As Eleições Municipais No Brasil- Uma Análise Comparativa (1982-2000)
Opinião eleições municipais Porto Alegre
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7/28/2019 Opinião eleições municipais Porto Alegre
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Análise das eleições municipais para a prefeitura de Porto Alegre
www.vermelhoenegro.org
FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA - Organização federada àCoordenação Anarquista Brasileira - CAB / Outubro de 2012
Neste domingo ocorrem as eleições municipais na capital depois de semanas de propaganda
eleitoral com todo o espetáculo de mídia. Pelas ruas, cavaletes com as fotos dos candidatos seacumulam uns por cima de outros e dessa forma refletem o que há no jogo de cartas marcadaseleitoreiras. Além de todo o gasto milionário com as campanhas eleitorais, cada vez mais esseperíodo tem sido marcado pela propaganda em alta resolução com o que há de mais moderno nojogo dos símbolos e representações. Dessa forma a atividade política é trabalhada cada vez maiscomo algo alheio ao sujeito, onde a democracia representativa molda os passivos eleitorestelespectadores.
As eleições na capital com discursolavado e origens na esquerda
Dos sete candidatos à prefeitura de Porto Alegre, cinco tem origem na esquerda ouassumem essa condição, mesmo que seja nod iscu rso . Desses , t rês cand ida tos( V i l l a v e r d e / P T , F o r t u n a t i / P D T eManuela/PCdoB) são base de apoio dosGovernos Federal de Dilma e Estadual deTarso, ambos do PT. Essas candidaturas usamde um mesmo discurso com apelo popular deuma “esquerda” que se acostumou a ser elite
dirigente. Esse trio que encabeça a disputapara o segundo turno se utiliza de uma mesmaengenharia de poder baseada na cooptação eno amortecimento do conflito de classe. Commodernos efeitos de mídia, abusam domarketing eleitoral e dos efeitos derepresentação (TU, TCHÊ, MANU, MULHER,VILLA).
Constituem um campo de amarras ecompromissos onde se vê um conjunto de
práticas e de relações que beiram àpromiscuidade. Um exemplo claro disso é o deManuela d’Ávila, candidata do PCdoB de mãosdadas com Ana Amélia Lemos do PP (PartidoProgressista) de direita, cujas origens estãoligadas à ditadura civil militar. O ex-petista JoséFortunati faz dobradinha com Sebastião Melodo PMDB que foi responsável pela lei deproibição do trabalho dos milhares decatadores de rua que dependiam da carroça oudo carrinho como meio de sobrevivência. E o
PT que sofreu um desgaste dos 16 anosseguidos na prefeitura agora pousa ao lado doCoronel Bonete da Brigada Militar.
Enfim, essas três candidaturas com algumapossibilidade de ir para o segundo turno, de
esquerda só tem mesmo o passado, pois hojeestão cada vez mais parecidas com a direita.
Entre aqueles que dizem ser a “opção deesquerda” para essas eleições estão o PSTU eo PSOL/PCB. O primeiro reúne candidaturas deuma burocracia sindical de discurso radical,mas com uma p rá t i ca que não écorrespondente. Já o PSOL tem se constituídocada vez mais como um partido eleitoral, dandoprioridade para a filiação aberta ao invés da
formação de quadros e projetando muitos maisprofissionais da política do que militantes debase. O PCB, por sua vez, tem contrabandeadoo discurso libertário fazendo propaganda danecessidade de criação de um povo forte e deum programa de lutas. Esses partidos eleitoraisde esquerda, no entanto, apesar deapresentarem no discurso as eleições comouma simples tática, tem demonstrado na práticaessa via como o centro da estratégia quando acada dois anos abrem de mão de lutas
importantes e da construção desde a base paraapostar esforço humano e material nas suascandidaturas.