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SEMINÁRIO DE PORTUGAL ABRIL DE 1999 ÍNDICE: Obra de Davi ( Abigail ) .................................................. ............... 02 Ministérios e Serviços ..................................................... ............. 06 Salvação.................................................. ....................................... 10 Dons Espirituais ................................................. ........................... 15 Palavra Revelada (Gideão) .................................................... ..... 22 Culto Profético ................................................... .......................... 25 Ministério e Nobreza ..................................................... ............... 30 Diaconato ............................................... ....................................... 34 1

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SEMINÁRIO DE PORTUGAL

ABRIL DE 1999

ÍNDICE:

Obra de Davi ( Abigail ) ................................................................. 02

Ministérios e Serviços .................................................................. 06

Salvação......................................................................................... 10

Dons Espirituais ............................................................................ 15

Palavra Revelada (Gideão) ......................................................... 22

Culto Profético ............................................................................. 25

Ministério e Nobreza .................................................................... 30

Diaconato ...................................................................................... 34

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OBRA DE DAVI - VIDA DE ABIGAIL

I Sm. 25:41 e 42 - Então ela se levantou e se inclinou com o rosto em terra, e disse: eis aqui a tua serva, servirá de criada para lavar os pés dos criados de meu senhor.

E Abigail se apressou e se levantou, e montou num jumento com as suas cinco moças que seguiam as suas pisadas; e ela seguiu os mensageiros de Davi, e foi sua mulher.

Esta palavra é sobre a vida de uma das servas do Senhor.Quando nós falamos sobre Davi e tratamos dos assuntos correlatos à vida do rei, nós

não podemos deixar de falar das suas experiências, que são as experiências do homem e da mulher desta Obra, os valentes que Deus tem levantado para estarem vivendo as lutas desta última hora, as grandes experiências desse último momento.

A Palavra do Senhor nos chama à atenção para esses homens especiais, para essas mulheres definidas que deixaram tudo para se aproximarem, cada vez mais, do Senhor.

Há um custo e cada um de nós sabe o quanto custa estarmos definidos aos pés do Senhor. Há um custo, as vezes familiar (porque alguns dos nossos não aceitam), às vezes profissional (porque alguns colegas de trabalho não compreendem), às vezes secular (porque o mundo não nos tolera). E todas as vezes que nós nos sentimos desprezados é sinal de que estamos mais próximos do Senhor porque o sentimento da Igreja é de que ela não tem mais lugar aqui na terra.

Quando a Igreja sente que está sobrando aqui, quando ela sente que é rejeitada pelo mundo, que não há mais espaço para ela, ela clama ao Senhor, dizendo: Senhor, o mundo não me suporta e eu não o suporto, vem me buscar, vem buscar a tua Igreja.

A vida de Davi fala das suas experiências, daquilo em que ele foi fiel, daquilo que ele atendeu ao Senhor dentro do projeto. São as nossas experiências também.

As grandes lutas, as grandes decisões, a pacificação, o estabelecimento do reino, a preservação do reino, a prosperidade do reino, foram algumas das experiências deste homem que era um guerreiro valente, determinado, mas que também era um poeta, um salmista, um homem humilde e obediente a Deus.

A escolha por Davi foi um ato de definição de Deus, e isso aconteceu conosco também. Deus olhou para nós com misericórdia e nos elegeu e nos chamou, e nós atentamos para esta grande salvação. Quando nós deixamos que o Senhor entrasse em nosso coração, uma nova vida se apresentou para nós, que é a vida eterna, e quando isso acontece o Senhor nos dá uma coisa muito especial, assim como deu a Davi, que é a unção com o óleo.

A Igreja que vive nesta última hora, ela é cheia do Espírito Santo, de sabedoria, do conhecimento do Senhor.

Quando nós vemos isso, nós vemos a própria caminhada da Igreja. Ela empreende essa caminhada, ela abre o seu coração e se define e então, movida pelo Espírito Santo, ela agora vai enfrentar as suas lutas, as suas experiências, os Golias da vida.

Mical.

A Palavra diz que a casa de Davi ia-se fortalecendo enquanto a casa de Saul ia-se enfraquecendo.

Davi teve pessoas da casa de Saul muito estreitamente ligadas a ele, como por exemplo, Mical, filha de Saul.

Mical foi esposa de Davi, ela gostava muito dele ao ponto de salvar-lhe a vida. Um dia Davi estava sendo perseguido por Saul, e Mical facilitou a fuga dele, fazendo-o descer por uma janela, e colocando uma estátua no seu lugar, na cama e dizendo aos mensageiros de Saul que Davi estava doente. (I Sm. 19:12)

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Tempos depois, quando Davi trouxe a arca de volta para Jerusalém, Mical teve um outro comportamento, criticou Davi porque dançava diante de Deus e de todo o povo e o desprezou no seu coração. (II Sm. 6:16)

Mical é tipo das pessoas que gostam da Obra, gostam de Davi, mas que a qualquer momento podem lançar mão de alguma outra coisa que ultrapassou o Senhor na sua vida. Ela é boa, salvou a Davi, fala bem, mas não tem determinação para ser somente de Davi, ela coloca alguma coisa no lugar de Davi.

Abigail

Samuel era morto, mas Saul continuava perseguindo a Davi e ele vivia de um lado para o outro escapando do ódio do rei Saul.

O texto fala de um episódio acontecido no monte Carmelo.Davi estava ali com os seus homens. Naquelas imediações morava um homem muito

rico chamado Nabal e a presença de Davi ali era uma proteção para ele.

Nabal era casado com Abigail, que quer dizer Meu pai é alegria. (Meu Pai é aquele que é e que há de vir, o Pai, o Filho e a alegria do Espírito Santo). No nome de Abigail estava encerrada a Trindade, ela era uma serva fiel, mas na sua vida havia um senão, uma mácula, ela era casada com Nabal, que quer dizer tolo, insensato.

Tomando a figura do casamento, nós podemos dizer que uma metade de Abigail era tola, era insensata e essa era a sua grande luta, ela precisava se desvencilhar daquilo que a prendia, que era a parte dela que não correspondia àquilo que Deus queria da sua vida.

A vida de Nabal era confortável porque ele morava no Carmelo, que quer dizer A vinha do Senhor. O Carmelo era um lugar de decisão.

Tudo na vida de Nabal o favorecia. Ele tinha uma mulher bonita, formosa, sábia, ele tinha bens, e tinha a proteção de Davi. Mas Nabal não era um homem grato a Deus, pelo contrário, era um homem duro e maligno nas obras. Os homens de Nabal, entretanto, eram homens reconhecidos, eles disseram a Abigail: Aqueles homens têm sido muitos bons, e nunca fomos agravados deles, e nada nos faltou em todos os dias que conversávamos com eles quando estávamos no campo. De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas.(I Sm. 25:15 e 16)

Nabal achava que não precisava de nada, e você encontra pessoas que pensam assim: A minha esposa está na Igreja, eu já estou sendo abençoado, está tudo indo bem na minha vida, eu não preciso ir, basta que ela vá e está tudo bem.

Às vezes é a esposa, ou uma filha, ou a mãe. Quantas vezes nós vemos este quadro.Às vezes nós encontramos em nós mesmos essa situação. Que parte tola é essa que

precisamos tirar da nossa vida? Nós estamos no Carmelo, que é a vinha de Deus, e nós poderíamos aproveitar com muito mais profundidade dos frutos, dos benefícios e não estamos aproveitando.

O propósito do Senhor é sempre o de salvar o homem, e Ele quer salvar hoje também, aqui e agora.

E alguém poderia dizer: O pastor esqueceu que todos aqui já têm “muitas horas de vôo”, que já temos uma longa caminhada percorrida, não estamos naquele ponto inicial de aceitar a Jesus como Salvador, todos nós já fizemos a nossa opção.

Mas o Senhor disse que algumas pessoas precisam se decidir e aceitar ao Senhor Jesus, definitivamente, como seu Salvador.

Existe uma dúvida em alguns. Nós não sabíamos que quando fôssemos tratar desse assunto, ele teria que ser mostrado também como uma opção, a melhor, a única, a mais profunda da nossa vida.

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Quando Abigail decidiu em seu coração servir ao Senhor, ela pagou um preço, ela teve que lançar fora aquilo que era a insensatez, ela teve que bater de frente com o poderio, com a força, com a dureza do seu marido, de Nabal.

Davi manda seus homens ao encontro e Nabal e manda-lhe um recado: Paz tenhas, e que a tua casa tenha paz, e tudo que tens tenha paz! Agora, pois, tenho ouvido que tens tosquiadores. Ora, os pastores que tens estiveram conosco; agravo nenhum lhes fizemos, nem coisa alguma lhes faltou todos os dias que estiveram no Carmelo. Pergunta-os aos teus mancebos, e eles to dirão. Estes mancebos, pois, achem graça em teus olhos, porque viemos em bom dia. Dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, o que achares à mão.

Não se tratava de um pagamento, era uma oferta.

Qual foi a resposta de Nabal?

Ele disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, e cada um foge a seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm?

(Quem é Davi? Quem é Jessé? Quem são eles para virem-me pedir alguma coisa? Eu vou tirar o que é meu? Aquilo que está no meu coração? Eu vou deixar? Eu vou atender? Por quê? Para quê? Eu não os conheço).

Essa é a voz do tolo, do insensato. Essa é a parte que nós precisamos arrancar da nossa vida. Nós vamos colocar isso na economia do Senhor.

Quando Davi ouviu essa recusa, ele decreta um juízo.Jesus disse: Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás

condenado. (Mt. 12:37)Não há outra opção, não há outra dispensação, não há outro projeto, não há outro

Salvador, ninguém morrerá mais uma vez.Pelas suas palavras Nabal trouxe sobre si um juízo, e não só para si, mas também para

Abigail e a todos os que estavam com ele.Quando o juízo é traçado, ele leva em conta somente a parte que não se rendeu.

Quando uma parte da nossa vida não se rende, todo o resto fica comprometido. Deus não aceita nada pela metade, Deus não nos quer divididos, às vezes nós gostaríamos que Deus entrasse em certas partes da nossa vida, mas que Ele abrisse mão de outras, que Ele facilitasse, deixasse por menos, porque afinal, é só a metade, é só Nabal. Por que matar a todos? Por que acabar com a riqueza toda? Por que acabar com Abigail?

O altar era edificado por pedras inteiras, nunca por pedaços de pedras, nem por metades de pedras.

Até aquele momento tudo ia bem para Nabal, nunca haviam tocado nas suas riquezas, nunca haviam tocado na sua família, nunca haviam tocado no seu modo de ser, de agir, mas agora o juízo estava traçado, tudo ia-se acabar.

Abigail é avisada pelos seus empregados: Senhora, eles têm sido bons para nós, não nos incomodaram e nada nos faltou em todos os dias que estivemos no campo com eles, nos protegeram, dia e noite, enquanto apascentávamos as ovelhas.

O Senhor tem sido o nosso Pastor, mas talvez nós não temos sido as suas ovelhas, Ele tem conversado conosco, tem sido a nossa proteção, não tem deixado que ninguém nos toque, nem à nossa família, nem aos nossos bens.

Essa era a revelação para a vida de Abigail, e para a vida da Igreja, é o trabalho, é o sintoma profundo da vida da Igreja nesta última hora: Nada nos faltou.

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E Abigail teve uma atitude de definição, ela se apressou e pegou algumas coisas e as colocou em jumentos e mandou que seus moços levassem tudo para Davi que ela iria logo em seguida, sem que o marido soubesse.

Ela teve uma palavra de definição: Eu vou fazer a oferta, vou levar o que eu tenho para Davi. A questão agora é entre Nabal e eu, é entre aquilo que me impede que me atrapalha e eu.

Ela agora coloca um muro, um divisor, uma definição. Só o poder pelo sangue de Jesus faz isso porque ele limita, ele fica entre a nossa dificuldade e nós, ele fica entre nós e aquilo que é insensato na nossa vida.

Uma vez definidos o que vamos fazer com a parte que sobrou?Nós vamos a Davi, nós vamos ao projeto.E de que maneira? De mãos vazias?Quando Deus instituiu as três festas solenes, Ele deu uma ordem: Ninguém apareça

vazio perante mim. (Êx. 23:15)Abigail trouxe duzentos pães, dois odres de vinho, cinco ovelhas guisadas, cinco

medidas de trigo tostado, cem cachos de passas, duzentas pastas de figos passados.

Nós podemos observar que todo aquele alimento já estava preparado, não havia condição de ser preparado naquele momento. Davi já estava vindo como preparar duzentos pães, vinho, guisar ovelhas, tostar o trigo, preparar as passas, as pastas de figo?

Isso fala de um projeto. Ela tinha tudo pronto, isso é o que caracteriza, ela foi juntando tudo, mesmo nas suas dificuldades ela foi separando aquilo que era para Davi. Apesar das suas dificuldades ela não parou de ter as suas experiências.

O pão fala da Palavra, que é o alimento.Os dois odres de vinho, a porção dobrada do Espírito Santo.As cinco ovelhas guisadas, o ministério do Senhor Jesus.O trigo tostado, a experiência na Palavra.Os cachos de passas, as provas de fé, as grandes lutas. A fé que é tratada não se

deteriora.As pastas de figo, as experiências do corpo, são as orientações, as profecias, ela

cura.

Abigail tinha uma Obra, as suas experiências eram de Obra. Mas o que ela tinha que fazer que era tão importante, que era fundamental para que Davi não prosseguisse com o seu intento? Aquilo ali não significava vida, pão, vinho, ovelhas guisadas, nada daquilo refrearia Davi, aquilo não mataria a fome de Davi e de seus homens, era pouco.

Ela fez uma coisa interessante, ela juntou tudo o que tinha à mão e mandou que levassem a Davi porque ela ponderou em seu coração: Eu não posso deixar o meu Senhor desse jeito. E não contou nada a Nabal, e foi seguindo os seus moços de perto.

Era a hora de decisão, com aquela atitude Abigail estava dizendo: Agora é o poder do sangue de Jesus na minha vida, agora é ida sem volta, agora é o projeto estabelecido, eu estou indo em direção ao meu Senhor e não há como voltar.

Ali estavam definidas as vidas de Nabal e de Abigail.

O que era necessário fazer agora?

Agora era a grande experiência do encontro. A Palavra diz que ela estava montada num jumento (você vê aí o objetivo, a Obra

estabelecida), descendo pelo encoberto do monte (fala da humildade), e então ela viu Davi e seus homens que vinham ao seu encontro, e ela encontrou-se com eles.

Foi um bom encontro, um grande encontro.

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Davi então lhe disse o que ia fazer a Nabal, e ela apressou-se, desceu do jumento e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi e se inclinou à terra, e lançou-se a seus pés e disse: Olha, meu senhor, a transgressão do meu marido é muito grave, esse meu lado é muito difícil, mas eu quero colocar-me a teus pés porque eu reconheço e não posso esquecer de que nada me faltou, que tenho estado protegida por ti, perdoa a tua serva e aceita a oferta que te trago, aquilo que eu preparei e juntei durante toda a minha vida, isso é nada diante de tudo que tu me concedeste, o único valor que isso tem é porque é a minha definição de estar a teus pés, o que tem valor é eu estar a teus pés. A minha oferta não paga o preço da cruz no calvário, não há preço que pague a minha salvação, é um preço muito alto, ninguém poderia pagar.

E Davi lhe disse: Bendito o Senhor Deus de Israel que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu que hoje me estorvaste de vir com sangue e de que a minha mão me salvasse.

Por que bendita? Por que formosa? Por que ela possuía qualidades excepcionais? Por que era mulher de um homem poderoso como Nabal? Por que morava no Carmelo?

Não, a sua única qualidade era a sinceridade, definição aos pés do Senhor. Eu trouxe as minhas madrugadas, os meus jejuns, as minhas dores, as minhas grandes experiências. Esse é o nosso dia-a-dia, todos os dias nós precisamos chegar diante do Senhor e dizer: Senhor, aplaca aquilo que é um juízo sobre mim, sê misericordioso comigo e perdoa-me. Continua guardando a minha vida, não te ires contra mim, releva as minhas iniqüidades, desfaz as minhas transgressões, olha para mim através do sangue de teu Filho Jesus.

Esse é o clamor do servo nesta última hora, que tem a porção dobrada do Espírito Santo, que tem a Palavra revelada, que busca ao Senhor, que cresce, mesmo na dificuldade, para alcançar a estatura do varão perfeito.

Nós queremos estar preparados para o grande dia da volta de Jesus, a Obra já está estabelecida.

Qual foi o preço que Nabal pagou?

A morte. Quando ele soube o que teria acontecido a ele, o seu coração não resistiu. Davi não manchou a sua mão com o sangue dele, e glorificou ao Senhor por isso.

Nabal morreu quando Abigail se definiu. Quando nós nos definimos pelo Senhor e queremos verdadeiramente caminhar na sua presença, essa parte ruim vai-se acabando, vai morrendo.

Qual foi o prêmio de Abigail?

Abigail deixou tudo para trás. O marido havia morrido, os bens agora eram seus, mas ela não queria nada daquilo que era da parte de Nabal, isso não era importante para ela.

A Palavra diz que se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. (I Co. 15:19) Será que nós só queremos Davi em volta do Carmelo? Em volta da vinha? É só para esta vida?

Abigail passou a fazer parte do projeto e o projeto fala que o noivo procura uma noiva. Davi pede a Abigail que se case com ele. Os criados de Davi vão até ela e dizem: Davi nos tem mandado a ti para te tomar por sua mulher.

Que honra! Ela aceitou imediatamente. Ela disse: Eis aqui a tua serva, servirá de criada para lavar os pés dos criados de meu senhor.

A Igreja nesta última hora se coloca nesta posição. Eu faço até mesmo aquilo que for o menos significativo, o serviço mais humilde, mas eu quero estar ao lado do meu Senhor, eu não

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quero usufruir daquilo que pertence a Nabal, nem quero mais viver segundo o meu coração, só quero estar aos pés do Senhor.

O que eu vou fazer? Às vezes nós queremos ser muitas coisas, pastor, diácono, professora, estar à frente de senhoras, grupo de louvor (Ninguém me dá uma oportunidade, só colocam gente nova), essa metade nossa é terrível.

Mas o que Abigail quis, o que a Igreja nesta última hora quer, é somente uma coisa: Estar aos pés de Jesus, ouvir a sua voz, saber e fazer a sua vontade.

A Igreja Fiel é sábia, é formosa, é amiga. Eis que és formosa, amiga minha, eis que és formosa minha.

O Senhor dá um conselho a alguns que precisam tomar uma decisão, para que deixem os valores que precisam ser deixados para que o nome do Senhor seja glorificado na nossa vida.

Eis aqui a tua serva.

Amém.

MINISTÉRIOS E SERVIÇOS

Gênesis 31:38 a 42 - Estes vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e não comi os carneiros do teu rebanho... e repreendeu-te ontem à noite,

A Obra não é uma experiência coletiva, de um grupo, ou de um país, mas é uma experiência particular, individual, de cada um com o Senhor, e essa experiência individual gera uma experiência do corpo.

Jacó tinha uma experiência profunda com o Senhor, nós vemos o que Deus fez na

caminhada deste homem e nós podemos afirmar que o servo do Senhor tem que ser um lutador igual a Jacó, aquele que luta com o Senhor e vence.

Paulo disse: Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. (Rm. 8:37)

Qual era o projeto de Deus para a vida de Jacó?Desde a sua concepção já havia uma profecia a respeito de Jacó, ainda no ventre da sua

mãe, ele já estava segurando o calcanhar de Esaú, seu irmão gêmeo.Foi a primeira evidência de que ele seria um lutador, de que ele não desistiria de nada

na sua vida.Muitos podem pensar que tanto esforço não valeria a pena, tanto sofrimento, mas você

vê Jacó lutando e vencendo e alcançando as suas metas, as metas que faziam parte do projeto que Deus tinha traçado para ele.

Jacó pagou o preço justo.

O texto fala de uma conversa séria que Jacó teve com o seu sogro Labão e aqui você encontra o ministério.

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V. 38 - Estes vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, ...

É o ministério.Uma das características da Igreja é gerar, e ela só gera gêmeos, e nunca aborta.

e não como os carneiros do teu rebanho.

O pastor, o ministério, nunca mata as ovelhas, ele as protege, ele não deixa que elas morram, quando elas caem num barranco, ele as tira com o seu cajado (a tua vara e o teu cajado me consolam).

V. 39 - Não te trouxe eu o despedaçado; eu o pagava; o furtado de dia e o furtado de noite da minha mão o requerias.

Fala de um preço a pagar por aquele que foi ferido, fala da vigilância constante do ministério (e do serviço, do grupo de assistência, do trabalho de senhoras).

Porque Jesus disse: O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. (Jo. 10:10 e 11)

Essa é a promessa de Jesus e nós estamos confiados nisso porque Ele é Fiel, nós sabemos o que vamos enfrentar, sabemos que não é fácil, sabemos que não vamos ganhar com sorrisos, nem com favorecimentos porque o mundo nunca será favorável a nós, àquilo que é do Senhor, pelo contrário, a oposição fica cada dia mais acirrada, mais hostil, ninguém entende terno todo o dia, igreja todo o dia, Maanaim todo o fim de semana.

A PROFECIA

A primeira luta de Jacó foi travada com seu irmão ainda no ventre de Rebeca. A Palavra diz que os gêmeos lutavam dentro dela e Rebeca quis saber do Senhor o que era aquilo.

E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor. (Gn. 25:22 e 23)

A HERANÇA

O projeto para Jacó estava estabelecido, a bênção da primogenitura era dele e ele ia lutar por ela.

A primogenitura do Senhor nesta última hora é a Igreja, nós somos os primogênitos do Senhor aqui, nós temos direito à herança, e às vezes nós esquecemos desse potencial que temos em nossas mãos, nós temos direito a uma bênção do Senhor, que é irmos morar na eternidade.

Quem nos deu esse direito? Será que é por que nós somos bonzinhos?Claro que não. Quem nos deu esse direito foi o Senhor Jesus, a sua morte na cruz do

calvário nos fez co-herdeiros seu de todas as riquezas que Ele recebeu do Pai.Muitas vezes não valorizamos esse bem maior que foi-nos deixado pelo Pai.

A FUGA

Quando Esaú trocou a sua primogenitura por um prato de lentilhas, Jacó se definiu na presença do Senhor e aí começava a sua luta para manter a bênção em suas mãos porque

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Isaque abençoou-o e isso enfureceu Esaú de tal forma que desejou matá-lo. O projeto de Esaú era matar Jacó assim que Isaque morresse.

Jacó preocupava-se com aquilo porque sabia que não podia facilitar. Jacó sabia que se ele se afastasse daquilo que era a direção de Deus na sua vida, ele morreria.

Será que nós nos damos conta de que o nosso caminho é só de ida, que não tem volta? Se nós sairmos daqui, para onde iremos? Não teremos lugar no corpo, nem na eternidade com Deus porque não existe outro projeto, nem outra Obra, nem outra dispensação, nem outra salvação.

Para aquele que não leva isso em consideração, melhor seria não saber acerca da nobreza, do projeto com essa profundidade, melhor seria saber de uma forma genérica, Olha, tem um céu, tem um Pai, tem um Filho... assim, devagarzinho.

Mas nós ouvimos da parte do Senhor um segredo, Ele não o revelou para todos, mas a nós, em confiança. Nós podemos fazer o que quisermos com esse segredo, podemos jogá-lo fora ou não, só não podemos dizer que não sabíamos.

Alguém pode dizer: Mas que acusação! Será que é isso mesmo?É sim. Jacó sabia que a sua proteção estava no pai vivo em sua vida, no dia que o pai

deixasse de estar presente na sua vida, ele morreria, no dia que ele falhasse Esaú o mataria. Jacó saiu do aconchego do seu lar, deixou a sua parentela (com a bênção do Pai – Gn.

28:1 e 5), agora ele teria que enfrentar as duras lutas.Jacó partiu e foi para Harã. Quando anoiteceu, deitou-se e colocou uma pedra por

travesseiro, e sonhou com uma escada que ligava o céu à terra e por ela anjos subiam e desciam, e lá no topo dela, o Senhor se apresenta a ele e lhe faz uma promessa. (Gn 28:11 a 15)

Quantas vezes o Senhor já falou conosco aqui neste seminário? Incontáveis vezes.

O ENCONTRO COM DEUS - A PROMESSA

Jacó acorda e se levanta já com aquela experiência de que Deus falou com ele ali, naquele lugar. Aquele lugar passou a ser especial para Jacó porque ali Deus falou com ele, Deus estava naquele lugar, era a casa de Deus, ele viu a Trindade naquele lugar.

O VOTO

Então, de madrugada, Jacó pegou aquela pedra e a pôs por coluna e derramou azeite por cima dela. Ele não carregou a pedra, nem a partiu em pedacinhos, nem se prostrou perante ela. O altar deveria ser feito com pedras inteiras (Js. 8:31)

Jesus é a pedra de esquina, a pedra angular. E também não podia faltar o azeite. Depois disso ele fez um voto a Deus.

O compromisso que ele assumia diante de Deus era um compromisso sério. E disse: Se Deus for comigo e me guardar nessa viagem que faço, e me der pão para comer e vestido para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres certamente te darei o dízimo.

De tudo quanto me deres. E o Senhor tem nos dado tudo, o casamento, os filhos, a vida, o tempo, o sustento, tudo enfim. O meu dízimo é a minha alegria, o meu louvor, a minha glorificação, a minha dedicação, a minha obediência à tua direção segura.

O CUMPRIMENTO DA PROMESSA

E quando Jacó se encontra na maior dificuldade, Deus lembra-se daquele pacto, e cumpre a promessa e essa promessa é para toda a sua descendência porque a promessa do Senhor permanece para sempre porque Ele é Fiel e não se esqueceu da fidelidade daquele homem.

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O fiel vive de fé em fé, o justo vive pela fé. Nós vivemos de alegria em alegria, nós vivemos do resultado de uma noite de lágrimas na presença do Senhor porque sabemos que a alegria vem pela manhã.

O CASAMENTO

Jacó vê Raquel e se enamora dela. Jacó encontrou uma mulher que preenchia, espiritualmente, e afetivamente, tudo

aquilo que ele queria.Ele faz um acordo, mas esse acordo é quebrado e ele tem que pagar um preço maior,

mais sete anos de trabalho por ela.

A INDENIZAÇÃO

Era hora de voltar para a casa de seus pais, o seu tempo ali já havia terminado, ele pagou por Léia, pagou por Raquel, teve filhos, enriqueceu o seu sogro e agora era o momento da despedida.

Mas Labão procura retê-lo ali mais um pouco e lhe propõe um novo acordo, dizendo: Se agora tenho achado graça em teus olhos, fica comigo. Tenho experimentado que o Senhor me abençoou por amor de ti. Determina-me o teu salário e te darei.

Esse era um testemunho importante. Labão sabia que as bênçãos que vinham sobre a sua casa eram por causa da fidelidade de Jacó.

Jacó não aceita mais trabalhar para Labão, mas sim para ele próprio, para a sua casa. Ele não era um homem acomodado às situações, ele era um homem definido.

A nossa salvação tem um dinamismo, nós não vamos parar, nem nos conformar com pouco, eu leio um texto e não entendo, eu não vou desistir, eu vou lutar com o Senhor: Olha, Senhor, eu vou jejuar até que tu me reveles isso que está na tua Palavra... Olha Senhor, eu quero profundidade nos dons... Olha Senhor, eu quero ser usado ainda mais e melhor.

E Labão perguntou: Como vai ser isso? O que eu vou-te dar? O homem mundano

sempre quer levar vantagem.Jacó respondeu: Não me darás nada, o meu salário será todos os cordeiros morenos e

todas as cabras malhadas e salpicadas.Era o pior do rebanho e Labão deve ter achado que Jacó era mesmo um bobo, pois ele

aceitou na hora.Foi o que pensaram de Calebe quando ele pediu as montanhas. É o mesmo que pensam

de nós.Nós às vezes pedimos as montanhas: Senhor, eu quero ser mais teu servo, quero estar

mais a teus pés, quero pagar um preço, jejuar para que tu dês uma bênção ali naquele caso, para o Senhor resolver uma dificuldade no grupo de louvor, nas senhoras, elas vão orar e o Senhor vai curar.

Todos pensam: Jacó escolheu o pior... Calebe escolheu o pior... a Igreja escolheu o pior.Nós escolhemos o mais difícil.

Jacó separou o rebanho e descascou em riscas algumas varas verdes de álamo, de aveleira e de castanheiro e as colocou nos canos e nas pias de água aonde o rebanho vinha beber. E as ovelhas davam crias listradas, salpicadas e malhadas. Mas ele só fazia isso quando o rebanho estava forte, quando estava fraco ele deixava de fazer porque só nasceriam animais fracos para Labão.

Cientificamente isso não tem nenhuma explicação, como uma vara riscada colocada no bebedouro poderia interferir na genética do animal?

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Deus o estava recompensando por tantos anos de exploração que vinha sofrendo por parte de Labão, era uma indenização. O Senhor disse: Levanta agora os teus olhos, e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te fez. (Gn. 31:12)

O rebanho de Jacó crescia e era forte tudo de bom ia para Jacó.Quem pode entender quando você sorri porque houve salvação na sua casa? Ou no seu

grupo de assistência? Ou porque alguém foi liberto de um vício? Como você pode explicar essa alegria para o mundo?

A explicação está na salvação, porque é mais um que se torna justo, é mais um que é liberto, é mais um que vai deixar de mentir, é mais um que vai valorizar o seu casamento, os seus filhos, é mais um que vai sair das drogas, da prostituição, dos laços do adversário. Agora não é mais a sua força de vontade, mas é o poder do sangue de Jesus na vida dele.

Foi mais um milagre na vida de Jacó. Deus havia-lhe dado um sonho em que mostrava como ele deveria proceder, ele viu que os bodes que cobriam as ovelhas eram listrados, salpicados e malhados, aquilo não tinha sido idéia dele, mas era uma revelação de Deus. (Gn. 31:10)

O rebanho de Jacó estava distante três dias do rebanho de Labão.É essa distância que temos que manter do mundo, nós precisamos disso para a nossa

caminhada: vida, morte e ressurreição do Senhor Jesus na nossa vida.Foi o que Moisés pediu a faraó: Deixa o povo ir caminho de três dias. É o caminho da

salvação.

A PARTIDA

Labão não gostou do que estava acontecendo e já não era como antes com Jacó.Então Deus diz para ele: Torna à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei contigo.Deus fala.Quantas vezes o Senhor tem conversado conosco?Eu lembro de um familiar meu que morou aqui e nós o trouxemos ao seminário, e

quando oramos por ele, o Senhor disse assim: Não está no tempo. Este homem está ficando velho, mas não aceita o Senhor.

Ele voltou para o Brasil do mesmo jeito. Um dia o Senhor salvou o seu melhor amigo. O Senhor disse para ele: Entra naquele lugar ali. Era uma de nossas igrejas. Ele nunca tinha entrado em igreja nenhuma.

Ele entrou, ouviu a mensagem. O pastor disse para ele: Deus fala com você.Ele guardou aquilo no coração. Voltou para casa e disse para a mulher: Vai dormir lá

que eu vou dormir aqui no quarto.Entrou, sentou na cama e disse assim: Agora pode falar.Imaginem neófito, nada de Bíblia, nada de igreja, nada de religião, não sabia orar.Ele só dizia assim: Aquele lá (o pastor) falou que fala. Então fala. Se fala, então tem que

falar.E ficou assim a noite toda.De manhã ele sentiu que o quarto estava todo preenchido, não havia espaço para mais

nada, e então ele ouviu uma voz que dizia: Eu não quero o teu cansaço, Eu sou o teu descanso. Deita e dorme.

Ele acordou à tarde com uma vontade irresistível de correr para a igreja.Se você falar com ele sobre religião, ele diz: Não sei o que é isso não, eu só sei que Deus

fala.E o meu familiar se converteu pelo testemunho daquele seu amigo, Deus agiu por um

lado que ninguém havia imaginado. Ambos estão aprendendo, estão indo aos seminários.Jacó creu no Senhor, aquele que pode fazer o impossível acontecer, que pode fazer

milagres.

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O DESABAFO

Jacó disse para Labão: Qual é a minha transgressão? ... Estes vinte anos estive contigo... Se o Deus de meu pai, não fora comigo, por certo me enviarias agora vazio. Deus atendeu à minha aflição e ao trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite. (Gn. 31:36, 38 a 42)

Era a grande confissão dele. Jacó teve uma definição de vida, a sua experiência era a experiência do ministério, a experiência de homens e mulheres que crêem no milagre.

UM NOVO ENCONTRO COM DEUS

32:1 e 2 - E foi também Jacó o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus. E Jacó disse quando os viu: Este é o exército de Deus. E chamou o nome daquele lugar Maanaim.

A caminhada do justo é assim: Eu vou embora, esta terra não tem mais nada a ver comigo, o preço foi pago.

Nós seremos arrebatados e deixaremos esta terra, e nos encontraremos com o Senhor e com os seus anjos e viveremos na eternidade.

Um encontro maravilhoso.Nós estamos sendo preparados para este momento.A grande lição que fica para esta última hora é a de que vale a pena lutar como Jacó fez,

lutar com Deus.

A CAMINHADA PARA A CASA DO PAI

O que faltava para Jacó agora?Uma caminhada. Israel vai percorrer este caminho.A Igreja irá subir com o Senhor e Israel ainda vai caminhar por um pouco de tempo.

Uma coisa nós precisamos decidir. Queremos ou não queremos? Vamos pagar o preço? Vamos continuar lutando pela Obra aqui, pela Obra na Espanha? Vamos começar a orar pela Itália? Vamos continuar orando pela Obra na Irlanda? Pela Bélgica? Pela Áustria? Estamos pagando o preço?

Há ainda muita terra a ser possuída e isso é uma promessa do Senhor. O Senhor disse para Jacó: Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me

tens votado o voto; levanta-te agora, sai-te desta terra e torna-te à terra da tua parentela. (Gn. 31:13)

Temos sido fiéis? O altar está erigido? Estamos prostrados diante dele? Estamos preparados se Deus voltar hoje?

Que Deus nos abençoe e nos faça compreender cada dia mais isto.

Amém.

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SALVAÇÃO

Jo. 14:6 - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Sempre que nós falamos em Obra, nós não estamos falando de um momento, mas sim de um projeto de Deus que tem como objetivo a salvação do homem, um projeto que tem o seu início na eternidade e que vem resgatar o homem nesta vida e volta para a eternidade.

A Obra é exatamente isso. Ela tem um caminho, uma história, um objetivo e quando nós descobrimos a Obra, nós descobrimos o caminho. Por quê?

Porque quando nós entramos no projeto, que é esta Obra, este caminho nos conduz, nos leva em direção à eternidade.

Ato e processo.

A salvação na vida do homem tem duas etapas fundamentais. São elas: o ato e o processo.

ATO.

O ato é a descoberta do caminho.Cabral, por exemplo, descobriu o caminho (marítimo) que o levou de Portugal ao

Brasil.O ato é uma experiência estática. Eu estava num determinado lugar e o Senhor falou

comigo. Eu estava no trabalho, ou na escola, ou na rua, e alguém falou comigo, ou deu-me um folheto, ou convidou-me para ir a uma determinada igreja, e então o Senhor falou comigo.

O ato de salvação é o momento em que o homem descobre que Deus tem um projeto para a sua vida, que é o caminho que o levará para a eternidade.

Quando nós descobrimos o caminho, nós descobrimos Deus o Pai, o Filho, a Palavra, o amor de Deus, o clamor, a revelação de Deus, a revelação do seu projeto, da sua vontade com relação ao homem.

O ato é uma experiência que marca a vida do homem para sempre. Quando o homem descobre o Senhor, ele descobriu apenas a porta, e é por isso que

Jesus se apresenta como a Porta, dizendo: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas... Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. (Jo. 10: 7 e 9)

O ato é esse momento ímpar em que o homem descobre que os olhos de Deus, que o seu amor, que a sua palavra, estão sobre ele e que foram propostos para a sua salvação.

PROCESSO.

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A salvação do homem não se consume apenas nesse ato, nessa descoberta do caminho, é necessário andar nele, há um processo.

Inicialmente nós descobrimos que o Senhor nos ama, agora precisamos conhecer o Senhor. É o conhecimento, é o processo e é nessa fase que muitos se desviam, que muitos se perdem.

No percurso desse caminho, muitos estão perdendo a sua experiência original, muitos estão perdendo o rumo que Deus traçou para a sua vida. Por quê?

Porque o processo, o conhecimento, a caminhada, só terá significado, só terá efeito, quando o homem entra no corpo, quando ele conhece o corpo.

O ato pode-se dar em qualquer tempo e lugar, dessa ou daquela maneira, mas o processo, a caminhada só se realiza, só se consume no corpo.

O corpo é o segredo desta hora para a salvação do homem. Por quê?Porque o homem não pode ser salvo sozinho, fora do corpo. Eu chego e digo: Recebi

uma bênção! Deus falou comigo! E então pego a minha Bíblia e vou para o meu escritório fazer pesquisas sobre a natureza da Palavra. A que resultado eu vou chegar?

Ao resultado da razão. É a minha razão, é o mesmo conceito a que o mundo chegou a respeito de Jesus.

Quando eu entro no conhecimento da Palavra através da razão, eu me desvio para outros lugares, para uma religião, para um projeto pessoal, para um ideal de vida. A Religião dá margem a todas estas coisas porque ela deixa de lado o processo que Deus instituiu para a vida do homem e passa a ser um processo que o homem estabelece para seguir a sua própria vida.

É por isso que o Senhor chama a nossa atenção para o conhecimento, que é o processo, e esse processo está no corpo.

Você diz: Jesus salva..., mas temos que guardar o sábado para chegarmos ao céu.Isso é razão ou revelação?É razão.Você diz: Mas eu estou na Bíblia.Você está na letra da Bíblia, você está na sua razão. Por quê?Porque quando nós estudamos a Bíblia, nós vamos encontrar o sábado desde o livro de

Gênesis ao de Apocalipse. É a razão do homem tentando entender o evangelho.Quando nós entramos nesse processo, que é a razão do homem, nós podemos

descobrir muitas coisas.O sábado que está na letra, ele fala de um descanso terreno, a cessação de um trabalho,

ele fala a respeito de um culto, que é o culto da lei. Mas quando nós entramos no culto da lei, nós entramos nos outros elementos que constituíam esse culto, que são: a vítima, o sacerdote e o templo.

Esses quatro elementos (o dia do descanso, a vítima, o sacerdote e o templo) faziam parte de um conjunto de valores que Deus estabeleceu para uma dispensação na vida do povo de Israel.

Quando nós dissemos que estamos guardando a lei é porque nós, através da nossa razão, estamos apenas lendo, mas não estamos descobrindo o mistério através da revelação.

Quando nós lemos a Palavra através da revelação, o Senhor nos mostra que o descanso que o homem necessita, não é um descanso físico, material, mas é um descanso espiritual.

O templo era um tabernáculo construído por mãos humanas, mas Paulo, por revelação, diz o seguinte em sua primeira carta aos coríntios: Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (I Co. 6:19)

O Senhor Jesus disse à mulher samaritana: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. (Jo. 4:23)

Quem ensinou isso a Jesus?

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Foi o Pai, quando Ele estava na eternidade. O Senhor, então, começa a dar ao homem o verdadeiro sentido de tudo aquilo que foi estabelecido no período da lei de Moisés como uma dispensação.

Quem é a vítima? Quem é o cordeiro oferecido em holocausto?É Jesus, Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Quem é o sacerdote?É Jesus. Na vigência da lei, no Velho Testamento, o sacerdócio estava nas mãos de

Arão, o sacerdote tinha que ser da linhagem de Arão, mas quando Jesus vem, Ele estabelece um novo sacerdócio e o sacerdote agora é segundo a ordem de Melquisedeque, que não tem princípio e nem fim.

O dia do descanso também é o Senhor Jesus porque nele nós podemos descansar todos os dias. Não é um descanso puramente físico, mas é um descanso para a alma.

O Senhor Jesus disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mt. 11:28 e 29)

E o descanso físico?O descanso físico é necessário, ele é parte essencial do ritmo de vida do homem. Uns

trabalham cinco dias e descansam dois outros trabalham quatro dias e descansam três e há os que trabalham apenas um dia e ficam preocupados com as férias deles.

Quando o Senhor Jesus fala ao homem, Ele mostra um segredo que não está dentro de um contexto racional, não é na combinação do versículo X com o versículo Y, mas Ele se revela a nós como o descanso que o homem necessita: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e encontrareis descanso para as vossas almas.

Na letra nós podemos interpretar isso de muitas maneiras, todas racionais, mas pela revelação nós vamos ver que é algo amplo, algo que nos abre um horizonte muito grande, ilimitado.

A revelação mostra um caminho novo ao homem, um caminho diferente. A razão desvia o homem do projeto.

É uma bênção conhecer este caminho, que é Jesus, nesta hora. Muitas pessoas gostam de colocar adesivos nos seus carros com os dizeres: Jesus é o caminho, e a verdade e a vida... Jesus é o meu Pastor... Mas o pastor é aquele que guia, que apascenta as ovelhas, no entanto, a pessoa vai aonde quer ir, ninguém a impede de fazer o que quer, ela age segundo a sua própria vontade, exatamente como o mundo está agindo. Essa pessoa é ovelha? O Senhor é Pastor de uma ovelha dessa?

Isso aí não é ovelha, é bode, e bode tem em todo o lugar. O Senhor é Pastor de ovelhas. Ele disse: Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas... Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. (Jo. 10: 11 e 14)

Jesus é o Caminho. Quando nós falamos que Jesus é o caminho, nós vemos que é necessário conhecê-lo porque o conhecimento do caminho é fundamental.

Se eu saio daqui dirigindo um automóvel e vou para um país cuja língua eu não conheço, como eu irei compreender os sinais de trânsito, as placas indicativas? Uma placa manda virar à direita e eu não viro porque não entendo; outra placa manda que eu pare, mas eu sigo em frente. Aonde eu vou chegar?

Provavelmente a um hospital ou à polícia.Assim é aquele que entrou no caminho, mas não conseguiu andar nele.A história da Igreja é a história daqueles que entraram no caminho e que sabem que

para andar nele é preciso uma direção constante, é o conhecimento da vontade do Senhor para que nós sigamos com segurança, com conhecimento.

Imaginem o povo de Israel andando pelo deserto sem a orientação do Senhor. Não havia sinalização, nem mapas, nada. Por isso o Senhor os orientava através da coluna de fogo

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à noite e da nuvem durante o dia, era necessária a assistência dos anjos, era necessário um homem a quem Deus pudesse revelar-se para guiá-los, para empreender a transição, que era a saída da escravidão para a caminhada rumo a terra prometida.

Israel precisava da palavra do Senhor, da sua revelação, todos os dias, afim de guiá-los no caminho.

A caminhada da Igreja é uma experiência praticada a cada dia, é a oração, é o louvor, é a fé, é a comunhão, é o clamor constante. Sem a dinâmica da revelação, sem que o Espírito Santo esteja corrigindo, operando, orientando, ensinando, nós não vamos chegar lá.

Alguém diz: Ah! Mas eu estou numa igreja muito boa, é muito animado, há muito entusiasmo, as pessoas dançam, balançam a mão, viram, e dão voltinha, batem o pé.

Foi isso que o Senhor separou para a caminhada do povo no deserto?Não. A direção do povo era através da revelação. Se a revelação, que é a direção

contínua do Senhor, não estivesse presente, o povo não caminhava.Qual é o problema do evangelho, hoje? Da comunidade evangélica?Eles estão buscando na Palavra os recursos para uma vida terrena. Nós temos que considerar dois aspectos do evangelho, que são: o da Tradição e o dos

Movimentos.

A Tradição.

O tradicional teve uma experiência com o Senhor? Teve. Nós não podemos questionar a experiência que muitos tiveram. Mas o que

faltou?Faltou o processo. O início foi uma revelação de Jesus, mas não se perpetuou, não

prosseguiu na vida da Igreja porque faltou a direção, faltou a revelação. Eles deixaram a experiência revelada e entraram pelo caminho da razão, um caminho que leva para muitas outras coisas, todas terrenas.

A Tradição hoje enfrenta uma dificuldade muito grande porque ela assimilou tudo o que o mundo está gerando, já não há mais separação porque é a mesma conduta de vida, a conduta do homem profano foi assimilada na Tradição, as mesmas músicas, as mesmas técnicas, o mesmo ritmo, os usos e costumes do mundo estão sendo adotados pela Tradição, inclusive o carnaval, com blocos e tudo o mais, o pastor sai na frente puxando a melodia Ardendo em fogo minh’alma está e está ardendo mesmo. Isso acontece porque entraram pela razão. E a justificativa deles é essa: Mas nós temos que ganhar as almas do mundo. Mas ganhar com a roupa de Saul? A roupa de Saul só serve em Saul. Ele era rei, mas não foi enfrentar Golias (que é tipo da carne) porque sabia que não ia vencer.

Existe um grupo que resolveu fazer a escola dominical na praia. Sempre a mesma justificativa: Nós temos que ganhar as almas perdidas que estão na praia. O slogan é: Jesus! Vida! Verão! Então colocam um conjunto de rock evangélico na praia para atrair os jovens, pra dizer que a Igreja se modernizou, que agora ela é avançada, que está satisfazendo o anseio que o jovem tem por um ritmo novo, diferente.

Existe até o forró evangélico, o baião, o samba e outros ritmos populares. Mas qual é o problema? Tudo não fala de Jesus?

Sim, eles falam de Jesus, mas não levam as pessoas a uma experiência com Jesus, não estão-lhes dando a oportunidade de santificação, de viverem o processo, que é uma nova etapa na vida do homem, uma etapa onde a presença da revelação é fundamental porque é ela que continua direcionando e libertando o homem no caminho.

A Tradição está vivendo um evangelho cujas páginas da Bíblia embranqueceram, não há mais nada a dizer, por isso o jeito é assimilar aquilo que, à luz da razão, é muito bom.

Os Movimentos.

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Os Movimentos também tiveram uma experiência com o Senhor, inclusive com os dons espirituais, mas o que aconteceu?

Eles misturaram o dom com a razão e por isso não há uma compreensão exata daquilo que é razão e daquilo que é revelação. E quando eu tenho razão e revelação, quem é que vence?

A razão, porque é uma característica do homem.E por que houve essa mistura?Porque faltou corpo. Corpo é aquilo que a Igreja vive todos os dias. O corpo tem

governo, tem disciplina, tem correção. Numa igreja que tem corpo, o pastor não pode falar qualquer coisa porque tem ovelha com mais discernimento do que ele. Ele diz uma coisa que não é do Senhor e a ovelha já entende que aquilo não é do Espírito Santo.

Isso acontece porque o corpo tem vida, o Espírito Santo está operando no meio dele, é o sangue de Jesus que circula, que dá discernimento, que divisa cada coisa e coloca cada coisa no seu devido lugar.

É o caminho, é a descoberta, é o conhecimento, é a prática, é o Espírito Santo que leva o homem ao entendimento daquilo que é a vida de Jesus. O corpo tem resposta, o culto não é um discurso de alguém, não é um convite a uma reflexão sobre a fugacidade da vida que leva o homem a uma compreensão sobre a necessidade de um novo posicionamento espiritual. O argumento não converte o homem, ele não modifica o homem porque a razão é uma característica humana, quanto mais na razão você estiver, maiores argumentos você terá.

O que converte o homem, o que transforma o homem é a revelação.Faraó não aceitava outra coisa que não fosse a revelação. Moisés dizia: Amanhã serão

as rãs... O sangue... A morte dos primogênitos... As trevas... Ele só aceitava isso.Só a revelação desloca o homem do seu imobilismo espiritual e o direciona para uma

nova vida. Não é o argumento, não é a razão, não é a mente humana porque os planos da nossa mente não são capazes de transmitir vida ao homem.

Esse foi o problema dos Movimentos, a falta de corpo e a falta de governo.

O Cristianismo histórico / A Idolatria.

Quando nós falamos da Idolatria, nós entendemos que a maioria nem o ato teve, porque o ídolo desvia o homem da Palavra, uma vez que ela diz que o ídolo é abominação.

Não podemos entender com naturalidade que alguém teve uma experiência com Deus num lugar onde há idolatria.

A pessoa diz: Ah! Mas Deus falou comigo ali.Pode até ter falado, mas nós só entendemos que Deus falou com alguém que está na

idolatria se pela segunda vez o Senhor disse: Sai daí.Se a pessoa disser que o Senhor disse outra coisa na segunda vez em que falou com

ela... Olha, o Senhor falou comigo pela segunda vez ali, Ele disse que eu sou muito bonzinho, que eu sou gente boa, gente fina...

Se o que ela ouviu não foi Sai daí, certamente não foi o Senhor quem falou com ela, foi outra coisa.

A idolatria não descobriu o caminho porque a descoberta do caminho é um ato do Espírito Santo, é Ele quem nos leva a descobrir o caminho.

Nós estamos falando mal das religiões?De jeito nenhum, porque às vezes nós podemos estar fechando as portas, alguém pode

ainda estar vivendo num desses lugares.A mente humana, a razão humana cria um ambiente muito confortável para o homem.

Quando nós falamos de religião, nós estamos falando daquilo que é material. A Religião sempre está preocupada com aquilo que é a vida material do homem, é a casa, é o ovo da páscoa, o chocolate. Quanta coisa boa nós temos na Religião! Mas o que nós não podemos

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confundir é que tudo isso está dentro de uma perspectiva material, seja transposta para a expectativa de salvação na vida do homem, porque tudo isso não tem valor para a eternidade.

Quando o Senhor se revela ao homem como sendo o caminho, Ele quer-lhe mostrar o rumo de alguma coisa que é muito importante para ele, que é a vida.

Quando nós nascemos foi para que tivéssemos vida e o projeto de Deus supre a sede de vida que o homem tem. Ninguém quer morrer quem disser que sim está faltando com a verdade. Nós nascemos para viver e nós queremos viver. Se você tiver 80 anos, mas o seu avô chegou aos 100, você vai querer chegar lá também. É a sede de viver, isso faz parte da natureza humana, e como o Senhor sabe disso, Ele veio prover ao homem a sede de vida, que não é a sede deste mundo.

Quando o Senhor diz que é o caminho, e a verdade e a vida, Ele não está-se referindo a uma vida longa, Ele não disse: Recebam uma bênção do Senhor e vivam até 800 anos.

Muitas vezes o Senhor salva hoje e leva no dia seguinte e isso porque a vida que Ele está-se referindo é a vida eterna, Ele está falando de uma eternidade, de uma vida que não acaba porque ela é vivida onde o tempo não acaba. A vida do mundo é a vida do tempo que nos morremos, nós estamos morrendo um pouco a cada dia, não é dessa vida que o Senhor fala, Ele está falando da eternidade, da vida eterna. Só os valores que vieram da eternidade podem levar o homem para a eternidade, ninguém vai à presença do Pai através de uma escada, nem de uma torre (como a de Babel), porque só volta para a eternidade aquilo que veio da eternidade.

O projeto de Deus é exatamente isso, é um plano que Deus fez na eternidade e que passa no tempo da existência do homem e volta para a eternidade.

Quando nós falamos de Jesus, da sua Palavra, do clamor pelo seu sangue, da fé, da remissão de pecados, da intercessão, da glorificação, nós estamos falando de valores que estão dentro do projeto de Deus que está no nosso meio. Mas o que o Senhor quer-nos fazer com isso?

O Senhor quer-nos resgatar para que, através desses recursos, Ele nos leve de volta à eternidade.

Quando eu falo de fé – firme fundamento, eu não estou falando dessa fé do homem. A fé é um ato em que o Espírito Santo opera no coração do homem.

A salvação não é uma interferência, ela não é a conclusão de uma verdade, mas é uma operação do Espírito Santo. Salvação não é aquilo que o pregador faz: Quem quiser salvação, venha aqui à frente. Não é por força nem por violência. Aí o que está ao lado cutuca o outro e diz: Vai lá. Mas o camarada não quer ir; então vem o outro e empurra aquela luta.

É pelo Espírito.Muitas vezes, terminado o culto, olhamos e lá atrás está uma jovem, uma senhora, num

cantinho, chorando, e a Igreja envolvida com as suas preocupações, o diácono preocupado com as crianças, ninguém viu aquela pessoa entrar, mas a palavra, o louvor, o sinal, tocaram em seu coração e o Espírito Santo operou uma bênção de transformação, o Senhor alcançou aquela vida, e ela diz: Olha, aquela palavra falou profundamente ao meu coração... aquele sinal falou comigo... a mensagem... eu não sei quem contou a minha vida para o pastor, eu não conheço ninguém aqui.

Isso é o Espírito Santo operando no corpo. A Igreja sabe que sem o corpo, que sem a comunhão, que sem a Palavra revelada, que sem o clamor pelo sangue de Jesus, que sem as correções que o Senhor dá a cada dia na caminhada da Igreja, ela não vive. É a busca, é o jejum, é a consagração, é a intercessão, é a obediência às revelações, e por quê?

Porque são maneiras que o Espírito Santo tem de sensibilizar e encontrar guarida na vida do homem para realizar a sua Obra.

Quem é que está fazendo isso? É o pregador da prece poderosa?Não, é o Espírito Santo. A Igreja tem uma experiência para transmitir ao mundo, é o seu testemunho, é o

testemunho de uma vida no corpo, é o testemunho daquilo que há em comum, é o repartir das bênçãos, é a operação do Senhor, os livramentos, as experiências, é o clamor, na comunhão.

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O mundo já ouviu o evangelho, mas hoje ele clama pelo testemunho. Só no corpo, só na comunhão é que a Igreja estabelece o caminho dentro de um propósito eterno que Deus concedeu para ela.

Amém.

DONS ESPIRITUAIS

I Co. 12: 1 - Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

A palavra ignorante significa aquele que não tem conhecimento de determinada coisa, aquele que ignora determinada coisa.

Para aqueles que militam a boa milícia na Obra do Senhor, ignorar não é só perigoso, mas também é fatal.

O que é, então, o dom espiritual? O dom espiritual é a informação, da parte do Senhor, daquilo que Ele está preparando,

ou que já está preparado, para a Igreja que vive esses últimos dias.Nós podemos avaliar como Paulo pôde conhecer o uso dos dons na Igreja, como ele

alcançou esse entendimento, de que aquilo que estava acontecendo era o uso do dom espiritual de sabedoria, como ele pôde entender, pelo Espírito, que a visão, a revelação, o sonho, estavam incluídos no dom de ciência (ou do conhecimento da parte do Senhor).

Paulo pôde avaliar cada um dos nove dons espirituais no dia a dia da caminhada da Igreja, ele pôde observar que naquele dia ali acontecia um fato que era muito importante porque era o coroamento das profecias que estavam no Velho Testamento, mostrando que haveria um momento em que o Espírito Santo seria derramado sem medida, e que as pessoas, velhos e jovens, que estivessem aos pés do Senhor, teriam uma experiência com os dons espirituais.

A Igreja que vivia essa experiência é aquela que a Palavra descreve no livro de Atos dos Apóstolos, a sua vida, as suas lutas, as suas vitórias, é o início da caminhada da Igreja.

Há pessoas que dizem que a Igreja delas é a primeira e que nós viemos depois, mas isso não procede, porque você encontra no livro de Atos a caminhada da Igreja, o seu início, as primeiras experiências, o batismo com o Espírito Santo, os dons espirituais e você vê o continuar.

Quando nós queremos conhecer algo a respeito de alguma doutrina, como o Senhor usava os seus servos, como a Igreja era trabalhada, nós temos que voltar à Palavra e verificar o que acontecia ali.

Nós vemos o batismo com o Espírito Santo no livro de Atos. Paulo pergunta aos efésios: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles respondem com honestidade: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. (At. 19:2)

Dias destes o Senhor mostrou que um grupo deveria ir a Itália levar uma palavra para onze pessoas que estavam ali, exatamente como aqueles de Éfeso. Eu recebi um telefonema do presbitério e eles me disseram: Olha, o Senhor incumbiu você de uma missão muito interessante, você vai para a Itália como Paulo.

Paulo estava naquela mesma situação. Aquele grupo de doze varões em Éfeso não sabia acerca do Espírito Santo, eles disseram: Nós nem ouvimos que haja Espírito Santo.

E Paulo perguntou-lhes: Em que sois batizados então?E eles responderam: No batismo de João.E Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao

povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.E eles foram batizados nas águas em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e

quando Paulo impôs-lhes as mãos, e falavam línguas e profetizavam. (At. 19: 2 a 7)

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A experiência que Paulo tinha é a mesma experiência que nós temos. Nós estamos vendo o Senhor operar e conferimos isso com a Palavra, nós conhecemos exatamente o que o Senhor quer que façamos e começamos a entender como Ele quer que a sua Igreja aplique os dons e as demais doutrinas.

O importante é que, em determinado tempo, um grupo de homens fiéis buscou o Senhor e tomou conhecimento, da parte do Senhor, acerca da aplicação dos dons espirituais, quais eram as definições exatas e a finalidade de cada um. E como eles chegaram a este conhecimento?

Eles observaram o que acontecia. Visão... O que você viu?... Foi isso, isso e isso. Revelação... Olha, o Senhor falou ao meu coração isso, isso e isso. Pela madrugada eu me levantei e um anjo do Senhor se apresentou e disse assim... Sonho... Eu tive um sonho assim, assim e assim.

Mas o que vamos fazer com estas informações da parte do Senhor? Isso conta no momento? É para agora? É para todo o mundo?

Mas havia outras informações. Olha uns vão profetizar e os outros vão julgar... Isso tem que ser para um fim proveitoso, tem que ter finalidade, tem que ser útil... Olha, é para ser usado no corpo, é para a edificação do corpo.

Todo o mundo que não foi bem no evangelho até aqui, escorregou numa coisa: dons. Todo o mundo que se disse avivado e se disse pentecostal, escorregou nisso, nos dons. Por quê?

Porque eles caminharam para o materialismo, eles foram pelo mesmo caminho de todo o mundo que não teve uma experiência pura, verdadeira com Deus.

A tendência natural dessa última hora é caminhar para o materialismo, é a vaidade, é o culto ao homem, é o eu funcionando.

Eles usaram os dons indevidamente, eles perderam a visão de Deus no uso dos dons. Eles têm dons, mas estão sendo usados de maneira incorreta, diferente daquela que a Palavra mostra. A conotação é pessoal e individual.

Lembro de um amigo que nós evangelizamos que gostava muito de visitar uma pessoa que morava num barraco no morro porque ela sempre tinha uma profecia. Ele sempre levava uma galinhazinha para ela, umas coisinhas que ela gostava e ela sempre tinham uma profecia para ele. E eu lhe disse: Experimenta ir lá sem levar a galinhazinha e vê o que vem de volta. E vê também se o pastor dela sabe o que ela anda fazendo, vê se ela está fazendo isso no corpo, vê se ela está fazendo aquilo que Paulo ensinou.

Dias depois ele voltou e disse: Olha, eu fui lá e falei aquilo tudo e ela me disse: Ele tem razão porque o que eu estou fazendo aqui não está certo, ninguém lá sabe o que eu estou fazendo.

Uso indevido dos dons.Esse rapaz se converteu... Que dificuldade! Ele só sentou na igreja quando teve um

sonho que o deixou amedrontado. O Senhor apresentou-se a ele e disse: É a última chance que Eu lhe dou. Ou você senta na minha igreja e acerta a sua vida ou morre.

Ele chegou lá no meu trabalho, aflito, dizendo: O Senhor falou isso assim e assim comigo.E eu perguntei a ele: E o que você vai fazer? Você vem falar comigo? Por que você não

está já lá na porta da igreja esperando abrir e você entrar e sentar?Aí você diz: Que coisa dura! Mas nós sabemos como nós somos.Os dons espirituais são uma experiência importante da Igreja que vive essa última

hora, que é a Igreja que vai ser arrebatada. A Igreja que vai viver com o Senhor é informada, a todo o momento, pelo Senhor, ela toma conhecimento daquilo que é o objetivo, que é o propósito, que é do projeto de Deus, ela está sendo orientada, ela está sendo dirigida pelo Senhor.

Para efeito de estudo, a respeito dos dons, nós podemos dividir a Bíblia em três períodos. São eles:

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1º) Do Gênesis até João Batista.

Em Lc. 16:16 está escrito que a lei e os profetas duraram até João.Quando João Batista é decapitado, a voz da lei é calada, ele é o último profeta da lei,

com a sua morte a voz da lei é silenciada.

2º) Durante o ministério do Senhor Jesus.

3º) Do Pentecostes até ao arrebatamento da Igreja.

É o período da graça, o período que nós vivemos o último período da Igreja aqui na terra.

OS DONS NO VELHO TESTAMENTO.

Sabedoria - Nós lembramos de Salomão, mais especificamente, do julgamento das duas mulheres. Uma tinha matado o filho e trocado pelo filho da outra que estava vivo. De quem era a criança?

Salomão então usa a espada, que é a palavra de sabedoria, a espada aguda, e decide dividir a criança em duas partes e dá-las àquelas duas mulheres, metade para cada uma.

A verdadeira mãe daquela criança viva rogou que não a matassem, preferia que a dessem para a outra mulher.

As coisas foram colocadas no devido lugar, a sabedoria foi usada e a decisão foi tomada com acerto.

O que tipifica as duas mulheres?A verdadeira mãe é tipo da Igreja Fiel, aquela que vai sempre lutar para a preservação

da vida. A outra, a impostora, é tipo da Igreja Infiel, aquela que está envolvida com a morte, ela provoca a morte, se conforma com ela.

A Igreja Fiel luta dia e noite pela vida, por isso nós não nos alegramos em ver ninguém sair da Obra, em ver alguém que não está bem, essa é a luta da Igreja, dos grupos de assistência, de todos nós que estamos envolvidos com a vida. Nós não aceitamos e não nos acostumamos com o sintoma da morte, com o envelhecimento espiritual, com a perda da vitalidade espiritual, por isso a nossa preocupação quando alguém falta à igreja. Às vezes a pessoa até se espanta e diz: Mas eu não tenho o direito de faltar?

O grupo de assistência é esse fechamento de informações, ele pode chegar mais perto até mesmo do que o pastor, ele vai à casa do irmão, ele sabe se está doente, se está triste, as dificuldades, porque todas as informações chegam mais rapidamente e a pessoa é prontamente assistida pelo grupo. Prevenir é melhor do que remediar. Você tem um prédio e faz a prevenção, limpando as calhas, quando chover, você não vai ter problema, não vai ter prejuízo, você gastou menos do que se o problema tivesse acontecido.

Isso também existe na vida espiritual. Você vê uma pessoa com uma dificuldade e deixa, ela vai chamar outra dificuldade, e outra, daqui a pouco a pessoa arriou e por quê?

Porque toda a vez que há uma operação do erro, há uma malignidade operando, e ela tomou conta de alguém, e não é naquela pessoa somente, aquilo tem um raio de ação, e procura contaminar o restante. Se deixar, aquilo se alastra, porque a doença espiritual pega muito mais do que a física. Se não tratar logo, daqui a pouco tem murmuração, tem conformismo e tudo o mais.

Ciências - Sonhos, visões e revelações. Você encontra em José, Isaías, Ezequiel, Daniel, etc.

Em Daniel você encontra características interessantes. Lendo um livro intitulado Daniel, eu vi a explicação que o autor deu para aquilo que aconteceu naquele banquete. O autor disse que os magos, com medo, foram para uma sala contígua à sala do banquete, e

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ficaram fazendo sombra na parede com o uso de uma lamparina e que só assim Daniel pôde interpretar aquela escrita. Quer dizer, Daniel só viu direito as coisas quando os magos fizeram aquela sombrinha na outra sala. Vejam só quanta sabedoria! Um mago foi quem fez a sombrinha que apareceu na parede e Daniel, um bobo, chegou lá e discerniu a sombrinha que o mago projetou na parede. O pior é que isso é vendido e assimilado.

Tem um livro sobre Cantares que é a pior coisa que eu já li em termos de explicação.

Fé - Quando nós queremos citar um exemplo de fé, ninguém melhor do que Abraão, que é um dos maiores exemplos de definição, de vida espiritual.

Abraão ouve aquilo que é impossível de a mente humana alcançar e crê. O Senhor lhe disse: Abraão, Eu te darei um herdeiro. Olha para os céus, e conta às estrelas, se as podes contar. Assim será a tua semente. (Gn. 15:5)

Imaginem Abraão e Sara já bem idosos, Sara que sempre fôra estéril, e o Senhor dizendo que a sua descendência seria como as estrelas dos céus, como a areia do mar.

Abraão creu no Senhor e isso lhe foi imputado como justiça. (Rm. 4:16 a 22)Será que nós seríamos capazes de crer a esse ponto? Abraão creu e não duvidou da

promessa de Deus porque ele estava certíssimo de que o que Ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.

Eu tenho um dom na minha vida, eu tenho fé para exercitar dons, eu creio no meu Senhor.

Essa fé (dom) não é a fé inicial, aquela que eu recebi quando aceitei o Senhor como meu Salvador, essa fé é um instrumento de partida na minha vida espiritual.

Abraão não disse nada, mas Deus olhou o seu coração, assim como olha o nosso.

Cura - Naamã foi curado e quis dar presentes para Eliseu.Aqui há duas lições. A primeira foi a conversão de Naamã. Ele diz ao profeta: Nisto perdoe o Senhor a teu servo: Quando meu senhor entra na casa

de Rimom para ali adorar, e ele se encosta-se à minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisso perdoe o Senhor a teu servo. (II Rs. 5:18)

Era um dever de ofício, porque Naamã era chefe do exército do rei da Síria, mas o seu coração não tinha mais nada a ver com aquela idolatria ali. Era a definição do servo. Naamã tinha adorado aquele deus Rimom até aquele dia, mas agora ele aceitou o Senhor, ele foi salvo, ele entendeu o projeto de Deus na sua vida e com esta compreensão ele tem a gratidão, ele pede a graça e a misericórdia do Senhor sobre a sua vida: Perdoa-me, Senhor.

A segunda foi a queda de Geazi.Geazi é aquele que é mercador, aquele que vende uma mercadoria. Ele correu atrás de

Naamã para tomar dele alguma coisa para si e então lhe pregou uma mentira, dizendo: Olha o meu senhor Eliseu não quis nada seu, mas é que vieram a mim dois filhos dos profetas e eu queria que o senhor desse para eles um talento de prata e duas mudas de vestidos. (II Rs. 5:22)

Naamã estava tão agradecido por estar curado que fez questão de dar-lhe, não apenas um, mas dois talentos de prata.

Geazi vivia ao lado do profeta, ele sabia tudo o que Deus havia feito, sabia como era o Senhor, como Ele agia, ele não estava enganado.

Nenhum de nós está enganado, nós sabemos exatamente o que Deus gosta e o que Ele não gosta, cabe a nós fazer ou não fazer.

Geazi foi lá, disse uma mentira, e trouxe aquilo que desagradava ao Senhor e escondeu na casa.

Quando Eliseu o viu, perguntou-lhe: De onde vens, Geazi?E Geazi mentiu outra vez, dizendo: Eu não fui a lugar nenhum.

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Por causa disso tudo Geazi ficou leproso e toda a sua descendência também teria a lepra.

Nesta última hora, quem está com a pureza do evangelho, quem está falando de uma virtude do Senhor Jesus, contando uma verdade que é inconfundível, ele tem uma bênção de salvação. Mas quem está fazendo do evangelho um negócio, quem está trocando oração, quem está trocando profecia por qualquer valor dessa vida, ele tem a mesma lepra de Geazi.

O pecador aceita Jesus e é limpo de todo o pecado, mas o mentiroso do evangelho fica com todo o pecado que saiu dali, vai tudo sobre ele.

Maravilhas.

Quando nós falamos em maravilhas, nós falamos da saída do povo de Israel do Egito, falamos de Noé, falamos do dilúvio.

Há uma tese que o mundo está defendendo por aí que diz que o dilúvio não aconteceu daquela maneira, eles dizem que foi uma chuva que esvaziou aqui e encheu lá e então os pescadores pegaram os seus barquinhos, cada um colocou o seu pessoal, colocou uns bichinhos e é por isso que existe essa bicharada toda aí.

Eu pergunto: Quem fez regime no elefante para que ficasse de jeito a caber num barquinho? Quem dobrou o pescoço da girafa? Só se ela ficou num barco a vela. A explicação fica para ser dada pelos cientistas.

Então é isso que concluíram, não teve Noé, não teve arca para eles a Bíblia contou uma mentira.

Mas Sodoma e Gomorra estão aí, ninguém achava estas cidades porque estavam debaixo do mar. Começaram a cavar e sentiram um cheiro forte de enxofre. Foram abrindo e então encontraram os banhos públicos, muito parecidos com as bancas de jornal que nós vemos por aí. Se daqui a 5.000 anos alguém escavasse a terra e encontrasse uma banca de jornal de hoje, com certeza eles diriam assim: Que coisa terrível era a vida deles! Que promiscuidade!

O mundo de hoje está igual à Sodoma e Gomorra, por isso Jesus disse: Comiam, bebiam, casavam e davam em casamento, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. (Lc. 17:27 a 29)

Essa descoberta arqueológica provou que nós estamos da mesma maneira que eles. Toda a cerâmica deles, toda a escrita, toda a pintura, toda expressão artística deles tinha alguma coisa de promiscuidade, todos os seus deuses eram contra a ecologia, a mente deles era voltada para isso.

Mas o juízo de Deus chegou e acabou com aquilo tudo, e é por isso que nós temos que estar atentos, porque o mundo está igual (ou pior).

Profecia.

Daniel e tantos outros profetas.

Discernimento de espíritos.

Jeremias teve discernimento quando os profetas disseram coisas falsas, coisas que não vinham do Senhor.

Línguas.

Aquilo que estava escrito na parede, no banquete de Belsazar.

Interpretação da língua.

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Aquilo que Daniel falou a respeito daquela escrita na parede, no banquete de Belsazar.

OS DONS NO NOVO TESTAMENTO.

Sabedoria.

Jo. 8: 1 a 11 - Jesus estava ensinando no templo quando os escribas lhe trouxeram uma mulher que havia sido flagrada cometendo adultério.

Existem duas situações aqui, ambas bastante delicadas.1ª) Se Jesus dissesse que eles deviam apedrejá-la, eles diriam: Mas onde está o amor

que o Senhor prega?2ª) Se Jesus dissesse que eles não deviam apedrejá-la, eles diriam: Ele não cumpre a lei.Jesus começou a escrever alguma coisa no chão, alguns dizem que Ele escrevia o

pecado de cada um daqueles ali e quando eles viam... Ih! Sou eu, vou embora...Mas Jesus estava falando do seu próprio ministério, do seu projeto, do projeto do Pai,

Ele estava registrando ali a sua missão. Quem viu o que era a vida de Jesus ali, não tinha dúvida de que Ele não poderia atirar a primeira pedra.

E como ninguém atirou a primeira pedra, ninguém foi capaz de atirar a segunda. Se alguém atirasse a primeira pedra, logo em seguida cairia uma chuva de pedras em cima daquela mulher, mas como ninguém jogou a primeira, cada um guardou a sua e foi embora.

O mundo vive assim.

Ciência.

Lc. 19:1 a 10 - Zaqueu estava em cima de uma figueira, vendo o Senhor Jesus passar. Então o Senhor olha para ele e lhe diz: Zaqueu desce depressa, porque hoje me convém pousar na tua casa.

Era o Senhor Jesus vendo o coração de Zaqueu. O Senhor Jesus conhece, verdadeiramente, cada um de nós.

Lc. 7:36 a 50 - Jesus estava na casa de Simão, o fariseu, quando entrou uma mulher pecadora e se prostrou aos pés do Senhor e começou a chorar e enxugar as lágrimas com os seus cabelos, e a beija-lhe os pés e a ungi-los com ungüento.

Simão viu aquilo e disse consigo mesmo: Se este fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.

Então o Senhor, sabendo o que estava no coração daquele homem, lhe diz: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés, mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento.

E disse à mulher: Os teus pecados te são perdoados. A tua fé te salvou; vai-te em paz.Aquela mulher estava falando, profeticamente, daquilo que era o mais importante na

vida de Jesus, que era o projeto de Deus Pai.

Fé.

Mt. 26:36 a 46 - O maior exemplo de fé é aquele em que Jesus está no Getsêmani e diz ao Pai: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia não seja como eu quero, mas como tu queres.

Era a confiança que Ele tinha no Pai, a certeza, a definição do projeto, naquilo que Deus estava fazendo.

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Cura.

Há muitos exemplos de cura. Vamos citar a cura de três cegos.

1ª) Jo. 9:1 a 15 - O Senhor Jesus curou um cego de nascença usando o lodo que Ele fez com a sua saliva e barro, colocou aquela mistura nos olhos do cego e mandou que ele lavasse no tanque de Siloé.

Essa é a dinâmica.O barro é o homem sendo usado pelo Senhor.A saliva é aquilo que sai da boca do Senhor, é a palavra do Senhor, é ela que cura. O

homem é apenas o veículo; é como qualquer remédio existe um veículo que faz com que aquele princípio ativo seja aplicado e faça efeito.

O Senhor usa o homem para chegar ao cego, mas o remédio é o que sai da boca do Senhor.

Mas é só isso?Não, há um processo. O cego tinha que lavar-se no tanque de Siloé (que significa o

Enviado).Ele foi, lavou-se e voltou vendo.

2ª) Mc. 10:46 a 52 - Ele curou um outro cego em Jericó que estava sentado à beira do caminho onde Jesus passava. Ele clamava: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!

Jesus apenas perguntou-lhe o que queria, e ele respondeu dizendo: Mestre, que eu tenha vista.

E o Senhor lhe disse: Vai a tua fé te salvou.Esse cego fala daquele que sabe quem é Jesus, mas está à beira do caminho, ele precisa

de uma experiência real do projeto na sua vida para entrar no caminho e andar nele.

3ª) Mc. 8:22 a 26 - Jesus também curou um cego em Betsaida.Trouxeram-lhe um cego e ele o levou para fora da aldeia, cuspiu-lhe nos olhos e

impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.O cego disse: Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam.Jesus tornou a pôr-lhe as mãos nos olhos e então o homem já podia ver ao longe e

distintamente a todos.Essa é a experiência do novo convertido. Ele entra aqui e fica perguntando o porquê de

tudo.Por exemplo, hoje deve ter alguém aqui querendo saber por que nós não estamos

dobrando os joelhos no clamor.É por uma questão de falta de espaço. Nós não estamos inovando nada, não estamos

criando nenhuma novidade, é só para não ficar um em cima do outro.Aquele cego já podia ver perfeitamente, é a operação do Espírito Santo na vida do

homem. Estes três exemplos são importantes porque mostram que toda cura é profética, todo

dom tem uma aplicação profética.

Maravilhas.

Há muitos exemplos.

1ª) Jo. 11:1 a 45 - A ressurreição de Lázaro.2ª) Lc. 7:11 a 17 - A ressurreição do filho da viúva de Naim.3ª) Lc. 8:22 a 25 – Jesus acalma a tempestade. Certa vez Jesus entrou no barco com os

seus discípulos e partiram. Jesus, porém, adormeceu. Enquanto Ele dormia, veio uma

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tempestade de vento no lago e o barco ficou cheio de água. Aquilo ficou muito perigoso e resolveram acordar o Senhor que ali dormia.

O Mestre está sempre ao nosso alcance. Quem não entende isso, não entra no barco, fica nos barquinhos que estão ao redor, e nesses Jesus não está.

Quando vem a tempestade só há um que a acalma, é o Senhor Jesus.E não é qualquer barco, é o barco no qual Jesus nos convidou para entrar.

4ª) Mt 14:13 a 21 / Mt. 15:29 a 38 - As duas multiplicações de pães.

Profecia.

Lc. 22:39 a 46 - Pedro precisava de muita profecia. Ele ficou tão importante que até virou dono de igreja.

Mt. 23:37 a 39 - Jesus profetizou a respeito da queda de Jerusalém.

Discernimento de espíritos.

Mt. 16:13 a 23 - Aqui há dois exemplos da aplicação desse dom. São eles:1º) Vs.13 a 20 - Espírito vindo da parte do Senhor.O Senhor Jesus pergunta aos seus discípulos: Quem diz os homens ser o Filho do

homem?E Pedro responde: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.Era uma revelação, por isso Jesus lhe diz: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque

to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai que está nos céus.

2º) Vs. 21 a 23 - Espírito vindo da parte do adversário.Pedro pensou: Eu acertei a primeira vez, o Senhor ficou satisfeito comigo, me chamou de

bem-aventurado e aí disse ao Senhor que, de maneira nenhuma, Ele seria morto.Então Jesus voltou-se para ele e disse: Para trás de mim, Satanás, que me serves de

escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.

Se Jesus não tivesse discernimento de espíritos, ele daria um abraço em Pedro, todo comovido, porque Pedro não ia deixar que o matassem.

Línguas.

O Senhor não foi usado em línguas porque esse dom é para a edificação do servo, e Jesus já era edificado, mas Ele faz referência a esse dom quando diz: E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas. (Mc. 16:17)

Interpretação das línguas.

A interpretação é toda a revelação do ministério que a Palavra contém.

OBJETIVO DOS DONS ESPIRITUAIS:

O principal objetivo da manifestação do Espírito Santo na parte de dons espirituais é a edificação do corpo.

O corpo que é usado em dons, ele tem os benefícios dessa operação do Espírito Santo, que são: salvação, cura, libertação, conhecimento do projeto. E o resultado disso é uma Igreja que é plenamente edificada, uma Igreja cheia do Espírito Santo, conforme a profecia de Joel, em que o Senhor diz: E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e

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vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. (Jl. 2:28)

Com a efusão do Espírito virá também uma efusão de dons e nós estamos vendo o cumprimento dessa promessa nos nossos dias, a Igreja tem esse resultado, ela tem dons no corpo.

Algumas observações que devemos levar em conta a respeito de dons espirituais:

1ª) O dom tem que ser completo. Nós precisamos aperfeiçoar isso, nós vamos orar, vamos jejuar por isso.

Às vezes nós temos um dom, mas ele está incompleto, portanto, é preciso buscar um dom com profundidade, é pedir ao Senhor.

2ª) Interpretação não é discernimento.3ª) A interpretação do dom não deve ser dada por aquele que teve aquele dom.4ª) A interpretação não é dada por uma só, ela é dada no conjunto, é na reunião, é no

rancho dos profetas, porque o dom vem incompleto naquilo que é a interpretação, por isso cada um tem a interpretação de uma parte do todo.

Não adianta você pegar uma pessoa... Olha, eu tive uma visão... Isso significa isso e isso . O dom vai continuar incompleto porque é preciso que haja uma complementação, cada um ali vai ter uma palavra que vai completar aquele dom.

Eu falo de homens edificados. É um constante aperfeiçoamento.

5ª) Nós não podemos estar acomodados. Ah... Graças a Deus eu tive um dom... Eu ainda não tive, mas estou esperando no Senhor... Porque o Senhor tem um tempo certo para todas as coisas... Estou esperando há dez anos...

Quando eu penso em dons, eu penso em definição de vida. Eu tenho que ter definição porque a Igreja Fiel está sendo orientada pelo Senhor e é um instrumento do poder de Deus na minha vida.

6ª) O dom está ligado ao governo.Alguém chega e diz: Tive uma visão. Aí todo o mundo pára e diz: É? Conta logo. É com

quem? É com o pastor? Então conta depressa...Quando acontecer isso, manda parar logo.

7ª) Dom visível e dom invisível, dom maior e dom menor. Existe isso? O que pode ser considerado como dom visível? Visão? Sabedoria é dom invisível?

Não sei dizer. O que nós sabemos é que sem o dom de sabedoria não se coloca nada no lugar certo, e sem o dom de discernimento de espíritos não se sabe o que é do Senhor e o que não é do Senhor.

Também sem fé é impossível agradar a Deus.A Igreja vai ter, no corpo, todos os dons.Há muitas coisas que são no tempo do Senhor, mas batismo com o Espírito Santo e

dons espirituais são para já, é preciso buscar, definir, Você vai orar e não vai ficar: Ah... Senhor, eu queria uma visão...

Às vezes você tem o dom de sabedoria e não sabe que tem às vezes você tem línguas e não tem coragem de falar, é o que chamamos de covardia espiritual. O Senhor diz: Abre bem a tua boca e ta encherei. (Sl. 81:10), se você não abre, nada feito.

Às vezes você fala somente uma palavrinha em línguas e fica envergonhado porque não tem mais, ou então a língua que você fala é igual a do pastor e você fica constrangido, porque acha que os outros vão pensar que você está copiando o pastor.

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Às vezes você fala em línguas em sua casa, na madrugada, e aí chega à igreja e não fala porque tem medo, tem vergonha. Mas o Senhor diz que os covardes e os medrosos não entrarão no reino dos céus.

Amém

.PALAVRA REVELADA (GIDEÃO)

Juizes 6:11 e 12 - Então o anjo do Senhor veio, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas.

Então o anjo do Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, varão valoroso.

Aquele era um momento difícil na vida do povo de Israel porque, devido à desobediência, à rebeldia, o Senhor permitiu que os midianitas entrassem em Israel e dominassem por sete anos.

Os midianitas prevaleciam sobre os de Israel de modo que o que se plantava ou era destruído ou era levado, e dessa maneira Israel empobrecia grandemente porque eles não deixavam mantimentos em Israel, nem ovelhas, nem bois e nem jumentos e por isso Israel clamou ao Senhor.

Nós estamos vivendo um momento difícil para a humanidade. O mundo se debate sobre uma dominação em que o adversário (midianita) entrou nos meios de comunicação, na imprensa (escrita e falada), nos órgãos de decisão dos governos, nas repartições, nas escolas, nos lares, e está roubando o trigo, que é a Palavra, que é o ensino, que é o alimento, o sustento do povo está sendo roubado.

Nós estamos vivendo um momento em que a sociedade clama, ela chora e lamenta porque não há recurso, não há descanso, não há refrigério.

O evangelho que é pregado hoje, é o evangelho histórico, ele conta aquilo que é material, e o materialismo é a falta de fé, é o desvio da doutrina, é o desvio da bênção, da promessa do Senhor.

A Palavra sofreu muitas perseguições ao longo do tempo. O evangelho precisava ser completado porque no Velho Testamento Jesus estava escondido.

Nós encontramos Jesus no Velho Testamento através das figuras, dos tipos, das alegorias, Ele é o sacerdote, é a vítima (o Cordeiro cujo sangue foi derramado), é o ministrador dos anjos. Nós vemos ali a ação do Espírito Santo.

No Novo Testamento Jesus se revela.

Qual é o objetivo do adversário em se opor à doutrina, à Palavra?

O objetivo é matar Jesus, o intuito dele era destruir Jesus, por isso nós vemos a luta de Jesus em desviar-se daqueles que vinham para destruí-lo, a sua luta contra os religiosos, contra os fariseus, contra Judas que o traiu.

Nós vemos o julgamento de Jesus, nós vemos a sua morte, e nós vemos que o adversário não teve poder porque Jesus venceu a morte.

A vitória de Jesus é sobre a morte. A Igreja glorifica ao Senhor porque ela conhece, não um Jesus morto, mas sim o Jesus vitorioso, aquele que ressurgiu dentre os mortos e que está vivo, que fala e que se revela à Igreja.

Uma vez que o adversário não teve poder, não teve autoridade sobre Jesus, ele agora se volta contra a Igreja, o seu objetivo agora é destruir a Igreja. Os dias iniciais da vida da Igreja foram dias de perseguição, foram dias de morte. Nós vemos a luta da Igreja nas arenas, nas cruzes, os leões. Nós vemos nas catacumbas a marca da Igreja que viveu a doutrina com a sua

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própria vida, que entregou nas mãos do Senhor a sua própria vida para guardar e viver a Palavra. Era a perseguição da Igreja por parte do adversário.

Por que o adversário investiu contra a Igreja?

Porque a Igreja tinha a Palavra de Jesus. A Igreja agora estava vivendo a doutrina, o ensino de Jesus.

Quando o sacerdote pergunta a Jesus: Qual é a tua doutrina?, Ele não respondeu nada. Por quê?

Porque com aquele silêncio Jesus estava dizendo: Pergunte a Igreja, ela sabe o que Eu lhe disse, ela tem a minha Palavra, Eu ensinei a ela. Todos os dias no templo Eu falava da minha Palavra.

A Igreja primitiva tinha a Palavra e foi por isso que o adversário investiu contra ela, porque matando a Igreja, ele matava a Palavra (que ainda não havia sido impressa, ela ainda estava no coração da Igreja). Por quê?

Porque na Palavra estava o projeto a ser revelado, estava o reino a ser revelado, a história do reino estava contida na Palavra. Se a Palavra fosse destruída, o projeto estava encerrado, mas nós sabemos que a Igreja sobreviveu, o Senhor deu graça, e quanto maior o sofrimento, quanto maior a dor, maior a vitória, e aqueles que iam às arenas contemplar aquele espetáculo de morte, também viam o olhar dos santos, a expressão do rosto, um gemido, uma lágrima, o sangue derramado, e aquilo falava de uma maneira tão eloqüente, tão convincente, tão profunda que muitos, naquela hora, se convertiam ao Senhor. A Palavra se multiplicava. Morriam cem, e salvam-se mil. Morriam mil, e salvam-se dez mil.

O adversário também não teve poder sobre a Igreja, ela sobreviveu. E nos anos que se sucederam nós encontramos uma outra oposição à Palavra por parte

do adversário. Nós vemos agora Pérgamo, o casamento que é pervertido, onde o clero, a elite sacerdotal domina a Palavra e a torna algo inacessível, hermética, oculta. Era preciso que a Palavra fosse descoberta.

O primeiro milênio da era cristã é de escuridão, de trevas porque a Palavra estava encerrada nos mosteiros e nos palácios, e ela estava escrita em latim, em grego, em hebraico, em aramaico, portanto, era preciso que o homem comum tivesse acesso a ela.

O adversário escondeu a Palavra dos olhos do homem comum. Foi um período de escuridão, um período de trevas, de obscuridade para a humanidade. Mas o Senhor levanta homens como Lutero, homens que descobrem a Palavra, a pérola de grande valor, o tesouro escondido. A Palavra é aberta à luz do homem comum.

Nós vemos a grande revolução que este fato gerou na vida da humanidade, nós vemos o Renascentismo, onde o homem, através da Palavra, descobre que há segredos, há mistérios insondáveis, ele descobre o valor que tem, é a evolução nas artes, na ciência, no conhecimento humano, a prosperidade em todos os setores, as grandes descobertas, as grandes conquistas territoriais, é o homem que expande os seus limites. Tudo isso porque a Palavra foi aberta, a luz brilhou nas trevas, na obscuridade.

Lutero e muitos outros renovadores descobrem esta Palavra e abrem-na para o homem para que ele agora comece a examiná-la.

Foi um outro período decisivo para a humanidade.Hoje nós estamos vivendo um momento especial porque a Bíblia está aberta, o acesso

ao conhecimento da Palavra é livre, não há dificuldade nenhuma, qualquer um pode comprar uma Bíblia, há uma loja em cada esquina, muitos colocam a Bíblia aberta na sua sala, muitos dizem que a Bíblia é o seu livro de cabeceira, dizem que gostam dela, que se identificam com as mensagens. A Bíblia é o livro mais vendido no mundo.

A Bíblia secularizada.

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Quando nós analisamos a Bíblia sobre todos os aspectos, nós vemos que é um livro muito interessante porque nos fala sobre ciência, sobre filosofia, etc. Mas a grande oposição que a sociedade de hoje enfrenta em relação à Palavra é que o mundo secularizou, materializou o ensino da Palavra.

A Bíblia que o mundo conhece é uma Bíblia que serve para satisfazer a necessidade do homem.

Quando alguém abre a Bíblia encontra água, mas é a da companhia de abastecimento de água da cidade, é a água encanada. Essa foi a preocupação da mulher samaritana. Jesus a encontra quando ia pegar água naquele poço e lhe diz: Se eu te der da água que eu tenho, nunca mais terás sede.

Ela deve ter pensado o seguinte: Eu moro lá em cima daquela montanha e tenho que descer, vir aqui neste poço todos os dias é uma luta tremenda... Água encanada no morro? De graça? Voto nele.

Hoje nós estamos vivendo exatamente isso. É a Bíblia dentro de um contexto material, é a Bíblia secularizada, é a Bíblia na razão, e quando ela está na razão, quando nós manifestamos a nossa cultura bíblica, dentro de um contexto racional, há muitos questionamentos, porque ela é passível de muitas contradições: Olha, essa história de Adão e Eva não foi bem assim... Olha, arca de Noé não era uma arca, era uma jangada... era um transatlântico com tais e tais dimensões... fica difícil colocar tantos animais.

A Bíblia na razão fica sujeita a muitas críticas, e é isso que nós estamos vendo hoje, é o midianita que vem roubar o trigo que está na eira.

O favor que o mundo tem prestado no que diz respeito à Palavra hoje, é fazer com que ela seja um elemento vulnerável, sujeito a toda sorte de críticas e de reprovações. O evangelho se tornou execrável para muitos porque é o evangelho racional, material, é a Palavra secularizada.

Gideão.

E muitos podem dizer: Bem... A nossa situação está muito difícil. E agora, pastor? Como é que vamos fazer? Já não podemos mais falar do evangelho? Não podemos mais falar da Bíblia?

Podemos e devemos. E é exatamente nesta hora que o Senhor levanta Gideão.Gideão foi levantado, ele foi separado num momento decisivo na vida do povo de

Israel. O trigo estava na eira, o midianita roubando aquilo que era tradicional, o evangelho tradicional, a Palavra tradicional, aquilo que todo o mundo conhece, aquilo que já não convence mais o homem, não converte mais ninguém (porque hoje nós estamos andando num terreno em que há uma cultura bíblica acentuada).

Nesta hora é preciso malhar o trigo no lagar.O trigo de todos estava na eira, num lugar externo, fora da casa, exposto, e quando o

midianita vinha, ele passava ali e via e então era só roubar.Meus irmãos, se nós vivemos o mesmo evangelho que o mundo está vivendo, o mesmo

evangelho que o mundo está pregando, que é o evangelho na letra, que é o evangelho racional, o evangelho material, nós não estamos dizendo nada, porque esse evangelho não convence mais ninguém, não é argumento suficiente para prover a necessidade de salvação ao homem. É o trigo na eira, é um lugar conhecido, é a Palavra conhecida, aquilo que é tradicional, que é lugar comum: Jesus é maravilhoso! Deus é amor! Jesus Cristo salva! Jesus é o Senhor!

Qual a novidade que há nisso?Nenhuma. Todos sabem que Jesus é isso tudo e muito mais.Gideão também sabia.Meus irmãos, a Obra do Espírito Santo sabe que se nós enveredarmos pelo caminho

que o mundo está vivendo, não há alimento para a Igreja porque o adversário entra e rouba.O momento, nesta hora, é malhar o trigo no lagar.O lagar não era um lugar destinado ao trigo, ele era o lugar do vinho, o lugar onde as

uvas eram pisadas, era um lugar interno, um lugar coberto, dentro de casa, secreto.

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Gideão pensou o seguinte: Se eu malhar o trigo no lagar, o midianita não vê. Ele vai passar vai ver a eira vazia e vai pensar que aqui não há trigo e vai embora.

Meus irmãos, a Obra descobriu, por revelação do Espírito Santo, que se o trigo estiver misturado com o vinho, ou seja, se a Palavra estiver misturada com o Espírito Santo, ela é uma Palavra revelada, e dessa maneira o adversário não descobre. O mundo não vê isso.

Se nós entramos, pela revelação, não existe argumento que possa contestar. Quem vai contestar a revelação? Quem vai contestar a Palavra revelada?

Não há contestação.Gideão descobre o segredo, que é o segredo que o Senhor tem mostrado à Obra nesta

hora.Se a palavra está materializada, se ela está secularizada, o Espírito Santo tem

providenciado o recurso para a sua Igreja nesta hora, que é a revelação. Essa é a única coisa que nós temos, não temos mais nada além disso.

Quando o pastor sobe ao púlpito para entregar a Palavra, ele não vai sensibilizar a Igreja pela sua simpatia... Que pastor simpático!... Não é isso que está convencendo, não é isso que está sensibilizando.

Muitas vezes, quando nós entregamos uma mensagem, o visitante diz: Pastor, eu não entendi nada do que o senhor falou, mas quando o senhor entregou aquele dom que dizia de um homem com um problema assim e assim, isso me tocou profundamente porque é a minha necessidade.

O que era aquilo que nós entregamos?Era a revelação.A Obra só tem uma coisa, que é a Palavra revelada, que é o trigo no lagar, é o trigo com

o vinho, que é a ação do Espírito Santo, é a dispensação para este momento.Que argumento nós temos? Não... porque Jesus andou em Nazaré... Ele andou por aqui...

Então eu vou guardar esse grãozinho de areia num anel... Olha, aqui dentro está um pedacinho da arca de Noé... Um pedaço da cruz de Cristo... Qual é o valor disso?

Nenhum. É o evangelho material. Se nós fôssemos juntar todos os pedaços da cruz de Cristo que há por aí, dava para construir uma cidade.

É esse evangelho que o mundo está pregando, mas a Obra não. A Obra é como Gideão, ela tem o trigo no lagar, que é a revelação.

E quando o anjo do Senhor vê Gideão malhando o trigo no lagar, ele o chama de varão valoroso.

Onde estava o valor de Gideão?Estava na revelação. Nós temos valor quando temos a revelação na nossa vida, quando

nós vivemos a revelação, quando nós atendemos à revelação, quando nós obedecemos à revelação, quando acatamos aquilo que o Senhor revelou e mostrou à sua Igreja, nisto está o valor da nossa vida.

Gideão descobriu a revelação. O nosso valor vem dela. Nós não somos homens valorosos porque gritamos O sangue de Jesus tem poder!... Não é nada disso. Se a revelação fosse grito, nós estaríamos numa dificuldade muito grande.

O Senhor é contigo, varão valoroso. O Senhor é com aquele que está com a revelação. Ele não está conosco porque somos bonzinhos, aquela fineza, aquele diácono, que é bonito... Se nós fôssemos depender da beleza de diácono, até os que já foram levantados teriam que ir para o banco... Nós não podemos contar com a nossa simpatia, nem com o nosso conhecimento, a única coisa com a qual podemos contar nesta Obra e nesta hora é com a revelação.

Gideão tinha um segredo. A Igreja também tem um segredo, é a madrugada, é a consulta à Palavra, o culto profético. Se disséssemos este segredo, quem entenderia? Como é que nós vamos dizer a um tradicional que a Igreja está todos os dias no culto e que a Palavra todos os dias não envelhece, não acaba, pelo contrário, se renova, que há uma mensagem nova a cada dia? Como nós vamos explicar que num mesmo versículo há dez, vinte mensagens?

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O Senhor é contigo, varão valoroso. Essa é a expressão que nós temos para este momento que nós estamos vivendo.

A luta da Igreja nesta hora é para que esta Palavra revelada, este ensino, este socorro, não deixe de estar sobre a nossa vida, e que nós sempre tenhamos esta bênção conosco para nos acompanhar, para nos ajudar.

O ministério de Gideão é o ministério da Igreja. O pastor não está sozinho e nem pode ficar sozinho, ele precisa da intercessão da Igreja, do clamor, da fidelidade, da obediência, do atendimento. O subsídio que a Igreja dá ao pastor é este elemento que impulsiona todas as coisas na Obra, é o ministério da Igreja, é a revelação.

Se nós temos um grupo muito bem estruturado, centrado, embasado nas revelações, que entrega dons no culto profético, que traz a Palavra, então nós temos uma Igreja forte, uma Igreja rica e o adversário não tem poder sobre esta Igreja.

Esta é uma Igreja que cresce e que vai continuar crescendo porque a Palavra revelada, o trigo no lagar está no nosso meio.

Amém.

CULTO PROFÉTICO

Êx. 18:21 - E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza, e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez.

No primeiro ano que eu estive aqui, em 1986, um irmão disse para mim: O Senhor está mostrando uma coisa muito especial que Ele quer fazer daqui a alguns anos. O Senhor quer que nós alcancemos um objetivo, Ele quer o louvor completamente revelado, Ele quer a mensagem completamente revelada, Ele quer uma assistência que seja pela orientação do Espírito Santo.

Anos depois eu pude ver aquilo que o Senhor estava mostrando ao coração dele. Nós estávamos na França e eu não consegui ver nada daquele país porque estava completamente envolvido com aquilo que o irmão estava apresentando e que viria a ser o nosso culto profético. Aquela ocasião eu pude aprender um pouco sobre este assunto que hoje nós estamos vivenciando no nosso dia a dia.

O resultado mais profundo daquilo que nós poderemos ter na Obra, em termos de reunir todas as doutrinas que o Senhor nos deu até aqui, é praticado por nós em um momento chamado culto.

O culto da Igreja chama-se culto profético.O culto profético não é um culto novo porque o culto só é culto ao Senhor, e só tem o

Senhor presente quando ele é profético.Se o culto não é profético, ele se relaciona a um outro, que é um culto estranho.O culto que é estranho a Deus é aquele culto do qual Deus não participa, por isso ele é

estranho.Nós não temos um culto chamado profético na Igreja, senão, nós temos um culto de

casamento, um culto fúnebre, um culto disso e um culto que é profético. Nós temos o culto, que tem que ser profético para ter a operação de Deus, porque, se não for profético, se não tiver a operação de Deus, ele é culto estranho, Deus não conhece esse culto.

O culto reúne em si todas as doutrinas que nós aprendemos até aqui na Obra que o Senhor tem a realizar, que está dentro de um projeto.

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Deus tem um projeto e a realização desse projeto, a sua execução está na Obra, e o que ela tem de mais profundo está no culto.

Se nós começarmos pelo culto, nós vamos realizar a Obra que está dentro de um projeto.

O Senhor, na sua eternidade, determinou esse dia e hora. Nós estamos realizando uma Obra, e o mais profundo dela está nesse pedaço de tempo, que é o dízimo desta tarde que nós estamos oferecendo ao Senhor.

Às vezes nós aprendemos muito acerca de dízimo, falando de um pedacinho de tempo quando levantamos pela madrugada. Jacó sabia muito bem disso, ele deu o dízimo de tudo (Gn. 28:22).

Quando nós falamos de culto, nós estamos falando de um culto que só pode ser profético.

O culto, que é profético, tem 5 fases:

1ª) A Busca.

A busca é muito importante porque é o período em que toda a Igreja está envolvida porque nós somos responsáveis por aquilo que vai acontecer no culto na casa do Senhor.

Nós temos que entender que o culto é um pedaço nosso, ele não é uma atribuição exclusiva do pastor, nem do grupo de intercessão, nem das pessoas que estão à frente, mas é uma responsabilidade de cada um de nós, Igreja.

Nós somos corpo, mas nós não somos o corpo inteiro, nós somos membros desse corpo. Se nós somos membros desse corpo, nós estamos dando a nossa contribuição, porque o culto é corpo.

Qual é a nossa contribuição?É trazer aquilo que o Senhor nos deu, pelos meios que o Senhor tem para falar com a

sua Igreja, mediante a nossa definição.Isso é muito importante que se observe porque definição fala de querer fazer, entender

o que pode fazer e fazer. Definição não fala de quero fazer, mas estou com preguiça... quero fazer, mas acho que não posso. É querer fazer, poder fazer e fazer, há uma ação continuada: Eu posso, eu quero e eu faço.

O princípio básico é eu posso porque o Senhor derramou do seu Espírito sobre a minha vida, portanto, eu posso. Eu posso todas as coisas naquele que me fortalece (Fp. 4:13). Não é naquele que me enfraquece.

Se eu posso todas as coisas naquele que me fortalece e se eu quero fazer, então eu faço, eu vou buscar ao Senhor.

Se eu estou buscando ao Senhor, eu estou no posso e no faço, eu estou trabalhando, mas estou orando ao Senhor, eu estou cuidando da casa, mas estou orando ao Senhor, porque eu tenho uma contribuição a dar naquele culto, eu sou responsável, o culto de hoje terá um pedaço meu.

2ª) A Reunião.

Essa reunião não é de busca, ela é para colocar em ordem aquilo que é o resultado da busca.

E você pode perguntar: Eu não tenho o dom de ciência, nem o de profecia, nem o de interpretação de línguas, então, qual é a minha contribuição na busca e na reunião?

A sua contribuição é a contribuição de servo. E às vezes nós misturamos, ou colocamos coisas acima dos dons, ou colocamos um dom em cima do outro, e isso não provém do Senhor, é um desestímulo da última hora.

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Se você é batizado com o Espírito Santo e é fiel, você tem, porque o Senhor quer dar. Você só não terá se disser: Senhor, eu não quero. Ou se disser: Senhor, eu só quero este, nesse caso você também não terá, porque você estará determinando o que o Senhor vai fazer.

Por que a Igreja tem e precisa dos dons espirituais?

Porque se o culto precisa ser uma profecia, ela tem que ser a realização da vontade de Deus.

Como é que Deus vai fazer a sua vontade?Informando aos seus servos, os profetas, aquilo que vai acontecer. Se eu entendo isso,

então eu busco e o Senhor vai dar.Meus irmãos, atentem para uma coisa: é importante que se traga para a casa do

Senhor a definição em saber que Deus vai operar pela minha vida, seja no dom de fé, eu creio e oro ao Senhor, determinado a ver Deus clarear aquele discernimento, a ver o Senhor abençoar com cura, a ver o Senhor abençoar com profecia. A minha oração, a minha definição de vida vai fazer com que Deus se mova a abençoar.

Se eu tenho o dom de sabedoria eu vou poder contribuir colocando os dons, ou o discernimento dos dons, no seu lugar certo, na hora certa de contar, a forma de trazer o dom.

Se eu tenho do dom de discernimento de espíritos eu vou saber se aquele dom é do Senhor ou não, se é coisa da minha cabeça.

Os dons são iguais na sua aplicação.Você pode dizer: Ah... mas o dom é visível porque é ciência, porque é profecia, porque é

língua, porque é interpretação... O dom invisível...Cuidado! Isso é uma chaga, é um tumor da última hora, é um medo, é essa conotação

de inverdade, é essa diferença que não existe na Palavra. E nem ninguém é diferente porque tem mais ou menos dons, a Palavra diz que é para edificação do corpo, não há diferença.

O governo vai colocar em ordem os dons.

3ª) O Culto.

O culto é a realização. Louvor:

Quais são as características do louvor na Obra?Talvez você esteja acostumado a ouvir os louvores e isso é um perigo. É bom ouvir e

ver a preciosidade e sentir porque, às vezes, nós cantamos o hino, mas não paramos para ler a mensagem que ele contém. Há hinos que você de tanto cantar erra a letra, liga no automático e canta, nem sabe se está cantando direito, ou então nem traz a coletânea, ou nem abre pensando que sabe e canta outra coisa, canta parecido.

Nós precisamos ver o que o Senhor está revelando na letra dos hinos, que é a Palavra, ela tem que ser mastigada e digerida espiritualmente por quem tem uma letra na mão.

Às vezes você tem uma letra, mas vai muito mais pelo som, pela emotividade, esquecendo-se que a letra tem a profundidade da revelação.

Os louvores da Igreja Fiel são revelados pelo Senhor, eles têm um objetivo, eles vão alcançar os alvos que o Senhor mostrou.

Quais são os alvos do culto?Os sinais vão indicar quais são os alvos. Nós recebemos uma visão onde o Senhor dizia

que era preciso dar uma palavra de salvação porque as pessoas, no geral, estão com dúvidas sobre a sua salvação, a palavra deve mostrar a grande salvação de Jesus.

Era um sinal de Deus para aquele culto, era o alvo a ser alcançado, Ele disse: Eu quero, nesse culto, que um dos alvos seja salvação. Pode haver também uma necessidade de cura espiritual, ou de cura física, ou de libertação.

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Mensagem: A mensagem caminha em cima desses alvos, mas ela tem um objetivo, que é a

revelação.A revelação da Palavra tem um objetivo, ela vai mostrar um projeto e nesse projeto nós

vamos ver quais são as necessidades de hoje, que podem ser: libertação, cura, salvação, etc.E os louvores têm que estar encaixados nesses alvos. Por exemplo: Se tem alguém

precisando de libertação, qual será o hino a ser cantado?Nós temos diversos, Escravizado é um deles.Se nós precisamos de um encorajamento para a caminhada forte? Se nós precisamos

da segurança do Senhor? O Senhor é meu pastor... Deus proverá!Os hinos vão estar dentro dos alvos que o Senhor mostrou.

Muita gente pensa que palavra é só para os homens, só para diácono, mas aí vai para a reunião de senhoras e vai pregar sobre o quê? Sobre a coletânea?

As senhoras estão entregando uma palavra que tem que estar dentro de um contexto espiritual, uma palavra que tem uma introdução, que tem um desenvolvimento e que tem uma conclusão.

Qual é a introdução? Nós entramos aqui, nos introduzimos neste lugar. Qual é o desenvolvimento? Aquilo que estamos fazendo. E qual é a conclusão? Vamos sair por aquela porta, abençoados. Nós entramos querendo uma bênção desenvolvemos o projeto e saímos abençoados.

Você vai dar uma aula para as crianças ou para os adolescentes, ou para os jovens, ou vai entregar uma palavra para o seu vizinho, ou para o seu amigo... Introdução, desenvolvimento e conclusão.

Qual é o alvo da palavra que você vai entregar ao seu vizinho? Você vai falar do Gênesis ao Apocalipse? Olha, vizinho, eu queria dizer a você que Bereshit Barah Elohim, e queria dizer para você que... Amém. Você falou da primeira a última palavra da Bíblia. Então você pergunta se ele entendeu tudo. Ele vai dizer: Olha, eu estou tonto, você falou três anos seguidos e esqueceu de parar.

Qual é o alvo? É a necessidade dele.E qual é o objetivo? É um projeto que você vai mostrar para ele? O objetivo é mediante

aquele alvo, você vai trabalhar com ele.Toda mensagem tem que ser objetiva, concisa, seja para homem, para mulher, para

jovem, para criança, ela tem que ter essas qualidades, essas especificações.O Senhor deu uma orientação muito interessante para o levantamento de obreiros,

além daquelas que nós precisamos ver. O Senhor disse: Eu quero uma mensagem de cada um deles. Por aquela mensagem nós vamos ver se ela tem revelação, se é objetiva, se está dentro dos parâmetros. Se tem isso, o item mensagem está OK. Se não tem, não pode ser obreiro, não pode ser pastor, não pode ser diácono, não pode ser ungido, ele precisa aprimorar.

É um atributo a mais que o Senhor viu que precisava mudar e mudou.A mensagem tem que estar dentro de uma revelação do Senhor.

4ª) A Assistência.

A assistência é tão ou mais importante que as outras fases. Ela é mais importante do que o culto?

Você pode pregar a melhor mensagem do mundo, o louvor mais arrumado e afinado do mundo, você pode ter trazido todos os sinais, mas se você estava sentado ao lado do irmão e não deu assistência a ele, então você jogou tudo fora porque você não fez o carinho que ele precisava, você não foi espiritualmente educado, e dessa maneira, ele não volta. Sabe por quê?

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Porque ele entra precisando de uma bênção de Deus, e a bênção de Deus é um conjunto, Ele já deu um livramento, uma libertação para que ele viesse e entrasse. Não é fácil entrar numa igreja e sentar, milhões de pessoas não conseguem pôr o pé na porta da igreja, muito menos sentar-se no banco, eles têm medo, eles pensam que nós arrancamos a cabeça das criancinhas, que nós matamos as pessoas, que nós fazemos lavagem cerebral, eles pensam coisas terríveis que os jornais falam por aí, eles pensam que vão ficar na miséria, que vão ter que doar tudo o que têm para a Igreja.

O próximo passo que o Senhor faz é operar na vida dele, e aí entra a sua participação, é na oração, é no louvor, é na palavra, mas tudo isso precisa ficar fixado na vida dele. Como é isso?

Você vai manter isso na vida dele pela assistência que você vai-lhe dar no primeiro dia e nos demais dias.

Se ele entrar na casa do Senhor e eu não lhe der atenção, se eu não cuidar dele, se eu não orar por ele, se eu não tiver carinho por ele, se não tiver amor por ele, se eu não mostrar a Obra que existe em mim para ele, e se no segundo dia eu não tiver o mesmo cuidado do primeiro dia, se eu não colocá-lo no grupo de assistência, eu joguei tudo isso fora.

E Deus? Deus fez a parte dele, agora você tem que fazer a sua, o Senhor está usando você para

isso, você é peça fundamental no culto.Às vezes você diz: A minha igreja está ficando vazia e começa a dar uma porção de

justificativas: O pastor precisa vir mais aqui... Aquele diácono, você viu como ele prega?... O grupo de louvor está indo mal, canta uns negócios que ninguém entende... Essas crianças não param de andar dentro da igreja... Aquela velhinha... Você está culpando todo o mundo. E você? Eu? Eu não... Eu estou aqui todos os dias... Vai ver, você é o único culpado. Você pagou um preço pela madrugada? Jejuou? Orou? Foi definido? Atendeu ao Senhor? Foi obediente?

O Senhor move o mundo por amor de um e não vai encher uma igreja por amor de muitos que estão ali, orando?

Não é quantidade, é qualidade, cuidado com o número de gente porque gente é um problema. O Senhor enche a igreja de anjos e vai trazendo as pessoas e ficam ali porque você vai ter como assisti-las. Quando o Senhor vir que nós não podemos assisti-las, Ele não manda mais.

A assistência tem que ser revelada.Um dia o Senhor deu um sinal a respeito de uma jovem dizendo que ela decidira

morrer naquele dia. É claro que nós não falamos isso de púlpito, mas nós sabíamos quem era a jovem. Ela chorou, chorou, porque, naquele dia, ela tinha estado à beira de uma calçada e ia jogar-se debaixo de um caminhão que passava e alguém segurou no seu cotovelo e lhe disse: Por que você vai fazer isso?

Era um colega seu do trabalho, de uma outra igreja.Quando ele segurou na sua mão, ela começou a entender que havia alguma coisa que

não queria que ela desse fim à sua vida.Qual era a sua história?Ela havia sido maltratada por todo o mundo. A sua mãe a jogou fora com seis anos de

idade, sempre morou com os outros, trabalhou a vida inteira, encontrou uma pessoa, mas foi iludida e ficou com uma filha nos braços, foram trinta e dois anos de sofrimento, sem um único dia de alegria, ela disse: Eu nunca tive alegria, não sei o que é isso.

Naquele dia ela entrou e Deus tinha um projeto para ela. Ela ouviu aquele sinal, identificou-se com ele, e a pessoa que estava ao seu lado começou a trabalhar com ela.

Aquela jovem morava longe do seu trabalho, num casebre, e ela devia U$3.500,00, ela tinha dezessete cheques sem fundos na praça e os agiotas estavam atrás dela.

Era pra morrer mesmo, era uma situação dificílima.Às vezes nós podemos estar com uma pessoa assim ao nosso lado. Eu orei, o Senhor

trouxe, ela sentou-se ao meu lado e eu simplesmente deixei que ela fosse embora sem uma palavra, sem um carinho espiritual.

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Naquele dia o Senhor lhe fez uma promessa, dizendo: Eu vou resolver.Cinco dias depois, ela estava na sua mesa de trabalho, ouvindo uma fita com louvores.

Ela levava a sua filhinha e a escondia debaixo da sua mesa para o patrão não ver e despedi-la. Nesse dia entrou uma mulher com um homem deficiente físico, sentado numa cadeira de rodas. A senhora ouviu o hino e lhe perguntou: Você acredita nesse negócio de Deus?

Ela respondeu: Por quê?A senhora disse: Se Deus existe, por que o meu filho está aleijado?Ela disse: Olha, minha senhora, eu não sei muita coisa de Deus não, eu só sei que não sou

eu que defendo Ele, mas que é Ele quem me defende. Eu não tenho competência para defender Deus e explicar porquê o seu filho está assim.

A mulher continuou atacando. Ela tinha apenas cinco dias de igreja. Então ela começou a chorar e disse para aquela mulher: Eu tenho uma luta muito grande. Por que a senhora faz isso comigo? Eu tenho uma dívida muito grande e isso e isso... e a senhora vem aqui... e começou a jogar o problema dela em cima daquela mulher.

Num dado instante, o homem da cadeira de rodas, disse alguma coisa para a mãe e ela disse para ele: Mas você sabe que é muito.

Depois ela virou-se para a jovem e disse: Meu filho mandou pagar a sua dívida.Ela ficou disse: Mas como é que eu vou receber dinheiro de uma pessoa que está nessas

condições/A mulher respondeu: A pensão é dele, ele ganha U$ 8.000,00 por mês e quando ele manda

dar, eu tenho que dar porque é dele.Ela disse: Mas eu não posso pagar.A mulher respondeu: Ele não está emprestando, ele está dando, é seu.Foram até ao banco e ele depositou o dinheiro na conta dela. Ela pagou os agiotas e

voltou à casa do Senhor, alegre. Ela veio morar perto do trabalho e perto da igreja, Deus abriu uma porta e ela pôde pagar aquele aluguel.

Quanto à filha, ela foi ao chefe e ele mudou o regulamento da empresa para que ela tivesse direito à creche, a firma pagaria dois anos de creche para ela.

Isso tudo foi o resultado da oração de um membro do corpo, de um corpo que interagiu, e orou e confiou.

Ela foi fazer o principiantes e voltou batizada com o Espírito Santo.Nós podemos dizer com certeza que vale a pena orar.Mas é só porque eu contei uma história triste com um final feliz?Não, é porque o fiel sabe que Deus muda o mundo para abençoá-lo, não é só a estrutura

de uma empresa, mas Ele mudou o coração dela num novo coração, de uma forma que médico nenhuma poderia fazer. O seu coração era para morte, mas agora é para a vida, que é a vida eterna.

Os Grupos de Assistência.

Os grupos de assistência são o resultado do texto que lemos, Êx. 18:21.O presbitério está dividido em regiões. As regiões em polos. Os polos em igrejas. As

igrejas em grupos de assistência.Como é que funciona?O grupo de assistência funciona como um rebanho, como um trabalho.Quem está à frente?Por exemplo, eu tenho três igrejas e é impossível eu estar nas três ao mesmo tempo, o

Senhor pode, mas eu não. Então eu digo aos meus diáconos: Queridos, vocês são os pastores da igreja, vocês têm que agir como se fossem o pastor e quando subirem ao púlpito para entregarem uma mensagem, ninguém se diminua porque o pastor não está presente, subam e entreguem a revelação que o Senhor lhes mostrou.

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É claro que o governo está na mão do pastor, mas eles têm que agir conforme eu agiria, têm que orientar, não em todos os assuntos, mas no conduzir o culto eles têm que agir conforme o pastor.

Isso tem-me acontecido porque eu tenho uns meninotes de dezessete, dezoito anos e tenho contado com eles, uma vez que os velhotes não estão em condições.

Um dia destes consegui sair do meu trabalho e fui à igreja, num culto ao meio-dia, sentei lá e vi um menino de dezessete anos subir ao púlpito. Eu tinha acabado de chegar do seminário dos Estados Unidos, e estava trazendo estudos bonitos que haviam sido entregues lá. Estava com aquilo debaixo do braço e pensava: Olha que coisa bonita! Na primeira oportunidade que o Senhor permitir, eu vou entregar este estudo para a Igreja.

Mas aquele menino subiu ali, naquele culto ao meio-dia e entregou todas as revelações que eu trazia debaixo do braço, e eu pensei: Este garoto leu e entendeu tudo, e eu precisei copiar do outro que entregou a revelação.

Ele prega como gente grande, e eu digo isso não porque ele seja mais ou menos não, mas é porque ele é fiel e o fiel tem o seu lugar diante do Senhor, um lugar especial.

O grupo de assistência funciona como um rebanho e quem está à frente tem que ver tudo, ele tem que saber tudo, ele tem que acompanhar as ovelhas em tudo e, se o Senhor revelar, ele tem que acompanhar até nos jejuns delas, nas lutas, internou, deitou na cama de um hospital, é orar até ele se levantar ou até o Senhor levar, se esta for a sua vontade. O doente tem que ter dono em hospital porque senão fica pra lá, por isso tem que arrumar enfermeira para ir lá ver. Pedir ao médico para entrar lá, entra de madrugada, entra de noite. Os médicos não agüentam a Maranata porque nós já estamos entendendo tudo e ficamos cobrando: Já fez tumografia? Já fez ultrasonografia? Já fez o exame tal? Teve um que me perguntou se eu era colega de profissão porque eu estava falando a linguagem dele, mas isso é devido a “anos de praia”, são muitas “horas de vôo”.

O trabalho dos grupos de assistência não alteram o trabalho da Igreja, ele soma porque o grupo de assistência é uma mini igreja dentro da igreja.

Cada grupo tem um dia onde a sua responsabilidade é maior e essa responsabilidade maior é que nos leva a exercitar, porém, ninguém do restante da Igreja ficou sem responsabilidade na parte que cabe a cada um, quando for o dia deste ou daquele grupo fazer determinado trabalho.

Todos os dias o membro da Igreja tem a sua dedicação, mas no dia do seu grupo, ele não falta a nenhuma das orientações, ele vai à madrugada, ao culto ao meio-dia, ele vai-se esforçar para isto.

A reunião do dia seguinte:

O Senhor tem realizado muitas coisas importantes nesta pequena reunião.Acabou o culto, você pega aquele grupo que vai trabalhar na igreja no dia seguinte e

diz: Amanhã nós somos os responsáveis pelo culto e o Senhor já deu um sinal que vai fazer isso... Amanhã nós vamos ter a presença de algumas pessoas, algumas autoridades, alguns deputados, vereadores...

Eles estão chegando e entrando, ficam sentados num canto e estão-se convertendo, abrindo o coração e por serem quem são, nós temos que ter um cuidado em recebê-los porque são pessoas que são chamadas de excelência e a Palavra diz: Honra a quem tem honra. Eles têm os seus “seguranças” e nós precisamos ter um espaço.

Qual a orientação que voc6e vai dar ao grupo? Carrega no colo? Não, nós vamos orar para o Senhor convertê-los e vamos trabalhar em cima desse propósito.

A reunião do dia seguinte é de cinco minutos, orientou, orou e só. Nós temos visto o Senhor conceder dons, batizar com o Espírito Santo neste reunião, e por quê?

Porque o Senhor quer fazer com que você tenha todo o conhecimento, tenha poder, tenha autoridade porque você vai realizar uma atividade importantíssima, que é trabalhar em

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prol do culto, e Ele vai usar você e, por isso, em primeiro lugar, Ele vai-lhe dar as ferramentas para que quando você orar na madrugada, você possa ser usado com fé, com dons, que você possa ser usado pelo Espírito Santo de Deus.

Nós podemos desconhecer tudo isso e até mesmo deixar de fazer, ou mesmo esquecer, porque nós levantamos tão preocupados com a dor de cabeça, com os nossos afazeres, com o que iremos comer no café, no almoço, e quando nos apercebemos, já é a hora de irmos para a igreja, não houve tempo de buscar, de orar ao Senhor em favor do culto. Se isso está acontecendo com você, vá à igreja assim mesmo e melhore a sua vida espiritual.

Nós seremos chamados dos quatro cantos e arrebanhados pelo Senhor para subirmos com Ele. O número de salvos precisa ser completado para que o Senhor venha buscar a sua igreja e você não sabe se hoje, o último entrará pela porta da igreja onde você está congregado.

Nós somos os responsáveis por este contingente de salvos que hoje o Senhor tem colocado em nossas mãos, que o Senhor tem enviado para a s nossas igrejas.

Este é o culto, ele tem que ser profético, porque do contrário, ele é um culto estranho, um culto onde Deus não está presente.

Amém. MINISTÉRIO E NOBREZA

Deuteronômio 3:27 e 28 - Sobe ao cume de Pisga ... e o fará possuir a terra que vires.

O Senhor tem-nos revelado a respeito da seriedade e do momento que nós estamos vivendo e o rumo do ministério desta Obra.

O ministério desta Obra não é igual àquele que nós vemos no mundo, porque o que nós vemos é um ministério descaracterizado, que foi desviado do projeto revelado de Deus e tomou um outro rumo.

Quando nós falamos da nobreza do ministério, nós temos que fazer algumas abordagens e examinar o assunto na vida de um personagem bíblico, Moisés. E por que ele?

Porque Moisés foi um homem ímpar, nobre, na concepção da palavra, em todos os momentos da sua vida.

Por que Moisés foi nobre?Porque ele renunciou a tudo aquilo que o mundo lhe oferecia e posicionou-se de uma

maneira firme e constante.Este comportamento de Moisés legou ao povo de Israel um grande benefício porque,

na verdade, ele representava a fase de transição da escravidão para a liberdade, ele foi chamado por Deus para conduzir o povo nesta trajetória exatamente porque entre a saída da escravidão e a liberdade existia um abismo muito grande e o salto a ser dado tinha que ser preciso, isso porque muitos ex-escravos não conseguiam ser livres, eles não se adaptavam com a sua nova condição de pessoas livres.

Há pessoas que não sabem se posicionar de maneira adequada, elas não conseguem se desprender da vida de escravo e é necessário que o Senhor levante homens que saibam se posicionar para conduzi-las nesta saída da escravidão para a liberdade, e é exatamente neste momento que o Senhor escolhe homens nobres.

Eles são nobres porque o Senhor lhes dá a nobreza. O ministério nesta Obra é nobre, não porque os homens que o Senhor escolhe têm alguma nobreza de natureza familiar, nenhum de nós veio de uma estirpe nobre, nenhum de nós é da aristocracia, da fidalguia, da realeza. A nobreza vem do Senhor.

Aceitar ou Rejeitar.

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Quando o Senhor escolhe um homem e o separa para o ministério, ele tem todo o direito de aceitar ou rejeitar. O homem tem o livre arbítrio.

Nobreza = Humildade.

Rocha Tarpeniana Quando o homem sobe ao púlpito, ele precisa ter o entendimento de que o

púlpito não é argumento de autoridade, de prepotência, mas é um lugar alto justamente para dizer a todos que somos pequenos demais. O púlpito não eleva o homem, pelo contrário, ele nos humilha e nos faz entender que somos os menores e que precisamos da ajuda do rebanho e da misericórdia e da graça do Senhor.

Aqueles que sobem ao púlpito trazendo consigo a sua vaidade, o seu orgulho, a sua presunção, a sua auto-suficiência, devem entender que para eles o púlpito é como a rocha Tarpeniana.

A rocha Tarpeniana ficava em Roma e era usada como lugar de execução para condenados à morte. As pessoas eram jogadas do alto dessa rocha e lançadas no precipício, um empurrão era o suficiente para o condenado cair no abismo e morrer.

O púlpito na Obra é um lugar escorregadio, um leve empurrão e o homem é jogado para fora.

O púlpito não é refúgio para esconder os seus erros, a sua má fama, a sua vã maneira de viver, nem para proteger a sua família. O argumento daquele que sobe ao púlpito é a sua humildade. A mensagem vem, não em função da sua prepotência, mas da sua humildade porque aquilo que o Senhor coloca nas suas mãos não pertence a você, aquilo que você vai transmitir não lhe pertence, você não é o dono.

Aquele que sobe ao púlpito tem que entender que ele vai falar da nobreza de um homem que partiu para uma terra distante e que vai voltar e pedir contas daquilo que ele está anunciando.

O púlpito é um lugar que nos humilha exatamente por isso, porque nós não temos nada para dizer de nós mesmos. Quando nós acordamos de manhã e sabemos que à noite precisaremos entregar uma mensagem revelada para a Igreja, nós temos que nos humilhar e buscar ao Senhor já pela madrugada e pedirmos a Ele misericórdia, nós choramos aos seus pés e dizemos: Senhor, o que eu vou dizer hoje para a Igreja? Qual a tua revelação? E nós vamos para a igreja humilhados, contritos, e lá conversamos com os diáconos, com as irmãs piedosas que estiveram aos pés do Senhor pela madrugada, buscando as orientações do Senhor, e conversamos com a Igreja e perguntamos: O que o Senhor tem para nos dizer hoje?

Nós dependemos do rebanho e é por isso que o culto profético veio num momento crucial, num momento importante para a nossa vida.

O ministério dessa Obra não pode viver dissociado do culto profético porque ele veio suprir esta necessidade de humildade para o momento que nós estamos vivendo.

E eu pergunto aos obreiros, aos diáconos, às irmãs: O que o Senhor revelou? Qual a mensagem de hoje? E então um irmão entrega um dom, uma revelação, um sonho. E muitas vezes nós até dizemos: Olha, o Senhor me mostrou alguma coisa, será que é isto mesmo?

Quantas vezes a mensagem que nós trazemos no bolso da camisa não é a que o Senhor quer para aquele culto?

Hoje nós entendemos que quando entregamos a nossa mensagem, nós estamos resolvendo o nosso problema, mas quando nós entregamos a mensagem que o Senhor revelou, nós resolvemos o problema da Igreja, do rebanho.

O púlpito nesta Obra é este lugar e a nossa experiência com o ministério é uma experiência de seriedade. Quem sobe ao púlpito para falar novidades, para contar coisas pitorescas sobre a Bíblia, curiosidades que leu em algum livro (que Amós andava de sandália, que a doença de Jó era uma alergia a tomates e batatas), se nós vamos ao rebanho para contar

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estas coisas que vimos ou que lemos, ou que ouvimos em algum lugar, nós estamos descaracterizando a nobreza e por quê?

Porque o nobre não se envolve com estas conversinhas, com estes contos, com estas novidades, o nobre prega aquilo que vive, é a mensagem como experiência de vida, não tem lugar para solecismo.

O que é solecismo?

Solecismo é quando a palavra é boa, mas o testemunho é péssimo, é dizer o que não faz, é falar do que não vive. O ministério dessa Obra não vive e não pode viver assim, ele tem que pregar aquilo que vive é a experiência, é a forma de vida, é a humildade para pregar aquilo que ele ouviu no seminário, aquilo que o Senhor revelou ao grupo, na reunião, aquilo que o Senhor ensinou para a Igreja, é a mensagem desta hora e ela tem que ser séria porque hoje nós temos uma Igreja que tem discernimento, ela tem entendimento das coisas do Senhor e o púlpito não pode um lugar onde se fala de coisas vãs, um lugar para vaidades: Ah, mas o Senhor me deu uma grande revelação... Grandes revelações só vêm para grandes necessitados porque quem não é necessitado não precisa de revelação. Ele é sabido, então vai entregar a sua sabedoria. Ele é auto-sufuciente, então vai entregar a sua auto-suficiência. Mas quando ele é um grande necessitado, o Senhor concede revelações.

Nobreza = Responsabilidade.

O Senhor tem revelado que o púlpito é para nobres e a nobreza vem quando nós entendemos que temos responsabilidade.

Qual é a responsabilidade do nobre?É transmitir uma herança, que é a herança espiritual. Nós sabemos que somos

responsáveis por esta herança, aquilo que não é nosso, aquilo que o Senhor nos deu um dia, e nisso aí nós temos que ter uma experiência, que é a experiência com fogo, é o momento em que o Senhor visita o homem, exatamente como quando o Senhor falou a Moisés através da sarça ardente.

É o fogo, é a experiência, é a luta, é a resposta à intercessão, é a vitória, é o livramento, e é por isso que o ministério desta Obra é o ministério que está vivendo as mesmas lutas, as mesmas dificuldades que todos estão enfrentando, ele está no seu local de trabalho enfrentando as oposições naturais que todos enfrentam, e da mesma forma na vida social, na vida familiar.

Nobreza = Gratidão.

O púlpito é um lugar para nobres, não porque sejamos nobres por nós mesmos, mas porque o Senhor nos deu condições de transmitirmos a sua nobreza, e é por isso que quando subimos ao púlpito, a primeira coisa que tem que haver no coração do obreiro é a gratidão, e ela vem no reconhecimento de uma herança, de uma dádiva, de uma bênção da qual nós não somos merecedores.

Muitas vezes vem a pergunta Por que eu e não Fulano?O apóstolo Paulo dizia de si mesmo: A mim, o menor de todos os santos... (Ef. 3:8)O Senhor tem-nos dado exatamente esta condição e, por isso, a mensagem a ser

transmitida para o rebanho nesta hora é a mensagem da profunda gratidão ao Senhor, o púlpito é para isso, ele não é o lugar para arroubos de técnicas de oratória, nem de didática, mas é um lugar onde se fala de gratidão.

O homem precisa ser grato ao Senhor pelos seus benefícios, pelos seus livramentos, pelas suas bênçãos, por tudo aquilo que Ele tem-nos dado, não porque mereçamos, porque nós sabemos que somos maus, que somos infiéis, que somos desobedientes e sobretudo, ingratos ao Senhor. Nós somos filhos ingratos e a ingratidão é o pior defeito que o homem

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pode ter. Muitas vezes estendemos a mão para alguém e é justamente essa pessoa que se volta contra nós.

Se o obreiro não tem gratidão, quando ele sobe ao púlpito, ele não tem nada para dizer ao rebanho, a sua mensagem é vazia, sem sentido, sem nexo.

Nobreza = Amor.

O púlpito nesta Obra é um lugar de amor, ele é a expressão do amor de Deus, não é lugar para exortações, para bater na Igreja já sofrida. Como entender que o púlpito sirva para isso? A irmã está enfrentando um problema, não tem dinheiro para comprar um caderno para o filho, para suprir as suas necessidades, abastecer a dispensa, o irmão que está desempregado, o outro irmão foi maltratado no trabalho, o outro não foi aprovado no concurso... Como nós podemos subir ao púlpito para gritar com a Igreja, fazer cobranças, agir de modo violento, áspero, ríspido?

Vai lá e entrega a revelação que o Senhor deu, entrega o dom que o Senhor concedeu ao grupo, fala do amor de Deus, fala da gratidão. Gritar e brigar é para quem não tem revelação.

Nobreza = Renúncia.

O púlpito nesta hora é uma experiência de renúncia.Renunciar a quê?Renunciar os oferecimentos desta vida. Moisés foi nobre quando renunciou a todas as

ofertas que um homem pode receber neste mundo, ele renunciou a ser chamado o filho da filha de faraó, ele renunciou a viver nos palácios, renunciou a ser dominador, à vã glória, aos bens desta vida. Moisés escolheu ser maltratado com o seu povo a ter o gozo do pecado.

Moisés foi nobre quando transmitiu a herança vivida ao povo, o seu serviço, a sua humildade, a sua experiência.

A experiência nesta hora é fundamental porque ela deixa os vincos, as marcas na Igreja, na vida do rebanho. Aquele que tem uma experiência com o Senhor, que está transmitindo uma mensagem que ele aprendeu no seminário, está deixando estas marcas, mas aquele que está transmitindo uma mensagem que ele leu num livro de teologia, alguma novidade, ele não está deixando marcas no rebanho.

O Senhor chama Moisés e diz: Sobe ao cume de Pisga e levanta os teus olhos e vê porque não passarás este Jordão.

Moisés sabia que não atravessaria o Jordão, ele havia pedido para entrar na terra, mas o Senhor não lhe ouviu e ainda disse: Basta, não me fales mais neste negócio. Sobe ao cume e vê tudo de lá porque não passarás. Manda a Josué, ele passará adiante deste povo e o fará possuir a terra que vires.

A nobreza desse ministério é transmitir a herança ao rebanho, é saber que muito mais importante do que a sua vida, do que os seus interesses, do que a sua vontade, do que os seus ideais, está a vida na Obra, está a continuidade de um projeto, está a vontade do Senhor para a vida do rebanho que precisa ser levado adiante.

Moisés chega até à entrada de Canaã e contempla a beleza da terra que mana leite e mel, a promessa, a terra das videiras, das oliveiras, das figueiras, onde havia abundância de águas, a terra onde o Senhor daria o descanso, o refrigério ao seu povo.

Agora era necessário descer e transmitir a herança ao povo.Meus irmãos, esta Obra será tão forte e poderosa quanto forem os nossos filhos,

quanto maior for o entendimento e o alcance deles a respeito da nobreza, do conhecimento de tudo aquilo que o Senhor tem feito no nosso meio, o louvor, a palavra, o ensino, as experiências, quanto custou alcançar uma revelação.

A revelação não é algo gratuito, fruto da preguiça, do ócio. Quanto custa uma revelação? Quanto custa um ensino? Uma palavra?

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A experiência que marca o ministério é exatamente a experiência da renúncia, do serviço. E a mensagem que Moisés passou para Josué foi exatamente esta: Esforça-te e anima-te, porque com este povo entrarás na terra que o Senhor jurou a teus pais lhes dar, e tu os farás herdá-la. (Dt. 31:7)

Moisés estava dizendo a Josué: Eu fico aqui, mas a Obra vai continuar, eu já tive a minha participação, já tive o meu lugar na caminhada, agora é você quem vai prosseguir, você está inteirado, você conhece muito bem tudo aquilo que o Senhor falou, a água da rocha, a travessia do mar Vermelho, a caminhada no deserto, o maná, as cordonizes, o pão, o alimento, o descanso, o refrigério, os livramentos. Você sabe que não podemos mais voltar atrás, que não há mais lugar para nós de onde nós saímos, daquela vida que nós tínhamos. Agora é seguir em frente, sem olhar para trás.

Nós temos muitas experiências nesta Obra, experiências de homens nobres que deixaram marcas no rebanho, e nós lembramos de um pastor, o Barros, que nos momentos finais da sua vida, mandou chamar um dos companheiros ao hospital e lhe disse: Anota a última determinação do Senhor que tenho como presidente do presbitério. Manda alguém aos Estados Unidos porque o Senhor quer iniciar a sua Obra lá e, quando eu partir, reúne imediatamente o presbitério e então o Senhor vai revelar aquele que irá me substituir. (Ele não indicou o seu substituto, mas sabia que o Senhor haveria de revelar quem assumiria aquela função). A minha tarefa está cumprida e eu agora só estou aguardando o chamado do meu Senhor.

Homens nobres ... o pastor Jonas... homens que foram nobres porque viveram a sua experiência de renúncia, de humildade, de serviço. A nobreza do ministério está exatamente na gratidão a Deus, no amor ao rebanho e esse amor ao rebanho está na intercessão. O obreiro que não intercede pelo rebanho, ele não está fazendo nada.

Nobreza = Intercessão.

Moisés dizia: Mais uma vez intercedi pelo povo.A intercessão era uma constante na vida de Moisés. O ministério de Moisés era um

ministério de intercessão.O ministério dessa Obra é um ministério intercessor, é aquele que clama pelo rebanho,

que participa da luta, da dificuldade, que ouve o lamento, a queixa da ovelha. Muitas vezes nós dizemos ao Senhor: E agora? Eu não sei como resolver isso, eu não tenho a solução. E muitas vezes nós temos que dizer para a ovelha: Eu confesso que não sei o que dizer ao irmão, não sei como vamos nos posicionar nesta situação, mas eu vou orar pelo irmão e, se aprouver ao Senhor, Ele vai revelar o que fazer.

É a vida de oração. O ministério dessa Obra é aquele que intercede pelo rebanho.Quantas vezes o povo se levantou contra Moisés, inclusive a sua irmã, Miriam? E em

todas as vezes Moisés revelou a sua nobreza, intercedendo por eles.Miriam se levantou contra Moisés e ficou leprosa, mas Moisés intercedeu por ela, não

porque era sua irmã, mas porque era uma ovelha daquele imenso rebanho.Era a intercessão de Moisés pelo povo: Senhor, perdoa o seu pecado, se não, risca-me,

peço-te, do teu livro que tens escrito. (Êx. 32:32)

Nobreza = Governo.

A nobreza de Moisés estava na sua firmeza, na sua posição, no governo, na intercessão.Se nós intercedemos, e se há gratidão no nosso coração, não há lugar para cobranças,

nem para censuras.Quando Moisés viu o bezerro de ouro que o povo fez para desviar-se do caminho do

Senhor, a sua posição foi uma posição de firmeza, ele destruiu aquele ídolo. Por quê?

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Porque o ministério dessa Obra tem que ser firme em relação ao pecado, ele não pode permitir que o pecado fique no meio da congregação, porque o pecado desvia a Igreja do projeto.

E a palavra de Moisés para o povo foi: Santificai-vos hoje e amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.

Ou o ministério desta Obra ouve a voz do Espírito Santo, ou não há mais nada para dizer, não adianta mais conselho. Como nós vamos aconselhar um jovem, um ancião? O homem de hoje não aceita mais conselho, ou é o Espírito Santo quem fala, a direção do Senhor, a ação do Senhor na vida do homem, ou não há mais nada a dizer.

Preparo Individual.

Moisés estava diante da terra. Nós também estamos diante da terra, nós também já passamos pelo mar Vermelho, conhecemos o que ficou para trás; e a grande mensagem que a Obra tem para este momento que nós estamos vivendo é o preparo individual, a grande mensagem é a mensagem da gratidão e do amor, é a palavra nova, á a comunhão, é o corpo, é a dispensação.

Neste momento solene, quando o mundo se envolve com tantas preocupações, com tantos afazeres, quando a Religião tem minado a beleza do evangelho, tem denegrido a Palavra, manchado a virtude que nela existe, a Obra tem uma tarefa a executar, que é o preparo individual.

Nós não podemos falar mal de ninguém porque nós temos que ver onde está a necessidade na nossa vida e tirar aquelas coisas que descaracterizam a nobreza. Por quê?

Porque a Obra é nobre, ela fala de homens nobres, ela vive da ação do Espírito Santo numa nobreza que não é nossa, mas que é do Senhor.

A Obra só tem uma coisa a dizer, que é de uma herança, de um coração cheio de gratidão e do desejo de interceder e clamar por aqueles que vêm de um mundo cheio de necessidades, de lutas e de maus tratos, e é por isso que o Senhor tem-nos falado sobre a nobreza do ministério que tem que ser transmitida, uma mensagem, uma herança nobre para um povo nobre.

Amém.

DIACONATO

Atos 6: 1 a 7 - Ora, naqueles dias, crescendo ... dos sacerdotes obedecia a fé.

Quando o Senhor começou a mostrar os assuntos a serem trazidos aqui, eu comecei a me perguntar por que este assunto já que a classe é mista, não é uma reunião de obreiros, então o Senhor disse que nós traríamos este assunto para que todos pudessem conhecer dois segmentos muito importantes e conhecer exatamente o que significa o ministério e a sua nobreza, e o serviço, de uma maneira geral, com base na Bíblia, e assim saber quais são os passos e as características de cada um deles e poder avaliar e com isso ajudar, inclusive espiritualmente, cumprindo o seu papel, porque se conhecermos melhor quem ou sobre o que estamos tratando, nós poderemos fazer melhor, ser mais corpo, ter mais as características do corpo.

Quando nós falamos em diaconato, nós precisamos entender que o ministério usa a expressão diaconia, que quer dizer servir à mesa. O servir à mesa implica em muitas coisas.

Eu sempre digo para os meus obreiros que um bom diácono é um excelente auxiliar, e ele trabalha muito mais do que o pastor (eu não estou me referindo às responsabilidades, mas à execução do serviço).

Um bom diácono, hoje, não é fácil. Há igrejas que têm trezentos, quatrocentos membros, células com trinta membros, e ele terá que dar conta daquele grupo de assistência.

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E aí o pastor paga um preço caro, o meu telefone não pára, eles me castigam telefonando para me informarem sobre o que está acontecendo, meia-noite, uma hora da manhã, Olha, a última informação, a irmã dormiu agora. Aí eu digo: Está bem, e eu vou dormir também porque senão eu morro.

Eles têm o seu lugar, a sua importância, e nós estamos aprendendo o significado deste homem que é escolhido e tratado pelo Senhor.

As características.

O diácono tem características especiais. A cada dia que passa, a Obra adquire características mais diferenciadas, ela se distancia cada vez mais da Religião, e nesse distanciamento ela se caracteriza por um aperfeiçoamento constante. E por que a Obra se afasta mais e mais da Religião?

Porque a Obra criou coisas novas.Mas foi ela que criou a seu modo? Não, absolutamente, ela se aperfeiçoou naquilo que são as orientações do Espírito

Santo. Quanto mais ela se aperfeiçoa, mais ela se distancia das características da Religião.E dentro desse aperfeiçoamento está o aperfeiçoamento dos ministérios, do diaconato,

do serviço, do louvor, da reunião de senhoras, do ensino das crianças. O Senhor não está mexendo em apenas um segmento, mas em todos os segmentos e está aprofundando, pelo seu Espírito Santo, aquilo que é necessário para que a Igreja Fiel, aqueles que estão na grande luta, estejam sendo preparados, a cada momento, para o grande dia da volta do Senhor Jesus.

Nesta última hora, nós temos consciência que não estamos vivendo os melhores ou os piores momentos para a volta do Senhor Jesus. Há muita coisa que a Palavra mostra e que os dias se encarregarão de mostrar. Há anos que nós não víamos cristãos sendo massacrados, e agora voltamos a ver, existem países que estão, literalmente, massacrando cristãos, eles estão sendo mortos simplesmente porque têm a Bíblia, porque professam e confessam a Jesus como seu Salvador.

O mundo se aprofundou numa coisa chamada liberdade, hoje não se admite que haja alguém que não possa fazer o que quiser com a sua vida, com a sua moral, com a sua dignidade, ninguém pode cercear a liberdade do outro, nem impor limites, hoje os limites têm que ser colocados de uma forma dura, por exemplo, no trânsito. Alguém me disse que achava os motoristas portugueses muito calmos, e eu disse: É que a multa é grande, o guarda está ali atrás, não tem nada de calma não, é gente igual a de lá, só que os de lá não estão apertando muito e aí ele passa, mas aqui, como pesa no bolso, ele fica.

Se houver uma dura disciplina, uma sanção que mexa no bolso, ou que coloque o indivíduo na cadeia, aí todo o mundo fica bonzinho. Mas por que você está bonzinho? Por que não mata o outro? Aí ele diz: Eu só não mato porque eu vou para a cadeia, vontade eu tenho, arma eu tenho, mas não quero ir preso.

Aperfeiçoamento na Palavra.

O aperfeiçoamento na Palavra é um processo de aproximação daquilo que está na Palavra. A cada dia a Obra do Espírito Santo vai procurando estar, mais e mais, dentro daquilo que a Palavra está mostrando. Quanto mais nós ficarmos parecidos, quanto mais nós estivermos dentro da Palavra, mais aperfeiçoados ficamos. Essa é uma característica ímpar, não só do diaconato, mas de toda a vida da Igreja. Quanto mais nós estivermos em cima daquilo que foi a caminhada da Igreja primitiva (que é o nosso espelho), dos apóstolos, daquilo que Jesus ensinou, mais próximos estaremos do propósito do Senhor para a sua Obra.

O processo de aperfeiçoamento é feito pelo Espírito Santo porque Ele é o único capaz de nos levar além da letra. A letra tem uma característica, que é a morte, mas o Espírito Santo traz a vida. Nesta última hora, quem estiver buscando vida (que é e só pode ser vida eterna), terá que estar ao lado, sendo dirigido e orientado pelo Espírito Santo de Deus.

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A descoberta da Palavra.

Por que esta descoberta da Palavra?Porque quando você fala em letra, você pode entender o aperfeiçoamento de várias

formas, ele pode ser um aperfeiçoamento cultural, por exemplo, mas quando você fala no Espírito Santo, você começa a ver além da letra, que é a Palavra revelada.

Se você quiser fazer religião, você vai encontrar uma fonte inesgotável na Bíblia, a letra favorece a este tipo de coisa, há inúmeros textos que dão respaldo a essa sua vontade, mas o Espírito Santo não faz isso, Ele tem uma direção segura.

O Senhor tem-nos dado condição de entender o que aconteceu até hoje, de entender como nós chegamos até aqui, como aconteceu essa redescoberta da Palavra.

Quando só existia o Velho Testamento, o projeto ainda estava incompleto porque Jesus estava oculto, ou seja, Ele estava apenas sob a forma profética. O complemento do projeto estava com Jesus revelado, que é o Novo Testamento. O projeto se completou quando o Senhor Jesus se apresenta, quando Ele se revela.

O adversário sempre tentou de tudo para que esse projeto não se completasse, mas ele se completou. Como foi completado, ele fez uma nova tentativa com o intuito de impedir que essa nova aliança, esse novo testamento, viesse à luz e completasse o projeto, e para isso ele começa a matar a Igreja.

O Senhor Jesus disse: O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir. (Jo. 10:10)O projeto era matar a Igreja porque a Palavra ainda não havia sido escrita, ela ainda

estava no coração dos fiéis, dos cristãos, desse modo a Palavra morreria com eles, o Novo Testamento não seria mais conhecido.

Como isso não deu certo, a matança acabou, o objetivo do adversário não foi alcançado porque a palavra do Senhor era: Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (Jo. 10:10, fine)

Quem recebeu a vida eterna, a morte não tem poder sobre ele porque ele vive para todo o sempre, ainda que esteja morto, ainda que esteja em trevas, não foi isso que o Senhor Jesus disse? Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. (Jo. 11:25)

Como ele não conseguiu exterminar a Igreja, ele pensou o seguinte: A Palavra está aí, mas eu vou impedir que ela apareça, eu vou escondê-la. E escondeu-a nos conventos e mosteiros por quinze séculos, mas vem Lutero e diz: Eu vou pegar este tesouro escondido e vou abri-lo.

Lutero traduz a Palavra e, com o advento da imprensa, ela é difundida por todo o mundo de então.

O inimigo veio roubar a possibilidade da Palavra chegar às nossas mãos e entrar em nosso coração, como é a vontade do Senhor. Ele veio matar, trazer a morte. E ele veio destruir. De que maneira?

Nós estamos num tempo em que os valores estão sendo destruídos, há uma inversão de valores, o que é certo hoje, amanhã já não é. E quanto à Palavra, não é diferente, ela foi difundida e secularizada, todo o mundo tem.

No Brasil está crescendo um segmento que esteve parado até aqui. Os evangélicos vêm crescendo normalmente e este segmento vem crescendo porque pegam as coisas dos evangélicos e fazem igual. Eles dizem: Agora a nossa religião vai pra frente. Isso porque criou-se uma empatia, você se relaciona mais de perto e faz com que as pessoas mexam com um mecanismo, que é o mecanismo do Movimento. Hoje, no Brasil, não tem ninguém que esteja numa igreja que não seja assim, parece um pêndulo, todos os segmentos, até mesmo os evangélicos, estão fazendo essa ligação.

Você coloca cinco, seis mil pessoas, naquele calor, em pé, por duas horas, cantando e repetindo três ou quatro musiquinhas o tempo todo, dando pulinhos, um passinho pra frente e outro pra trás, agitando os braços sem parar, e disso todo o mundo gosta, não tem quem não goste, mas se você convida para vir ao culto, ficar meia hora, debaixo do ventilador, ao lado de

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pessoas que acabaram de tomar banho, isso ninguém quer. Você diz: Olha, é só meia hora, tem ventilador. Eles dizem: Não quero, eu quero ir para o sol.

Secularização, banalização. Dizem: Não..., mas Deus está aqui... vamos dar um pulinho pra frente e um pulinho pra trás porque Deus está aqui.

Vai dizer que está errado! Vai dizer que não é bom! E tem um disco que vende milhões e milhões, tem um pessoal por trás que está ganhando milhões porque, tem muito religioso, mas tem muito vivaldino também. São muito inteligentes para essas coisas, mas não são inteligentes para escolher ir para o céu.

E quando você vê isso, quando você ouve pessoas que estão com o sábado e coisas assim, você começa a ver que é uma completa distorção do projeto, você vê uma banalização e, ao mesmo tempo, você começa a ver que encontrou a Palavra verdadeiramente e se aproximou tanto daquilo que é a vontade de Deus que hoje você tem uma Palavra completamente revelada ao seu alcance e que você pode ter acesso a ela de uma maneira cada vez mais profunda e ter nela as experiências que quiser.

Aí você pergunta: Então, pastor, não preciso mais ir à igreja? É só ler a Bíblia em casa que vou ter experiência na Palavra?

Eu digo: Você já viu uva virar passa fora do cacho? Já viu um membro viver fora do corpo?

Neste última hora o Senhor nos revela a sua Palavra, é o trigo no lagar.O trigo na eira, o inimigo vê, mas quando você coloca no lagar, ela fica escondida e ele

não tem acesso. Aquele que nos odeia não consegue ir além da letra.Você pegou o trigo, colocou no lagar, misturou com o vinho, você chegou à revelação.

Quando você coloca a revelação pelo Espírito Santo, o adversário não entra nisso, ele não mexe. Mas se você pegou um livro, uma revista e introduziu isso, colocou na eira, aí o midianita ... Que maravilha para ele! Ele sabe tudo.

Aperfeiçoamento no Discernimento.

Nesta hora, também se quer um aperfeiçoamento no discernimento porque é alcançar aquilo que é da parte do Senhor. E quando nós falamos em discernimento, nós precisamos entender que é na interpretação também dos dons, porque é o uso dos dons.

Apesar de tanto aperfeiçoamento, de tanto cuidado, nós ainda encontramos alguns erros, mas é assim mesmo.

A ovelha mora numa cidade grande, perto do Maanaim, onde tem batismo, encontro, seminário, reunião de senhoras todo o mês e vai morar num lugar bem distante de tudo, com uma igreja aqui e uma outra a 1.500 km , o pastor tem mais 150 igrejas naquela área e só passa lá de dois e dois meses e a igreja fica com o diácono, não tem jeito.

Então eu digo a ela: Querida, você vai morar na selva, dentro da Amazônia, não espere encontrar uma igreja no mesmo patamar desta onde você está, o que você vai encontrar lá é um monte de gente ainda no iniciozinho. O que você deve fazer é levar a sua contribuição. Mas se você chegar lá dizendo “Lá era assim”, você morreu e vai sair da Obra. Se você disser: “Eu só falo com o pastor”, você está perdida porque ele só aparece de dois em dois meses, se você quer ceia todos os dias, vai ter que esperar o pastor chegar, se quiser vir ao Maanaim, vai ter que pegar cinco aviões. Você quer isso?

Ela vai e depois me liga: Pastor, eu estou em luta, porque eu falei com o diácono que precisava ter grupo de louvor porque na minha igreja tinha e eles estão cantando todos os hinos de Portugal errado.

Aí eu digo: Querida, canta errado também com eles e vê se ensina o certo. Se não tiver grupo de louvor, canta sozinha, ensina um pouco. Você está orando ou só está reclamando?

A Obra é essa semente colocada no coração do fiel e ela germina a seu tempo, e cresce e se aprofunda. Não precisamos ficar preocupados se chegamos lá e não está igual à outra

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porque se não está igual é porque ainda não deu tempo, mas vai chegar lá, eles estão-se preparando para isso. O Espírito Santo não faz assim, Ele não deixa uma lá e outra cá ao léu, Ele atua, Ele vai ensinar na medida que eles puderem compreender. De que adianta dar feijoada a uma criança de colo? Vai ser até prejudicial. O Espírito Santo é o único que sabe a medida certa.

A escolha.

A escolha do diácono é feita segundo a orientação bíblica.

At. 6:3 - Varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria.I Tm. 3:1 a 12 - Irrepreensível, marido de uma mulher, não neófito, bom testemunho,

provado...

O neófito é aquele que tem pouquinho conhecimento e precisa aprofundar mais. Não pode levantar um varão que não seja conhecedor para o diaconato.

Quem já fez Principiantes? Pode dizer qual é o texto da aula de “Bíblia”?E o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus, não é mesmo?E o da aula de “Clamor pelo sangue de Jesus”?Tomou o cálice e comeu o pão, não é?E o da aula “Igreja, corpo de Cristo”?Sois membros de um só corpo, não é isso?Mas o da aula de “Idolatria” você não esqueceu, você sabe que é sobre Saul.O neófito é aquele que sabe pouco.Você não se lembrou de nada? Então como é que você fala de certas coisas se você não

sabe nem aonde estão?E sobre “Dízimo”?Ah! Sobre dízimo você sabe, é só ver Malaquias, essa é fácil. E a fidelidade de Abraão,

de Jacó, eles deram o dízimo de tudo... Melquisedeque, o fundamento, porque senão o dízimo vira dinheiro.

E de “Dia do descanso” , você lembrou?Ah! O véu rasgou-se...Você tem que saber tudo isso, o diácono tem que saber tudo isso porque ele vai dar

assistência a uma irmã que está com dúvidas a respeito de clamor, ele não vai poder chegar pra ela e dizer: Olha, irmã, eu também estou com dúvidas neste assunto, não sei nem qual é o texto... Acho que clamor... Ah... aquele texto do lagar, vou procurar uma fotografia do lagar na Bíblia...

Não vai encontrar nunca.

O diácono deve:

Zelar pela doutrina

O diácono tem que zelar pela doutrina porque ele é serviço hoje, mas amanhã ele é ministério.

O diácono tem atrás de si um corpo que interage em seu favor, que jejua por ele, que ora por ele, pela sua família. Você já jejuou por ele? Se ainda não, comece, faça isso, por revelação do Senhor, orientado pelo Senhor.

Cuidar do grupo de assistência

Vejam, nesta última hora, a importância desse homem no grupo de assistência.

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Nós temos uma meta de crescer 30%, e não adianta chamar as pessoas, nem passar folheto, nem fazer convite, é só orar.

Existem áreas com mais dificuldade e outras com menos.A igreja que trabalha junto, que interage, ela cresce, essa é a nossa experiência.Os Estados Unidos têm algumas áreas com dificuldade, mas existe um ponto de

pregação lá em Miami com oitenta, cem pessoas. E sabem quem é que toma conta do ponto de pregação? Um garoto de vinte e quatro anos, corre do trabalho, corre da faculdade, entra no culto, faz o culto, sai correndo para trabalhar até às 03:00h da manhã, porque parou na hora do culto, aquela coisa de americano, tem que compensar, passa a vida toda trabalhando, come um sanduíche. Tem um díácono lá com a idade dele, mas só é diácono porque está casado.

Tem uma igreja grande lá e esse ponto de pregação e aqueles dois meninos dão conta de tudo. Não existe dificuldade, é só pôr a mão na massa e trabalhar.

Não pensem que no Brasil as coisas são diferentes de qualquer outra parte do mundo, porque gente é tudo igual, só muda o linguajar e o gosto pela comida, uns gostam mais de bacalhau, outros gostam mais de feijoada, outros gostam mais de sanduíche, mas é tudo a mesma coisa.

Se você se aperfeiçoa nisso, se você pega este grupo de assistência e trabalha firme com ele, esse grupo faz uma segunda igreja, uma terceira igreja.

Hoje, nesses 30%. Nós estamos preparando novas igrejas dentro da própria igreja.Esse grupo de assistência é uma igreja em potencial, ele tem que ter tudo, e o menino

está sendo trabalhado porque mais tarde vai ser ungido. O culto profético, as visitas aos crentes, tudo é fundamental.

Quais foram as dificuldades que nós encontramos em algumas igrejas?Nós encontramos: O chato - Aquela pessoa chata que fica à frente do grupo, falando, falando sem parar. A

reunião é de dez minutos, mas ele passa dos cinqüenta, canta dez hinos, cinqüenta orações, com pessoas que acabaram de sair de um culto. Ninguém agüenta mais isso, ele tem que ser orientado.

O aborrecido - Aquela pessoa que bate, ele espanca todo o mundo no grupo de assistência, ninguém agüenta. Ele não é carinhoso, está sempre de cara feia. Ninguém agüenta tanto sofrimento, já sofre em casa com o marido, já sofre em casa com a mulher, sofre no emprego com o patrão, sofre nas conduções com o motorista, sofre na rua, ouve o que não quer, aí chega na igreja e dá de cara com um aborrecido, não dá pra agüentar.

O mundo está cheio de pessoas assim, que não têm ninguém que lhes dê um afago, uma palavra de carinho, não têm parentes, nem amigos, e os que têm ainda lhes fazem mal.

Ele entra na igreja e precisa encontrar carinho, compreensão, sorriso. Isso é diferente de conivência com o erro, com o pecado.

Muitos não sabem fazer isso, temos que ser treinados.

A unção para o ministério.

Falando dos outros ofícios da Igreja, nós vemos em muitos lugares a figura do ancião, do bispo, e do presbítero. As pessoas fizeram uma hierarquia, mas eles representam a mesma coisa, o ministério, todos são pastores.

O Brasil está cheio de bispos, cheio de figuras eméritas, cheio de evangelistas, de apóstolos, de pastores. As pessoas chegam e dizem: Mas esse cidadão é demais. Isso porque ele está mexe com música, tem uma banda com uns bonitinhos cabeludos que ficam falando de Jesus pra vender muito disco. E a esposa dele é bispa.

Quando nós entendemos o ministério da Palavra, nós entendemos o que significa Jesus para nós. Ele é o Verbo, a Palavra revelada, e aí nós precisamos fixar o que representa a unção para o ministério.

Ministério: Apóstolo, Profeta, Evangelista, Pastor e Mestre .

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E a unção? E o ungido?(Tem uma brincadeira no Brasil que diz que a esposa do ungido é a untada).O ungido é aquele que tem um chamado e está num período de prova. Com Davi

também foi assim. Se ele for bem, é ministério, se não for, não tem volta para diaconato.Não é dado ao diácono, ao ministro, certas coisas que, às vezes, até as outras pessoas

podem fazer. Por exemplo, uma ovelha cometeu um erro, você senta, o Senhor perdoa. Agora, manda o diácono, o pastor fazer parecido. Não pode, ele perdeu certos direitos, não cabe mais certas coisas, por isso é que tem a nobreza do ministério, ele está no púlpito é para que todos vejam a necessidade dele.

Quando você é ordenado, você recebe a autoridade para governar e aí você aprende que o ministério nesta Obra é por revelação e com imposição de mãos do presbitério, conforme manda a Palavra.

O ministério na Obra não é por competência, nem por isso ou por aquilo.Eu tenho uma pessoa que trabalha comigo, dirige o meu carro, ele é estudante de

teologia, muito dedicado, está sempre me pedindo para sair mais cedo por causa das aulas. Outro dia ele disse:

_ Estou em apuros, tenho que dar uma aula sobre Lutero._ Rapaz, é fácil._ Fácil?_ É, vai em Apocalipse, sete cartas, Filadélfia. Depois as parábolas, Mateus, entendeu?

Agora, Cantares de Salomão. Quer mais? Isaías._ Mas como? Lutero aqui? Aonde? Não tem nada escrito sobre Lutero. O senhor pode

repetir?Aí ficou escrevendo um monte de coisas. Ele voltou feliz, foi-me apanhar no trabalho e disse: Falei, ficou todo o mundo de queixo

caído. Deve ser porque não entenderam nada, nem ele. Não deram nota 10, deram 9,5... e vai sair ministro, vai ganhar diploma, vai botar anel, vai ganhar o seu salário.

O ministério é por revelação, quem levanta o homem é o Espírito Santo e é Ele quem vai tratar dele.

O ministério tem que estar submetido ao governo, à autoridade do presbitério, que é a reunião de presbíteros, de pastores.

O objetivo dessa aula é para que cada um possa avaliar, para que orem, para que valorize, para que pague um preço, porque assim fazendo, a Obra cresce e nós somos mais aperfeiçoados naquilo que é a vontade do Senhor.

Amém.

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