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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

SONIA MARIA TASSI GARCIA

CONTOS DE FADAS, HISTÓRIAS E ESTÓRIAS QUE NINGUEM NOS CONTOU

LONDRINA 2013

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SONIA MARIA TASSI GARCIA

CONTOS DE FADAS, HISTÓRIAS E ESTÓRIAS QUE NINGUEM NOS CONTOU

Produção Didático-Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). NRE – Londrina. Orientadora: Profª Drª Suely Leite

LONDRINA 2013

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Título: Contos de fadas, histórias e estórias que ninguém nos contou.

Autor Sonia Maria Tassi Garcia

Escola de Atuação Colégio Estadual Com. Geremias Lunardelli

Município da escola Grandes Rios

Núcleo Regional de

Educação

Ivaiporã

Orientador Profª Drª Suely Leite

Instituição de Ensino

Superior

Universidade Estadual de Londrina

Disciplina/Área

(entrada no PDE)

Língua Portuguesa

Produção Didático-

pedagógica

Unidade

Relação

Interdisciplinar

Não há

Público Alvo Alunos do 1º Ano do Ensino Médio

Localização Colégio Estadual Com. Geremias Lunardelli, Avenida Brasil, –

Grandes Rios – Pr.

Apresentação: A leitura do texto literário no Ensino Médio é, sem dúvida, um

dos muitos desafios a ser enfrentado pelo professor de Língua

Portuguesa. Promover a leitura como um encontro especial

entre obra e leitor é oferecer aos alunos a oportunidade de

descobrir as múltiplas faces da linguagem, é um convite à

liberdade de expressão. Este projeto tem por objetivo

oportunizar aos alunos a redescoberta dos contos de fada por

meio de uma abordagem que tem como âncora o método

recepcional, criado em 1988, pelas pesquisadoras Vera Aguiar

e Maria da Glória Bordini. As autoras, ao estudarem à Teoria

da Estética da Recepção, proposta Hans Robert Jauss e seus

colegas da Escola de Constança, no final da década de 60,

formularam o método recepcional indicando um percurso de

leitura divido em cinco etapas, sendo elas: determinação,

atendimento, ruptura, questionamento e ampliação do

horizonte de expectativas. Espera-se que ao final do projeto o

aluno possa ter adquirido um conhecimento sobre as diversas

fontes e versões dos contos de fadas já conhecidos por eles,

além de identificar o contexto de produção dessas obras.

Ainda objetiva-se que, por meio desse universo de fantasias, o

aluno consiga apreciar o ato da leitura com maior prazer.

Palavras-chave ( 3 a

5 palavras)

Leitura. Contos de fadas. Método recepcional. Ensino Médio.

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TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Leitura por meio de contos de fadas.

JUSTIFICATIVA

Um dos problemas mais constatados entre os professores de Língua

Portuguesa diz respeito à leitura. Em alguns níveis de ensino ela aparece de forma

prazerosa e instigante, geralmente no início da educação básica. Talvez, porque

naquele momento, os textos propostos encantem as crianças por trabalhar, em sua

maioria, com um componente fundamental nessa fase da vida: a fantasia. Por isso,

não é difícil conseguir a adesão dos alunos pequenos para as rodas de leitura, para

a hora do conto.

Porém, quanto mais o aluno avança em seus estudos, mais ele

recua na aceitação da leitura. Esta passa a ser um fardo, um castigo, uma

obrigatoriedade. E quando se entra em contato com alunos do Ensino Médio, essa

rejeição à leitura torna-se ainda mais perceptível. Aí, a escola entra em um impasse:

reconhece a importância de formar leitores e reconhece também a dificuldade em

cumprir com tal tarefa.

Outro ponto bastante preocupante, mas ainda concernente à leitura

é a qualidade desta. O que é ler? E de que forma a leitura pode desenvolver o

espírito crítico e a cidadania do aluno? Como encontrar textos e métodos que

aproximem o aluno da leitura? Enfim, são inúmeros os questionamentos e poucas as

respostas.

Durante os anos que trabalhei com Ensino Médio, no colégio

Geremias Lunardelli, em Grandes Rios, questionei alguns alunos o porquê da

ausência do gosto pela leitura e eles responderam que nos livros literários propostos

a linguagem utilizada não é interessante, pois é de muitos anos atrás. Textos

escritos por Eça de Queiros, Machado de Assis entre outros, apresentam uma

linguagem e uma realidade que os jovens não praticam hoje.

Então, temos um paradoxo: inicialmente os alunos parecem não

gostar de ler, porém como explicar o número expressivo de vendagens de livros que

tem se tornado fenômeno cultural atualmente.

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Assim constatamos que os adolescentes atuais se tornaram

habilidosos e fluentes leitores destes livros, um tanto extensos em quatro volumes,

como a saga Crepúsculo (Twilight) (MEYER, 2005), Lua Nova (New Moon) –

(MEYER, 2008), Eclipse (Eclipse) – (MEYER, 2009b), Amanhecer (BreakingDawn) –

(MEYER, 2009a), todos da autora Stephenie Meyer.

Diante da leitura de um desses volumes, alunos tentam adivinhar o

que virá na edição seguinte. Essa constatação deixa em aberto algumas

indagações, a nós professores: o que levaria os adolescentes a gostar tanto dessas

obras?

Uma das minhas hipóteses é que esse tipo de livro tem algo muito

em comum com os contos de fadas: a mocinha indefesa em perigo, o herói

apaixonado, o vilão e vários obstáculos a serem vencidos, um final feliz garantido,

dado ao fato de ser uma obra de ficção.

Então, pode-se observar que esses livros retratam a construção de

um modelo conservador clássico na sociedade em que o amor regenera o mau para

que o bem vença, os amigos são fieis e pode-se sempre contar com familiares em

qualquer situação. Tais situações também estão presentes nos contos de fadas.

Na saga o Crepúsculo (MEYER, 2005) isso acontece, e deixa

nossos jovens leitores empolgadíssimos com a leitura, pois anseiam saber dos

próximos acontecimentos, e o amor é totalmente incondicional, rompe qualquer

barreira pela felicidade até o objetivo ser alcançado, estrutura semelhante dos

contos de fadas tradicionais.

Talvez, os clássicos da literatura de Língua Portuguesa destoem

dessa estrutura, principalmente os romances da escola realista, em que não há

finais felizes, a vida apresenta-se com suas dificuldades, seus percalços. O nosso

leitor deixando a infância para traz e adentrando ao mundo adulto, já um

adolescente, é intimado a ler autores ligados a realidade histórica do país (Brasil,

Portugal, etc), isso é uma realidade dura e severa apresentada ao adolescente, seja

Eça de Queiros ou Machado de Assis com as mulheres assassinadas em seus

romances. A leitura se torna uma atividade árdua, esperar o quê? A donzela sofre o

livro inteiro, se divide entre paixões, pobreza, humilhações, é julgada pela cor e no

final não se tem expectativas de um final feliz, encontrados nos contos de fadas,

onde o amor vencia tudo e a todos e retomados nessas sagas contemporâneas em

que tudo acaba bem.

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Diante desse cenário, é preciso pensar em trabalhar a leitura de

forma agradável e eficiente. Para isso, optou-se nesse projeto por retomar, junto aos

alunos, um gênero literário conhecido e que tenha despertado neles, em algum

momento da vida, uma experiência prazerosa de leitura. No caso, o gênero

escolhido foi o conto de fadas.

PÚBLICO ALVO

Alunos do 1º ano do Ensino Médio.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Conscientizar o aluno da importância da leitura literária para sua

formação como sujeito crítico e independente;

Perceber que a leitura pode ser uma atividade prazerosa, onde o

leitor possa vivenciar as emoções, e julgá-las como pertinentes ou não para sua

realidade;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Propiciar alternativas de leitura de textos literários fazendo que o ato

de ler seja para os alunos uma prática significativa, contextualizada,

reflexiva e transformadora;

Fazer com que o aluno compreenda as versões encontradas de um

mesmo conto de fadas, despertando a vontade de ler e descobrir em

outros livros as várias situações sociais inseridas nos contos;

Propiciar experiências de leitura como algo saudável e agradável

para o aluno do ensino médio.

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PROCEDIMENTOS

De acordo com as dificuldades encontradas no ensino médio

relacionadas à rejeição diante da leitura, surge a necessidade de se fazer um

trabalho diferenciado com os alunos para que estes encontrem nessa atividade, um

prazer e não uma condição de castigo, pois os mesmos somente leem quando

obrigados, e não apresentam criticidade diante desses textos.

Assim, iremos trabalhar com o método recepcional de Aguiar e

Bordini (1993), utilizando um contexto literário que já fez parte da infância do aluno,

os contos de fadas, mas em uma nova abordagem que possa levá-lo a compreender

as inúmeras possibilidades de leitura desses textos.

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1ª ETAPA: DISCUSSÃO INICIAL COM TODA A TURMA

ATIVIDADE1

Primeira etapa: Determinação do horizonte de expectativas.

Atividades 1e 2

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A teoria da Estética da Recepção, surgiu na década de sessenta por meio

dos estudos dos teóricos ligados à Escola de Constança, centro universitário

alemão, liderada pelo estudioso Hans Robert Jauss, sendo uma corrente teórica

que vem dando resultado no trato da formação do leitor de obras literárias.

Segundo Jauss, o trabalho com a leitura, por meio da estética da recepção,

se dá a partir de textos que colaborem para a formação e assimilação dos

conhecimentos dos alunos, pois cada texto que surge “não se apresenta como

novidade absoluta num espaço vazio, mas, por intermédio de avisos, sinais visíveis

e invisíveis, traços familiares ou condições implícitas, que predispõem seu público

para recebê-la” (JAUSS, 1994, p. 28). Essas leituras feitas previamente despertam

lembranças de conhecimentos já existentes para auxiliar no processo de aquisição

do conhecimento. Além disso, ensejam expectativas no leitor, antecipando seu

horizonte de compreensão e determinando sua postura emocional, com relação ao

que virá posteriormente. A partir desta teoria, Aguiar e Bordini (1993)

desenvolveram o Método Recepcional que tem como base teórica a Estética da

Recepção. Tal método vem recebendo boa acolhida por parte dos professores,

visto que está contribuindo para a melhoria do processo de formação do leitor,

alargando horizontes e permitindo ao indivíduo a descoberta de novas formas de

leitura.

Para as estudiosas, a Estética da Recepção como método de ensino pode

contribuir para uma maior sistematização dos estudos da literatura por parte dos

professores pela ampliação dos “horizontes de expectativas” dos alunos, além de

permitir a democratização da leitura e a formação do leitor crítico, visto que o

método recepcional funda-se na atitude participativa do aluno em contato com os

diferentes textos.

Professor (a) para contemplar o método recepcional de Aguiar e Bordini

(1993) pode ser feita uma pesquisa sobre o interesse dos alunos por determinados

tipos de leitura, vamos fazer algumas questões sobre o assunto que pretende

abordar como uma sondagem do conhecimento e interesse do aluno, com o prever

estratégias de ruptura e transformação do mesmo , no diálogo com os alunos faça

anotações dos títulos dos livros que serão citados , direcionando este diálogo para

o tema deste trabalho que será iniciado com os contos de fadas. Estas respostas

lhe darão uma ideia do conhecimento prévio que eles possam ter sobre essa

temática para que possamos abordá-la, eles serão indicativos de como devemos

prosseguir com a proposta, pois, caso o conhecimento prévio seja muito deficitário,

esse é o momento de fornecer as informações mais relevantes para que o

seguimento do trabalho seja frutífero.

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1-Quais foram as suas experiências pessoais, em relação ao ato de leitura, desde a

sua infância até agora?

2- Quando criança os seus pais liam para você

3- Já refletiu porque você ainda se lembra destes livros?

4-O que te encantava nesta historias?

5- Quais personagens você ainda se lembra, e qual o papel que desenvolveram na

historia, vilão ou mocinho?

6- Na sua infância você se considerou um bom leitor?

7-Você acha que estas historias tiveram alguma importância na sua vida pessoal,

tiveram reflexos nas dificuldades e decisões a serem tomadas por você na sua

adolescência ?

8- Cite alguns livros que você se recorda que tenha lido ou ouvido?

9- Como você classifica o seu interesse pela leitura atualmente?

10- se formos rever alguns dos antigos livros da infância de vocês , quais gostariam

de rever?

Alunos(as)

Vamos conversar agora sobre um assunto importante e interessante para a

nossa formação como pessoa, como futuros profissionais, as leituras que

marcaram nossas vidas, que de forma indireta ou direta fizeram diferenças na

nossa formação. Para isso usaremos algumas perguntas para direcionar

nosso diálogo.

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LENDO E RELENDO CONTOS DE FADAS

ATIVIDADE 2

Professor(a), nesta aula vamos trabalhar com os livros de contos de fadas,

como sugestiona a lista abaixo, após esta leitura questione os alunos se estes

livros tem para eles os mesmos significados, sentidos igual aos que tiveram

quando crianças. Pergunte a eles se já relacionaram sua proximidade com alguns

dos personagens, quando em sua infância tiveram que enfrentar algum obstáculo

e se identificaram com seus heróis, personagens dos contos de fadas.

Enfim, oriente-os nas atividades , instigue a uma leitura mais detalhada ,

leve-os a observar as atitudes dos personagens diante dos perigos, desafios

encontrados, as soluções mágicas, o impossível na realidade e se impossível,

porquê . Discuta e levante hipóteses após este diálogo, com seus alunos.

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Aqui estão os livros que vocês leram quando crianças:

Sugestão de títulos:

01 - O PRÍNCIPE SAPO

02 - RUMPELSTILTSKIN

03 - RAPUNZEL

04 - O ROUXINOL

05 - A BELA ADORMECIDA

06 - JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO

07 - CHAPEUZINHO VERMELHO

08 - JOÃO E MARIA

09 - CACHINHOS DOURADOS E OS TRÊS URSOS

10 - A PRINCESA E A ERVILHA

11 - PINÓQUIO

Alunos como já citaram, os contos de fadas fizeram parte da infância

de vocês, para darmos continuidade a este trabalho vocês farão uma leitura

destes contos.

Alunos observem os personagens, suas roupas, frases, seus

problemas, locais onde moram, seus valores, analisem suas atitudes,

reflitam se ainda são os mesmos personagens que vocês conheciam, se os

veem da mesma forma, agora que são adolescentes, e respondam:

Já se questionaram por que vocês em sua infância se sentiram tão

próximos de alguns personagens?

Geralmente esses personagens eram seus preferidos, vamos neste

trabalho com ajuda de alguns estudiosos, buscarmos respostas para estes

questionamentos.

Mas antes vamos fazer uma relação de alguns dados para que

facilitem nosso trabalho, você no quadro abaixo irá fazer um levantamento,

sobre os personagens mais interessantes ao seu ver, assim como o titulo,

autor, clímax e algo que achar interessante DESTACAR, alguma observação.

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12 - A POLEGARZINHA

13 - BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES

14 - A BELA E A FERA

15 - O MENINO QUE SAIU DE CASA PARA SABER O QUE ERA O MEDO

16 - OS TRÊS PORQUINHOS

17 - A RAINHA DA

18 - O FLAUTISTA DE HAMELIN

19 - CINDERELA

20 - O GATO DE BOTAS

21 - A ROUPA NOVA DO IMPERADOR

22 - ALADDIN E A LÂMPADA MARAVILHOSA

23 - A PRINCESA QUE NUNCA SORRIA

24 - O DORMINHOCO

25 - A PEQUENA SEREIA

26 - AS PRINCESAS DANÇARINAS

Somente para lembrar

CLÍMAX: O clímax é o momento chave da narrativa, deve ser um

trecho dinâmico e emocionante, onde os fatos se encaixam para chegar ao

desenlace.

Personagem

Titulo

Autor

Climax

Observação importante

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2ª ETAPA: ATENDIMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

ATIVIDADE 3- PESQUISA SOBRE AUTOR

Nesta atividade vamos conhecer as versões dos contos de fadas através dos

tempos, vamos ver que a época em que foram escritas influenciaram todo o seu

contexto a abordagem da Estética da Recepção propicia uma teoria instigante para o

trabalho com a leitura dramática em contexto de sala de aula, uma vez que, para além

dos processos de análises de textos, pode-se articular a presença dos elementos

históricos no texto, o que amplia os processos de interpretação, não o

compreendendo apenas como representação de um momento histórico, mas como

uma força política atuante no âmbito das relações sociais

[...] se deve buscar a contribuição específica da literatura para a vida social precisamente onde a literatura não se esgota na função de uma arte da representação. Focalizando-se aqueles momentos de sua história nos quais obras literárias provocaram a derrocada de tabus da moral dominante ou ofereceram ao leitor novas soluções para a casuística moral de sua práxis de vida – soluções estas que, posteriormente, puderam ser sancionadas pela sociedade graças ao voto da totalidade dos leitores –, estar-se-á abrindo ao historiador da literatura um campo de pesquisa ainda pouco explorado. O abismo entre literatura e história, entre conhecimento estético e o histórico faz-se superável quando a história da literatura não se limita simplesmente a, mais uma vez, descrever o processo da história geral conforme esse processo se delineia em suas obras, mas quando, no curso da„evolução literária‟, ela revela aquela função verdadeiramente constitutiva da sociedade que coube à literatura, concorrendo com as outras artes e forças sociais, na emancipação do homem de seus laços naturais, religiosos e sociais. (JAUSS, 1994, p. 57).

O autor reconhece a obra que fora escrita em seu tempo difunde-se com seu

autor, a historia norteia os acontecimentos, a arte não é apenas uma ficção , a

realidade se faz presente, deixando uma concepção que considere na arte, também a

sua práxis.

Professor(a) nesta etapa por meio de pesquisas online, o que se proporcionará à

classe são experiências com contos de fadas escritos por Irmãos Jacob e Wilhelm

Grimm, assim como Charles Perrault, de acordo o método recepcional, busca-se

permitir o acesso e experiências com os textos que satisfaçam as necessidades dos

leitores, pois na atividade anterior acredita que os alunos tenham feito somente uma

leitura superficial sobre os contos lidos, não fazendo nenhum questionamento sobre

os acontecimentos ocorridos nos contextos, sem aprofundamento em sua leitura,

nesta atividade buscaremos mostrar as varias possibilidades de leituras sobre o

mesmo assunto, o que esta explicito e implícito no texto, assim como as varias

possibilidades de recontar uma mesma historia do decorrer dos tempos, influenciados

pelo ambiente em que é escrita.

E neste momento a pesquisa pode ser facilitada com alguns endereços

relacionados abaixo, pois já foram publicados muitos trabalhos similares, passe na

lousa para orientar os alunos.

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Conto analisado Semelhanças Diferenças

Escrito por

Perroult ( )

Green ( )

Disney ( )

Agora vamos fazer uma pesquisa sobre os primeiros criadores destes

contos, seus autores os Irmãos Jacob e Wilhelm Grimm assim como Charles

Perrault. Eles foram os primeiros a publicarem os nossos tão famosos contos

de fadas, mas se preparem para grandes surpresas nas versões originais que

agora vão conhecer, muito diferentes dos românticos contos de fadas até

então conhecidos, para isso vamos ao laboratório de informática, na internet

vamos pesquisar, usando no site as palavras chaves que serão:

Irmãos Grimm, contos de fadas nas versões originais, Charles

Perrault, etc.

Lembre-se de não aceitar qualquer informação oferecida pela internet,

vocês ‘já sabem como um site demostra ser confiável, peça orientação de

seus professores.

Façam anotações para apresentar para seus colegas sobre o que

encontraram, para organizar faremos uma seqüência de anotações simples,

apenas para direcionar a pesquisa.

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/dossier/cinderela/grimm_biografia.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3os_Grimm

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/dossier/cinderela/grimm_biografia.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3os_Grimm

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3ª ETAPA: RUPTURA DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

ATIVIDADE 4: BRUNO BETTELHEIM

Nesta etapa as atividades devem abalar as certezas dos alunos, e

dando continuidade à etapa anterior utilizando para isso recursos

diferentes, pois o aluno deve perceber que ingressa em um novo mundo

utilizando os mesmos personagens , mas que segundo o autor que iremos

trabalhar desempenham novas funções , mas trabalhando o mesmo tema,

sobre ângulos diferentes.

De acordo com Aguiar e Bordini (1993, p. 89):

[...] o importante é que os textos dessa etapa apresentem maiores exigências aos alunos,...mantendo um vínculo com as da etapa anterior que seja garantido pelo material literário, apresentando propostas que desafiem os caminhos.

Sendo assim para contemplar essa etapa, em A psicanálise dos

contos de fadas, Bruno Bettelheim (2012) faz uma analise das mais

famosas histórias para crianças, extraindo um outro significado. De forma

objetiva o autor mostra as situações, as motivações psicológicas, dando

significados emocionais, a função de entretenimento, a linguagem

símbolos do inconsciente que estão implícitas nos contos infantis. Esta

atividade será norteada por esse estudo onde diferentes vertentes serão

apresentadas, veremos as personagens sobre uma nova perspectiva, suas

influencias na formação dos leitores, pois segundo ele

É característico dos contos de fadas colocar um dilema existencial de forma breve e categórica. Isto permite a criança aprender o problema em sua forma mais essencial [...] o conto de fadas simplifica todas as situações. Suas figuras são esboçadas claramente e detalhes a menos que muito importantes, são eliminados. Todos os personagens são mais típicos do que únicos. (BETTELHEIM, 2012, p. 16).

Professor(a), nesta etapa se propõe a leitura de outro texto que

pode ter em comum com o primeiro texto: o assunto, o gênero, a exposição

da seqüência das idéias ou uma oposição radical a tudo que o aluno já

conhecia a respeito deste tipo de texto. Com a ajuda do professor se

desvenda os sentidos que o texto pode apresentar além do seu contexto

histórico. A visão de Bruno Bettlheim, sobre estes contos, analises nunca

feitas pelos alunos , um olhar diferente e explicito sobre os personagens,

analisá-las, suas atitudes, trabalhar a criticidade do aluno, para isso, nesta

pesquisa vamos fazer com que o aluno desperta sobre o tema, contos de

fada, oriente –os para fazer suas anotações, pois estas serão relevantes

nas produções futuras.

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Muitas pessoas já discutiram e fizeram publicações sobre os contos de

fadas, uma pessoa que encontrou grande destaque neste tema foi Bruno Bettlheim,

ele usou da psicanálise para explicar estes contos, seus estudos já foram

discutidos no mundo inteiro, para vocês se aprofundarem neste assunto vamos

pesquisar, o Google pode ajudar, vamos a sala de informática, faça a pesquisa e

procure responder a estas perguntas:

1-Quem é Bruno Bettelheim?

2-Qual sua linha de estudo?

3-No seu livro, A psicanálise dos contos fadas, trás uma nova visão sob os

personagens, suas ações ,decisões , atitudes,uma nova concepção , o que mais

lhe chamou a atenção ?

4- O autor Bruno Bettlheim fez uma analise sobre o personagem de Chapeuzinho

Vermelho, Pesquise a respeito, veja sob olhar do autor como ele vê a personagem,

analise seus comentários e responda:

a- Qual a provável idade de Chapeuzinho?

b- È uma menina independente, com autonomia para ir e vir, ou deve

explicações a alguém ?

c- A personagem é uma menina inocente, vitima da esperteza do Lobo?

d- A mãe de Chapeuzinho é uma mãe presente que orienta muito bem sua

filha, para enfrentar os perigos que o mundo oferece?

e- Sob essa nova visão quem é o Lobo Mau neste conto?

f- E o caçador, sob esta perspectiva quem é o herói, o lenhador?

g- Com essas informações, quem é o personagem Chapeuzinho Vermelho,

quem ela representava na sociedade da época em que foi escrita?

h- A inocente Chapeuzinho existe?

3-Você acha interessante este estudo, acha que fez diferença na sociedade, que

teve importância, houve beneficio?

4-Você já havia pensado contos de fadas com um olhar semelhante ao de Bruno

Bettelheim?

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Texto para auxiliar as atividades propostas

Por Maíra Althoff De Bettio (2013)

De acordo com Bruno Bettelheim, a versão de “Chapeuzinho Vermelho”

escrita pelos Irmãos Grimm tem – entrelinhas – um apelo e caráter psicológico. Este,

muitas vezes, não identificado por um adulto, porém, normalmente, fácil de ser

internalizado por uma criança.

No decorrer do conto é identificado um paradoxo, o da menina pré-

adolescente que consegue assimilar as instruções da mãe a seguir pela estrada e

sem sair desta, todavia, é facilmente convencida pelo lobo a optar por outro

caminho, no qual ele sugere que ela observe as flores e ouça o canto dos pássaros

(mesmo com a indicação contrária da mãe).

Quando a menina sai para levar a cesta com doces e vinho para a avó,

“Chapeuzinho deixa o lar voluntariamente. Não teme o mundo externo, e sim

reconhece sua beleza, e aí está o perigo. Se o mundo fora do lar e do dever se torna

atraente demais, poderá acontecer uma volta a um comportamento baseado no

princípio do prazer”.

O autor compara “Chapeuzinho Vermelho” com “João e Maria” algumas

vezes. Essa comparação é feita para mostrar a inocência infantil dos irmãos indo de

encontro à “maturidade” (referente às crianças) da menina com capuz vermelho.

Essa maturidade, que se encontra entre a infância e a puberdade da garota, é

exemplificada quando ela nota alguma coisa de diferente na avó –quando o lobo

passa-se por ela -, mas logo confunde-se e não dá importância, tendo em vista que

o animal veste as roupas da parente.

Bettelheim cita também a questão masculina, tendo como personagens: o

lobo e o caçador; suas personalidades são relacionadas, respectivamente, com

sedução, violência e proteção, altruísmo. O caçador, de acordo com o autor, “é a

figura mais atraente, tanto para os meninos como para as meninas, porque salva os

bons e castiga o malvado”.

Finalmente, como é do caráter dos contos de fadas, a justiça e a lição estão

presentes no momento em que a barriga do lobo é recheada com as pedras, isto é,

como ele colocou indevidamente Chapeuzinho Vermelho e sua avó na barriga,

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comendo-as, assim que o caçador retirou-as de dentro do animal, este pôs os

pedregulhos no lugar delas.

4º ETAPA: QUESTIONAMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

ATIVIDADE 5: O DEBATE

De acordo com as autoras Aguiar e Bordini (1993) o objetivo das

atividades nesta etapa em que serão comparados os dois momentos anteriores,

verificando que conhecimentos escolares ou vivências pessoais, em qualquer

nível, proporcionaram a eles facilidade de entendimento do texto e/ou abriram-

lhes caminhos para atacar os problemas encontrados;

Professor, os alunos farão uma análise sobre os textos que mais exigiram

seu conhecimento de mundo. Farão comparações entre a visão que tinham,

como a exposta por Bruno Bettelheim (2012). Depois será solicitado que eles

falem das dificuldades encontradas durante a leitura dos textos. Sugere-se um

debate onde uma turma defenderá a teoria romântica até então conhecida sobre

os contos de fadas, e outra turma defenderá a teoria de Bruno Bettelheim (2012),

ambas devem trabalhar com argumentos favoráveis e desfavoráveis.

Esta atividade dará início a uma produção de texto que acontecerá

posteriormente, para facilitar um breve relato de como podemos entender

argumentos textuais, e para facilitar vou levantar algumas hipóteses de

questionamentos, tais como:

Alunos, a seguir vocês receberão orientações do professor(a), para fazer uma

análise em forma de debate relacionado ao nosso trabalho até aqui, lembre-se de

colocarem neste debate sua visão, a que tinham na primeira leitura dos contos

nesta releitura com as novas informações a respeito do assunto.

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Para facilitar

A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém,

para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado. Sempre que

argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. O

momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as

provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o

leitor de que essa é a correta (CABRAL, 2013).

Porque não aparece nenhum homem na historia de chapeuzinho vermelho,

nem o pai, nem o avô, somente o lenhador com sua figura de homem forte, para

defender chapeuzinho?

A garota na história já é uma adolescente que desobedece a mãe, que

esta aparentemente muito consciente do perigo que há na floresta, mesmo assim

deixa a filha sozinha, que na primeira oportunidade da todas as informações para

o sedutor lobo, que não esta disfarçado, é o lobo mesmo.

A cor vermelha do capuz da menina insinua algo?

A imagem abaixo é uma conhecida pintura de Chapeuzinho Vermelho com

o Lobo em sua cama, vestido com as roupas de sua avó.

Faça uma análise dessa imagem e explique em um diálogo com a turma,

que sentimentos essa imagem lhe causou, o que há de errado, ou lhe parece

tudo normal, utilize seu conhecimento adquirido até aqui para expor para a turma

suas idéias.

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Figura 1- Chapeuzinho vermelho

Fonte: Capuchinho... (2013).

5ª ETAPA: AMPLIAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

ATIVIDADES 6 E 7.

ATIVIDADE 6

Nesta da etapa temos como objetivo o aprimoramento da leitura

numa percepção estética e ideológica mais aguda e com a visão crítica

sobre sua atuação. sendo assim, o aluno torna-se agente de

aprendizagem, aguça sua criticidade, determinando ele mesmo a

continuidade do processo, num constante enriquecimento cultural e social.

Professor, vamos à produção, peça que elaborem um texto,

utilizando todo seu conhecimento adquirido até aqui para enriquecê-lo ,

surpreendendo, instigando, subentendo, mostrando seus valores, a sua

cultura, seguindo as orientações abaixo, após a conclusão você entregará

a ficha de avaliação para que os alunos possam avaliar se contemplaram

os requisitos necessários para produção de um bom conto de fadas, ajude-

os nas questões propostas pelo questionário, pois este os orienta quanto a

qualidade de suas produções.

Para uma maior ampliação das possibilidades de produção,

supondo que o conto mais trabalhado tenha sido Chapeuzinho vermelho,

orientamos a leitura “Chapeuzinhos Coloridos” de José Loureiro, onde

podemos encontrar várias versões das estórias dos Irmãos Grimm,

modernas, que atenderão as expectativas dos nossos alunos.

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Para facilitar este trabalho daremos alguns passos para nortearem

esta produção, pois o conto, geralmente, é uma narrativa curta e linear contendo,

com início, meio e fim, de um episodio com a participação de um número limitado de

personagens. Deve-se contar este fato, episódio com uma certa graça, para seduzir,

encantar, enredar o leitor na história. Sua linguagem busca despertar a curiosidade

do leitor, sendo chamada de linguagem literária, o que é diferente da linguagem

objetiva da informação veiculada, por exemplo, em uma notícia de jornal.

O conto deve apresentar os seguintes momentos da narrativa:

• Situação inicial (equilíbrio) – Apresentação das noções de tempo e

espaço da narrativa; descrição da situação como habitualmente vivem os

personagens principais.

• Conflito ou complicação – Introdução de um problema na história, quando

um fato ou uma situação nova muda a trama.O desenvolvimento da

narrativa envolve a intensificação do problema apresentado

anteriormente. Os personagens principais são envolvidos em situações

diversas e obrigados a agir, a lutar com todas as forças para que a paz

volte a reinar.

• Ponto alto ou clímax – Momento de maior tensão na narrativa. Nessa

etapa da história, o personagem principal entra em confronto direto com o

mal e luta com todas as forças para restaurar a paz ou conseguir o que

deseja.

• Desfecho – Finalização do enredo. Momento em que se procura

solucionar o conflito.

Em toda narrativa, identificamos quatro grandes estágios: situação

inicial, complicação, clímax e desfecho.

Alunos, nesta aula buscaremos relacionar estes personagens

conflitos, dramas, textos semelhantes e atuais, que seguem os mesmos

caminhos para serem escritos. Esperamos que vocês referenciem textos

atuais independentes de formas transmitidas, por leitura, tv. Em seguida,

com a turma dividida em grupo, produzirão novas versões para o(s) texto(s)

selecionado(s). Estes textos serão apresentados a turma, e os alunos

escolherão o texto mais interessante, e o transformarão em diálogo para

montarem uma peça de teatro, este teatro será ensaiado e apresentado a

comunidade escolar como finalização deste trabalho.

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Lembre-se que para facilitar a produção do seu conto precisamos

seguir alguns passos com alguns personagens.

• Heroína;

• Herói;

• Antagonista;

• Elementos mágicos;

• Seres sobrenaturais;

• Onde e quando se passa o conto;

• Conflito;

• Solução do conflito;

• Recompensa recebida no final do conto;

Vamos avaliar seu conto, e ver se contemplou o que foi pedido.

Releia sua história, avaliando-a, levando em conta as questões da

ficha de avaliação que segue abaixo. Refaça a sua história a partir dessa avaliação.

Utilize essa ficha toda vez que fizer uma história ou um conto.

Questionário

1. O texto está adequado ao objetivo de um conto?

2. O texto está adequado ao(s) destinatário(s)? (ou seja, a seu professor, ou, aos

possíveis leitores?)

3. No início do conto há uma indicação clara do título?

4. A escolha da voz do narrador está adequada na história?

5. A escolha dos personagens está adequada na história?

6. A situação inicial da história está clara no texto?

7. O conflito ou complicação ficam evidentes no texto?

8. O ponto alto ou clímax da história está claro?

9. O desfecho da história está claro? Ou seja, fica evidente como o personagem

resolverá o problema na história?

10. O tempo em que as ações ocorrem no texto está evidente?

11. O uso de palavras ou expressões para marcar o tempo na história está

adequado?

12. O espaço onde as ações ocorrem no texto fica claro?

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13. O uso de palavras ou expressões para marcar o espaço na história está

adequado?

14. As ações, ou o enredo, estão claras no texto?

15. O uso dos verbos em relação às ações de cada personagem, conforme os

momentos que acontecem na história, está adequado ao gênero conto?

16. É possível perceber um elemento transformador no texto?

17. A descrição dos personagens é compreensível no texto? Ou seja, é possível

entender suas características?

18. A descrição dos lugares onde a história acontece é compreensível? Ou seja, é

possível entender suas características?

19. O vocabulário utilizado está adequado ao gênero conto?

20. Não há problemas de pontuação, frases incompletas, erros gramaticais,

ortográficos, etc.?

ATIVIDADE 7: APRESENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DOS ALUNOS PARA TURMA

Alunos, após fazermos esta avaliação sobre suas próprias

produções de texto, vamos apresentar para os colegas, devemos estar

prontos para surpreendê-los assim como para recebermos críticas,

dentre estas produções vamos destacar uma para fazermos nossa

apresentação para comunidade escolar, por meio de uma peça de

teatro, a turma deverá se dividir para suprir as funções necessárias,

alguns cuidarão dos textos em forma de diálogo, outros, do cenário ,

outros, dos figurinos, do som e outros serão os personagens , após o

trabalho concluído vamos apresentá-los comunidade escolar.

Professor, nesta etapa vamos trabalhar com todo o conhecimento que

nosso aluno adquiriu até aqui, vamos incentivá-los nas suas produções,

auxiliá-los nas suas organizações, para fazer uma escolha justa em qual

produção será escolhida para fazer a apresentação.

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RESULTADOS

Apesar de ainda ser uma situação hipotética, a aplicação do Método

Recepcional, proposto pelas autoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de

Aguiar, fundamentadas nas teorias da Estética da Recepção e do Efeito, é viável

quando se tem em mente a formação de um leitor participativo e crítico, quando se

tem em mente preparar o leitor para garantir a ampliação de seus horizontes e com

isso conhecer e integrar o mundo de maneira ativa e construtiva. Como vamos levar

em conta seu conhecimento, acredita-se em uma maior interação com os textos e

com as pesquisas que serão elaboradas pelos alunos, fazendo com que eles

ampliem suas visões de mundo, não aceitando somente o explícito em um texto

mas, buscando o implícito, para se tornarem leitores críticos e cidadãos

participativos na sociedade, e para despertar seu interesse pela leitura no ensino

médio, visto que esse demonstra grande rejeição pela leitura nesta etapa.

RECURSOS

Humanos: Professores e alunos.

Materiais: TV multimídia, computador, internet, textos impressos, cartolina, pincel,

caneta, sulfite ,som, painel, livros contos de fadas.

TÉCNICAS

Estudo dirigido

Grupo de estudo

Aulas expositivas dialogadas

Dinâmicas de grupo

Atividades Audiovisuais

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TEMPO/ CRONOGRAMA DE AÇÕES

Atividade 1 2 aulas

Atividade 2 4 aulas

Atividade 3 4 aulas

Atividade 4 3 aulas

Atividade 5 3 aulas

Atividade 6 8 aulas

Atividade 7 10 aulas

AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação a serem utilizados neste trabalho abrangem

a dinâmica do processo e cada leitura do aluno, que deve evidenciar a capacidade

de comparar e contrastar todas as atividades realizadas, questionando a sua

atuação e a do grupo. O professor deve obter uma resposta final, pois os alunos

devem fazer uma leitura mais exigente que a inicial, em termos estéticos e

ideológicos, apresentando resultados em suas produções que serão avaliadas pelos

colegas, por eles mesmos e pelo professor. Também será contabilizado sua

participação nas atividades propostas, o que possibilitará a formação de um cidadão

critico e consciente.

CONTEÚDOS DE ESTUDO

Leitura, oralidade e escrita.

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CRONOGRAMA DE AÇÕES

ATIVIDADES Fevereiro Março Abril Maio

Apresentação do projeto X

Atividade referente

1º momento: Determinação

do horizonte de expectativas,

sondagem e releitura dos

contos de fada.

X

Atividade referente

2º momento: atendimento do

horizonte de expectativas,

pesquisa sobre autores

Grimm e Perrault

X

Atividade referente

3º momento: ruptura do

horizonte de expectativas,

pesquisa sobre Bruno

Bettelheim.

X

Atividade referente

4ºmomento: questionamento

do horizonte de expectativas:

debate, versão romântica

apresentada pela Walt Disney

X versão apresentada por

Grimm e Perrault.

X X

Atividades referente

5º Momento: ampliação do

horizonte de expectativas.

Produção de texto com as

informações adquiridas no

decorrer das atividades

anteriores, com uma correção

orientada. Produção, ensaio,

apresentação das produções

dos alunos para a turma,

concluindo com a

apresentação selecionada

pelos alunos para

comunidade escolar, na forma

de peça teatral.

X

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REFERÊNCIAS

AGUIAR, V. T.; BORDINI, M. G.Literatura e formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012.

BETTIO, M. A. Análise de chapeuzinho vermelho por Bruno Bettelheim. Disponível em: <http://www.infoescola.com/literatura/analise-de-chapeuzinho-vermelho-por-bruno-bettelheim>. Acesso em: 5 out. 2013.

CABRAL. M. Argumentação. Disponível em:

<http://www.brasilescola.com/redacao/a-argumentacao.htm>. Acesso em: 29 ago. 2013.

CAPUCHINHO vermelho. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Capuchinho_Vermelho>. Acesso em: 5 out. 2013.

ESTES, Clarissa Pinkola. Contos dos Irmãos Grimm. São Paulo: Rocco, 2005.

JAUSS, H. R. A história da literatura como provocação à teoria literária.

Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994.

MEYER, Stephenie. Amanhecer. São Paulo: Intrínseca, 2009a.

______. Crepúsculo. São Paulo: Intrínseca, 2005.

______. Eclipse. São Paulo: Intrínseca, 2009b.

______. Lua nova. São Paulo: Intrínseca, 2008.

PERRAULT, Charles. Contos e Fábulas. São Paulo: Editora Iluminuras, 2009

TORERO, José Roberto; PIMENTA, Marcus Aurelius. Chapeuzinhos coloridos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.