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Página 2 Sexta-feira, 20 de jullio de 1045 O JtíLOKO SPORTIVO

ampteanata(P&ulüâta

Voltou o campeonato bandeirante em sua terceirarodada a oferecer surpresas. Assim podem ser consi-derados os empates do Palmeiras com o Comercial edo Coríntians com o Juventus, o que veio tornar aindamais folgada a situação do São Paulo, lider invicto.

''Nos outros jogos o Santos derrotou o Ipiranga e a Por-tuguesa de Desportos venceu o S.P.R. por 5 a 2

Os detalhes da rodada foram estes:

CORÍNTIANS 3 X JUVENTUS 3

Renda: Cr$ 49.909,00.Juiz: Arthur Cidrin.Goals de Milani, Nelson, Milani e Servilio, no pri-

meiro tempo e Paulo e Ferrari, no segundo.CORÍNTIANS: Bino — Domingos e BègUòinihi;

Palmer — Brandão e Aleixo — Cláudio — Milani —

Servilio — Eduardinho e Pipi.JUVENTUS: Clúqutnho — Ditão e Belacosa —

Curtis — Covelli e Nico — Ferrari — Paulo — TelecoNelson e Zali.

PALMEIRAS 1 X COMERCIAL 1

Renda: Cr$ 36.872,00.Juiz: Jorge Miguel.Goals de Vacaro, no primeiro tempo e Mantovanl,

no .segundo.PALMEIRAS: Oberdan — Caieira e Junqueira —

Og — Túlio e Procopio — Lima, — Gonzalez — Oswal-dinho — Villadonica e Mantovanl.

COMERCIAL: Tufi — Carnera e Jaú — Ulisses —

Bala e Magri — Agostinho — Invernízi — RomeuzinhoFarid e Vacaro.

PORTUGUESA DE DESPORTOS 5 X S.P.R. 2

Juiz- Silio Del Debbio.Renda: Cr 15.273,00.Goals de Nininho, Vidal. Moacyr II, Pinga e Nlnl-

nho, no 1.° tempo, e Reginaldo e Passarinho, no se-

gundo. .PORTUGUESA: Caxambú — Loricoe Nino —-*£»-

zinho - Manelão c Hélio - Vidal — Arthur — Nini-nho — Pinga e Reginaldo.

S P R.: Ivo — Moacyr I e Dedão — Jango —

Celeste e Inglês — Sá _ Charuto — Fidel — Passa-rinho e Moacyr n.

SANTOS 3 X IPIRANGA 2

Juiz. Paulo Garcia.Renda: Cr$ 12.400,00.Goals de Nenê, Antoninho (2) e Alberto (de pe-

nalty), no primeiro tempo, e Duzentos, no segundo.

SANTOS: Joel — Idiarte e Toninho — Nenê, Aya-Ja e Alberto"— Jorginho — Antoninho — Odair — Eu-napio e Rubens.

IPIRANGA: Oswaldo — Lulú e SapoUnho — Garro— Oliveira e Alcebíades — Lupercio — Remaldo —

Milton — Nenê e Duzentos.

A SITUAÇÃO DO CERTAME

Posição dos clubes: 1.° lugar — São Paulo, 1 pontoperdido- 2.° — Coríntfars e Palmeiras, 7; 3.° — Por-tuguesa' de Desportos, 8; 4.» — Ipiranga e Santos, 14,5.o — Juventus e S. P. R-. 15; 6.° — Jabaquara, 16;7.° — Comercial, 18; 8.° — Portuguesa Santista, 21.

Artüheiros; Passarinho 15 goals; Servilio e Milani11- Teixeirinha 10. Osvãldinho (Palmeiras), Barrios,Romeuzinho e Leonidas 5, Lima e Remo 8, Vacaro 7.Baltazar, Mario, Pinga I e Nelson 6; Vicente, Gonza-lez, Sastre, Arthurzinho. Nenê (IP-A Nininho e Paulo 5:Aldo, Eunapio, Lui-dnho, Alemão, Cláudio, Capelozi, Og.Teleco, Milton, Ferrari. Mantovanl e Duzentos .4: Pai-va, Bahia, Rubens, Charuto, Reinaldo e Alberttoho 3,Juan Carlos, Gaxro, osvãldinho (Com.) Otaciho Ole-

garto, Rui (Santos). Pipi. Geraldo, Gradin Antoninho.Eduardinho. Rui (Coríntians), Odair. Leonaido' e Agos-tinho 2- Vüladoníga, Maracaí, Osvãldinho (Pprt. de

d2S Mendes, Aleixo, Magri. Figliola. Farid, Don Pe-Srto máá Gengo, Viana, Charuto, Walter. Rivetti,

Brr^dã?z£hoGLtipercio. Zalli Tom Mg. Gagba Inver-ntezi, Damasceno, Rabeca, Vidal e Reginaldo. I.

Artüheiros negativos: Virgílio (6.. Paalo x to**-rtiinra) 1 — Moacir (S.P.R. x Ipiranga) 1 — Caleira<SKUas

, juventus. 1 - Sou** MH» ,*£;baquara) 1 - Jaú (Comercial x Santos) 1 - Taüadas (Port de Desportos x Jabaquara) z.

Arqueiros vasados: Barola (9 jogos) 32 - Chlqui-

nho (12 jogos) 30 - Rodrigues (5J<*°«> » - J°? £?

Jogos) 28 — Talladas (6 jogos) 25 — Tadeu 04 9%.KOS?22 — ivo (8 jogos) 21 - Joaozinho (3 jogos) 15Oberdan (13 jogos) 13 - Caxambú (13 jogos) 13 -

Gijo (11 jogos) 11 -- Rato (6 jogos) 10 - £">

<* 3°eos) 9 — Antônio (2 jocos) 9 — Mauro (3 jogos) / —

Tuffy (4 jogos) 6 — Bino (6 jogos) 6 — Osvaldo (1

jogoj. 3 — Rafael (1 jogo) 2 — Garro (1 jogo) 1 —

Rui"~(l jogo) 1.Juizes que atuaram: João Etzel 14 vezes; Arthui

Cidrin e Jorge Miguel 10 vezes; Sillo Del Debbio 8; JoséAlexandrino 7; Rodolpho Wenzel 6; Paulo Garcia 3, eArthur Rocha, Arthur Garcia e Atilio Grimaldi 2 vezes

Rendas; Total do 1.° turno: Cr$ 2.799.201,00. 2.'turno: 1.» rodada, Cr$ 87.422.00; 2.* rodada. Cr$171.630,00; 3.» rodada, Cr$ 114.454,00.

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DESAPARECE UMA GRANDEFIGURA DO AUTOMOBI-'

LISMO NACIONALA morte de Nascimento Júnior não

ecoou dolorosamente só nos círculosautomobilísticos e no meio industrialem que atuava. Atingiu em cheio oesporte nacional, já que sua figurasimpática irradiara-se áe forma mar-cante no cenário nacional. Par ti ei-pando de competições nacionais, ou-trás de caráter internacional, conquis-taondo vitorias memoráveis contra re-nomados "ases", tudo por amor aoesporte, por espírito õ> "fairpiay", ogrande corredor conquistou um lugarde relevo na admiração dos esportis-ias brasileiros. £ Nascimento Júniornão foi apenas um participante doscertames automobilísticos, foi tambémum animador da difusão do auto-cs-porte, dirigindo e patrocinando provas.

O saudoso ás do volante que temo seu nome ligado a grandes feitosdo nosso automobilismo, taleceu hádias, em São Paulo, após pertinaz en-fermidade que o prendeu no leito poivários meses. O Automóvel Clube dBrasil, que o contava comosócio proprietário e um dosesteios na organização e rea-lizoç&o dos certames auto-mobilísticos, logo que teveciência »S« infausto aconte-cimento, telegrafou à fami-lia enlatada e hasteou o pa-vilhão social em funeral, co-mo preito de homenagem àmemória do saudoso despor-lista!

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CABELOS BRANCOS

JUVENTUDEAalexandre

EVITA-05.5EM TINGIR

Mesíçsjúmero;Diálogos impossíveis (Jayme

Guedes e Antônio Avellar)Caiçaras, campeão iníanto-ju-venil de tennisHistoria do Sul-Americano "do"FootballTiro livreAdvogado de duas bandeirasesportivasO match Vasco e Paímeiraõ(Crônica na página dupla)O primeiro clássicoO trabalhador anônimo dos eis-portesO América venceu com mérUos(crônica do match América eFlamengo)

GIAMRENITO PIANEZZOLA,DO FLAMENGO, VENCEDOR

DA PROVA DE ESPADATHOMAZ CARRILHO"

Realizou-se ao ar livre,, na sede doC. E do Flamengo, a pi ova de espada"Thomaz Carrilho", da qual partici-param onze espadistas dos clubes fi-liados à F.M.E.

Repetindo o feito de 44, o Flamen-go conseguiu este ano reafirmar suaprimeira vitoria, muito embora tlves-se encontrado no Botüogo de F. R.um forte e valoroso adversário. Foiuma das provas mais ardorosamentedisputadas nestes últimos tempos, e éde lamentar o acidente sofrido pelotenente Murilo Lopes, que foi o ven-cedor da prova em questão no anopasmado, quando ao realizar um dusassaltos recebeu um golpe infeliz nobraço, o que acarretou sua retiradada pista.

O resultado final apresentado foi oseguinte:

1.° lugar — Glambenito Pianezzola(C. R. F.>; 2° — Arnaldo Ford(BFR); 3.° — Sistilio Bottino (C.RF.); 4.° — Parga Rodrigues (BFR);5." _ Luciano Albieri (CRF) e õ.0 —Jayme Soares (BFR).

Do nosso leitor Roberto Pereira,recebemos a caricatura acima, com oseguinte bilhete:

"Caro redator.Envio-lhe uma caricatura de Ade-

mir, crack do Vasco da Gama. De-sejava vê-la publicada no GLOBOSPORTIVO, com rápida biografia.Esperando ser atendido, sempre lei-tor e amigo."

Atendendo ao desejo de RobertoPereira aqui vai publicado o seu in-teressante trabalho. Agora, os dadossobre Ademir:

Nasceu em Recife, em 8 de novem-bro de 1021, tendo, portanto, 23 anosde idade. • Estreou como juvenil noEsporte Clube de Recife, tendo sidocampeão nos anos de 37, 38 e 39. '

Depois passou para o primeiro qua-dro, conquistando os títulos máximosde 1939 e 1940. Foi, ainda, campeãodo Norte em 40.

Como universitário, obteve os cam-peonatos de football de 1940 e 43.

Em 1943 ingressou no Vasco da Ga-ma, depôs da vitoriosa excursão doEsporte Clube de Recife ao Sul dopaís. %

Em 43 foi campeão pelo team deaspirantes do Vasco. Em 44, vice-campeão da cidade. S nos primeirosmeses do corrente ano, integrando aseleção brasileira, classiíioou-se comovice-campeão.

***** I

Vaguinho, a esperança rubro-negra, e César, o player quevoltou, são os crazks que apa-recém na nossa capa de hoje.Ambos atuaram bem, tendo ocomandante da ofensiva rubraobtido o tento da vitoria do seuclube.

I sjttní 1 fffl&Úrftr r (irtHKl

FUNDADO O INTERNACIONAL E. ICLUBE EM CAMPO LARGO

Na cidade de Campo Largo, Estadodo Paraná, foi fundado um novo cia-be. A associação, que recebeu o nomede Internacional E. C, tem a segum-te diretoria: presidente, Heitor Spino- ,Ia; L* vice-presidente, José PedroCaropreso; 2.° vice-presidente, MarcosHunttner; 1.° secretario, Antônio Fer-reir» Kuster; Z.* secretario, Elias VI-dal; 1.° tesoureiro, Milton Toppd: 2.*tesoureiro, Arnaldo Bulow.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira» 20 de julho de 1945 Página 3-jiHpHi!PP'iiiriíMiiaiiii--- "¦

1 O quarteto que deu a vitoria ao Caiçaras í

CAIÇARAS, Campeão dos Infanto ¦ Juvenis

S03MISII 0 CAIÇARAS NA "TAÇA

HENRIQUE D0DSW9RTR"Não poderia ter sido mais brilhante o desempenho

do Caiçaras ria disputa do campeonato iníanto-juvenilpromovido pela Federação Metropolitana de Tennis. Suaequipe, constituída pelos amadores Sérgio Soares, MariaHelena, Ivan Carvalho e Paulo Torres disputou três ro-dadas, vencendo todas pela contagem de"38:<2. Destacou-se o conjunto caiçaras sobretudo pela homogeneidade.Jogaram simples; Sérgio Soares. Ivan Carvalho e MariaHelena. Esta última, por sinal, foi a única invicta, ven-cendo as três simples e as três duplas d<" que participou.Nas partidas de duplas atuaram Ivan Carvalho, PauloTorres e Sérgio e Maria Helena.

Essa brilhante campanha triunfal conferiu à equipedo aristocrático clube da Lagoa Rodrigo de Freitas o di-reito à conquista da "Taça Henrique Dodswòrtn", em jo-go no certame iníanto-juvenil.

Participaram do campeonato mais três clubes, cias-sificaudo-se em segundo o Vasco e o country Clube eem terceiro o Botafogo de Football e Regatas.

Os vencedores evidenciaram grandes possibilidadestécnicas, revelando-se elementos futurosos.

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Maria Helena e Sérgio Soares, dois dosases da equipe

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Ivan Carvalho, Paulo Torres, Maria Helena e Sérgio Soares

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-s. Muito obrigado, Avellar, muito obrigado.Você não tem nada que me agradecer, Jay-

me Guedes.Ora, Avellar, você bem sabe que o América

nao podia prestar maior serviço ao Vasco.Eu acho que você exagera, Jayme Guedes.

¦— Não exagero, não.Se o Flamengo tivesse dado no América, vo-

cê estaria agradecido ao Flamengo.Não, nunca !Por que não, Jayme Guedes. O Flamengo

teria tirado dois pontos do América, o América nãoestaria ao lado do Vasco.

Eu prefiro que o América esteja ao lado doVasco.

Será que você teme mais o Flamengo doque o América, Jayme Guedes ?

Não se trata disso.Olhe que o América deu no Flamengo, pode

dar em qualquer um.Pode dar em qualquer um, Avellar. Mas o

Vasco se entende melhor com o América do quecom o Flamengo.

Você diz isso porque a gente está no prin-cipio do campeonato.

Pode crer, Avellar, é com o coração que eudigo isso.

Se o América começar a dar em todo mun-do, você não dirá isso.

Direi, sim, Avellar. O América pode dar emtodo mundo que eu ficarei contente. Naturalmen-te espero que o Vasco dê no América. Você nãopode esperar que eu fique alegre se o Vasco perderdo América.

Aí é que está, Jayme Guedes.O Vasco é uma coisa à parte.O América também pode dar no Vasco.E' melhor a gente não botar o Vasco na

historia, Avellar. Vamos falar só do América eFlamengo.

Mas há de chegar o dia do Vasco e Ame-rica.

Ai, Avellar, você me desculpe, eu sinto mui-to, mas o Vasco não vai querer saber de amizadecom o América.

Nem o América com o Vasco.A combinação que há entre o Vasco e o

América se refere a todos os jogos do América emSão Januário contra os outros clubes, menos, semdúvida, contra o Vasco.

Eu não sabia que havia combinação.Não precisava saber, Avellar. O Vasco não

gosta de prometer, faz logo.E que foi que o Vasco fez ?Torceu pelo América! Você achou pouco ?Não. A colaboração do Vasco foi preciosa.O América era São Januário, exceto quando

jogar com o Vasco, vai sentir-se à vontade, emcasa, como se sentiu contra o Flamengo.

Antecipadamente eu agradeço.O Vasco acha, Avellar. que ajudando o Amé-

rica, ajuda-se a si mesmo.Eu me julgo na obrigação, JayVhe Guedes,

d*1, avisar a você uma coisa.Diga, Avellar.

O América está no pareô.O América está sempre no pareô.Sempre, não. Jayme Guedes. O Américatem sido sempre, sim, um estra*ga festa. O anopagado o América tirou dois pontos do Flamengo,dois pontos do Vasco, dois pontos do Fluminense.

O Vasco espera, este ano, Avellar, que oAmérica tire dois pontos do Flamengo.

Já tirou...Eu não falo desses dois pontos em São Ja-

nuario. Falo dos dois pontos da Gávea.Aí vai ser mais difícil.O América está no pareô, ou não está no

pareô ?Está sim, Jayme Guedes. Mas você com-

preende...Compreende o quê ?O América pode vencer todo mundo, está

certo, m*"> tem de perder de alguémClaro que o América tem de perder de

alguém.E lá na Gávea...Não se impressione com a Gávea, Avellar,

assim você perde do Flamengo, na certa. -O América tem de perder uma, duas vezes,

Jayme Guedes.Sobre isso não tenho dúvida. Você não pre-«usa se preocupar; o América perde para o Vasco.

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Página 4 Sexta-feira, 20 de julho de 1945 O GLOBO SPORTIVO

HISTORIA DO SUL-AMERICANO DE FOOTBALL

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Ulisses Poirier, chileno, e Sovnna, uruguaio, num lanceda partida realizada em 1922

CAMPEONATO ABERTO DO FLUMINENSETiveram inicio no dia 10, conforme estava marcado, os

Jogos do importante campeonato de tennis do Fluminense.Jíos primeiros encontros, temos a destacar a vitoria de RuthMesquita sobre a campeã do Country, Elza Wagner, por 2-6,6-4 e 6-3, num jogo equilibrado. Cecília Stramandlno sur-preendeu

'eliminando a campeã do Canto do Rio. La ura Mo-

raes por 8-6, 2-6 e 10-8, num jogo que durou 3 horas.Dia 12, tivemos a estréia de Armando Vega, campeão me-

xicano, que enfrentou Nelson Moreira. Nelson Moreira co-nhecido por "Bauru", gosta sempre de proporcionar su;presase, assim, por pouco não eliminou Vega do campeonato. No"set" decisivo, Nelson vencia por 6-5 e íez 40 ü 0, ficandoassim, portanto, com três "metch-point" a seu favor. Vegaserviu violentamente e deu três subidas fulminantes a redenum desespero de causa e conseguiu igualar para vencer, íi-nalniente, por 9-7.

O atraso dos demais concorrentes estrangeiros, prove-nientes da falta de condução de Santos para cá, e a chuvaque caiu todo o íim da semana passada, prejudicaram umpouco a programação inicial que somente no domingopoude ser acertada' com a participação total de todos ostenistüs. i

Assim, tivemos as vitorias de M. Fernandes sobre E.Mello, por 6-0 e 6-1. M. Taverne sobre R. Furtado, por 6-3e 6-3; A. Russel sobre R. Pernambuco, por 6-3 e 8-6; J.Salomão sobre J. Nogueira, por 6-4 e 6-2. H. Weiss sobrePaulo Ferraz, por 6-0, 6-3 e 6-3. H. Mesquita sobre NelsonCruz por 6-2, 6-2 e 6-1. A. Hammerley sobre Ruy Ribeiro,por 6-2 6-4 e 6-1.

O único estrangeiro derrotado foi A. Truleuque que ba-queou frente a Otávio B. Teixeira, por 3-6. 6-3 e 6-4. Foium resultado digno dos maiores elogios, pois Otávio desem-penhou-se bem, atuando a principio indeciso para firmar-se, finalmente, tendo a honra de ser o primeiro nacional atriunfar sobre um chileno. Achamos, contudo, não queren-do desmerecer a vitoria de Otávio, que A. Truienquc é umtanto displicente e o mais fraco dos inúmeros estrangeirosque participam do torneio.

Na segunda-feira tivemos o jogo mais sensacional dosúltimos tempos. O par carioca formado por H. Mesquitae Humberto Costa ofereceram tenaz resistência a dupla ho-mogénea, campeã brasileira, Jorge Salomão-M. Fernandes.A assistência vibrou de entusiasmo tal o equilíbrio e o ardorda partida. Todos os "pontos", "games" e "sets" foram jo-gados ardorosamente e o escore pendeu para um e outro lado,até o último minuto da partida.

M Fernandes-J. Salomão venceram Herbert Mesquita eH Costa, por 7-5, 4-6, 7-5, 4-6 e 8-6. O escore é o retratoda pugna, estando, pois, de parabéns os quatro tenistas aci-ma, pelo esplendor de jogo que apresentaram.

Outros resultados normais foram apresentados como: RuthMesquita-Marly Barros venceram S. Niesler e Inah Busta-m

M*. Barros-M. Fernandes venceram Ruth Mesquita-Nel-son Moreira, por 6-4 e 6-3.

Elza Borgeth-A. Vieira venceram Clélia Castro e RicardoPernambuco, por 6-3 e 6-4. ,,„.„„„ »

Silvia Niesler-Jorge Salomão venceram Laura Moraes-A.Trulenque, por 6-3 e 7-5, desinteressando-se o chileno dapartida nos momentos finais.

Sofia de Abreu reaparecendo em quadra carioca, ven-ceu com facilidade Elza Borgeth, apresentando um jogo va-rlado e vistoso. Talvez esta vitoria a anime a enfrentar commais assiduidade as nossas principais tenistas, e assim, te-remos oportunidade de reconhecer os eeus apreciáveis dotesde campeã das quadra.

Terça-feira: Podemos destacar dois Jogos. A vitoria denossa campeã carioca. Marly Barros sobre a esperançosa pau-hsta Silvia Niesler, e o triunfo do campeão carioca Arman-do Vieira, sobre o campeão chileno Armando Vega.

No primeiro destes encontros, Marly lutou tenazmentecontra a potente direita da paulista, só passando a explorara sua esquerda nos derrnõeiros momentos do 1. "set , e istolhe valeu o triunfo por 10-8 e 6-0. .

O outro jogo dos campeões, Armando Vieira, que real-mente passa oor forma excepcional, dominou Vega, por 6-3,3-6, 6-3 e 6-4. ¦ „ .„

Armando que iniciou brilhantemente, caiu no 2° set , masquando viu oue sua vitoria perigava, agiu decisivamente_econquistou belíssimo triunfo. HIS MAJESTY

Como o Brasil festejava, em 1922,o centenário de sua independência,e como atenção ao nosso país, decidiua Confederação Sul-Americana deFootball alterar a ordem estabeleci-da, fixando o Rio de Janeiro comosede do campeonato continental de1922.

O público, porem, não compareceua todos os matches, como havia feitoem 1919. O jogo Argentina e Uru-guai, que três anos antes atrairá 30mil pessoas, não conseguiu reunirmais do que a terça parte da assis-tencia.

Houve alguns incidentes, tendo osparaguaios e uruguaios ameaçadoabandonar o certame, atitude que foiconcretizada apenas pelos orientais.Graças a intervenção de chilenos eargentinos, foi debelada a crise for-mada.

O campeonato foi iniciado em 17de setembro, com a peleja Brasil xChile. Um empate de lxl, goals deTatu e Bravo. Os nossos primeirosadversários ameaçaram seriamente ooytadro nacional.

Depois jogaram uruguaios e chile-nos, tendo os primeiros vencido por2x0, tentos de Urdinaram e Hegny.

Os paraguaios foram os nossos ad-versarios seguintes. Novo empate,de lxl

No outro match os argentinos tri-unfaram sobre os chilenos por 4x0.

A 1 de outubro, voltaram a empa-tar os brasileiros. 0x0 foi a contagemdo match com os uruguaios.

Os paraguaios derrotaram os chi-lenos, quatro dias depois, por 3x0.

Os uruguaios venceram os argen-tinos por 1x0. A seguir os orientaisatuaram contra os paraguaios. Hou-ve um empate de 0x0, mas os uru-guaios não se conformaram com aanulação de dois tentos e abandona-ram o certame, regressando a Mon-tevidéu.

Os brasileiros e paraguaios joga-ram depois com os argentinos. Os na-cionais venceram por 2x0, mas osguaranis foram derrotados pela mes-ma contagem.

Decidindo o certame, que terminoucom o Unzguni, Brasil e Paraguaiem primeiro lugar, jogaram brasi-lexros e guaranis. Os nacionais tri-unfaram por 3x0. Ganhando assimo segundo título consecutivo.

ii -r-imTir——— ¦¦ iManr-im^MM—miescChiesa, da Argentina, foi outra figura destacada do cer-tame do Centenário U

O S T E A M S

Os teams que disputaram o certame de 1922 eramos seguintes:

BRASILEIROS — Mendonça; Barthô e Palamo-ne. Lais, Amilcar e Fortes; Formiga, Neeo, Friedeu-reieh, Heitor e Junqueira.

PARAGUAIOS — Denis; Mena e Paredes; Miran-da, Solich e lienitez; Schaerer, Ramirez, Lopes, Rivase Eleitas.

URUGUAIOS — Batignani; Urdinaran e Tejera;Aguerre, Zibecchi e Vanzino; Soiiuua, Heguy, Buíío-ni, Romano e Maran.

ARGENTINOS — Tesorieri; Celli e Castoldi;Chámbrolin, Delavalle e Solari; Libonatti, Chiesa,Gaslini, Celli e Francia.

CHILENOS — Balbotin; Vergara e Poirier; Jlel-gueta, Catnlan e Abello; Bravo, Domingiicz, Ramirez,Gonzalez e Varas.

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Argentina

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0—0

0—0

1—1

1—13-0

0—1

2-0

0—3

0-0

1—0

0—1

0—2

2-0

0—2

1-0

0-4

1—1

3—0

2—0

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5

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À VENDA NOS

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O GLOBO SPORTÍVO Sexta-feira, 20 de jullio de 1945 Página 5

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51 Major-gencral Ralph Meyer. brlgndelro-gencralW. C Crlsty e general Douglas L. Wcart, encon-trnram-se, em 1900. quanelo alneta cadetes, no tra-diclonal jogo eie "rugby" Exército x Marinha.Em 1945, no teatro da guerra do Pacífico, viram-se lado a lado, atacando os japoneses... Mri3 nummomento tíc folga, recordando os bons tempos doesporte, tiraram uma fotografia assim.

FliORITA COSTA — Nem sempre é possívelvencer. Nós, do Flamengo, nfio no» deixamosabater c depois das elerrotas nos tornamos maio-res —i esta é a tradição rUbro-iíegrá. A perda iloprimeiro "rounel" nflo é decisiva nem irreparável.

CASCADUItA — O campeonato de 1945 naovai ser o que multa gente pensa. As surpresassurgirão como cogumelos em terreno úmido.8e o Vasco se apresenta ce>m o seu já famoso"Expresso da Vitoria", tendo como maqulnlsta ovelho "Almirante", o América, com a sua "Eíto-rlna", está por conta elo "Diabo". O Flamengo,apesar dos pesares, vai fazer um grande furor coma sua "Maria Fumaça".

VAUííAS NETTO — O povo tem o Instintodos grandes espetáculos. Quem chegasse, tloniín-ge> próximo passado, ao campo do Vasco, a pri-incIra Impressão, que encheria os sentidos, comosom, como extensão, como volume, r.onio colori-dei, seria a ele multidão. A concorrência do pú-blico ao match do América com o Flamengo foisurpreendente, numa abertura ele campeonato,quando se defrontam elois teams que não esta-vam com o cartaz máximo.

UNS DO IíEGO — Popeyc perdeu como deviapcreler, jogou menos, não estava cm dia de re-mar, F, o Almirante go>:ou a derrota como devia.Mas o que nos dói, a todos os amigos do bravomarinheiro Popeye, é ver ejuc os seus adeptos ver-dadelros, andam a se destruir em luta inglóriae sem espécie alguma eie finalidade. Meus aini-gos, nin nome da elerrota de domingo, vamosacabar com estas trlcas ele campanário.

ARY BAKKOSO — Os "bons" flamengos aesta hora elevem estar jogando para as costas elos"maus" a responsabilidade deis dote insucessos.

(Conclue na página, il)

€ JUIZ E9 JULGÃDCf Necyr d« Soui_ América x Fls&m®ira$gis

SABE?— Em queano o América

conquistou o pri-meiro campeona-to de íootuall?

— O atualestádio elo Flu-mengo foi inau-gurado em 1941,1938, 1936 ou

1931?;>— E quem le/.

os elois g o a i 8(2x0) ejue eleu avitoria ao Vasco,na Inauguração,jogando contra oFlamengo?

i — Um boxeur"peso-pena" pesamais epie ipn."pcso-galo"?

5 — Em ij neesporte E t h e 1Carthèrwood setornou campeãolímpica cm1936 ?

(Respostas napágina 11)

O St. Nccyr de Souza não teve pecados maiores, pois o tento que anulou, já tinha sido condenado por sua senlioriaantes da conclusão de Vaguinho. Os que foram feitos, não tinham vicio algum. E dois o« três impedimentos, foraiv. oti-mamente punidos por sua senhoria. Entretanto, o juiz deixou Biguá e jorginho, estes especialmente trocarem pontapés eaté um soco, limitando-se a repreender. César também entrou na dansa, e depois Danilo e Zizinho. Mas para um jogo damovimentação deste, e da repercussão de que se revestiu, a atuação pode ser taxada de regular para, boa, com esse reparofundamental. (Folha. Carioca")

Funcionou r.a arbitragem o Sr. Neq/r de Souza, escolhido de comum acordo, que teve como auxiliares Antônio RochaDias e Adolfo costa Camvos. Como acentuamos acima, Nccyr conduziu-se regularmente. ("O Globo")

Como novato, Necyr de Souza deve receber elogios. Foi bencwlente para com os mal intencionados, o que se deve le-var à conta de sua inexperiência. Foi, todavia, um árbitro trabalhador, que procurou acertar, a movimentação da partida

conspirou contra uma atuação maisprecisa. Andou muito bem na inva-lidação de um tento de Vaguinho,num lance rápido, em que o impe-dimento do center rubro-negro teriailudido a muito árbitro veterano. Eai está o seu melhor elogio. (."Diárioda Noite")

Necyr de Souza, juiz novo e esco-thido da comum acordo, dirigiu re-gulamente a peleja. Advertiu emtempo os players que abusaram daviolência, tais como Danilo, Zizinho,César, Biguá e Jorginho. Não assi-nclou porem o off-siãe de Jorginhono terceiro goal do America nem ou-tro de Lima, que quase conquistou ofuarto tento dos rubros. ("A Noite")

Um juiz bisonho leva uma grandepeleja até o fim. (.Mario Filho)

O Sr. Necyr de Souza, árbitro doclássico América x Flamengo, atuoucom relativo acerto, com mais "cias-se" mamo do que muitos veteranos.O maior defeito exibido por S. S. foiingenuidade. Trucs,, ora praticadospor defensores flamengos, ora por jo-gadores ão América, eram feitos erepetidos impunemente ("Diretri-zes")

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R Marcha do TempoPois a garota era terrível nas piscinas. Organi-

zavam as competições para ela vencer. Em pouco,contava maior número de medalhas do que anos deexistência. Mas processou-se, então, uma estranhametamorfose: o peixinho transformou-se em rouxi-nol! E com isto, o Brasil ganhou uma grande car-tora lírica — Violeta Coelho Neto de Freitas.

JULíVO, 14:Derrotando oAmérica por3x1, oFlurn.1-nense sagra-se vencedordo Tor neioAberto da L.O. F. Hér-

oviles. Gabar-c.o e Russo

f i z eram ofgoals do vencedor. — E o Flamengo vence com difleuldadaos Fuzileiros Navais por 1x0. — Na F. Metropolitana: Vasco2, Olaria 0; Carioca a, Bangú 1; Botafogo 3, Andaraí 0. — !?m SãoPaulo. 20.000 pessoas assistem ao encontro dos veteranos paulis-tos e uruguaios. Resultado, paulistas 1x0. goal cie I-'t ledenreich —Em Buenos Aires, encontram-se argentinos e espanhóis, ven-cendo o combinado local por 1x0. — Rubens Soares venceCuervo por pontos. — 16: O Fluminense faz um balanço: 60campeonatos em vários esportes. — 17: O volante inglô3Eyston bate dois recordes internacionais num carro "Hotklss".— 18: Pantojas, nadador chileno, bate o recorde dos 100 me-tros livre, com 1'03 1/5. — E' fundada a Liga Carioca deTennis. — 19: Plácido está preso ao América, mas pretendojogar pelo Bangú. Declara o Sr. Pitta de Castro: as autorl-elades o proibirão, até recorrendo à força. — 20: Falece, eraSfio Paulo, devido a uma infecçâo de origem dentaria,, o'foot-baller bandeirante Barthô.

Jfred, quuiido aprenderei a pular I

POUCAS HORAS ANTES de se Iniciar a 52.» competição anual em recinto coberto, da Associação Atléticade Boston, Earle Meadows, Richard Ganslcn e KennyDills, reuniram-se para discutir a técnica c a mecânicado salto com vara. Ganslcn, o antigo astro da TJniversl-dade de Columbia, havia abordado o assunto na sua tesede formatura. Meadows, o campeão olímpico de 1936, éum verdadeiro estudioso do salto com vara.

A discussão deve ter sido proveitosa, porque os ra-pazes entraram n!a pista, para estabelecer um marco nahistoria do salto com vara. Meadows passou sobre o sar-rafo a 14 pés e 6 7/8 de polegada (4 metros e 42 centímetros), estabelecendo um novo recordeem recinto coberto. Dills e Gunslen saltaram por 14 pés e 4 polegadas (4 metros e 33 centí-metros).

Meadows assinalou que o estádio de Boston permitia sempre aos salladcres estabelecermelhores marcas do que no "Madison Square Garden" de Nova Yorlc. A mnrea anterior emrecinto coberto, de 14 pés e 6 1/8 de polegadas (4 metros, quarenta centímetros e 3 mití-metros), rora estabelecida por Oarnelius Warmcrdan, há dais anos, em Boston.

Meadows sugeriu que a razão talvez fosse a seguinte: a pisfa de Bostrm era negra, cn-(Conclue na página 11)

Página «) Sexta-feira, 20 de julho dc 11)4;> O (ÍEOHO SPOKTIVO

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Francisco Tochetti Lespade conta-nos, com sobriedade, coisas do football sul-americano. Ondino Viera, que nos acompanhara—' no clichê acima, fixado em plena dissertação do procer uruguaio

à entrevista, aparece

Poucos dirigentes estrangeiros defenderamcom a mesma força de convicção e a devotaamizade de Francisco Tochetti Lespade, os in-teresses da nossa Confederação Brasileira deDesportos, no exterior. Possivelmente, muitoshomens se tenham prestado a coloborar naobra dc acercamento desportivo porque se ori-enta a política da entidade nacional. Aliás, naoseria muito difícil assinalar aqui e ali, homensdo quilate de um Caba.lero, por exemplo, queanos atrás anos, vem servindo de elo às nossasaspirações, em face das instituições uruguaias,principalmente as uruguaias. Mas Caballero, Jase- sabe, está tão profundamente ligado às nos-sas coisas, que a ninguém nunca assalta a ob-servação de que nele exista um estranho quandoa serviço de uma causa nossa. Todo um eco-traste,

'por isso mesmo, é Francisco Tochetti

Lespade que os bons ventos trouxeram ao nos-so país, e que aqui veio estar para receber ashomenagens da gratidão dos desportistas bra-sileiros, por tudo que fez, desinteressadamente,em bem do prestigio do football nacional, noBio da Prata.

O MILAGRE DOS CORDÕES DA POLÍTICAESPORTIVA SUL-AMERICANA

Há. evidentemente, um pouco de misticis-mo na palavra fc nas expressões de FranciscoTochetti Lespade, que quando fala modula osfatos e nunca atinge, para esmiuçar, os perso-nagens que neles se envolvem. Profundamenterespeitoso, e possuidor de alta concepção daauto-crítica. parece, por isso mesmo, sóbrio eàs vezes um tanto evadido da realidade, sem-

pre que se o provoca a um pronunciamento de-finitivo sobre as coisas e os homens.

Cerca de duas horas estivemos com ele, ou-vindo-o. pesando cada uma de suas opiniões,enquanto do nosso lado. Ondino Viera, que nosacompanhara à visita, não fazia mais que es-cutar A gente se perde, realmente, e perde anoção do temoo, sentindo Tochetti Lespade, queé um oráculo e um \crbo de acatamento nahistoria do football sul-americano.

Ex-wresidente da Confederação contmen-tal. à qual presta assistência desde seu nasci-mente, o procer uruguaio não oculta o seuenorme interesse pnla existência da entidade.Mas instado a falar sobre a orientação política

que esta segue, presentemente., limitou-se a responder semmuito entusiasmo que "os cordões" dessa política se movemde acordo com os projetos e os anseios dos homens da A.F.A."

LIGADO AO BRASIL PEIA FORÇA DOS FATOS BRO-TADOS DA SIMPATIA E DO DIREITO

Mas façamos um pouco de historia. Em anos que já vãolonge, a Confederação Brasileira foi surpreendida com aviagem de Mr. Rimet à A.mérica. Mr. Rimet, presidente daF.I.F.A.. recebera um convite honroso da Associação doFootball Argentino, para conhecer Buenos Aires e sua forcaesportiva. E Mr. Rimet embarcou. Mas o objetivo do con-vite ocultava uma velha ambição dos poHenhos, como aquelade transferir para a sua metrópole, a sede do CampeonatoMundial de Football. Naturalmente, com Mr. Rimet iá, aa coisa seria mais fácil...

Cedo, porem, a Confederação pressentiu o "golpe" de má-gica da A F.A. Assim, como "monsieur" Rimet teria forçosa-

0 SWEEPSTAKESERA\NO DIA 5 DE AGOSTO, MAS NOPRÓXIMO SÁBADO 21 HAVERÁ' UMBETTDíG^DüPLÒ QÜE CERTAMENTE

ORÇARA' POR UNS

Cr$50FAÇAM CONCURSOS E RETTINGS, SOMENTE

NO

HIPÓDROMO BRASILEIRO

mente que passar primeiro por aqui, acabou,consequentemente, recebendo uma homenagemde antecipação .. Mesmo porque, em questãode hospitalidade, ninguém nos passa a perna...

Diga-se de passagem, no entanto, que sóisso não seria o suficiente; diante da magnitudedos anseios da A.F.A. Daí o fato de a C.B.D.,muito esclarecidamente, aliás, enviar um seurepresentante a Buenos Aires. Boa medida, de-cisão inteligente, porquanto, na capital argen-tina, entre o bom vinho da terra e a maravi-lhosa carne dos puros-sangue, mr. Rimet, cedochegou a concordar em que o Congresso Inter-nacional se efetuasse na Argentina. E teriarealmente ali se efetuado, caso don FranciscoTochetti Lespade não houvesse tomado a pala-vra, e em nome da Confederação que presidia,reclamasse e sustentasse a prioridade da Assn-ciacão Uruguaia, para sede do importante con-clave. Como úlWmò campeão, o Uruguai po'lo-ria fazê-lo, e exigir o cumprimento da lei Elefoi atendido.

E O PROJETO CAIUMr

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Quando Tochetti Lespade falou, ponde-seprever que os debates seriam realizados em ;ini-biente absolutamente neutro.

Evidentemente, a Associação Argentina nãoalmejava outra coisa que garantir para si opatrocínio do segundo certame universal, a terlugar na América. Mas, em face de as dis-cussões se haverem processado em Montevidéu,o projeto caiu. É verdade que em represália, aA.F.A. cortou suas relações com a A.U.F...até segunda ordem, ma? de qualquer maneiranossos interesses foram defendidos com honrae entusiasmo.

A Tochetti Lespade. por conseguinte, cabeum pouco da nossa primeira vitoria no exte-rior, cuja finalidade foi a de objetivar a can-didatúra brasileira Já no momentosd "affair""Coup du Monde", por cujo patrocínio a Ar-gentina jamais deixou de se bater com todasas forças de seu prestigio internacional.

(Continua na pág. seguinte)

'L»ft

O (3L0B0 SPORTIVO Sexta-feira, 20 de julho de 1845 Páfçina fc

•ADVOCÍADO I>K DUAS BANDEIRAS ESPORTIVAS'

SINGULARIDADES DA VIDA DE FRANCISCO TOCHETTI LESPADE, DEFENSOR DO BRASIL EM DOISCASOS TRANSCEDENTAIS — O "AFFAIR" FAUSTO PASSOU À HISTORIA —A CONFEDERAÇÃO PAN-

; AMERICANA SERíÁ UMA REALIDADE — GEST IDO, MAIOR DENTRE OS MAIORES . ... ,,(Reportagem da Oecaldo Rumualdo da Silva)

O "CASO"" FAUSTOOutros fatos «urgiram, posterlormen-

te, pura colocarem a prova a grandeamizade que Tochettl Lespade dedicavanos dirigentes do football nacional. Etemos, por exemplo, o "caso" Fausto.Regressando da F.uropa, o famoso "pi-vot", hoje desaparecido, recebeu umaproposta tentadora paru Ingressar noNacional. Nfio perdeu tempo e embar-cou para Montevidéu, sem fazer a me-nor consulta ao Vasco da Gama. queera, por direito, o clube sul-americanocom (piem mantinha relações, e quem,na verdade, possuía seu "passe", segun-do as normas Internacionais* Não obs-tante, o Nacional fez pé flrmü na con-quista do Jogador c foi a luta para re-gülarlzor sua situação, tendo contado,para tanto, na ocasião, com relativoapoio dn entidade oriental.

O Vasco, daqui, protestou. Enquan-to isso. porem, Fausto Ia participandode amistosos, ia se preparando e pre-parando o público para as lutas do cam-peonato oficial. Foi nesse ínterim quèo Vasco solicitou os prcstlmos dè To-chettl Lespade para defender seus direi-tos nas memoráveis reuniões da A. U. F.Tochettl nfio se negou a prestar sua co-laboração fi justa causa. Assim se ml-ciou. a polêmica, sob os mais vivos co-nicntarios da Imprensa e do radio orl-entala.

Os debate» atravessaram reuniões so-bro reuniões, mas no fim, contra tudoe contra todos, triunfou a razão e odireito. Venceu Tochettl Lespade, ga-nhando cm sua pátria, contra os lute-resses de um clube amigo e Irmão, acausa de uma agremiação estrangeira.

Esse assunto, tao rumoroso, que tan-to apaixonou ao aficlonado platino, pas-sou a historia do football uruguaio.Dias depois, aquela defesa era publicadae absorvida por quantos se achavam pró-xlmos e alheios ao esporte. Fixara-se,ela, como autentica obra prima; como umato superior, eomo a atitude magníficade um homem para quem o direito nãooferece surpresas e nfio conhece fron-teIras.

Quando se rememora tudo Isso, osemblante de Tochettl Lespade comoque «c. ilumina. Ele sorri com o maisfranco e sincero dos sorrisos, ao mes-mo tempo que observa:

Como você poderá multo bem con-cluir, conquanto seja esta a primeiravez que venho ao Brasil, minhas rela-ções com a gente desta terra datam delonga época...A IMPRENSA ESPORTIVA MAIS VI-

URANTE DO CONTINENTE- A palestra ae descamba naturalmen-te para outros assuntos. E o presidentedo Penarol leva-n para a Imprensa, fo-callznudo de preferencia a forma tílna-tnlca com que o carioca íaz jornal.Confesso que estou surpreendidocom o dinamismo dos repórteres espor-tlvos brasileiros. Tenho mesmo a im-pressão de que, nem em Buenos Aires,atualmente, se consegue alimentar o pú-blico com tal variedade de noticias, enoticias realmente Interessantes. Aí es-tú um fato que me assombrou multts-slino. Aqui vocês estão fazendo o maisvibrante Jornalismo especializado sul-americano!E' PKEGISO QUE INTENSIFIQUEMOSCADA VEZ MAIS O INTERCÂMBIO ES-PORTIVO URUGUAIO-BRASILE1RO

O Sr. Tochettl Lespade lamenta queas direções esportivos, tanto do Brasilcomo do Uruguai, nfio tenham cogita-do de Incrementar com mais segurançae rigor, o Intercâmbio futebolístico en-tre os sen» principais centros espor-ti vos

Tenho pregado a vida toda a ne-cessldade dessa aproximação, e contes-8o-lhc que, voltando & atividade oficialdentro (Ia Associação, conseguirei con-crctlzar o velho sonho pelo qual me ba-to desde há tanto tempo, e que seicontltulr att aspirações dos dois povos.O FOOTBALL URUGUAIO VOLTARA'

AS 8UA8 MELHORES ÉPOCASEu mio resisto à curiosidade e per-

junto ao acatado prõcer uruguaio, comoele explica a rápida e dcsconccrtantcdecomposição do football oriental.

Trata-se, evidentemente — concluo— de um fenômeno natural pelo qual

__ctf__f_Sl"ii(> sujeito» a p%war os grandes cen-.^m^tro* esportivos. Viveu, o Brasil; os ar-

gentlnos Já o enfrentaram durante anos* anos, e agora somos nós as vitimasda terrível metamorfose. Esgotaram-seos nossos grandes valores; aqueles trlun-

g&"-'- .?£ Tiv. .- >..:- __">5 *"_w»" _B - :">..'¦'> - ^^yy^^j5r^m__f

vfe-?'1^"s" '¦¦'•'¦''-'6 :í:-': '¦¦•'•'.-':¦. '* ¦ ¦ >-.'.;.;:*^^ _$.¦*'í '*'$¦/*§&

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presidente perpetuo do Penarol e ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Football, don Francisco Tochetti se apresenta como umadas mais singulares figuras do popular desporto, não só no Rio da Prata

como em toda a América

fos eK.ietuc alares d« Amsterüom, fiolom-hes, Paris e Montevidéu, como que nosembebedaram. Houve, posteriormente,'o natural descanso pelo aprimoramento •;•_dos valore» nacionais, e a invasão decraclcs estrangeiros cegou os homens, co-locando-os à margem do cultivo das dl-visões Inferiores. Assim, velo o caos.Mas esperem (pie o Uruguai se levanta-rá em breve para mostrar ao mundo quèa escola dos Scarone, dos Petrone, dosLorenzo Fernandez, dos Andrade, dosNazzasl e dos Gestldos não pereceu!

Faz uma pausa e acrescenta:— O "desastre" de Santiago não roi pro-

priamente um desastre de valores.Foi maisum desastre técnlcoi-estratégico. A dura 11-çfto, porem, constituiu a melhor adver-tencia que poderíamos receber nessafase letárgica de indolência de mllio-nurios glorifiçados. Tenho porque aí;rc-ditar no renascimento da força do foot-bali de minha pátria, pelo muito que jãrizcmos depois do fracasso do YltinioSul-Americano!O PENAROL VIRA' AO RIO E O VAS-

CO IRA' A MONTEVIDÉUFala-se muito particularmente do

seu contacto com o Vasco, e a propò-sito, nao tem faltado mesmo quem In-slnua, que dessa aproximação possível-mente surja o inicio de um longo in-tcrcamblo esportivo, presidente...

O Sr. Tochettl Lespade sorri e pon-dera:

A particularidade de meu contac-to com o Vasco, advem da velha e sa-diu amizade que cultivamos há muitosanos. Quanto à chamada "posslbllida-de" de surgir dessas entrevistas algo deutll para o Penarol e para o Vasco, es-tou propenso a acreditar que o assun-to jã passou do terreno das hipótesespara a questão do fato. Pronto o Pena-rol vira ao Rio e o Vasco irá por seuturno a Montevidéu. Isso, naturalmente,não implica em que meu clube fuja aocumprimento do programa de jogos cs-tabelccldos no "Quadrangular", no qual,como se sabe, tomam parte ainda o Na-clonnl, o São Paulo e o Fluminense.Ele cumprirá todos os seus compromis-sos para levar avante a obra de asser-tamento esportivo entre os dois paísesamigos.

O MAIOR DENTRE OS MAIORESAqui a conversa muda novamente de

rumo. Desta vez por culpa de Ondino,que rememorando antigos trlunlos uru-gualos, evoca a ílgura de Álvaro Gesti-do. O Sr. Tochettl Lespade enche-sc deentusiasmo e afirma:

Foi o maior, entre os maiores "ases"do football de minha terra, que vi jo-gar. Tipo singular de crack, porque foia um tempo alma, cérebro e coração deuma equipe. Ninguém comandou me-lhor e foi maior companheiro do queele dentro de um gramado. E' uma dasglorias por que so orgulha multo o Pe-narol, porque Gestido é, partlciilarmen-te, nosso herói.

NAO ASPIRO MAIS NADAPendem da fina corrente do relógio

do prócer uruguaio duas medalhas ar-tístlcas, de ouro. Numa está umainscrição contendo agradecimentos daAssociação Uruguaia de Football. Nou-tra — e esta de particular valor paradon Francisco Tochettl Lespade — ascores do Penarol, saltam á vista. Noverso lé-se Isto: "A Francisco TochettlLespade, homenagem do Penarol ao seupresidente perpetuo". O nosso entre-vistado .esclarece que apenas duas pos-soas foram alvos dessa distinção em seuclube. Ele e dou José Maria Sosa, fa-lecldo, e que chegou a concorrer empleito lnolvldavcl, á vaga de presidem*te da Republica Oriental ilo Uruguai.

Depois disso — acentua — quemais posso aspirar cm minha carreirade desportista ?

Mais nada, é claro...Diz e acrescenta:

A CONFEDERAÇÃO PAN-AMERICANASERÁ* UMA REALIDADE

Provoco um pronunciamento do dlrl-gente oriental sobre a tão almejadafundação da Confederação Pan-America-na de Football. Fie atenta interessadopara a minha indagação, silencia porbreves minutos e depois afirma:

A Confederação Pan-Americana deFootball é uma necessidade a caminhoda concretização. Falta apenas o em-purrao final para que essa entidadeadquira vida ativa e domine cictmltl-vãmente. Trata-se de um projeto idea-

(Conclui na página 12)

MM:

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CONTINUA V

||Bfiliá£sSlfl6siS5i&ÍsaSÍMra

BWÇníBrírGS-síK ' ^sSBB] ^MaiA^bbPv-v-^íbjb bW.

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Barbosa defendendo, vendo-se Mantov ani à espera do desfecho da intervenção

Ademir, nãc convenceu -2E

o Vasco? O famoso esquadrão cruzmaltino fezuma das suas menos convincentes atuações napresente temporada. Incluindo Ely no centro da

linha media, o "onze" de São Januário não foi feliz.O antigo defensor do Canto do Rio não justificou o re-clame que precedeu à sua apresentação no quadrocruzmaltino. Em nenhum momento da partida de-monstrou qualidades para ocupar a posição, principal-mente numa equipe da categoria do Vasco. E Ely erao ponto de convergência dos olhares da torcida. Ostrezentos e setenta e cinco mil cruzeiros da transferen-cia e passe, serviam de motivo para que os adeptoscruzmaltinos esperassem algo positivo da sua atuação.Naturalmente Ely não pôde ser considerado um eii-mento imprestável, pois nos seus dois anos de ativida-de tem demonstrado possuir muitas das qualidades in-dispensáveis para a posição. Nas próximas oporouni-

dades. deverá render melhor. Até lá, porem, parece quedeverá ficar pela reserva, dando lugar aos cracks maisbaratos.

No ataque cruzmaltino foi feita a experiência JeAdemir no comando. O player pernambucano, qaeatravessa uma fase de franca ascensão, não se mos-trou com capacidade para center-forward. Esteve ape-nas regular. João Pinto e Isaias, embora não sejamos comandantes ideais, podem produzir muito mais doque Ademir. Este deveria ser aproveitado na esquerda,.substituindo Chico. Isso, numa sugestão sem segundasintenções, pois o técnico vascaino, um dor mais com-petentes, conhece o problema muito bem Os que vi-ram a ala Jair e Ademir atuar no Chile, não têm dú-vidas em afirmar que na sua formação estaria rcsol-vido um dos problemas (dos poucos) da equipe do SãoJanuário.

1 Vasco e Palmeiras realizaram, quarta-feira últi-ma, a peleja-desempate do encontro de Pacaem-bú. Desta vez venceram os cruzmaltinos, de-

monstrando o poderio da sua equipe. A partida, po-rem, não agradou. Os adversários apresentaram mui-tas falhas, principalmente o team bandeirante, cujodesempenho esteve aquém do cartaz que possue. Ocampeão paulista de 44, colocado em segundo lugar nocertame regional atual, está com uma equipe repleta dedefeitos. Oberdan, o arqueiro da seleção nacional, ain-da é um bom elemento, mas foi o responsável pelo pri-meiro tento dos adversários. A zaga Caieira e Junquei-ra nem sempre apresenta a segurança necessária. Nalinha media, apenas Og cumpre a sua missão comacerto. Os demais não estão em condições de ocupar-posições em quadros de primeira categoria No ataque,porem, é que reside a fraqueza maior do quadro. Lie-mentos considerados cracks, mas que não rendem emconjunto. Há, ainda, a inexplicável desloeação de Limapara a extrema, com o aproveitamento de jogadoresveteranos nas meias. Pela exibição de São Januário, o

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Oberdan defende, apoiado P0?

I 1 JB«Br ENCENO O DERROTADO O PALMEIRAS POR 3x0—NAO

CONVENCEU A APRESENTAÇÃO DO PLAYER ELY

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torcedor carioca compreende o por quê da situação queo Palmeiras ocupa na tabela do campeonato bandei-rante. Depois de assistir à apresentação do São Paulo,contra o mesmo Vasco, é íacil saber que os tricoloresda Paulicéia são, no momento, os melhores da suaterra.

Com o Palmeiras atuando mal e o Vasco com fa-lhas, o jogo não poderia agradar. No primeiro" tempo,ainda houve algo até os vinte primeiros minutos. De-pois a disputa decaiu, chegando à monotonia. No st-gundo período não houve melhoria no panorama daluta. Nos minutos restantes a torcida ficou entusias-mada, devido ao franco domínio dos locais Numa pe-leja de dois conjuntos famosos, era de esperar umaluta mais renhida. Isso, porem, não aconteceu. Cario-cas e paulistas atuarm sem brilho, principalmente osvisitantes.

Na metade do primeiro tempo, os jogadores fize-fram inúmeras tentativas para usar de violência. O

juiz, porem, empregou energia e impediu que a par-tida fracassasse também por esse aspecto.

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Oswaldinho escapando, perseguido por Beracochéa

Três lentos da Vitcria -- i)%

lado Vo1" Og e acossado por Lelé

3

Os goals da vitoria do Vasco foram obtidos purLelé, Jair e Beracochéa, sendo que os dois úiti-mos na segunda fase. Coube ao nieia-direita

abrir a contagem. Aos 34 minutos do primeiro tempo,Junqueira rebateu mal a pelota, entregando-a a Lelé.Este. sem perda de tempo, alvejou a meta com potenteshoot. Oberdan atirou-se e parecia ter detido a. pe-lota, mas acabou perdendo o controle da situação, per-mitindo que fosse às redes, após tocar na trave c noseu corpo.

No período final, aos 24 minutos, Gonzalez fez íoulem Ademir, ao lado direito da área de backs. Djahnacobrou bem a penalidade, lançando a pelota sobro o

Jarco.

Jair saltou e cabeceou para conquistar o segun-do goal dos cruzmaltinos. Seis minutos depois. Jun-queira fez comer. Djalma cobrou, indo a pelota cairna esquerda. Chico controlou-a calmamente, e de pédireito centrou rasteiro para a área pequena. Bcra-cochéa. surgindo de surpresa, enviou poderoso shootrasteiro, que bateu Oberdan completamente.

OS TEAMS

Os quadros eram estes:VASCO — Barbosa; Sampaio e Raianem, jberáco-

chéa, Ely e Argemiro; Djalma, Lelé, Ademir. Jair eChico.

PALMEIRAS — Oberdan; Caieira e Junqueira; Og,Tullio e Waldemar II; Lima (Oswaldinho), Gonzalez(Canhoto). Waldemar. Villadoniga (Gonzalez) e Man-tovani (Lima).

O JUIZ E A RENDA

Dirigiu a peleja o juiz paulista João Etzel, cujaatuação foi perfeita. Assinalou as faltas técnicas comabsoluta oportunidade, mostrando-se ainda enérgicona repressão ao jogo violento.

A renda do encontro, apesar das dificuldades detransporte da torcida, foi de Cr$ 83.Oi 1,00.

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Pagina iw Sexta-feira, 20 de julho de 1945 O GLOBO SPORTIVO

tcírio FilhoA~H _^

DA PRIMEIRA FILA,

/Onde era o campo do Botafogo, hoje se alonga a Vila

Montevidéu. Nada, trinta e seis anos depois, lembrao passado. Acompanhando o que se convencionou chamarde progresso, a rua Real Grandeza mudou. A gente, po-rem, tem que recuar, tentar ver o que não viu. Uma ve-fita fotografia está diante de mim. Ela serve-me de tapetemágico, transporta-me para o passado. O "field" de RealGrandeza — o Botafogo já abandonara a rua Conde detraja —-ficava junto da casa do barão de Santamanna.E a arquibancada fora construída — a arquibancada ira%m palanque, e olhe lá — dentro do terreno do barão.Mais tarde os filhos do barão de Santamanna — Raul eAntónico — vestiriam a camisa preta e branca. Assim,es começo a colorir a velha fotografia. A grama adquireo tom verde dos pastos. E, de repente — velha imaginação— os jogadores entram pela fotografia, como artistas em

: um palco. Eles vêm com uma bola — quem a encheu foi''«avio Ramos. A bola é número seis, hoje pareceria cnor-

me, é de uma cor mais para o branco do que para o ama-Iteto Ela sobe e desce. Todo mundo correndo atras dela.\nnalmente Octavio Wemeck, ao invés de rebate-la, se-gura-a. Cheaara o momento dos "dois teams .

2 Os jogadores do Botafogo precisavam treinar mais do

aue nunca. Dentro de, vamos dizer, três dias, eles ti-KhaA que dar um pulo até à rua Retiro da Guanabara,vara ~ntrentar o Fluminense. E, quando pensava nisso ,Setor o Wemeck chegava a sentir um cale frio Porque ele.\Tvir como num espelho, e via os "outros". Ornais velho>dos i reto e branco era Norman Hime, que Unha vinte:ancs' Ele. Octavio Werneck, o capitão não Visara ainda'dos r. '20ÍÍO, Flavio Ramos andava pelos dezessete, ÁlvaroWernrk, então, chagava a ter vergonha, de confessara ida-ae " Eu vou fazer dezessete" — dizia ele, corando, toda%es que era obrigado a responder à pergunta indiscretaSteallicnte, era quase humilhante fazer comparações O*eepe- do Fluminense, Francis Walter, podia ser pai d*

Vualqyer um dos jogadores do Botafogo. Quarenta anos -

aidati* balzaquiana dos homens. Etchegaray, Victor Etche-larav. um dos moços do Fluminense, passara dos trinta,tomo o outro Etchegaray o que jogava como center-for-ward Cox e Dwnie Estrada, os meninos da rua RetireidaGuanabara, já tinham transposto a casa dos vinte anos.Torjavio werneck balançava a cabeça. "Contra os ao-mens feitos, respeitáveis, do Fluminense, que poderiam Ja-ter n'C não dizia os garotos, os rapazes do Botafogo? jsEtot-o wernecic chegou a sonhar aue Etchegaray no

meio do jogo, o chamava de menino. Ele suportaria tudo,mem "isso"

o maioria dos jogadores do Fluminense viera da In-aterra E o fato de ter vindo da Inglaterra —• ondebali fazia parte da educação universitária. — era

'etíomendacão preciosa. Quando chegava alguém de.Vaidade pouco importava -Etchegaray, Fran-alter, Buchan, Salmond, tratavam de catequiza-lo

, Fluminense. Submetendo-o a duas provas: a prova¦npo e a prova da Brahma. As vezes, apesar de

f-inos de Inglaterra, o recem-mndo nao sabia chutarola Andando de chúteiràs como se pisasse em ova,•se'medo de auebrá-los. O Fluminense, porem, eraabe onde havia lugar "até" para os que naojogu-ostãn de football. Daí a importância da prova da

¦ia Depois do treino, já caída a noitinha, iam -oaosa Brahma. empilhar rodelas de chopp. E, dias ae-orno se reparasse na ausência, em ^J™*r%%he~¦quele, sim, daquele que viera da Inglaterra Etchenão disfarçava o entusiasmo. -Magnífico! Formi-

• "Então, por que ele não treina?" Etchegaray com-ia. E, depois de uma pause: Para o football ele•rve. Mc. como ?-"¦-'"

—» gi© foc[uma}Lond?ete v.[para\úe ccvgunsEma

ri th'um dvam

\Brah~para

\pois,!«0, d'. garav'davetpreern&o

nham acontecido. E, quem sabe? Era fácil dizer. Fé emque? O que eles não tinJiam, não podiam ter, era fe. Maistarde, tim, a fé viria. . m • •£% Quem- passasse perto do campo do Fluminense sabe-O ria logo que ia haver jogo. Chegava gente, quase iudohomem. As moças, para assistir a uma partida, precisa-vam ter um irmão, um primo, um namorado no team.E torciam mais por "ele" do que pelo clube. Entre os quechegavam, de longe em longe, se descobria um jogador. Elogo um pé rapado qualquer se oferecia para carregar amaleta. Para entrar como "secretario". Uma vez OswaldoGomes já professor, ficou ofendidíssimo porque um mole-que gritou: "Oswaldo, eu carrego a tua mala". Ele vircuo rosto e foi embora, sem responder. Os Hime, mais de-

.mocráticos, levavam como secretários os filhos do cecheirodo velho Edwin. Flavio Ramos entregava a mala a umamigo Que era o Bororó, Alberto Simões ou Rogcr Ro-senvald Aliás, ele combinava com Octavio Werneck."Você leva o Bororó e eu levo o Rosenvald". Ou vice-versa O jogador entrava na frente, dando-se ares de im-portancia. O "penetra" vinha atrás, atrevido, quase em-purrando. "Eu sou o secretario dele". "Então, pode entrar"

* » *

7 Faltavam quinze minutos para começar o jogo. O

team do Fluminense ergueu um aleguá, bem defronteda arquibancada. Daqui a pouco veio o team do Botafo-go. Outro aleguá. E apareceu, finalmente, o juiz Morcton,com o casaco do Paissandú, de listas brancas e azues. Eledeixou os jogadores se divertirem um bocado, batendo bola.Depois chamou os capitães, Victor Etchegaray e OctavioWerneck. Jogou a moeda no ar c tirou o "toss". Estavana hora de começar o jogo. A torcida, aí — umas trczsn-tas pessoas espalhavam-se pelas arquibancadas e gerais— manifestou os primeiros sinais de impaciência. ChicoGuanabara, um capoeira valente como o diabo, foi logogritando: Fluminense! Ele estava na geral, perto do El}-siario, torcedor do Botafogo. E usava um lenço em volcado pescoço, como todo malandro que se prezava. De ia,das gerais, Chico Guanabara podia ver bem a diferençaentre os dois teams. O do Fluminense usava a camisa deia, peluda, larga, de gola virada. O do Botafogo, uma ilusamais leve. Nenhum fotógrafo apareceu em campo. As fo-tografias eram batidas depois do jogo. Para recordar umavitoria, a fluminense manaava enamar um rotografoprofissional, com tabuleta na porta, O Botafogo conten-tava-se com a Kodak de Edwin Hime. Fotógrafo amador.

*

SMoreton apita, dando inicio a partida. O Fluminense

vai ao ataque. Comer contra o Botafogo. Quem o oateé Joaquim Araújo, half direito. Costa Santos dá uma ca-beçada e marca o primeiro goal. o Botafgogo quase naopegara na bola. E qualquer espectador podia ouvir os gn-tos de Álvaro Werneck. Em Inglês: "Man on you!" —quer dizer, "alguém atrás de você". "Come back forwarüs!"— um apelo para que os forwards voltassem e auxiliassema defesa, em apuros. Não adiantava de nada. Buchan {azo segundo goal para o Fluminense. Duque Estrada, o ter-ceiro. E Octavio Werneck repetia: "Come back forwards".Flavio Ramos, meia-ãireita, voltava. Conservando, porem,uma respeitável distancia de Buchan, um center-half bru-to como ele só. "Take your man! Take your man!" — con-tinuava Octavio Werneck a berrar. "Marque o seu ho-mem!" E Felix Frias aumenta o número de goals paraquatro. Acaba o primeiro tempo. De um jogo que forafalado do primeiro ao quaáragésimo minuto.q Porque tambem Victor Etchegaray gritava. Em in-*s ales. O football de 6 lembra um pouco o tennis, queainda hoje se joga em inglês. "I'm sorry", "play", "shot!"

4. Fluwnense sabia, ora se sabia, que a tabela mar

cava um match com o Botafogo para 13 de maio. Deiõnítc em longe o team da camisa preta e branca peutagrriocampo - ou, por outra o ''^"-J^ua

Betir da Guanabara. Nunca o Botafogo, po.em.se alie-vera a desafiar o Fluminense, respeitando as distancias.E o AafoQO. para enfrentar o Fluminense, leve que dei-

lar •' ssarotlnpo. km 4 - dois anos atrás -Octavio

Bara: èrtil tinha dezesseis anos, Flavio Ramos quinze As-

^Botafogo foi "crescendo". Passando das^ calçase*rt<. vara as calças compridas. Hoje a gente nao com-Vee- -emuitooemo estaco ae espirito aos jogadores ae teca

arav -za naquele 13 de maio de 6. O que assustava mais••fio .i/So era a experiência dos que já tinham, vindo varacá soando fooiuall. Na ma das Palmeiras, no campo doZbão de Conda de Irajá, os jogadores que vestiriam aeamvi preta e branca tinham aprendido sozinhos, coijcn-

ido a ãsde nma bola. A bola era um ponto de reuni ode'«caí- os vinte r. dois jogadores em campo O local de um

=Tent z-vous". que mudava constantemente de direção.

~ c

t#tcas Frquena iiçuinASomrpaga*nensuioçrmas

les não aumentavam a menor dúvida a respeito darrota E n-.m serviram para animá-los as promessasnelas torc-loras do Botafogo - as Hime. as Ff'f<¦üands. ar. silva Ramos, as Werneck - c que teriam

¦r vagas, caso o Botafogo vencesse, que esperança.,-ja de São João Batista. Elas estariam Ia, de ta-

na porta, pois era o mês de maio e de Ma,ia.'le em 7 os jogadores do Botafogo iriam à nev-na,

amorne- x aue se repetia a cada jogo do Flv.mi-Agora, ra hora da vertida vzrc o ca"ivo - o ai-ramài -do - cs Icrcedorau renom^td^am c»"-

I". Sim. des deviam ter fé. Milagres maiores ti-

"thirty love". "forly love" e tú-tú, que pode. ser inglcs eportuguês ao mesmo tempo. Reconhccm-sc o direito dogrito. De jogador para jogador. Quem, porem, teria coragemde se dirigir ao juiz? Moreton, impassível, nao dava con-jiança. Apitando, apenas. E, quando ele fazia um gesto,era para apontar o lado punido. Um queixava-se do ou-tro, que não lhe dava bola. E o capitão espalhava aosquatro ventos que não admitia dribUlinas". "Dribbnunsó em último caso. Agora, findo o primeiro tempo, os jo-gadores do Fluminense estavam sentados em vcl-a aa mesade ferro do bar — o bar ficava do lado esquerdo do pc.in-Ihão da sede — e não falavam. A não ser para pedir"mais uma "Bock Ale", bem geladinha".

• • •

1 f\ O segundo tempo foi uma reprodução do primeiro.1U Mais quatro goals em cima do Botafogo. O quintogoal da tarde foi feito por Cox. Ele veio "dribblando" iodomundo. Passou, por Octavio Werneck c José Leal. ÁlvaroWerneck saiu do arco. Cox driblou-o, entrando com bc.ac tudo. Chico Guanabara não se conteve, espantando osvizinhos, que não tinham aprendido a gritar, com um aí,Cox". Chico Guanabara era torcedor do Fluminense e deCox. Nas arquibancadas, o velho Cox apenas sorriu. LuzBorgherth insinuou um hip, hip, hurra. Virgílio Leite, Luizda Nóbrcga, Mario Rocha. Mario Frias, Luiz Borgherln aDrolhe da Costa levantaram os braços. Eles não podiamsentir muita emoção, reconhecendo que o team do Bota-fogo era novo de mais. Bastava ver o que- fazia Etchega-ray. Ele vinha da área de back, driblando, trazendo a boiapara entregá-la aos forwards. Os meias não voltavam, fi-cando toda vida na frente, para fazer goals. CM extremascorriam quase em cima da linha de out-side. Nada defechar sobre a meta. O que causava maior admiração natorcida era a maneira como Cox cobria o adversário, e tam-bem o shoot de Emílio Etchegaray, da meia-esquerda, i,omo pé dirsitv, de lado, e os "driblings" de Victor Etchega-ray, e o "repouso forçado" de Francis Walter, debaixo dostrês paus do arco do Fluminense, baixo, atarracado, debi-godes caidos. Ele era o presidente do clube e da Liga Mc-tropolitana. Em campo, porem, tinha que obedecer a Et-chegaray, o "capitain".

• • •

1 f Acabara o jogo. E os jogadores do Fluminense con-1 1 vidaram os do Botafogo para um copo de cerveja,lá no bar. Todos foram mudar de roupa. Os vcstiai-ios fi-cavam na sede, cada um com um chuveiro. E, assim, bemà mão, um sabonete. Pouco depois os "players"," como seaizia e se escrevia na época, voltaram, vestidos à paisar.a.Os rapazes do Botafogo um tanto acanhados. Não por cau-sa da derrota, por causa da atitude quase paternal dosvencedores, muito mais velhos do que eles. Foi quamloVictor Etchegaray propôs um jantar de confraternização.E lá seguiram eles, de bonde, para um restaurante auehavia no Café Cantante Guarda Velha, na rua Senado*Dantas. Os jogadores do Botafogo avisa.ndo aue tinhamque voltar cedo. "No máximo até dez horas. Papai..."

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1 f% E a alegria dos "ingleses" do Fluminense acabou1& derretendo o acanhamento dos jogadores do Bot-yo-go. Buchan assumira a direção da fesla. Em campo Etche-garay era o capitão porque jogava melhor do que ele. Nihora de beber, Buchan aanhava longe. E ele cantai o:"Anymore we drink togethcr — More friends we bc". Oioutros acompanhavam, batendo com os copos. E os joga-dores do Botafogo trataram de não ficar atrás. Traduzindoas palavras em fnglês assim: "Onde mora o Pinto Guedes?^E quando Buchan cantou: "For hc is a jolly good-felloio .eles replicaram, com voz de baixo-. "Balisa é bola ãc ferro".E eis aue eu me surpreendo agora a cantar tambem: "Ba-

lisa é bola de ferro". E paro de escrever.

SERÁ HOMENAGEADA DOMINGO PELO JOCKEY CLUB BRASILEIRO,A FORCA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

Depois de amanha, o HipódromoBrasileiro viverá um dos seus maisbelos momentos. No majestoso cam-po de corridas da G.ivea, onde tan-tas vezes tem vibrado a alma ãonosso povo, onde têm sido recebidasas mais ilustres figuras do cenáriomundial, onde têm «ido festejadosos homens ilustres da nossa terrae têm sido homenageadas as nossasgloriosas forças armadas, será homç-nageada domingo, a Força Expedi-cionaria Brasileira, cujos repr«sen-tantes que ali comparecerem sen-tirão, por certo, no calor dos aplau-sos com que serão recebidos, a gra-tidão do nosso povo, por tudo quan-to fizeram pelo Brasil nos camposde batalha da Itália, escrevendocom seu sangue generoso, uma dasmais belas páginas da nossa his-toria.

Esta circunstancia ijue tão fundo(Tca o sentimento do nosso povo.r\ à tarde de depois de amanha, noIi;->ódromo Brasileiro, um ambientediferente. São nossos heróis que ali

comparecerão para receber a home-nágem que lhes presta o JockeyClüb Brasileiro com a colaboraçãodo povo da cidaüe.

Feliz sem dúvida, foi a lembrançado Jockey Club Brasileiro, sociedadeque tem à frente dos seus destinoso ilustre homem de Estado, Exmo.Sr. ministro Salgado Filho.

O povo turfista «ls, cidade recebeua realização desta festa cheio dejúbilo e feliz, pela oportunidade quese lhe ofereceu de cobrir de aplau-sos seus heróicos irmãos.

• •Para encher a parte esportiva da

reunião em apreço, a Comissão deCorridas do Jocltey Club organizouum esplêndido programa de novepareôs, entre os quais o "ClássicoLuiz Alves de Almeida", com a do-tação de 40.000 cruzeiros, na dis-tancia de 1.500 metros, prova quereuniu em seu campo 13 concorren-tes, e o prêmio "Força Expedlchma-ria Brasileira", com a dotação de90.000 cruzeiros, a ser corrido em2.400 metros. Inscreveram-se nesta

prova 15 parelhclros. entre os quaisfignra o cavalo Farão, ganhador do"Grande Prêmio São Paulo" desteano e um dos concorrentes ao"Grande Prêmio Brasil", a serdisputado no dia 5 de agosto proxi-mo futuro. <-—-—¦>—u

As restantes sete provas da tarde,todas elas expressivas, completam,mr"iHfiramenc, o ótimo trabalho deórgão técnico da prestigiosa socie-dade.

iUo-.cnh.i-se, assim, esplendida-

mente, a grande e festiva tarde queo Jockey Club Brasileiro vai ofere-cer à cidade.

Para essa festa, de tão alta sig-nificação e que tão fortemente toraa sensibilidade dos nossos corações,volta-se, neste momento, o pensa-mento de toda a familia turfista dopaís.

Vão ser homenageados aquelesque souberam defender a nossa hon-ra e derramando o próprio sangue*ajudar a restaurar a liberdade daEuropa.

<*

O GLOBO SPORTÍVO Sexta-feira, 20 de jullio de 1945 Página 11

Em sua segunda rodada o campeonato da cidadenão ofereceu surpresas. O América que fez a sua pri-meira apresentação venceu bem o Flamengo, enquantoo Fluminense e o Botafogo passaram sem danas peloBonsucesso e Canto rio Rio. No match restante o Ma-dureira que também estreou no certame, empatou como São Cristóvão. Os detalhes da rodada foram estes:

AMÉRICA 3 X FLAMENGO 2Local: São Januário.Renda: Cr$ 121.748.80.Juiz: Necyr de Souza.Goals de Zizinho, Jorginho, China e Jarbas, no

primeiro tempo, o César, no segunde.AMÉRICA; Osny II — Osny I c Gritta — Oscai

Danilo e Amaro — China — Maneco — César —Lima e Jorginho.

FLAMENGO: Luiz — Newton e Norival — BiguaBria e Jayme — Adilson — Zizinho — Vaguinho —

Jervel e Jarbas.FLUMINENSE 5 X BONSUCESSO 1

Local: Teixeira de Castro.Renda: CrS 19.203,70.Juiz: Oscar Pereira Gomes.Goals de Orlando no primeiro tempo e Laercio

tcontra), Geraldino, Rodrigues, Rebolo e Rodrigues hosegundo.

FLUMINENSE: Alfredo — Haroldq. e Nanati —Vicentini — A. Rodriguez e Bigode — Murilo — Ca-rango — Geraldino — Orlando e Rodrigues.

BONSUCESSO: Maneco — Carlinhos e Laercio —ptaçDiò — Pé de Valsa e Duca - Sobral — Mileide —Rebolo — Merino e Darcy.

BOTAFOGO 4 X CANTO DO RIO 2Local: "Caio Martins".Renda: Cr$ 13.129,50.Juiz: Solon Ribeiro.Gcals de René, Tim e Heleno no primeiro tempo

e Franquito, paschoal e Gerson no segundo.CANTO DO RIO: Odair — Expedito e Hemanclez

Gualter — Edesio e Careca — Nelsinho — Zé LuizGerson — pedro Nunes c Paschoal.BOTAFOGO — Ary — Gerson e Sarno — Ivan -

Spitioli e Negrinhâo — René — Tovar — Heleno —Tini e Franquito.

S. CRISTÓVÃO 2 X MADUREIRA 2Local: Laranjeiras.Renda- CrS 5.G41,'X>.Juiz: Mario Vianna.Goals de Jorge, Néca, Mical e Corrêa, todos no se-

.trndo tempo.MADUREIRA: Voliz — Danilo e Apio — Araty —

Spina e Castanheira — Pirombá — Moacyr — Correia— Waldemar e Jorge.

S. CRISTÓVÃO — Lourinho — Barradas e Fio-•indo — índio — Santamr.ria e Maurício — Cidinho —tfeca — Mical — Magalhães e Nestor.

A SITUAÇÃO DO CERTAMEPosição dos clubes: 1.° lugar: Botafogo com quatro

pontos ganhos e zero perdido; 2.° — Vasco e Americacom dois pontos ganhos e zero perdido; 3." — Flumi-nense, com três pontos ganhos e um perdido; 4.° —Madureira, com um ponto ganho e um perdido: 5.° —Flamengo e São Cristóvão, com dois pontos ganhos edois perdidos; G.° — Bangú. com zero ponto ganho cdois perdidos; 7.° — Canto do Rio e Bonsucesso. comzero ponto ganho e quatro perdidas.

Os artilheiros- Lelé e Franquito. 4 goals; Rodrisues,Mical, Paschoal, Gerson. René e Heleno. 2 goals; Si-mões. Nestor, Adilson, Bria. Chico. Plácido. Limoeiri-riho, Jorcre 'Mad.1', Corrêa, Néca. Tim. Geraldino. Or-lando, Rebolo, Zizinho, Jarbas, China. César e Jorginho(Air..) 1 goal.

Artdlicvo negativo: Laercio (no jogo com o Flumi-nense) ] goal.

Arqúeirós vazados: Mamxo (Bonsucesso) 11 goals;Odair (C. RicO 6; Robcrtinho (Bangú) 5; Lourinho<São Cristóvão'» Luiz (Flamengo) 4; Batataes (Flumi-nense), Veliz (Madurcira), Ary 'Botafogo) e Osny II(América) 2; Alfredo (Fluminense) e Barqueta (Vas-co) 1 goal.

Juizes que atuaram; Mario Vianna e Oscar PereiraGomes, 2 vezes; José'; Pereira Peixoto, Belgrano dasSantos. Solon Ribeiro e Necyr de Souza.

Rendas: 1." rodada; CrS 108.418.30; 2." rodada:Cr$ 159.762,00. Total: Cr$ 268.180,30.

e o simples varrer, parecia-meAtTPÊRâl§ m MM #» Ms 0i tfVélIàmmPrgâ.HO PESA,

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• •.porém, ioda essa sensação ãedepauperamento desapareceu comVinho Re constituinte Silva Araújo!

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Quanto maior é o estado de fraqueza de um organis-mo debilitado, tanto mais pesadas e árduas parecemas mais simples tarefas... E é possível muitas vezesque a causa de tudo esteja apenas em sangue fraco, po-bre e desnutrido. Não facilite. Trate imediatamentede conseguir um reajustamento do sangue. E, paraisso, médicos eminentes, durante muitos anos, vêm re-comendando Vinho Reconstituinte Silva Araújo. Essepoderoso preparado contém cálcio, -fiuina, fósforo epeptona. Assim, constitui elemento seguro paraconseguir uma poderosa fonte de riqueza parao sangue, devolvendo, então, energias e vitalidadea todo o organismo.

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A palavra de inúmerosgrandes médicos brasi-leiros, acrescenta-se a doilustre professor Renatode Souza Lopes:

1"O Vinho ReconstituinteSilva Araújo é uma tra~dição na terapêutica bra»sileira, até hoje, com jus-

tiça, acatada. Tal o motivo por qu«sempre o aconselho com a maiorconfiança". £$te é um valioso depoi-mento, que se inclui entre tantos qu«atestam a excelência e eficácia doVinho Reconstituinte Silva Araújo,

J////& Visá&fo SILY7//-/tte— O TÔNICO QUE VALE SAUDEI

1 %,

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T IIki III

(Conclusão da página 5)

quanto a de Nova York era pintada de cinzento-claro. A pista nc-gra fazia com que a cova de apoiei da vara se elestacasse melhorpara o saltador, no momento de se iniciar a corriela para o salto,permitindo-lhe, assim, aproximar-se dos postes com maior confiançae velocidaeie. Meadows tem participado ele ceimpcticões em recinto

coberto há cinco temporadas e, apesar de tudo, essepensamento só lhe ocorreu agora.

E' possível que esta seja a última competição pn-ra o esguio jovem da Califórnia meridional. Ele temagora 26 anos, e já há 16 que pratica o salto comvara — desde os 10 anos de idade. Meadows esperasuperar a marca dos 15 pés, antes de encerrar suacarreira. Ate agora a sua melhor marca oficial c de14 pés e 11 polegadas (4 metros e 52.5 centímetros),mas o jovem íítleta já conseguiu saltar muito maisem treinos e, assim, espera conquistar o seu objeti.osupremo.

À VENDA UM NOVO NÚMEROS E N 8 A C I 0 N A L 1) E

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CONVERSA DE REÇ0KTE8(Conclusão da página 5)

Ora. convenhamos que assim a coisa mio vai.procuraram evitar o drama da lagoa.

OsOu

O DENTIFRICIO INDICADO PARAHIGIENE E CONSERVAÇÃO DOS DENTES

'maus'¦bons" obstinaram-se no elese.jo ele "forra":?francamente, «iue bomiade ruim!.*..

antomo CORDEIRO — Quando o Jugo ter.minou eu ouvi Teixeira ele Lemos dizer ao prestodente Jayme Guedes; numa mela tíe parceiros dcronistas: — O Vasco, jogando direithiho, nàopode perder elosses elois... "Esses elois" que ei ,ju-risla criizniiiliiim focalizava no seu cinto mas iti—eisivo comentário; eram o Flamengo e o Améri-ca que acabavam ele disputar para uma magníficaassistência, em S. Januário, o primeiro clássico elocampeonato.

a revista dos grandesmistérios policiais edas aventuras ele-tri-

zantes !!!

Scs rsãc» sabe .-«. m— 1913— 4 de setembro de 1Í)3S— Niirinho— Teso-pena deve ser o mais

pesado— Salto de altura

P -sina ! . Sexta-feira, 20 de julho de 1915 O -GLOBO SPORTIVO

• >priimmiiiinmlj^^^Ê^^^á_É^Ê_i9k. >,:!\sJJ, }6!í

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O TORCEDOR sabe de football• que as regras ensinam; sabe

to que jogam os seus quadros eplayers: sabe o que discutem osparedros e que pretendem rea-íiaar. Mas ignora o funcionárioda entidade. Todos os anos oscampeonatos são organizados e

|r desenrolam-se através meses ei meses. Depois surgem as tempo-radas internac-onuis, as viagens

{{•o estrangeiro e tantos outros¦ 'compromissos,

criando novas^obrigações. Um-i atividade inin-"lorrupta, de 1 de janeiro a 31i'_e dezembro. Raros os dias deÍ2ol«a, mesmo os domingos con-[sagrados ao descanso. Trabalhoárduo, que nem sempre é bem

í remunerado. E' a vida do fun-cionario da entidade, o obreiro'anônimo das grandes realizações

! do esporte.

Para os jornalistas que conhe-, «em os segredos da vida das as-•ociações dirigentes, não consti-tae novidade a ação que desen-

I volvem durante os doze meses do«no. Dentro e fora do horário,atendendo com solicitude o com-nlieado expediente. Cracks paraexame médico; paredros que que-tem informações; jornalistas queprecisam de noticias de últimanora; enfim, todos os que pro-«oram as entidades para tratardos interesses.

Glorias? Elas não existem paraes funcionários das entidades.Os crádtíS andem por aí, viven-do dos* sucessos dos seus goalsfulminantes ou das jogadas sen-sacionaiH. Os crarks não Eaesn daboca do povo, airávés dos lan-«es dos preços a «tos das transfe-rencias. Os* paredros também fi-

Irineu Chaves em franca atividade, despachando o ex-pediente com a secretaria da entidade máxima, D. Edyr

omeça a trabalhar cedo. Telamanhã despacha os assuntosmais urgentes, mas a C. B. D.anda sempre cheia de tais assun-tos, obrigando-o a permanecer naentidade até tarde da noite.

.. mais natural das modéstias,afirma que (apenas cumpre o serdever.

Irineu Chaves, símbolo do fun-cionario dc entidade. Simpáticocomo todos os seus colegas, ami-go de todos. Já é fácil adivinharo espanto que terá pela publica-ção dc uma páçina em sua homenagetn. E' a homenagem oueO GLOBO SPORTIVO há mintoqueria prestar, aos trabalhadoresanônimos do esporte nacional.Eles estão distribuídos pelos mui-tas entidades sediadas no,, Rio,representando aqui o csi">ço dosseus companheiros nas "associtv-»

ções regionais.

guram sempre no cartaz, com assuas entrevistas anunciando pro-jetos que raramente chegam àrealidade. Sobra espaço até paraos juizes, embora para esses fi-que geralmente reservada a par-te menos agradável.

"Seu" Pinto, D. Julia, Souz*,Alfredo, Trancoso, Diniz, Durval,Peixoto. Troccli, Alvinho, D Avn-ni, Jorival, Soores e Oscar, naF.M.F. D. Marina D. Edyr,D. Anayr, Lausa, Martinho, D.Ercilia, Orlando e o velho Arnal-do, na C.B.D. O torcedor difi-cilmente terá ouvido falar nosseus nomes. Não contam entre osheróis dos campanhas desporti-vas, apesar do muito que con ti i-bueni para tais conquistas. Ven-do passar gerações e gerações -iedirigentes, assistem aos briihare-tos dos paredros e aos fracassostambém. Escondem-se no anoni-mato, sumidos pelo excesso defulgor das estrelas nascidas noesportes.

Falar em funcionário de enti-dade, é como citar Irineu Chaves.

Omitindo o seu nome na relaçãoinicial, deixamo Io para o timpremeditadamente. Irineu é aC.B.D. Sem que isso importe emdesmerecer o trabalho dc algunsdirigentes, ningutm compreendea dirigente máx roa dos espoi4csbrasileiros sem o veterano supe-rintendente. £ o homem que cuidade tudo, atento aos menores de-talhes. Conhece as leis e re«ru-lamentos, conhece o momentojusto dos telegramas para a or-ganização dos certames. O seucérebro não descansa. Sai deum campeonato nacional difícil ejá está cuidando da acomodaçãodas delegações para uma compe-tição internacional.

Os cabelos -de irineu Chavesestão quase completamente bran-cos. A sua fisionomia semprealegre esconde as dificuldadesque enfrento. Não perde o bomhumor, mesmo quando o impôs-to sobre a renda ou a Policiaatrasam a marcha dos passapor-tes para os jogadores que vãoviajar. Conhece o Brasil de pon-ta a ponta c sabe quais os hoiéisque mais convém às entidades.

O jornalista resolveu escreversobre a vida de Irineu Chaves.Entre duas tiradas de espírito, osuperintendente da C. B. D.promete que vai juntar algunsapontamentos que possue. Pro-mete que vai ananjar uns mmu-tinhos de folga, afim dc podersatisfazer a curiosidade do ami-go. Promete, mas o trabalho cmesmo grande e não há tempopara outra coisa. Em casa é pre-ciso aproveitar as poucas horaspara um sono reparador. Assim,o Irineu ficou devendo as notasindispensáveis para a tentativadc biografia.

** «

Não importa, porem, que taltenha acontecido. Pelos cabelosbrancos, é fácil adivinhar quehá muitos anos esta trabalhandoem esporte. Pelo prestigio quegoza entre os dirigentes, tambémé fácil saber que se trata de fun-cionario indispensável. Não pa-rece que tenha jogado football.pois a sua ação desportiva inlcn-sa desenrola-se entre o monte depapéis que parece nunca abandonar o sua escrivaninha. Sorriquando se fala nos serviços queprestou e presta ao esporte. Com

1 ADVOGADO DE DUASli A J\ R E I R A SE S P O R T I V A S

(Conclusão da página 7)do. pelos mexicanos, não devida-mente levado em conta até agora,mas já em parte considerado co-mo indispensável ao còngraçamen-to dos desportos americanos.

Como o senhor encararia ocertame, sob o controle dc umaentidade desse caráter e com tal,magistratura, presidente?Vou ser franco: trata-se deum assunto cuja complexidadeexige tempo para melhor esiniu<7-comento. Em principio, porem,não vejo senão uma fórmula pa-ra realizar um certame sob ocontrole da confederação Pan-Americana. Isso, naturalmente,não poderia ser feito senão atra-vés o velho principio da clhnl-natorla, uma vez divididos oscontinentes em zonas. Assim,por exemplo: Atlântico Norte, Pa»cíflco e Atlântico Sul. De outramaneira, cada entidade patrocl-nadora do campeonato teria quemalbaratur fortuna incalculávelpara reunir durante trOs a maismeses, os concorrentes inscritos.Por tudo Isso é que estou propen-,so n acreditar que esta últimafórmula jamais seria encampada-,pelas filiadas.

— Eis. meu amigo, o que pensoda Confederaçüo Pan-Americanade Eoottiali, uma Idéia em mar-cha para a vitoria final

O GLOBO SlMHtTIVO Sextn-feira, 20 de Jrlho »'<> !945 li iig-ina 15i

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ü67*i/ //, o arqueiro, prepara-se para defender uma bola alta, sob a ameaça da entrada de Vaguinho, enquanto Osny I, rubro-negro

o back, vigia o center-forwarti

NCEU COM IDe CARLOS ARÊAS

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INão há dúvida que desta feita o público "adivinhou" que iria ter um grande

match pela frente c por isso acorreu em massa para o estádio de São Janua-rio. Adivinhou é bem o termo, porque embora classificado, pelo sorteio dos

jogos e pela sua tradição, como o principal da tarde de domingo, a verdade é Qucnão so poderia esperar que Flamengo e America fossem realizar uma partida deaiaior envergadura. Mesmo porque o tri-campeão iria se apresentar sem pirillo.com *Vag-uinho no centro, com Jervel estreando na meia esquerda titular e comLuiz Borracha no arco, enquanto o América scí apresentai ia com a sua lorça má-xima, inclusive fazendo estrear César e promovendo a reprise de Maneco. No en-taulo, superando às mais otimistas expectativa., rubros e rubro-negros realizaramuma peleja verdadeiramente sensacional. Este ano, pelo menos, ainda não havia-m_?s presenciado uma luta em que or, dois teams se empregassem tão a fundo embulca do triunfo, correndo o jogo todo, do primeiro ao último minuto. Tanta ener-tria*' tanto entusiasmo exibiram os dois conjuntos na porfia que as falhas técnicasqué se observaram durante o match, acabaram ficando para um segundo plano.PorqUe se Osny II, por exemplo, "frangueou" no segundo goal do Flamengo, reha-bililou-se depois com varias grandes defesas; se Danilo começou mal a peleja,SrdGantou-se depois aparecendo como um dos maiorais do gramado; se Vaguinhonão acertou com o goal (a não ser no lance do impedimento) foi no entanto umcenter-forward que deu grande trabalho à ze.ga do América; ou ainda, se Jervelnão foi um "ás" cem por cento, foi, todavia, um elemento que se afirmou útil peloespírito de luta, pelo controle de bola. Por todas essas circunstancias) é que o pri-

fieirc clássico real do campeonato agradou inteiramente, delineando para as ro-!adas futuras as mais animadoras perspectivas. Com mais uns dois espetáculosh mesma vibração do clássico Flamengo x América, mais valorizado ainda pelalísencia de incidentes comprometodores, aqueles Cr$ 121.748,80 de renda que sur~reenrieram domingo, tornar-se-ão por certo comun? para o resto do campeonato.

VENCEU O AMÉRICA COMO O FLAMENGO PODERIA TER VENCIDOTão acentuado foi o equilibrio da pugna, com ora um team ora outro no ata-

<jue, que a única coisa absurda e injusta no jogo teria sido uma "goleada". Ven-i ceu o América por 3x2 e não há dúvida que o fez com mérito, lutando palmo a

Ji j?nlmo para a conquista dos louros da tarde. Mas se o Flamengo tivesse sido ojr*** fenctdor, pelo mesmo escore também não liá dúvida que o feito dos rubro-negros

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!H teria sido alcançado com os mesmos méritos. Em última análise, um empate teriasido também um resultado perfeitamente justo, o único desfecho injusto para aluta entre rubros e rubro-negros. voltamos a frisar, teria sido o de mna "goleada .Porque a verdade é que nem um nem outro team mereceriam isso, depois de tantoesforço, depois de tanto equilibrio no panorama gerai da pugna.

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Oscar e Jayme, os dois "capitães", ao lado do juiz Necyr de Souza. O apitacforrecem-promovido saiu-se regularmente da sua mJssâo

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Oscar, nn-?na avança-da contra adefesa ru-b r o-negrcu,controlado,à distancia.,por Jervel

\i% O primeiro tempo da luta,O por exemplo, acusou um*ti placard igual de 2 a 2. O

i tento de abertura foi assinalado!por Zizinho aos cinco minutos delluta. Houve uma penalidade pró-ixima à área e a defesa do Amé-rica formou a clássica "barreira".Zizinho porem atirou alto e vio-lentamente, conseguindo transpora bürieiia e vencer a vigilânciade Osny II. Aos dezoitos minutoso América estabeleceu o empate.Ce-sar passou largo para a esquer-da. Eigrüá e Jorginho foram nabola mas o half rubro-negro ficouhesitante, dando uma parada li-geira. Foi o bastante para Jorçi-nho fe apossar do couro, avançaraté a poQueha área e colocar ocouro no canto direito do arco deBorracha, inapelavelmente. Um aum no placard e os dois teams lu-tam pçlp desempate. Coube aoAmérica se colocar em vantagemaos 23 minutos, por intermédio deChina. O ponteiro direito, de posseda bola, correu atravessando ocampo da sua ala para o lado opôs-to. Na altura da meia esquerda,China "virou" bem, com o pé ca-nhoto, alojando o couro no alto docanto esquerdo do goal de Borra-cha. Um tento realmente notável,que fixava o placard em 2x1 paraos rubros. De? minutos depois Ce-sar serviu Maneco em condiçõesexcepcionais, diante do arco. Maso m^ia direita surpreendentemen-te atirou por cima das traves. Aos34 minutos o Flamengo restabele-ceu o empate, de surpresa. Jaymeatirou alto sobre o goal de Osny Ite a bola ia sair pela linha de fun-do. O a-oueiro rubro, porem, na-turalmcntê para ganhar tempodecidiu-se a recolher o balão e saiuassim ao seu encontro, enquantoGritta fazia "barreira" para con-ter Jarbas. Inexplicavelmente, po-rem, a pelota escapou das mãos deOsny TI e ofereceu-se então a Jar-t>as c\ne *í não esperdiçou a opor-türiíJade <=« atirou o couro para ofundn das redes. Estava assim es-tabelccida a igualdade de 2x2 noplacard. c-ue se prolongou até o fi-cal do tempo.

DOIS A DOIS NO 1.° TEMPO

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Osn?/ // recolhe a bola na? redes, vencidapelo primeiro goal do Flamengo j

DOIS CONTRA UM... — César tenta romper, de cabeça, a defesa do Fia-mengo, "bloqueado" por Newton e Bria, que também saltaram para

cabecear

3 Os dois teams se esforçaram desde entãopelo tento de desempate, que veio a surgirafinal aos quinze minutos do sejumdo tem-

po, ainda em faior do América. O lance nasceudos pés de Jorginho, que recebendo a bola intei-rámente livre, mandou-a forte e cruzèSD Para ocentro da área. onde César entrando firme ucer-tou um choot fatal para a cidadela do Flamengo.3x2 no placard e eis o América lutando para con-servar a vantagem, enquanto o Flamengo buscavaD novo empato. Este se '•pintou" algumas vezesInclusive aos 20 minuto.- quando Vaguinho, impe-dido. cabeceiou o couro ás redes, o juiz acusouprontamente o impedimento do center rubro-ne-gro e a sua decisão não sofreu nenhuma contes-tação em campo. Depois disso já aos 39 minutosdo tempo, Lima avançando livremente por dentroda defesa flamenga, quase aumentou o score.Mas a bola perdeu-se pelo lado do goal, rente- ao.poste esquerdo. Ainda depois disso o Flamengoforçou o ataque por varias vezes, mas o matchquando chegou ao seu término acusava mesmo avitoria do América por 3x2. Uma vitoria traba-lha da e por Isso mesmo meritoria, tanto mais Queos vencidos haviam se mostrado dignos dos ven-cedores.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 20 de julho de 11)45 Página 15

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Em conjunto, como já acentuamos, os doisteams se eqüivaleram. Ambos lutaramcom muita combatividade, em razão da

o prelio ofereceu por vezes alguns lancestos, oferecendo um combate renhido c in-*nte do primeiro ao último minuto. O

iCa mesmo após o "frango" pavoroso defí no scjundo goal do Flamengo não se• abater polo desânimo e foi firme para

Jte em busca da vitoria que afinal alcan-Flamengo por seu turno, mesmo com o

am alterado, por força de circunstanciasuna hora, não se deixou envolver por ne-complexo de inferioridade ou de temor, e

Jtambem bravamente, oferecendo um com-im por cento igual ao contendor que selutara "au grand complet". Individual-

no América, Osny II falhou no tento deruas, mas rehabilitou-se depois com outras

grandes defesas. Osny I e Gritta formaram umazaga segura, contendo com êxito as ímpeuio-sas entradas de Vagulnho. Na linha media osalas estiveram bons, mas coube a Danilo ashonras do dia. o esguio pivot rubro come-çanúb mal a partida, íirmou-se depois de torm^a constituir-se uma atração na pugna. Travoucom Zizinho um duelo espetacular, cada qualprocurJhdo Jogir melhor. No ataque Manecoreapareceu ativo e perigoso como sempre, en-quanto César no comando iustificava a expecta-tiva pela sua "reentré". Embora ainda não semostrando plenamente ajustado no conjunto, ocerter-forward americano teve um boa reapa-rição, não haja dúvida. Jorginho e China mo-timentaram-se com segurança, representandoperigos permanentes para a defesa rubro-negra.Não vimos porem qual a vantagem de anda-rem trocando de lado a todo instante, quandonas posições normais — China na direita e Jor-ginho na esquerda — ambos produzem muitomais. Quanto ao Flamengo, Borracha no goainão comprometeu. Fez mesmo algumas defesasde sensação. Newton esteve mais seguro naKa^a do que Norival. O ex-tricolor embora semcriar situações embaraçosas ainda não apresen-tou domingo uma atuação cem por cento. Nalinha media, todos jogaram bem. Biguá, ativo.Bria eficiente e Jayme mais desembaraçado doque nos últimos jogus. No ataque, Zizinho foia figura centra?.' o meia direita rubro-negrojo^ou inegavelmente uma grande partida. Va-guinho no centro deu grande trabalho à zagaadversaria, embora sem "chance" de abrir ca-

^minho nara o goal. Jervel, estreando na meia* esquerda foi um elemento útil e cavador. Naspontas Jarbas esteve bom o Adilson regular.

A ARBITRAGEMFuncionou na direção da pugna o Sr. Ne-

cyr de Souza, urn du® recem-promovidos à 1*categoria. S.8. não chegou a marcar a suaatuação com um relevo maior, mas não há dú-pida que não comprometeu o espetáculo. Pelomenos procurou marcar tudo, impedindo decerta forma que os lances bruscos fossem alemdo normal. Na anulação do goal de Vagulnho.andou acertado, tanto que a sua decisão foii/calada sem nenhum embaraço apesar da im-portancia que o tento teria para o Flamengo. I

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Oswy // em ação, afastando com os punhos o perigo de uma investida de Jervel. O arquei- ¦ro rubro reliabüitou-se da falha do segundo goal, com outras intervenções espetaculares I

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il boZa partiudos pás de jor-ginho para ocentra da áreae César, en-.trando decidi-damente, ati-rou forte àsredes. Era oterceiro goaldo Améri-ca, aos quinzeminutos do se-gundo tempo.O goal que se-ria, ao final,o da vitoria.Essa vitoriamagnífica dosrubros, quemais valoriza-da se fixou,pelo seu custoem esfor-ços, em ener-glas, em com-batividade doprincipio

ao fim

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T.T*r*** *."*¦.¦• úT~*~^."B"w**v p^a^"i!w>,tj«r- """'¦flia.^jjjiT;

EXPCE//© CA VITORIA Por MOLAS

0 "Expresso da Vitoria» é mais uma criado de Molasque conquistou popularidade e adquiriu a força de um sim-bolo. 0 -Expresso" nasceu assim: um dia o artista argen-tino embarcou o Vasco num trem. 0 team começou a vencer,nao parando em estação alguma. Molas não poderia desem-barcar o campeão invicto do Municipal em plena viagemtriunfal e assim ficou o cognome: "Expresso da Vitoria"Agora, consagrando definitivamente a idéia, o Vasco vem deinstituir uma campanha denominada "Expresso da Vitoria",que visa premiar os jogadores após a conquista do campeo-nato. Esse é o alvo e segundo o "chefe do trem", Cyro Ara-nha, o movimento do qual participarão todos os adeptos doclube, poderá atingir a um milhão de cruzeiros, que seriamdistribuídos pelos cracks se levantarem o título mávimode 1945.

CA$ACA,A$ACA*>A£A*EU AQUI NA FRENTE iCf*£ô& P&fMB/PQ

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