Os “mudbelts” da plataforma continental sul-sudeste do Brasil · Plataforma Continental...
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Evidencias da Penetração da Pluma do Rio da Prata na
Plataforma Continental Brasileira no Holoceno Superior
Michel Michaelovitch de Mahiques
Renata Hanae Nagai
MUDBELTS EM PLATAFORMAS CONTINENTAIS
Plataformas continentais são o ambiente mais sensível na interação continente-oceano;
O interesse nos assim chamados “mud belts” de plataformas continentais reside no fato de que essas áreas consistem nos melhores arquivos sedimentares do Quaternário Superior, refletindo, em especial, as variações holocênicas.
-49 -48 -47 -46 -45 -44 -43 -42 -41 -40-30
-29
-28
-27
-26
-25
-24
-23
-22
-21
1
2
5
10
15
Org C(mg/g)
Figure 4
-49 -48 -47 -46 -45 -44 -43 -42 -41 -40-30
-29
-28
-27
-26
-25
-24
-23
-22
-21
-23.0
-22.5
-22.0
-21.5
-21.0
-20.5
-20.0
-19.5
13C
Distribution of the mean diameter (Φ) in
the surface sediments of the study
area. (Gyllencreutz et al., 2010)
Latitudinal changes of the Neodymium
isotopes values.
(Mahiques et al., 2008)
ILHA DE SÃO SEBASTIÃO: UM MARCO NOS
PROCESSOS DEPOSICIONAIS HOLOCÊNICOS
DA PLATAFORMA CONTINENTAL S-SE DO
BRASIL, DEFINE DUAS PROVÍNCIAS
SEDIMENTARES E GEOQUÍMICAS DISTINTAS
TSM
ag
e
max.: 7734
PANGAEA/PanPlot
tabela 2A.txt - 2010-09-21 11:34 h
900
1300
1700
2100
2500
2900
3300
3700
4100
4500
4900
5300
5700
6100
6500
6900
7300
7700
16 28
TSM
age
max.: 3003
PANGAEA/PanPlot
tsm 3000.txt - 2010-09-21 12:42 h
943
1043
1143
1243
1343
1443
1543
1643
1743
1843
1943
2043
2143
2243
2343
2443
2543
2643
2743
2843
2943
17 28
TSM C27/C31
age
max.: 7734
PANGAEA/PanPlot
tabela 2A.txt - 2010-09-23 16:29 h
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
17 2819 20 21 22 23 24 25 26 0.20 0.550.30 0.35 0.40 0.45
0 1 2
Fe/Ca
7605
-7,51
-8,71
-8,02
εNd 0 1 2
Fe/Ca
7616
-12,22
-9,75
-9,97
εNd
7605 7616
8 3,6
1,8
5,6
2
7,7
kyr cal BP
kyr cal BP
Holoceno Médio vs. Holoceno Tardio
No SE do Brasil as oscilações climáticas ao longo do Holoceno Médio e Tardio estão associadas
à entrada de umidade na região da Bacia Amazônica; e no Uruguai e NE da Argentina, a
circulação zonal dos westerlies; cujas oscilações dependeram principalmente de deslocamento
na posição da ITCZ mais a norte (sul) no Holoceno Médio (Tardio), relacionada a variações na
insolação seguindo o ciclo orbital da precessão (~ 20 000 anos).
-65° -60° -55° -50° -45°
Longitude
-35°
-30°
-25°
-20°
La
titu
de
0 25 50
km
Brasil
UruguaiArgentina
Paraguai
Bolivia
OceanoAtlântico
16
westerlies
ITCZ
SALLJ
HM
HT
Holoceno Médio vs. Holoceno Tardio
17 (Berger e Loutre, 1991)
870
880
890
900
910
920
930
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7605
we
t
dry
we
t
dry
# 7
60
6 –
alk
en
on
e S
ST
G
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δ1
8O
(‰
, VP
DB
)
La Plata
influence
weak
str
on
g
23,5
24,5
25,5
26,5
27,5
-1,40
-1,20
-1,00
-0,80
-0,60
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25 bu
lk sed
ime
nt Ti/C
a ratio
-0,30
0,20
0,70
1,20
TOC
(%
)
we
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dry
Pro
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ctivity
Te
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era
ture
Co
lde
r/fr
ese
her
Warm
/saltie
r
MAIS PERGUNTAS DO QUE RESPOSTAS
a) Qual o significado das areias da base dos testemunhos, em trato de mar
alto? Sedimentos não originários da plataforma argentina
b) Tendências gerais das variações climáticas do Holoceno Médio ao
Holoceno Tardio associadas à ciclicidade orbital. Mas... O que explica as
variações seculares nos registros?
c) Qual o “gatilho” responsável pelo aumento da influência da pluma do Rio
da Prata, em 2500-2800 anos A.P.? Alguma relação com a intensificação
do ENSO, reportada para a margem do Pacífico?
d) Intensificação da pluma temporalmente associada com a transição da
fase Sub-Boreal para a Sub-Atlantica. Coincidência ou teleconexão?
e) Estudos paralelos apontam para um incremento da penetração da
SACW no mesmo período. Qual a inter-relação entre esses dois
fenômenos?
Já passou o coffee break? Não sei.
Também acordei agora...