Passes e Curas Espirituais (Wenefredo de Toledo)

download Passes e Curas Espirituais (Wenefredo de Toledo)

of 91

Transcript of Passes e Curas Espirituais (Wenefredo de Toledo)

  • PASSES E CURAS ESPIRITUAIS

    EDITORA PENSAMENTO So Paulo

  • Passes e Curas Espirituais

    2

    NDICE

    APRESENTAO .................................................................................................................................... 5 UMA EXPLICAO ................................................................................................................................ 7 GRATIDO ............................................................................................................................................ 7 DE GRAA RECEBESTES, DE GRAA DAI ............................................................................................. 8 MDIUNS PASSISTAS ............................................................................................................................ 9 OPINIO AUTORIZADA SOBRE O PASSE ............................................................................................. 12 INTRODUO ...................................................................................................................................... 13 REFORMA MORAL .............................................................................................................................. 14 AURA HUMANA .................................................................................................................................. 15 AURA HUMANA REFLEXIVA DOS PENSAMENTOS ................................................................................ 15

    ATMOSFERA FLUDICA ....................................................................................................... 15 RAIOS DE INFLUENCIAES ............................................................................................... 16 LEI DO EQUILBRIO ............................................................................................................ 17 FORA MAGNTICA ............................................................................................................ 18 PREPARO DO CORPO FSICO ............................................................................................... 18

    2A PARTE ............................................................................................................................................ 21 ESTUDOS DAS LIES E TCNICAS DOS PASSES ................................................................................ 21 LIO PRIMEIRA ................................................................................................................................. 22

    LIGEIRAS NOES DE ANATOMIA ...................................................................................... 22 ESQUELETO HUMANO E SUA NOMENCLATURA .................................................................. 22 CRNIO .............................................................................................................................. 23 APARELHO DIGESTIVO ....................................................................................................... 25 APARELHO URINRIO ......................................................................................................... 26 TRONCO DO ESQUELETO E PARTE DA BACIA .................................................................... 27 VISTA LATERAL DO TRONCO ............................................................................................. 27 ESTUDO DO ESTMAGO ..................................................................................................... 28 ESTUDO DO FGADO ........................................................................................................... 28 OS PULMES ...................................................................................................................... 29

    LIO SEGUNDA ................................................................................................................................. 29 LIGEIRAS NOES SOBRE FISIOLOGIA ................................................................................ 29 CIRCULAO DO SANGUE ESQUEMA DE CIRCULAO ................................................... 31 NO FGADO ......................................................................................................................... 31 OS RINS .............................................................................................................................. 32 DIGESTO ALIMENTAR ....................................................................................................... 32

    LIO TERCEIRA ................................................................................................................................ 33 LIGEIRAS NOES SOBRE PATOLOGIA ............................................................................... 33 CAUSAS DAS DOENAS ...................................................................................................... 33 PREDISPOSIO ORGNICA ................................................................................................ 34 PREDISPOSIO CRMICA .................................................................................................. 34 PREDISPOSIO ATRADA ................................................................................................... 34 PREDISPOSIO HEREDITRIA

    .........................................................................................35 PREDISPOSIO DO AMBIENTE

    ...........................................................................................35 PATOGNESE DAS ENFERMIDADES INFANTIS ..................................................................... 35 VIAS DE INFECO ............................................................................................................. 36

    LIO QUARTA .................................................................................................................................. 37 LIGEIRAS NOES SOBRE O ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO E DOS PLEXOS .................... 37 SISTEMA NERVOSO ............................................................................................................. 37 MEDULA ALONGADA.......................................................................................................... 39

  • Passes e Curas Espirituais

    3

    PLEXO CRANIANO .............................................................................................................. 41 PLEXO CARDACO ............................................................................................................... 41 PLEXO SOLAR ..................................................................................................................... 41 PLEXO MESENTRICO ......................................................................................................... 41 PLEXO HIPOGSTRICO ........................................................................................................ 41 FORMAO DOS PLEXOS NERVOSOS .................................................................................. 42

    LIO QUINTA ................................................................................................................................... 43 ESTUDO DOS FLUIDOS ........................................................................................................ 43 POLARIDADE MAGNTICA NO HOMEM ................................................................................ 44 EMISSO DE FLUIDOS PELAS MOS ................................................................................... 45

    LIO SEXTA...................................................................................................................................... 46 PREPARO FSICO, MORAL E ESPIRITUAL DOS MDIUNS CURADORES ................................ 46 PREPARO FSICO ................................................................................................................. 46 PREPARO MORAL ............................................................................................................... 46 DESDOBRAMENTO DO ESPRITO ......................................................................................... 47 PREPARO ESPIRITUAL ......................................................................................................... 47

    LIO STIMA .................................................................................................................................... 50 PREPARO DOS PACIENTES .................................................................................................. 50 AMBIENTE FAMILIAR .......................................................................................................... 51 POSIO MENTAL DO DOENTE .......................................................................................... 51 ESTADO DE RECEPTIVIDADE .............................................................................................. 51 ESTADO ESPIRITUAL ........................................................................................................... 51

    LIO OITAVA ................................................................................................................................... 52 CONTATO MEDINICO COM O DOENTE.............................................................................. 52 CONTATO COM O PACIENTE PRESENTE .............................................................................. 52 CONTATO COM O PACIENTE A DISTNCIA .......................................................................... 53 CONTATOS ESPIRITUAL COM OS MENTORES ...................................................................... 53 CONTATO ESPIRITUAL COM PESSOAS DESCONHECIDAS ..................................................... 53 SINAIS QUE DENUNCIAM O CONTATO ESTABELECIDO ....................................................... 53 POSIES CORRETAS DO CORPO PARA CONCENTRAES PSQUICAS ................................ 54

    LIO NONA ...................................................................................................................................... 55 IMPOSIO DAS MOS ....................................................................................................... 55 IMPOSIO DUPLA.............................................................................................................. 57 IMPOSIO SIMPLES ........................................................................................................... 57 IMPOSIO CALMANTE ................................................................................................... 58 IMPOSIO IRRITANTE .................................................................................................... 58

    LIO DCIMA ................................................................................................................................... 58 PASSES ............................................................................................................................... 58 PASSES DE MOS COMBINADAS ........................................................................................ 60 CLASSIFICAO DO PASSE ................................................................................................. 61 TCNICA DOS PASSES ......................................................................................................... 62 PELA IMPOSIO SIMPLES .............................................................................................. 62 IMPOSIO DUPLA LATERAL .............................................................................................. 62 PELA IMPOSIO DUPLA ................................................................................................. 63 PASSES MAGNTICOS LONGITUDINAIS ................................................................................. 65 PASSE MEDINICO.............................................................................................................. 66 PASSE ESPIRITUAL .............................................................................................................. 66 PORQUE NO SE DEVE TOCAR COM AS MOS NO PACIENTE ............................................ 68 PORQUE NO SE DEVE CRUZAR AS PERNAS E BRAOS NA CONCENTRAO ................... 68 PASSES DE BAIXO PARA CIMA ........................................................................................... 69 PASSE A DISTNCIA ........................................................................................................... 69 SOPRO CURADOR ................................................................................................................ 70 SOPRO QUENTE .................................................................................................................. 70

  • Passes e Curas Espirituais

    4

    SOPRO FRIO ........................................................................................................................ 71 LIO DCIMA-PRIMEIRA .................................................................................................................. 72

    FLUIDIFICAO DA GUA .................................................................................................. 72 GUA FLUIDA ..................................................................................................................... 72 PASSES PARA A FLUIDIFICAO DA GUA EM GARRAFA ................................................. 73 FLUIDIFICAO DA GUA EM VASOS ................................................................................ 73 FLUIDIFICAO DA GUA PARA BANHO ............................................................................ 75 A GUA FLUIDA ................................................................................................................. 75

    3A PARTE ............................................................................................................................................ 76 INFLUENCIAES ESPIRITUAIS ........................................................................................................... 76

    PATOLOGIA FLUDICA ......................................................................................................... 76 LIO DCIMA-SEGUNDA .................................................................................................................. 79

    TRABALHOS COMBINADOS ENTRE MDIUNS E ESPRITOS CURA MARAVILHOSAS. ......... 79 LIO DCIMA-TERCEIRA .................................................................................................................. 80

    TRATAMENTO INDIVIDUAL E EM GRUPOS .......................................................................... 80 ORGANIZAO DAS SESSES ............................................................................................. 80 PERIGO DE CONTGIO ........................................................................................................ 81 ESCOLHA DE MDIUNS ESPECIALIZADOS . ......................................................................... 81 O SILNCIO ......................................................................................................................... 81 DECLOGO PARA ESTUDOS EVANGLICOS ........................................................................ 83

    LIO DCIMA-QUARTA .................................................................................................................... 83 AUTOPASSE ........................................................................................................................ 83

    LIO DCIMA-QUINTA ..................................................................................................................... 85 MAGNETISMO DA MSICA ................................................................................................. 85 ALGUMAS INDICAES DE TERAPUTICA DOS FLUIDOS .................................................... 85 Aura Material ..................................................................................................................... 87

    LIO DCIMA-SEXTA ....................................................................................................................... 88 SENSIBILIDADE FLUDICA DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS .................................................. 88

    LIO DCIMA-STIMA...................................................................................................................... 89 SENSIBILIDADE DO CORPO HUMANO E DO ESPRITO ......................................................... 89

    OBRAS CONSULTADAS ....................................................................................................................... 91

  • Passes e Curas Espirituais

    5

    APRESENTAO

    A teoria eletrnica, agora vigente, degradou os tomos dos materialistas da estirpe de Bchner, Haeckel e Huxley. Tais sacerdotes da filosofia ateia seriam hoje generais inativos e reformados, por falta de munio blica a matria. A base das suas especulaes desapareceu do mercado mundial. Quem o diz e quem o prova no a espiritualidade: a cincia leiga, o Deus nico a que eles curvaram as cabeas orgulhosas. Por coincidncia, que precisa ser assinalada, foi o eminente sbio William Crookes, o prodigioso cientista que descobriu o tlio, o eletroscpio, o espectroscpio, o fotmetro de polarizao, o radimetro e microspetroscpio; que solucionou problemas concernentes natureza e velocidade da luz, remodelando as cincias fsico-qumicas; que descobriu os raios catdicos, de cujo conhecimento provieram os Raios X, de Roentgen; foi o mesmo mdico, fsico, qumico e astrnomo que deslindou, concomitantemente, duas questes capitais para o esprito humano.

    Graas a Crookes, morreu o conceito antigo a respeito da dualidade fora e matria, as quais passaram a significar, respectivamente: eletrnicos, desintegrados, caminhando em ciclo livre; e condensao etrica, em movimento rotatrio.

    Crookes realizou duas faanhas memorveis nos domnios da cincia e da filosofia. Desintegrou, analiticamente, a matria bruta, at os extremos do estado radiante; e obteve, mediunicamente, em seus laboratrios, sob igual rigor experimental, a materializao integral de Katie King, em sesses quase dirias, que duraram 10 meses. Duas experincias que se completam em mtua contraprova: a desintegrao da matria at o estado radiante e reintegrao nela do Esprito que vivia na erraticidade.

    Extinguiu-se, deste modo, o reinado do antagonismo entre a fora e a matria, que se harmonizaram na unanimidade: so elas, afinal, aspectos da mesma coisa. A solidez e a inrcia so iluses dos nossos sentidos falveis. Tudo vibra em turbilho, tudo se agita em redemoinhos: os astros, os homens, os tomos, os eltrons e os ncleos... A substncia no jaz dentro da forma; h, ali, movimento, energia, ondas, vibraes...

    Define-se hoje a matria como sendo uma energia em movimento rotatrio, em ciclo fechado; e a energia, como movimento ondulatrio, em ciclo aberto, agitando-se no espao infinito. Fundiu-se a dupla matria-energia na concepo unitria do movimento. Movimento fechado, ou rotatrio. Movimento livre, ou ondulatrio. .

    Que faremos dos materialistas e dos seus dogmas defensores da importncia das massas, da eloquncia dos slidos bem visveis, premissas com que os seus sentidos fsicos elaboravam os mundos e as filosofias?

    Nem sequer podemos arquiv-los, piedosamente, tal como enterramos os corpos dos nossos mortos. Desfizeram-se eles, tambm, no impalpvel e no impondervel. Rodopiam hoje nos espaos infinitos, decompondo-se cada vez mais na ciranda interminvel dos motos vorticosos.

    A matria espiritualizou-se e escondeu-se no invisvel do movimento espiralado. De tudo sobre-resta o Esprito, a nica realidade, que foi entrevista h 4.600 anos pela

    intuio divinatria do Hermetismo, dois de cujos sete maravilhosos princpios nos ensinaram sempre, atravs dos sculos, que tudo mente e tudo vibrao.

    A novidade cientfica de hoje velha de quatro milnios e meio para as ridicularizadas cincias ocultas.

    Esta mesma concepo, a que a cincia chegou laboriosamente, e que no precisa ser encarecida, foi enunciada modernamente por Berkeley: nenhum objeto existe fora do esprito que o percebe.

    O mundo s se transforma em realidade visvel e tangvel porque preexiste em ns um Esprito imortal que o reflete conscientemente, dando-lhe nascimento e objetividade.

    Neg-lo seria contra-senso to grande como o de uma locomotiva em movimento que dispensasse a prvia existncia de um engenheiro-maquinista que a concebeu, a realizou e a guia. a subjetividade do Esprito que toma a objetividade do mundo uma realidade.

  • Passes e Curas Espirituais

    6

    Se os cultores da medicina, desde que esta Se emancipou da arte de barbear e aplicar bichas para se transformar na caudal imensa de conhecimentos biolgicos, foram, geralmente, os mais atrevidos negadores do Esprito, dentre eles alguns souberam, em todos os tempos, entrever o quid psquico, o psiquismo central e regulador, a prescincia de um desenho vital ou de uma ideia diretriz (Claude Bernard), capaz de explicar a imutabilidade do ser, o ritmo, o equilbrio, a reconstruo qumica dos tecidos a autodefesa da fagocitose.

    No sculo corrente, a medicina materialista socorre-se cada dia da transfuso de sangue, no qual existe a fora vital capaz de renovar as energias quase extintas de um doente in articulo mortis. Mas ainda se ri dos fluidos e dos passes magnticos que no concebe, porque ainda no se lhe abriram os olhos que veem no mundo espiritual. Neste domnio, no entanto, fazem-se transfuses de energias capazes de realizar milagres aparentes, tais como os que Jesus Cristo praticou, quando o doente soube ter f, quando soube concentrar e orientar, em determinado sentido, as foras magnticas teraputicas, que irradiam do nosso corpo espiritual.

    Dos supostos milagres que o Cristo teria realizado (menos o de ressuscitar o Lzaro, se as condies reais do morto eram as descritas il sent mal), o ceticismo de Renan modelo pelo qual se vestem muitos janotas da irreligio sorridente teve a coragem de afirmar: E quem ousaria negar que, em muitos casos, salvo o das leses perfeitamente caracterizadas, o contacto de um indivduo delicado valha tanto quanto o recurso das farmcias?

    Como enviado do Pai, Jesus Cristo, a Suprema perfeio humana, era manancial sublimado de fora curadora, chame-se-lhe a esta, como Mesmer, fluido magntico; com Barety, fora nurica; ou ectoplasma reparador, ou eletricidade vital, tornada transmissvel e irradivel.

    A discusso das curas pelo magnetismo foge a cincia materialista pelas portas da sugesto e da hipnose, rejeitadas ambas, durante muito tempo, pelas mais seletas academias. Como se a hipnose e a sugesto no se nos apresentassem como ldimas manifestaes anmicas, que alcanam o seu objetivo contrariando ou anulando as leis da matria, as leis da qumica e as leis da fisiologia.

    Se uma energia estranha ao quimismo celular, se uma energia supranumerria surge, de repente, no se sabe de onde, e desequilibra um sistema fechado de foras fazendo pender um dos braos da balana, como no admitir que qualquer coisa alterou o metabolismo, desobediente, agora, s leis que, antes, respeitava?

    A cincia materialista alega que Lick, Bonjour e Block, Goldscheider, During, Jules Cloquet, por ministrio exclusivo da sugesto, curaram quase todas as enfermidades. Esdaile usando passes magnticos, obteve analgesia para a execuo de 600 grandes intervenes cirrgicas. Apndices foram extirpados, sob anestesia... hipntica.

    Que esteve fazendo, durante todo este tempo, o onipotente metabolismo celular, o segregador do pensamento, no parecer da cincia sem Deus?

    Na realidade, a sugesto, a hipnose, os passes magnticos mobilizaram e orientaram uma energia csmica que interpenetra o corpo humano e capaz de se transfundir a outrem, restabelecendo ou opulentando a vitalidade das correntes fludicas, em cuja ao medicamentosa no acreditam os que negam a existncia do Esprito humano. Negam o animismo porque este implica a possibilidade do Espiritismo.

    Tais rebeldes so simples plagirios do Sr. Mabru, que emitiu o seguinte juzo a respeito do hipnotismo: No s a coisa no existe, mas tambm no pode existir.

    O axioma cartesiano Penso, logo existo eles o transformaram no absurdo: Penso, logo NO existo.

    Depois das palavras com que o esprito de Emmanuel consagrou o trabalho do confrade Wenefledo de Toledo, louvvel tentativa para instruir os seus colegas da mediunidade, era perfeitamente escusada a nossa intromisso no assunto. O autor insistiu: a culpa no nossa.. .

  • Passes e Curas Espirituais

    7

    UMA EXPLICAO

    No era nosso intuito publicar um livro. O nosso objetivo visava apenas ministrar algumas lies que esclarecessem os mdiuns

    passistas, sobre a importncia dos passes, quando aplicados com os conhecimentos da doutrina e da mediunidade curadora.

    Mas, instados pelos nossos confrades e mdiuns que se interessavam pelo assunto nos dispusemos sua publicao. Dizer das dificuldades que encontramos, dos adversrios implacveis que se puseram no nosso caminho desde o incio da ideia, no ao condizente de esprita, nem compatvel com o nosso ideal doutrinrio. Entretanto, para quem est com Deus, quem contra ele? No obstante as pedras de tropeo que se nos antolhavam irremovveis, fomos vencendo com pacincia e amor, e aqui estamos, meus estimados. irmos em nosso Senhor Jesus Cristo, trazendo este trabalho, cheio de suor e lgrimas nossas e de todos os nossos companheiros intimoratos, que lutaram denodadamente para que este livro fosse publicado. No uma obra para o pblico. Ela destinada to somente aos amigos e mdiuns curadores que desejarem aperfeioar-se na transmisso do passe.

    No visamos lucros de qualquer espcie com a sua tiragem, a qual foi patrocinada pelos confrades amigos, cujos nomes vo adiante enumerados. Os direitos autorais e demais proventos, foram doados a uma instituio esprita desta Capital, que deixamos de mencionar nominalmente, pela sua prpria vontade.

    No , por certo, um tratado perfeito. Porm, rogamos nos relevem as faltas notadas. Aqui est toda a nossa boa vontade de

    sermos teis aos nossos irmos da doutrina esprita, todo o nosso esforo e sacrifcio ingentes, para servirmos e no sermos servidos. Deus guarde a nossa sincera boa inteno, perdoe aos nossos inimigos e abenoe a todos que nos lerem.

    NOMES DOS COLABORADORES Humberto Ciasca, Jaime Rosenfeld, Clarisse Ribeiro, Roslia Mendes Dias, Josefina P.

    Gorga, I. Carvalho, Ari Carvalho, Rgio Pacca, Juraci Teixeira de Lima, Miguel Forti Melo, Walter de Luca, Teresa Storero, Iraci A. Carrijo, Natale Moreto, Leopoldo Dmo, ris Sinigalia Tavares, Martiniano Tavares, Jos Pereira Carvalho, Alberto Rauci, Maria V. Matos, Antnio Teixeira dos Santos, Maria Rita Chaves, Lourdes Neusa dos Santos Pereira, Centro Joo Evangelista de Jacarezinho Paran, Hebe Cafali, Jos de Paulo Carvalho, Joo C. Rossi, Maria Aparecida Galbarti, Ema Monaso da Silva, Henriqueta Moreira, Clotilde Weingril, Francisco P. da Silva, Sebastio C. Brito, Paulo Eugnio Reis, Olga Sinigalia, Frana Opeca Machado, Orlando Amarolo, Waldir de Oliveira, Antnio Xisto Braga, Vitor Ciasca, Incio Dal'Olio, Antnio Sabino, Oscar Camacho, Plinio Guirello, Humberto Face, Antnio Aguiar, Idalina Martins Costa, Onofre Vieira, Carlos Poledena, Agenor Baslio, Nelson Lbo de Barros, Agostinho Alberico, Francisco P. Andrade, Ldia Pastore, Lus Chiavelatti, Joo Nelson Fenech, Alcides B. Amorim, Benedita F. Ribeiro, Andra F. Fonseca, Lcio de MeIo Jnior, Luza Aquino de Toledo, Antnio Moura, Augusta Silvano Pinto, Nair Cabral, Joo Bovino, Roque Ferrara, Aldo Lus Gaspareto, Bruno Guirello, Fortunato R, Walter Pereira, Ansio L. Viana, Carmo Giovanetti, Orlando Liberatori, Lus Gonzaga Bistulfi, ngelo Cintra, Celso Bonfiglioli, Helena Borragina, Vicente Pereja, Emlio Noronha da Silva, Odete Guilarde, Francisco Gonalves Pereira, Julieta Conceio Nogueira, Eduardo Mandarino, Roberto Rodrigues, Gensio P. do Vale, Luiza Penteado Dutra, Joaquim Alves e Maria Auristela Pacca.

    GRATIDO Aos Espritos Mentores e Guias Espirituais

    que me assistiram para que esta obra fosse escrita e publicada, a minha eterna gratido em Nosso Senhor Jesus Cristo.

  • Passes e Curas Espirituais

    8

    DE GRAA RECEBESTES, DE GRAA DAI . . . e poro as mos sobre os enfermos e os curaro

    Marcos, 16:18. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demnios... Mateus, 10:8. E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: chegado a vs o reino de Deus. Lucas, 10:9. ...pois, digno o obreiro do seu salrio Lucas, 10:7.

    Margeando o grande crculo de dores, de angstias e de aflies que purificam a humanidade, encontramos, quase sempre, onde j est vicejando a seara do Divino Mestre, os annimos e abnegados obreiros passistas, na faina ingente para socorrer os irmos necessitados. Servos humildes do Senhor, praticando o bem pela caridade aos semelhantes, no cogitam das condies atmosfricas, no medem sacrifcios e do muitas vezes, aquilo que mais falta lhes faz na presente experincia terrena a sade. Do tudo sem nada pedirem. So os verdadeiros discpulos de Jesus Cristo que poro as mos sobre os enfermos e os curaro, como cita o evangelista Marcos.

    O mdium curador o tambm doutrinador, como se deduz do versculo de Lucas 10: 9, onde o Mestre recomendava pregar, e, depois de ter curado os doentes que na casa houvesse, dissesse-lhes: chegado a vs o reino de Deus. Pois, sem esta doutrinao, a cura seria momentnea, de efeito efmero.

    O doente curado e no doutrinado, to logo sinta-se restabelecido, esquece o sofrimento por que passou, retoma aos erros anteriores e atrai novamente a mesma enfermidade e, s vezes ainda, mais agravada. O doente no doutrinado nos ensinos de nosso Senhor Jesus Cristo, recebe a cura como se ela viesse puramente das mos de um mdico qualquer que, tendo-lhe pago o trabalho, nenhuma obrigao mais lhe resta. O salrio que Jesus cobra est no pagamento das nossas dvidas morais, na reconquista do nosso prprio esprito faltoso perante Deus, nosso Pai Celestial, onde provm a nossa elevao para os planos divinos.

    Eis porque o mdium curador est na obrigao de no cingir-se apenas a dar os seus bons fluidos, mas tambm doutrinar a si mesmo, pelo estudo, meditao e na prtica da caridade, com a f em Deus.

    Havendo sempre o joio no meio do trigo, vamos encontr-lo proliferando nefastamente na alma das aves de rapina, mercenrios sem escrpulos, que, mais so abutres impiedosos, devorando as migalhas santificantes, do que se fazer de bom samaritano, do Evangelho. Jesus Cristo, em diversas passagens do Evangelho, nos adverte contra eles: Casas caiadas de branco, lobo com peles de ovelhas, ladro e salteadores que entram pela janela, explorando a simplicidade dos humildes necessitados.

    Exploradores em benefcio prprio, da boa f alheia, os h em toda parte, sempre em nome de nosso Senhor Jesus Cristo! Usufruindo de um dom que lhes veio de graa! Pobres amigos, grandes penas os esperam.

    Todo mdium que emprega a sua mediunidade, seja ela qual for, na prtica remunerada, que no seja unicamente pelo desejo de servir sem esperar recompensa de qualquer espcie, seja dos homens ou de Deus, est incurso nos Evangelhos: Quem semeia, somos ns, mas quem colhe Deus Pai, Todo-poderoso. Entretanto, digno o obreiro do seu salrio. E todos recebero o seu galardo de acordo com as suas obras.

    Porm, o Maligno no dorme e onde estiverem semeando trigo, esperem a visita dos inimigos do Bem, Orai e vigiai, para no cairdes em tentao. Ele vai sutilmente se infiltrando, procurando sorrateiramente Os pontos mais vulnerveis do mdium, a premncia da sua necessidade material, o elogio da grande qualidade medinica espicaando a vaidade, a fingida obsequiosidade muito agradecida de um presentinho modesto, amanh um punhado de cruzeiros para recompensar o transporte e, tantas vo e vm que, quando o imprevidente mdium se aperceber do erro, j est irremediavelmente enredado nas malhas dos maus espritos. Desceu muito na profundidade do abismo e agora se acha nas escarpadas infernais; olha para cima arrependido, na esperana de poder regressar s culminncias de onde veio, e a tristeza

  • Passes e Curas Espirituais

    9

    angustiosa o invade, porque, a descida foi quase imperceptvel, mas, a subida... Como poderia vencer as grotas nvias e os rochedos traioeiros? E a risada rouquenha do Maligno vitorioso, ecoa pelos rinces escuros, como resposta ao infeliz mdium torturado, que se debate na solido das florestas, sem um amigo, sem um socorro, porque no os conquistou na terra.

    Mas, ningum fica rfo; temos um Pai Amigo, e para irdes a Ele, procurai Aquele que diz: Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida,

    Mdiuns curadores! Lembrai-vos de Judas Iscarites quando lhe foi dito: que no te seja pesada a tua bolsa...

    WENEFLEDO DE TOLEDO

    MDIUNS PASSISTAS (Calcado sobre o livro Missionrios da

    Luz, de Andr Luiz, pgina 320, psicografado por Francisco Cndido Xavier.)

    Sendo o nosso trabalho sobre PASSES, e todo ele baseado nos ensinos espritas, no podamos deixar de trazer para os nossos amigos esta pgina do livro Missionrios da Luz, onde encontramos com absoluta clareza e preciso uma orientao sumamente esclarecedora. Atentemos para esta advertncia:

    Para ser mdium passista, exige-se muito critrio e responsabilidade. Isto dito pelo Esprito de Andr Luiz deveria calar fundo no ntimo de todos os mdiuns que se aventuram a transmitir passes, sejam ou no espritas.

    CONDIES BSICAS O mdium passista para que seja de fato um mdium passista, precisa estar integrado

    nos seis itens que enumeramos dos ensinos de Andr Luiz, como segue: . . . na execuo da tarefa que lhe est subordinada, no basta a boa vontade, como

    acontece em outros setores de nossa atuao. Precisa revelar determinadas qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados. O servidor do bem, mesmo desencarnado, no pode satisfazer em semelhante servio, se ainda no conseguiu se manter em padro superior de elevao mental contnua, condio indispensvel exteriorizao das faculdades radiantes. O missionrio do auxlio magntico na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita:

    1o ter grande domnio sobre si mesmo, 2o espontneo equilbrio de sentimentos, 3o acentuado amor aos semelhantes, 4o alta compreenso da vida, 5o f vigorosa, 6o profunda confiana no Poder Divino. (Fizemos esta diviso em seis partes, para torn-la mais apreensvel pela nossa

    capacidade de assimilao.) Cumpre-nos acentuar, todavia, que semelhantes requisitos, em nosso plano, constituem

    exigncias a que no se pode fugir, quando na esfera carnal a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficincia, o que se justifica, em virtude da assistncia prestada pelos benfeitores de nossos crculos de ao ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das qualidades desejveis.

    Ouvindo as consideraes do orientador, lembrei-me que, de fato, vez por outra, viam-se nas reunies costumeiras do grupo os mdiuns passistas, em servio, acompanhados de perto pelas entidades referidas.

    Os encarnados, de modo geral, poderiam colaborar em semelhantes atividades de auxlio magntico?

  • Passes e Curas Espirituais

    10

    (Esta pergunta a que todos ns faramos e a resposta no poderia ser mais elucidativa, seno, vejamos):

    Todos, com maior ou menor intensidade, podero prestar concurso fraterno, nesse sentido, porquanto revela a disposio fiel de cooperar a servio do prximo, por esse ou aquele trabalhador, e as autoridades de nosso meio designam entidades sbias e benevolentes que orientam, indiretamente, o nefito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe o prprio valor. So muito raros, porm, os companheiros que demonstram a vocao de servir espontaneamente. Muitos no obstante bondosos e sinceros nas suas convices, aguardam a mediunidade curadora, como se ela fosse um acontecimento miraculoso em suas vidas e no um servio do bem, que pede do candidato o esforo laborioso do comeo. Claro que, referindo-nos aos irmos encarnados, no podemos exigir a cooperao de ningum no setor de nossos trabalhos usuais; entretanto, se alguns deles vem ao nosso encontro, solicitando admisso s tarefas de auxlio, logicamente receber nossa melhor orientao, no campo da espiritualidade.

    (Observemos mais esta pergunta, que muitas dvidas pode tirar): Ainda que o operrio humano revele valores muito reduzidos, pode ser mobilizado? Perfeitamente. Desde que o interesse dele nas aquisies sagradas do bem seja

    mantido acima de qualquer preocupao transitria, deve esperar incessante progresso das faculdades radiantes, no s pelo prprio esforo, seno tambm pelo concurso do Mais Alto, de que se faz merecedor .

    (Outra pergunta que faz boa orientao.) Quando encarnados, como poderemos desenvolver a capacidade radiante, depois da

    edificao de nossa boa vontade real, a servio do prximo? Conseguida a qualidade bsica (que enumeramos em seis itens acima), o candidato ao

    servio precisa considerar a necessidade de sua elevao urgente para que as suas obras se elevem no mesmo ritmo. Falaremos to s das conquistas mais simples e imediatas que deve fazer, dentro de si mesmo.

    Antes de tudo, necessrio equilibrar o campo das emoes. No possvel fornecer foras construtivas a algum, ainda na condio de instrumento

    til, se fazemos sistemtico desperdcio das irradiaes vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, um canal que no responde pelas interrupes havidas.

    Aqui, tambm, enumeramos as trs causas ( para que fiquem bem gravadas) seguintes: 1o a mgoa excessiva, 2o a paixo desvairada, 3o a inquietao obsidente, que constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadores. Por outro

    lado, preciso examinar as necessidades fisiolgicas, a par dos requisitos de ordem psquica. A fiscalizao dos elementos destinados aos armazns celulares indispensvel, por parte do prprio interessado em atender s tarefas do bem. O excesso de alimentao produz odores ftidos, atravs dos poros, bem como das sadas dos pulmes e do estmago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provocam dejees anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrointestinal, interessando a intimidade das clulas. O lcool, o fumo e outras substncias txicas operam distrbios nos centros nervosos, modificando certas funes psquicas e anulando os melhores esforos na transmisso de elementos regeneradores e salutares.

    Levada a efeito a construo da boa vontade sincera, o trabalhador leal compreende a necessidade do desenvolvimento das qualidades a que nos referimos, porquanto, em contato incessante com os benfeitores desencarnados, que se valem dele na misso de amparo aos semelhantes, recebe indiretas sugestes de aperfeioamento que o erguem a posies mais elevadas.

    Qualquer mdium ainda que de mediana cultura poder compreender o que disse Andr Luiz e, guiado pelas suas instrues, encetar a sua prpria reforma, para transformar-se num verdadeiro trabalhador de Jesus Cristo. No se encontra roteiro mais seguro para quem deseja evoluir na medi unidade curadora. So explicaes que se encontram no captulo Passes do livro citado, edio da Federao Esprita Brasileira.

  • Passes e Curas Espirituais

    11

  • Passes e Curas Espirituais

    12

    OPINIO AUTORIZADA SOBRE O PASSE

    No obstante certas opinies de autoridades espritas que divergem sobre a eficincia teraputica do passe, ns somos seus apologistas, em virtude dos grandes benefcios, que dele usufrui a humanidade. Temos constatado tais efeitos na prtica diria da nossa misso de socorrer os enfermos.

    Quando no queiramos ouvir os nossos irmos contemporneos de Mesmer, nem os espritos que distribuem a caridade pelo passe, tanto manual como espiritual, ouamos, pelo menos, os nossos amigos de crculos mais altos, cujas luzes muito tm iluminado o nosso corao e o nosso esprito, sempre necessitados. Recorramos ao querido irmo EMMANUEL, para nossa comprovao, na mensagem recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier em Pedro Leopoldo e que tomamos a liberdade de transcrever na ntegra:

    O PASSE Ele tomou sobre si as nossas enfermidades

    e levou as nossas doenas. Mateus: 8:17

    Meu amigo, o passe transfuso de energias fsio-psquicas, operao de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefcio.

    Se a molstia, a tristeza e a amargura so remanescentes de nossas imperfeies, enganos e excessos, importa considerar que, no servio do passe, as tuas melhoras resultam da troca de elementos vivos e atuantes.

    Trazes detritos e aflies e algum te confere recursos novos e blsamos reconfortantes. No clima da prova e da angstia, s portador da necessidade e do sofrimento. Na esfera da prece e do amor, um amigo se converte no instrumento da Infinita Bondade,

    para que recebas remdio e assistncia. Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas de criaturas que te no

    compreendem, foge ao desnimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos os que te cercam.

    O mal sempre a ignorncia e a ignorncia reclama perdo e auxlio para que se desfaa, em favor da nossa prpria tranquilidade.

    Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe que, em, substncia, ato sublime de fraternidade crist, purifica o sentimento e o raciocnio, o corao e o crebro.

    Ningum deita alimento indispensvel em vaso impuro. No abuses, sobretudo, daqueles que te auxiliam. No tomes o lugar do verdadeiro necessitado, to s porque os teus caprichos e melindres pessoais estejam feridos.

    O passe exprime tambm gasto de foras e no deves provocar o dispndio de energias do Alto, com infantilidades e ninharias.

    Se necessitas de semelhante interveno, recolhe-te boa vontade, centraliza a sua expectativa nas fontes do suprimento divino, humilha-te conservando a receptividade edificante, inflama o teu corao na confiana positiva e, recordando que algum vai arcar com o peso de tuas aflies, retifica o teu caminho, considerando igualmente o sacrifcio incessante de Jesus por ns todos, porque, de conformidade com as letras sagradas, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenas.

  • Passes e Curas Espirituais

    13

    INTRODUO

    A mediunidade curadora uma faculdade conquistada pelo Esprito e concedida por Deus aos homens, de onde se infere que ela nasce, no se faz.

    conhecida atravs de todos os tempos, desde a antiguidade at os tempos atuais, tendo se firmado no conceito dos povos com a passagem do Cristo pela Terra. Entretanto, em virtude do avano da arte de curar, no terreno cientfico, os mdiuns curadores foram se apagando aos poucos, permanecendo, contudo, a boa vontade no esprito caritativo das criaturas bem intencionadas. No obstante, sempre se fez sentir a ao nefasta da infiltrao de espritos pouco esclarecidos. Graas, porm, ao surto esprita que em ondas benfazejas cobre o mundo presente, os mdiuns curadores tm se mostrado com mais frequncia, sendo assinalados em quase todas as casas espritas e grupos particulares.

    Ao traarmos este roteiro para os mdiuns passistas que esto integrados na prtica de fazer o bem aos semelhantes, no nos move outro intuito seno o de servir aos nossos irmos possuidores daquela sublime faculdade, que a de curar os enfermos e consolar os aflitos nas suas angstias. Pois, entristecedor depararmos com mdiuns dedicados na transmisso de fluidos curadores e no entanto, obtendo o mnimo de benefcio ao seu assistido, quando poderia, com o imprescindvel preparo do seu desenvolvimento medinico, produzir curas maravilhosas, atuando isoladamente ou no conjunto das sesses espritas.

    A coluna mestra de amparo ao mdium precisa apoiar-se na insofismvel confiana em Deus. Um mdium aptico, que tem a mente conturbada pela desarmonia psquica, cujos pensamentos no podem manter firmeza absoluta na concentrao com os Poderes do Altssimo, nada tem e nada poder receber. E que bem poder dar ao sofredor, se nada possui e nada recebeu? Ainda que a sua vontade tenha a fora dos grandes Espritos, mas se ele se emaranha no cipoal das dvidas, permitindo que foras inferiores se canalizem nas suas vibraes, um instrumento fracassado, ainda que seja momentaneamente. Ora, se o trabalho fosse desenvolvido sob a Inspirao Divina e seguisse os fios magnticos que estabelecem a ligao com o Senhor e Mestre Jesus, receberia em retorno, como uma cascata de luz, as graas do Eterno Doador de Bnos. No recomenda o Mestre: Pedi e obtereis? Portanto, no vacile, pea, confie sempre e espere, que receber.

    O mdium curador, que no tem confiana na sua faculdade de curar, imerso em vontade duvidosa, fica impossibilitado de obter qualquer efeito curativo ou mesmo o mais insignificante alvio ao seu pobre paciente. Mas esta situao no perdurar muito se o mdium estiver sob a proteo de algum Centro, Grupo ou Ncleo esprita bem orientado. Os Mentores Espirituais dessas oficinas do Mestre Amado, no deixam rfos os filhos de Deus e buscam recursos os mais diversos para atenderem aos seus irmos necessitados. Ainda mesmo que todos os recursos falhem pela dureza do mdium, no podendo fazer-se sentir pelos seus pensamentos, os Guias usaro outros instrumentos como intermedirios diretos e faro chegar sua mente os conselhos necessrios reconduo da harmonia vibratria. Desta forma, retoma ele confiana em Deus, uma vez que o mdium no se entregue s foras inferiores por vontade prpria, encontrando satisfao nas suas torpezas.

    Da fora de vontade gera a reao. Reagindo, o mdium comea imediatamente a perceber que est sendo atendido atravs de fluidos emanados pelos bons Espritos assistentes daquela casa de caridade, que, embora quase imperceptveis aos sentidos materiais os auxlios prestados, ele vai readquirindo, assim, a capacidade de emitir tambm os fluidos finos curadores. A Misericrdia Divina prdiga e no falha nunca aos servidores do bem. D muito para salvar um pecador das garras dos inimigos da luz. E no conhecemos ns pelos ensinos de Jesus Cristo que h mais festa no cu pela chegada de um pecador do que por 99 justos? bastante o mdium adquirir a confiana perfeita de que est sob a proteo do Senhor e Mestre e trabalhar confiantemente. Se nada ou pouco produzir, a culpa no lhe cabe; a sua tarefa foi bem cumprida com amor e dedicao. A falta, se houve, fica por conta de outro devedor, mas no o mdium. A semeadura nossa, mas, a colheita, pertence ao nosso Pai que est nos cus.

  • Passes e Curas Espirituais

    14

    REFORMA MORAL As Condies Bsicas para a evoluo espiritual, e, muito especialmente, para os

    mdiuns curadores, como j estabeleceu Andr Luiz em ponto anterior, residem na reforma moral, insofismavelmente, seguida pelos esclarecimentos intelectuais.

    E como encetar a caminhada? Por onde comear a subir o primeiro degrau da escada evolutiva? No se perturbe o vosso corao, dizia o Messias de Deus aos seus apstolos. Procura a Luz do mundo, que o Mestre, como ensinava Joo Batista, e traze-A para dentro do teu corao e segue com Ele o roteiro evanglico em direo s esferas sublimadas. Pela estrada, v despindo o homem velho e vestindo o homem novo, como ensinava Paulo de Tarso, para depois, se integrar na f e nas obras enaltecedoras dos espritos elevados.

    O primeiro passo para a reforma moral est no bom combate, segundo ainda o apstolo dos gentios, aos seus prprios vcios e defeitos, vencendo-os com persistncia e tenacidade, intransigentemente consigo mesmo. Antes, vena os vcios da carne, esses desejos muitas vezes incontidos; depois, as imperfeies morais que desequilibram o esprito, at chegar limpeza completa afastando os inimigos, ainda mesmo que seja em vidas sucessivas.

    Os espritos destes tempos so os seguidores cristos dos templos do Caminho, como eram chamados os discpulos de Jesus Cristo na primeira era crist, vindos terra com a misso de recristianizar a humanidade, disseminando a Terceira Revelao. Urge se compreenda que, sem a iniciao convicta nos Evangelhos do Mestre, exemplificada em obras, jamais se constar a evoluo espiritual.

    Entretanto, para exemplo nosso, h pessoas incultas, sem preparo intelectual nem religio, que praticam o Evangelho intuitivamente, por palavras e obras com to acentuada caridade e amor, que chegam a confundir os mais eminentes cientistas, telogos e santos servidores do bem. So verdadeiros analfabetos no plano terreno porm sbios nas esferas superiores, que assimilam os ensinos do Mestre pela compreenso da necessidade do prximo. E praticam a caridade apenas pelo instinto de fazer o bem. Deduz-se, assim, que a elevao espiritual no est na cultura intelectual, nem na evanglica, mas nos valores do corao, conquistados nesta ou em outras vidas pretritas, no campo de servios prestados aos semelhantes.

    O mdium curador para melhor poder servir ao enfermo, no deve desconhecer que antes de doutrinar seu irmo para a reforma moral, necessrio se toma que, primeiro, doutrine a si

  • Passes e Curas Espirituais

    15

    mesmo. Os muitos insucessos e mesmo fracassos, devem os mdiuns sua prpria imprevidncia no terreno moral. Colocar pesados fardos nos ombros alheios, quando no nosso no suportamos nem uma grama, como adverte o Mestre, no ao de um bom mdium. Ademais, que moral pode pregar quem no a tem? A palavra que sai da boca de quem no tem moral, como a comida fraca que no alimenta, por muito que se coma. A multido continuar mais faminta ainda. A palavra que no sai da boca impregnada de moral s, no possui o sal da terra, que o magnetismo pelo ensino contagioso, capaz de envolver todos os ouvintes nas ondas vibratrias dos bons sentimentos. Quem ouve a palavra que prende e eleva sem magnetismo so, ouve-a na hora somente para logo depois esquec-la. No alimenta nem mata a sede do esprito. Cura-te primeiro para depois curares os teus.

    Deixai frequentem ente (ensina Leroy Berrier, em suas lies sobre magnetismo), que se manifeste o amor e a bondade em vossos pensamentos, palavras e atos e, vossas capacidades aumentaro. Fazei intervir vossa vontade e aplicai-vos a amar tudo o que vos cerca. Quando apertardes a mo de uma pessoa tende o sentimento de que o amor e a bondade afluem para este ato, emanando de vosso ser. Perseverai e o vosso poder de amar crescer. Procurai encontrar tudo o que bom e amvel naquele com quem tratais e vosso amor se desenvolver. Se desejais atrair coisas inanimadas, amai-as to ardentemente que vosso amor reaja sobre vs mesmo.

    AURA HUMANA O homem constitudo por trs elementos: Esprito, Perisprito e Corpo, os quais atuam

    inseparavelmente na harmonia do conjunto entre si. O Esprito a centelha divina que atua no corpo atravs do perisprito como a

    eletricidade atua na lmpada atravs do fio condutor. O perisprito o duplo fludico formado de energia semi-condensada do corpo humano

    que age como intermedirio entre o Esprito e o corpo. O Corpo carnal a matria condensada que serve de ambiente vital para o Esprito, que

    o dono da casa com poderes intransferveis de propriedade, sofrendo apenas as influenciaes exteriores.

    Este corpo que mantido em equilbrio pela atuao das foras centrfugas e centrpetas (vide figs. 2 e 31) gera em torno de si uma luz esbranquiada que o resultado da energia em movimentao, formando a aura material do corpo (fig. 78).

    Esta aura acrescida das vibraes dos pensamentos humanos forma a chamada aura espiritual do homem (fig. 2).

    AURA HUMANA REFLEXIVA DOS PENSAMENTOS ATMOSFERA FLUDICA em que vive o homem

    Discriminao da gravura

    A-B Linha vertical, mediana do equilbrio C-D Linha horizontal, mediana do homem E Centro mediano, ponto de equilbrio da horizontal F Raios de fora paralelas verticais H-I Raios de fora paralelas horizontais J-K Corrente centrpeta corre por fora L-M Corrente centrfuga corre por dentro N-O Nuance interespacial das duas correntes P-Q Reflexos das vibraes do Esprito R-S Perisprito, ou duplo do homem T-U Aura material (fluido branco azulado) V-X Aura intelectual ou de amor (azul claro) 1 Aura espiritual (toma a cor dos pensamentos)

  • Passes e Curas Espirituais

    16

    2 Atmosfera fludica do homem 3 Luz amarelo-alaranjada do esprito quando em vibraes provindas de altas esferas

    espirituais

    RAIOS DE INFLUENCIAES

    Descem sobre a fronte humana, em cada minuto, bilhes de raios csmicos, oriundos de estrelas e planetas amplamente distanciados da Terra, sem nos referirmos aos raios solares, calorficos e luminosos, que a cincia terrestre mal comea a conhecer. Os raios gama, provenientes do radium que se desintegra incessantemente no solo e os de vrias expresses emitidas pela gua e pelos metais, alcanam os habitantes da Terra pelos ps, determinando considerveis influenciaes. E em sentido horizontal, experimenta o homem a atuao dos raios magnticos exteriorizados pelos vegetais, pelos irracionais e pelos prprios semelhantes. (Extrado de Missionrios da Luz pelo Esprito de Andr Lus, por Francisco Cndido Xavier.)

  • Passes e Curas Espirituais

    17

    COLORAES DA AURA (fig. 2) A aura humana modificada instantaneamente pelas qualidades dos pensamentos

    emitidos numa alternativa de relmpagos sucessivos, embora algumas possam fazer pausas mais prolongadas.

    A fim de conhecermos mais ou menos as nuances que as auras apresentam nas suas cores cambiantes, vamos dar um quadro demonstrativo, mais com o objetivo de orientar do que de afirmar, no indo nisto nenhuma presuno da verdade, mas, para servir aos que tenham a mediunidade de vidncia e queiram aprofundar-se no estudo.

    AZUL indica sublimao de Esprito. ALARANJADO indica ambio e orgulho. VERMELHO indica paixes violentas, raiva, sensualidade. CARMIM indica afeio, amor. A rsea a mais bela. VERDE indica engano, artifcio e aspereza. VERDE-ESCURO inveja, cime, doena fsica. VERDE-CLARO indica polidez, calma e brandura. CINZENTO indica depresso, tristeza e egosmo. CINZENTO-ESCURO indica hipocrisia, mentira. CINZENTO-CLARO medo, dvida e vacilao. PRETO dio, vingana e ao malfica. BRANCO-AZULADO indica pureza, amor e caridade. Estas vibraes de cores que so os produtos das vibraes do homem, so a sua ficha de

    identificao perante os Mentores Espirituais. Embora tenhamos dado uma plida ideia sobre a colorao das auras, temos a certeza de que no nos distanciamos muito da realidade. Uma coisa podemos afirmar com segurana e experincia prpria: elas existem, atestando a posio evolutiva de cada um. (Veja-se fig. 2.)

    LEI DO EQUILBRIO

    O equilbrio do corpo (fig. 1) est em relao direta com a harmonia do esprito. Sem uma coisa no existe a outra.

    O nosso globo terrestre vive em harmonia com os outros astros, em cuja vida est entrelaado. Se porventura ou pelo desgnio de Deus, cessassem os movimentos do globo, a terra seria imediatamente desintegrada, uma vez que as correntes de energia que o sustm ficariam paralisadas. O mesmo suceder ao corpo do homem encarnado quando na terra.

    Desintegra-se para voltar energia csmica. Tudo mantido pela lei do equilbrio atravs da energia fludica, desde o Planeta at os menores corpos atmicos. Corpos inertes no existem, pois so mantidos pela energia vibratria de suas molculas. Tudo energia fludica (fig. 1).

    Na lei dos contrrios encontramos perfeita exemplificao que nos elucida claramente. Qual o resultado dos contrrios positivo e negativo aplicados em eletricidade? a luz. Qual o resultado da aproximao do bem sobre o mal? a perfeio. Onde no h equilbrio no pode haver harmonia. E esse equilbrio mantido pela movimentao das correntes centrfugas (fig. 2 letras L-M) (de dentro para fora) e centrpetas (fig. I letras J-K) (de fora para dentro), atravs das linhas de foras vitais (fig. 2 letras F e J) alimentadas pelo magnetismo positivo e negativo, isto , foras provindas do Cu e da Terra.

    No espao onde se mantm a atmosfera fludica em que vive o homem, as linhas de foras paralelas e horizontais se cruzam com as linhas de foras paralelas e verticais, demarcadas pela linha mediana vertical que divide o homem em duas metades exatas como tambm pela linha mediana transversal, em cujo meio repousa o centro mediano do corpo (fig. 1), que fica na regio umbilical.

    O homem mistura do globo terrestre, com os seus eixos polares, na linha mediana, o equador na linha horizontal, com as correntes centrfugas e centrpetas em movimento contnuo, incessante, no equilbrio universal (fig. 2).

    A harmonia dessas correntes electromagnticas que mantm o equilbrio dos corpos

  • Passes e Curas Espirituais

    18

    fsico e espiritual, ou corpo perispiritual (fig. 2). Do corpo fsico emana uma luz clara, difana, levemente brilhante em ondas vibratrias, que a irradiao magntica da matria, peculiar a todos os corpos (fig. 75). J no homem, alm dessa irradiao fludica, juntam-se outras. Do perisprito, por exemplo, saem vibraes coloridas em variados matizes, devidas ao reflexa dos sentimentos manifestados, formando uma zona ovalada, luminosa, em tomo do corpo fsico, limitando assim a atmosfera em que vive o homem, sem prejuzo, todavia da sua expanso, quando purificado em elevao divina (fig. 2).

    FORA MAGNTICA

    O homem vive atravs de trs foras conjugadas, que so: VONTADE PENSAMENTO AO.

    A vontade a energia que comanda a trajetria do desejo. O pensamento fora viva que manipula a forma pelas ideias. A ao o impulso dado para a direo que o pensamento marcou. A fora magntica inata no homem. Todos os corpos a possuem, em maior ou menor

    escala, porm o seu desenvolvimento ou seja o seu desdobramento em potncia, s se obtm mediante exerccios consecutivos na meditao e grande fora de vontade empregada na reforma moral. No obstante, h homens despidos de qualquer evoluo superior e que so dotados de imensa fora magntica. Essa congenitura pertence Suprema Sabedoria, na razo dos crculos das aquisies.

    A fora magntica tem duas funes: atrao e repulso. Ela se .distingue pela qualidade boa ou m que emite nas diferentes influenciaes que exerce sobre o homem, em virtude das variadas preferncias da humanidade. O fato que todos a tm (fora magntica) e est ela sendo empregada em algum sentido, para proveito prprio ou de outrem.

    Em seu livro Magnetismo Pessoal, diz Heitor Durville: Os nossos pensamentos mais simples, em aparncia, influem sobre ns e sobre os que nos rodeiam, contribuindo, assim, em uma certa medida, para a nossa felicidade ou infelicidade. Os pensamentos que emitimos com persistncia, apegam-se-nos atraindo outros da mesma natureza. Assim, se emitimos pensamentos de bondade e benevolncia, atramos de fora pensamentos anlogos, e ganhamos ao mesmo tempo, a confiana e simpatia dos que so bons e benevolentes; ao passo que, se no pensamos seno em perseguio, dio, vingana, cime, atramos, sem dvida, pensamentos desta natureza, que vm entreter e mesmo engrossar a nossa aura. Por outra parte, afastando de ns os que nos poderiam ser teis, atramos os manacos, os importunos, os maus e confirmando-se, assim, a mxima de que os semelhantes atraem os semelhantes. (Vide fig. 31)

    Destes ensinos destaca-se que se a lei dos contrrios mantm o equilbrio do corpo fsico por foras que se repelem entre si, o equilbrio do Esprito est condicionado lei da atrao mtua dos semelhantes.

    PREPARO DO CORPO FSICO

    At aqui seguimos o preparo moral do mdium curador. Vamos agora repassar em sntese o estudo sobre o preparo do corpo fsico. Ensina-nos o Mestre Jesus Cristo que o corpo um vaso divino pelo qual somos responsveis perante Deus, a quem temos que prestar contas do bom ou mau uso que dele tenhamos feito durante a existncia terrena, bem como dos cuidados que deixamos de dispensar-lhe para mant-lo em condio salutar.

    Segundo os espritos doutrinadores de elevada categoria, as tentaes penetram no homem mais comumente pelo crebro, estmago e pelo sexo. So as maiores portas sempre abertas, vulnerveis portanto s ms influncias. Ora, se sabemos que o mal entra por elas por que mant-las abertas, num convite ostensivo s foras inferiores? No lgico que as mantenhamos fechadas? e as chaves? perguntaro alguns imprevidentes. No difcil encontr-las. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, disse o Senhor, completando: ningum ir ao Pai se no passar por mim. As chaves esto na conscincia dos homens.

    Na regio do estmago, conhecemos o efeito da fome desde a vida fetal, nos. impelindo

  • Passes e Curas Espirituais

    19

    para a nutrio das clulas que se vo formando. Mas, se ali impera puramente o instinto da alimentao, aqui se lhe ajuntam outros instintos imperfeitos e a fome vem ficar responsvel como principal tentadora de gravssimos erros, arrastando o homem a cometer os maiores desatinos perante Deus e a sociedade. pelo estmago que a maioria dos homens se intoxica atraindo enfermidades destruidoras dos rgos e o que pior, dando ensejo para que perturbadores fludicos, provindos de esferas inferiores, se alojem no tubo digestivo e glndulas, desequilibrando, assim, o prprio esprito (fig. 71).

    Na esfera sexual encontramos outros fatores que determinam o rebaixamento do homem at condio de animais irracionais, praticando atos que a estes so desconhecidos, em virtude das ms influncias obsessrias a que se entregam. Por mais incrvel que parea, o homem abusa do sexo, desprezando as finalidades divinas para que fora criado, praticando atos to perversos e abominveis que maculam o esprito para muitas existncias porvindouras. Tentaes h em toda parte. Basta que o padro vibratrio desa a escala inferior harmonizando-se com os depravados e encontrar por certo o que procura. Porm, lembremos de que ningum ficar devendo. Ser cobrado ceitil por ceitil. Ento, para uns, as lgrimas levaro muito tempo para lavar as impurezas da conscincia, at que chegue o arrependimento sincero, enquanto que para outros, inconformados, sero ainda mais chicoteados pelo dio, revolta da situao angustiosa que eles mesmos criaram para o futuro espiritual.

    No crebro esto os geradores psquicos que engendram mrbidas manifestaes de dio, cimes, vinganas cruis, impulsionados pelos violentos desejos da carne, posse e ambio desmedidas, trazendo as consequncias mais desastrosas possveis. Sobre este assunto, meditemos com o Esprito amigo de Andr Luiz, psicografado pelo mdium Francisco Cndido Xavier:

    H pequeninos prazeres que maneira de micrbios violentos e perseverantes que nos desintegram o envoltrio fsico, nos intoxicam a alma e lhe destroem as mais santas esperanas.

    Todos ns somos dnamos, vivendo nos mais remotos ngulos da vida, com o Infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente. Nossas atitudes e deliberaes, costumes e emoes criam cargas eltricas de variadas expresses.

    O uso do lcool estabelece raios entorpecentes. O uso do lcool forma elementos intoxicantes. O uso do fumo arremessa raios venenosos. A clera forma nuvens de princpios destruidores. A maldade projeta dardos de trevas. O cime uma tempestade interior. A inveja atmosfera enregelante. O egosmo o casulo da sombra. A conversao indigna pasto de entidades viciosos.(1) A queixa traduo de ociosidade. O abuso sempre inclinao da alma ou queda do sentimento no precipcio. A obra de Jesus pede amor e colaborao, bondade e devotamento. Se pudermos trazer ao Apstolo do Evangelho semelhantes bens, avancemos, confiantes

    e alegres para o trabalho com Cristo, mas, se nosso corao ainda est paraltico no velho catre da discrdia e do personalismo inferior, abstenhamo-nos de perturbar a movimentao dos semeadores do Infinito Bem, a fim de no nos convertermos em pedras de tropeo na jornada de nossos irmos para Deus.

    Estas regras constituem orientao aconselhvel a todos os mdiuns curadores bem como a todos os homens de boa vontade, que desejam aperfeioar-se na caridade aos sofredores, marchando para a sua evoluo divina. Tornam-se eles doadores de bons fluidos, como h os doadores de sangue aos enfermos esgotados. So os que alimentam os necessitados e carentes de ajudas, como as flores que alimentam as vespas famintas de mel. Se nos fosse possvel ver com

    1 N. - O grifo nosso.

  • Passes e Curas Espirituais

    20

    os olhos mortais o enxame de espritos vidos sequiosos de alvio para os males que os atormentam, esvoaando como as abelhas em torno do mdium, causaria verdadeira alucinao coletiva. Eles so Espritos enfraquecidos pela imperfeio e abuso dos sentidos, quando em experincia terrena e que vivem agora no estado errante procura da misericrdia divina. Possuindo os mdiuns curadores os fluidos suaves que amenizam as suas feridas, ocorrem em chusma ansiosos para poderem receber um pouco das suas virtudes. So como as vespas famlicas a procura de alimento.

    Entre os espritos carentes de socorro que procuram o mdium curador, infiltram-se os mal intencionados, maldosos e maliciosos, inimigos, invejosos cujo objetivo nico por despeito ou maldade, fazer o mal.

    Compete ao mdium estar sempre vigilante, cerrando suas portas a eles, quer sejam encarnados ou desencarnados.

    Todo mdium, em trabalho ativo, tem como auxiliares Espritos instrudos Luz Divina, em vrios conhecimentos sob a direo de outros Espritos Guias ainda mais esclarecidos que atendem e sustentam os servidores do bem em todas as situaes, quer seja material ou espiritual, protegendo-o contra todos os ataques do mal. Na proporo que o mdium avana em iluminao prpria, conquistando novos degraus na escala evolutiva, outros mentores espirituais de hierarquia mais superior vm em seu auxlio, para ministrar instrues mais elevadas. O medianeiro curador canal especializado no servio de socorro, devendo estar sempre em boa harmonia vibratria para atender ao trabalho socorrista que se lhe apresente em qualquer parte, lugar e hora.

    O AUTOR

  • Passes e Curas Espirituais

    21

    2A PARTE

    ESTUDOS DAS LIES E TCNICAS DOS PASSES

  • Passes e Curas Espirituais

    22

    LIO PRIMEIRA LIGEIRAS NOES DE ANATOMIA

    Noes ligeiras sobre anatomia humana. Vantagens desse estudo para esclarecimento dos mdiuns curadores. Desenhos ilustrativos. Sua importncia para diagnstico das doenas.

    o o o

    Embora parea suprfluo algum conhecimento sobre anatomia humana para os mdiuns curadores, no o dispensamos, pois de grande importncia para esclarecimento dos diagnsticos. A necessidade do mdium passista saber localizar e designar o rgo no corpo humano est justamente na aplicao dos fluidos, onde haja preciso de mais forte atuao magntica, ou onde sejam apenas teis para a disperso.

    Os mdiuns curadores so tambm, s vezes, videntes, e esta qualidade ajuda muito nos trabalhos, para orientao do tratamento a seguir. E, mesmo quando no o so mas tm boa assistncia espiritual, os Guias completaro a deficincia medinica at onde lhes seja possvel, principalmente na indicao dos rgos afetados, tais como ossos, msculos, nervos, glndulas ou vsceras. V-se, portanto, que o estudo, no obstante superficial, sobre anatomia, um grande auxiliar dos mdiuns curadores, pois facilita descrever com segurana no s o rgo doente como tambm diagnosticar a enfermidade, dando desta forma orientao mais segura para o tratamento.

    ESQUELETO HUMANO E SUA NOMENCLATURA

    Esqueleto de frente Fig. 3

  • Passes e Curas Espirituais

    23

    Seria demasiado exigirmos dos nossos mdiuns um curso acurado sobre anatomia. Entretanto, preciso conhecer todo o esqueleto e os seus ossos de per si, como tambm sua posio e localizao. No desejamos nenhum perito, queremos, porm, que saibam o bastante para indicar, quando necessrio, onde est localizada a enfermidade e em que rgo.

    Por exemplo, o doente diz: sinto uma dor no peito. O mdium concentrado, procura pela vidncia, onde est a possvel enfermidade. Uma vez senhor do campo, pela forma fludica, est capacitado para determinar em que rgo est o mal, e, no raro, o gnero da enfermidade. Quando isto no acontea, pela ligao fludica que emana da doena com os fluidos irradiados do mdium em concentrao, este poder perceber onde est a origem causadora do desequilbrio orgnico. Ainda se isso se der, o mdium sintonizado com as correntes vibratrias espirituais poder receber por intuio.

    Eis porque insistimos em que os mdiuns curadores e passistas necessitam possuir alguns conhecimentos sobre anatomia humana, tanto do esqueleto, ossos, glndulas, como da circulao sangunea e seus vasos. Foste conhecimento facilitar em meio a tarefa do mdium como poderoso auxiliar no diagnstico, aplicao teraputica dos fluidos e at prognsticos.

    O esqueleto humano, conforme est disposto na figura 3, deve ficar impresso na mente do estudante, guardando o mais possvel os detalhes e a posio dos ossos bem como suas articulaes correspondentes, para facilitar a citao das enfermidades.

    Visto o esqueleto, vejamos os rgos e aparelhos.

    CRNIO (cabea)

    Figura 4 Esqueleto da cabea, 1 frontal; 2 occipital; 3 esfenoide; 4 parietal; 5 poro

    escamosa do temporal; 6 apfise mastoide do temporal; 7 orifcio do conduto auditivo externo; 8 etmoide; 9 mandbula; 10 maxilar superior; 11 maior; 12 nasal; 13 lacrimal.

  • Passes e Curas Espirituais

    24

  • Passes e Curas Espirituais

    25

    APARELHO DIGESTIVO

    Posio dos rgos

    Sendo o aparelho digestivo um conjunto de rgos muito importantes em relao mediunidade, em virtude da sua intimidade com o sistema vegetativo (nervo grande simptico e parassimptico), observemo-lo desde a boca at o reto, no trnsito de toda a digesto, at a expulso dos resduos inaproveitveis da alimentao.

    Os intestinos, grosso e delgado, tm grande influncia na mediunidade, visto ser ali onde atuam os vampiros vermnicos, sugando a vitalidade orgnica dos mdiuns sem preparo. As mais variadas formas de vermes intestinais, tanto materiais como fludicas, perturbam a vida dos mdiuns atravs desses rgos da digesto, uns agindo juntamente com a flora microbiana interna e outros em forma fludica (insetos e vermes), os mais horrendos e venenosos.

  • Passes e Curas Espirituais

    26

    APARELHO URINRIO

    O aparelho urinrio formado como est no esquema acima, figura 9, constitudo de: RINS, CANAIS URETRAIS e a BEXIGA. Os males que atacam o aparelho urinrio, manifestam-se por mltiplas formas, muitas vezes ligados s extremidades do aparelho digestivo. Este influencia por reflexos enfermios, a distncia, os rgos vizinhos.

  • Passes e Curas Espirituais

    27

    TRONCO DO ESQUELETO E PARTE DA BACIA

    Salientando estas importantes partes do esqueleto, assinalemos as vrtebras cervicais ao nvel das quais fica o Plexo Cervical. A Clavcula orienta o alojamento do Plexo Braquial na altura dos ombros.

    A armao das clavculas protege os pulmes; o EXTERNO nos orienta para o Epigstrio que tem muita importncia nos passes aplicados no abdmen. Ainda no tronco distinguimos as VRTEBRAS LOMBARES dentro das quais se encontra a medula espinhal, tambm de grande importncia nos passes, por ser o lugar onde se acumula grande massa fludica de ao malfica.

    VISTA LATERAL DO TRONCO

    Nesta gravura salientam-se as regies das vrtebras cervicais, das vrtebras lombares e do osso sacro, onde devem atuar os passes com aproveitamento, de acordo com a teraputica fludica, devido localizao dos plexos correspondentes. (Vide fig. 25.)

  • Passes e Curas Espirituais

    28

    ESTUDO DO ESTMAGO

    Sendo o estmago outro rgo de grande atividade na digesto, no poderamos passar adiante sem dele falarmos o bastante para explicar a sua posio no aparelho digestivo. No lado direito, superior, temos o fgado. No lado esquerdo, temos o bao. Embaixo do estmago, est o pncreas, em correspondncia com o clon transversal do intestino grosso.

    A posio em que esto Estes rgos deve ficar gravada com o mdium passista, visto que, ficando o plexo solar atrs do estmago, tem Ele muita influncia nessas glndulas, com irradiao para os intestinos.

    ESTUDO DO FGADO

    O fgado est situado cio lado direito do abdmen, um pouco acima do estmago; em ntima correspondncia com os seus rgos vizinhos e o aparelho digestivo, em virtude da sua ascendncia sobre os fermentos da digesto. Nele se agasalham muitas enfermidades, dando guarida a muitas perturbaes de carter medinico, principalmente s infeces qusticas

  • Passes e Curas Espirituais

    29

    amebianas e giardases. A sua configurao muito fcil de guardar na lembrana para facilitar a vidncia medinica. A vescula nem sempre se torna clara vidncia.

    OS PULMES (Lado direito e lado esquerdo)

    O pulmo constitudo por um tecido esponjoso, dentro do qual se v a arborizao dos bronquolos e cinos pulmonares, onde se operam as trocas de sangue venoso por sangue arterial. Na sua face anterior est localizado o corao, um pouco esquerda do trax. O pulmo, auxiliado pelos movimentos do conjunto de costelas , por excelncia, o rgo da respirao. Nele se alojam muitas doenas, sendo a tuberculose a infeco mais comum entre todas.

    LIO SEGUNDA LIGEIRAS NOES SOBRE FISIOLOGIA

    Noes sobre fisiologia Importncia desses conhecimentos com aplicao nos tratamentos dos doentes Ao do aparelho digestivo em consonncia com a mediunidade Circulao do sangue pulmes rins fgado corao e sua subordinao s enfermidades medinicas.

    o o o

    A fisiologia a cincia que estuda as funes dos rgos. Para o mdium passista, esse estudo vem coadjuvar grandemente no tratamento de quase todas as molstias. No que exija um estudo profundo dessa matria, mas, pelo menos, uma noo ligeira das funes que presidem aos fenmenos da vida orgnica animal.

  • Passes e Curas Espirituais

    30

    Os fluidos, que so medicamentos, por excelncia, das doenas, so absorvidos pela pele como tambm por ela eliminados depois de percorrer a corrente sangunea e todo o trajeto do sistema nervoso.

  • Passes e Curas Espirituais

    31

    CIRCULAO DO SANGUE ESQUEMA DE CIRCULAO

    O sangue o veculo alimentar do corpo, transportando a todas as clulas o suprimento de que elas necessitam para dar vida aos rgos. Conforme vemos pela figura grfica da circulao, o sangue arterial ou venoso. Arterial vermelho enquanto que o venoso de cor azulada. O sangue distribudo no corpo pelos impulsos do corao, caminhando em jactos at s extremidades capilares. Estes se anastomoseiam pelos filamentos. O sangue venoso, na sua marcha, retorna para oxidao aos pulmes.

    NO FGADO So muitos os deveres que incumbem ao fgado, dado que a sua funo de defesa do

    organismo e principalmente atuar sobre a amnia. esta uma substncia perigosa que age sobre os centros nervosos.

    Quando o sangue passa atravs do fgado, a amnia convertida em ureia, que incua, sem perigo, portanto.

    Se no existisse o fgado, a vida orgnica seria impossvel. Quando a sua ao falha, todos os sistemas de rgos sofrem e periclitam.

    A protena das carnes acarreta grande formao de amnia no sangue. Muitos venenos so elaborados pelo organismo. O fgado, na sua funo benfica os transforma e, quando no os elimina por si, passa-os para os rins. Estes os eliminam regularmente.

  • Passes e Curas Espirituais

    32

    OS RINS Os rins so os rgos dosadores e retificadores. Eles se encarregam de dosar as

    quantidades de materiais necessrios ao equilbrio do organismo. A eliminao de substncia perniciosa no a nica funo dos rins. A sua importncia est no inteligente trabalho equilibrador. Qualquer substncia, mesmo salutar, pode tomar-se prejudicial, quando excessiva.

    Os rins, ento, exercem a ao equilibradora, mantendo a exata dosagem de todos os ingredientes (exceto gasosos), que figuram no plasma sanguneo. O sal, por exemplo dosado pelos rins para entrar na circulao. por excelncia, a funo dos rins: dosadora e filtradora.

    DIGESTO ALIMENTAR A digesto dos alimentos comea na boca, onde a mastigao prepara o bolo com os

    fermentos bucais, da descendo pelo esfago at o estmago, onde se processa a segunda digesto.

    Com o auxlio dos sucos estomacais, a digesto se ativa, transpondo os alimentos a passagem do piloro. Este, paulatinamente, vai dando passagem massa impregnada dos fermentos at o duodeno, onde recebe os sucos biliares do fgado para emulsionar as gorduras, transformando-as em graxas (sabes) e para absoro nos intestinos. J no intestino grosso, do bolo alimentar ingerido nada mais resta, pois, agora, so somente os resduos, diramos materiais inaproveitveis, que so atirados fora do tubo digestivo, como podemos acompanhar no grfico respectivo. (Fig. 17)

  • Passes e Curas Espirituais

    33

    LIO TERCEIRA

    LIGEIRAS NOES SOBRE PATOLOGIA

    Estudos das doenas materiais e espirituais Aplicao dos fluidos reparadores nos tecidos lesados pelas enfermidades Patologia fludica Predisposies Autointoxicao fludica Patognese das enfermidades infantis.

    Na medicina esprita, a patologia tem a mesma definio da cincia terrena, isto , a parte da medicina que trata da origem e natureza das doenas. A patologia geral do organismo humano, sob o ponto de vista da doutrina esprita, no cabe aqui neste ligeiro relato, se bem que o nosso desejo seria transmitir a maior soma de conhecimentos sobre o assunto aos mdiuns curadores; entretanto, procuraremos sintetizar o mais possvel os ensinos a fim de que possamos ministrar bons e orientadores esclarecimentos.

    CAUSAS DAS DOENAS Para ns, espritas convictos, militantes da doutrina, no procuramos a doena no corpo

    fsico. Reconhecemos, todavia, que ela existe mas, geralmente, assim entendemos, as enfermidades vm do esprito, ainda mesmo as hereditrias. O que existe na realidade, dentro das cristalizaes, so pontos de aglutinao dos fludos doentios, criando a predisposio orgnica, para determinadas molstias que podem afetar-nos em qualquer idade.

    CORPO DOENTE

  • Passes e Curas Espirituais

    34

    PREDISPOSIO ORGNICA A predisposio orgnica um estado que poderamos chamar de estado receptivo de

    qualquer rgo para contrair a doena ou ainda melhor, para atrair a doena. Funciona como por induo em corrente eltrica. Antes dessa predisposio orgnica, houve uma causa determinante. E onde est ela? aqui que comeamos.

    Predisposio Orgnica Crmica, Atrada, Hereditria e Ambiente.

    PREDISPOSIO CRMICA Sabemos perfeitamente atravs dos estudos espritas, que as doenas crmicas so

    oriundas do perisprito enfermo que, ao reencarnar, transmite e traz j o nascituro, mesmo na vida intrauterina, os males que a matria ou Esprito tem que sofrer.

    PREDISPOSIO ATRADA As predisposies atradas so aquelas provindas de nossas vibraes. Uma criatura

    colrica, vibrando sempre maldade e pestilncias, o que pode atrair seno essas mesmas coisas? Est dentro da lei dos semelhantes atraem semelhantes. inevitvel que isso acontea. Essa atrao gera a autointoxicao, pela via fludica. E, note-se, no ser somente um rgo afetado, porque os maus fluidos corroborados pela autointoxicao se espalham pelos rgos vitais, tais como o corao e fgado, pulmes ou estmago e da para os intestinos, arrastando um corolrio de sofrimentos. (Fig. 19). Os maiores males de que padece a humanidade encontram a sua causa na lei de atrao vibratria.

  • Passes e Curas Espirituais

    35

    PREDISPOSIO HEREDITRIA A predisposio hereditria tem parte na Crmica, para os leigos na doutrina. Na verdade,

    os pais transmitem aos filhos muitos males, porque a carne filha da carne. onde vem o ensino evanglico de que uma boa rvore no pode dar mau fruto, ou pelo fruto se conhece a rvore. Entretanto, mesmo nessa herana, h causas de ordem espiritual. No houvesse sementeira dos maus e no permitiria Deus a realizao do mal. E se a lei assim determina, temos nisso o benefcio prprio em nossa evoluo para o Alto.

    PREDISPOSIO DO AMBIENTE

    PREDISPOSIO DO AMBIENTE A muitos parecer estranha esta determinao de ambiente. Entendemos por ambiente

    o local onde fazemos a nossa morada, a casa onde residimos com nossa famlia, pais, mes e filhos ou parentes e mesmo estranhos. Deste local, seja a nossa casa toda e mais preferencialmente o cmodo onde mais se para, destacam-se a sala de refeies e quarto de dormir. Nestes lugares, os pensamentos emitidos esto condensados em nuvens, forrando o teto, que se movimentam por toda a casa, obedecendo, em ondulaes serpenteadas, os chamamentos pelas vibraes sintonizadas. Se as vibraes dos residentes so boas, nuvens benficas tero; se so ms, escuras e doentias so as nuvens. Estas nuvens no so visveis ao olhar humano, entretanto elas existem como existem no firmamento da crosta terrestre o produto das mentalizaes da humanidade, como nos ensina Andr Lus.

    PATOGNESE DAS ENFERMIDADES INFANTIS Quanto ao estudo dos males que atacam a infncia, desde o recm-nascido, a causa j est

    na parte das predisposies. Tanto a hereditariedade, como a predisposio orgnica causada pela tara so responsveis pelas mltiplas doenas que atacam as crianas desde a primeira idade. H tambm o contgio, que transmite criana as doenas de que os pais e as mes so portadores, bem como pelas mos sem higiene, panos e roupas infetados. Depois, vem a contaminao direta pelos beijos carinhosos e outras carcias que a prtica deveria abolir, por serem completamente perigosas sade da criana. Veja-se o cuidado que a moderna pediatria tem com os recm-nascidos, resguardando-os em cmaras de vidro nos conhecidos berrios.

  • Passes e Curas Espirituais

    36

    VIAS DE INFECO Depois das vias psquicas, a via digestiva por onde as enfermidades fludicas se alojam

    (fig. 21). Por isso, insistimos em que ela fique bem gravada na mente de todos os mdiuns curadores estudiosos.

    Os rgos acessrios, pulmes, fgado, pncreas e outras glndulas, na patologia medinica, no sofrem influenciao direta, porque so antes receptores de intoxicao, pela via psquica.

  • Passes e Curas Espirituais

    37

    LIO QUARTA LIGEIRAS NOES SOBRE O ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO E DOS PLEXOS

    Sistema nervoso central Sistema do Grande Simptico Os nervos so condutores eltricos do corpo humano. Os plexos nervosos e sua importncia na aplicao dos passes Plexo Solar (tambm chamado o pequeno crebro abdominal) Sensibilidade do sistema nervoso.

    o o o

    O mdium curador, que deseja aperfeioar-se nos conhecimentos cientficos da sua misso, no pode prescindir destes estudos, embora ligeiramente, como o fazemos. Pois, toda a atividade do passe se baseia no manejo das correntes constitudas pela energia nervosa. Assim, um tcnico eletricista que no possua noes de eletricidade e da distribuio das correntes respectivas, como agiria quando chamado ao trabalho ativo, dentro do emaranhado de fios? S poderia produzir curtos-circuitos e consequentemente o desgaste da mquina eltrica, bem como os acidentes de que seria fatalmente vtima. Est no caso o mdium passista que se aventura a impor as mos sobre o paciente (fig. 35, pg. 108) (neste caso a mquina eltrica), sem ter a mnima noo do manejo dos fluidos. o resultado de muitos mdiuns se queixarem de que, depois da transmisso do passe ficarem sentindo o mal dos seus doentes, os quais, por sua vez, em outra ocasio, reclamam ter piorado o seu estado depois de receberem o passe.

    SISTEMA NERVOSO

  • Passes e Curas Espirituais

    38

  • Passes e Curas Espirituais

    39

    MEDULA ALONGADA

    Figura 23 C. Crebro (base). B. Bulbo raquidiano ou medula alongada. c. Cerebelo. M-M. medula espinal. 1. Nervoso olfativo. 2. Nervo tico. 3. Protuberncia anular. 4. Pirmides anteriores do bulbo raquidiano. 5-5-5. Nervos espinais.

    Figura 24 C. Cerebelo (lobos posteriores erguidos e empurrados para adiante). B. Bulbo raquidiano. c. Cerebelo, do qual se cortou o lobo mdio e se afastaram os lobos laterais para descobrir a face posterior do bulbo raquidiano. M-M. Medula espinal. 1. Pednculos do cerebelo. 2. Calamus scriptorius (n vital). 3. Pirmides posteriores do bulbo raquidiano. 4. Corte do lobo direito do cerebelo para fazer ver a rvore da vida. 5-5-5. Nervos espinais.

    O sistema nervoso forma sobre o corpo humano uma rede de fios tranados que se alongam, tornando-se cada vez mais finos na proporo que avanam, formando gnglios ou plexos.

    O sistema nervoso subdivide-se em CEREBROSPINAL e GRANDE SIMPTICO. Pelo sistema nervoso, o homem manifesta a sua atividade motora. Pelo sistema

    ESPINAL, ele mantm o estado da vida de relao, que o consciente. O SIMPTICO constitui o sistema nervoso orgnico, regendo o inconsciente e os movimento autnomos, da vida vegetativa, de vrios rgos do corpo.

    Os movimentos voluntrios so dirigidos atravs do sistema central (consciente) e perifrico.

    Quando os movimentos cessam sob a ao da anestesia geral, a vida fica dependendo unicamente do sistema SIMPTICO (vida vegetativa).

    O sistema nervoso simptico , por excelncia um rgo medinico. Pois, por ele so formados os plexos, que tm grande influncia nas relaes com as enfermidades fsicas ou espirituais.

  • Passes e Curas Espirituais

    40

  • Passes e Curas Espirituais

    41

    PLEXO CRANIANO Dos 3 pares de gnglios intracranianos, no trajeto dos trigmeos, resulta o plexo craniano.

    PLEXO CARDACO Os gnglios cervicais so 3 pares localizados de cada lado das vrtebras do pescoo,

    deles partindo os nervos que chegam ao corao. Juntamente com os ramos nervosos do pneumogstrico formam o conhecido Plexo Cardaco.

    PLEXO SOLAR (tambm chamado crebro do abdmen)

    O gnglio semilunar, que a terminal que vem do grande nervo esplnico depois de atravessar o diafragma, colocando-se sobre a boca do estmago, forma uma colnia de gnglios estrelados denominados PLEXO SOLAR, com ramificaes que vo ter ao estmago, intestinos, fgado, bao, rins e aorta. (Fig. 26)

    PLEXO MESENTRICO Est situado, este plexo, ao nvel dos rins e constitudo pelos filetes que o formam, indo

    inervar os vasos da regio e o intestino grosso.

    PLEXO HIPOGSTRICO Este plexo fica situado na regio da bexiga e formado pelos 4 pares de gnglios

    sagrados ou tambm chamados plvicos. Este plexo tambm chamado de Plexo Prosttico.

  • Passes e Curas Espirituais

    42

    PLEXOS E GNGLIOS DO CORPO HUMANO FRENTE

    O passe, partindo da imposio dupla (fig. 35, pg. 108), desce correndo com as mos o trajeto dos cordes de gnglios desde o plexo craniano, braquial, ou cervical at ao plexo sagrado, distribuindo as correntes na direo dos cordes, de lado a lado, do corpo.

    FORMAO DOS PLEXOS NERVOSOS

    PLEXOS FORMADOS PELOS NERVOS Os pares de nervos e plexos so:

    PLEXO CERVICAL Dos 8 pares de nervos cervicais, os quais partem da medula, os 4 primeiros formam o

    plexo cervical, ao lado do pescoo.

    PLEXO BRAQUIAL Os pares de nervos braquiais formam o plexo braquial que se prolonga para os nervos do

    brao.

    PLEXO LOMBAR Na regio dos rins temos os 5 pares lombares formando o Plexo Lombar, de onde parte o

    nervo crural que segue para a coxa.

    PLEXO SAGRADO Na regio do SACRO temos os 6 pares sagrados constituindo o plexo sagrado, de onde

    sai o nervo citico para as pernas.

  • Passes e Curas Espirituais

    43

    LIO QUINTA ESTUDO DOS FLUIDOS

    Fluido o elemento Universal Eterizao e materializao dos fluidos e seus estados Modificao dos fluidos o m do baro de Reichenbach e seus mdiuns sensitivos Lado positivo e lado negativo do corpo humano Ao dos fluidos sobre o corpo humano Ao dos fluidos sobre o corpo fsico e corpo espiritual do homem Polaridade magntica do corpo humano.

    o o o

    Fluido um elemento csmico que d origem formao de todas as coisas pelas suas consequentes modificaes, encontrando-se nos estados de eterizao e de condensao (ou materializao).

    O fluido etrico, ou seja, o ter propriamente dito, do domnio do plano espiritual, ao passo que o material pertence ao mundo terrqueo, ou seja, dos planos dos encarnados (Kardec). No est ele ainda muito bem definido pela cincia terrena, nos seus elementos constitutivos, mas, em virtude do progresso a que chegamos j na era atmica, esperanas h de que muito em breve, com a entrada no prximo milnio, grandes descobertas sejam realizadas nesse campo cientfico. Todavia, a doutrina esprita vem resistindo, embora lentamente, os seixos do caminho atravs da mediunidade, pela multiplicidade dos fenmenos que nos dado observar, onde s constata o patente manejo dos fluidos.

    O fluido csmico