Planeamento e gestão da formação leonel boano

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PLANEAMENTO E GESTÃO DA FORMAÇÃO PROF: Leonel Claudino Boano

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PLANEAMENTO E

GESTÃO DA FORMAÇÃO

PROF: Leonel Claudino Boano

FORMAÇÃO E APRENDIZAGEM

Quando falamos de formações e aprendizagem, é

bom que não esqueçamos que ambas se

completam, uma vez que podemos considerar as

práticas de formação como acções de

aprendizagem.

Assim, a formação não se deve dissociar da

aprendizagem, constituindo o conhecimento deste

factor de sucesso da primeira.

Caberá aqui destacar as seguintes definições:

-Formação: intervenção visando a modificação nos

domínios dos saberes-fazer e dos saberes-estar do

sujeito em formação;

-Formação: acção de desenvolvimento,

principalmente entre os jovens, das virtualidades

que poderíamos designar de humanas: a

inteligência, a consciência moral e sentido social.

FORMAÇÃO E APRENDIZAGEM

Pode ser definida como:… «o aperfeiçoamento

sistemático do padrão de comportamento de

atitude, conhecimento e capacidade exigido por

um indivíduo com vista a desempenhar

adequadamente uma dada tarefa ou posto de

trabalho».

Devemos abordar as seguintes questões:

razão da formação;

ligação entre a aprendizagem e a formação;

as fases do ciclo de formação;

a ligação entre a aprendizagem e a formação;

FORMAÇÃO E APRENDIZAGEM

o papel de formador e do formando;

os diferentes tipos de formador e as suas

características nas relações de autoridade e

funcionalidade e,

por último, a perspectiva do auto-aperfeiçoamento

com ênfase no papel, nas necessidades e motivação do

formando, bem como nas necessidades

organizacionais.

FORMAÇÃO E APRENDIZAGEM

PLANEAMENTO DOS PROGRAMAS

DE FORMAÇÃO

Num processo de planeamento temos quatro fases:

Reflexão e precisão das acções a realizar;

Concepção do plano de formação;

Mobilização de recursos;

Implementação das acções de formação e

acompanhamento e controlo.

No momento de definir o programa de formação é

necessário decidir qual o tipo de formação a

adoptar, isto é, se a formação é interna ou

externa.

O plano de formação é utilizado para pôr em

prática a política de formação definida com os

objectivos pessoais e empresariais.

No plano de formação devem constar:

Os objectivos gerais baseados em resultados

qualificáveis e mensuráveis;

Os indicadores que serão utilizados para avaliar a

formação;

As prioridades e conteúdos, isto é, quais as metas

estabelecidas em termos de prazo e áreas prioritárias

e quais os conteúdos para atingir os objectivos;

PLANEAMENTO DOS PROGRAMAS

DE FORMAÇÃO

A pedagogia, isto é, discriminar as actividadesnecessárias para atingir objectivos tendo em conta osrecursos humanos e materiais disponíveis;

A duração e calendário das acções de formação;

As categorias dos formandos;

A orçamentação, isto é, os custos que a empresa prevêter com a acção de formação;

As formas de avaliação.

A fase de recursos é necessário contratar osformadores, seleccionar os formandos,disponibilizar os meios e os materiais para que aacção possa existir.

PLANEAMENTO DOS PROGRAMAS

DE FORMAÇÃO

À implementação das acções de formação deve

fazer-se um acompanhamento e controlo das

mesmas para analisar se tudo funciona da forma

prevista ou se há algo a mudar.

PLANEAMENTO DOS PROGRAMAS

DE FORMAÇÃO

RAZÃO DA FORMAÇÃO

Quais são as vantagens

da formação?

ALGUMAS RAZÕES DA FORMAÇÃO

A formação torna o trabalho mais eficiente, ou em

outras palavras mais célere.

Tempos reduzidos de aprendizagem.

Métodos de trabalho mais eficazes

Aplicações mais qualificadas de determinadas

tarefas.

Formas inovadoras de trabalho.

Atitudes mais positivas para com a organização e o

cliente.

A aplicação do conhecimento e das capacidades, ou

de técnicas específicas como a negociação,

contribuem para uma maior eficiência.

No topo da pirâmide da aprendizagem, podem ser

estimulados pela formação, o raciocínio e a

tomada de decisão bem como a criatividade e o

pensamento lateral.

ALGUMAS RAZÕES DA FORMAÇÃO

Podem ser evitados e realizados os «acidentes»

através da formação em matérias como higiene e

segurança no trabalho;

Os analistas de mercado podem ter maiores

perspectivas;

Os contabilistas podem fazer avaliações de

desperdício;

O departamento de pessoal pode ter menor rotação

de pessoal devido a programas de iniciação e

aprendizagem do posto de trabalho.

ALGUMAS RAZÕES DA FORMAÇÃO

Com todos os elementos citados acima, poderá

significar uma maior produtividade global e pode

resultar numa organização mais eficaz.

ALGUMAS RAZÕES DA FORMAÇÃO

A relação entre formação e organizações eficazes

precisa de investigação mais rigorosa.

Alguns autores que tratam da eficiência

organizacional colocam a fase no Ciclo de

Formação como um dos indicadores de maior

produtividade.

RAZÃO DA FORMAÇÃO

A formação justifica-se principalmente como meio

de melhorar o desempenho de uma determinada

tarefa ou do posto de trabalho.

A formação é uma das componentes da gestão de

recursos humanos com interdependências no

seguinte:

Recrutamento e selecção

Gestão de conflitos

Gestão salarial

Sistemas de incentivos.

A GRANDE SURPRESA

O desempenho pode ser melhorado através de

outros factores como:

Introdução de novas tecnologias ou métodos de

trabalho

Equipamentos ou instalações.

Se o problema for motivado por uma questão de

Recursos humanos e a manifestação desse

problema disser respeito a deficiências ao nível

das capacidades, das atitudes ou dos

conhecimentos, é provável que a solução desse

mesmo problema passe por um programa de

Formação adequado.

A GRANDE SURPRESA

A SATISFAÇAO PLENA

Um melhor desempenho, só se atinge através da

capacidade individual ou de grupo e com esforço e

empenho.

Um melhor desempenho, não é o único produto

final da formação.

A satisfação profissional do formando no local de

trabalho pode ser aumentada pelos resultados da

formação.

Pelo seguinte…

O orgulho por desempenhar bem um posto de

trabalho

Da consciência da própria competência

Da conquista

Do respeito dos colegas através da sua competência.

A SATISFAÇAO PLENA

«Aprender

a

aprender»

LIGAÇÃO ENTRE A

APRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO

A base da aprendizagem e da formação é a

aquisição e utilização de capacidades,

conhecimentos e atitudes, para que os

comportamentos e atitudes sejam modificados.

Distinguem-se duas teorias:

1 - As que fazem apelo ao condicionamento;

2 - As que revelam a compreensão e o

questionamento como modo de construção das

respostas.

O indivíduo necessita de ser convencido da

necessidade de formação porque sem esse

empenho a aprendizagem será um processo muito

lento.

O conhecimento dos resultados e o feedback sobre o

desempenho permitem a reprodução de respostas

(bem sucedidas) conhecidas e o reajustamento

das respostas inadequadas.

LIGAÇÃO ENTRE A

APRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO

A aprendizagem feita fora do local de trabalho,

fisicamente afastada do mesmo, pode resultar

numa aprendizagem mais eficaz em termos

sistemáticos, com menos obstrução à

aprendizagem.

No entanto, a aplicação ao posto de trabalho, tem o

problema de ser não sistemática e prevalecendo o

imprevisto sobre a aprendizagem formalizada

com objectivos-chaves.

Todavia, facilita a transferência para o posto de

trabalho e, desde que seja sistemática, tem muito

a dar.

LIGAÇÃO ENTRE A

APRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO

Em suma, as teorias da aprendizagem e aplicação

de princípios de aprendizagem constituem a

pedra angular da formação – seja ela no posto de

trabalho ou fora dele.

LIGAÇÃO ENTRE A

APRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO

CICLO DE FORMAÇÃOETAPA I

Identificação de necessidades

ETAPA II

Planeamento

ETAPA III

Implementação

ETAPA IV

Avaliação

DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES

Fornece os seguintes pontos para interpretação e

reflexão:

A identificação dos sujeitos participantes no

levantamento, que engloba a experiência profissional

anterior, a escolaridade, a experiência profissional e a

discrição de cargos;

Os problemas organizacionais e de formação da

empresa e das áreas em que os participantes actuam,

analisados do ponto de vista individual e em grupo;

Os problemas prioritários da empresa e das áreas

onde actuam;

Faz-se uma listagem dos três problemas prioritários

analisados numa óptica individual e de grupo;

A auto-avaliação que engloba a liderança do grupo, a

visão da dinâmica organizacional e profissional, o

grau de satisfação e os objectivos pessoais;

As opiniões dos participantes sobre a empresa no que

respeita ao desenvolvimento das actividades, factores

motivacionais e características organizacionais;

As conclusões dos participantes no que respeita as

vantagens percebidas no levantamento e as

consequências esperadas com o levantamento.

O responsável pelo levantamento tem condições

para proceder a interpretação e a escolher a

estratégias da acção.

DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES

A análise individual das necessidades de formação

apresenta-se de grande importância pela

frequência em alguns casos de indivíduos que

desconhecem as razões da sua presença.

DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES

QUESTIONÁRIOS & ENTREVISTAS

Tópico para elaboração de questionários para

entrevistas aos trabalhadores:

Questões de âmbito social.

Questões relacionadas a sua personalidade e

experiência.

Qual a sua satisfação no posto de trabalho?

Quais os seus desejos actuais de formação?

Que tipo de formação prefere: na empresa, no

exterior, a tempo inteiro ou parcial?

Em que acções de formação já participou?

Posteriormente adequa-se as necessidades de

formação individuais as da empresa.

VALIDAÇÃO E AVALIAÇÃO DA

FORMAÇÃO

A avaliação da formação é a última etapa do

processo de formação e tem como objectivo

analisar e garantir que o que antes foi planeado,

foi alcançado.

Permite também analisar as causas das eventuais

falhas e, desta forma, melhorar a formação actual

ou, as futuras.

DIFERENÇA ENTRE VALIDAÇÃO E

AVALIAÇÃO

A validação está ligada ao sentido de legitimidade e

mede a eficiência da formação, ou seja, verifica se

foram bem utilizados os recursos postos à

disposição da formação.

A avaliação está ligada à determinação do valor

real e mede a eficácia da formação, isto é, em que

medida se alcançam os objectivos finais da

formação.

DIFERENCIE AS

MESMAS POR

UMA ÚNICA

PALAVRA

CADA.

Em outras palavras…

A validação encontra-se ligada a aspectos como a

reacção pessoal dos formandos à formação e a

aprendizagem dos conteúdos.

A avaliação diz respeito à forma como a

aprendizagem se traduz no posto de trabalho do

individuo, isto é, se houve uma melhoria no seu

desmpenho.

DIFERENÇA ENTRE VALIDAÇÃO E

AVALIAÇÃO

DEVE-SE

REALMENTE

FAZER ALGO

PARA MUDAR O

RUMO DA

FORMAÇÃO

O QUE FAZER

ENTÃO, PARA

MELHORAR A

FORMAÇÃO

Medir as reacções dos participantes mensalmente

através de questionários (quantificáveis ou não)

aos formadores.

Os formandos devem exprimir a sua opinião sobre o

interesse e envolvimento dos formadores.

Avaliar as reacções dos formandos e melhorar a

formação, no caso de ser necessário, por exemplo,

mudar formadores, conteúdos ou local de

formação.

EM UMA

ÚNICA

PALAVRA…

FAZER O

FOLLOW UP

ERROS A NÃO COMETER

A avaliação da formação não deve ser feita no

momento imediatamente a seguir a acção de

formação, pois é necessário tempo para que o

formando possa pôr em prática aquilo que

aprendeu.

O objectivo deste nível de medição é verificar se o

comportamento dos formandos, no posto de

trabalho, se modicou como resultado da formação.