P POORRTTUUGGUUÊÊSS - curso-objetivo.br · locução prepositiva atrás dee indica lugar: “do...

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O O B B J J E E T T I I V V O O P P O O R R T T U U G G U U Ê Ê S S QUESTÕES 1 e 2 Leia o trecho a seguir e responda: — Vovô, eu quero ver um cometa! Ele me levava até a janela. E me fazia voltar os olhos para o alto, onde o sol reinava sobre a Saracena. — Não há nenhum visível no momento. Mas você há de ver um deles, o mais conhecido, que, muito tempo atrás, passou no céu da Itália. Muito tempo atrás...atrás de onde? Atrás de minha memória daquele tempo. E vovô Leone continuava: — Um dia, você há de estar mocinha, e eu já estarei morando junto das estrelas. E você há de ver a volta do grande cometa, lá pelo ano de 2010... Eu me agarrava à cauda daquele tempo que meu avô astrônomo me mostrava com os olhos do futuro e saía de sua casa. Na rua, com a cabeça nas nuvens, meus olhos brilhavam como estrelas errantes. Só baixavam à terra quando chegava à casa de vovô Vincenzo, o camponês. (lIke Brunhilde Laurito, A menina que fez a América. São Paulo: FTD, 1999, p. 16.) 1 No trecho "Muito tempo atrás...atrás de onde? Atrás de minha memória daquele tempo." a) Identifique os sentidos de 'atrás' em cada uma das três ocorrências. b) Compare "Atrás de minha memória daquele tempo" com "Atrás do jardim da minha casa". Explique os sentidos de 'atrás' em cada uma das frases. Resolução a) Na primeira ocorrência, atrás é advérbio, indica tempo e significa “antes”. Na segunda, é parte da locução prepositiva atrás de e indica lugar: “do lado posterior”. Na terceira, também é parte da locução atrás de e indica tempo: “em tempo anterior”. b) Na primeira frase, atrás indica tempo anterior, mas, se se supusesse a elipse de um verbo de movimento (ir, correr), também poderia significar “no encalço, à procura”. Na segunda frase, a indicação é de lugar: “em lugar posterior”. F F U U V V E E S S T T - - ( ( 2 2 ª ª F F a a s s e e ) ) J J a a n n e e i i r r o o / / 2 2 0 0 0 0 6 6

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    PPPPOOOORRRRTTTTUUUUGGGGUUUUSSSSQUESTES 1 e 2

    Leia o trecho a seguir e responda:

    Vov, eu quero ver um cometa! Ele me levava at a janela. E me fazia voltar os olhos

    para o alto, onde o sol reinava sobre a Saracena. No h nenhum visvel no momento. Mas voc h

    de ver um deles, o mais conhecido, que, muito tempoatrs, passou no cu da Itlia. Muito tempo atrs...atrsde onde? Atrs de minha memria daquele tempo.

    E vov Leone continuava: Um dia, voc h de estar mocinha, e eu j estarei

    morando junto das estrelas. E voc h de ver a volta dogrande cometa, l pelo ano de 2010...

    Eu me agarrava cauda daquele tempo que meu avastrnomo me mostrava com os olhos do futuro e saade sua casa. Na rua, com a cabea nas nuvens, meusolhos brilhavam como estrelas errantes. S baixavam terra quando chegava casa de vov Vincenzo, ocampons.

    (lIke Brunhilde Laurito, A menina que fez a Amrica. So Paulo: FTD, 1999, p. 16.)

    1No trecho "Muito tempo atrs...atrs de onde? Atrs deminha memria daquele tempo."

    a) Identifique os sentidos de 'atrs' em cada uma dastrs ocorrncias.

    b) Compare "Atrs de minha memria daquele tempo"com "Atrs do jardim da minha casa". Explique ossentidos de 'atrs' em cada uma das frases.

    Resoluoa) Na primeira ocorrncia, atrs advrbio, indica

    tempo e significa antes. Na segunda, parte dalocuo prepositiva atrs de e indica lugar: do ladoposterior. Na terceira, tambm parte da locuoatrs de e indica tempo: em tempo anterior.

    b) Na primeira frase, atrs indica tempo anterior, mas,se se supusesse a elipse de um verbo de movimento(ir, correr), tambm poderia significar no encalo, procura. Na segunda frase, a indicao de lugar:em lugar posterior.

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    2Releia o seguinte recorte: "Eu me agarrava caudadaquele tempo que meu av astrnomo me mostravacom os olhos do futuro e saa de sua casa. Na rua, coma cabea nas nuvens, meus olhos brilhavam comoestrelas errantes. S baixavam terra quando chegava casa de vov Vincenzo, o campons".

    a) Explique as relaes que as expresses 'cauda da-quele tempo', 'olhos do futuro' e 'cabea nasnuvens' estabelecem entre si.

    b) No mesmo trecho, explique a relao do aposto como movimento dos olhos do personagem.

    Resoluoa) As trs expresses so metafricas e estabelecem

    entre si uma relao que leva o leitor ao camposemntico da imaginao. Elas se complementam e,assim, intensificam o carter sonhador da perso-nagem.

    b) O aposto o campons estabelece uma relao an-tittica com a expresso meus olhos brilhavam co-mo estrelas errantes. O av Vincenzo, caracterizadocomo campons, representa a terra, o cho firme, oque permite dizer que o elemento que traz apersonagem realidade. Somente a presena docampons retira os olhos da personagem do cu, douniverso dos sonhos.

    QUESTES 3 e 4

    Os quadrinhos a seguir fazem parte de um materialpublicado na Folha de S. Paulo em 17 de agosto de2005, relativo crise poltica brasileira, que teve incioem maio do mesmo ano.

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    3Na tira de Angeli, observamos um jogo de associaesentre a frase-ttulo 'O imundo animal' e a seqncia deimagens. a) A frase-ttulo 'O imundo animal' nos remete a uma

    outra frase. Indique-a e explicite as relaes desentido entre as duas frases, fazendo referncia aoconjunto da tira.

    b) A frase-ttulo 'O imundo animal' sugere um processode prefixao. Explique.

    Resoluoa) A frase remete expresso o mundo animal, que

    designa o universo dos seres dotados de vida(animados). O trocadilho empregado como ttulo datira sugere que o homem poltico, confabulador econspirador, um animal imundo, ou seja, vicioso,moralmente condenvel.

    b A prefixao ocorre em imundo, cujo sentido sujo. A palavra formada com a adio do prefixonegativo i- a -mundo, cujo sentido limpo, puro.

    4No quadrinho de Caco Galhardo, outras associaescom a crise poltica podem ser observadas. a) "Vossa Excelncia me permite um aparte" uma

    expresso tpica de um espao institucional. Qual esse espao e quais as palavras que permitem essaidentificao?

    b) A expresso 'um aparte' pode ser segmentada deoutra maneira. Qual a expresso resultante dessasegmentao? Explique o sentido de cada uma dasexpresses.

    c) Levando em considerao as relaes entre asimagens e as palavras, explique como se constri ainterpretao do quadrinho.

    Resoluoa) A expresso aparte, segundo definio do dicionrio

    Houaiss, significa comentrio, observao (com quese interrompe quem discursa, conferencia, conversa).Ao considerar o termo aparte juntamente com aforma de tratamento vossa excelncia, podemosdizer que se trata de um discurso que ocorre noCongresso, dado que esse tratamento protocolarentre parlamentares.

    b) A expresso um aparte pode gerar, por paronomsia,a expresso uma parte. Nesse sentido, indica que orato quer um pedao de queijo. (O sentido de apartese encontra descrito na resposta ao quesito anterior).

    c) No quadrinho, temos dois ratos como personagens. No Brasil, apalavra rato utilizada para designar aquele que furta (Houaiss),alm de sugerir a idia de sujeira, podrido. A imagem tambmdesperta o leitor para a ambigidade da expresso umaparte, pois a partir da observao do queijo que se chega expresso uma parte. A relao entre imagem e palavrapermite, ento, que o leitor identifique uma prtica comumna poltica brasileira: a interferncia num discurso (um aparte)muitas vezes utilizada com forma de obteno devantagens (uma parte).

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    5Na sua coluna diria do Jornal Folha de S. Paulo de 17de agosto de 2005, Jos Simo escreve: "No Brasilnem a esquerda direita!".

    a) Nessa afirmao, a polissemia da Ingua produzironia. Em que palavras est ancorada essa ironia?

    b) Quais os sentidos de cada uma das palavrasenvolvidas na polissemia acima referida?

    c) Comparando a afirmao "No Brasil nem a esquerda direita" com "No Brasil a esquerda no direita",qual a diferena de sentido estabelecida pelasubstituio de 'nem' por 'no'?

    Resoluoa) A ironia est presente nas palavras esquerda e

    direita.b) Esquerda significa tendncia poltica ligada a

    reivindicaes populares, trabalhistas, socialistas oucomunistas. Direita designa, como substantivo,tendncia poltica conservadora ou reacionria emrelao s reformas sociais e, como adjetivo, cor-reta, honesta.A polissemia criada pelo autor ironiza os partidos deesquerda que no agem com honestidade, inte-gridade, probidade.

    c) Nem, no contexto, expressa a idia de adio esignifica inclusive no, tambm no, ou seja,implica a idia de que todos no agem comhonestidade, inclusive a esquerda. J o sentido deno apenas de negao e entende-se que aesquerda no honesta.

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    6Na capa do caderno Alis do jornal O Estado de S. Pau-lo de 10 de julho de 2005, encontramos o seguinteconjunto de afirmaes que tambm fazem referncia crise poltica do Governo Lula:

    Getlio tanto sabia que preparou a carta-testamento.Juscelino sabia que seria absolvido pela Histria.Jnio sabia que sua renncia embutia um projetoautoritrio. Jango sabia o tamanho da conspirao aoseu redor. Mdici ia ao futebol, mas sabia de tudo.Geisel sabia que Golbery entendera o projeto deabertura. (...)

    a) Em todas as afirmaes, h um padro que serepete. Qual esse padro e como ele estabelece arelao com a crise poltica do atual governo?

    b) Apresente, por meio de parfrases, duas inter-pretaes para a palavra 'tanto' na frase" Getliotanto sabia que preparou a carta-testamento".

    Resoluoa) O padro repetido o de predicar o verbo saber para

    os sujeitos que so os diversos presidentes daRepblica alinhados no enunciado, numa afirmaoque se pode resumir como todos os presidentessempre souberam. O objeto de saber, em todos oscasos, a situao que envolvia o presidentemencionado. A ilao que, tambm no caso deLula, o presidente sabe.

    b) 1) Getlio sabia to bem do que se passava, que, emconseqncia, preparou a carta-testamento.

    2) to verdadeiro o fato de que Getlio sabia,que

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    7O soneto abaixo, de Machado de Assis, intitula-seSuave mari magno, expresso usada pelo poeta latinoLucrcio, que passou a ser empregada para definir oprazer experimentado por algum quando se percebelivre dos perigos a que outros esto expostos:

    Suave mari magno

    Lembra-me que, em certo dia, Na rua, ao sol de vero, Envenenado morria Um pobre co.

    Arfava, espumava e ria, De um riso esprio* e bufo, Ventre e pernas sacudia Na convulso.

    Nenhum, nenhum curiosoPassava, sem se deter,Silencioso,

    Junto ao co que ia morrer,Como se lhe desse gozoVer padecer.

    *esprio no genuno; ilegtimo, ilegal, falsificado. Em medicina, dizrespeito a uma enfermidade falsa, no genuna, a que faltam ossintomas caractersticos.

    a) Que paradoxo o poema aponta nas reaes do coenvenenado?

    b) Por que se pode afirmar que os passantes, diantedele, tambm agem de forma paradoxal?

    c) Em vista dessas reaes paradoxais, justifique ottulo do poema.

    Resoluoa) O paradoxo nas reaes do co envenenado est na

    aproximao entre as imagens do animal queagonizava, mas que, no instante mesmo de suamorte, nos extertores de uma convulso, parecia rir.

    b) A reao paradoxal dos transeuntes a atitude quese presume de gozo diante do padecimento do co Como se lhe desse gozo / Ver padecer.

    c) O ttulo do poema se justifica em razo de o textorelatar uma situao em que o sofrimento de um ser(no caso, o co) razo de satisfao ou prazer paraos que, livres do sofrimento, o contemplam. No textode Lucrcio, a situao descrita a daquele que, emterra firme e, pois, livre do perigo, contempla asaflies dos que lutam contra o naufrgio em meioao mar revolto.

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    8O trecho abaixo corresponde ao desfecho do conto Acausa secreta, de Machado de Assis:

    ... Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez ocadver, mas ento no pde mais. O beijo rebentouem soluos, e os olhos no puderam conter aslgrimas, que vieram em borbotes*, lgrimas deamor calado, e irremedivel desespero. Fortunato, porta, onde ficara, saboreou tranqilo essa explosode dor moral que foi longa, muito longa, delicio-samente longa.

    (Machado de Assis, "A causa secreta", em Obra Completa, Vol.II. Rio

    de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p.519.)

    *em borbotes: em jorros, em grande quantidade

    a) Explique a reao de Garcia diante do cadver. b) Explique a repetio do adjetivo 'longa' no desfecho

    do conto. c) Que relao h entre a atitude de Fortunato e o

    poema Suave mari magno? Resoluoa) Garcia amava Maria Lusa, esposa de Fortunato, mas

    esse amor no se concretizou, era amor calado,segundo o narrador. O beijo, as lgrimas em borbo-tes, o irremedivel desespero descrevem a rea-o do homem enamorado diante da amada morta.

    b) A reiterao de longa indica a intensidade com que osdico Fortunato fruiu a dor de Garcia.

    c) O sadismo, o prazer que provm do sofrimentoalheio, est presente tanto na histria de Fortunatocomo na situao dos curiosos que tm satisfaoem ver o co padecer.

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    9A novela de Guimares Rosa "Uma estria de amor(Festa de Manuelzo)", alm de ser ela prpria umaestria de vaqueiro, contm outras estrias de boinarradas pelas personagens. Uma delas a de"Destemida e a vaquinha Cumbuquinha" narrada porJoana Xaviel. Ao ouvirem a histria, as pessoas presen-tes na festa de Manuelzo tm a seguinte reao:

    Todos que ouviam, estranhavam muito: estriadesigual das outras, danada de diversa. Mas essaestria estava errada, no era toda! Ah ela tinha deter outra parte faltava a segunda parte? A JoanaXaviel dizia que no, que assim era que sabia, nohavia doutra maneira. Mentira dela? A ver que sabiao restante, mas se esquecendo, escondendo. Mas uma segunda parte, o final tinha de ter!

    (Joo Guimares Rosa, "Uma estria de amor(Festa de Manuelzo)", em Manuelzo e Miguilim.

    Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.181.)

    a) Por que os ouvintes tm a impresso de que aestria est inacabada?

    b) Cite outra estria de boi narrada dentro novela. c) A novela narrada em discurso indireto livre,

    misturando as falas e pensamentos das per-sonagens com a fala do narrador. Identifique umapassagem do trecho citado acima em que essamistura ocorre.

    Resoluoa) Joana Xaviel conta a histria de Destemida, esposa

    grvida de um vaqueiro, que tem vontade de comera vaca de propriedade de um homem rico. O maridoatende-lhe o desejo e descoberto pela me doproprietrio da vaca. Destemida envenena a mulhere, depois, coloca fogo na casa onde a morta eravelada. Os ouvintes da narrao de Joana acreditamque a histria tinha de ter outra parte, poisesperavam um desfecho em que houvesse a puni-o do mal, no caso, representado pela personagemDestemida.

    b) Romano do Boi Bonito ou Dcima do Boi e doCavalo.

    c) Podem ser citadas as seguintes passagens narradasem dicurso indireto livre:Mas essa estria estava errada, no era toda! Ahela tinha de ter outra parte faltava a segundaparte?, Mentira dela?, Mas uma segunda parte,o final tinha de ter!

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    10Leia o seguinte dilogo de O demnio Familiar, de Josde Alencar: Eduardo Assim, no amas a tua noiva? Azevedo No, decerto. Eduardo rica, talvez; casas por convenincias? Azevedo Ora, meu amigo, um moo de trinta anos,que tem, como eu, uma fortuna independente, no pre-cisa tentar a chasse au mariage. Com trezentos contospode-se viver. Eduardo E viver brilhantemente; porm nocompreendo ento o motivo... Azevedo Eu te digo! Estou completamente blas,estou gasto para essa vida de flaneur dos sales; Parisme saciou. Mabille e Chteau des Fleurs embriagaram-me tantas vezes de prazer que me deixaram insensvel.O amor hoje para mim um copo de Cliqcot queespuma no clice, mas j no me tolda o esprito!

    (Jos de Alencar, O demnio familiar (Cena XIII, Ato Primeiro),em Obra Completa, Vol. IV. Rio de Janeiro: J. Aguilar, 1960, p. 92.)

    a) O que o dilogo acima revela sobre a viso queAzevedo tem do casamento?

    b) Em que essa viso difere da opinio de Eduardosobre o casamento?

    c) Que ponto de vista prevalece no desfecho da pea?Justifique sua resposta.

    Resoluoa) Azevedo, entediado, blas, cansado da vida dos sa-

    les, resolve casar sem que haja amor. O casamento apenas uma unio conveniente e confortadora,sem paixo, sem grande expectativa, um consolopara o fastio decorrente da vida de um dndi dossales. Na continuao desse texto, Azevedo afirmaque a mulher uma jia, um traste de luxo, umamaneira para o marido aumentar seu crculo social eseu poder a partir dos admiradores da esposa.

    b) Essa viso utilitria e fria do casamento difere daopinio de Eduardo, que considera o amor, nascidono mbito da vida pura e suave do sero familiar, omotivo nico para o casamento. Eduardo consideraque a vida social das festas, do teatro est contami-nando a vida estritamente domstica; por isso quehaveria homens como Azevedo, cansados de praze-res mundanos, que vem na esposa um traste deluxo e no conseguem amar, j que trazem para avida do lar o tdio dos prazeres.

    c) No desfecho da pea, prevalece o ponto de vista deEduardo, j que os casamentos dos pares Eduar-do/Henriqueta e Carlotinha/Alfredo tm como motivoo amor, baseado no suave e puro convvio familiar.O entediado Azevedo interessou-se primeiramentepor Henriqueta, posteriormente pela brejeiraCarlotinha, mas foi rejeitado.

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    11Leia o poema abaixo de Antnio Osrio:

    Ignio

    Meus versos, desejo-vos na rua,nas padiolas, pelo cho, encardidoscomo quem ganha com eles a vida,e o papel v escurecendo ao sol,a chuva o manche, a capaganhe dedadas, a companhiaaderente de um insecto,as palavras se humildem maise chegue a sua vez de comoverem algumque compre, um faminto ajudando.

    Meus versos, desejo-vos nas bibliotecas itinerantes, gostareis de viajar por aldeias, praias, escolas primrias,despertar o rpido olhar das crianas, estar nas suas mos completamente indefeso e, sobretudo, que no vos compreendam. Oxal escrevam, risquem, atirem no recreio umas s outras como plas* os livros e sonhem, se possvel, com algum verso que sbito se esgueire pela sua alma.

    * plas: bolas

    a) A quem o eu Irico se dirige no incio de cada estrofe? b) No incio da segunda estrofe, que reaes contradi-

    trias ele espera das crianas? c) Ao final da segunda estrofe, que desejo ele

    manifesta a respeito do futuro da poesia? Resoluoa) O vocativo que inicia cada uma das estrofes indica

    que o poeta se dirige aos seus prprios versos.b) H dois problemas aqui. O primeiro se encontra no

    texto a que o quesito se refere; o segundo, naprpria formulao do quesito. No texto, deve terhavido falha de reviso, pois indefeso deveria estarno plural, referindo-se a meus versos. No quesito,o problema consiste na especificao no incio dasegunda estrofe, pois em toda a primeira metadedesta estrofe no se identificam reaes contra-ditrias que o eu lrico espere das crianas.

    c) Quando Antnio Osrio afirma esperar que as crian-as sonhem, se possvel, com algum verso / quesbito se esgueire pela sua alma, ele manifesta odesejo de que a poesia acabe integrando-se, aindaque inconscientemente, essncia daqueles leitores.

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    12Leia a seguinte passagem de Os Cus de Judas, deAntnio Lobo Antunes:

    Deito um centmetro mentolado de guerra na escovade dentes matinal, e cuspo no lavatrio a espumaverde-escura dos eucaliptos de Ninda, a minha barba a floresta do Chalala a resistir ao napalm da gillete,um grande rumor de trpicos ensangentadoscresce-me nas vsceras, que protestam.

    (Antonio Lobo Antunes, Os cus de JudasRio de Janeiro: Objetiva, 2003, p.213.)

    a) A que guerra se refere o narrador? b) Por que o narrador utiliza o presente do indicativo ao

    falar sobre a guerra? c) Que recurso estilstico ele utiliza para aproximar a

    guerra de seu cotidiano? Cite dois exemplos. Resoluoa) Em uma cadeia de associaes delirantes, o narrador

    principia pela aproximao entre a pasta de dentes ea Guerra Colonial em Angola; a espuma mentolada dapasta dentifrcia evoca a espuma verde-escura doseucaliptos de Ninda, por uma possvel aproximaovisual (o verde-escuro) e gustativa (mentolado).

    b) H em Os Cus de Judas uma organizao binria dotempo: o presente (Lisboa, o encontro no bar, odilogo/monlogo com a mulher de ocasio), que o tempo da enunciao, o momento em que asrecordaes afloram conscincia e so registradaspelo narrador, e o passado, conjunto de vivnciascentrado na experincia da guerra colonial na frica,seus horrores e o trauma que provocou no narrador.Essa vivncia de tal forma intensa e traumtica queinvade tambm a enunciao e o momento em queela se d, no s pelas imagens e sentimentosassociados ao passado, mas tambm pela presenti-ficao operada pelo presente do indicativo.

    c) A guerra aproximada do cotidiano da personagempor meio de metforas que se aproveitam do camposemntico da higiene matinal, como em deito umcentmetro mentolado de guerra na escova dedentes e a minha barba a floresta do Chalala aresistir ao napalm da gilette.

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    BBBBIIIIOOOOLLLLOOOOGGGGIIIIAAAA

    13As figuras A e B representam o tero de duas mulheresgrvidas de gmeos.a) Diferencie os tipos de gmeos representados nas

    figuras A e B e explique como so originados.b) Que sexo os fetos podem apresentar em cada um

    dos teros?c) O cordo umbilical liga o feto placenta. Quais so

    as funes gerais da placenta?

    Resoluoa) A Gmeos univitelinos ou monozigticos.

    B Gmeos univitelinos ou bivitelinos (dizigticos oufraternos).Os gmeos univitelinos originam-se a partir de umnico ovo, resultante da fecundao de um vulo porum espermatozide.Os gmeos dizigticos originam-se de dois ovosdiferentes.

    b) Gmeos univitelinos apresentam o mesmo sexo.Gmeos dizigticos apresentam sexos iguais oudiferentes.

    c) Nutrio, excreo, respirao, imunizao e secre-o de hormnios (ex.: gonadotrofina corinica, pro-gesterona).

    14Para estancar hemorragias, necessrio que ocorra oprocesso de coagulao sangnea. No cogulo, estopresentes clulas, plaquetas e uma rede de fibrina. Nahemofilia, doena geneticamente determinada, oprocesso de coagulao no ocorre.a) A formao da rede de fibrina o final de uma srie

    de reaes que se inicia com a leso do tecido,Explique o processo de formao da rede de fibrina.

    b) Explique como a hemofilia geneticamente deter-minada.

    Resoluoa) A tromboplastina, na presena do on clcio,

    transforma a protrombina em trombina, enzima quecatalisa a transformao do fibrinognio em fibrina.

    b) Herana ligada ao sexo, isto , gene recessivo situa-do no segmento no-homlogo do cromossomo X.

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    15No ser humano, a ausncia de pigmento (albinismo: dd)e a cor da pele (cor branca: aabb; cor negra: AABB) socaractersticas autossmicas, Do casamento entre umhomem e uma mulher negros, nasceu um meninoalbino. Do casamento desse rapaz com uma mulherbranca, nasceram dois filhos mulatos intermedirios euma filha albina. Com base nesses dados: a) Indique os gentipos de todas as pessoas citadas no

    texto. (Use as notaes indicadas no texto paraidentificar os alelos.)

    b) Se um dos descendentes mulatos intermedirios secasar com uma mulher branca albina, qual ser aproporo esperada de filhos albinos?

    c) A que tipo de herana se refere a caracterstica corde pele? Justifique.

    Resoluoa) Gentipos

    1. Homem negro: Dd AA BB2. Mulher negra: Dd AA BB3. Menino albino: dd AA BB4. Mulher branca: Dd aa bb5. Filhos mulatos intermedirios: Dd Aa Bb6. Filha albina: dd Aa Bb

    b) 50%c) Herana quantitativa, na qual genes aditivos (A e B)

    determinam a adio de melanina pele humana.Em funo do nmero de genes aditivos, existentesno gentipo, ocorre uma variao quantitativa demelanina.

    16A biodiversidade brasileira, no que diz respeito a ara-nhas, pode ser ainda maior do que suspeitavam oscientistas. o que apontam as ltimas descobertas deuma equipe de pesquisadores brasileiros. Entre janeiroe julho de 2005, o grupo identificou nove espciesnovas de aranha, a maioria da regio amaznica. Ospesquisadores tambm compararam geneticamente aespcie Ericaella florezi com outras do mesmo gneroe sugeriram que a especiao pode ter se iniciado como aparecimento da Cordilheira dos Andes, h cerca de12 milhes de anos. (Adaptado de "Brasileiros acham nove espcies de aranha em 2005", Folha de

    S. Paulo, 22/08/2005. http://www1.folha.uoi.com.br/ folhalclenclalult306u 13625shtml)

    a) Por que o surgimento da Cordilheira dos Andes teriainiciado o processo de especiao?

    b) Que processos posteriores devem ter ocorrido paraque essas aranhas se tornassem espcies distintas?

    Resoluoa) A formao da cordilheira provocou o isolamento

    geogrfico.b) Diversificao genotpica, provocando isolamento

    reprodutivo.

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    17Alguns protistas e algumas clulas eucariticas apre-sentam, na superfcie externa, clios ou flagelos, quedesempenham importantes funes, como o desloca-mento. Considere os seguintes protozorios e clulaseucariticas: Paramecium, Euglena, Trypanosoma,espermatozide e clulas de tecido epitelial. a) Quais dessas clulas apresentam clios? E quais

    apresentam flagelos? b) H alguma diferena na funo dessas estruturas

    nesses tipos celulares? Explique. c) A ameba no apresenta clios ou flagelos. Como esse

    organismo unicelular se desloca? Resoluoa) Clios = Paramecium e clulas do tecido epitelial.

    Flagelos: Euglena, Trypanosoma e espermatozide.b) Sim. Locomoo em Paramecium, Euglena,

    Trypanosoma e espermatozide.Reteno de partculas no tecido epitelial respiratrio(traquia).

    c) Emisso de pseudpodos.

    18H mais de dez anos tm sido observados, sobretudo nosul do Brasil, muitos acidentes causados pelo contato deseres humanos com a lagarta da mariposa Lonomiaobliqua, que causa uma sndrome hemorrgica, podendolevar morte. Essa mariposa tem inimigos naturais, comouma espcie de mosca e uma de vespa, que depositamseus ovos sobre a lagarta para que as larvas resultantesdesses ovos se alimentem do corpo da lagarta. a) Explique por que o ato da postura dos ovos das

    moscas e vespas sobre a lagarta de predao e node parasitismo.

    b) A lagarta uma etapa do desenvolvimento holome-tbolo dos insetos. Quais so as outras etapas dessedesenvolvimento?

    c) Que outros tipos de desenvolvimento ocorrem entreos insetos? Indique as diferenas.

    Resoluoa) Predao: processo em que um animal captura

    outro, alimentando-se dele.Parasitismo: o parasita nutre-se de lquidos ou declulas do seu hospedeiro, podendo ou no provocara sua morte.

    b) Nos insetos holometbolos, alm da lagarta, h asfases de ovo, pupa e adulto (imago), na seguinteseqncia: ovo lagarta pupa (crislida) adulto (imago).

    c) Ametbolos insetos com desenvolvimento direto,sem ocorrncia de formas larvais.Hemimetbolos insetos com desenvolvimentoindireto, tendo uma forma juvenil (ninfa) que umalarva sem asas e sexualmente imatura.

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    19No esquema abaixo, esto representados os nveistrficos (A - D) de uma cadeia alimentar.

    a) Explique o que acontece com a energia transferida apartir do produtor em cada nvel trfico e o querepresenta o calor indicado no esquema.

    b) Explique o que E representa e qual a sua funo. Resoluoa) A energia diminui de um nvel trfico para o seguinte.

    O calor a energia perdida durante o metabolismo.b) E representa os decompositores responsveis pelo

    reaproveitamento da matria.

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    20Um estudante analisou quatro espcies de plantascujas caractersticas morfolgicas so apresentadas noquadro abaixo:

    a) O estudante separou as espcies em monocotile-dneas e dicotiledneas. Indique as espcies queforam colocadas em cada uma das categorias.

    b) Que caractersticas especificadas no quadro foramfundamentais para essa classificao?

    c) Cite duas outras caractersticas, no citadas noquadro, que poderiam ser utilizadas para separarmonocotiledneas de dicotiledneas.

    Resoluoa) Angiospermas dicotiledneas: 1, 3 e 4

    Angiospermas monocotiledneas: 2b) Nervao da folha e nmero de elementos florais em

    cada verticilo.c) Monocotilednea Dicotilednea

    semente com 2 coti-ldones no embrio;

    raiz axial (pivotante).

    semente com 1 coti-ldone no embrio;

    raiz fasciculada (cabe-leira).

    Frutos

    legume

    cpsula

    legume

    drupa

    Flores

    5 ptalas e 5

    spalas, 10

    estames, ovrio

    spero com

    vrios vulos

    3 ptalas e 3

    spalas, estames

    mltiplos de 3,

    ovrio nfero com

    vrios vulos

    5 ptalas e 5

    spalas, 10

    estames, ovrio

    spero com

    vrios vulos

    5 ptalas e 5

    spalas, 10

    estames, ovrio

    nfero com um

    vulo.

    Folhas

    folhas grandes e

    compostas (pinadas);

    nervao reticulada

    folhas pequenas e

    simples; nervao

    paralela

    folhas pequenas e

    compostas

    (bipinadas);

    nervao reticulada

    folhas grandes e

    compostas;

    nervao reticulada

    Hbito

    ervas

    ervas

    trepa-

    deiras

    rvores

    Esp-

    cie

    1

    2

    3

    4

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    21O grfico abaixo mostra a variao da taxa de fotos-sntese de duas espcies de rvores de uma floresta.Uma espcie de ambiente aberto, enquanto a outravive sob outras rvores.

    a) Indique qual das curvas (a ou b) corresponde variao da taxa de fotossntese das rvores deambientes sombreados. Justifique, utilizando osdados apresentados no grfico.

    b) O que acontece com as plantas em geral, quandoatingem o seu ponto de compensao ftico (PCF)?E quando atingem o ponto de saturao luminosa(PSL)? Justifique as duas respostas.

    Resoluoa) Ambiente sombreado: curva a. Nesta rvore, o pon-

    to de compensao luminoso menor (baixo) PCFa.b) A taxa de fotossntese igual de respirao.

    No ponto de saturao luminosa, a taxa de fotos-sntese maior do que a de respirao, tornando-seconstante a partir desse ponto.

    22Fibroblasto um tipo de clula do tecido conjuntivo quesintetiza e secreta glicoprotenas como o colgeno.Algumas organelas citoplasmticas, como o retculoendoplasmtico rugoso, o complexo de Golgi e asvesculas, participam de forma interativa nessasfunes. a) Qual o papel de cada uma das organelas citadas? b)Indique duas funes do tecido conjuntivo. Resoluoa) Retculo rugoso sntese de protenas.

    Complexo de Golgi sntese de polissacardeos eformao das glicoprotenas.Vesculas formadas a partir do Complexo de Golgirealizam o transporte das glicoprotenas.

    b) Nutrio e sustentao.

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    23Recentemente, a revista Science publicou um artigoque apresenta o genoma de trs parasitas que, juntos,matam cerca de 150 mil pessoas por ano no mundo:Trypanosoma cruzi, Trypanosoma brucei e Leishmaniamajor, causadores, respectivamente, da doena deChagas, da doena do sono e da leishmaniose. Essetrabalho foi o resultado do esforo de pesquisa lideradopor cientistas norte-americanos, ingleses, suecos ebrasileiros. (Adaptado de Carlos Fioravanti. Genmica: Fascnio eterror", Revista Pesquisa FAPESP, n 114, agosto de 2005, p.42-45.)a) Explique como cada uma dessas doenas

    transmitida ao homem, identificando o organismotransmissor.

    b) Como o organismo transmissor do T. cruzi adquireesse parasita?

    c) Indique uma razo que demonstre a importncia dese conhecer o genoma desses organismos.

    Resoluoa) A doena de Chagas transmitida principalmente

    pelas fezes infectadas do barbeiro ou chupana (ex.:Triatoma infestans)A doena do sono transmitida pela picada damosca ts-ts (Glossina palpalis).A leishmaniose transmitida pela picada do mos-quito-palha, corcundinha ou birigi (Phlebotomusintermedius) ou da Lutzomya sp.

    b) O barbeiro contamina-se picando os reservatriosnaturais (ex.: co, cobaia, cotia, macaco, gamb,morcego, tatu, porco etc., animais silvestres queapresentam o Trypanosoma cruzi).

    c) Conhecendo-se o genoma dos agentes etiolgicos,provavelmente ser facilitada a obteno de vacinasespecficas (profilaxia) e ser modificado o tratamen-to (terapias) dessas enfermidades.

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    24As macromolculas (polissacardeos, protenas oulipdios) ingeridas na alimentao no podem serdiretamente usadas na produo de energia pela clula.Essas macromolculas devem sofrer digesto (quebra),produzindo molculas menores, para serem utilizadasno processo de respirao celular.

    a) Quais so as molculas menores que se originam dadigesto das macromolculas citadas no texto?

    b) Como ocorre a quebra qumica das macromol-culas ingeridas?

    c) Respirao um termo aplicado a dois processosdistintos, porm intimamente relacionados, queocorrem no organismo em nvel pulmonar e celular.Explique que relao existe entre os dois processos.

    Resoluoa) Polissacardeos monossacardeos (glicose).

    Protenas aminocidos.Lipdios cidos graxos e glicerol (lcool).

    b) A quebra qumica (digesto dos alimentos)consiste em um processo de hidrlise enzimtica, ouseja, catalisado por enzimas que atuam napresena da gua.

    c) Nvel pulmonar troca gasosa (hematose).Nvel celular oxidao do alimento para liberao deenergia e formao do ATP.Assim sendo, os pulmes captam o O2 indispen-svel para a liberao de energia ao nvel celular.

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