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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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UNIDADE TEMÁTICA

PDE 2013

ZÉLIA MARIA H. GARCIA

A ESCOLHA DE

UMA PROFISSÃO

O tema “Jovens e

o mercado de tra-

balho” será de-

senvolvido no 3º

ano do Ensino Mé-

dio do C. E. Narci-

so Mendes, com o

objetivo de cons-

cientizar os alu-

nos da importân-

cia de se prepara-

rem para a esco-

lha de uma carrei-

ra profissional, a-

través da reflexão

da sua própria i-

dentidade, da ela-

boração de um

projeto de vida

profissional e de

uma análise crite-

riosa do cenário

atual do mercado

de trabalho.

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OBJETIVOS

GERAL

- Conscientizar os alunos da importância de se prepararem, de forma

crítica e consciente, para a escolha de suas carreiras.

ESPECÍFICOS

- Detectar os sonhos individuais dos alunos;

- Investigar as expectativas dos alunos em relação ao futuro

profissional;

- Levar os alunos a identificar suas características pessoais: valores,

crenças, interesses e habilidades;

- Refletir sobre a escolha de uma profissão, relacionando-a com sua

identidade e com a realidade sócio econômica, cultural e ocupacional;

- Analisar o mundo do trabalho, suas características, possibilidades e

desafios;

- Verificar como os jovens se enxergam atuando na sociedade.

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APRESENTAÇÃO

O mundo pós-moderno está marcado por muitas transformações e

crises. Vivemos num tempo em que tudo o que era sólido se desfez para

dar lugar à era do consumismo, das celebridades instantâneas e do

acúmulo de dívidas, dentre outros. Somos a sociedade do imediatismo, do

virtual e do fluido.

O sujeito pós-moderno perdeu sua identidade, num mundo de

fronteiras dissolvidas pela globalização. Fazem parte da vida urbana: o

medo, a insegurança, a ansiedade e o desemprego.

Estima-se que anualmente cerca de um milhão de jovens completa

16 anos e têm como uma de suas expectativas a entrada formal no mundo

do trabalho. Porém, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE - 2012), cerca de 40% desses jovens não encontram trabalho e, para

os que encontram, o salário médio gira em torno do mínimo nacional.

O Ensino Médio, definido na atual Lei de Diretrizes e Bases (LDB)

9.394/1996 como a etapa final da Educação Básica tem por finalidade legal:

a) aprimorar os conhecimentos adquiridos;

b) preparar para o ingresso no mundo do trabalho;

c) crescer enquanto pessoa humana, como resultado de uma

formação ética, autônoma e crítica.

Essa etapa do processo educativo que contempla tanto a formação

geral como preparação para o mercado de trabalho, deveria significar, para

os jovens, a superação de suas dificuldades, decorrentes da fase de

transição ou adolescência, mas isso geralmente não é constatado.

Portanto, pretende-se refletir se e como a escola possibilita o real

atendimento das necessidades dos educandos, tanto na busca de uma

identidade, quanto na preparação para o seu ingresso na sociedade

produtiva contemporânea, para que sejam críticos, criativos e ativos na

sociedade frente às transformações impostas pelos avanços tecnológicos,

pela globalização e pelo ideário de qualificação profissional.

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UNIT

WHO AM I?

Objetivo: apresentar o tema do projeto; refletir sobre as escolhas/

expectativas dos alunos

Conteúdo: jobs; family; ordinal numbers; superlativo

Recursos: projetor de mídias/ TV Multimídia

Tempo previsto: 1 hora/aula

Organização do trabalho: individual/trios

Procedimentos:

- inicie perguntando aos alunos, quem já sabe o que vai fazer após a

conclusão do Ensino Médio (vestibular, curso técnico, etc.) e quem já

trabalha (o que faz, quanto ganha, etc.);

- projete a charge, leia e explore o texto (utilize as questões sugeridas ou

crie outras);

- separe os alunos em trios para que realizem a tarefa 1.

1) Read the charge abaixo and answer the questions:

- What is it about?

- What are the jobs according to the text?

- What is 3rd

job about?

- In your opinion, which one is the most important job? Why?

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www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/singlelinks.php?cid=22855

2) Em trios, conversem sobre seus planos de carreira profissional. Em seguida,

completem a charge abaixo de acordo com as profissões escolhidas pelos inte-

grantes do grupo.

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Play time!

Who Am I is a simple and inexpensive game. It’s

funny, especially when played by a larger group. It

gets people to mingle and talk to each other. This is

a good game for birthday parties, Halloween parties

or any other gathering where you might want to get

people to interact. The game is extremely simple,

and plays out according to very specific, easily explained rules.

Read more: http://www.ehow.com/how_4510400_play-who-am-i-party.html#ixzz2l6HAOijx

DICAS PARA O PROFESSOR:

- Faça uma revisão no vocabulário (família e profissões. - Liste, no quadro, algumas profissões e comente (características necessárias, vantagens e desvantagens, remuneração, etc.). Lembre-se de levar dicionários para a sala

de aula!

freedigitalphotos.net

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1) Read the text “How to find a dream career”. (Anexo 1)

Disponível em: www.lem.seed.pr.gov.br/arquivos/File/Varios/creer.pdf

2) Liste as palavras desconhecidas e, com a ajuda do professor, dos

colegas e dicionários, tente descobrir seu significado no texto apresentado.

3) Answer the questions:

a) What is the text about?

b) Find out the words or expressions used by the author to design the

word “Profession”.

c) What is the first advice given in order to help people find a dream

career?

d) What are you good at and what are you not?

Objetivo: levar os alunos a refletirem sobre a sua identidade e a pensarem

na elaboração de um projeto de vida profissional

Conteúdo: reading; jobs

Recursos: texto; dicionários

Tempo previsto: 2 horas/aula

Organização do trabalho: individual/grupo

Procedimentos:

- entregue os textos aos alunos e faça uma leitura em voz alta;

- peça aos alunos que sublinhem as palavras desconhecidas e liste-as no

quadro;

- ajude os alunos a descobrir o significado das palavras, através de

exemplos, substituição por sinônimos e, finalmente, consultando um

dicionário;

- peça para esquematizarem, de forma sintética, um passo a passo de

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Teste de Frases Incompletas (anexo 2)

Este teste, apresentado por Bohoslavsky, é de simples aplicação,

pois a tarefa do aluno é completar as frases já iniciadas. Seu objetivo é

explorar a identidade vocacional do indivíduo por meio de um conjunto de

frases incompletas que eliciam conteúdos relacionados à problemática da

escolha profissional.

Oriente seu aluno a responder da forma mais espontânea possível,

com a primeira idéia que vier à mente. Após a finalização, pode ser feito um

inquérito de cada frases a fim de explorar as respostas, permitindo, assim,

uma maior compreensão dos problemas de seus alunos.

Likes Skills Passions Hates Short goal Long goal

4) Complete according your identity:

01) Sempre gostei de ...........................................................................

02) Acho que, quando for maior, poderei ............................................

03) Não consigo me ver fazendo .........................................................

04) Meus pais gostam que eu ..............................................................

05) Se estudasse .................................................................................

06) Escolher sempre me fez ................................................................

07) Quando era criança queria ............................................................

08) Os rapazes da minha idade preferem ...........................................

09) O mais importante na vida é ..........................................................

10) Comecei a pensar no futuro ..........................................................

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12) Os professores acham que eu ...........................................................

13) No Ensino Fundamental sempre .......................................................

14) Quanto às profissões, a diferença entre moças e rapazes é ............

15) Minha capacidade ..............................................................................

16) As moças da minha idade referem ....................................................

17) Quando fico em dúvida entre duas coisas .........................................

18) A maior mudança na minha vida foi ..................................................

19) Quando penso na universidade .........................................................

20) Sempre quis ..................., mas nunca poderei fazê-lo .....................

21) Se fosse ................................... poderia ............................................

22) Minha família .....................................................................................

23) Meus colegas pensam que eu ...........................................................

24) Estou certo de que .............................................................................

25) Eu ......................................................................................................

DICAS PARA O PROFESSOR:

No Portal Dia a dia Educação, você encontra o Manual

do CMapTools, um software livre para produção de mapas conceituais.

Leia mais: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/

arquivos/File/tutoriais/cmap_tools.pdf

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5) Para finalizar a unidade, responda: what is the success for you?

What is success? (Ralph Waldo Emerson)

To laugh often and much;

To win the respect of intelligent people and

the affection of children;

To earn the appreciation of honest critics

and endure the betrayal of false friends;

To appreciate beauty;

To find the best in others;

To leave he world a bit better, whether by a

healthy child, a garden patch or a re-

deemed social condition;

To know even one life has breathed easier

because you have lived;

That is to have succeeded.

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UNIT JOB CAREERS

Objetivo: analisar o cenário atual do mercado de trabalho

Conteúdo: reading; text comprehension; jobs

Recursos: projetor de mídia/ TV Multimídia; flashcards; dicionários; cartolina,

tesoura, cola, régua, revistas, jornais

Tempo previsto: 2 horas/aula

Organização do trabalho: individual

Procedimentos:

- leia o texto e incentive um breve comentário sobre ele;

- instigue os alunos a preverem as profissões que serão citadas;

- divida-os em grupos e entregue um jogo (20 flashcards) para cada

grupo;

- solicite aos grupos que escrevam, numa folha, os nomes das profissões

visualizadas;

- por fim, entregue uma lista com os nomes das profissões para serem

1) Read the text bellow:

Fontes: Caged/TEM, CNI, Cinau, IE, KSI Brasil, NTC&Logística, prof. Luiz Ferreira Vaz, Seac-SP, Sintracon-SP, Softex

e Syndarma.

“Um levantamento feito pela revista Exame,

da editora Abril, estima que o Brasil

necessite de quase 340.000 profissionais

em pelo menos 20 áreas críticas que sofrem

com a falta de mão de obra qualificada.

Confira o quadro atual da escassez de

trabalhadores no mercado brasileiro, segundo

especialistas ouvidos pela publicação”.

freedigitalphotos.net

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a) observe os flashcards sobre as profissões com maior apagão de

mão-de-obra e escreva, numa folha, seus respectivos nomes;

b) verifique a lista com os nomes das profissões, compare-os com os

listados por vocês e relacione os nomes às imagens.

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1.caminhoneiro frotista 11.reparador automotivo

2. analista de sistemas 12. engenheiro civil

3. mecânico industrial 13. geriatra

4. gerente de TI 14. geólogo de petróleo

5. oficial da marinha mercante 15. neurologista

6. montador automotivo 16. auditor externo

7. cancerologista 17. administrador de banco de dados

8. geólogo de engenharia 18. carpinteiro

9. auxiliar de limpeza 19. armador de estrutura

10.pedreiro 20. téc. de desenv. de sistemas

2) Pesquise em sites de emprego/recursos humanos as ofertas de emprego

de sua cidade. Selecione uma oferta para ser apresentada para a classe.

Em grupos, monte um painel com os empregos selecionados. Discuta sobre

as profissões listadas, observando: salário, grau de escolaridade, idiomas,

etc. Para finalizar essa unidade, confeccione um flashcard com a profissão

escolhida.

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SITES DE RECURSOS HUMANOS

1. Classificados Gazeta do Povo:

gazetaclassificados.gazetadopovo.com.br/empregos/

2. Keeper Recursos Humanos: www.rhkeeper.com.br/

3. RH Curitiba Consultoria Empresarial:

www.curitibarh.com.br/

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Objetivo: explorar a habilidade auditiva; como tomar uma decisão

Conteúdo: listening; jobs

Recursos: projetor multimídia/TV Multimídia; texto

Tempo previsto: 1 hora/aula

Organização do trabalho: individual

Procedimentos:

- organize os alunos de forma a criar um ambiente propício à atividade de

listening;

- primeiramente apresente apenas o video; em seguida, apresente-o

novamente com a transcrição do diálogo e repita quantas vezes forem

necessárias;

- incentive os alunos a responderem oralmente as questões abaixo.

1) Watch the movie and answer:

a) Who are talking?

b) What are they talking about?

c ) What is Alice’s job?

2) Listen the movie again and complete the dialogue:

_ Hi Alice, what are you __________?

_ Oh. It’s about maternity and __________ care. They’ve asked me to

change wards.

_ But you love __________ in the emergency wards.

_ Yes, well. I want to work with Dr. __________.

_ Dr. Laver?

www.educadores.diaadia.pr. gov.br/modules/debaser/ singlefile.php?id=7470

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_ He specializes in looking after __________. He’s a great __________,

really friendly with the __________.

- I see. And he’s not baad looking, I suppose...

_ Don’t be __________! I’m thinking about my __________.

_ But you want your own __________. Don’t you think it’d be horrible look-

ing __________ other people’s __________?

_ Yeah, that’s the __________. So I haven’t decided whether to take the

__________ or not.

Vídeo transcription

_ Hi Alice, what are you reading?

_ Oh. It’s about maternity and baby care. They’ve asked me to

change wards.

_ But you love working in the emergency wards.

_ Yes, well. I want to work with Dr. Laver.

_ Dr. Laver?

_ He specializes in looking after children. He’s a great doctor,

really friendly with the patients.

- I see. And he’s not baad looking, I suppose...

_ Don’t be ridiculous! I’m thinking about my career.

_ But you want your own children. Don’t you think it’d be horrible

looking after other people’s kids?

_ Yeah, that’s the problem. So I haven’t decided whether to take

the job or not.

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Objetivo: descrever imagens; explorar habilidades /competências

profissionais

Conteúdo: descrição; jobs; likes/dislikes; job fields

Recursos: projetor multimídia/TV Multimídia; dicionário

Tempo previsto: 1 hora/aula

Organização do trabalho: individual

Procedimentos:

- projete a imagem e instigue os alunos a responderem, oralmente, as

questões abaixo;

1) Look at the picture and answer the questions to guess the job:

a) What are they doing?

b) Do they have special clothes and security equipment?

c) What are their jobs?

FreeDigitalPhotos.net

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Dicas para o professor: Para explorar a oralidade utilize perguntas, como:

a) do you like Math?

b) who has good computer skill?

c) are you communicative/creative?

2) Com base no que já foi visto até aqui, esboce a profissão escolhida

(imagem da página anterior).

Put a photo here

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Objetivo: interpretar a propaganda; compreender as entrelinhas do texto

Conteúdo: propaganda

Recursos: projetor multimídia/TV Multimídia

Tempo previsto: 1 hora/aula

Organização do trabalho: individual

Procedimentos:

- projete a imagem e instigue os alunos a responderem, oralmente, as

questões abaixo;

- explore as habilidades abordadas.

1) Na TV Multimídia, apresente a propaganda abaixo:

www.facebook.com/VagasdeEmpregosBh?filter=1

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Play time!!!

CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA PROFISSIONAL

Este instrumento, construído por Kathia Maria Neiva Costa,

em 2008, tem por objetivo levar o indivíduo a refletir sobre

suas expectativas em relação ao futuro profissional e estabe-

lecer seus critérios com relação aos seguintes aspectos:

1. Ambiente de trabalho: onde trabalhar? Em que tipo de ambiente de trabalho?

2. Objetos/conteúdos de trabalho: com que trabalhar?

3. Atividades de trabalho: fazer o que e como?

4. Rotina de trabalho: quando e quanto trabalhar?

5. Retornos do trabalho: o que se deseja obter com o trabalho?

OBJETIVOS DO JOGO

Facilitar a escolha profissional de jovens e adultos, permitindo:

ampliar o conhecimento de interesse e valores;

refletir sobre as expectativas com relação ao futuro profissional;

definir os critérios para a escolha profissional;

estabelecer relações entre interesses, valores e a vida profissional;

facilitar a elaboração da identidade vocacional-ocupacional;

identificar profissões ou ocupações relacionadas aos critérios de escolha profissional;

estimular a pesquisa sobre a realidade profissional.

FORMAS DE APLICAÇÃO

Aplicado a qualquer pessoa que necessite refletir sobre a escolha profissional:

adolescentes, universitários, formandos, adultos, aposentados, etc., o jogo é fácil e pode

ser proposto individualmente, em grupos pequenos ou grandes. A aplicação individual

dura de 50 a 60 minutos.

Recomenda-se que seja aplicado no meio de um processo de orientação profis-

sional, no final da fase de autoconhecimento, pois permite extrair conclusões importantes

sobre as expectativas do orientando e mobilizá-lo para a busca de informações sobre a

realidade profissional.

Sua utilização não se limita aos orientadores, podendo ser estendida aos profes-

sores que se interessem por estimular uma reflexão sobre a escolha profissional.

FreeDigitalPhotos.net

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MATERIAL

um conjunto de cartões coloridos (amarelo, verde, azul e vermelho)com inscrições refe-rentes a interesses;

um conjunto de cartões brancos com inscrições referentes a valores/retornos do traba-lho;

5 fichas-mestre coloridas, com os seguintes títulos: 1) Ambiente de Trabalho; 2) Objetos/Conteúdos de Trabalho; 3) Atividades de Trabalho; 4) Rotina de Trabalho; 5) Re-tornos do Trabalho;

cartões para complementação, coloridos e brancos, sem inscrições, que podem ser utilizados para acrescentar interesses ou valores não contemplados no jogo;

folha de registro:”Meus critérios para a escolha profissional”;

folha de registro: “Realidade Profissional”. Para saber mais, acesse:

http://www.kathianeiva.com.br/produtos_2html

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UNIT HOW TO MAKE A DREAM

COME TRUE?

Objetivo: analisar as histórias de superação e compará-las com as histórias

dos alunos

Conteúdo: leitura; níveis de compreensão de texto

Recursos: textos

Tempo previsto: 3 horas/aula

Organização do trabalho: grupos

Procedimentos:

- divida os alunos em grupos e distribua entre eles as diferentes

histórias;

- explore os níveis de compreensão do texto;

- promova um debate para apresentação dos casos estudados pelos

1) Em grupos, leia as histórias de superação pelo estudo e anotem:

a) nome da pessoa;

b) o que fazia;

c) o que faz agora;

d) qual foi a estratégia utilizada para a mudança.

Professor: no anexo 2 você encontra um material de estudo sobre Leitura e

Compreensão Textual.

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2) Volte à profissão escolhida por você e monte uma estratégia para suprir

as lacunas de sua qualificação. Detalhar: curso, duração, investimento, etc.

3) Em duplas, conversem sobre seus projetos e as estratégias montadas.

4) Pesquise modelos de currículo e, com a ajuda do professor, elabore o

seu.

http://veja.abril.com.br/110707/p_106.shtml http://revistadeciframe.com/2010/03/17/eles-venceram-mas-tinham-tudo-para-dar-errado/ http://delas.ig.com.br/comportamento/elas-sairam-da-pobreza-e-construiram-imperios/n1596821561687.html http://noticias.br.msn.com/educacao/guia-do-estudante/famosos-inspiram-jovens-a-superar-dificuldades#image=10

DICAS PARA O PROFESSOR:

O curriculum vitæ (do latim trajetória de vida), também abreviado para CV ou apenas currículo é um documento de tipo histórico, que relata a trajetória educacional e/ou acadêmica e as experiências profissionais de uma pessoa como forma de demonstrar suas habilidades e competências. De um modo geral tem como objetivo fornecer o perfil da pessoa para um empregador, podendo também ser usado como instrumento de apoio em situações acadêmicas.

O curriculum vitae é uma síntese de qualificações e aptidões, na qual o candidato a alguma vaga de emprego descreve as experiências profissionais, formação acadêmica, e dados pessoais para contato. Ainda é a forma que muitas empresas usam para preencher vagas de emprego.

A entrega do currículo é apenas a primeira fase da admissão em uma instituição, as fases posteriores compreendem em entrevista e prova de conhecimentos.

Para saber mais, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Curriculum_vit%C3%A6

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3) Juntamente com professores, equipe pedagógica, direção e o mediante

autorização dos pais ou responsáveis, planejem uma visita a uma

instituição de ensino superior e/ou tecnológica (feira de profissões).

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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ANEXOS:

1.

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2.

Leitura e Compreensão Textual

Estratégias de Leitura em Língua Estrangeira

A Teoria dos Esquemas (Sandra Kezen)

O que é compreensão textual?

Compreender um texto escrito significa extrair a informação necessária da

maneira mais eficiente possível. Diferentes estratégias de leitura são aplicadas

quando olhamos, por exemplo, a página de classificados de um jornal à procura de

um apartamento e quando cuidadosamente lemos um artigo científico. Entretanto,

localizar o classificado relevante e compreender a nova informação contida no artigo

demonstra que o objetivo de leitura foi alcançado com sucesso. No primeiro caso, um

leitor competente rapidamente rejeitará a informação irrelevante e encontrará o que

está procurando. No segundo caso, não é suficiente entender a ideia geral do texto:

uma compreensão mais detalhada é necessária. É, portanto, essencial levar estes

elementos em consideração.

Segundo (Grellet,1989:4) lemos por prazer e por informação e os modos de

leitura, abaixo descritos, podem acontecer simultaneamente:

- leitura rápida: para obter a ideia central do texto (Skimming) ou para buscar uma

informação específica (Scanning);

- leitura extensiva: ler textos mais longos, geralmente por prazer;

- leitura intensiva: ler textos mais curtos à procura de detalhes.

Leitura com um objetivo específico

Nuttall (1996:3) diz que, excluindo-se a leitura que objetiva o aprendizado da

língua, é muito improvável que se esteja interessado na pronúncia do que se lê, e

mais improvável ainda que se esteja interessado nas estruturas gramaticais usadas.

Lemos porque queremos obter algo do texto. A autora refere-se a esse “algo” como

“mensagem”. Sua visão de leitura é essencialmente relacionada ao significado,

especificamente como a transferência de significação de mente para mente: a

transferência de uma mensagem do autor para o leitor. Sem ser tão simples quanto

se imagina, ela explora como se obtém o significado pela leitura, e como leitor, autor

e texto contribuem para esse processo (Nuttall, 1989:3).

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A Leitura e o Processo de Comunicação segundo Nuttall

Do lado esquerdo está o emissor/codificador/autor/falante, que vai codificar

sua mensagem. Uma vez codificada, essa mensagem estará disponível em um

texto, que estará acessível a outrem. Após ser decodificada, a mensagem entra na

mente do receptor/decodificador/leitor/ouvinte, e o processo de comunicação está

completo.

Este modelo é obviamente muito simples e erros podem ocorrer a qualquer

momento, por isso há uma interrogação na mente do receptor: nunca poderemos ter

certeza de que ele recebeu a mensagem pretendida. Contudo, o processo é claro o

suficiente para dizermos que ler significa retirar do texto tanto quanto possível da

mensagem que o autor escreveu.

O texto é cheio de significado como uma jarra de água; a mente do leitor

absorve-o como uma esponja. O papel do leitor é passivo nessa visão, que

devemos rejeitar, porque isso raramente corresponde à realidade. Infelizmente, o

fato de que a mensagem esteja no texto não é garantia de que o leitor poderá

compreendê-la por completo. Sabemos por experiência que um texto pode parecer

fácil para uns, mas difícil para outros.

É importante que leitor e autor tenham certas coisas em comum: o mínimo

que se pede é que eles compartilhem um código, no caso em questão, a língua.

Caso contrário, as dificuldades são enormes.

Abaixo temos uma maneira simples de mostrar como, para quaisquer duas

pessoas, algumas experiências são compartilhadas enquanto outras não. Na área

comum está todo o conhecimento – inclusive da língua – que eles compartilham.

Isto também inclui coisas intangíveis como atitudes, crenças, valores e todos os não

ditos compartilhados por pessoas criadas numa mesma sociedade.

O papel do esquema

Os tipos de suposição que fazemos sobre o mundo dependem do que

vivenciamos e de como nossas mentes organizaram o conhecimento que obtivemos

a partir de nossas experiências. Uma maneira útil de se pensar sobre isso é dada

pela teoria dos esquemas. Nuttall (1989:7) descreve esquema (em inglês, schema;

plural schemata) como uma estrutura mental. É uma estrutura porque é organizada,

inclui relações entre as partes. É um conceito útil para entendermos como somos

capazes de interpretar textos. A autora diz que “a maneira que interpretamos

depende dos esquemas ativados pelo texto; e teremos sucesso se nossos

esquemas forem suficientemente semelhantes aos do autor” Nuttall: 1989:7.

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A Teoria dos Esquemas segundo Widdowson

Em sua teoria do uso da linguagem, Widdowson (1983) define os dois tipos

de conhecimento que um usuário da linguagem utiliza: conhecimento sistêmico e

conhecimento esquemático. O conhecimento sistêmico tem a ver com competência

linguística (linguística tradicional) e engloba o conhecimento do leitor aos níveis

sintático, lexical e semântico. Assim, o leitor interpreta o significado das palavras

diretamente da forma escrita. O outro tipo de conhecimento que os leitores utilizam

é o conhecimento esquemático, conhecimento convencional do mundo, que é

responsável pelas expectativas que os leitores têm sobre o que encontram no texto.

Este tipo de conhecimento incorpora o pré-conhecimento do leitor na área de

conteúdo do texto, ou seja, esquemas de conteúdo (Carrell, 1983) e o

conhecimento que os leitores têm das rotinas de interação linguística, conforme

expresso nas estruturas retóricas da linguagem ou esquemas formais (Carrell,

1983). Os esquemas de conteúdo são então responsáveis pelo conteúdo

proposicional do discurso, e os esquemas formais, pelo valor retórico do que está

sendo lido. O conhecimento esquemático é o conhecimento estereotipado que

prepara os leitores para a comunicação linguística.

Na interpretação do discurso, o leitor segue as instruções dadas no texto,

utilizando os dois tipos de conhecimento (sistêmico e esquemático) descritos acima.

Esse processo é caracterizado por uma interação entre o mundo do leitor,

representado por seu conhecimento sistêmico e seu conhecimento esquemático, e

o mundo do escritor, expresso no texto.

Esses conhecimentos que o aluno já possui e utiliza para a construção de

significado durante a leitura de um texto são descritos abaixo:

- conhecimento sistêmico: tem a ver com competência linguística e envolve o

conhecimento do leitor aos níveis sintático lexical e semântico, o funcionamento da

língua (conectivos e referentes, por exemplo) através de semelhanças e

convergências (palavras cognatas e falsos cognatos, por exemplo) entre a língua

estrangeira e a língua materna;

- conhecimento esquemático:

a) esquemas formais: o conhecimento da organização retórica de textos (ou dos

gêneros textuais) orais ou escritos, tais como entrevistas, cartas, artigos, receitas,

entre outros, já construído socialmente em situações semelhantes na língua

materna.

b) esquemas de conteúdo: o pré-conhecimento, o conhecimento de mundo, a visão

de mundo; o conhecimento já adquirido sócio-historicamente que constitui as

experiências vividas anteriormente. Daí a importância do professor criar espaços

para ouvir a voz dos alunos, possibilitando assim, a projeção de suas visões.

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. O leitor é visto então como sendo parte de um processo de negociação do

significado com o escritor, por assim dizer, do mesmo modo que dois interlocutores

estão interagindo entre si na busca do significado, ao tentar ajustar seus esquemas

respectivos. Essa interação é caracterizada por procedimentos interpretativos que são

parte da capacidade do leitor de se engajar no discurso ao operar no nível pragmático

da linguagem.

Este modelo então tenta dar conta da competência linguística e da

competência discursiva, envolvendo sta última a competência comunicativa e a

noção de capacidade, ou seja, a projeção por parte do leitor do seu conhecimento

esquemático no texto através dos procedimentos de interpretação. A competência

discursiva e a competência lingüística constituem o que se chama de competência

textual – uma noção que incorpora os tipos de competência que o leitor possui.

Deve-se acrescentar também que, ao situar a leitura como ato comunicativo,

está implícito neste modelo o fato de que leitores e escritores estão posicionados

social, política, cultural e historicamente ao agirem na construção do significado.

Isto quer dizer que ler, é, portanto, “saber-se envolvido em uma interação com

alguém em um momento sócio-histórico específico e que o escritor, como qualquer

interlocutor, usa a linguagem a partir de um lugar social marcado. “Ler é se envolver

em uma prática social” (Moita Lopes, 2000). Portanto, os projetos políticos de

escritores e leitores estão em jogo, isto é, a noção de poder é intrínseca aqui

(Fairclough, 1989).

A tentativa desse modelo interacional de leitura de abarcar em um mesmo

arcabouço teórico elementos em nível de competência lingüística e comunicativa e

capacidade parece oferecer àqueles que estão interessados no ensino de leitura um

modelo mais adequado do que modelos não-interacionais, já que envolve não só os

tipos de conhecimento requeridos do leitor como também os procedimentos

interpretativos utilizados na negociação do significado na sociedade. Um modelo

que tem esta preocupação é, portanto, mais relevante para professores de leitura,

cujos interesses não se restringem a questões em nível sistêmico, esquemático e

pragmático, mas também a questões em nível de uso da linguagem na sociedade,

isto é, como leitores e escritores projetam seus valores, crenças e projetos políticos

na construção do significado. Portanto, ao considerar que a leitura não ocorre em

um vácuo social, este modelo também sugere a relevância pedagógica de que é

primordial no ensino de leitura o desenvolvimento da consciência crítica de como a

linguagem reflete as relações de poder na sociedade através das quais se

defrontam leitores e escritores (Fairclough, 1989).

Assim sendo, acreditamos que para se aprender a ler não é suficiente ter-se

conhecimento sistêmico e esquemático mas também é importante saber-se usar

esse conhecimento, ou seja, ter domínio dos procedimentos interpretativos, que

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Compreensão total?

Quanto maior a área compartilhada entre leitor e autor (ver Figura 3), mais

fácil será a comunicação. Leitores cuja nacionalidade difere da do autor podem

esperar mais dificuldades na compreensão de textos. Contudo, mesmo que

compartilhe a nacionalidade com o autor, o leitor poderá encontrar dificuldades de

interpretação. Isso parece inevitável, pois todos nós – não importando o quanto

temos em comum – temos experiências diferentes que nos fazem ver as coisas de

diferentes maneiras.

O papel ativo do leitor

Sabemos, então, por que o modelo de leitura da Figura 2 não é satisfatório. O

significado não está latente no texto esperando passivamente para ser absorvido.

Pelo contrário, o leitor está ativamente envolvido nesse processo. Um modelo como

o da Figura 4 está mais próximo da verdade, pois mostra uma visão de leitura na

qual o leitor pode ser visto aproximando-se ativamente do significado. O leitor à

esquerda não está encontrando dificuldade para interpretar o texto – o significado

está bastante claro, ele tem muitas coisas em comum com o autor e poucos

problemas com a língua. Para o leitor à direita, contudo, o mesmo texto parece ser

muito difícil, pois ele tem que lutar para obter o significado, e não está certo a

respeito da rota a ser percorrida. Ele traz muito pouco para a tarefa e seu caminho é

continuamente bloqueado por problemas como vocabulário desconhecido,

ignorância dos fatos, entre outros. Contudo, este leitor à direita não está sentado

nem desesperado. Ele tem consciência de que está encontrando problemas, mas

equipou-se para a jornada. E sabe que a realização desta tarefa envolve seus

próprios esforços, assim como os do autor: esta é uma tarefa que exige cooperação

de ambos os lados.

Leitura como interação

Quando conversamos, contamos uns com os outros: cada participante confia

que certas regras não ditas serão seguidas. Essas regras são os princípios de

cooperação. Em relação à leitura, o leitor supõe que:

- ele e o autor estão usando o mesmo código (a mesma língua);

- o autor tem uma mensagem;

- o autor quer que ele, leitor, entenda a mensagem.

O autor faz suposições semelhantes, e uma delas é a de que o leitor terá boa

vontade para chegar ao significado. Se um deles falhar, a comunicação falha. Se o

autor falhar, pode ser impossível decodificar a mensagem. Se o leitor falhar, o

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resultado é semelhante: a interpretação é incompleta ou distorcida. Em ambos os

lados, a falta de suposições compartilhadas parece ser o problema mais comum,

porém nem sempre reconhecido. O leitor tenta atribuir um sentido ao texto em

termos de seus próprios esquemas, e pode levar um longo tempo até que ele seja

forçado a reconhecer que estes diferem dos do autor. De acordo com esta visão,

“ler é um processo interativo – como conversar – porque tanto o leitor como o

escritor dependem um do outro”(“Reading is na interactive processs – as

conversation is – because both reader and writer depend on one another; Nuttall,

1989:11; tradução minha ).

Dando significado ao texto

O autor tem uma vantagem sobre o falante: ele tem tempo para ajudar o leitor

fazendo o texto o mais direto possível. O leitor também tem tempo à sua disposição:

ele pode parar e pensar, voltar e verificar uma passagem anterior, reler partes

difíceis. O leitor cuidadoso deveria ser capaz de reconstruir a maior parte das

suposições sobre as quais o texto se baseia. Para fazer isso ele deverá acessar as

evidências – escolha de palavras, seleção dos fatos etc. – e retirar as inferências

apropriadas, para que ele obtenha a mensagem pretendida e não a mensagem que

ele talvez esperasse. Tudo isso sugere que a leitura seja mais como o processo

mostrado na Figura 5.

O texto funciona como um manual de instrução “faça-você-mesmo”. A

mensagem na mente do autor são as perfeitas peças dos móveis. O processo de

separá-las em suas partes e empacotá-las em uma caixa com instruções para

montagem é um pouco como o processo de transformar pensamentos em palavras

e organizá-los em um texto coerente.

Estratégias de Leitura - Estratégias de Leitura segundo Nuttall

Previsão (Prediction) para ativação dos esquemas

A experiência do leitor o ajuda a prever o que o autor vai dizer. Um leitor que

compartilhe muitas das suposições do autor será capaz de pensar junto com este e

usar sua própria experiência para solucionar dificuldades.

A previsão é importante porque ela ativa a schemata, isto é, ela chama à

mente quaisquer experiências e conhecimentos associados que se tenha sobre o

tópico do texto. Conforme já dito, nós fazemos uso de nossos esquemas para

interpretar um texto. Se os esquemas relevantes são ativados, prontos para uso,

podemos entender um texto mais facilmente. Os esquemas ativados são também

mais prontamente disponíveis para serem modificados por idéias novas: em outras

palavras, nós aprenderemos melhor.

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A previsão começa no título. Pode-se determinar o tipo de texto a ser lido, em

que o aluno ativa seus esquemas de tipos e gêneros textuais, o que inclui

expectativas sobre a maneira pela qual o texto é organizado, a formulação de

hipóteses que serão confirmadas, rejeitadas ou refinadas com a subseqüente

leitura. Essas expectativas limitam o número de coisas a serem investigadas, por

isso a leitura é mais eficiente.

* Confirmação, rejeição ou acomodação das hipóteses levantadas;

* Estudo de títulos e cabeçalhos;

* Informação bibliográfica sobre o autor;

* Skimming(leitura global do texto)

* Scanning (leitura à busca de informação específica)

* Estudo das convenções gráficas (layout, margens, espaço entre palavras, fontes,

maiúsculas e minúsculas, etc.);

* Pontuação;

* Análise de elementos não verbais (figuras, gráficos, tabelas, símbolos, palavras em negrito ou inclinadas etc.).

Modos de processamento de texto segundo Nuttall (1996:16-17)

A abordagem descendente (the top-down approach)

Nesta abordagem, nós fazemos uso de nossa própria inteligência e

experiência – as previsões que nós podemos fazer, baseadas nos esquemas que

adquirimos – para entendermos o texto. Este tipo de processamento é usado quando

nós interpretamos suposições e fazemos inferências. Nós usamos tal abordagem

conscientemente quando tentamos apreender o objetivo geral do texto, ou obter uma

idéia do padrão argumentativo do texto, a fim de formular uma hipótese para o

próximo passo.

Nós podemos comparar esta abordagem à visão da águia sobre uma

paisagem. A uma grande altura, a águia pode ver uma extensa área abaixo; ela

compreende a natureza de todo o terreno, seu padrão geral e as relações entre as

várias partes do todo, melhor que um observador no chão.

Um leitor adota a visão da águia quando ele considera o texto como um todo

e relaciona-o ao seu próprio conhecimento e às suas experiências. Isto o capacita a

predizer o objetivo do autor, seus prováveis argumentos, e então usar esta estrutura

para interpretar as partes difíceis do texto. Esta abordagem dá um senso de

perspectiva e faz uso de tudo o que o leitor traz para o texto: conhecimento prévio,

senso comum, etc, o que às vezes não é valorizado em sala de aula.

A abordagem ascendente (the bottom-up approach)

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reconhecendo letras e palavras, trabalhando na estrutura das sentenças. Nós

podemos fazer uso consciente desta abordagem quando a leitura inicial de um

texto nos deixa confusos. Isto pode ocorrer quando nós não entendemos a

mensagem do texto, quando nosso conhecimento de mundo é inadequado, ou

se o ponto de vista do autor é muito diferente do nosso. Neste caso, nós

podemos examinar minuciosamente o vocabulário e a sintaxe para termos

certeza de que entendemos o significado corretamente. Então esta abordagem

pode ser usada como corretivo à “visão de túnel” (ver as coisas apenas de nosso

limitado ponto de vista).

A imagem da abordagem ascendente pode ser a de um cientista com uma

lupa examinando um detalhe – uma pequena parte da paisagem que a águia

contempla.

O cientista desenvolve uma compreensão detalhada daquela pequena

área (que pode representar uma sentença no texto); porém somente alcança a

compreensão total se combinar essa compreensão com o conhecimento das

áreas adjacentes e do terreno inteiro, para que os efeitos de um sobre o outro

sejam possam ser reconhecidos. Em outras palavras, as abordagens

descendente e ascendente são usadas para se complementarem.

A interação das abordagens descendente e ascendente

Na prática o leitor continuamente muda de um foco para o outro, ora

adotando a abordagem descendente para predizer o provável significado do

texto, ora movendo-se para a abordagem ascendente para verificar se é isto o

que o autor realmente quis dizer. A isto se chama “leitura interativa”, na qual

ambas as abordagens podem ser utilizadas por escolha consciente, e ambas são

importantes estratégias de leitura. A interação desses dois processos capacita o

leitor a negociar o significado do texto com o escritor.

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