OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · relacionado ao surgimento de doenças crônicas...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO

Jorge Ronaldo Mayer Dziadzio1

Moacir Ávila de Matos Junior2

RESUMO: O presente artigo relata um estudo aplicado aos alunos do Ensino Médio no Colégio Estadual Francisco Neves Filho no Município de São João do Triunfo. A proposta objetivou desmitificar o conceito de saúde, como sendo simplesmente a ausência de doenças ou sintomas. Ainda orientar os alunos sobre importância de combater o sedentarismo prevenindo a obesidade e consequentemente as doenças crônicas degenerativas que podem ocorrer ao longo da vida como a hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares, decorrentes de hábitos de vida inadequados. Para isso os alunos foram orientados sobre a importância das atividades físicas e da alimentação equilibrada para a promoção e manutenção da saúde. Cumprindo assim com o importante papel da disciplina de Educação Física na formação integral do aluno, pois de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (2008) propõe que: “Os cuidados com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma responsabilidade do sujeito, e sim, compreendidos no contexto das relações sociais”. Portanto a Escola deve promover ações para que sejam efetivadas medidas preventivas. Sendo fundamental para a disciplina, transmitir estes conhecimentos básicos que serão os pilares da prevenção, ainda pretende-se que o aluno desenvolva a sabedoria necessária, para optar por um estilo de vida saudável.

PALAVRAS CHAVE: Educação Física, Saúde, doenças crônicas.

1 INDRODUÇÃO

Partindo de uma análise feita com os dados coletados através da avaliação

nutricional nas escolas, observou-se que no Colégio Francisco Neves Filho,

localizado no Município de São João do Triunfo, houve um aumento significativo de

alunos com sobrepeso e obesos, comparando-se os anos de 2010, 2011 e 2012. E

sabemos que o aumento do peso corporal e do percentual de gordura, pode estar

relacionado ao surgimento de doenças crônicas degenerativas em pessoas adultas.

Este processo, segundo estudos científicos de Nahas (2002) e Guedes (1999)

apontam que o mesmo pode ter início em crianças e adolescentes. Hoje é possível

1 Professor PDE/ Colégio Francisco Neves Filho – São João do Triunfo - PR

2 Professor Orientador/ Universidade Estadual de Ponta Grossa.

constatar que nossos adolescentes estão cada vez mais sedentários, adotando um

estilo de vida inadequado e desconstruindo a sua saúde.

Por sua vez, vemos que quase não existem investimentos pelo Poder Público,

na tentativa de minimizar os efeitos causados pela adoção de hábitos de vida

inadequados e poucas são as ações educacionais voltadas para este fim.

Segundo a Organização Mundial da saúde (OMS,1946) “saúde é um estado

de completo bem estar físico, mental, social e espiritual e não somente a ausência

de doenças e enfermidades”. Portanto, a saúde de um indivíduo pode ser

determinada pela própria biologia humana, pelo ambiente físico, social e econômico

a que está exposto e pelo seu estilo de vida. Isto é, pelos hábitos de alimentação e

outros comportamentos que podem ser benéficos ou prejudiciais.

Atualmente defende-se que o estilo de vida de uma pessoa é a condição

essencial para conquistar e manter uma boa saúde. Estudos anteriores de Nahas

(2002), Menestrina (2005), Guedes e Guedes (2006), apontam que uma alimentação

balanceada, a prática regular de exercícios físicos e o bem-estar emocional são

fatores determinantes para um estado de saúde equilibrado.

Nesse sentido, Samenzari e Cyrino (2010), apontam que as aulas de

Educação Física na escola têm contribuído minimamente, aquém do que dela se

espera, para a formação de indivíduos que possam ser fisicamente ativos ao longo

da vida, ainda dizem que os conteúdos ministrados na maioria das escolas estão

envelhecidos, são desarticulados com os demais componentes curriculares e

guardam pouca relação com o que se espera de um componente curricular em um

mundo globalizado e em constantes mudanças. Dessa forma, o que se tem

observado com bastante frequência é o desinteresse crescente dos alunos pelas

aulas de Educação Física, principalmente na adolescência.

Menestrina (2005), explica que a Educação Física não é apenas um campo

de conhecimento, mas sim, uma pratica sócio-educativa vinculada aos aspectos

característicos da totalidade humana e integrante da educação para a saúde. Por

isso, profissionais da área devem estar comprometidos na busca de uma

fundamentação teórica consistente para desenvolver uma prática educacional

coerente com as necessidades socioculturais. Assim, a Educação Física pode

assumir esta condição primordial por meio de ações preventivas que desenvolvam a

saúde e estimulem a internalização de um estilo de vida saudável. Vale ressaltar que

dentro dessa ótica, a disciplina de Educação Física certamente se consolidará como

ciência promotora e incentivadora da saúde, atingindo suas reais finalidades. Para

tanto, o autor defende que a disciplina não pode almejar objetivos imediatos. Suas

ações devem estar voltadas para o desenvolvimento de um processo

socioeducacional permanente com vistas à formação de conhecimentos e atitudes

que possibilitem práticas de comportamentos benéficos à saúde individual e social.

Participaram desde estudo 97 adolescentes, estudantes do Ensino Médio com

idades entre 14 – 17 anos de ambos os sexos, devidamente matriculados no Colégio

Francisco Neves Filho no Município de São João do Triunfo – Paraná.

As aulas de Educação Física foram programadas para atender sete temas

especificos sendo: Sedentarismo, Obesidadade, Hipertensão Arterial, Diabetes,

Donças Cardiovasculares, Alimentação/Nutrição e Atividades Fisicas.

No inicio das aulas foi aplicado um questionário quantitativo analisando os

costumes e hábitos alimentares, atividades fiíicas, históricos de doenças familiares e

também um levantamento sobre a opinião dos alunos sobre a disciplina de

Educação Física. Estes indicativos colhidos através da pesquisa serão explicitados

ao longo do artigo.

2 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Quanto à participação nas aulas de Educação Física, nem sempre significa

saber para que ela serve e também não significa aproveitá-la da melhor forma. Para

Saba (2008), a Educação Física Escolar tem uma missão que se bem sucedida,

gera resultados para toda a vida da pessoa, não ficando apenas na memória

escolar. Para tanto, esta deve ser contextualizada visando o aprimoramento do

aluno como ser humano. O autor considera a Educação Física Escolar como uma

questão de saúde pública, onde os adultos de hoje, se tivessem uma boa formação

na Educação Física no passado, não seriam tão sedentários, cometendo erros na

alimentação e confundindo cirurgia plástica com qualidade de vida. Assim sendo,

esta formação deve ter início desde a infância, pois os gostos e habilidades dos

adultos derivam das experiências da infância como descreve Saba (2008, p.62):

A variedade de atividades físicas vivenciadas na infância, aumenta a probabilidade do indivíduo desenvolver, desde cedo, o gosto pela atividade física, o que é fundamental para que ele se torne um adulto ativo.

No momento em que se busca entender a relação dos alunos com a

Educação Física por meio da seguinte pergunta: se os mesmos gostam das aulas

desta disciplina, é obtido como resultado 86,6% sim, (o que não representa

surpresa). Ressalta-se que para o entendimento dos dados levantados, os quais

seriam insignificantes sem uma pergunta complementar - a relevância da disciplina

na formação humana - , a resposta nos leva a acreditar que 80,50% dos alunos

reconhecem a importância do papel da Educação Física, o que aumenta

significativamente a responsabilidade dos profissionais que atuam na escola.

Gráfico 1 – Apreciação das aulas de Educação Física

Fonte: Proprio autor

Gráfico 2- Relevância da disciplina de Educação Física

Fonte: Proprio autor

2 SEDENTARISMO: FATOR DE RISCO PARA OBESIDADE

Ciente da responsabilidade de ampliar os conhecimentos dos alunos sobre

saúde, o primeiro tema abordado foi o sedentarismo, onde estudos realizados por

Oehlschlaeger et al. (2004), com adolescentes foi definido como sedentário todo

adolescente que declarara não ter participado de nenhum tipo de atividade física, na

86,60%

13,40%

Sim

Não

80,50%

13,40%

6,10%

Importante

Muito importante

Pouco importante

escola ou fora dela, ou ter participado de atividade física por um período menor do

que 20 minutos por dia e com frequência menor do que três vezes por semana.

De acordo com Nahas (2006), sedentarismo é entendido como ausência ou

diminuição de atividades físicas ou esportivas. Está sendo considerada como o mal

do século, está associada ao comportamento cotidiano decorrente dos confortos da

vida moderna. Segundo Saba (2008), o sedentarismo é um dos principais inimigos

da saúde pública, responsável pelo aumento do risco de morte. As doenças mais

comuns causadas ou agravadas pelo sedentarismo são: a obesidade, a hipertensão,

o diabetes, e as cardiovasculares. Estima-se que a falta de atividade física seja

responsável por mais de dois milhões de mortes por ano em todo o mundo.

Atualmente é fácil constatar que os alunos ao ingressarem no ensino médio

oferecem certa resistência a práticas corporais, alegam indisposição e até mesmo

que as aulas são repetições das aulas do ensino fundamental. Muitas vezes, ficam

como meros expectadores de tais práticas.

Por outro lado, no momento em que se mudou o enfoque das aulas, de

acordo com essa nova abordagem, os alunos tiveram a possibilidade de entender os

conceitos sobre sedentarismo, levando-os a um nível de reflexão onde conseguiram

se identificar como pessoas ativas ou sedentárias. Para isso foi perguntado sobre a

participação dos mesmos nas atividades corporais nas aulas de Educação Física,

onde 35,79% dos entrevistados declararam não participar das aulas práticas, o que

gerou preocupação, uma vez que estes alunos são potenciais adultos com possíveis

hábitos sedentários.

Gráfico 3 – Participação nas aulas de Educação Física

Fonte: Próprio autor

Reforçando a possibilidade de comportamentos sedentários, foi a

aproximação daqueles que declararam não realizar atividades físicas dentro da

64,21%

35,79% Realiza atividades práticas nas aulas de Educação Física

escola e daqueles que também não realizam atividades fisicas fora da mesma, que

gerou o percentual encontrado de 39,29 % deixando evidente que não se trata de

falta de opções, e sim ,do comportamento sedentário instalado.

Gráfico 4 – Práticas de Atividades fisicas fora da Escola

Fonte: Próprio autor

Na sequência das aulas, foi abordado o tema da obesidade, já que existe uma

relação direta com o item anterior. Para Guido e Moraes (2012), a iniciativa de

prevenção do sobrepeso e obesidade devem ser iniciadas antes da idade escolar e

mantidas durante a infância e a adolescência, para que se tornem mais eficazes.

Portanto, a função proposta aos professores de Educação Física é a de

incorporarem nova postura frente à estrutura educacional, procurando adotar em

suas aulas, não mais uma visão de exclusividade à prática de atividades esportivas

e recreativas, mas, fundamentalmente, alcançarem metas voltadas à educação para

a saúde.

Os educadores devem selecionar, organizar e desenvolver conhecimentos e

atividades que possam propiciar aos educandos, não apenas situações que os

tornem crianças e jovens ativos fisicamente, mas, sobretudo, que os conduzam a

optarem por um estilo de vida saudável ao longo de toda a vida. Portanto, para que

os alunos possam optar é necessário que primeiro possam conhecer as vantagens

de um estilo de vida saudável, bem como, as consequências de um estilo

inadequado para suas vidas.

Para que os alunos entendessem essa proposta sobre a obesidade,

primeiramente foi realizada uma coleta de dados, sendo de peso e estatura,

medidas de circunferências da cintura e do quadril e também as dobras cutâneas:

subescapular e tríceps, seguindo o protocolo de Guedes (1994) para o cálculo do

percentual de gordura para crianças e adolescentes de 7-18 anos de idade.

60,71%

39,29% Sim

Não

Após serem coletados os dados foi possível analisar a composição corporal

dos alunos, através da aplicação das formulas e calculos onde os mesmos puderam

constatar e refletir sobre as condições do seu próprio corpo.

Para o cálculo do IMC, aplicando a formula: IMC= Peso(kg)/Estatura(m)²,

chegamos aos seguintes dados representados no gráfico 5. Constatando que dentro

desta amostragem a maioria dos alunos encontram-se dentro da normalidade.

Gráfico 5 - IMC

Fonte: Próprio autor

Embora o índice de massa corporal seja criticado por alguns especialistas da

área, ainda, atualmente é o cálculo mais usado mudialmente para o diagnóstico

rápido do exesso de peso, porém, não é exato por não considerar a massa muscular.

Assim, se uma pessoa possuir um grande volume de massa muscular é possível que

obtenha um IMC elevado, sem estar gordo. Para corrigir esta falha de cálculo foi

realizada uma análise de percentuais de gordura com os alunos aplicando o

protocolo de Guedes (1994) - cálculo do percentual de gordura para crianças e

adolescentes de 7-18 anos de idade. Chegou-se assim aos seguintes resultados:

Gráfico 6 – Percentuais de gordura em alunos do sexo masculino

Fonte: Próprio autor

15%

55%

15%

5%

Abaixo

Normal

Sobrepeso

Obesidade

3%

32%

38%

14%

14% Excelente

Bom

Médio

Acima

Ruim

Gráfico 7 – Percentuais de gordura em alunos do sexo feminino

Fonte: Própio autor

Refletindo sobre os dados, observamos que os resultados do sexo masculino

quando somados aos indices de “excelente e bom” obtivemos 35% e 40% para o

sexo feminino. Para os índices “acima e ruim” obtivemos 28% para os meninos e

32% para as meninas. Considerando que na literatura encontramos indícios que no

sexo feminino pela sua propria natureza, há um maior percentual de gordura e no

sexo masculino é constituido de um volume maior de massa muscular, chegamos na

conclusão que os adolescentes do sexo masculino se encontram mais “gordos” que

o sexo oposto.

Vale lembrar que é possivel saber se uma pessoa está dentro de um limite

aceitável de gordura abdominal por meio de um teste simples em que se considera

o cálculo da relação cintura/quadril. Basta dividir a medida da circunferência da

cintura em centímetros pela medida da circunferência do quadril em centímetros. Um

RCQ menor que 0,85 para as mulheres e menor que 0,95 para os homens indica

menos riscos de doenças cardiovasculares; valores acima demonstram maiores

riscos de desenvolver doenças.

Geralmente este cálculo é usado para a população adulta ou acima dos 18

anos de idade, mas nada impede de que seja feito em adolescentes para constatar

em quais níveis de gordura abdominal os estudantes se encontram, ou seja,

próximo ou distante dos índices recomendados á população adulta.

Após a obesidade ser conceituada e entendida de forma ampla, dentro de

análises das composições corporais, os alunos foram incentivados a realizar os

testes de IMC e RCQ, com seus familiares: pais, irmãos e parentes próximos,

deixando de ser apenas receptores de conhecimentos para transformarem-se em

divulgadores dos benefícios da atividade física no combate á obesidade e suas

consequências para a saúde.

20%

20%

27% 8%

24%

Excelente

Bom

Médio

Acima

Ruim

3 DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Nesta temática o objetivo foi relacionar os temas do sedentarismo e

obesidade com as possíveis doenças crônicas degenerativas não transmissíveis,

principalmente com as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes.

O que se observa hoje em dia de um modo geral, é o aumento de peso dos

estudantes, muitas vezes ocasionado por um estilo de vida inadequado, falta de

atividade física, alimentação industrializada pobre em nutrientes e rica em gorduras,

consumo exagerado de refrigerantes, fatores estes que possivelmente

comprometerão a saúde e qualidade de vida destes estudantes.

Guedes (1999), argumenta que frente a esta realidade, devemos mudar o

enfoque da Educação Fisica Escolar, relacionando-a com a educação para a

promoção da saúde. Dessa forma, o autor sugere que a escola de maneira geral, e a

disciplina de Educação Física em particular, assumam a incumbência de

desenvolver programas que levem os alunos a perceberem a importância de se

adotar um estilo de vida saudável, fazendo com que a atividade física direcionada à

promoção da saúde torne-se componente habitual no cotidiano das pessoas.

Existem vários argumentos para relacionarmos a disciplina de Educação

Física com a promoção da saúde, Guedes (1999, p.1) justifica que em razão dos

jovens na idade escolar raramente apresentarem sintomas associados às doenças

degenerativas, tem-se investido muito pouco em sua formação escolar quanto à

adoção de hábitos de vida que se possam inibir no futuro o aparecimento dessas

doenças. O fato dos sintomas provenientes das doenças degenerativas ainda não

terem se manifestado nessa fase, não significa que os jovens estão imunes aos

fatores de risco que na sequência possam induzir a um estado de morbidez. Muitos

sintomas relacionados às doenças degenerativas apresentam período de incubação

não inferior a 20-25 anos. Logo, grande número de distúrbios orgânicos que ocorre

na idade adulta, poderia ser minimizado ou evitado se os hábitos de vida saudáveis

fossem assumidos desde as idades mais precoces.

Para o autor algumas doenças degenerativas que aparecem na idade adulta

podem ter origem na infância e na adolescência, em decorrência da aquisição de

comportamentos inadequados, favorecendo o aparecimento dos chamados fatores

de risco. Entre eles destacam-se os hábitos alimentares inadequados e falta de

atividade física. E, embora muitos dos alunos não apresentarem sintomas

relacionados às “doenças crônicas degenerativas”, não significa que estejam imunes

aos fatores de risco.

O autor ainda argumenta que em estudos epidemiológicos, foi constatado que

alguns fatores de risco podem contribuir para o aparecimento das doenças

degenerativas já em crianças por volta dos 7 a 8 anos, tornando-se portanto,

candidatos em potencial a graves distúrbios funcionais. Nesse mesmo estudo,

verificou-se também que até próximo dos 17 a 18 anos de idade, a probabilidade de

se obter sucesso na tentativa de reversão desde processo é bastante grande,

notadamente mediante programas orientados de atividade física, (Bazzano et al,

1992; Despres, Bouchard & Malina, 1990, apud Guedes, 1999).

Portanto, faz-se necessário trabalharmos na perpectiva de conhecermos

primeiramente as doenças relacionadas à inatividade física e à obesidade para que

possamos - à luz da ciência - combatermos as mesmas por meio da adoção de

novas atitudes e hábitos de vida.

Neste sentido, foi perguntado aos alunos se dentre os seus familiares - avós,

pais e tios - quais as doenças mais presentes ou recentes dos quais ainda padecem

ou necessitam fazer uso de medicação para a redução dos sintomas. Os resultados

apresentados em números reais e não em percentuais, surpreendem pelo fato de

apresentar um número alto de pessoas com doenças crônicas próximas aos alunos,

que relataram, muitas vezes, a não-percepção desta proximidade, uma vez que

essas enfermidades eram encaradas como algo natural do cotidiano, pricipalmente a

hipertensão e a diabetes.

Gráfico 8 – Histórico de doenças familiares

Fonte: Próprio Autor

Para reforçar a parte pedagógica e ampliar os conhecimentos dos alunos, foi

solicitada junto à Secretaria Municipal de Saúde, uma enfermeira para explanar

45

61

32

31 Diabetes

Pressão Alta

Câncer

Obesidade

sobre o tema: Doenças crônicas degenerativas e também realizar exames de

glicemia e hipertensão arterial. Evento que teve a participação efetiva dos alunos. O

resultado dos exames em sua maioria, foi dentro da normalidade. Observou-se que

apenas alguns casos mostraram-se discrepantes para a glicemia e hipertensão, pois

os alunos ja tinham ingerido alimentação, mesmo assim foram orientados a repetir o

exame da taxa de glicose em jejum, para a pressão arterial; a elevação ocorreu

devido ao nervosismo do exame, o qual foi repetido em um segundo momento e

constatado que estavam normais.

Esta atividade foi muito importante pois reforçou-se a ideia de que estas

doenças são silenciosas e assintomáticas havendo a necessidades de exames

periódicos para a detecção das mesmas. Além disso, os alunos foram orientados a

convidar seus pais e parentes a realizarem os exames gratuitamente na Unidade

Municipal de Saúde como forma preventiva.

4 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO:

No Brasil observamos uma progressão expressiva de sobrepeso e obesidade

não só na população adulta, mas também em crianças e adolescentes. Segundo

teorias ambientalistas, as causas estão fundamentalmente ligadas às mudanças no

estilo de vida e aos hábitos alimentares.

O consumo alimentar tem sido relacionado à obesidade não somente quanto

ao volume da ingestão alimentar, como também à composição e qualidade da dieta.

Além disso, os padrões alimentares também mudaram, explicando em parte o

contínuo aumento da adiposidade nas crianças, como o pouco consumo de frutas,

hortaliças e leite, o aumento no consumo de guloseimas (bolachas recheadas,

salgadinhos, doces) e refrigerantes, bem como a omissão do café da manhã. Para

promover hábitos alimentares mais saudáveis, e, consequentemente, diminuir os

índices de obesidade, acredita-se que seja importante que as pessoas tenham

conhecimentos de alimentação e nutrição. Triches e Giugliani, (2005).

Esse aprendizado pode e deve ocorrer em qualquer lugar, mas a escola é um

espaço privilegiado para o estudo da alimentação e da nutrição como ciência. A

escola deve atuar como um laboratório em permanente atividade de busca, de

inquietação, de interrogações sobre o homem e as suas condições de vida. Afinal, é

na escola que se revelam e que podem ser solucionadas as dificuldades que

existem fora dela (Ministério da Saúde, 2000).

Portanto, é preciso que os alunos entendam e aprendam o significado e a

importância de se comer bem e não apenas comer bastante, isto é, de trocar os

maus por bons hábitos alimentares. Trata-se de um novo estilo de vida, de ampliar

conceitos, mudar os costumes. É por isso que a educação alimentar é tão

importante. Toda a família deve participar do processo de educação alimentar,

especialmente quando se trata de mudar os hábitos das crianças e dos

adolescentes, pois elas se espelham nos adultos.

Durante a implementaçãodo projeto, os alunos foram orientados a realizar

uma anamnese, fazendo um levantamento dos seus costumes alimentares a fim de

fazer um estudo da ingestão calorica, calculando a taxa do metabolismo basal com

o seu gasto calorico diário, o que possibilitou entender a balança energética que é o

consumo de calorias diárias assim como os gastos calóricos diários, a fim de

equilibrar esta balança energética. Por sua vez, foi realizado também um estudo

sobre o papel dos principais nutrientes em nosso organismo, como: carboidratos,

proteínas, vitaminas, sais minerais, gorduras e água. Para tanto foi utilizada como

referência a Pirâmide Alimentar, a qual indica as porções diárias de cada grupo de

alimentos para uma dieta equilibrada.

Vale lembrar que para falar de alimentação com os adolescentes, nem

sempre é algo fácil pois estes já vêm com costumes e hábitos trazidos pela cultura

familiar, mas o fato de conhecer a forma correta de alimentar-se, no mínimo irá fazê-

los refletir e possilvelmente mudá-los dentro do ambiente em que vive. Foi realizada

uma atividade muito interresante que despertou a curiosidade, levando-os a um nível

maior de entendimento sobre a ingestão de calorias, os alunos foram convidados a

trazer rotulos de alimentos com as informações nutricionais, fazendo as

comparações entre as porções, valores caloricos, gorduras, proteinas, vitaminas,

carboidratos,.

Para tal exercício era necessario apresentar o alimento mais energético e o

mais nutritivo, ou seja, o qual seria benéfico e o qual possivelmente acarretaria

malefícios à saude. Também foi questionado sobre os hábitos alimentares dos

alunos, como o consumo de guloseimas, refrigerantes, frituras e também sobre o

consumo de frutas, verduras e legumes, servindo de base para entender como vêm

sendo os hábitos alimentares dos alunos e consequentemente de suas famílias.

Gráfico 9 - Alimentação

Fonte: Próprio Autor

Observamos que de fato os alunos nesta fase de vida têm uma atração maior

por alimentos hipercalóricos e pouco nutritivos, e, embora no gráfico exista um certo

equilíbrio entre os que optam por uma alimentação mais adequada, sobressai-se o

grupo que consome alimentos de maior calorias. É possivel que por meio de uma

orientação/educação alimentar este panorama possa ser revertido.

5 ATIVIDADES FÍSICAS

Nesta temática, foi explicitado que o sedentarismo é um inimigo a ser vencido

e que as atividades físicas regulares junto com uma alimentação equilibrada são

cruciais à manutenção da saúde e na prevenção de diversas doenças. Para tanto,

começamos com as definições sobre o tema, que segundo Nahas (2006), atividade

fisica é "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que

resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso". Isto inclui atividades

diárias como afazeres domésticos, trabalhos manuais, caminhar, dançar, brincar,

pular, jogar bola. No entanto, exercício físico não é sinônimo de atividade física, o

exercício é considerado uma subcategoria da atividade física embora ambos

impliquem na realização de movimento muscular resultando em gasto energético.

Exercício físico para Nahas (2006), “é toda atividade física, planejada,

estruturada repetitiva, que tem por objetivo a melhoria e a manutenção,

desenvolvimento ou recuperação de um ou mais componentes da aptidão física”.

42%

21%

37%

Consome mais refrigerantes, salgadinhos e frituras Consome mais frutas, verduras e legumes

Consome ambos os grupos

Conforme Nahas (2006), Aptidão Física, “é um conjunto de características

que as pessoas têm ou desenvolvem, e que estão relacionadas com a capacidade

de realizar atividades físicas”.

Nahas et al. (1995) destaca que no Ensino Médio a prioridade do enfoque das

aulas de Educação Fisica, deveria ser a educação para atividades físicas e saúde,

como possibilidade de influenciar o comportamento futuro dos alunos. Seja pelo

estímulo de atitudes positivas, oportunizando atividades agradáveis, e assim,

permitindo a adoção de práticas contínuas, pelo ensinamento de conceitos básicos

de atividades físicas, aptidão física e saúde.

Portanto, este conjunto de procedimentos possibilita o aluno a processar

estas informações para sua independência para que possa escolher um estilo de

vida mais ativo, reconhecendo a importância das atividades físicas para todas as

pessoas e em qualquer idade. Principalmente, para aqueles que mais podem se

beneficiar: sedentários, baixa aptidão física e àqueles com maior risco de doenças

crônicas.

Dentro desta perspectiva Guedes (1999), defende a tese de que a educação

para a saúde deverá ser alcançada através da interação de ações que possam

envolver o próprio homem e suas atitudes, representadas pelos hábitos alimentares,

estado de estresse, opções de lazer, atividade física, agressões climáticas, etc.

Dessa forma, fica claro que ser saudável não é algo estático, pelo contrário, torna-se

necessário adquiri-lo e construí-lo de forma individual e continua ao longo de toda a

vida.

Durante o desenvolvimento dessa temática foi realizado um levantamento

para verificar quais as atividades os alunos realizavam com frequência maior que

três vezes por semana, fora do ambiente escolar, onde foi possível constatar que

39.3% dos alunos têem como atividade favorita navegar na internet, assistir TV e

jogar vídeo game, corroborando para o entendimento dos dados apresentados no

gráfico 4, na parcela destacada como inativa.

Já os dados dos alunos que praticam atividades corporais fora da escola

ficam claros na preferência pela modalidade do futebol que atingiu 29,76 dos alunos.

Todos estes dados foram apresentados, discutidos e refletidos com os alunos. O

que gerou uma preocupação foi o grupo que não realiza atividades físicas fora da

escola é significativo, estes alunos são potenciais adultos sedentários, pois se trata

da mesma parcela que também não é habituada a realizar as atividades físicas

propostas nas aulas de Educação Física na Escola.

Gráfico 10 – Atividades físicas praticadas fora da Escola

Fonte: Próprio autor

Outro fator importante observado antes de começar qualquer programa de

atividades físicas é a nossa frequência cardíaca. Geralmente a frequência cardíaca

em repouso varia entre 60 e 80 batimentos por minutos. Porém, todos que praticam

ou venham a praticar exercícios físicos devem conhecer e controlar seus batimentos

cardíacos.

Nesse sentido, foi proposto como atividade que os alunos encontrasse a zona

alvo de treinamento, ou seja, uma faixa de batimentos cardíacos que é adequada e

mantê-la durante o exercício a fim de o organismo trabalhe de maneira segura e

atinja os objetivos. Como por exemplo, o metabolismo de gorduras por meio do

exercício.

Para isso os alunos aprenderam a encontrar a pulsação e realizar a contagem

dos batimentos cardíacos em repouso, durante e após o exercício. Para

encontrarem a frequência cardíaca máxima (FCM) foi utilizada a fórmula: FCM=(220-

idade), sendo determinada como zona alvo de treinamento 50% até 80% da

frequência cardíaca máxima.

Os alunos também foram orientados a incorporarem em seu dia a dia

atividades físicas que pudessem proporcionar mais prazer em sua execução, como

caminhada, pedalada, academia ou esportes coletivos. Com um início de sessão de

5 a 10 minutos de aquecimento orgânico, desenvolvendo em seguida de 30 a 40

minutos a parte aeróbica, e por fim, realizando alongamentos, com frequência de 3 a

29,76%

17,85%

8,33%

4,76%

15,48%

14,30%

9,52%

Futebol

Caminhada

Academia

Vôlei

TV

Vídeo game

Internet

5 vezes por semana. Isto sempre na realização dos exercícios com 50% a 80% da

frequência cardíaca máxima. Como aula prática foram realizadas caminhadas,

passeios ciclísticos e esportes como futebol e voleibol. As frequências eram aferidas

com aparelhos disponibilizados pelo professor. Todos entenderam o significado e a

importância desse monitoramento cardíaco.

6 METODOLOGIA

No início da implementação alguns alunos mostraram-se resistentes à ideia

de conceber as aulas de Educação Física na sala de aula e não na quadra, mas aos

poucos, quando entenderam a nova proposta, tornaram-se cada vez mais receptivos

e colaboradores.

Todas as temáticas foram desenvolvidas por meio de aulas expositivas com o

uso do material da Unidade Didática produzido pelo professor PDE, com a

apresentação de vídeos voltados ao tema, trabalhos de pesquisa, explanações em

forma de seminário, debates e exercícios de avaliações/reflexões. Também foram

proporcionadas atividades práticas simples que contemplassem a todos os alunos

como: caminhadas, passeios ciclísticos, sessões de alongamentos assim como,

aulas esportivas (futebol, voleibol). Durante todas as temáticas trabalhadas, os

alunos foram orientados a produzir uma síntese do tema abordado, que no final da

proposta foi reunida e organizada posteriormente originando um documento final em

forma de jornal, o qual foi publicado e divulgado para toda a Comunidade Escolar.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao iniciarmos as atividades observamos que os alunos em sua maioria

gostam da disciplina de Educação Física e reconhecem a sua importância para a

formação humana. Porém existe uma grande parcela que não participa efetivamente

das atividades práticas propostas durante as aulas de Educação Física.

Possivelmente estes mesmos alunos também não costumam realizar

atividades físicas fora do ambiente escolar, reforçando a ideia de que não se trata da

falta de opções, mas sim de um comportamento sedentário já instalado nestes

adolescentes.

Através do teste do índice de massa corporal foi possível constatar que 30%

dos alunos avaliados já se encontram com sobre peso e obesos, sendo possível

através desse percentual (IMC), relaciona-los com a parcela de alunos considerados

sedentários. Para os testes realizados de percentuais de gordura obtivemos o

resultado de 32% e 28% de índices insatisfatórios, para o sexo feminino e masculino

respectivamente, estabelecendo a mesma média dos 30% dos alunos com sobre

peso e obesos, isto sem considerar o gênero.

Sobre o histórico de doenças familiares o estudo mostrou convergência com

estudos científicos recentes, onde a hipertensão arterial e a diabetes se destacam

entre os parentes próximos aos alunos, esta análise possibilitou aos estudantes o

entendimento de que estas doenças são silenciosas e assintomáticas havendo a

necessidades de exames periódicos para que sejam descobertas precocemente.

Em relação aos hábitos alimentares dos adolescentes ficou claro que a

opção dos mesmos é para uma alimentação mais calórica e pouco nutritiva,

incluindo nas dietas um consumo exagerado de refrigerantes, salgadinhos e doces.

Foi possível através deste estudo o entendimento da balança energética,

relacionando as calorias ingeridas com as atividades físicas necessárias para o

equilíbrio da balança para que a pessoa não acumule gordura corporal.

Para finalizar foi estabelecida a importância da atividade física para o

combate e prevenção as doenças ocasionadas pela inatividade física, possibilitando

ao aluno refletir sobre o seu próprio corpo, conhecendo o seu ritmo cardíaco, e a

quantidade necessária de atividades físicas para obter os benefícios à saúde. Ainda

constatamos que as atividades físicas mais praticadas pelos alunos fora do

ambiente escolar são o futebol e caminhadas, e que as atividades que levam para a

inatividade como: Assistir TV, jogos eletrônicos e navegar na internet representam

39.3% da preferência dos alunos.

Foram unânimes as opiniões de professores que participaram do GTR -

Grupo de Trabalho em Rede - que o tema: Educação Para a Saúde, deve ser

abordado desde o início do processo educativo, ou seja, nas séries iniciais, não

podendo apenas ficar restrito à disciplina de Educação Física. Ainda o trabalho deve

ser em conjunto, Escola, Família e Poder Público, para que sejam efetivadas ações

preventivas aos maus hábitos de vida e apareçam as mudanças necessárias na

sociedade.

Esta proposta pedagógica é um início para muitos professores a fim de que

reflitam e mudem suas práticas, desconsiderem então, práticas pedagógicas

inviáveis, que não condizem com a realidade e não possibilitem mudanças.

Em relação aos alunos, estes mostraram-se curiosos e receptivos,

comprovando que é perfeitamente possível transmitir conhecimentos relacionados à

saúde nas aulas de Educação Física e possivelmente, favorecer mudanças de

hábitos e costumes prejudiciais à manutenção da saúde. Observou-se também que

quando os alunos dominam conceitos e referenciais teóricos, as atividades práticas

tornam-se mais eficientes do que apenas as práticas das atividades físicas

oferecidas sem orientações.

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