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    Estruturas de madeira___________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    77

    9. DIMENSIONAMENTO DE PEAS COMPRIMIDAS

    9.1. ESTADOS LIMITES LTIMOS

    Nas barras comprimidas axialmente os estados limites ltimos se configuram

    pelo esmagamento das fibras, como nas barras denominadas de curtas, ou por

    instabilidades associadas a efeitos de segunda ordem provocados por flambagem

    tpica de Euler, tambm conhecida como flambagem por flexo, no caso das peas

    esbeltas e semi-esbeltas.

    9.1.1. Peas curtas: 40

    Uma pea denominada de curta quando apresenta ndice de esbeltez menor

    ou igual a 40. A forma de ruptura caracteriza-se por esmagamento da madeira e a

    condio de segurana da NBR 7190/97 expressa por:

    dc

    W

    ddc f

    A

    N,0,0 ,

    (9.1)

    onde c0,d a tenso de clculo devida solicitao dos esforos de compresso; Aw

    a rea bruta da seo transversal; Nsdo esforo normal solicitante de clculo; fc0,d a

    resistncia de clculo aos esforos de compresso paralela s fibras.

    O ndice de esbeltez de barra de barra comprimida definido por

    min

    0

    r

    L,

    (9.2)

    onde o ndice de esbeltez; L0 o comprimento de flambagem; rmn o raio de

    girao mnimo.

    O comprimento de flambagem L0 igual ao comprimento efetivo da barra, no

    se permitindo redues em peas com extremidades indeslocveis, no caso de peas

    engastadas em uma extremidade e livres na outra L0= 2L

    9.1.2. Peas semi-esbeltas: 40 < 80

    A forma de ruptura das peas medianamente esbeltas pode ocorrer por

    esmagamento da madeira ou por flexo decorrente da perda de estabilidade.

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    A NBR 7190/97 no considera, para peas medianamente esbeltas, a

    verificao de compresso simples, sendo exigida a verificao de flexo-compresso

    no elemento mesmo para carga de projeto centrada. um critrio que estabelece a

    considerao de possveis excentricidades na estrutura, no previstas no projeto. A

    verificao deve ser feita isoladamente nos planos de rigidez mnima e de rigidezmxima do elemento estrutural.

    A condio de segurana relativa ao estado limite ltimo de instabilidade impe

    a relao para o ponto mais comprimido da seo transversal, aplicada isoladamente

    nos planos de rigidez mnima e mxima do elemento estrutural.

    1,0,0 dc

    Md

    dc

    Nd

    ff,

    (9.3)

    onde Nd o valor de clculo da tenso de compresso devida fora normal de

    compresso e Md o valor de clculo da tenso de compresso devida ao momento

    fletor Md, calculado pela excentricidade edprescrita pela norma.

    nd definido como sendo o valor de clculo da tenso devido ao esforo normal

    de compressow

    sd

    A

    N.

    Md definido como sendo o valor de clculo da tenso de compresso devido

    ao momento fletor W

    Md , expresso por

    ddd eNM , (9.5)

    onde ed definida como sendo a excentricidade de clculo expressa por

    dE

    Ed

    NN

    Nee 1 ,

    (9.6)

    e e1 a excentricidade de primeira ordem, expressa por

    ai eee1 , (9.7)

    sendo ea uma excentricidade acidental em virtude das imperfeies geomtricas dabarra, com valor mximo dado por

    303000 hLea ,

    (9.8)

    e eiuma excentricidade decorrente dos valores de clculo M1de Nd;

    301 h

    Nd

    Me di .

    (9.9)

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    h a altura seo transversal na direo referente ao plano de verificao.

    Figura 38: Pea comprimida

    NE a fora crtica de Euler expressa por

    20

    ,2

    L

    IEN

    efco

    E ,(9.10)

    sendo I o momento de inrcia da seo transversal da pea relativo ao plano de flexo

    em que se est verificando a condio de segurana.

    9.1.3. Peas esbeltas: > 80

    A forma de ruptura das peas esbeltas ocorre por flexo causada pela perda de

    estabilidade lateral. Neste caso, a condio de segurana relativa ao estado limite

    ltimo de instabilidade impe a relao

    1,0,0 dc

    Md

    dc

    Nd

    ff,

    (9.11)

    definindo-se

    dE

    Eefdd

    NNNeNM ,1 , (9.12)

    onde e1ef a excentricidade efetiva de 1a ordem, expressa por

    caicef eeeeee 1,1 , (9.13)

    ea a excentricidade acidental mnima com valor h/30 ou L0/300; ec a

    excentricidade suplementar de primeira ordem que representa a fluncia da madeira,

    expressa por:

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    80

    1exp21

    21

    qkgkE

    qkgk

    aigcNNN

    NNeee ,

    (9.14)

    121 , com 1e 2 da tabela Tabela 14.

    gd

    dg

    ig

    N

    Me

    ,1

    Ngke Nqkso valores caractersticos da fora normal devidos s cargas permanentes e

    variveis, respectivamente; M1g,d o valor de clculo do momento fletor devido apenas

    s aes permanentes; o coeficiente de fluncia relacionado s classes de

    carregamento e de umidade, exposto na Tabela 17.

    Tabela 17: Coeficientes de fluncia

    Classes de Umidade

    Classes de Carregamento 1 e 2 3 e 4Permanente ou de Longa Durao 0,8 2,0

    Mdia Durao 0,3 1,0Curta Durao 0,1 0,5

    9.2. EXEMPLOS

    9.2.1. Verificao de barra esbelta retangular

    Verificar, para a combinao ltima normal, se a barra do banzo da trelia de

    comprimento de flambagem L0= 169 cm e com seco transversal de 6 cm x 16 cm(Figura 39), construda em local de classe de umidade 1, suficiente para resistir a

    uma solicitao devida carga permanente de grande variabilidade de -2400 daN,

    carga de vento de presso de -564 daN. A madeira usada uma dicotilednea de

    classe C60 e sem classificao visual.

    16

    6 Figura 39 : Seco transversal do banzo de trelia

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    81

    Inicialmente, determinar-se-o as combinaes ltimas normais de clculo das

    aes s quais o banzo est submetido. A norma NBR 7190, define a combinao

    ltima normal pela Eq.

    kQjoj

    n

    j

    KQQkgigi

    m

    i

    d FFFF ,2

    ,1,

    1

    Para as aes apresentadas, existe somente uma ao varivel, a qual ser

    considerada principal. No existe ao varivel secundria. Para a situao normal de

    projeto, os coeficientes de majorao da ao permanente de grande variabilidade G

    =1,4, e da ao varivel Q=1,4. A ao do vento a principal e de curta durao,

    portanto ela pode ser multiplica por um coeficiente de reduo de 0,75. Assim sendo, a

    ao ao qual o banzo est subetido de

    daNFd 39525644,175,024004,1

    necessrio calcular as propriedades mecnicas da madeira. Para isso, sabe-

    se que a madeira macia e de classe C60. A resistncia de clculo compresso

    paralela s fibras dada por

    c

    kc

    dc

    fkf ,0

    mod,0 ,

    sendo kmoddado por

    3mod,2mod,1mod,mod kkkk .

    kmod,1 funo da ao varivel principal e classe de carregamento, kmod,2 funo da

    classe de umidade e tipo de material e kmod,3 devido categoria da madeira.

    A classe de carregamento para a combinao ltima normal sempre considerada de

    longa durao, portanto kmod,1 =0,70. Para obras em madeira serrada e inseridas em

    locais com classe de umidade 1, kmod,2 = 1,0. Madeira sem classificao visual

    considerada de 2 categoria, portanto kmod,3= 0,8.

    56,08,00,17,0modk .

    A madeira classe C 60 apresenta fc0,k= 600 daN/cm2e c =1,4. Assim sendo,

    2

    2

    ,0 2404,1

    60056,0

    cm

    daNcm

    daN

    f dc

    O mdulo de elasticidade efetivo dado por

    22,,0 13720024500056,056,0

    cm

    daN

    cm

    daNEE mcoefc

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    82

    A fim de se determinar o critrio de segurana a ser empregado para a

    verificao da seguraa da pea comprimida, deve ser calculado o ndice de esbeltez

    da mesma nas duas direes, visto que, segundo a NBR 7190, a verificao deve ser

    feita nas duas direes independentemente.

    rL fl ,

    A

    Ir .

    Os momentos de inrcia nas direes x e y so dados por

    12

    3hbI ,

    43

    204812

    166cm

    cmcmI x .

    43 28812

    616 cmcmcmI y

    Os raios de girao em torno das direes x e y so dados por

    cmcm

    cm

    A

    Ir xx 62,4

    96

    20482

    4

    e

    cmcm

    cm

    A

    Ir

    y

    y 73,196

    2882

    4

    .

    Os ndices de esbeltez so

    6,3662,4

    169cm

    cm

    r

    L

    x

    fl

    x e

    7,9773,1

    169

    cm

    cm

    r

    L

    y

    fl

    y .

    Assim sendo, em torno do eixo x o banzo considerado uma pea curta (critrio

    para pea curta) e em torno do eixo y considerado esbelto 807,97y .

    Verificando a segurana em torno do eixo x, tem-se que

    dcdc

    f,0,0

    A

    Fddc ,0

    22,0 17,41

    96

    3952

    cm

    daN

    cm

    daNdc .

    22,0 24017,41

    cm

    daN

    cm

    daNdc .

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    83

    A segurana atendida em torno do eixo x, porm necessrio verifica-la em

    torno do eixo y. Em torno desse eixo, como a pea considerada esbelta, a condio

    de segurana dada por

    1,0,0 dc

    Md

    dc

    Nd

    ff

    ,

    Onde

    A

    Fddc ,0

    I

    yM ddc,0 .

    dE

    Eefdd

    NN

    NeNM ,1 .

    caicef eeeeee 1,1

    A tenso normal devida ao esforo axial j foi calculada anteriormente e

    2,0 17,41

    cm

    daNdc .

    necessrio calcular as tenses normais devidas flexo oriunda da excentricidade. A

    carga crtica de Euler dada por

    2

    2

    fl

    EL

    EIN ,

    daNcm

    cm

    cm

    daN

    NE 4,13654169

    288137200

    2

    4

    2

    2

    Os valores das excentricidades a serem consideradas so

    ei=0

    ea= L0/300 =0,56 cm

    1eeee caigc

    qkgkE

    qkgk

    NNF

    NNc

    21

    21

    18,05642,00240013654

    5642,0024008,0c

    11,0ce

    cme ef 67,011,056,00,1

    cmdaNM d ., 372639521365413654

    6703952

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    84

    239

    cm

    daNMd

    A verificao da segurana em torno do eixo y, dada pela relao abaixo,mostra

    que o banzo est seguro.

    133,024039

    24041

    9.2.2. Verificao de pilar curto de seco retangular

    Qual a fora mxima acidental que pode ser aplicada no pilar de peroba rosa da

    Figura 40 em situao normal de projeto, sabendo que a fora permanente vale Ngk=

    16.000 daN? Considere que a extremidade superior do pilar est impedida de se

    deslocar nas direes x e y, a madeira usual, a classe de umidade do local da

    construo 2 e as cargas permanentes so de grande variabilidade. fc0,k = 295

    daN/cm2(peroba rosa)

    Figura 40: Pilar de peroba rosa

    O critrio de segurana a ser empregado para a verificao da segurana de

    peas comprimidas determinado em funo do ndice de esbeltez das mesmas. E a

    verificao da segurana, segundo a NBR 7190, deve ser efetuada nas duas direes

    independentemente. Assim sendo, devem ser calculados, inicialmente, os ndices de

    esbeltez em torno do eixo x e y, sendo estes expressos por:

    r

    L fl ,

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    A

    Ir .

    Os momentos de inrcia nas direes x e y, respectivamente, so dados por:

    12

    3hbI ,

    43

    1000012

    2015cm

    cmcmI x .

    43

    562512

    1520cm

    cmcmI y .

    Os raios de girao em torno das direes x e y so dados por

    cmcm

    cm

    A

    Ir xx 77,5

    300

    100002

    4

    e

    cmcm

    cm

    A

    I

    r

    y

    y 33,4300

    56252

    4

    .

    Os ndices de esbeltez so

    5,2977,5

    170

    cm

    cm

    r

    L

    x

    fl

    x e

    3,3933,4

    170

    cm

    cm

    r

    L

    y

    fl

    y .

    Em torno dos dois eixos, a pea considerada curta (critrio para pea curta)

    pois 40. O critrio de segurana para pea curta

    dcdc f ,0,0 , sendo

    A

    Fddc ,0 .

    O esforo de clculo para situao normal de projeto, para estado limite ltimo, dado

    por

    FFFF kQjkQQm

    kGiGid

    n

    j j

    i,,1,

    2 0

    1

    ,

    Sendo que a ao permanente de grande variabilidade Ngk = 16.000 daN e o

    coeficiente de ponderao correspondente g= 1,4 para a combinao normal. Aao varivel mxima deve ser determinada, sendo o coeficiente de ponderao para

    ao varivel igual a ( q= 1,4).

    NNN qkqgkgd

    NN qkd daN 4,1160004,1 .

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    necessrio determinar a resistncia de clculo compresso paralela s fibras. Dada

    por :

    c

    kco

    dco

    fkf

    ,

    mod, ,

    onde 3mod,2mod,1mod,mod .. kkkk . Para madeira serrada e carregamento de longa durao

    (para situao normal de projeto, o carregamento sempre considerado de longa

    durao), 7,01mod,k ; para madeira serrada e classe de umidade igual a 2, 0,12mod,k

    e para madeira de 2acategoria (no submetida a ensaio especfico), 8,03mod,k . Logo,

    56,08,00,17,0modk .

    Dessa forma

    22

    , /1184,1

    /29556,0 cmdaNcmdaNf dco .

    Aplicando-se o critrio da NBR7190/97, tem-se:

    2300

    )000.16(4,1

    ,0 cm

    NdaN

    A

    N qkddc

    ,

    fdcdc ,0,0

    ,

    2daN/cm118300

    )16000(4,1 qkN,

    daN7,9285qkN .

    A carga acidental mxima 9285,7 daN.

    9.2.3. Verificao de pilar medianamente esbelto de seco quadrada

    Verificar, para a situao normal de projeto, o pilar de peroba rosa da Figura 41,

    sabendo que a ao permanente vale Ngk= 2080 daN e a ao varivel causada pelo

    efeito do vento vale Nqk= 520 daN. Considere que a extremidade superior do pilar tem

    deslocamento impedido nas direes x e y, a madeira usual sem qualquer

    classificao, a classe de umidade do local da construo 2 e as cargas permanentes

    so de grande variabilidade. A resistncia e a rigidez da madeira so: fc0,k = 295

    daN/cm2Ec0,m =146.740 daN/cm2.

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    _____________________________________________________________________________

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    Figura 41: Pilar de peroba rosa

    O critrio de segurana a ser empregado para a verificao da segurana de

    peas comprimidas determinado em funo do ndice de esbeltez das mesmas. E a

    verificao da segurana, segundo a NBR 7190, deve ser efetuada nas duas direes

    independentemente. Porm, como seco transversal do pilar quadrada e apresentaa mesma vinculao nos planos xz e yz, suficiente efetuar a segurana somente uma

    vez. Assim sendo, deve ser calculado, inicialmente, o ndice de esbeltez expresso por:

    r

    L fl ,

    A

    Ir .

    Os momentos de inrcia nas direes x e y, respectivamente, so dados por:

    12

    3

    hbI ,

    43

    7,26312

    5,75,7cm

    cmcmI x .

    O raio de girao em torno de x dado por

    cmcm

    cm

    A

    Ir xx 16,2

    25,56

    7,2632

    4

    e

    O ndice de esbeltez do pilar nas duas direes

    9,7316,2

    160cmcm

    rL

    x

    flx .

    Logo, a pea considerada medianamente esbelta pois 8040 x . O critrio de

    segurana a ser usado o de pea medianamente esbelta.

    1,0,0 dc

    Md

    dc

    Nd

    ff,

    onde

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    A

    Fddc ,0

    I

    yM ddc,0 .

    ddd eNM .

    dE

    Ed

    NNNee 1

    ai eee1

    O esforo de clculo para situao normal de projeto, para estado limite ltimo,

    dado por

    FFFF kQjkQQm

    kGiGid

    n

    j j

    i,,1,

    2 0

    1

    ,

    sendo que a ao permanente de grande variabilidade Ngk = 3458 daN e o

    coeficiente de ponderao correspondente g= 1,4 para a combinao normal. A

    ao varivel causada pela ao do vento Nqk = 520 daN tem o coeficiente de

    ponderao igual a q= 1,4, porm como uma ao de curta durao e atua como

    ao preponderante (ou principal) deve ser multiplicada por 0,75,.

    NNN qkqgkgd 75,0

    daNdaNNd 5204,175,020804,1 .

    daNNd 3458 .

    A resistncia de clculo compresso paralela s fibras dada por

    c

    kco

    dco

    fkf

    ,

    mod, ,

    onde 3mod,2mod,1mod,mod .. kkkk . Para madeira serrada e carregamento de longa durao

    (para situao normal de projeto, o carregamento sempre considerado de longa

    durao), 7,01mod,k ; para madeira serrada e classe de umidade igual a 2, 0,12mod,k

    e para madeira de 2acategoria (no submetida a ensaio especfico), 8,03mod,k . Logo,

    56,08,00,17,0modk .

    Dessa forma

    22

    , /1184,1

    /29556,0 cmdaN

    cmdaNf dco .

    E o mdulo de elasticidade efetivo compresso paralela s fibras dado por:

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    _____________________________________________________________________________

    89

    mcoefco EkE ,mod, .

    22, 8217414674056,0

    cm

    daN

    cm

    daNE efco

    Para calcular as tenses normais devidas flexo oriunda da excentricidade

    necessrio calcular a excentricidade de clculo, a qual funo da carga crtica de

    Euler dada por

    2

    2

    fl

    EL

    EIN ,

    daNcm

    cmcm

    daN

    NE 2,8354160

    7,26382174

    2

    4

    2

    2

    As excentricidades a serem consideradas so: ei, excentricidade inicial, e ea, a

    excentricidade acidental. A excentricidade inicial dada por

    ,1

    d

    di

    N

    Me

    para casos em que ei difente de zero, deve ser adotado um valor mnimo dado por

    30

    hei ,

    sendo h a altura da seo transversal referente ao plano de verificao. No presente

    caso, M1d nulo, pois no existe momento aplicado, porm a excentricidade mnima

    deve ser atendida. Dessa forma

    cmcmh

    ei 25,030

    5,7

    30.

    A excentricidade acidental dada por

    cmcmL

    ea 53,0300

    160

    3000

    ,

    a qual deve atender a condio de excentricidade mnima acidental dada por

    cmh

    ea 25,030

    .

    cmcmcmeee ai 78,053,025,01 .

    A excentricidade de clculo dada por

    dE

    Ed

    NN

    Nee 1

    cmdaNdaN

    daNcmed 28,1

    34582,8354

    2,835475,0 .

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    Estruturas de madeira___________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    90

    cmdaNcmdaNM d .24,442628,13458

    De posse das solicitaes internas, determinam-se as tenses devidas ao esforo axial

    e ao momento oriundo da excentridade.

    2

    2

    /5,615,7

    3458cmdaN

    cm

    daN

    A

    NdNd

    ,

    24 9,62

    7,263

    2

    5,724,4426

    .

    cm

    daN

    cm

    cmdaNcm

    I

    yM

    x

    d

    Md

    1,0,0

    ffdc

    Md

    dc

    Nd

    105,1

    118

    9,62

    118

    5,61

    2

    2

    2

    2

    cm

    daNcm

    daN

    cm

    daNcm

    daN

    No atende ao critrio de segurana. Para que a coluna atenda o critrio de

    segurana da norma brasileira preciso aumentar a seo transversal.

    9.2.4. Verificao de pilar esbelto de seco retangular

    Verificar a segurana, para situao normal de projeto, do pilar de peroba rosa

    engastado-rotulado nos planos xz e yz e submetido s cargas ilustradas na Figura 42.Considerar a madeira usual, a classe de umidade do local da construo 2 e as

    cargas permanentes so de grande variabilidade. A resistncia e a rigidez da madeira

    so: fc0,k =295 daN/cm2; Ec0,m =146740 daN/cm2; Ngk=1300 daN (ao permanente);

    Nqk= 340 daN (ao varivel devida ao uso)

    Figura 42: Pilar de peroba rosa

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    Estruturas de madeira___________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    91

    O critrio de segurana a ser empregado para a verificao da segurana de

    peas comprimidas determinado em funo do ndice de esbeltez das mesmas. E a

    verificao da segurana, segundo a NBR 7190, deve ser efetuada nas duas direes

    independentemente. Assim sendo, devem ser calculados, inicialmente, os ndices de

    esbeltez em torno do eixo x e y, sendo estes expressos por:

    r

    L fl ,

    A

    Ir .

    Os momentos de inrcia nas direes x e y, respectivamente, so dados por:

    12

    3hbI ,

    43

    204812

    166

    cm

    cmcm

    I x .4

    3

    28812

    616cm

    cmcmI y .

    Os raios de girao em torno das direes x e y so dados por

    cmcm

    cm

    A

    Ir xx 61,4

    96

    20482

    4

    e

    cmcm

    cm

    A

    Ir

    y

    y 73,196

    2882

    4

    .

    Os ndices de esbeltez so

    4,4361,4

    200

    cm

    cm

    r

    L

    x

    fl

    x e

    6,11573,1

    200

    cm

    cm

    r

    L

    y

    fl

    y .

    Logo, em torno do eixo x, o pilar considerado medianamente esbelto, pois

    8040 x e, em torno do eixo y, considerado esbelto, pois 14080 x .

    O critrio de segurana tanto na direo x quanto na dirao y dado por

    1,0,0

    ffdc

    Md

    dc

    Nd .

    A NBR 7190 prescreve que a segurana deve ser verificada nas duas direes

    independentemente. Neste exemplo, ser ilustrada somente a verificao em torno do

    eixo y devendo o aluno efetuar a verificao da segurana em torno do eixo x, para o

    critrio de pea medianamente esbelta, como atividade domiciliar.

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    Estruturas de madeira___________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    92

    Para a verificao em torno do eixo y (critrio de pea esbelta),

    dE

    Eefdd

    NN

    NeNM ,1. ,

    onde NE a carga crticade Euler ; e1,ef excentricidade efetiva.

    O esforo de clculo para situao normal de projeto, para estado limite ltimo,

    dado por

    FFFF kQjkQQm

    kGiGid

    n

    j j

    i,,1,

    2 0

    1

    ,

    sendo que a ao permanente de grande variabilidade Ngk = 1300 daN e o

    coeficiente de ponderao correspondente g= 1,4 para a combinao normal. A

    ao varivel causada pela ao do vento Nqk = 340 daN tem o coeficiente de

    ponderao igual a q= 1,4.

    NNN qkqgkgd

    daNdaNNd 3404,113004,1 .

    daNNd 2296 .

    A resistncia de clculo compresso paralela s fibras dada por

    c

    kco

    dco

    fkf

    ,

    mod, ,

    onde 3mod,2mod,1mod,mod .. kkkk . Para madeira serrada e carregamento de longa durao

    (para situao normal de projeto, o carregamento sempre considerado de longa

    durao), 7,01mod,k ; para madeira serrada e classe de umidade igual a 2, 0,12mod,k

    e para madeira de 2acategoria (no submetida a ensaio especfico), 8,03mod,k . Logo,

    56,08,00,17,0modk .

    Dessa forma

    22

    , /1184,1

    /29556,0 cmdaNcmdaNf dco .

    E o mdulo de elasticidade efetivo compresso paralela s fibras dado por

    mcoefco EkE ,mod, .

    22, 8217414674056,0

    cm

    daN

    cm

    daNE efco

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    Estruturas de madeira___________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    93

    Para calcular as tenses normais devidas flexo oriunda da excentricidade,

    necessrio calcular a excentricidade de clculo, a qual funo da carga crtica de

    Euler. Como a vinculao nas duas direes a mesma, a carga critca de Euler ser

    obtida com o menor momento de inrcia.

    2

    2

    fl

    EL

    EIN ,

    daNcm

    cmcm

    daN

    NE 4,5839200

    28882174

    2

    4

    2

    2

    As excentricidades a serem consideradas so: ei, excentricidade inicial; ea, a

    excentricidade acidental e a excentricidade devida fluncia ec. A excentricidade inicial

    dada por

    d

    dd

    d

    di

    NMM

    NMe qg ,1,1,1 ,

    M1g,d o valor de clculo do momento fletor devido s aes permanentes; M1q,d o

    valor de clculo do momento fletor devido s aes variveis. Para casos em que ei

    difente de zero, deve ser adotado um valor mnimo dado por

    30

    hei ,

    sendo h a altura da seo transversal referente ao plano de verificao. No presente

    caso, M1d nulo, pois no existe momento aplicado, porm a excentricidade mnimadeve ser atendida. Dessa forma

    cmcmh

    ei 20,030

    6

    30.

    A excentricidade acidental dada por

    cmcmL

    ea 67,0300

    200

    3000

    ,

    a qual deve atender a condio de excentricidade mnima acidental dada tambm por

    cmhea 25,030

    .

    A excentricidade devida fluncia dada por

    1caigc eeee com

    qkNgkNN

    qkNgkNcE 21

    21 ,

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    Estruturas de madeira___________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    94

    gd

    g

    gN

    Me

    d,1i ,

    sendo 1 2 1; Ngk valor caracterstico da fora normal devida s cargas

    permanentes (sem a majorao); Nqkvalor caracterstico da fora normal devida s

    cargas variveis. Para a classe de umidade 2 e carregamento de longa durao,

    8,0 . Para as aes variveis, 3,01 e 2,02 .

    27,021

    21

    qkNgkNEFqkNgkNc

    cm21,01e)67,00(1eeee 27,0caigc

    A excentricidade efetiva dada por

    cmcmcmcmeeee caief 08,121,067,020,0,1 .

    A excentricidade de clculo dada por

    dE

    Ed

    NN

    Nee 1

    cmdaNdaN

    daNcmed 78,1

    22964,5839

    4,583908,1 .

    cmdaNcmdaNM d .88,408678,12296 .

    De posse das solicitaes internas, determinam-se as tenses devidas ao

    esforo axial e ao momento oriundo da excentridade.

    A

    Fddc ,0

    22,0 92,23

    96

    2296

    cm

    daN

    cm

    daNdc .

    24 57,42

    288

    2

    688,4086

    .

    cm

    daN

    cm

    cmdaNcm

    I

    yM

    x

    d

    Md.

    Substituindo na equao da condio de segurana, tem-se:

    105,1118

    57,42

    118

    92,23

    2

    2

    2

    2

    cm

    daNcm

    daN

    cm

    daNcm

    daN

    0,156,0 .

    A coluna de peroba rosa nas condies indicadas satisfaz o critrio de

    segurana de estado limite ltimo da norma brasileira em torno da direo y. Deve ser

    efetuada a verificao tambm em torno do eixo x.

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