Patogia de Cobertuas as 2011
Transcript of Patogia de Cobertuas as 2011
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 1
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE
COBERTURAS INCLINADAS
Engº Grandão Lopes
Janeiro de 2011
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 2
ÍNDICE
Pág.
1. INTRODUÇÃO 1
2. RÁPIDA ABORDAGEM À SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS CORRENTES 2
2.1. Generalidades 2
2.2. Soluções construtivas 3
3. ANOMALIAS CORRENTES EM COBERTURAS INCLINADAS 4
3.1. Generalidades 4
3.2. Classificação e descrição das anomalias 4
3.2.1. Generalidades 4
3.2.2. Anomalias na zona corrente 5
3.2.3. Anomalias em pontos singulares 12
BIBLIOGRAFIA 17
ANEXO - Soluções e patologia de coberturas inclinadas 19
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 3
ÍNDICE DE FIGURAS
Pág.
1 - Telhas gravemente descascadas 6
2 - Levantamento do bordo da chapa do lado superior duma junta
de sobreposição transversal 8
3 - Acumulação de água numa aba duma madre em cantoneira 9
4 - Ocorrência de condensações por falta duma barreira ao vapor e por
deficiência de ventilação do desvão da cobertura 10
5 - Esquema duma das formas de colocação de soletos 11
6 - Superfície molhada dum soleto fixado por pregagem 11
7 - Deformação de placas de PVC por acção térmica do espaço subjacente 12
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 1
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE
COBERTURAS INCLINADAS
1. INTRODUÇÃO
A matéria objecto deste módulo do Curso é bastante propícia a ser apresentada sob a forma
gráfica ou fotográfica. Assim, será esta a metodologia fundamental que se propõe para a
abordagem e tratamento sintético deste tema, justificando-se tal procedimento pela facilidade
que geralmente se reconhece haver na análise rápida das soluções construtivas ou das
anomalias apresentadas sob aquela forma.
Assim, serão apresentadas no decorrer da sessão as principais anomalias que podem ocorrer
nas coberturas inclinadas, resultantes fundamentalmente de defeitos de concepção e de
aplicação, quer em pontos singulares da cobertura quer na sua zona corrente. São tratados
casos de sistemas de revestimento tradicionais e de soluções de uso menos corrente no nosso
País.
Será ainda privilegiado o debate durante ou após a Sessão, de modo a tentar-se esclarecer
casos concretos resultantes da experiência da assistência.
2. RÁPIDA ABORDAGEM ÀS SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS CORRENTES
2.1 – Generalidades
Antes de entrar propriamente na apresentação dos aspectos mais relacionados com a patologia
de coberturas inclinadas, interessaria fazer uma breve referência às soluções construtivas que
correntemente são usadas nestas coberturas dos edifícios, mesmo que repetindo alguns
aspectos ligados a Sessões anteriores.
A pendente do revestimento de cobertura costuma ser o parâmetro caracterizador do tipo de
cobertura segundo esta óptica. Na realidade todas as coberturas, com muito poucas excepções
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 2
(aliás de conhecimento e utilização muito restrito no nosso País), deveriam ser consideradas
inclinadas, pois os respectivos revestimentos devem ser colocados de forma que exista sempre
uma pendente que conduza as águas pluviais para as embocaduras dos tubos de queda. Ou
seja, poderia não caber nesta óptica classificativa a classe das coberturas em terraço, distinção
que se considera no entanto desejável, especialmente pelo facto das soluções construtivas
respectivas serem de natureza geralmente muito diferente das que se utilizam nas coberturas
com pendentes mais elevadas, a que vulgarmente se chamam de coberturas inclinadas.
Muitas diferenças se encontram naturalmente entre estes dois tipos de coberturas, sendo a
pendente, por exemplo, definida geralmente pela camada de forma, nas coberturas em terraço,
e pela própria estrutura de suporte, nas coberturas inclinadas.
Desde já se refere que não há valores mínimos pré-definidos da pendente, nem faria sentido que
houvesse, para a definição duma cobertura inclinada, já que tais valores são função de vários
outros parâmetros, nomeadamente do tipo de solução de revestimento e da largura das juntas de
sobreposição dos elementos de revestimento respectivos. Ou seja, a descontinuidade entre os
elementos que constituem o revestimento é de facto uma das grandes diferenças entre o que se
passa nas coberturas em terraço e nas coberturas inclinadas. Tais descontinuidades são muitas
vezes focos de infiltrações de água, uma das principais anomalias não-estruturais que se podem
registar em coberturas deste tipo, como, em geral, em toda em envolvente dum edifício.
No entanto gostava-se de deixar aqui alguma menção, mesmo que com algumas reservas, aos
valores mínimos mais ou menos estabelecidos para uma boa parte dos revestimentos de
coberturas inclinadas aplicadas em situações correntes. Tais valores costumam rondar os 7% a
10%, para os tipos de revestimentos mais usuais, podendo em casos particulares descer aos 5%
[1 a 12].
Nos pontos seguintes apresenta-se alguma informação sobre a constituição das coberturas
inclinadas, quer na sua zona corrente quer em pontos singulares, para um melhor enquadramento
de certas anomalias descritas posteriormente.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 3
2.2 – Soluções construtivas
Quando não existe esteira, constituída por exemplo por uma laje de betão, por um forro de
madeira ou por solução equivalente, a cobertura de edifícios formada por uma estrutura
resistente descontínua é composta geralmente pelas seguintes camadas:
- forro interior;
- barreira ao vapor;
- camada de isolamento térmico;
- espaço de ar;
- revestimento da cobertura.
Quando a estrutura resistente é contínua (é o caso das lajes maciças ou aligeiradas de betão
armado ou pré-esforçado que têm a inclinação das vertentes da cobertura) ela própria funciona
em geral como "forro" interior, sendo as restantes camadas idênticas às referidas. Para certas
condições termo-higrométricas pode ser dispensada a aplicação duma barreira ao vapor.
Quando existe esteira, as soluções podem ser exactamente iguais às acabadas de mencionar, com
excepção obviamente da camada adicional que constitui a esteira. No entanto quando o desvão
da cobertura não é utilizado, é vulgar, por ser geralmente mais económico, aplicar directamente
sobre a esteira a camada de isolamento térmico, em vez de a levar para a vertente da cobertura.
Registe-se que nestes casos o desvão da cobertura deve ser convenientemente ventilado.
Sendo os revestimentos deste tipo de coberturas geralmente constituídos por elementos
descontínuos (telhas, chapas metálicas ou de plástico, etc.), a garantia da estanquidade à água
deste elemento da construção deve ser dada naturalmente pelo próprio revestimento e pelas
sobreposições dos respectivos elementos que os constituem. Assim, o trinómio
pendente/extensão da sobreposição (com eventuais complementos de estanquidade)/grau de
exposição da cobertura deve ser devidamente equacionado em cada caso concreto.
Chama-se ainda à atenção para a necessidade de limitar o comprimento das vertentes da
cobertura em função da altura das ondas ou das nervuras das chapas ou elementos que
constituem o respectivo revestimento.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 4
Em anexo apresenta-se uma classificação e descrição sintética de soluções de coberturas
inclinadas e dos principais tipos de patologia associada [13].
3. ANOMALIAS CORRENTES EM COBERTURAS INCLINADAS
3.1 – Generalidades
As anomalias em coberturas inclinadas costumam resultar, em geral, da contribuição conjunta de
diversos factores, os quais se podem enquadrar, como é corrente noutros casos, ao nível da
concepção, da qualidade dos materiais, da execução em obra e da posterior manutenção. De
qualquer modo é conhecida a importância dos pontos singulares das coberturas para a ocorrência
desses casos anómalos.
As infiltrações de água através deste elemento da construção (a cobertura), com as consequentes
manifestações de humidade no interior dos espaços subjacentes, são na maioria dos casos as
consequências das anomalias verificadas nos respectivos revestimentos ou nas camadas
subjacentes. As deficiências de salubridade resultantes dessas infiltrações e os incómodos
evidentes criados à utilização desses espaços, associados naturalmente aos custos das respectivas
reparações, são razões mais do que suficientes para que o estudo das matérias relacionadas com a
problemática em questão deva ter também um nível de profundidade semelhante ao que se
verifica em relação a outros domínios da construção.
3.2 – Classificação e descrição das anomalias
3.2.1 – Generalidades
O enquadramento dos principais casos de patologia que se podem manifestar nas coberturas
inclinadas pode fazer-se de acordo com critérios diversos: segundo a causa dessa patologia,
segundo a importância das consequências que daí advêm, segundo o local onde ocorrem,
segundo a facilidade de reparação da zona afectada, segundo a natureza dos materiais das várias
camadas da cobertura, etc.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 5
De seguida sintetizam-se as situações anómalas em duas grandes classes: as que ocorrem na
superfície corrente da cobertura e as que se manifestam nos pontos singulares da mesma.
3.2.2 – Anomalias na zona corrente
Em relação à zona corrente das coberturas inclinadas, as anomalias que podem dar origem a
infiltrações de água ou ao aparecimento de manchas de humidade nos espaços subjacentes são as
seguintes:
- roturas ou fissuração desses revestimentos;
- deformações acentuadas dos revestimentos;
- esfoliações e descasques dos revestimentos;
- sobreposições insuficientes nas respectivas juntas transversais ou longitudinais;
- inexistência de complementos de vedação dessas juntas, quando necessários;
- inadequação de anilhas vedantes de peças de fixação;
- corrosão de peças de fixação ou dos próprios materiais de revestimento;
- condensações em superfícies frias.
Já atrás se fez menção à interligação entre os principais parâmetros a ter em conta na
concepção deste tipo de coberturas: a pendente, a largura das juntas de sobreposição
transversais e o número de ondas ou nervuras das sobreposições longitudinais, a necessidade
de utilização de complementos de estanquidade nessas juntas e também o comprimento
máximo das vertentes em função, por exemplo, da altura das nervuras das chapas de
revestimento; todos estes aspectos estão naturalmente relacionados com o grau de exposição
da cobertura à acção concomitante da chuva e dos ventos preponderantes.
Não é demais salientar o facto da necessidade de garantir a continuidade dos cordões vedantes
aplicados como complementos de estanquidade das juntas, não só ao longo de todas as juntas
de sobreposição transversais mas também entre estas e as juntas longitudinais que se
desenvolvem ao longo das vertentes, quando estas assim o exijam. Além disso, esses cordões
devem manter-se suficientemente comprimidos nas juntas para que o seu funcionamento seja
eficaz durante o seu tempo de vida útil.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 6
Outro foco muito vulgar de infiltrações são os pontos de fixação dos revestimentos
descontínuos de coberturas formados por chapas dos mais diversos materiais. A corrosão
prematura das peças de fixação, ou das anilhas metálicas associadas, são geralmente a causa
não só da anomalia referida, mas também, em casos limites, da perda da capacidade resistente
dessas peças e, consequentemente, dos respectivos revestimentos de cobertura. É de realçar
aqui a necessidade de ter em conta a compatibilidade química entre materiais de naturezas
diferentes, para que se limite a possibilidade de se verificarem os conhecidos fenómenos de
corrosão galvânica. Como é sabido, é o metal menos nobre aquele que sofre o processo de
corrosão. Assim, será sempre de evitar o contacto entre, por exemplo, o zinco ou aço
galvanizado e o cobre, sendo neste caso os dois primeiros a degradarem-se pelo processo de
corrosão em questão.
As esfoliações e descasques são anomalias que ocorrem fundamentalmente em telhas
cerâmicas (fig. 1) devidas à acção continuada de ciclos de gelo-degelo. A existência duma
camada suficientemente bem ventilada sob as telhas favorece a sua secagem, minimizando a
ocorrência daquela anomalia.
Fig. 1 – Telhas gravemente descascadas [14]
As anomalias superficiais dos revestimentos e das peças de fixação estão geralmente
relacionadas com corrosões de peças metálicas por insuficiente camada de protecção de zinco
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 7
(no caso da galvanização), de resina (no caso da lacagem) ou até duma pintura, face à
agressividade atmosférica dos locais onde esses elementos são aplicados.
No entanto, anomalias superficiais doutra natureza podem ocorrer noutro tipo de
revestimento. É o caso da presença de pirites nos soletos de ardósia, de nódulos de cal nas
telhas cerâmicas ou do desfibramento do poliester em chapas desta natureza. As pirites, de
composição química diversa, podem apresentar-se nas ardósias em inclusões oxidáveis ou
não. A sua acção traduz-se no aparecimento de manchas de ferrugem, cujo desenvolvimento
no prolongado pode dar origem à formação de cavidades e por conseguinte à perda de
estanquidade do revestimento. Os nódulos de cal nos revestimentos cerâmicos ao hidratarem-
se expandem-se, podendo assim conduzir à formação de concavidades no respectivo
elemento.
Relativamente às anomalias nos pontos de fixação, essas podem manifestar-se de várias
formas: deformação localizada da chapa junto ao elemento de fixação, deformação da própria
peça de fixação ou mesmo rotura dessa peça. Todas estas anomalias são geralmente resultado
das variações dimensionais das chapas devidas a variações de temperatura. Com um cálculo
simples podemos ter uma ideia da ordem de grandeza das variações mais desfavoráveis do
comprimento duma chapa de alumínio ou de aço com, por exemplo, 4 m sob o efeito das
acções regulamentares [15] devidas a variações uniformes de temperatura (+35oC/-25oC) e
tendo em conta as características físicas destas chapas sob a óptica em questão. Assim,
facilmente se verifica que a variação de comprimento das chapas em questão é da ordem dos
6 mm (∆l = 238 x 10-7 x 4000 x 60) ou dos 3 mm (∆l = 120 x 10-7 x 4000 x 60), consoante se
trate respectivamente das chapas de alumínio ou de aço. Ora, se a dimensão dos furos for
muito ajustada à das peças de fixação, podem ocorrer então os casos anómalos atrás referidos.
Estas anomalias são em geral agravadas pelas acções dinâmicas do vento sobre as chapas de
cobertura, nomeadamente quando a sua fixação à estrutura resistente não garante o aperto
normal entre a peça de fixação e a chapa. Note-se que para além de poder ser posta em risco a
segurança das chapas de cobertura, as condições de estanquidade dos orifícios atravessados
pelas peças de fixação podem também ficar comprometidas.
Os descolamentos de mastiques ou de cordões de estanquidade aplicados em juntas de
sobreposição transversais podem também ser devidos àqueles movimentos fundamentalmente
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 8
de origem térmica. A criação de tensões de corte superiores à capacidade de aderência desses
vedantes às superfícies das chapas conduz a essa patologia.
Note-se que esses cordões vedantes devem ter uma secção tal que permita um ajuste e
conduza a um estado de compressão adequado contra as superfícies dos perfis metálicos,
tendo em conta a existência de folgas nas cristas e nas cavas das nervuras. Essas folgas são
devidas à impossibilidade de ajuste perfeito entre as superfícies das duas chapas nas juntas de
sobreposição transversais, quando a secção dessas chapas é igual ao longo de todo o seu
comprimento (situação de resto a mais corrente).
Esses descolamentos podem ainda ter origem em alongamentos acentuados dos vedantes
colocados nessas juntas, por rotação dos bordos das chapas devida à significativa deformação
por flexão das mesmas (fig. 2). Essa deformação pode resultar, por exemplo, da acção de
cargas localizadas transmitidas pela circulação de pessoas sobre as chapas em trabalhos de
manutenção ou reparação. Este fenómeno pode ser particularmente verificado no caso de
chapas com maior flexibilidade, como são o caso das chapas de alumínio corrente.
Fig. 2 - Levantamento do bordo da chapa do lado superior duma
junta de sobreposição transversal [16]
A ocorrência de condensações, especialmente na superfície interior das chapas metálicas,
pode ser um fenómeno difícil de controlar, especialmente em regiões climáticas com
temperaturas do ar baixas ou quando é relevante a produção de vapor de água nos espaços
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 9
utilizados sob a cobertura. As consequências deste fenómeno podem ser de vária ordem:
redução das características de isolamento térmico dos materiais isolantes subjacentes, devido
à molhagem dos mesmos; quedas de gotas de água para o interior dos espaços ocupados;
deterioração acelerada de peças metálicas, nomeadamente por corrosão; acumulação de água
em zonas particulares de elementos subjacentes às chapas de cobertura (fig. 3).
Fig. 3 – Acumulação de água numa aba duma madre em cantoneira [16]
Uma das medidas a considerar consiste na colocação, sob a camada de isolamento térmico,
duma barreira ao vapor eficaz e na criação de condições de ventilação adequada do espaço
sob o revestimento de cobertura. Esse espaço corresponde ao desvão da cobertura, quando o
isolamento térmico é colocado sobre a esteira (fig. 4), ou à camada de ar compreendida entre
esse isolante e o revestimento da cobertura, quando o isolante é aplicado segundo as vertentes.
As entradas e saídas de ar devem ser convenientemente localizadas, sendo preferíveis as que
se desenvolvem linearmente, em vez de pontualmente, a um determinado nível da cobertura.
A ocorrência de condensações por incumprimento destas regras pode dar não só origem à
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 10
redução da resistência térmica da camada de isolamento térmico mas também à deterioração,
devido à presença de teores de humidade elevados, dos elementos de suporte do revestimento
da cobertura (ripas e varas de madeira, madres metálicas, etc.).
Fig. 4 – Ocorrência de condensações por falta duma barreira ao vapor e por deficiência de
ventilação do desvão da cobertura [19]
Existem recomendações de origem inglesa [21] que recomendam a execução de aberturas
correspondentes a 0,3% da área da cobertura em projecção horizontal. Registe-se que este é
também o valor indicado no Regulamento das Características de Comportamento Térmico de
Edifícios [17] para que os espaços sob os revestimentos de cobertura sejam considerados
fortemente ventilados. Regras semelhantes são apontadas nessa documentação inglesa no
sentido de garantir uma adequada ventilação dos espaços referidos; tais regras apontam para a
criação de aberturas contínuas em duas vertentes opostas com a largura de 10 mm ou 25 mm,
consoante a pendente da cobertura for superior ou inferior a 15º. Chama-se a atenção para os
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 11
cuidados que se devem ter para que essas aberturas não fiquem obstruídas pela camada de
isolamento térmico que é conveniente ser colocada ao longo da periferia do forro ou da laje de
esteira, de modo a não se criarem pontes térmicas nessa zona.
Quando se verifiquem atravessamentos da barreira ao vapor por tubagens ou outros elementos
da construção, deve haver também o cuidado das juntas respectivas serem bem vedadas, caso
contrário tais juntas serão focos importantes de passagem de vapor de água para as camadas
superiores da cobertura.
Se houver necessidade de colocar uma barreira complementar de estanquidade à água sob o
revestimento de cobertura, deve também deixar-se entre estas duas camadas um espaço com a
espessura adequada (20 mm deve ser o valor mínimo aconselhável) onde possa ser realizada a
respectiva circulação de ar.
A importância da ventilação dos espaços sob o revestimento de cobertura pode ainda ser
realçada no caso de telhas planas, geralmente de betão, pela ligeira curvatura que pode ser
dada à secção dos respectivos elementos de forma a permitir uma melhor entrada de ar entre
as juntas das mesmas.
Relativamente aos soletos de ardósia ou de outros materiais prefabricados (soletos de
fibrocimento, por exemplo) fixados ao suporte por pregagem (fig. 5), deve ser tida em conta a
zona de molhagem correntemente verificada na sua superfície (fig. 6), de modo a colocar os
orifícios por onde são introduzidos os pregos fora dessa zona.
Fig. 5 – Esquema duma das formas de colocação de soletos [20]
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 12
Fig. 6 – Superfície molhada dum soleto fixado por pregagem [18]
O humedecimento de parte da superfície de recobrimento é explicável através de fenómenos
de capilaridade.
Relativamente à deformação de chapas de plástico, em certos casos a sua origem não está nas
variações térmicas do ambiente exterior mas sim do ambiente interior. É o caso, por exemplo,
de armazéns de adubos onde a quantidade de calor libertada pode originar situações do tipo
das apresentadas na figura (fig. 7).
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 13
Fig. 7 – Deformação de placas de PVC por acção térmica do espaço subjacente [18]
3.2.3 – Anomalias em pontos singulares
São as seguintes zonas particulares ou singulares da cobertura onde são mais frequentemente
observáveis casos anómalos com reflexos na referida perda de estanquidade à água deste
elemento de construção:
− paredes emergentes;
− platibandas;
− juntas de dilatação;
− caleiras e pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais;
− atravessamentos da cobertura por tubagens;
− soleiras de portas;
− embasamentos de suporte de aparelhos ou equipamentos.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 14
Seguidamente descrevem-se com maior detalhe alguns casos anómalos em zonas singulares da
cobertura onde a circulação da água das chuvas é mais predominante.
a) Anomalias em embocaduras de tubos de queda de águas pluviais
As principais anomalias nestas zonas singulares da cobertura são as obstruções criadas à
evacuação da água e os defeitos de ligação do revestimento em superfície corrente com os
dispositivos de evacuação da água.
A acumulação de detritos diversos junto às embocaduras dos tubos de queda, a conformação
inadequada das pendentes nas zonas circundantes das embocaduras e a obstrução das próprias
embocaduras, são factores que dificultam a descarga normal das águas pluviais da cobertura,
fazendo assim com que ela se acumule e permaneça, durante períodos mais ou menos
prolongados, sobre o revestimento dessa zona, com as consequências que daí advêm para o
desempenho a longo prazo deste revestimento.
Os detritos referidos são geralmente folhas de árvores, poeiras diversas ou restos diversos de
materiais deixados após a conclusão da obra ou dos trabalhos de reparação ou manutenção da
cobertura. A inexistência de ralos nas embocaduras dos tubos de queda contribui
substancialmente para a fácil obstrução desses tubos, a qual é agravada quando é insuficiente a
sua secção de escoamento.
É necessário garantir que o canhão penetre na extensão suficiente do tubo de queda para que
não haja repasses de água através dessa junção. Já se constatou, embora apenas em casos
muito pontuais, que o canhão em vez de penetrar no respectivo tubo de queda, envolve, pelo
contrário, este tubo. Trata-se evidentemente duma anomalia resultante dum desconhecimento
total das regras básicas de construção, ou dum descuido inaceitável na realização deste
trabalho.
b) Anomalias em caleiras
Sendo muitas vezes corrente a impermeabilização das caleiras com base em membranas do tipo
das utilizadas nas coberturas em terraço (membranas betuminosas, de PVC, de EPDM, etc.),
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 15
registam-se seguidamente as principais anomalias que nesta situação se podem apontar nestes
elementos singulares da cobertura:
– descolamento de juntas de sobreposição das respectivas membranas;
– fissuração dessas membranas.
As manifestações de humidade resultantes podem detectar-se no interior do edifício e também
pelo exterior quando as caleiras são periféricas.
Para o descolamento das juntas de sobreposição contribuem vários factores, dos quais são mais
importantes a reduzida largura dessas juntas, o sentido segundo o qual foram aplicadas as
membranas, a reduzida pendente da caleira, senão quando nula ou mesmo invertida, ou,
evidentemente, a utilização de produtos de colagem insatisfatórios ou a deficiente execução da
colagem.
O sentido de aplicação das membranas é, no caso das caleiras, ainda mais importante que em
superfície corrente, já que ele define a posição do ligeiro ressalto das juntas de sobreposição, o
qual não deve ficar directamente sujeito ao contacto da lâmina de água durante o escoamento na
caleira. Ou seja, as membranas devem ir sendo colocadas no sentido ascendente ao da pendente
da caleira.
Para a deficiente execução, não só da ligação das membranas entre si, mas também da sua
ligação ao suporte, podem contribuir as reduzidas dimensões da secção da caleira, dificultando
assim a realização dos respectivos trabalhos.
A fissuração ocorre no revestimento de impermeabilização das caleiras devido, ou a um
envelhecimento mais acentuado dos materiais que o constituem, ou a disposições construtivas
insatisfatórias. No primeiro caso, a razão fundamental é a sujeição a acções mecânicas de
desgaste de maior intensidade do que as que se manifestariam na superfície corrente duma
cobertura com esta solução de revestimento.
Quando essas caleiras são realizadas com materiais metálicos de natureza idêntica (ou não)
aos dos respectivos revestimentos da zona corrente da cobertura, muitas das deficiências de
estanquidade que nessas zonas ocorrem resultam da execução insatisfatória da soldadura entre
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 16
as peças desses metais. Quando se utilizam rufos metálicos ou de plástico (materiais mais
vulgares para este tipo de peças) para rematar, em superfície vertical, outros elementos da
cobertura, nomeadamente os revestimentos da zona corrente, é indispensável criar uma
sobreposição de pelo menos cerca de 50 mm entre o rufo e esse elemento de modo a garantir a
conveniente estanquidade à água da zona respectiva. A sobreposição destes rufos com
elementos horizontais ou próximo dessa posição deve ter um desenvolvimento condizente
com o grau de exposição da cobertura e ter em conta a geometria do próprio remate,
nomeadamente no que diz respeito ao ajustamento à geometria das ondas ou nervuras das
chapas de revestimento subjacentes. Para reduzir a possibilidade de entrada de água pelas
juntas de sobreposição entre esses rufos e a zona corrente do revestimento de cobertura,
colocam-se sob as respectivas abas, que se desenvolvem sobre a vertente da cobertura, perfis
de material flexível cuja superfície inferior acompanha a geometria dos elementos de
revestimento (chapas nevuradas de aço, chapas onduladas de fibrocimentos, telhas, etc.), os
quais criam assim uma perda de carga elevada ao movimento da água da chuva batida pelo
vento, reduzindo deste modo a energia cinética dessa água no seu movimento para o interior.
Tais perfis poderão ser de material diverso, sendo corrente os perfis de poliestireno expandido
ou espumas de poliuretano.
Outra técnica para reduzir a energia cinética da água da chuva nessas juntas consiste em
utilizar rufos com abas verticais (ou próximo disso) solidarizadas ao mesmo e com uma
geometria que acompanhe a do revestimento subjacente.
As fotografias e os esquemas representados no Anexo II complementam graficamente mais
algumas situações anómalas não descritas com o detalhe acabado de descrever.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 17
BIBLIOGRAFIA
1. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
ardoise. Cahiers du CSTB, Paris, (176), Cahier 1418, janvier/février 1977. Document
Technique Unifié DTU 40.11 (DTU P 32-201).
2. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
ardoises d'amiante-ciment. Cahiers du CSTB, Paris, (264), Cahier 2036, novembre
1985. Document Technique Unifié DTU 40.12 (DTU P32-202).
3. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
bardeaux bitumés. Cahiers du CSTB, Paris, (179), Cahier 1444, mai 1977. Document
Technique Unifié DTU 40.14 (DTU P39-201).
4. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
tuiles de terre cuite à emboîtement ou à glissement. Cahiers du CSTB, Paris, (200),
Cahier 1576, juin 1979. Document Technique Unifié DTU 40.21 (DTU P31-202).
5. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
tuiles canal de terre cuite. Cahiers du CSTB, Paris, (308), Cahier 2408, avril 1990.
Document Technique Unifié DTU 40.22 (DTU P31-203).
6. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
tuiles plates de terre cuite. Cahiers du CSTB, Paris, (178), Cahier 1438, avril 1977.
Document Technique Unifié DTU 40.23 (DTU P31-204).
7. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
béton à glissement et à emboîtement longitudinal. Cahiers du CSTB, Paris, (200),
Cahier 1577, juin 1979. Document Technique Unifié DTU 40.24 (DTU P31-205).
8. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
tuiles plates en béton. Cahiers du CSTB, Paris, (255), Cahier 1968, décembre 1984.
Document Technique Unifié DTU 40.25.
9. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
plaques ondulées d'amiante-ciment. Cahiers du CSTB, Paris, (204), Cahier 1606,
novembre 1979. Document Technique Unifié DTU 40.31 (DTU P33-201).
10. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
plaques ondulées métalliques. Cahiers du CSTB, Paris, (85), Cahier 742, avril 1967.
Document Technique Unifié DTU 40.32.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 18
11. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
plaques nervurées issues de tôles d'acier galvanisées prelaquées ou de tôles d'acier
galvanisées. Cahiers du CSTB, Paris, (242), Cahier 1878, septembre 1983. Document
Technique Unifié DTU 40.35.
12. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BÂTIMENT (CSTB) − Couverture en
plaques nervurées d'aluminium prélaqué ou non. Cahiers du CSTB, Paris, (253),
Cahier 1954, octobre 1984. Document Technique Unifié DTU 40.36.
13. LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Mestrado no IST.
Lisboa, LNEC, 1998. Relatório.
14. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DA CERÂMICA DA
CONSTRUÇÃO (APICC). CENTRO TECNOLÓGICO DA CERÂMICA E DO VIDRO.
INSTITUTO DA CONSTRUÇÃO – Manual de aplicação de telhas cerâmicas.
Coimbra, APICC, 1998.
15. /P/ - Leis, decretos, etc. – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de
Edifícios e Pontes. (Decreto-Lei nº 235/83, de 31 de Maio). Lisboa, Imprensa Nacional,
1984.
16. ALLEN, William – Envelope Design for Building. Oxford, Architectural Press, 1997.
17. /P/ - Leis, decretos, etc. – Regulamento das Características de Comportamento
Térmico de Edifícios. (Decret-Lei nº 40/90, de 6 de Fevereiro). Lisboa, Imprensa
Nacional, 1990.
18. PRUMIAUX, Georges – Couvertures, toitures-terrasses. Paris, Editions du Moniteur,
1992.
19. CENTRE D’ASSISTANCE TECHNIQUE ET DE DOCUMENTATION (CATED) - Les
couvertures. Paris, Publications du Moniteur, 1985.
20. LUCAS, José Carvalho – Revestimentos de paredes independentes do suporte
executados com telhas cerâmicas planas. Lisboa, LNEC, 1994. ITMC 21.
21. BUILDING RESEARCH ESTABLISHMENT (BRE) – Housing defects reference
manual. London, E & FN SPON, 1991.
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 19
ANEXO
SOLUÇÕES E PATOLOGIA DE COBERTURAS INCLINADAS
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 20
ANEXO
SOLUÇÕES E PATOLOGIA EM COBERTURAS INCLINADAS
1 - Classificação dos revestimentos de coberturas inclinadas
1.1 − Quanto à natureza das matérias primas
1.1.1 − Revestimentos cerâmicos
1.1.2 − Revestimentos de fibrocimento
1.1.3 − Revestimentos metálicos
1.1.4 − Revestimentos de betão
1.1.5 − Revestimentos de plástico
1.1.6 − Revestimentos betuminosos
1.1.7 − Revestimentos de pedra
1.1.8 − Revestimentos mistos
1.2 − Quanto à continuidade e às dimensões dos elementos
1.2.1 − Elementos descontínuos
− Telhas
− Chapas
− Placas
− Soletos
1.2.2 − Elementos contínuos (rolos)
− Telas betuminosas
− Feltros betuminosos
− Membranas betuminosas e sintéticas
2 - Tipos de aplicação
2.1 − Fixação mecânica
− Grampos
− "Tirefonds"
− Gatos
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 21
− Agrafos
− Pregos
− Parafusos
− Fixação mista
2.2 − Colagem
− Betumes
− Colas
− Adesivos
2.3 − Colocação livre
2.4 − Fixação mista
3 - Descrição dos revestimentos de coberturas inclinadas
3.1 − Revestimentos cerâmicos
− Telhas cerâmicas
3.2 − Revestimentos de fibrocimento
− Chapas onduladas
− Chapas nervuradas
− Canaletes
− Chapas planas
− Soletos
3.3 − Revestimentos metálicos
− Chapas de aço galvanizadas
− Chapas de aço inoxidável
− Chapas de alumínio
− Chapas de zinco
− Folhas de cobre
− "Telhas" em chapa de aço
3.4 − Revestimentos de betão
− Telhas de betão
3.5 − Revestimentos plásticos
− Chapas termo-endurecidas de resina de poliester armadas com fibra
de vidro (translúcidas e opacas)
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 22
− Chapas termoplásticas de PVC plastificado (translúcidas)
− Chapas termoplásticas de PVC rígido (translúcidas e opacas)
− Chapas termoplásticas acrílicas (transparentes, translúcidas e
opacas)
− Membranas de PVC plastificado
3.6 − Revestimentos betuminosos
− Placas betuminosas
− Chapas betuminosas com fibras celulósicas
− Membranas betuminosas
− Telas e feltros betuminosos
3.7 − Revestimentos sintéticos
− Membranas de PVC plastificado
− Membranas de borracha butílica
− Membranas de EPDM
3.8 − Revestimentos de pedra
− Soletos de pedra natural
− Soletos de pedra artificial
3.9 − Revestimentos mistos
− Chapas de aço revestidas com betume e folhas de alumínio
− Painéis sanduíche com camada de isolamento térmico
4 - Disposições construtivas fundamentais
4.1 − Disposições em superfície corrente
− Pendentes mínimas e máximas
− Sobreposições mínimas e máximas
− Complementos de estanquidade
− Caminhos de circulação
4.2 − Disposições em zonas singulares
− Remates com elementos emergentes ou imergentes
− Caleiras, algerozes e tubos de queda
− Ralos
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 23
4.3 − Disposições em relação ao posicionamento do isolante térmico
4.3.1 - Isolamento térmico nas vertentes inclinadas
- Isolamento térmico superior às madres
- Isolamento térmico na face inferior
mantas de lã mineral
placas de material isolante
4.3.2 - Isolamento térmico na esteira de tecto
- Isolamento térmico na face superior
mantas de lã mineral
placas de material isolante
material isolante a granel
- Isolamento térmico na face inferior
tectos-falsos
revestimentos isolantes
5 - Patologia mais corrente em revestimentos de coberturas inclinadas
5.1 − Anomalias devidas à acção da humidade
5.1.1 − Humedecimento
− Humidade de precipitação
− Humidade de condensação
5.1.2 − Modificação das propriedades mecânicas
− Diminuição da resistência mecânica
5.1.3 − Modificação das propriedades físicas
− Corrosão de elementos metálicos
5.1.4 − Degradações diversas
− Desenvolvimento de vegetação parasitária (líquenes e musgos)
− Desprendimento por corrosão de elementos metálicos de fixação
− Descolamento por perda de aderência dos produtos de colagem
5.2 − Anomalias devidas a defeitos de concepção ou de execução
− Falta de complementos de estanquidade
− Sobreposições insuficientes
− Pendentes reduzidas
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS - Grandão Lopes 24
− Remates inadequados
− Caleiras, algerozes e tubos de queda de secção reduzida
− Caleiras e algerozes com pendentes insuficientes
− Inexistência de ralos
5.3 − Anomalias diversas
− Corrosão electroquímica ou galvânica
− Fixações insuficientes
− Alterações de aspecto (descoloração, manchas de sujidade)
− Deformação por fluência
SISTEMAS DE REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS
PATOLOGIA MAIS CORRENTE EM REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS por Grandão Lopes