OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas...

37
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

Transcript of OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas...

Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Identificação

Título: Ensinar e Aprender História no 6º ano; características e problemas.

Professor PDE: Sandro Severino

Área PDE: Ensino de História

Escola De Implementação: Colégio Estadual Prof. Carlos Augusto Mungo Genez-EFM

Município da escola: Londrina

NRE: Londrina- Paraná

Professora Orientadora: Prof.ª Drª Marlene Cainelli

IES Vinculada: UEL

Relação Interdisciplinar: História e Artes

Resumo: A grande quantidade de alunos desistentes e repetentes na antiga quinta série, atual sexto ano, precisa ser encarado como um problema social e educacional. Este tema apesar de relevante é pouco trabalhado e pesquisado. Nosso objetivo ao desenvolvermos esta pesquisa ação é a de sugerir ideias e metodologias que contribuam com a pratica docente, tornando a educação histórica mais prazerosa para docentes e discentes, respectivamente. Para tanto, sugeriremos metodologias plurais na pratica de ensino, seja por meio do cinema, de textos da internet, e da arqueologia. A partir de aulas oficinas de maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso entendimento estas metodologias diferenciadas podem minimizar a grande desistência dos alunos e também melhorar os níveis de aprovação no momento em que os alunos se interessam mais pelas aulas de história desta forma aprendendo e fugindo do risco de reprovação.

Palavras-chave: Educação Histórica; Interdisciplinaridade; Artes; Cinema; Arqueologia.

Formato do Material Didático: PDF.

Público: Docentes de História e Artes e estudantes.

Page 3: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

SUMARIO

1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3

2 - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: .................................................................... 5

3 - NOS CONHECENDO ................................................................................ 6

4 - CONCEITO DE TECNOLOGIA.................................................................. 8

5 - A HISTÓRIA DO FOGO ........................................................................... 10

6 – TRABALHANDO COM CINEMA ............................................................. 12

7 - CARACTERÍSTICAS DO PALEOTÍTICO, NEOLÍTICO E DA IDADE DOS

METAIS ......................................................................................................... 16

8 - PINTURAS RUPESTRES E ARQUEOLOGIA PARANAENSE ................ 22

9 - CONFECÇÃO DE IMAGENS MURAIS: ................................................... 31

10 - AVALIAÇÃO DISCENTE DOS TRABALHOS ........................................ 33

11 - CULMINÂNCIA. ..................................................................................... 34

12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS ......................................................... 35

12.1 - REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS ........................................................ 36

Page 4: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

1 - INTRODUÇÃO

Nossa meta principal é desenvolver nos alunos o gosto pela aprendizagem histórica com o uso de diferentes recursos didáticos (livros, filmes, textos, desenhos, internet e produção de textos). E com avaliações diagnósticas e variadas. Fazendo com que a educação histórica cumpra a sua função social de diferentes formas, tais como: Não transformar o espaço escolar num um ambiente alienígena aos discentes, fato esse que tem contribuído para a exclusão dos alunos, sobretudo dos 6º anos.

Para tanto iremos desenvolver grande parte da implementação proposta de maneira interdisciplinar com a disciplina de Artes, tendo em vista que grande parte do trabalho será feito estudos de imagens, seja de cinema, pinturas rupestres, esculturas, coloração, sendo que o profissional da área artística tem um grande domínio técnico sobre tais temas. Não temos a pretensão de trabalhar de modo interdisciplinar porque é um "modismo", mas sim porque acreditamos que o conhecimento e as formas de aprendizados devem se complementar e não se compartimentarem.

Tendo em vista que a fase de transição do quinto para o sexto ano é uma das fases mais excludentes no atual contento escolar. Vejamos o que nos leciona a celebre Professora Marlene Cainelli:

A transição da quarta para quinta série ou sexto ano no Paraná é medida por mudanças significativas para os alunos. O sentimento de terminalidade de uma etapa educacional é reforçado pelo modelo que impõe uma articulação Estado/município praticamente inexistente, tanto no âmbito administrativo como no pedagógico. As primeiras séries do ensino fundamental público são de responsabilidade dos municípios e as séries finais, assim como o ensino médio, ficam a cargo do estado, em que âmbito se constitui na prática esta passagem entre os níveis de ensino? Seria uma transição articuladora ou desarticuladora? Enquanto estruturas distintas, estes espaços não se articulam de forma a propiciar uma continuidade de propostas pedagógicas e caracterizam-se por serem redes de ensino distintas, o que dificulta o processo de transição do aluno da rede municipal para a estadual. Entre os problemas que estudos detectam-desta falta de articulação entre os níveis de ensino-podemos citar os indicadores que medem o rendimento dos alunos na quinta série. Segundo dados de estudos do INEP, esta seria responsável em média por 30% da distorção idade/série na continuidade do ensino fundamental, além de uma porcentagem grande de alunos que abandonam a escola. (CAINELLI, pg. 128, 2011)

A título de ratificação da contribuição do texto da Professora Cainelli vejamos o que nos informa os índices de aprovados, repetência e abandono no Colégio Estadual Carlos augusto Mungo Genez, entre os anos de 2008 até 2013.

Page 5: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Quadro 1 – Repetências/Abandono ALUNOS APROVADOS REPROVADOS/

ABANDONO TOTAL

2008 91 45 136 2009 65 33 98 2010 71 18 89 2011 65 21 86 2012 42 19 61 2013 22 12 74

PORCENTAGEM DE ALUNOS REPROVADOS/ABANDONO

2008 33,40%

2009 32,70%

2010 19,20%

2011 24,10%

2012 33,20%

2013 32,60%

Fonte: Secretária do Colégio Carlos Augusto Mungo Genez

Através desse quadro e do texto supracitado da professora Cainelli podemos observar que a escola não tem cumprido com o seu dever legal como preconiza o Texto Magno de 1988 em seu artigo 206 "de 1.988, em seu artigo 206, que nos indica em seu enunciado “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios, inciso I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, inciso III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, inciso VII - garantia de padrão de qualidade”..

A atuação dos entes municipal e estadual nessa transição, do fundamental I para o II, tem sido no mínimo displicente, não podemos dizer que é criminoso porque não há tipificação na lei penal, fato esse que é uma falha do legislador pátrio. Tal fato torna o tema pesquisado bastante pertinente, pois é um dos dilemas do contexto escolar atual, assim como apresentaremos sugestões metodológicas que faça com que a educação histórica tenha significado na vida dos discentes.

A relevância do tema a ser pesquisado se torna indiscutível, pois a idade cronológica dos discentes no quesito idade-série (10-11 anos) é crucial, tendo em vista que é nessa idade que a criança entra na pré-adolescência, ou na própria adolescência, que é um período muito conturbado para os discentes, psicologicamente falando.

Page 6: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Portanto por mais singela que seja a nossa contribuição, através do presente trabalho, esperamos que o mesmo venha a ser o início, a inspiração para que outras futuras contribuições de estudo, de sugestões, enfim de debate, desse período tão crítico, que é a transição do 5º para o 6º ano, que ele deixe de ser tão crítico e excludente como tem sido.

2 - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:

No que tange ao sistema avaliativo se torna irresistível não citar o educador Pedro Demo (2004, p. 69) nesse momento: ”Uma das marcas da educação moderna está precisamente em não mais reconhecer um ‘profissional do ensino’ já que o educador autêntico é o profissional da aprendizagem. Um provérbio alemão di: ‘Formação é aquilo que resta depois que se esqueceu de tudo’ (Bildung ist das, was ubrig bleibt, wenn men alles vergessen hat). Refere-se ao fenômeno humano da aprendizagem formativa, a única coisa que fica para a vida. O que se ‘decora’ ou o que meramente se reproduz some no vento. No fundo, aponta para o esforço reconstrutivo do aluno como componente essencial da aprendizagem”.

Numa época onde os axiomas são questionados e instáveis, nada mais justo que o “antigo” profissional do ensino receber uma nova nomenclatura: “o profissional da aprendizagem”.

O conhecimento é uma chama que vai passando de mãos em mãos pelas diferentes gerações. E se dizermos que existe uma metodologia, uma cartilha de como avaliar é errônea, pois as formas de avaliar devem ser plurais, até mesmo porque o avaliar, dar valor, muda constante o conceito de valor.

O conceito de valor e de avaliação são mutáveis e dialéticos e precisamos ter essa visão em nossas avaliações, para podermos fazer uma avaliação contínua. Nesse sentido vejamos o que nos leciona Philippe Perrenoud:

Os professores beneficiam-se de uma autonomia maior ainda nos sistemas escolares que instituem uma avaliação contínua. Com efeito, a presença de provas anuais ou de provas padronizadas induz uma forma de harmonização pelo simples fato de que cada professor corre o risco de uma contradição entre seu modo de avaliar seus alunos e seus resultados em testes dos quais não domina nem o conteúdo, nem a tabela, nem mesmo a administração ou a correção. Quando a avaliação é essencialmente contínua, cada professor pode de modo mais fácil-sem, aliás, tomar forçosamente consciência disso- adotar sua própria definição da excelência, apropriando-se e especificando, à sua maneira, as normas de excelência estabelecidas pela instituição, nelas investindo sua própria concepção da cultura e do domínio. A ele cabe fixar, mais ainda, segundo o que lhe parece ao mesmo tempo justo e razoável, o nível de exigência na ou nas disciplinas que ensina. Também decide, em larga medida, a maneira de fazer com que desempenhos correspondam às notas, assim como o patamar que revela um domínio ‘suficiente’. Enfim, o professor goza de uma ampla autonomia no modo como compõe, administra, corrige e dá nota a suas provas escritas ou outros momentos do trabalho escolar, de modo que, quando se comparam as exigências entre

Page 7: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

turmas e entre estabelecimentos, observam-se grandes variações (Duru-Bellat e Mingat, 1987, 1988, 1993; De Landsheere, V., 1984ª e b; Grisay, 1982, 1984, 1988; Isambert-Jamati, 1984; Merle, 1996). Como mostram esses autores, conforme a turma de que faz parte, um aluno não receberá a mesma formação e nem será julgado em relação às mesmas normas de excelência e aos mesmos níveis de exigência. Para reconstruir as normas de excelência, os níveis de exigência e os procedimentos de avaliação, deve-se, portanto, não somente identificar as regras e a doutrina não escrita da organização escolar, mas levar em conta a grande diversidade das concepções e das práticas. A uma sua verdade: a excelência e o êxito não são únicos; sua definição varia de um estabelecimento, de uma turma, de um ano a outro no âmbito do mesmo plano e estudos. Essa diversidade, amplamente desconhecida, porque pouco legítima, não impede um julgamento de excelência criado por uma única pessoa, de maneira discricionária, seja enunciado em nome da instituição e adquira, então, força de lei. Para tanto seguindo uma avaliação diagnóstica, ela será obtida por meio das atividades efetuadas pelos alunos, sejam elas orais ou escritas. Avaliar-se-á, ainda, o empenho dos discentes em todas as atividades propostas. Bem como o professor fará constantemente sua auto- avaliação, por meio das realizações dos trabalhos dos alunos, através dos quais o professor observará se está conseguindo manter

um diálogo entendível com os alunos. (PERRENOUD, pg. 31, 1999)

Os professores beneficiam-se de uma autonomia maior ainda nos sistemas escolares que instituem uma avaliação contínua. Com efeito, a presença de provas anuais ou de provas padronizadas induz uma forma de harmonização pelo simples fato de que cada professor corre o risco de uma contradição entre seu modo de avaliar seus alunos e seus resultados em testes dos quais não domina nem o conteúdo, nem a tabela, nem mesmo a administração ou a correção.

Como temos autonomia na maneira de compor a avaliação, nada mais justo do que colocarmos avaliações consideradas tradicionais, mas que me certas ocasiões são necessárias, tais como, questionários contextualizados, passando por produções de textos, de desenhos, interpretações iconográficas e de filmes.

3 - NOS CONHECENDO

Bloco1: 19 Aulas

Objetivos:

Analisar o grau de compreensão de história na cosmovisão dos discentes do Colégio supracitado.

Identificar nas aulas oficinas quais ações docentes podem ser utilizadas no sentido de dar significado ao ensino de história aos discentes.

Page 8: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Fazer um levantamento sobre o resultado do uso consciente dos recursos didáticos, cinema, livro didático e internet, dentro do Colégio em questão.

Aproximar o ensino de história na vida cotidiana dos discentes.

Material: Dicionários, livros didáticos, fósforos, vasilhas de metal, textos da internet, trechos dos filmes A Guerra do Fogo e 2001: Uma Odisseia no Espaço.

Desenvolvimento: Nesta unidade, o trabalho estará direcionado ao conteúdo da pré-história e tecnologia, através das quais o professor fará constantes avaliações diagnósticas, com o intuito de levantar o conhecimento prévio dos alunos, assim como nos referenda Schmidt e Garcia (2003, p. 225): “não se trata de um trabalho trivial, mas de ter como ponto de partida da investigação o próprio universo do aluno dando ao conhecimento histórico um sentido...” (SCHMIDT; CAINELLI, pg. 225, 2003). Por meio do desenvolvimento de textos, questionários e confecção de imagens.

Para tanto faremos uso da metodologia sugerida pela docente Isabel Barca, através da sua obra a “Educação Histórica e consciência histórica”, nos seus capítulos “O papel da Educação histórica no desenvolvimento social”, no qual a Isabel Barca, nos indaga, no que e para que ensinar história? De como era o ensino tradicional de história, através do qual se fazia uma assimilação fiel dos heróis individuais e dos povos. O quanto o método piagetiano, mal interpretado, com os seus níveis de cognição por faixas etárias foi nocivo ao conhecimento do ensino de história aos anos iniciais da escola.

A professora Isabel Barca (2011), nos leciona que em Portugal o ensino de história segue a seguinte ordem: 1- Currículo, 2- manuais, 3- Professores, 4 alunos, sendo que para termos um ensino de história mais relevante, a ordem apresentada teria que ser inversa. A professora em questão, também, nos diz que na sociedade de informação, como a atual não faz sentido um ensino de história numa visão estática de mundo.

E por fim a autora nos sugere formas de educação histórica, seja por meio de aulas oficinas, de estudos de diferentes fontes históricas e de nosso entendimento sobre o que seja nós e os outros.

Bem como ao longo da presente unidade didática faremos uso de trechos dos filmes acima citados, sendo que o uso de cinema, como proposta metodológica na sala de aula, tem um imenso respaldo teórico, vejamos o que leciona a pesquisadora Mônica Almeida Kornis (1992, pg. 3):

[...] o filme adquiriu de fato o estatuto de fonte preciosa para a

compreensão dos comportamentos, das visões de mundo, dos

valores, das identidades e das ideologias de uma sociedade ou de

um momento histórico. Os vários tipos de registro fílmico - ficção,

documentário, cinejornal e atualidades vistos como meio de

representação da história, refletem, contudo de forma particular sobre

esses temas. Isto significa que o filme pode tornar-se um documento

para a pesquisa histórica, na medida em que articula ao contexto

histórico e social que o produziu um conjunto de elementos

intrínsecos à própria expressão cinematográfica.

Page 9: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Dessa forma, vamos levar nossos discentes a observarem a

não neutralidade na confecção de quase tudo que os cercam, nem mesmo a do

professor, dos filmes, das novelas, dos livros didáticos, dos religiosos e dos

traficantes.

Aula 1:

O objetivo desta atividade está no fato de introduzir a História do cotidiano como objeto de estudo escolar, pois dessa forma se abre possibilidades que oferece a visualização das transformações realizadas pelas pessoas “comuns”. Pois De acordo com Bittencourt (apud SILVA, s/d), a História do Cotidiano pode ser bastante útil em sala de aula, servindo como suporte fundamental para se reconsiderar o papel dos agentes sociais nas transformações históricas, levar à reflexão sobre a atuação dos sujeitos neste processo e rever concepções de tempo histórico. Posto isso estaremos valorizando o cotidiano dos discentes, mostrando a eles que a História não é uma disciplina alienígena

O professor irá se apresentar a turma do 6º ano e fazer uma breve narrativa da história de sua vida e de seus ascendentes. Em seguida pedirá para que cada discente também se apresente e faça o mesmo. Depois o professor escreverá na lousa 10 linhas de sua biografia, para os alunos copiarem, em seguida os discentes escreverão cinco linhas, ou mais, da narrativa de suas vidas.

A avaliação, dessa aula, será diagnosticar o grau de alfabetização dos alunos, por meio da leitura que o professor fará das narrativas escritas das vidas dos mesmos. O professor verificará itens indispensáveis à boa aprendizagem, tais como; a ortografia, a caligrafia, a pontuação, as regências verbais, as noções de tempo e de espaço dos discentes.

4 - CONCEITO DE TECNOLOGIA

Aula 2 e 3

O professor irá questionar de maneira expositiva o que os discentes entendem por tecnologia. Após ouvir os alunos o professor pedirá para que os mesmos busquem no dicionário o conceito de tecnologia e que copie no caderno tal conceito: “Tecnologia (De tecno+logo+ia) S.F1- Conjunto de conhecimento, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade; 2- Vivemos a era da tecnologia" é o que nos diz o minidicionário da língua Portuguesa (p 746).

O dicionário não é claro na explicação histórica de tecnologia. Sendo assim, o professor irá expor oralmente e por meio de imagens evolução

Page 10: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

de uma tecnologia: - A produção agrícola e seus utensílios. Para tanto usaremos as seguintes imagens:

http://soprahistoriar.blogspot.com.br/2009/07/resumo-paleolitico-e-neolitico.html

http://medievalreader.wordpress.com/

http://www.clickescolar.com.br/agricultura-comercial-moderna.htm

Estaremos inserindo cenas do cotidiano de diferentes épocas desde a invenção da agricultura, pelas mulheres no Neolítico até a agricultura capitalista moderna, dessa forma estaremos familiarizando os discentes com conceitos, tais como Neolítico e modernidade. O uso de dicionários é imprescindível em nossas atividades, pois a experiência nessa escola nos mostra que raros são os alunos que sabem manusear o dicionário. Os discentes confeccionarão um texto sobre o que eles entenderam por tecnologia, bem como confeccionarão os desenhos apresentados acima em seus cadernos.

A avaliação dessa aula será levada em consideração a evolução da produção agrícola por parte dos discentes, bem como, até que grau o professor está conseguindo dialogar com a turma, e até que ponto os alunos sabem manusear o dicionário.

Page 11: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

5 - A HISTÓRIA DO FOGO

Aula 4

O professor levará uma caixa de fósforos e um isqueiro na sala de aula e produzirá fogo numa folha de papel dentro de uma vasilha a alumínio para fazer a demonstração empírica das mais novas tecnologias da arte de produzir fogo. Após a experiência empírica, os alunos responderão por escrito o seguinte questionamento: Ao longo de todos os tempos os seres humanos utilizaram fósforo e isqueiro para produzir fogo? Justifique a sua resposta.

Após a realização das respostas do questionamento acima três imagens comumente encontrada em livros didáticos e na internet sobre três formas de produzir o fogo na pré-história.

Fonte: http://historiaemmovimentoebamarante.blogspot.com.br/

Pediremos para que cada discente confeccione, numa folha em separado as três últimas imagens apresentadas e as pinte, como nos desenhos.

Ao final dessa aula o professor avaliará se está conseguindo dialogar com os alunos, observará a coordenação motora dos discentes por meio da confecção dos desenhos, bem como avaliará e evolução da escrita por meio do questionamento e das respostas do mesmo.

Page 12: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Aula 5: Será entregue a cada discente o texto abaixo e citado

O domínio sobre o fogo

Uma descoberta muito importante do período da pré-história foi o

fogo. Onde o homem primitivo inicialmente observou esse fogo

surgindo espontaneamente, aos poucos perderam o medo e

começaram primeiramente utilizá-lo de vez em quando e de maneira

desorganizada, como fonte de iluminação e aquecimento. Para isto

foi necessário descobrir como mantê-lo aceso, isto também resultou

provavelmente da observação de que brasas resultantes da queima

natural de madeira podiam ser realizadas pela ação do vento, ou pelo

sopro, fazendo a chama reaparecer. A etapa seguinte era fazer produzir o fogo, talvez novamente pela

observação eles notassem que o fogo aumentava pelo aquecimento

de galhos ou folhas secas, isto indicou que a chama poderia ser

iniciada com temperaturas elevadas. Desta forma, descobriram que o

atrito entre dois pedaços de madeira seca aumentava a temperatura

e produzia a chama, que podia ser ativada pelo sopro. O homem primitivo através da observação também encontrou outra

maneira de produzir fogo. Observaram que o choque produzido entre

duas pedras produzia faíscas e que se colocassem folhas e galhos

secos próximos dessas faíscas conseguiam fogo. Depois que o homem descobriu sua utilidade e como acendê-lo,

passou a assar a carne e a cozinhar vegetais, junto ao fogo se

reuniam, descansavam e se protegiam do frio e dos ataques de

animais ferozes. O grande avanço do homem paleolítico foi à descoberta do fogo, ele

através de observação conseguiu utilizá-lo e também produzi-lo, o

processo era simples, batiam uma pedra na outra para sair a faíscas

ou esfregando duas madeiras uma na outra para gerar o calor.

http://historiacolegiao.wordpress.com/2012/03/03/pre-historia-

paleolitico/

Em seguida faremos uma leitura individual e depois coletiva do texto, sendo que o professor irá explicar cada o texto, em seguida os alunos responderão numa folha em separado as seguintes atividades propostas:

Produza um texto fazendo uma comparação de que representou para a humanidade a importância do fogo no paleolítico com outros avanços tecnológicos atuais (tais como, as plantadeiras na agricultura moderna, a internet, os celulares). E se o fogo, apesar de ser algo utilizado há milênios, é dispensável em meio a tanta tecnologia.

O professor avaliará nessa aula a interpretação de texto dos alunos, bem como a evolução da escrita e o sentido temporal que o fogo tem a humanidade.

Page 13: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

6 – TRABALHANDO COM CINEMA

Observaremos que o “cinema” pode e deve ser um excelente recurso para a educação histórica, pois iremos apresentar a nossa própria experiência com o trabalho por meio de filmes e também estaremos nos baseando no excepcional trabalho desenvolvido pelas professoras Olga Magalhães e Henriqueta Alface, da Universidade de Évora Portugal, que fizeram um trabalho científico sobre o tema em questão.

O uso de filmes tem sido usado de maneira indiscriminada nas escolas. Nós na direção da escola, já fizemos uso, inúmeras vezes, de filmes, para preencher horários nos quais os alunos estavam sem professor, pela falta dos mesmos. Nesse caso, o problema não é dos filmes, mas sim um problema estrutural que assola nosso país, que é a falta de professores, pois é gigantesco o tanto de aulas que nossos discentes perdem devido à falta de docentes.

Mesmo quando o professor se propõe a usar um filme, na maior parte dos casos, ele usa o filme sem critérios, como uma mera forma de passar o tempo. Esse uso indiscriminado de filmes faz com que tenhamos um preconceito sobre algo que pode ser um grande aliado em nosso trabalho pedagógico. O uso de filmes se bem planejado pode ser umas das grandes fontes na educação histórica.

Trabalharemos com os filmes: “2001: Uma Odisseia no Espaço” e “A Guerra do Fogo”.

Após nossas avaliações diagnósticas, com os discentes, faremos leituras sobre a biografia se Stanley Kubrik e Jean-jacques Annaud, diretores dos filmes “2.01: Uma Odisseia no Espaço” e “A Guerra do Fogo”, respectivamente. Assim como faremos leituras de sinopses dos filmes em tela. Em seguida apresentaremos trechos dos filmes, em torno de 30 minutos da obra de Kubrik, e por volta de 70 minutos da obra de Annaud.

Vamos analisar até que ponto o filme, se bem planejado, pode ser uma fonte para a educação histórica, no que tange ao exórdio da humanidade, por meio de relatos dos próprios alunos que farão uma avaliação sobre o uso de filmes em suas formações.

Questionaremos de como a educação histórica pode contribuir no sentido de desburocratizar o ensino por meio de recursos didáticos disponíveis. Advogar a causa do uso de filmes na educação histórica “é imperioso combater o analfabetismo visual e já a UNESCO em 1.961, já defendia que os jovens devem ser educados para compreender a mensagem do audiovisual porque uma adequada educação do espectador permite uma progressiva educação dos seus sentimentos e das suas vivências éticas e sociais” (MAGALHAES; ALFACE, 2011, p.256).

A utilização de filmes como recurso didático significa que se está a recorrer a um dos mais poderosos meios de comunicação e também utilizando uma linguagem absolutamente atual, mas é preciso estarmos conscientes da complexidade que envolve esta linguagem... (trabalhar com o cinema em sala de aula é ajudar a escola a encontrar a cultura ao mesmo tempo cotidiano e elevado, pois o

Page 14: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

cinema é o campo no qual a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos são sintetizados todos numa só obra de arte- Napolitano, 2005, p.11-12). Todos os filmes podem ser utilizados porque dos mais comerciais e descomprometidos aos mais sofisticados e difíceis, todos têm sempre alguma possibilidade de abordagem em contexto de trabalho escolar. É fundamental que o professor avalie se o filme é adequado, como vai utilizá-lo, a que faixa etária se destina, entre outros detalhes. (MAGALHAES; ALFACE, 2011, p.254).

O que tem sido a pedagogia escolar senão um emaranhado de siglas que fogem da compreensão dos cidadãos “comuns”. Vejamos: LDB, PCN, PTD, PI, PNDL, EAD, PDE, PDDE, FR, QPM, PSS, PPP, MEC, CE. O leitor leigo não deve entender o significado de várias dessas siglas imagine os pais e alunos, aos quais os documentos oficiais preconizam tanto a participação dos mesmos.

Entretanto essas algumas das “poucas” siglas usadas no cotidiano escolar, sendo que novas vão surgindo e as antigas não desaparecem. São muitas as siglas, todas com um objetivo comum “melhorar a educação brasileira”. Todavia as supracitadas siglas fazem parte de um universo burocratizante que tornam o cotidiano escolar uma rotina de preenchimento de relatórios que engessam a criatividade de docentes e discentes.

Aula 6 e 7

O professor irá fazer uma exposição oral sobre o filme “A Guerra do Fogo", no qual ele abordará os seguintes pontos com os discentes:

1- Quando e quem produziu o filme? 2- Espaços Geográficos (países) onde o filme foi produzido?

3- Quais eram as fontes de alimentação humana? 4- Quais eram os predadores dos seres humanos? 5-Quais eram as vestimentas da época? 6- Quais eram os predadores dos seres humanos?

7- Quais eram os objetos de defesa? E quais as tecnologias para produzi-los? 8- Qual era o meio utilizado para uma tribo roubar o fogo da outra tribo?

9- Todas as tribos estavam no mesmo nível de evolução tecnológica? 10- Qual era o método de produzir fogo que uma das tribos possuía? 11- Qual era um dos métodos de cura mostrado no filme?

12- Podemos dizer se há um intercâmbio cultural no filme?

O professor abordará esses 12 questionamentos na lousa e fará uma exposição oral e uma produção de texto, em conjunto com os alunos, no intuito de preparar os mesmos para assistirem trechos do filme supracitado, sendo que o filme contém 120 minutos, assim sendo faremos recortes e apresentaremos em torno de 70 minutos da obra, dividido em 35 minutos de apresentação e 15 minutos de comentários nas aulas de número 7 e 8, lembrando que a aula tem 50 minutos.

Page 15: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Aula 8

Serão exibidos 35 minutos iniciais de apresentação de recortes do filme, iremos excluir as cenas de violência e de sexo. Nos ateremos mais aos momentos da confecção do fogo, da sua utilização, das viagens e da vida em sociedade. E faremos 15 minutos de observações orais e escritas.

Aula 9

Serão exibidos 35 minutos finais de apresentação de recortes do filme, iremos excluir as cenas de violência e de sexo. Nos ateremos mais aos momentos da confecção do fogo, da sua utilização, das viagens e da vida em sociedade. E faremos 15 minutos de observações orais e escritas.

.

Aula 10

O professor entregara uma folha para cada aluno responder as três atividades a seguir:

1- Com os recursos do meio, o homem foi criando novos elementos

que não existiam e, consequentemente, passou a transformar a natureza. Seu

ambiente foi se tornando cada vez mais cultural. Cite e comente cenas do

filme onde esse processo ocorre.

2- As atividades do homem nunca foram somente materiais, mas

também mentais e espirituais. De acordo com o filme, o homem do Paleolítico

já apresenta manifestações dessa natureza. Exemplifique identificando cenas

do filme.

3- Como você considera o progresso para a humanidade? É possível

conciliar satisfação material com harmonia espiritual e solidariedade humana?

O filme apresenta cenas que mostram esse processo grupal. Comente

algumas delas.

Será uma forma de avaliação diagnóstica na qual o professor verificará se ele está conseguindo dialogar com os alunos e se está havendo uma compreensão histórica por parte dos mesmos sobre a importância do fogo aos humanos, bem como se está havendo uma evolução na escrita dos discentes.

Aula 11

O professor devolverá a folha da aula anterior aos alunos com as devidas correções, debateremos as respostas e se o uso das imagens ajuda a desenvolver o aprendizado, sendo que cada aluno irá escrever sobre a

Page 16: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

experiência do aprendizado por meio de imagens no caso, os desenhos da produção do fogo e do uso do cinema.

Os alunos levarão para a casa a folha com as devidas correções do professor. Os pais darão ciência da avaliação, com o intuito de acompanhar o desenvolvimento de seus filhos na escola, sendo que os alunos trarão as folhas avaliação de volta com as devidas assinaturas dos pais ou responsáveis para o professor conferir.

Aula 12, 13, 14 e 15

O filme “2001: Uma Odisseia no Espaço” foi lançado em 1968. Dirigido por Stanley Kubrick (1928-1999), o filme provocou grande impacto em sua estreia. O roteiro do filme foi escrito pelo próprio diretor em parceria com Arthur C. Clarke, escritor de ficção científica.

“2001: Uma Odisseia no Espaço” é um filme que procura mostrar a visão dos autores de como seria o mundo em um futuro que chegaria em 33 anos, marcando o início do século XXI.

O filme se inicia com uma cena cujo título é “A Alvorada do Homem”. Nela vemos o confronto entre dois bandos de primatas (chimpanzés). Em dado momento, um dos macacos utiliza um grande osso – um fêmur – como porrete, para afastar outro chimpanzé que pretende se aproximar para dividir alimentos. Logo após utilizar o porrete como arma, atacando seu semelhante, o macaco arremessa o osso para cima. A câmera acompanha a subida do osso que, ao chegar no ponto mais alto, transforma-se, repentinamente, em uma enorme nave para viagens interplanetárias. Nave na qual toda a história do filme irá se desenvolver.

A projeção desse filme pode ser interessante para motivar os alunos a discutir evolução dos seres humanos, bem como a evolução tecnológica. Várias perguntas problematizadoras desses conteúdos podem ser desencadeadas a partir da observação da cena descrita anteriormente

Aula 12:

Apresentação dos 35 minutos iniciais do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço Durante esses 35 minutos são exibidos a parte pré-histórica do filme chamada de “A Alvorada do Homem”. Após tal exibição faremos 15 minutos de exposição oral das características dos humanos tanto biológicas, quanto culturais e as proximidades das cenas do filme “ A Guerra do Fogo” e a obra de Kubrick.

Aula 13

Apresentação dos 35 minutos intermediários e finais do filme em questão. Serão exibidas cenas de dentro da nave espacial, da sobrevivência humana no espaço e do controle das máquinas sobre os humanos. Após tal exibição faremos 15 minutos de exposição oral das

Page 17: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

características ficcionais do filme, sobretudo da dependência humana da máquina.

Aulas 14 e 15

Serão apresentadas as seguintes atividades aos discentes:

1) segundo os cientistas, o mais antigo ser do gênero Homo é o Homo habilis, que viveu há cerca de 2,5 milhões de anos. Quais as semelhanças e as diferenças que podemos apontar entre esses primeiros membros do gênero Homo e os macacos que vemos na primeira cena do filme?

2) A discussão em torno dessas questões pode desencadear um trabalho de pesquisa e organização de informações sobre a evolução dos seres humanos. Nesse trabalho, os alunos irão construir uma linha do tempo ilustrada, mostrando o aparecimento de cada espécie do gênero Homo (Homo habilis, Homo ergaster, Homo erectus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis, Homo sapiens).

O Tempo estimado para a execução das atividades propostas será de duas aulas

7 - CARACTERÍSTICAS DO PALEOTÍTICO, NEOLÍTICO E DA IDADE DOS

METAIS

As atividades foram desenvolvidas visando maior compreensão dos alunos sobre a divisão dos períodos da Pré-história, a evolução das ferramentas e modo de viver dos homens do Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.

Compreender as críticas sobre o uso da expressão Pré-história. Compreender o Continente Africano como berço da humanidade, da civilização e do desenvolvimento tecnológico. Identificar os períodos da Pré-História e suas principais características. Bem como as mudanças no modo de vida e nos primeiros agrupamentos humanos entre o Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais Identificarem a evolução ocorrida na fabricação das diferentes ferramentas.

Aulas 16, 17, 18 e 19

Durante as aulas 16, 17 e 18 iremos fazer a leitura de quatro textos básicos sobre os períodos Neolítico, Paleolítico e Idade dos Metais, faremos a leitura em conjunto, faremos exposição oral da interpretação do texto. Tais textos nos ensinam o cotidiano dos períodos acima mencionados, bem como, um deles questiona o conceito de pré-história, e inicia a o debate de que as fontes não escritas também são excelentes fontes históricas, tais como fotos, pinturas rupestres, fósseis, entre outros. Após as leituras na aula 18 serão propostas atividades.Vejamos os textos:

Page 18: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Texto 1)

Paleolítico foi o primeiro e o mais extenso período que conhecemos da história da humanidade.

Neste período surgem os primeiros hominídeos antepassados do homem moderno.

Com o desenvolvimento da mente e a acumulação de experiências e conhecimentos, os homens primitivos foram aperfeiçoando seus instrumentos, utensílios domésticos e armas, suas técnicas e meios de subsistência. Desenvolveu também sua vida em sociedade, suas atitudes e hábitos sociais, como a vida familiar, a vida em grupos, a participação coletiva, neste período introduziram cerimônias religiosas, aperfeiçoaram a arte, o artesanato, passaram a construir casas e abrigos, a fazer agasalhos, descobriram o fogo e inventaram os meios de comunicação e transporte. Vejamos as suas principais características: Alimentação Os homens paleolíticos ainda não produziam seus alimentos, não plantavam e nem criavam animais. Eles retiravam os alimentos da natureza. Coletavam frutos, grãos e raízes, pescavam e caçavam animais.

Os homens paleolíticos se alimentavam da caça, da pesca e da coleta de frutas e raízes silvestres.

Os instrumentos ou ferramentas: os instrumentos ou ferramentas do paleolítico eram de pedra, madeira ou osso. A técnica usada para fabricar esses instrumentos era de bater na pedra de maneira a lhe dar a forma adequada para cortar, raspar ou furar.

Os principais instrumentos foram os machados de mão, pontas de flecha, pequenas lanças, arpões, anzóis e mais tarde agulhas de osso, arcos e flechas.

Habitação: Os homens do Paleolítico viviam de uma maneira muito primitiva, em grupos nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de região para região em busca de alimentos. Habitavam cavernas, copas de árvores, saliências rochosas ou tendas feitas de galhos e cobertas de folhas ou de pele de animais. Os homens do paleolítico utilizavam diversos tipos de moradia como cavernas, tendas feitas de pele de animais e cabanas feitas de galhos e folhas de árvores.

Religião: O homem divinizava as forças da natureza, acreditavam na vida após a morte, enterravam seus mortos debaixo de grandes lajes de pedra suspensas, de nome sambaqui, com suas roupas, armas, enfeites e oferendas. Também adoravam deusas que representavam a fecundidade, pois uma das principais preocupações do homem primitivo era a conservação da espécie humana.

Vestuário: as roupas eram feitas de pele de animais, as mulheres faziam as vestimentas que eram coloridas e tinham vários enfeites.

Elas limpavam e curtiam essas peles até deixá-las bem macias. Usavam agulha de osso e fios de costura eram tendões, tripas secas ou

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

tirinhas de couro. Também faziam jóias e adornos feitos de âmbar, marfim e conchas.

Organização Social: No início do paleolítico a organização social se baseava em pequenos grupos humanos, e unidos por laços familiares. Com o passar do tempo à vida em grupo evoluiu e começaram a se organizar socialmente. Havia uma divisão simples do trabalho de acordo com idade e o sexo. Onde as mulheres cuidavam das crianças e juntamente com elas eram responsáveis pelas coletas de frutos e raízes, os homens caçavam, pescavam e defendiam o território, sempre realizavam as tarefas em grupo.

Tudo que caçavam, pescavam ou coletavam eram divididos entre eles.

Viviam sempre em grupos, havia uma divisão simples do trabalho, e o que caçavam e coletavam eram divididos entre todos.

Desenvolvimento da Linguagem O progresso cultural do homem é expresso pela comunicação e pela vida em sociedade. A linguagem era necessária para a convivência em grupo. A linguagem do homem paleolítico se baseava no início em gestos, sinais e desenhos e mais tarde se baseava também na voz. Texto encontrado no seguinte endereço eletrônico:

http://historiacolegiao.wordpress.com/2012/03/03/pre-historia-paleolitico/

Texto 2)

http://www.alunosonline.com.br/historia/neolitico.html

No período chamado Neolítico, o homem aprendeu a polir a pedra. A partir daí, conseguiu produzir instrumentos mais eficientes e mais bem-acabados. Em virtude da necessidade, já que a caça e a coleta tornaram-se escassas, o homem descobriu uma forma nova de obter alimentos: através da agricultura.

Paralelamente a isso, passou a domesticar e criar pequenos animais, como cabras, porcos e ovelhas. Semeando a terra, criando gado, produzindo o próprio alimento, o homem não tinha mais motivos para mudar sempre de lugar. Tornou-se, então, sedentário, ou seja, fixou-se num determinado território e deixou de ser nômade.

Também, passou a usar fibras vegetais e pêlos de animais para fazer tecidos de algodão ou lã, com os quais começou a confeccionar

Page 20: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

roupas. O aumento da produção de alimentos proporcionou grande crescimento da população. Surgiram as primeiras aldeias e começou a existir a vida comunitária. As moradias começaram a ser feitas de barro, madeira e pedra.

Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/historia/neolitico.

Texto 3)

A Idade dos Metais

Considerada a última fase do Neolítico, a Idade dos Metais marca o início da dominação dos metais por parte das primeiras sociedades sedentárias da Pré-História. No entanto, qual a importância de se ressaltar esse tipo de descoberta humana? O que podemos frisar é que a utilização dos metais foi de fundamental importância para algumas das sociedades que surgiram durante a Antiguidade.

Através do domínio de técnicas de fundição, o homem teve condições de criar instrumentos mais eficazes para o cultivo agrícola, derrubada de florestas e a prática da caça. Além disso, o domínio sobre os metais teve influência nas disputas entre as comunidades que competiam pelo controle das melhores pastagens e áreas férteis. Dessa maneira, as primeiras guerras e o processo de dominação de uma comunidade sobre outra contaram com o desenvolvimento de armas de metal. O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre. Com o passar dos anos o estanho também foi utilizado como outro recurso na fabricação de armas e utensílios. Com a junção desses dois metais, por volta de 3000 a.C., tivemos o aparecimento do bronze. Só mais tarde é que se tem notícia da descoberta do ferro. Manipulado por comunidades da Ásia Menor, cerca de 1500 A.C., o ferro teve um lento processo de propagação. Isso se deu porque as técnicas de manipulação da liga de ferro eram de difícil aprendizado. Contando com sua utilização, observamos que a maior resistência dos produtos e materiais metálicos teve grande importância na consolidação das primeiras grandes civilizações do Mundo Antigo. Assim, o uso do metal pôde influenciar tanto na expansão, como no desaparecimento de determinadas civilizações.

Por Rainer Souza Mestre em História Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiag/idade-

Texto 4)

Por que Pré-história?

Muitos historiadores chamam a história dos primeiros povoadores da Terra de Pré-história, período que vai do aparecimento do homem à invenção da escrita, por volta de4000 a.c. Já a História se estenderia da invenção da escrita aos dias atuais.

Os historiadores que criaram esta divisão davam grande importância aos documentos escritos. Consideravam que só por meio deles se podia conhecer de fato uma sociedade. Mas, como se sabe, as fontes não-

Page 21: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

escritas (pinturas, restos materiais, ossos etc.) são tão importantes quanto as escritas (livros, jornais, revistas) para o estudo das sociedades humanas.

Além disso, antes da escrita o homem conseguiu dominar o fogo, desenvolver a agricultura, a criação de animais. Tais conquistas foram tão importantes quanto todas as outras realizações do homem após a invenção da escrita. Por que, então, não considerar tudo isto como História?

(Fonte: JÙNIOR, Alfredo Boulos. História – Sociedade e Cidadania. 5ª série. São Paulo: FTD. p.51)

Aula 19 Avaliação

1) O Paleolítico é o período mais remoto da história da humanidade. Ele abrange

um longo espaço de tempo que se estende da época do surgimento dos primeiros seres humanos até, aproximadamente, o ano10.000 a.C. Esse período é caracterizado pela utilização de instrumentos produzidos a partir de pedras “lascadas”.

Todas as opções abaixo se relacionam ao Período Paleolítico, EXCETO:

a) Caça, pesca e coleta de alimentos; b) Vida sedentária; c) Habitação em cavernas e abrigos sob as rochas; d) Descoberta da técnica da fabricação do fogo.

2) Marque V para as alternativas verdadeiras e marque F para as

alternativas falsas.

( ) Na divisão do trabalho por sexo, no Período Neolítico, a mulher era

encarregada da colheita, do pastoreio, da tecelagem.

( ) Por volta de5000 a4000 a.C., o homem adquiriu seus primeiros conhecimentos sobre a técnica de fundir (derreter) metais e o primeiro metal utilizado foi o ferro.

( ) No Período Neolítico verificou-se um desenvolvimento dos meios de transporte, com a invenção da roda e do barco a vela.

( ) A invenção da escrita pelos povos que habitavam o território do Egito Antigo e da Mesopotâmia possibilitou a transmissão de conhecimento e cultura dos povos para as futuras gerações.

Page 22: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

A sequência correta é:

a) F V F F b) F F V V c) V F V V d) V F F V

3) Assinale a afirmativa que NÂO justifica a frase abaixo.

"A conquista do fogo foi muito importante para a evolução do homem" por que a partir dela...

a) O homem pode proteger-se de animais ferozes. b) Os alimentos passaram a ser cozidos / assados. c) Os homens passaram a viver isolados de suas antigas tribos. d) A mortalidade humana, que era alta, começou a diminuir.

4) No período Paleolítico (cerca de7.000.000 a10.000 a.C) o homem era inferior a

outros animais em força física e agilidade, porém era inteligente e sabia utilizar recursos da natureza”. (FRANCO JR., Hilário; CHACON, Paulo Pan. História Econômica e Geral do Brasil)

A partir do fragmento acima escolha a alternativa correta:

a) No período Paleolítico, o homem já se fixava em determinadas regiões, sedentarizando-se. b) No Período Paleolítico, o homem dependia da caça, da pesca e da coleta de raízes. a) No Período Paleolítico, o homem conseguiu domesticar os animais, permitindo a sedentarizarão. b) No Período Paleolítico, o homem aperfeiçoou as técnicas de construção de armas.

5) A característica fundamental desse período pode ser atribuída às

transformações aceleradas das relações do homem com a natureza. A prática da agricultura e a domesticação dos animais permitiu ás sociedades primitivas o controle da produção de alimentos, a sedentarizarão e, consequentemente, o aumento da população.

O trecho acima se refere ao período conhecido como.

a) Cenozoico b) Neolítico c) Idade dos Metais d) Mesozoico e) Paleolítico

Page 23: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

6) O período da História que vai do aparecimento dos seres humanos à invenção

da escrita pode ser dividido em Paleolítico e Neolítico e Idade dos Metais

____________________________________________________________________________________________________________________________________

IDENTIFIQUE duas (2) características para cada um dos períodos da História acima citados.

7) Segundo o texto, alguns historiadores consideram a escrita como o marco

divisor entre a Pré-História e a História.

VOCÊ é CONTRA ou a FAVOR desses historiadores? Justifique sua resposta utilizando pelo menos um argumento histórico.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8 - PINTURAS RUPESTRES E ARQUEOLOGIA PARANAENSE

Bloco 2: 13 aulas

Objetivos:

Verificar se tais recursos didáticos podem ser instrumentos usados no trabalho pedagógico no sentido de colaborar na subtração de reprovações e abandono do 6º ano.

Socializar os resultados do trabalho em tela com a comunidade as demais instituições de educação.

Material: Livros didáticos, textos da internet, imagens rupestres, inclusive do Estado do Paraná, tintas, pincéis, muro da escola, entre outros.

Desenvolvimento: Nesta unidade o trabalho estará direcionado as pinturas rupestres, a arqueologia, inclusive a arqueologia paranaense, a confecção de muitas imagens. Sendo que o trabalho interdisciplinar será indispensável nesta unidade, para tanto desenvolveremos os trabalhos juntamente com a professora Hebe Odete Burihan, a qual já acordou com as realizações dos trabalhos propostos.

Para a implementação dessa unidade usaremos da aula 20 a 32 da referida unidade didática total. Para tanto faremos uso das metodologias sugeridas sobre a arqueologia na educação histórica, pois vários são os autores que advogam tal tese, sendo que a difusão da mesma tende a tornar a educação histórica mais significativa ao corpo discente, senão vejamos o que nos leciona Flávio Ribeiro:

Os resultados obtidos parecem apontar algumas implicações para a educação histórica em Portugal”. É com base neles que se apresentam algumas ideias:

Page 24: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

a) A utilização de fontes arqueológicas na aula de História permite aos alunos acenderem mais facilmente ao passado, devido ao contato direto com elas. Esta vantagem didática do método arqueológico, não disponível em outras Ciências Sociais, está em consonância com os pressupostos construtivistas de aprendizagem.

b) Os objetos arqueológicos despertam nos alunos uma situação de interesse devido ao fator antiguidade. Deste modo, é possível criar uma dinâmica de aula mais ativa, criativa e participativa. O aluno sentir-se-á protagonista da aprendizagem e não unicamente um receptor de conhecimento;

c) A manipulação e observação de objetos arqueológicos leva o aluno para fora do espaço físico da aula permitindo-lhe também fazer interferências acerca do passado a nível do social, da economia, da política, da arte, da religião, enfim, do cotidiano;

d) Estas estratégias de ensino parecem revelar-se importantes para o desenvolvimento do pensamento histórica das crianças e adolescentes, nomeadamente da compreensão empática de situações passadas.

Em face do exposto, sugere-se que os professores de História nas suas aulas utilizem diversas fontes e nomeadamente as arqueológicas. Estas não devem servir apenas para a ilustração de um determinado período histórico, mas para envolver os alunos em raciocínios de natureza histórica. Para o efeito, mesmo quando não seja possível o uso de fontes primárias arqueológicas pode recorre-se a réplicas. (RIBEIRO, 2004, pg. 13)

Sendo que também se faz necessário desmistificar a pseudo epopeia nacional retratada nos livros didáticos que dão a entender que a história brasileira tem seu exórdio a partir de 1500, através da tão propagada chegada de Cabral ao país.

Além da forma textual de favorecer a cultura branca, nos livros didáticos se percebe também, a exaltação dos portugueses através das imagens, sendo um bom exemplo, a pintura que retrata a primeira missa realizada em solo brasileiro, que mostra os indígenas

na escuridão e nas margens da figura, dificultando que o leitor os enxergue, e os portugueses no centro, ocupando papel principal num pano de fundo bem iluminado.

Busca-se através da arqueologia elaborar um plano curricular de ensino aplicado na interdisciplinaridade que valorize a diversidade étnica e cultural do país e facilite o entendimento de história de acordo com as necessidades de cada grupo, fazendo com que ocorra uma maior valorização dos povos marginalizados e excluídos, evitando a homogeneização.

O ensino de história nas escolas encontra um grande empecilho devido ao seu conteúdo ser baseado na maioria das vezes em documentos oficiais, o que faz com que o aprendizado seja de certa forma, restrito. (SOARES; PERIUS; AREND, 2013, pg.522)

Page 25: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Tal mistificação está em desacordo com as normas legais, pois a Lei 11.645/2.008, normatiza que a história dos silvícolas autóctones seja estudada no ensino básico. E que temos feito senão negar a história desses povos, não a estudando. Assim como ao estudar as pinturas rupestres paranaenses, pretendemos fazer, estaremos cumprindo a Lei Estadual 13.831/2.001, que obrigatório o ensino de História do Paraná na rede de ensino

Sendo que nosso objetivo será o de ensinar a relação do homem com a natureza e suas simbologias, compreender a importância da preservação dos registros dos nossos antepassados, descobrirem novas formas de fazer arte, usando conceitos deixados para nós desde os tempos das cavernas. Bem como usar a linguagem artística como uma fonte de ensino de História.

A escolha das figuras rupestres elencadas para e execução do presente trabalho se justificam pelo fato de algumas delas serem consagradas pela arte, como a Vênus de Willendorf, por exemplo. E no caso das pinturas rupestres presentes no Paraná é para valorizar e promover o trabalho excepcional realizado pela arqueologa paranaense Cláudia Parellada.

Aula 20

O professor entregará o seguinte texto aos alunos; faremos a leitura coletiva do texto e a devida interpretação.

Arte rupestre, expressão artística da Pré-história Expressão artística da Pré-história, a arte rupestre mostra-nos que a complexidade nas técnicas de pintura e escultura é uma característica antiga da humanidade. A representação artística possivelmente foi uma das primeiras formas de expressão utilizadas pelos seres humanos para expor situações vividas no cotidiano. A arte da Pré-História da humanidade, denominada de arte rupestre, como forma de expressão, provavelmente surgiu conjuntamente, ao longo de milhares de anos, à linguagem oral. O termo oral foi aqui utilizado para diferenciá-la da linguagem pictórica, da linguagem das imagens, na qual se inclui a arte rupestre. O que conhecemos como mais antigo na arte rupestre são as imagens pintadas em paredes, rochedos e estalactites de cavernas, as chamadas pinturas rupestres. Tais pinturas representam principalmente animais e os seres humanos, muitas vezes em cenas de caça. Mas não só. Eram representadas também figuras místicas, vegetais, símbolos solares e figuras geométricas. Representação das pinturas e sua função mística um erro comum é associar as pinturas rupestres aos desenhos feitos pelas crianças contemporâneas. Hoje em dia, é aceito por quase a totalidade dos pesquisadores que as pinturas rupestres são uma forma de expressão artística, carregadas de significados e de técnicas complexas de produção. Em razão da longa distância temporal, é extremamente difícil para os pesquisadores apontar um significado preciso a respeito das produções artísticas dos seres humanos primitivos. Uma hipótese de significado ligada às cenas de caça, por exemplo, é a de que, ao pintar-se como um caçador e também imprimir na parede o animal que seria seu alvo, o homem primitivo já estaria atacando sua presa.

Page 26: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Possivelmente, para ele, a pintura não era apenas uma imagem, era o próprio animal que estava ali presente. Ao desenhar a caça e o abatimento da presa, ele já estaria atacando o animal e enfraquecendo-o. Logo, quando os encontrasse, os animais verdadeiros também sucumbiriam ao poder desses caçadores. Nesse sentido, a pintura rupestre tinha um caráter místico, que transcendia o próprio ato da pintura, ligando-a as manifestações da vida real. Exemplos de produção artística A complexidade das pinturas não se limitou apenas ao significado. As técnicas de pintura eram complexas. Um exemplo pode ser encontrado nas pinturas da Caverna de Chauvet, na França, feitas entre 30 mil e 15 mil anos atrás. Nessas imagens é possível perceber técnicas de sombreamento das figuras que seriam usadas novamente apenas na época do Renascimento. Noções de perspectivas e de movimento dos grupos animais também impressionaram os pesquisadores que descobriram a caverna na década de 1990. Produções esculturais Esculturas também estiveram presentes nas formas de manifestações da arte rupestre. As descobertas arqueológicas indicam que tais tipos de produção artística foram mais comuns durante o período Neolítico. Vênus de Willendorf, uma das mais antigas esculturas conhecidas, representando a mulher e, possivelmente, a fertilidade. O lento processo de sedentarizarão teria proporcionado um tempo maior às pessoas da época para dedicarem-se às expressões artísticas, resultando inclusive no aprimoramento de técnicas de produção, utilizando cerâmicas, entalhando madeira e outros materiais, polindo-os, entre outros procedimentos, o que demonstraria outros níveis de abstração. Um dos exemplos mais conhecidos dessas esculturas é a chamada Vênus de Willendorf, uma figura feminina possivelmente utilizada como símbolo da fertilidade. Por Tales Pinto http://www.alunosonline.com.br/educacao-artistica/arte-rupestre.html

Aula 21 e 22

O professor levará os discentes na sala de informática. E responderão ao seguinte questionamento: No Estado do Paraná existem pinturas rupestres? Com o intuito dirigido de responder tal questionamento iremos acessar o seguinte endereço eletrônico:

http://www.museuparanaense.pr.gov.br/mod

ules/noticias/article.php?storyid=86

No qual contém as seguintes imagens e textos: Crédito da imagem: Claudia Parellada.

Page 27: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que
Page 28: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Notícias

26/02/2014

Arqueóloga do Museu Paranaense registra descoberta histórica de

pintura rupestre

Descoberta de arte rupestre espetacular na região dos Campos

Gerais chama a atenção de arqueólogos do mundo. A figura retrata

uma cena complexa com animais e seres humanos, provavelmente

seja a representação de um mito de origem. A arqueóloga do Museu

Paranaense, Cláudia Parellada, que vem coordenando pesquisas na

região há 24 anos, registrou a descoberta das pinturas rupestres na

Escarpa Devoniana, no município de Piraí do Sul. O local é de difícil

acesso, com muita vegetação, e está a sete metros acima do solo,

com ninhos de pássaros, abelhas e vespas ao redor. O local foi

descoberto pela arqueóloga em 1992.

A data estimada da pintura é de 4 mil anos e retrata uma cena de

dança ritual, possivelmente feita pelo ‘Povo Jê’, que habitou a região.

“É uma descoberta muito importante para o Brasil. Esta área está

cadastrada há 22 anos, mas não havia recursos tecnológicos para

fazermos a exploração”, diz Claudia Parellada.

A cena apresenta cerca de 120 figuras, sendo que muitas parecem

flutuar, entre elas figuras humanas, animais e seres fantásticos.

Segundo a arqueóloga, é um trabalho sofisticado pelos detalhes, pelo

número de elementos e porque a maior parte do painel parece ter

sido pintada ao mesmo tempo. “Provavelmente a imagem represente

uma história contada por antepassados, enriquecida pelo talento e

pela memória visual dos indivíduos que o pintaram. Algumas das

figuras representadas possuem cabeças de cervídeos (cervos) com

elementos que interagem com as figuras humanas em movimento”,

afirma.

O próximo passo será a publicação de artigos científicos e

apresentação em simpósios internacionais de arte rupestre. O projeto

será ampliado para descobrir novos sítios arqueológicos com pinturas

rupestres, afinal há indícios que vários povos pré-coloniais habitaram

esta região. Ainda, deverão ser pesquisadas

estratégias de conservação destes abrigos, envolvendo as

comunidades locais na proteção desta memória coletiva e criando

Page 29: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

novas alternativas de desenvolvimento sustentável na região, além de

ampliar o turismo cultural nos municípios que estão situados nos

Campos Gerais. Uma equipe da TV éParaná acompanhou o trabalho

da arqueóloga. O vídeo pode ser visto em: hrrp:// vídeo.pr.gov.br

Fonte: Agência de notícias do Paraná

Crédito das imagens: Claudia Parellada

Sendo que na aula em questão faremos leituras dos textos e observações das imagens.

Aula 23

Os discentes responderão os seguintes questionamentos sobre a aula anterior:

1-Qual é a arqueóloga citada no endereço eletrônico?

2-Há quanto tempo à arqueóloga vem pesquisando sobre o tema?

3-Qual é o município onde a arqueóloga encontrou as pinturas rupestres? Em qual Estado brasileiro se localiza tais pinturas?

4- Qual é a data estimada das pinturas?

5- O que as pinturas representam?

6-Qual foi o povo, que possivelmente, produziu as pinturas?

7-Quantas figuras apresentam na cena?

8-Que figuras estão pintadas na cena?

Aulas 24 e 25

Os alunos farão em seus cadernos, novamente em conjunto com a professora de artes, Hebe Odete Burihan, os seguintes desenhos:

Page 30: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Desenho1:

http://www.museuparanaense.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=86

Desenho 2:

http://www.museuparanaense.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=86

Page 31: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Desenho3:

http://www.museuparanaense.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=86

Desenho 4:

http://www.museuparanaense.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=86

Desenho 5:

http://www.alunosonline.com.br/historia/neolitico.html

Page 32: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

9 - CONFECÇÃO DE IMAGENS MURAIS:

A realização de um memorial sobre os projetos de aprendizagem, na sua totalidade permite uma maior compreensão sobre as etapas desenvolvidas, desde a escolha do tema, passando pelas fases de pesquisa, ensino, intervenção e sistematização.

A pintura em mural é uma das formas mais antigas e importantes de expressão política e social na história. Portanto a confecção de murais na escola é uma das formas de divulgação e socialização de saberes.

Aulas 26, 27, 28, 29 e 30

O professor de história (Sandro Severino) juntamente com a professora de artes (Hebe Odete Burihan) levará os discentes ao muro interno da escola, onde durante as quatro aulas em questão, pediremos para os alunos desenvolverem em dupla os três desenhos a seguir:

Imagem 1:

http://www.alunosonline.com.br/historia/neolitico.html

Page 33: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Imagem 2:

http://www.alunosonline.com.br/historia/neolitico.html

Imagem 3

http://www.alunosonline.com.br/historia/neolitico.html

Page 34: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

Sendo que nas aulas anteriores os alunos já treinaram a

confecção dos desenhos em seus cadernos, facilitando assim a confecção dos

mesmos no muro do colégio, sendo que o Colégio fornecerá aos alunos todo o

material necessário para a produção desse mural (tintas, pincéis, luvas, baldes,

espumas e o que mais for necessário). A parte técnica dos desenhos, tais

como misturas de cores, sombreamentos, entre outras coisas, ficará a cargo da

professora de artes supracitada.

10 - AVALIAÇÃO DISCENTE DOS TRABALHOS

Aula 31

Devolver todo o material confeccionado nas aulas anteriores,

pelos alunos corrigidos em mãos do professor, fazer as devidas observações

orais e escritas. Em seguida fazer uma avaliação da aplicação das atividades

desenvolvidas ao longo das unidades didáticas, pelos alunos, questionando os

seguintes tópicos:

1- Qual foi à forma mais interessante se estudar história, foi por meio de textos, de filmes, de desenhos, através da internet? Justifique a sua resposta.

2- Em sua opinião foi proveitoso o trabalho desenvolvido em conjunto pelos professores de artes e história? Justifique a sua resposta.

3- Você achou o método de aprendermos história mais interessante que o método dos anos anteriores? Justifique a sua resposta.

4- Qual a principal diferença entre a forma de aprendermos história e artes de agora e dos anos anteriores?

5-Que disciplinas escolares você utilizou para realizarmos os trabalhos com os filmes, com as pinturas rupestres e com a internet? Você acha que é mais fácil aprender essas disciplinas de forma conjunta como foi feito entre artes e história, ou de forma separada?

O objetivo da aplicação desse questionário é de mensurar o grau de sucesso das referidas Unidades Didáticas.

Page 35: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

11 - CULMINÂNCIA.

Aula 32

Objetivamos organizar uma culminância, através da qual, convidaremos a Professora Marlene Cainelli e alunos, dos cursos de Licenciatura de História e de Artes, da Universidade Estadual de Londrina, para apresentarmos aos discentes envolvidos nos trabalhos dessa Unidade Didática, bem como os trabalhos confeccionados pelos mesmos ao longo do desenvolvimento da referida Unidade Didática. Iremos registrar a visita da docente por meio de fotografias, às quais postaremos nas redes sociais.

Nosso objetivo com esta visita é o de transformarmos o Colégio Carlos Augusto Mungo Genez em uma extensão da referida Universidade, tornando assim comum a presença do meio acadêmico na comunidade em questão, pois a mesma carece de referências positivas, tendo em vista que as adjacências do referido Colégio é uma das regiões de maior vulnerabilidade social da cidade de Londrina. Encerrando assim nossas Unidades Didáticas.

Page 36: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

BARCA, Isabel. O papel da educação histórica no desenvolvimento social. In: CAINELLI, Marlene; SCHMIDT, Maria Auxiliadora Schmidt. Educação histórica: teoria e pesquisa. Ijuí: Unijuí, 2011, p. 21-48.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998.

BUENO. Francisco da Silveira,Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: FTD, 2007, p. 746

CAINELLI, Marlene Rosa; SCHMIDT, Maria Auxiliadora Schmidt. Educação histórica: teoria e pesquisa. Ijuí: Unijuí, 2011.

CAINELLI, Marlene; SCHMIDT, Maria Auxiliadora Schmidt. Educação histórica: teoria e pesquisa. Ijuí: Unijuí, 2011, p. 105-122.

DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. 17 ed. São Paulo: Papirus, 2004, p. 69. FRANCO JR., Hilário; CHACON, Paulo Pan. História Econômica e Geral do Brasil

JÙNIOR, Alfredo Boulos. História – Sociedade e Cidadania. 5ª série. São Paulo: FTD. p.51

KORNIS, Mônica Almeida. História e cinema: um debate metodológico. Estudos Históricos, vol.5, n.10, 1992, p.237-250. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1940/1079>. Acesso em jul. /2014.

LOURENÇATO, Lidiane Camila; CAINELLI, Marlene. A consciência histórica dos estudantes do ensino médio da escola estadual Hugo Simas – Londrina/PR. In: MAGALHÃES, Olga; ALFACE, Henriqueta. O cinema como recurso pedagógico na aula de história. In: CAINELLI, Marlene; SCHMIDT, Maria Auxiliadora Schmidt. Educação histórica: teoria e pesquisa. Ijuí: Unijuí, 2011, p. 249-268.

RIBEIRO, F. Exploração do Pensamento Arqueológico na Aula de História. In: BARCA, I. (Org.). Jornadas Internacionais de Educação Histórica, IV, 2004, Portugal.Atas: Para uma Educação histórica de Qualidade. Portugal: Minho grafe 2004. p. 39-53.

SOARES; PERIUS; AREND In: PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas (Trad. Patrícia Chittoni Ramos). Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. 183 p.

Page 37: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · maneira interdisciplinar entre as disciplinas de História e Artes. Em nosso ... que é a transição do 5º para o 6º ano, que

12.1 - REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS

CAINELLI, Marlene Rosa. Entre continuidades e rupturas: uma investigação sobre o ensino e aprendizagem da História na transição do quinto para o sexto ano do Ensino Fundamental. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n.42, p.127-139, out. /dez. 2011. Editora UFPR. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/n42/a09n42.pdf>. Acesso em jul. /2014.

KORNIS, Mônica Almeida. História e cinema: um debate metodológico. Estudos Históricos, vol.5, n.10, 1992, p.237-250. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1940/1079>. Acesso em jul. /2014.

MUSEU PARANAENSE. Arqueóloga do Museu Paranaense registra descoberta histórica de pintura rupestre. 26 fev. 2014. Disponível em: <http://www.museuparanaense.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=86>. Acesso em jul. /2014.

PINTO, Tales. Arte rupestre, expressão artística da Pré-história. Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/educacao-artistica/arte-rupestre.html> Acesso em 06 de nov. 2014

SOARES. André Luís Ramos, PERIUS. Eduardo, AREND. Jéssica Fernanda. A arqueologia nos livros didáticos.in: Revista Latino-americana de História V.2, nº6-agosto de 2013 Edição Especial página 522. Disponível em:<http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/213/167> Acesso em 06 de nov. 2014

SOUSA, Rainer. Idade dos Metais. Disponível em:<http://www.brasilescola.com/historiag/idade-metais.htm>Acesso em 06 de nov. 2014

<http://www.clickescolar.com.br/agricultura-comercial-moderna.htm>Acesso em 06 de nov. 2014

<http://historiacolegiao.wordpress.com/2012/03/03/pre-historia-paleolitico/>Acesso em 06 de nov. 2014

<http://www.alunosonline.com.br/historia/neolitico.html>Acesso em 06 de nov. 2014