revisão
Acompanhe, nas imagens a seguir, a revisão das fases de organização da
manutenção e as atividades que são realizadas em cada uma delas.
1ª Fase: Consertar o que está quebrado
2ª Fase: Educação e treinamento para reconhecer os problemas e definição de ações
para eliminá-los
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3ª Fase: Definição de estratégias e metas que se concretizem em melhorias
4ª Fase: Elaboração e implantação de novos padrões
5ª Fase: Análise dos resultados
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Gráfico de maturidade das fases de organização da manutenção
Confira na Biblioteca de Mídias do curso, o texto “A capacitação do pessoal e das oficinas”. O texto aborda conceitos importantes relacionados a equipes e treinamentos, programas de treinamento e sobre o papel dos Gerentes de Manutenção e de Recursos Humanos no treinamento e no desempenho da equipe.
Chegamos ao final do Módulo II!
O próximo passo é realizar as atividades do Módulo II e
compartilhar suas dúvidas e/ou dicas sobre o conteúdo no
Grupo de Estudos – Módulo II.
Bons estudos!