OJORNAL 18/04/2010

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LEI DAS LICITAÇÕES Presídio-favela abriga 480 famílias há mais de 20 anos Exemplar de assinante CMYK Página A3 Governo quer mudar antes da eleição Deputado Rui Palmeira apresenta nova emenda que reduz período de licitação; para oposição manobra é eleitoreira O prédio da antiga Faculdade de Medicina, localizado no Prado e mais conhecido como CCBi, será tombado e transformado no Memorial da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A ideia é da reitora Ana Dayse, que já está correndo atrás de verbas para concluir o projeto. Esses recursos devem ser obtidos no governo federal e na iniciativa privada. Página A14 Yvette Moura Yvette Moura R$ 2,00 L L JORNA O JORNA O ALAGOAS Maceió, domingo, 18 de abril de 2010 | Ano XVI | Nº 116 | www.ojornalweb.com | Conselho traça perfil do preso em Alagoas Página A4 Dnit e índios discutem obras na BR-101 Páginas A18, A19 e A20 Dois Escritora alagoana Arriete Vilela apresenta seu acervo de poemas em Obra Poética Reunida Páginas B1 e B5 TV Letícia Spiller fala de sua personagem em Viver a Vida Prédio do CCBi vai virar memorial Prédio do CCBi vai virar memorial A população de um grande povoado no interior do Estado, ou de um pe- queno bairro em Maceió, vive nos 16 pavilhões da Colônia Penal Santa Fé. O presídio fica nos arredo- res de União dos Palmares e, quando foi construído, deveria abrigar presos de bom comportamento dis- postos a trabalhar na la- voura. Após 25 anos de ocupação, as famílias ain- da vivem em condições subumanas. Crianças e idosos são os que mais so- frem no presídio-favela. Páginas A9, A10 e A11 Esportes Alagoanos marcam presença na história das Copas do Mundo Zagallo e Dida já foram até campeões mundiais; zagueiro Pepe corre contra o tempo para defender Portugal Nas celas e pavilhões imundos do presídio, as crianças e os idosos contraem várias doenças respiratórias e de pele Grupo de teatro combate o trabalho infantil Página A31

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LEI DAS LICITAÇÕES

Presídio-favelaabriga 480famílias há mais de 20 anos

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Página A3

Governo quer mudar antes da eleiçãoDeputado Rui Palmeira apresenta nova emenda que reduz período de licitação; para oposição manobra é eleitoreira

Oprédio da antiga Faculdade de Medicina, localizado no Prado e mais conhecido como CCBi, será tombado e transformado no Memorial da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Aideia é da reitora Ana Dayse, que já está correndo atrás de verbas para concluir o projeto. Esses recursos devem ser obtidos no governo federal e na iniciativa privada. Página A14

Yvette Moura

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Conselho traçaperfil do preso

em Alagoas

Página A4

Dnit e índiosdiscutem obras

na BR-101

Páginas A18, A19 e A20

DoisEscritora alagoana

Arriete Vilelaapresenta seu

acervo depoemas em

Obra PoéticaReunida

Páginas B1 e B5

TVLetícia Spiller

fala de suapersonagem

em Vivera Vida

Prédio do CCBi vai virarmemorial

Prédio do CCBi vai virarmemorial

A população de umgrande povoado no interiordo Estado, ou de um pe-queno bairro em Maceió,vive nos 16 pavilhões daColônia Penal Santa Fé. Opresídio fica nos arredo-res de União dos Palmarese, quando foi construído,deveria abrigar presos debom comportamento dis-postos a trabalhar na la-voura. Após 25 anos deocupação, as famílias ain-da vivem em condiçõessubumanas. Crianças eidosos são os que mais so-frem no presídio-favela.

Páginas A9, A10 e A11

EsportesAlagoanos

marcam

presença

na história

das Copas

do Mundo

Zagallo e

Dida já

foram

até campeões

mundiais;

zagueiro Pepe

corre contra o

tempo para

defender Portugal

Nas celas e pavilhões imundos do presídio, as crianças e os idosos contraem várias doenças respiratórias e de pele

Grupo de teatrocombate o

trabalho infantil

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JORNALO JORNALO

Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

OpiniãoBrasil, Rússia, Índia e China constituíram, nes-

sa semana que passou, uma marca na economiamundial. A reunião que aconteceu em Brasília e con-tou com os presidentes das quatro maiores naçõesque não fazem parte do G7 demonstrou ao mercadoa disposição dos BRICs em intervir cada vez maispesado nos rumos econômicos, assim como fazem asgrandes potências.

Donos de quase a metade da população mundial,eles apareceram em um estudo do Fundo MonetárioInternacional (FMI) que diz que os países do blocoserão responsáveis por 60% do crescimento da econo-mia nos próximos oito anos. Assim, podemos concluirque a reunião chamou mais a atenção internacionalque um encontro dos países mais ricos do mundo.

Especialmente, ao decidir no encontro pelo forta-lecimento das moedas locais em detrimento ao dólarou ao euro, os países demonstraram maturidade po-lítica e independência econômica em relação aos blo-cos americano e europeu. E responsabilidade maior

foi adiantar que, ao menos por enquanto, não se ana-lisa a possibilidade de se discutir agora uma moedaúnica para o bloco.

O grupo que nasceu fortalecido em plena criseeconômica mundial foi o que menos sentiu os des-gastes em 2008 e 2009, pois soube investir no sanea-mento das contas internas e na desconcentração derenda. Talvez por isso tenham conquistado respeitodentro e fora de seus países. Sem contar que os qua-tro governantes surfam em alta popularidade e sãoligados a grupos orientados por partidos de esquerdaou liberais, em seus mais diferentes matizes.

É por isso que pode se concluir que os países con-quistaram uma vitória coletiva na declaração finaldivulgada pelos governantes de Brasil, Rússia, Índiae China. Os BRICs agora contam com autoridadesuficiente para cobrar reformas imediatas no BancoMundial e no Fundo Monetário Internacional, demodo a dar mais voz para as nações em desenvolvi-mento.

BRICs com autoridade

Ponto de vista

San

Ao completar 100 anos de indigenismo oficial, data marcada pela criaçãodo Serviço de Proteção ao Índio e (SPI), o governo do presidente Luiz InácioLula da Silva cria a Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), publicadecreto de reestruturação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e estrutu-ração de Secretaria de Saúde Indígena, atendendo às históricas reivindicaçõesdos povos indígenas e de entidades não-governamentais.

Em Alagoas, ao longo de muitas décadas, as lideranças indígenas lutampelo reconhecimento étnico e garantia dos direitos históricos dos seus povos,principalmente pela demarcação definitiva dos territórios tradicionais. Entre-tanto, o processo administrativo de identificação encontra-se paralisado, apesardas constantes mobilizações e cobranças junto aos órgãos governamentais.

Neste momento histórico em que se encontra o país, marcado pela estabili-dade das instituições políticas, crescimento econômico e garantia da sustentabi-lidade da maioria da população, os povos indígenas de Alagoas vêm à socieda-de expressar a sua diversidade cultural e reivindicar das autoridades governa-mentais a garantia e posse dos territórios tradicionais, construção de uma polí-tica de educação escolar específica e diferenciada e a imediata estruturação daSecretaria de Saúde Indígena.

Durante os cinco séculos, de diferentes maneiras e períodos, as forças eco-nômicas expulsaram a população nativa e se apropriaram para explorar ariqueza, com a extração de borracha, da madeira, na construção de rodovias,de hidrelétricas, e na produção de grãos, da cana-de-açúcar e da pecuária.Essas terras, depois de 1850, foram consideradas devolutas para atender à lógi-ca expansionista, transferidas para municípios e particulares.

Na perspectiva das políticas públicas, esses povos estavam destinados aodesaparecimento, a ponto de autoridades governamentais definirem prazospara a aculturação. A título de exemplo, em 1978, o ministro do Interior, RangelReis, previu dez anos o fim das populações.

Entretanto, contrariando a lógica integracionista da política indigenista ofi-cial – a perspectiva de redução e extinção -, os povos indígenas, desde a décadade 1940, afirmam a identidade no cenário nacional e internacional.

Durante a abertura política, no Brasil, a partir da década de 1970, os movi-mentos sociais, organizações populares e partidos de esquerda começaram a sefortalecer e ter papel importante na reconstrução da democracia. Neste contex-to, com o apoio da Igreja Católica, organizações da sociedade e professoresuniversitários, os povos indígenas fortaleceram suas organizações e articulaçãointerétnica.

Os povos indígenas de Alagoas, até a década de 1980, estavam reduzidos,para a opinião pública e órgãos governamentais em dois povos: os Xucuru-Kariri, município de Palmeira dos Índios, e os Kariri-Xokó, em Porto Real doColégio. Os referidos lugares, com a instalação do Posto do SPI e, posterior-mente, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), tornaram-se centros de assis-tência e atendimentos, principalmente nas áreas de educação e saúde. AReserva dos Kariri-Xokó tornou-se referência importante para as práticas reli-giosas dos diversos povos, particularmente no período do o Ouricuri – lugarsagrado -, concentrando em determinados períodos membros de diversasetnias.

Essa realidade vai se manifestar com maior intensidade a partir da segun-da metade da década de 1970 e início de 1980. Apoiados na memória dos maisvelhos e participando de momentos coletivos desses povos, aparecem no cená-rio local e nacional os povos Wassul-Cocal, no município de Joaquim Gomes,Tingui-Botó, em Feira Grande, Karapotó, São Sebastião e os Geripankó, nomunicípio de Pariconha, Alagoas. A partir de 1998, surgem os Kalankó, nomunicípio de Água Branca, Karuazu e Katökinn, em Pariconha, e Koiupanká,em Inhapi, aparecem para a sociedade reivindicando dos órgãos públicos oreconhecimento étnico e a demarcação dos territórios.

Neste ano, esses povos participam de Sessão Pública na AssembléiaLegislativa, no Dia do Índio, 19 de abril, para cobrar dos deputados e represen-tes dos órgãos federais e estaduais a imediata criação de Grupos Técnicos (GT)para a identificação e demarcação dos territórios tradicionais, como também aindenização com os impactos provocados pela duplicação da BR-1001 e daTransnordestina.

“Os povos indígenas de Alagoasvêm à sociedade expressara sua diversidade cultural”

Jorge VieiraJornalista

Indígenas de Alagoas:do anonimato àafirmação étnica

O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual oórgão ambiental competente verifica a localização, instalação, ampliação e ope-ração de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientaisconsiderados efetivos ou potencialmente poluidores ou que, sob qualquerforma, possam causar degradação ambiental.

O Brasil é uma República Federativa “formada pela união indissolúvel dosEstados e Municípios e do Distrito Federal. A definição da competência emmatéria ambiental começa pela Constituição, em seu Art. 225. Todos têm direi-to ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povoe essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coleti-vidade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gera-ções.

O artigo 23 da Constituição, estabelece que é competência comum daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: proteger o meioambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; preservar as flo-restas, a fauna e a flora; registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões dedireitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus terri-tórios.

Vê-se, claramente, que a defesa e preservação do meio ambiente, da biodi-versidade e do patrimônio genético incumbem ao poder público, em princípionos três níveis, Federal, Estadual e Municipal.

De acordo com a Resolução 237/97 do Conama, a competência está funda-mentada na predominância do interesse, com base nos impactos ambientais daobra ou do empreendimento, visto que a licença ambiental tem por função pre-cípua o desenvolvimento sustentável, baseada na análise dos impactos geradospela atividade e não na titularidade dos bens afetados.

Neste sentido, deve-se ser atentado que por principio o órgão titular do bemafetado pela atividade ou empreendimento não se Intitula como o competentepara emitir a licença ambiental, pois esta situação fere o Art. 10 da lei 6.938/81.

As atividades que devem ser licenciadas pela União, são basicamenteaquelas de significativo impacto ambiental no âmbito nacional ou regional,localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em países limítrofes;no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; emterras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da união; locali-zadas ou desenvolvidas em dois ou mais estados; cujos impactos ambientaisdiretos ultrapassem os limites do país ou de um ou mais estados.

O mesmo artigo ainda estabelece que o IBAMA fará o licenciamento apósconsiderar o exame técnico procedido pelos órgãos do estados e municípiosem que se localizar a atividade ou empreendimento, definindo ainda que oórgão da união poderá delegar aos estados o licenciamento de atividades comsignificativo impacto ambiental de âmbito regional, uniformizando quandopossíveis as exigências.

Ao órgão estadual caberá o licenciamento ambiental em empreendimentoslocalizados ou desenvolvidos em mais de um município, ou em unidades deconservação de domínio estadual ou do distrito federal, cujos impactosambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municí-pios, delegados pela união, aos estados ou distrito federal por instrumentolegal ou convênio, lembrando ainda, que os municípios devem ser ouvidos.

É de conhecimento dos que militam na área, que os órgãos ambientais bra-sileiros, em sua grande maioria, atravessam dificuldades estruturais e técnicas,fazendo com que exista um elevado trâmite administrativo e burocrático nasua capacidade de atendimento, não sendo prudente que ocorram discussõesem relação a quem é competente ou não para licenciar esta ou aquela atividade.

O que a lei ensina é que exista a cooperação sistêmica, definida peloSistema Nacional do Meio Ambiente, e que haja a complementariedade emsuas funções, visando à gestão ambiental compartilhada com as devidas res-ponsabilidades, independentemente de questões político-partidárias, no senti-do do que os mesmos através desta cooperação se capacitem, objetivandogarantir os preceitos constitucionais definidos no art. 225.

É importante destacar que, o meio ambiente é bem de uso comum dopovo, não sendo propriedade da união, dos estados, do distrito federal ou dosmunicípios.

No caso em questão, o licenciamento será feito pelo Estado se os impactosambientais se restringirem aqueles definidos no art. 5° da Resolução 237 doConama, caso contrário será da união.

Alder Flores

Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia eGestão Ambiental, auditor Ambiental

Cartas à Redação: [email protected]

“Todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado”

O estaleiro e olicenciamento

Não sabemos qual o motivo, mas a mídianão deu muito destaque à última pesquisa doDatafolha, que apresentou um recorde histórico:desde o ano de 1990, quando o levantamentocomeçou a ser feito, nenhum presidente teve tãoboa avaliação quanto Lula.

O Datafolha mostra que, considerando-se asfaixas de renda, um dos saltos mais notáveis naavaliação positiva de Lula foi passar de 56% pa-ra 68% de “bom” ou ”ótimo” entre as famíliascom renda superior a dez salários mínimos(equivalentes a cinco mil e cem reais). Sendoassim, citada pesquisa mostrou de forma clara einquestionável a quase total aprovação dos bra-sileiros ao atual presidente. A opinião da maioriajogou por terra dois falsos argumentos, frequen-temente usados para desmerecer Lula e o seugoverno.

O primeiro desses argumentos é que a apro-vação do “filho do Brasil” se baseia, exclusiva-mente, em uma política assistencialista, expressano maior programa social do mundo: o BolsaFamília. Na verdade, para quem nunca passoufome, dividir o pão é “assistencialismo”, atéirresponsabilidade com o dinheiro público. Éum posicionamento cruel, insensível à nossa rea-lidade, que significa eternizar a pobreza e asdesigualdades, o que o governo Lula tem com-batido como política de Estado.

O segundo argumento, uma vergonhosa fal-sidade, utilizado para atacar o Presidente, é que

ele é aprovado pela massa ignorante, que nãosabe nada, os desvalidos da sorte, os migrantesque contaminam as regiões ricas (leia-se, nordes-tinos) somente porque desejam sobreviver.

A pesquisa do Datafolha desmente esses fal-sos argumentos, pois até entre os segmentos de-tentores de educação superior, a aprovação deLula subiu de 65% para 70%. No que respeitaaos aposentados, que, segundo a oposição é o“calcanhar de Aquiles” de Lula, os dados domesmo Instituto mostram justamente o contrá-rio: nesse segmento, que totaliza quase 30 milhõesde brasileiros, com mais de 60 anos, em dois me-ses, a aprovação de Lula subiu de 67% para 73%.

Nas regiões Sul e Sudeste, a popularidade deLula atingiu 69% e, no Nordeste, a cifra é orecorde dos recordes: 87% de aprovação! Se Lulanão sofresse tamanho preconceito das camadasmais ricas da população, sua popularidadeestouraria os computadores do Datafolha. Nãohá por que duvidar disso.

Ademais, com o PAC-2, que compreendeinvestimentos da ordem de 950 bilhões de reaisem saúde, saneamento, habitação, educação esegurança, não seria absurdo imaginar num per-centual beirando os 100%!

Entre a popularidade, que goza há sete anos,como nenhum outro presidente em nossa histó-ria, e o “ódio doentio”, que lhe dedicam os pre-conceituosos, Lula caminha, seguramente, paraeleger a ex-ministra Dilma Rousseff.

Lula entre a popularidadee o preconceito

“Nenhum presidente teve tão boa avaliação quanto Lula”

João LyraEx-deputado federal

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SaudaçõesRubroNegras“Ele se fez merecedordessas homenagense dessa dor”

Pedro Oliveira

Jornalista

Muitas vezes estava eu em pleno emerecido cochilo de domingo, no ba-lanço de minha velha e amiga redequando o telefone tocava. Do outrolado da linha aquela voz tão conhecidae a pergunta de sempre: “Tá assistindoo jogo, Pedrinho? Nosso Flamengo estáganhando companheiro”.

Ele sabia que eu detesto futebol(não torço nem em Copa do Mundo) ejamais estaria assistindo qualquer par-tida, seja lá qual fosse. De imediato vi-nha meus “cordiais xingamentos” elemorria de rir e voltava para ver o seusuper amado Flamengo triunfar.

Em outra ocasião, quando era vi-ce-governador, marquei com ele umencontro em seu gabinete para a ma-nhã de uma segunda-feira. Esperei pormais de uma hora e ele não apareceu.

De repente, meu celular tocou eidentifiquei o seu nome. “Pedrinho,venha aqui em casa, pois não posso irao gabinete”. Ao chegar ao seu encon-tro deu-me a informação: o Flamengohavia perdido o jogo no domingo e ele“não estaria disposto a ouvir goza-ções”. Era um fanático pelo Flamengo.

Na terça-feira (13) à noite estivemoscom ele (eu e Meg) conversamos e rimosaté por volta das 21 horas. Incentivamosa sua necessária ida para São Paulo, poisnão nos convencia o atendimento queestava tendo em Maceió. Prometeu-nosque assim que se sentisse “menosfraco” essa providência seria tomada.

Por volta das seis horas da quarta-feira toca o meu celular e era o seu gen-ro, Marcos Rômulo (o Marquinho paranós), que me dava a notícia: “Pedro, te-nho uma notícia terrível, o Dr. Abílioacabou de falecer”. Foi um golpe semtamanho, mas a missão seguinte eratambém muito difícil: acordar Meg e fa-lar a ela que o seu “maninho” (como e-la carinhosamente o trata) tinha morrido.

A partir daí foi uma dor tamanha,um sofrimento de proporções devasta-doras, amenizados apenas pela solida-riedade de amigos que de pronto che-garam e se plantaram ao nosso lado.Era inconcebível termos perdido o nos-so Luis Abílio, em circunstâncias tãosurpreendentes, pois não encontramosjustificativas para tal desfecho.

O seu velório mostrou o tamanhodo amor que semeou em vida. A quan-tidade de coroas de flores que tomoutodas as dependências da área dizia docarinho que os amigos sentiam por ele.

Uma pessoa comentava comigo:“Nunca vi tanta emoção, nunca assistitanta gente chorando a perda de umamigo, um ente querido”. Ele se fezmerecedor dessas homenagens e dessador. Por sua bondade, por sua conduta,pelo seu caráter.

Hoje acordei com um vazio imen-so no peito. A vontade era ficar sem fa-zer nada e apenas repassar o filme denossas vidas, dos nossos encontros, danossa pequena e feliz família, do seujeito de ser: atrasando sempre nos ho-rários marcados, brigando (de brinca-deira) com a nossa Maíra, pois os doisse nutriam um amor profundo; a ma-nia de me fazer ficar bebendo em suacompanhia e do Marcos Rômulo nasfestas em nossa casa, mesmo eu mor-rendo de sono. Era sempre o último asair. É uma saudade muito doída.

Quanta dor entre nós que o cerca-mos e que com ele convivemos. Desdea dor maior de sua mãe, a minha queri-da Naida, que aos 88 anos tem um pou-co de Santa de tanta resignação e forta-leza interior a nos dar lições, passandopor essa criatura dedicada Sandra, suaesposa amorosa, a qual aprendi a admi-rar a cada dia de convivência, suas fil-has, genros e netos, sua irmã que oadorava (ele morria de medo das suasbroncas), a sobrinha querida Maíra eesse velho cunhado que ele deixa órfãoe quebrado ao meio por sua partida.

Depois de tudo isto tenho umaúltima história nossa para contar: Foi àbeira do seu caixão, acariciando o seurosto, que lhe fiz uma promessa: “Meuquerido Abílio a partir de agora juro avocê que assumo a condição de torce-dor do Flamengo. Sei que é impossívelassumir no todo essa paixão, pois a suaera inigualável, mas farei de tudo paranão decepcioná-lo”.

E aqui estou eu. Flamenguista decarteirinha, com muito orgulho. Atodos, como ele costumava dizer: SAU-DAÇÕES RUBRO NEGRAS!

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JORNALO JORNALO

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PolíticaAA33

Governo do Estado quer “emendada emenda” para garantir licitaçõesPara bancada de oposição, manobra vai favorecer “farra das licitações”

Da Editoria de Política

O governo do Estado tematé o próximo dia 5 de maiopara alterar uma emenda à leiestadual que proíbe a aberturade licitações. Se não conseguir,a máquina estatal estará proi-bida de fazer compras fora daLei de Diretrizes Orçamentárias(LDO), no Plano Plurianual(PPA) ou financiadas pelo BancoMundial. Isso vale para com-pras com grandes somas em di-nheiro, e que não estão planeja-das pelos tucanos.

Com isso o governo passa ater no máximo 120 dias, ou sejaquatro meses antes das eleições,para abrir processos licitatórios.Só que essa emenda já é umaalteração na emenda anteriormodificada no ano passado que

ampliou a data para 180 dias,garantindo assim isenção emenor interferência do gover-no nas licitações durante o pro-cesso eleitoral.

Sendo assim, foi preciso um“jeitinho” do governo para re-mendar a emenda e fazer comque a Constituição estadual re-troaja para beneficiar projetosque ainda estão sendo desen-volvidos. Atualmente, os tuca-nos estão com aproximadamen-te R$ 1 bilhão que foram toma-dos de empréstimos de orga-nismos internacionais no anopassado.

Asituação é tão delicada quedurante a semana o governotentou manobrar na AssembleiaLegislativa para que a emendafosse colocada em votação. Parase ter ideia, na última quarta-

feira, mesmo com a morte doex-governador Luís Abílio deSousa (PDT), integrantes dabancada governista e da MesaDiretora não foram sensíveis aopedido de suspensão da sessãopara acompanhar o enterro dopedetista.

O JORNAL apurou que elesqueriam ganhar tempo para cor-rer com a emenda. O clima in-clusive ficou tenso quando o de-putado Paulão (PT) apontoupara pedir vistas e travar a tra-mitação. O presidente FernandoToledo (PSDB) fez o possívelpara dar agilidade. Aexpectati-va é que a emenda seja votadaem plenário no máximo até apróxima semana.

Na quinta, a situação foiidêntica e a falta de quórum pre-judicou a iniciativa do governo.

“A chamada foi feita em umritmo de tartaruga para tentardar tempo na chegada de ou-tros parlamentares”, contou umdeputado. Foram várias liga-ções do Palácio República dosPalmares pedindo que os depu-tados não faltassem.

Na prática, o governo acre-dita que a emenda engessa oEstado, em pleno ano de cam-panha política. Por isso, há umaproposta para a derrubada destaemenda por via jurídica, queacredita que as licitações se en-quadram na mesma legislaçãoque permite abertura de con-curso público, portanto, podemser feitas até junho, três mesesantes da eleição. Esse é o argu-mento jurídico. Hoje, a lei esta-dual estende este prazo paraseis meses antes da votação.

CUT: “Governo usa dois pesos, duas medidas”O presidente da Central Úni-

ca dos Trabalhadores, Izac Jac-son, não poupou críticas ao queconsiderou uma manobra go-vernista. Para ele, o governo uti-liza dois pesos e duas medidasna administração financeira. “Pa-ra aplicar o reajuste do servidorfalam que não tem facilidade,nem dinheiro e que extrapola a

LRF. Para reforçar o caixa do em-presariado mudam até a legisla-ção em cima da hora”, analisouo sindicalista.

Izac explicou que foi sur-preendido ao saber que a legis-lação estava sendo modificadaem pleno ano eleitoral. “Usar amáquina para favorecer umacandidatura é uma medida que

tem que ser repudiada. Comoele [Téo Vilela] é governador eplaneja ser candidato, deveriaao menos aceitar concorrer emcondições de igualdade com osoutros que querem entrar nadisputa”, atacou o presidenteda CUT.

Para o sindicalista, é precisoque juristas acompanhem de

perto a tramitação e a possíveledição desta emenda sobre oprazo para abertura de licitações.“Acredito que essa mudança ferea lei de licitações. Estamos pertoda eleição e o prazo de 180 diasjá está estabelecido e não podeser mudado. É preciso que acom-panhem de perto e se necessárioentrem na Justiça”, assegurou.

Paulão questiona seriedade do governo estadualO deputado estadual Paulão

criticou a mudança proposta pelaemenda. Para ele, o governo brin-ca de mudar a legislação e colo-ca o Estado em uma situação deinsegurança jurídica. Paulão ex-plicou que essa questão da lici-tação já estava resolvida, inclu-sive com decisão favorável doSupremo Tribunal Federal. O pe-tista vê pressão governista parafazer com que Rui Palmeira in-gresse com a nova emenda.

Paulão explicou que no anopassado, após a aprovação daemenda proposta pelo deputa-do – que fazia parte da banca-da governista, mas ainda nãoera filiado ao PSDB – o gover-no recorreu no STF, via Procu-radoria Geral do Estado. O pe-dido foi feito pelo próprio gov-erno do Estado. Só que a AçãoDireta de Inconstitucionalidade(Adin) não teve sucesso na in-terpretação dos ministros, poisa modificação de 120 para 180

dias se adequava a legislaçãovigente na maior parte do País.

Segundo Paulão, o governo

inicia uma caminhada para a“farra das licitações” na ten-tativa de gastar antes das elei-

ções os recursos que estão emcaixa devido ao arrocho sala-rial aplicado nos servidorespúblicos durante os três anose meio da administração tuca-na.

“O governo está engajadoem modificar a legislação parapoder manobrar com parcelasdos empresariado que tem in-teresses nessas licitações. As-sim, cai a máscara deste go-verno que diz que é transpa-rente, mas peca na hora de li-citar”, destacou.

O petista acredita que os tu-canos estão preocupados emaprovar a “emenda da emenda”devido ao elevado número deprocessos licitatórios que estãoatrasados. Ele disse que o própriogovernador está engajado napressão aos deputados da basegovernista para poder ter maisforça de negociação política como empresariado nas vésperas doprocesso eleitoral.

Deputado recua e passa a defender tempo maiorAutor da emenda que au-

mentou o tempo para 180 dias,o deputado Rui Palmeira (PSDB)defendeu o projeto, mas paracriar consenso, como disse, estádisposto a retirá-lo de pauta.“Tenho um parecer da Procura-doria Geral da República que mediz que esta emenda não enges-sa o Estado. O que fiz foi trazerpara Alagoas o que determina alei federal. Até porque existemos impedimentos da Lei de Res-ponsabilidade Fiscal. Agora, es-tou disposto a votar favorávelem outra emenda”, disse Palmei-ra. O deputado faz referência aoprojeto que retorna ao prazo an-terior de 120 dias para licitações.

As discussões devem obede-cer ao regimento. E criar umaemenda a emenda deve ser feitoem duas votações na AssembleiaLegislativa. Aprimeira delas serána terça. “Se não conseguirmos,o Estado fica engessado”, con-tou o líder do Governo, AlbertoSextafeira (PSB). Apreocupaçãodo governo é se a oposição tra-balhar para esvaziar sessões ouaté mesmo pedindo vistas damudança, o que pode extrapolaro prazo limite para modificação.

Atualmente, como está va-

lendo, a emenda 33 diz que oGoverno não pode mais fazer li-citações. Claro que a regra temexceções: serviços emergenciais,como compra de comida, cartei-ra escolar ou hospitalar- incluin-

do serviços semelhantes- estãode fora.

Obras previstas na Lei deDiretrizes Orçamentárias (LDO),no Plano Plurianual (PPA) e fi-nanciadas pelo Banco Mundial

também estão na lista de exce-ções. Contratos licitados com di-nheiro federal também não seincluem na emenda estadualApenas as obras exclusivamen-te estaduais integram a proibição.

Contexto

EXPRESSASCom a proximidade das eleições, começa a surgir

também uma figura tradicional nas disputas: o “fran-co-atirador”, que sai disparando para todos os lados.

O detalhe é que a esmagadora maioria não faz isso sópor fazer e, sim, devido a segundas, terceiras e, até, quar-tas intenções.

É como se diz mesmo no popular: “Cão que ladranão morde”.

Na política alagoana, há aqueles que, além de não mor-der, até assopram...

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DIA DO ÍNDIOEm homenagem ao Dia do Índio, a Assembleia Legislativa

realiza amanhã, a partir das 15 horas, em seu plenário, umasessão especial para debater a situação dos indígenas emAlagoas. Além de integrantes dos povos Kariri-Xokó, Xucuru-Kariri, Tingui-Botó, Aconã, Karapotó, Geripancó, Wassu-Cocal, Katökinn, Karuazu, Kalankó e Koiupanká, represen-tantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), do InstitutoNacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e doConselho Indígena Missionário (Cimi) devem participar dodebate. A sessão especial foi proposta pelo deputado estadualJudson Cabral (PT).

Na oportunidade, os índios devem solicitar apoio dos de-putados para que façam gestão junto aos órgãos federais paraa criação imediata de grupos técnicos (GT) de identificaçãoe demarcação dos territórios tradicionais, como também a in-denização com os impactos provocados pela duplicação daBR-101 e da Transnordestina.

Esse ano também está sendo comemorado cem anos de in-digenismo oficial. Em Alagoas, ao longo de muitas décadas,as lideranças indígenas lutam pelo reconhecimento étnico egarantia dos direitos históricos de seus povos, principalmen-te pela demarcação definitiva dos territórios tradicionais.Entretanto, o processo administrativo de identificação en-contra-se paralisado, apesar de constantes mobilizações e co-branças junto aos órgãos governamentais.

PRÊMIO...

O Sindicato dos Corretores de Seguros em Alagoas(Sincor-AL) lança na próxima quinta-feira mais umprêmio de jornalismo no Estado. O Prêmio AlbertoMarinho de Jornalismo, foi criado em conjunto com aFederação Nacional dos Corretores de Seguros(Fenacor) e a Escola Nacional de Seguros (Funenseg).A iniciativa conta com o apoio do Sindicato dosJornalistas de Alagoas, que ajudou a elaborar o regu-lamento e participa da organização. Poderão concor-rer os trabalhos publicados até o dia 21 de junho de2010, abordando o tema “A indústria do Seguro comofator de desenvolvimento urbano, social, econômico eambiental no Estado de Alagoas”.

... DE JORNALISMO

Serão aceitas inscrições em três categorias: jorna-lismo impresso, telejornalismo e webjornalismo. Cadavencedor receberá troféu, certificado e R$ 3 mil emdinheiro. O objetivo é homenagear os profissionaisque produzirem as melhores reportagens sobre osetor, que é um dos mais importantes do mercado. Olançamento será às 8 horas, na sede da entidade, du-rante um café da manhã para a imprensa e convida-dos.

PASSEIO...

O passeio turístico em embarcações nas orlas ma-rítima e lagunar de Maceió terá uma nova regulamen-tação. Um projeto de lei encaminhado pela Prefeituraà Câmara Municipal de Maceió quer estender a todaa orla da capital as mesmas regras que já existempara o passeio de jangada às piscinas naturais daPajuçara.

... DE BARCO

Entre as mudanças propostas pela Prefeitura está aobrigatoriedade de credenciamento das embarcaçõesjunto à Superintendência Municipal de Transporte eTrânsito (SMTT). O credenciamento terá validadeanual e será concedido em caráter precário e revogá-vel a qualquer tempo.

EDUCAÇÃO

Com o título “Gestão Democrática, Currículo,Conhecimento e Cultura” a Secretaria Municipal deEducação realiza, amanhã, o VI Seminário deFormação e Valorização Profissional, no Centro deConvenções de Maceió - Teatro Gustavo Leite, das 8horas da manhã às 17 horas. O seminário será dire-cionado paras os profissionais de educação da redemunicipal.

ESPORTES

A Prefeitura de Maceió, por meio da SecretariaMunicipal de Esporte e Lazer (Semel), promove napróxima terça-feira, às 10 horas da manhã, no ginásioradialista Arivaldo Maia, no Jacintinho, a solenidadede entrega de equipamentos e de material esportivopara os quatro núcleos do projeto PELC/Pronasci –Benedito Bentes 2, Vergel e Jacintinho. O investimen-to nesse projeto é de aproximadamente R$ 60 mil.

Rui, que integra bancada governista, foi autor da emenda que colocou o prazo de 180 dias para licitações

Paulão diz que governo inicia caminhada para “farra das licitações”

Page 4: OJORNAL 18/04/2010

“Ferida aberta” do governo estadual

O relatório toca em uma“ferida aberta” do gover-no estadual: as condiçõesdas cadeias. Faz elogios etambém ferozes críticas:“Segundo se pode obser-var pelos relatórios de ins-peção anexos, toda a redede unidades prisionaisestão sucateadas por faltade um plano de ação parasua reestruturação que ogoverno se reusa a ver comseus próprios olhos”, diz omaterial. E mais à frentesentencia: “Segundo essesrelatórios de inspeção rea-lizados pelos integrantesdeste Conselho Peniten-ciário, sem exceção, todasas unidades precisam decuidados urgentes em suasestruturas físicas”.

O caos na estru-tura física dos presí-dios foi revelado,com exclusividade,por O JORNAL, emnovembro do anopassado. Era umaanálise feita a partirde relatórios dosconselheiros peni-tenciários. É possívelperceber que o nú-mero de presos con-denados em Alagoaspouco mudou. Em 2006,foram 613; 524 em 2007; 438em 2008 e 569 em 2009. Em2009, Maceió teve 298 con-denações; Arapiraca, 58;Paripueira, um dos meno-res municípios do Estado,está em terceiro na lista: 25condenados, ano passado.

Trinta e cinco cidadesnão condenaram ninguém:Anadia, Batalha, Bran-quinha, Cacimbinhas, Ca-jueiro, Campo Alegre, Ca-napi, Capela, Chã Preta,Colônia Leopoldina, Coru-ripe, Feira Grande, IgrejaNova, Junqueiro, Maravilha,Marechal Deodoro, MataGrande, Matriz de Cama-ragibe, Messias, Murici,Novo Lino, Olho d’Águadas Flores, Pão de Açúcar,Pilar, Paulo Jacinto, Pira-nhas, Porto de Pedras, PortoReal do Colégio, São Brás,

São José da Tapera, São Luizdo Quitunde, São Sebastião,Taquarana, Teotonio Vilelae Traipu.

Uma das propostas doconselho é que estas comar-cas sejam desativadas por-que, na teoria, são lugaresmenos violentos, por teremmenos condenações. Ouainda, também em tese, seconsidera que estas cidadespodem ter presos em delega-cias, aguardando julgamento.

Nos crimes, contandoapenas os condenados, omaior número de presos, em2009, respondia por homicí-dio (176), seguido por roubo(162), porte de arma de fogo(50) e furto (42) e tráfico de

entorpecentes (42).Comparado aos

anos, o gráfico dascondenações estáposto assim: em 2006,as cadeias tinhammais envolvidos emroubos. Naquelaépoca, os homicídiosocupavam a segundacolocação (135), en-trando pelo porte ile-gal de arma de fogo(38), tráfico de entor-

pecente (43) e furto (80).Em 2009, os homicídios su-

peraram esta marca: foram176 condenados contra 162por roubo. Os condenadospor porte ilegal de arma defogo crescem progressivamen-te: 38, em 2006; 24, em 2007;14, em 2008 e 50, em 2009.

Os crimes por furto, aoinvés de crescerem, dimi-nuem o número de condena-dos. Em 2006, foram 80, caiuem 2007 (67), menos aindaem 2008 (46) e 42, em 2009.

Chama a atenção na par-te mais baixa da lista, commenos condenações. O cri-me de extorsão, medianteseqüestro, teve 21 condena-dos somente em 2008, maisque a soma dos anos de 2006(4), 2007 (3) e 2009 (5); ocrime de seqüestro e cárce-re privado teve um condena-do em 2006, nenhum em2007, apenas um em 2008 e4 em 2009. (O.R.)

Odilon RiosRepórter

O mais completo perfil dopreso alagoano já está pronto etraz a assinatura do ConselhoPenitenciário de Alagoas. É aprimeira vez que uma institui-ção esmiúça, preso a preso, ca-deia a cadeia, a política crimi-nal e penitenciária no Estado.Cópias desse material estãoprontas e seguirão para a mesado governo, da presidente doTribunal de Justiça, desembar-gadora Elisabeth Carvalho Nas-cimento, e do procurador-geralde Justiça, Eduardo Tavares, apartir de amanhã. Antes disso,O JORNAL publica, com ex-clusividade, o documento, queradiografa o ano de 2009, mastambém faz uma análise desde2006.

Os detalhes podem ajudara buscar soluções mais rápidaspara os principais problemasnas cadeias públicas. Oferecerpolíticas localizadas para ospresos, em especial a recupera-ção de alguns deles. Toda a so-ciedade sabe destes problemas.Ninguém, até a semana passa-da, tinha tantos dados estatís-ticos, balanços e discussõescomo os conselheiros peniten-ciários. Até as atas resumidasdas discussões entre os conse-lheiros estão publicadas.

O documento tem quase200 páginas e conta tambémcom a assinatura da OAB,Ministério Público Estadual,Federal, Intendência do SistemaPenitenciário, representantedos profissionais de DireitoPenal, Processual Penal, Peni-tenciário, Defensoria PúblicaEstadual e representantes dasociedade. Só a finalização da

mais completa radiografia dospresos demorou cinco mesespara ficar pronta.

E, pelo visto, valeu a penaporque este é o perfil, resumi-do, dos presos condenados:pardo, classificação do Instituto

Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), referindo-seaos mestiços; é analfabeto ouestudou pouco; não trabalhaou jamais trabalhou, por isso,segundo o conselho, entrou nomundo do crime; a maioria foi

condenada por homicídio, pu-xando outros crimes, como otráfico de entorpecentes, portede arma e furto; tem entre 26 e36 anos e estão condenadosentre 8 e 15 anos de prisão.

“Presídio é conseqüência,

vale lembrar isso. As soluçõespara uma cadeia com menosgente devem discutidas e apro-fundadas, com a sociedade e opoder público”, disse o presi-dente do conselho, FranciscoTorres.

Não é só isso. Maceió res-ponde, esmagadoramente, pelamaioria das condenações noEstado. E 35 cidades não con-denaram ninguém em 2009. Arelação completa está nesta edi-ção.

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Yvette Moura

Marco Antônio

Caos na

estrutura

física dos

presídios foi

revelado por

O JORNAL

em 2009

Superlotação não escapa do relatórioUm velho e conhecido pro-

blema são as superlotações dascadeias. Não escapam ao rela-tório do Conselho Peniten-ciário. Em 2009, havia 1.829vagas nas cadeias, 564 presosa mais. O número de presosprovisórios era 1.336. Os ho-mens respondem pela maioria:1.718; mulheres, 128. “O nú-mero de mulheres cresce pro-gressivamente, entre os con-denados”, disse Francisco Tor-res, presidente do ConselhoPenitenciário.

A faixa etária dos presoscondenados é essa: a maioria(771) tem entre 26 e 36 anos,com condenações entre 8 até15 anos. Cinco respondem apenas entre 50 e 100 anos, 240trabalharam, 74 estudaram,1.115 são pardos, 589 brancose 244 negros.

No Baldomero Cavalcante,o número de presos que estu-da, entre os condenados, estácaindo. Eram 129, em 2006; 60,em 2007. Apenas dois presos,em 2008, estudavam e 18, em2009, eram estudantes. OBaldomero tinha, em 2009, 641presos condenados. Tinhaquase a metade em 2006: 393.

Dos 641 presos, em 2009,condenados, 35 trabalhavam.Isso representa 5,4% dos pre-sos, apenas no Baldomero

Cavalcante. Na penitenciáriafeminina, o Presídio SantaLuzia, das 128 condenadas, 46trabalhavam e 21 estudavamou 35% trabalhando e 16,4%estudando, uma média umpouco maior que a dos ho-mens.

Uma das propostas dosconselheiros é a construção depresídios em lugares específi-cos, no Estado, para ajudar naadministração dos presos.Propõe-se presídios em Pene-do, Palmeira dos Índios, SãoLuiz do Quitunde, União dosPalmares, São Miguel dosCampos e Delmiro Gouveia emais um em Maceió. Isso paraacelerar julgamentos e facilitaro acesso das famílias dos de-tidos, além de “reduzir a su-perpopulação carcerária emArapiraca e Maceió, facilitan-do o cumprimento das penas,mais próximos de suas cida-des de origem”, diz o mate-rial do conselho.

Outra proposta é que asvaras criminais possam sertransferidas para a parte altada capital, próximo ao com-plexo prisional. É uma medi-da, defende o conselho, queacelera o trâmite dos proces-sos- garantindo a solução deum problema imediato: a su-perlotação. Até o sistema de

videoconferência, usado comomodelo no julgamento, podeser descartado se o Tribunalde Justiça se propor a cons-truir um fórum próximo aospresídios no Tabuleiro dosMartins.

O Conselho propõe aindaque o Governo transforme aIntendência do SistemaPrisional em Secretaria deAdministração Penitenciário,desvinculado da Secretaria deDefesa Social.

“Há muito, o governo doEstado não vem disponibili-zando suficiente manutençãopara um bom funcionamentoda estrutura do sistema peni-tenciário em todo o Estado,gerando uma insegurança ins-titucional cuja estrutura físicajá se acha bastante precáriaconforme constatado”, diz orelatório.

Diz mais: “A prisão nãopode ser mais considerada umsimples depósito de pessoashumanas como acontece emAlagoas. Procura-se apenasconter o preso para que nãofuja. Necessário se faz encararcom mais seriedade o trata-mento penal a ser dado aospresos, pena de incorrermosem mais violência na socieda-de com o retorno do apenadoà criminalidade”. (O.R.)

Outro lado: Igespfala de realizações

O JORNAL pediu que aIntendência do Sistema Pri-sional pudesse encaminhar,pelo correio eletrônico, as prin-cipais realizações da atual ges-tão dos presídios, atualmentecom o coronel Dário César.Foram estas: reformas em mó-dulos e presídios; construçãode módulos; construção deabrigos; fardamento dos pre-sos; conta corrente para pre-sos; cursos de capacitação paraagentes; retomada das oficinasde trabalho para presos; arma-mentos; funcional para agen-tes; bolsa complementação; boarelação com a categoria; gerên-cias todas têm agentes; implan-tação do Projeto Indústria doConhecimento (SESI); investi-mento na segurança; avaliaçãode desempenho dos agentespenitenciários; porte de armapara agentes.

Houve também, segundo oe-mail enviado, o disciplinamen-to no porte de arma dos agentespenitenciários. Isso para evitartroca de tiros nos presídios; ap-resentou-se também projeto queaumenta a segurança do presí-dio de Arapiraca. Ele fica ao ladodo campus da UniversidadeFederal de Alagoas (Ufal), cujosalunos estavam preocupadoscom possíveis fugas dos presosou rebeliões, podendo atingir ocampus.

BOLSA - Além disso, sem-pre de acordo com a Igesp, cadaagente penitenciário recebeuma bolsa que incentiva a for-mação e a qualificação dos pro-fissionais da área de segurança.As agentes penitenciárias femi-ninas também receberão cursode Técnicas de Defesa Pessoal,durante seis dias.

Houve ainda disciplina-mento no uso de uniformespelos agentes penitenciários.Segundo a Igesp “para au-mentar a auto-estima dos pro-fissionais e melhorar a apre-sentação dos agentes”. Foicriada ainda, em parceria como Sesi, uma Indústria doConhecimento, de incentivoa leitura e inclusão digital,aponta o e-mail enviado pelaIgesp. (O.R.)

Analfabeto, sem emprego e assassinoEsse é o perfil do preso de Alagoas, segundo relatório do Conselho Penitenciário; órgão cobra soluções do governo

AA44 Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Francisco Torres, presidente do Conselho, diz que número de mulheres condenadas cresce progressivamente

Relatório também diz que a maioria dos presos alagoanos é de pardos, tem entre 26 e 36 anosde idade e cumpre pena que variaentre 8 e 15 anos de prisão

Page 5: OJORNAL 18/04/2010

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Encontro realizado em Brasília pelo CNMP, que reuniu procuradores e promotores de todo o país, discutiu situação do sistema carcerário nacional

Tuma Júnior diz que Justiça ainda depende de atualização legislativa

CONGRESSO NAÇÕES UNIDAS

Mutirão Carcerário do CNJ já liberou 20 mil presos no Brasil

O Mutirão Carcerário, cria-do em 2008 por iniciativa dopresidente do Conselho Nacio-nal de Justiça (CNJ) e do Su-premo Tribunal Federal (STF),ministro Gilmar Mendes, jápermitiu, entre agosto daque-le ano e abril de 2010, a expe-dição de alvarás de soltura de20 mil presos que já haviamcumprido a pena a que foramcondenados ou se encontravamprivados de sua liberdade ile-galmente. Este foi um dosdados apresentados na últimasexta-feira, no 12º Congressodas Nações Unidas sobre

Prevenção ao Crime JustiçaCriminal, realizado em Sal-vador (BA), pelo conselheirodo CNJ Walter Nunes e pelojuiz federal auxiliar do STF,Jairo Schäfer.

Segundo Jairo Schäfer, oBrasil, com 473 mil presos, temuma das mais altas taxas carce-rárias do mundo, superadasapenas por poucos países, entreos quais a Rússia e os EstadosUnidos. Segundo ele, o mutirãocarcerário já permitiu a análisede 112 mil processos dessespresos e a concessão de 34.600benefícios, incluindo alvarás de

soltura ou progressão do regi-me de prisão para semiaberto(com possibilidade de traba-lhar fora, retornando ao presí-dio à noite) ou aberto, com opreso podendo dormir em casa,mas se apresentando periodica-mente à autoridade policial.Com isso, já se começou a ali-viar os excessos da populaçãocarcerária.

Eles informaram, ainda, queo programa “Começar de No-vo”, também criado por inicia-tiva do atual presidente do CNJe STF com objetivo de permi-tir a reinserção de ex-presos na

sociedade, oferecendo-lhes em-prego, já permitiu colocar empostos de trabalho 2.000 pre-sos e que a expectativa é au-mentar esse número para 7.000,até o fim deste ano.

Informaram, ainda, que oCNJ declarou o ano de 2010“Ano da Justiça Criminal”, sig-nificando a importância quedecidiu atribuir ao tema.Ontem, aconteceram debatesno Congresso, em que se ne-gocia a redação da “Declaraçãode Salvador”, o documentofinal a ser divulgado amanhã,quando se encerra o evento.

Falta de controle da população carcerária: problemaO conselheiro do CNJ Walter

Nunes informou que os muti-rões carcerários foram conse-quência de inspeções públicasrealizadas por iniciativa do con-selho e que “revelaram uma in-consistência muito grande nofuncionamento da Justiça cri-minal”. Então, para sanar ouminorar os problemas encon-trados, o CNJ criou um grupode trabalho incumbido de ela-borar um plano estratégico es-pecífico para as varas criminais.

A partir da constatação de

que, no complexo sistema judi-ciário brasileiro, composto portribunais, todos eles com autono-mia, não havia um compartilha-mento de experiências, nemmesmo a definição da estratégiapara enfrentar o problema, quena verdade é global, concluiu-seque, para obter melhores resul-tados, a Justiça como um todoprecisa atuar com maior sintonia.

Segundo Nunes, constatou-se, também, que um grande pro-blema da execução penal é afalta de controle da população

carcerária. Havia - e ainda con-tinua havendo - presos já comdireito a benefício que não de-veriam mais estar na prisão. Poroutro lado, o sistema de regimeaberto de cumprimento de penaé inadequado. Isto porque, alémde o formato atual não servirpara ressocializar o preso, aspessoas sob este regime não sãocontroladas ou monitoradasquando em liberdade.

Diante disso, o CNJ propôsao Congresso Nacional a intro-dução do monitoramento ele-

trônico dos presos, já em vigorem alguns países, mas ainda emdebate no Brasil. Na últimaquinta-feira, o ministro do STFCezar Peluso, que também par-ticipou do Congresso e presidegrupo latino-americano que ela-borou proposta de uma conven-ção internacional destinada atornar obrigatória a obediênciade regras mínimas no tratamen-to de presos, ponderou que aquestão precisa ser bem anali-sada, levando em consideraçãoos direitos humanos do preso.

Sistema de processo eletrônico será inauguradoAmanhã, será inaugurado,

em Natal, o sistema de proces-so eletrônico elaborado peloTribunal Regional Federal(TRF) da 4ª Região, com sedeem Recife. Segundo o conse-lheiro do CNJ Walter Nunes, omodelo do TRF da 4ª Região éo melhor até agora desenvolvi-do e será implantado em todoo país.

Com a generalização doprocesso eletrônico, a Justiçaganhará mais celeridade, o quepossibilitará acelerar, também,a revisão dos processos dos de-tentos. Ele funcionará 24 horaspor dia, todos os dias da sema-na. Isto significa que qualqueradvogado que quiser acessarum processo poderá acessá-lo

a qualquer hora, e um juiz,mesmo se encontrando fora dopaís, poderá dar despachos emprocessos a ele afetos.

Walter Nunes observou que“o grande o problema da pres-tação da atividade jurisdicio-nal em país de dimensões comoo Brasil reside na questão dacomunicação”. Ele exemplifi-cou essa dificuldade, no mo-delo tradicional, por exemplopara ouvir uma pessoa naAmazônia ou no Nordeste, seo processo está tramitando noSul.

Lembrou que vários juízesjá adotam, por exemplo, a vi-deoconferência, sem necessi-dade de deslocamento do presopara o local da audiência. Por

outro lado, a saída do modelotradicional para o eletrônico dámaior consistência, principal-mente em recurso, quando oprocesso vai para instâncias su-periores, pois permite o conta-to direto com a prova da formacomo ela foi produzida.

Nunes apontou, também,as transformações que o novosistema permitirá na comuni-cação em regime de plantão,quando ocorre a prisão de al-guém em flagrante. Segundoele, a ação própria da autori-dade policial é momento ex-tremamente crítico. É quandoa pessoa está no cárcere, semque tenha havido uma deter-minação judicial. Portanto, re-quer rapidez.

No modelo tradicional, apolícia manda um calhamaçode papel para o Judiciário. Noregime de plantão, seja qual fora hora, o juiz encaminha o pro-cesso para o Ministério Público,e depois ocorre toda a triangu-lação de retorno da forma detramitação desses documentos.

Na forma eletrônica quecomeça a ser utilizada por al-guns juízes, tudo isso se fazpor essa via: na hora em quea autoridade policial encami-nha o processo para o juiz, elajá a encaminha para o MP. Issoabrevia, em muito, o tempode apreciação final dos pro-cessos. Nunes lembrou que,no CNJ, todos os processossão eletrônicos.

Secretário: “Legislação deixa a desejar”

O secretário Nacional de Jus-tiça, Romeu Tuma Júnior, dissena última sexta-feira, durante ocongresso em Salvador, que a jus-tiça brasileira tem cumprido o seupapel no combate ao crime, masque ainda existem entraves legaisque a impedem de ser mais rápi-da em alguns casos, “para que sepossa dar à população uma maiorsensação de segurança”. O secre-tário, que representa o Ministérioda Justiça nos debates do congres-so, ressaltou, porém, que não res-ponsabiliza a Justiça por even-tuais deficiências.

“Eu não responsabilizo aJustiça”, afirmou o secretário. “Euacho que a nossa legislação, em al-guns momentos, deixa a desejare obriga que a Justiça faça ou deixede fazer coisas que acabem pre-judicando toda a investigação,todos os procedimentos”, disse.

Ele citou como um dos entra-ves ao combate ao crime organi-zado o fato de a Justiça, por forçada legislação, não conseguir blo-quear recursos de criminosos eorganizações criminosas, sem quehaja sentença nesse sentido tran-sitada em julgado. E isso, no en-tender dele, é de grande impor-tância. “Eu acho que esse é o únicocaminho que a gente tem paraavançar efetivamente (no comba-te ao crime), materializar aquiloque parece uma coisa filosófica,para mostrar ao criminoso que ocrime não compensa”, afirmou osecretário.

“Se a gente não aliar isso auma repressão focada no recurso

proveniente da atividade crimi-nosa - e aí serve para qualquertipo de organização, internacio-nal ou uma pequena quadrilhade furto de automóveis -, se agente não focar mais o bem doque a pessoa do criminoso daquipor diante, a gente nunca vai con-seguir chegar a um resultado quese espera, que a população an-seia”, afirmou.

Sobre a Justiça brasileira, o se-cretário disse que ela já se demo-cratizou, mas depende ainda deuma atualização legislativa. “Euacho que a gente tem que buscaruma solução, adequar a legisla-ção”. Ele lembrou que Executivoe Judiciário têm feito um traba-lho no sentido de resolver esseproblema.

PRESOS - O Secretário Nacio-nal de Justiça informou que umtema que também tem geradomuita discussão é a proposta deuma nova convenção sobre o tra-tamento mínimo a ser dispensa-do a presos. Atualmente, estãoem vigor recomendações sobreisso constantes na Convenção deGenebra, de 1955, que no entan-to não são vinculantes, isto é, nãoobrigam os países a segui-las.

Agora, está em discussão aelaboração de uma convenção quetorne obrigatórias as regras de tra-tamento mínimo aos presos. Tu-ma Júnior ponderou que as di-vergências sobre o tema decor-rem do fato de que as realidadesdos países em questão de presí-dios são muito diferentes.

CNMP discute sistema carcerário do paísSuperlotação de presídios, corrupção, tortura e falta de políticas públicas são listados como principais problemas

Mais de cem promotores e pro-curadores de todo o Brasil, alémde sete conselheiros do ConselhoNacional do Ministério Público,estiveram reunidos durante a se-mana para discutir o sistema car-cerário no Brasil. O encontro acon-teceu em Brasília e foi coordena-do pelo conselheiro MaurícioAlbuquerque, presidente da Co-missão de Comissão Disciplinarde Controle do Sistema Carcerárioe de Controle das Medidas Sócio-Educativas, do CNMP.

Os membros do MP, reuni-dos em grupos de trabalho, dis-cutiram os principais temas queenvolvem o sistema prisionalbrasileiro, como revisão da lega-lidade da manutenção das pri-sões provisórias e definitivas eoutros aspectos do controle daexecução das medidas de restri-ção de liberdade; superlotaçãocarcerária e condições físicas dosestabelecimentos; modelo daatuação do MP na execuçãopenal e no controle externo daatividade policial, especialmen-te no que se refere a presos pro-visórios.

Os problemas mais gravesidentificados pelos participantesdo Encontro foram a superlota-ção dos presídios, o alto índice decorrupção do sistema, a existên-cia de tortura nos estabelecimen-tos prisionais e a falta de políti-cas públicas efetivas para a área.

Após a discussão nos gru-pos, uma série de propostas

foram apresentadas, entre elas, acriação de sistema informatiza-do de acompanhamento e con-trole de prazos de prisão, a cria-ção de órgão próprio para mo-nitoramento do sistema carcerá-rio, o estabelecimento de metase medidas para impedir, emnível nacional, a permanência depresos provisórios em delega-cias de polícia; a padronização daperiodicidade das fiscalizaçõese inspeções dos presídios, inclu-sive com a uniformização dosrelatórios respectivos; a criaçãopelos MPs de grupos com atri-buição exclusiva de controle ex-terno da atividade policial, semprejuízo do exercício do contro-le difuso, contando com estru-tura material e humana neces-sárias para o exercício de suasatribuições; e a criação de pro-motorias com atribuição na áreade direitos difusos e tortura, paratrabalhar especificamente comocorrências em prisão.

Todo o material produzidono encontro será agora analisa-do na Comissão de ComissãoDisciplinar de Controle do Siste-ma Carcerário e de Controle dasMedidas Socioeducativas doCNMP e, posteriormente, leva-do ao plenário do conselho. Opresidente da comissão, conse-lheiro Maurício Albuquerque,pretende, ainda, apresentar umaproposta de resolução sobre oassunto, que uniformize a atua-ção do MP em todo o Brasil.

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Política JORNALO JORNALO

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JORNALO JORNALO

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Nacional

Área inundada na cidade de Tubarão (Santa Catarina), em 1974, quando 199 pessoas morreram Vista aérea dos municípios de Navegantes e Itajaí, em Santa Catarina, inundados em 2008

Vítima da enchente em busca de alimentos alagados em SC, em 2008 Inundação em Blumenau, em 1983, deu origem a Oktoberfest no Brasil

Defesa Civil: 80% das cidades estão “só no papel”Estimativa da Secretaria Na-

cional da Defesa Civil mostraque menos de 20% das cidadesbrasileiras têm uma equipe pre-parada para lidar com desastresnaturais, como enchentes, desli-zamentos e secas. De acordo coma secretária Nacional de DefesaCivil, Ivone Valente, oficialmen-

te o órgão está presente em 4 milmunicípios, mas em cerca de 3mil existe “apenas no papel”. Ca-be justamente à Defesa Civil ma-pear riscos e sugerir ações decorreções.

Ivone disse que o fato de o ór-gão ser regido por decreto, e nãopor lei, contribui para essa defi-

ciência. “Ficamos a critério daconsciência da prefeitura de cadamunicípio. Cada prefeito deci-de se quer ou não criar o depar-tamento, já que ele não é obriga-tório.”

Uma das propostas da se-cretaria é que as Defesas Civisde todo o país sigam algum tipo

de padronização. O assunto de-ve ser encaminhado para ava-liação do Congresso Nacionalaté abril. “Os gestores continua-rão com autonomia para defi-nir, mas pelo menos seria im-portante ter padronizada umaestrutura básica em todo o Bra-sil”, afirma Ivone.

País não tem integração para casos de emergênciaHoje, o país não tem grupo

semelhante que integre as maisdiversas áreas para atuar em mo-mentos de emergência. Para aprofessora Maria de Lúcia Her-mann, do Departamento de geo-ciências da Universidade Federalde Santa Catarina (UFSC), essaé questão básica.

“A nossa experiência de re-

construção é muito desorgani-zada. Mesmo os voluntários nãosabem a quem recorrer. Estamoslonge de dar uma condição maistranquila para quem sofre essetipo de tragédia. Temos apenasa boa vontade”, afirma a profes-sora.

Maria de Lúcia coordena nauniversidade um Grupo de De-

sastres Naturais de Santa Cata-rina. “Mas lá podemos dizer queo nosso trabalho é mais de con-sultoria. As condições do climamudaram, os episódios estãomais freqüentes e a populaçãotem ocupado mais áreas. O Brasilprecisa com urgência que essaquestão seja levada a sério”, pon-tua a geógrafa.

“A tendência mundial é in-vestir ao máximo em prepara-ção em todos os níveis. Para isso,precisamos entender que o ‘de-sastre de todo o dia’, como asenchentes registradas neste verãoem São Paulo, deve ser percebi-do como tão importante comoqualquer outro desastre”, com-pleta Dantas.

Prejuízo é dez vezes maior por falta de prevençãoAsecretaria não tem uma es-

timativa de quanto o Brasil gastaa mais por não ter uma políticade planejamento, porém, levan-tamento da ONG Contas Aber-tas aponta que o Brasil gastouapenas no ano passado dez vezesmais com reparos causados pordesastres naturais do que comprevenção. Em 2009, o governofederal teve custos de R$ 1,3 bi-lhão com o programa “Respostaaos Desastres e Reconstrução” eapenas R$ 138 milhões com o de“Prevenção e Preparação paraDesastres”.

Segundo o Em-Dat, nos úl-timos dez anos ocorreram pelomenos 51 grandes episódiosde secas, inundações, desliza-mentos de terra, atingindo cer-ca de 5,2 milhões de pessoas,das quais mais de mil morre-ram. O prejuízo econômico éestimado em US$ 3,5 bilhões.Apenas em 2009, de acordocom a Secretaria Nacional deDefesa Civil, mais de 1,2 mi-lhão de pessoas tiveram suasvidas mudadas em decorrên-cia de desastres naturais, 200mil ficaram desalojadas, 100

mil desabrigadas e 40 morre-ram.

“Precisamos aprender maiscom países como Japão e NovaZelândia, que trabalham deforma séria nessa questão. NaNova Zelândia, por exemplo,existe a Lei de Gerenciamentoda Defesa Civil que define asobrigações de todos os envolvi-dos na gestão de desastres. Essalei é referência mundial, por-que estabelece uma estruturacontínua de estudo, monitora-mento, preparação, planeja-mento, resposta e reconstrução

de desastres”, afirma Dantas.Para o acadêmico brasileiro,

é necessário também que os de-sastres naturais não sejam vis-tos apenas como um problemada Defesa Civil. O engenheirolembra que ter centros integra-dos é importante no trabalho deprevenção e em situações deemergência e reconstrução.

“Na China, por exemplo,existe um grupo que centralizaessas situações. São pessoas bemtreinadas para coordenar todosos recursos antes e depois dosdesastres”, explica.

Reconstrução em Santa Catarina

Em novembro de 2008, oEstado de Santa Catarina foiassolado por uma das maio-res catástrofes naturais do país.Enchentes e deslizamentosatingiram 63 cidades, afetando2 milhões de pessoas. O cená-rio de destruição foi compara-do ao deixado pelo FuracãoKatrina, nos Estados Unidos.

A condição para o caos to-mou forma em 20 de novem-bro, quando um anticiclone(com ventos em sentido anti-horário) associado em alto-mara um vórtice ciclônico (comventos em sentido horário) for-mou um dilúvio no litoral ca-tarinense.

Em 24 de novembro, apósfazer um sobrevoo pela regiãoatingida, o governador de San-ta Catarina, Luiz Henrique Sil-veira, descreveu a situaçãocom uma frase que seria repe-tida diversas vezes: “Os mor-ros derreteram como sefossem sorvete.”

“Foram 135mortes (97% por so-terramento) e doisdesaparecidos. Ma-is de 80 mil desabri-gados. Houve per-da total da agricul-tura. Naquele ano,foram praticamen-te três meses cho-vendo e três dias dedilúvio. Em dois di-as, choveu 400 milí-metros (mm). Emnovembro, foram1.000 mm, superan-do a média do ano”, lembra aprofessora Maria de LúciaHermann, do Departamentode geociências da Universida-de Federal de Santa Catarina(UFSC). “Pessoas ficaram ilha-das e passaram dias sem comi-da”, completou.

Além disso, mais de 23 ro-dovias estaduais foram dani-ficadas, além das estradas fe-derais. O turismo, as indústri-as, a agropecuária, as peque-nas e microempresas, o comér-cio, os abastecimentos de água,luz e gás também foram pre-judicados. ADefesa Civil esta-dual contabilizou 4,3 milhõesde quilos de alimentos doa-dos, 2,5 milhões de litros deágua, 1 milhão de quilos deroupas, além de brinquedos,materiais de higiene pessoal eoutros.

Os números da reconstru-ção das cidades ainda são de-sencontrados. De maneiraemergencial, o governo deSanta Catarina recebeu, pormeio da Medida Provisória448, R$ 360 milhões. Segundoo governo federal, o total inves-tido foi de R$ 2,6 bilhões,sendo R$ 1,3 bilhão por meioda liberação do FGTS. Em doa-ções, foram mais de R$ 36 mi-lhões. “Até o mês passado, al-gumas pessoas ainda mora-vam em abrigos. Aconstruçãode casas novas ainda está ocor-rendo”, completou. De acor-do com a Defesa Civil esta-dual, 12 mil pessoas estiveramdiretamente envolvidas nostrabalhos de reconstrução,além de milhares de voluntá-rio.

A professora diz que de-pois dessa tragédiao olhar para os de-sastres naturaismudou. “As pes-soas estão olhandomais para essaquestão. Mas aindaé preciso criar umcentro de estudos eatendimento aosdesastres. Hoje, te-mos um grupo nauniversidade, masé mais uma consul-toria”, disse.

O K T O B E R -FEST, 1983 - Em 1983,

uma enchente deixou a cidadede Blumenau, em Santa Cata-rina, completamente submer-sa. A tragédia inspirou umafesta: a Oktoberfest. “O objeti-vo, mais do que arrecadar di-nheiro, era recuperar a autoes-tima da população”, conta aprofessora Maria de Lúcia.

Na primeira edição, em1984, o evento reuniu 102 milpessoas que aproveitaram afesta típica alemã regada àmuita cerveja. Naquele ano,foram consumidos 103 mil li-tros de chope. Afesta, que esteano realizará sua 27ª edição,já chegou a reunir 1 milhão depessoas. Juntando todas as edi-ções, mais de 17 milhões já pas-saram pela Oktoberfest. Em2008, quando a região voltoua ser castigada por enchentese deslizamentos, a festa arre-cadou cerca de R$ 3,5 bilhões.

(Continua na página A7)

DESASTRES NATURAIS

Apesar da história contradizer a fama de que País está livre de desastres naturais, nação continua despreparada“Menos de 36 horas foram su-

ficientes para encher o rio a maisde 14 metros de seu nível nor-mal. O rio alagou quase todos osbarrancos e as casas neles esta-belecidas, causando inúmerosmales e prejuízos diretos na co-lônia e em todo seu território ha-bitado. (...) Embora não sendo ca-

racterística de meu temperamen-to, não pude deixar de chorarcomo uma criança, vendo a cenade destruição em toda a parte.”

O relato foi escrito em 30 deabril de 1856 pelo alemão Her-mann Bruno Otto Blumenau,fundador da colônia que maistarde se tornaria a cidade de Blu-

menau, em Santa Catarina. Nacarta, endereçada a um conse-lheiro do Império, Hermann con-ta detalhes de uma enchente denovembro de 1855. “A situaçãofoi tristíssima em toda a parte, ospreços dos mantimentos subi-ram muito e, para não ver os co-lonos perecerem de fome e per-

derem inteiramente o fruto deanos de trabalho, não houve re-médio senão sustentá-los de no-vo com fortes adiantamentos,que abateram todos meus cálcu-los anteriores.”

Após 155 anos, outras tantashistórias de perdas e prejuízospor desastres naturais somam-se

à de Hermann. O País – com fa-ma de estar livre dos infortúniosda natureza – contradiz essa ide-ia desde ao menos o período im-perial. Apesar disso, o Brasil temfeito muito pouco para se prepa-rar contra desastres naturais.“Nossa abordagem é muito rea-tiva, ou seja, quando acontece

algum grande desastre, todos semobilizam, mas pouco é feitopara modificar os riscos, a vul-nerabilidade”, afirma o enge-nheiro brasileiro André Dantas,acadêmico do Departamento deEngenharia de Recursos Civis eNaturais da Universidade deCanterbury, na Nova Zelândia.

Experiência de reconstrução no Brasil

Em dois

dias, choveu

em Santa

Catarina

400 mm; em

novembro,

foram

1000mm

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Soldados e voluntários retiram imagens sacras em meio aos escobros em Paraitinga, no interior de São Paulo, atingida por chuvas intensas

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LEIA A SEGUIR OS PRINCIPAISTRECHOS DA ENTREVISTA

AA EENNCCHHEENNTTEE - A enchente atingiu Goiás Velho em 31de dezembro de 2001. Eram por volta das 6h quando oRio Vermelho, afluente do Araguaia, começou a encher.Às 11h, veio a tromba d’água, com ondas fortes: 19 pon-tes foram destruídas, 170 imóveis foram atingidos total ouparcialmente. A cidade tinha recebido em 7 de dezem-bro daquele ano o título de Patrimônio da Humanidadedo Fundo da Organização das Nações Unidades para Edu-cação, Ciência e Cultura (Unesco). Às 23h, o leito do riojá tinha baixado. A cena era assustadora. A praça ondeficava a Cruz do Anhanguera, em frente à casa da poe-tisa Cora Coralina (1889-1985), por exemplo, era um bu-raco. Por sorte, ninguém morreu. Foram cerca de 120 pes-soas envolvidas diretamente na reconstrução da cidade,que demorou dois anos para ser concluída.

PPRRIIOORRIIDDAADDEESS - Foi preciso definir quais eram as prio-ridades. Vimos primeiro as casas em pior estado, aque-las com risco iminente de desmoronar. Segundo, a idadedo morador. Atendemos os mais idosos primeiro. Nessashoras é preciso considerar a idade das pessoas. Percebemosque os mais velhos normalmente entram em um proces-so de depressão.

PPSSIICCÓÓLLOOGGOOSS - Equipes de psicólogos se juntaram aogrupo que trabalhava na reconstrução da cidade. Erapreciso dar assistência às pessoas que tinham perdidoseus bens. Muitas não queriam deixar suas casas e entra-ram em um processo de tristeza.

CCOOMMIITTÊÊ GGEESSTTOORR - É fundamental ter um comitê ges-tor para que as decisões fiquem concentradas e os pro-blemas possam ser administrados. É fundamental que aspessoas saibam a quem procurar. No comitê decidimosqual seria a rotina de trabalho – nove frentes foram aber-tas. Toda tarde, por exemplo, a gente recolhia todo ma-terial colocado nos contêineres. Depois, era feita uma se-leção. Separávamos álbuns de fotos, documentos, tudoque pudesse ser reaproveitado, restaurado e representas-se a memória ou história das pessoas de Goiás Velho. Tam-bém foi decisão do comitê contratar empresas localiza-das na cidade para que a economia local pudesse girar.

EENNTTUULLHHOO - Espalhamos 31 contêineres pela cidade.Enquanto limpávamos a lama, colocávamos nos contêi-neres todos os chamados entulhos originados com a des-truição. Contratamos uma empresa de restauro emergen-cial. Eles entraram em cada imóvel e fizeram uma sele-ção do que poderia ser aproveitado. Reaproveitamos te-lhas, madeiras. Fizemos o que existe na França, ondeexistem lojas que você só compra entulhos de obras. Usa-mos tudo que poderia ser reaproveitado.

DDOOAAÇÇÃÃOO - A mobilização e solidariedade foram deextrema importância no trabalho de reconstrução. Rece-bemos, por exemplo, do Ibama a doação de 12 cami-nhões grandes de madeira. Eram madeiras apreendidasporque foram extraídas de forma ilegal. Além disso, al-guns monumentos da cidade foram adotados por gran-des empresas.

VVOOLLUUNNTTÁÁRRIIOOSS - Diversas campanhas se espalharampela cidade. A igreja fez a campanha do cimento e arre-cadou 162 sacos. A prefeitura de Goiânia emprestouquatro caminhões-pipa e lavamos toda a cidade. O Con-selho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia(Crea) mandou um engenheiro à cidade para trabalharna reconstrução. Arquitetos e engenheiros de Goiás Velhose juntaram ao grupo e catalogaram casa por casa quehavia sido atingida pela enchente. Açougues doaram fran-gos. O grupo das senhoras da melhor idade fizeram umacampanha na qual vendiam chás e iguarias de Goiás quearrecadou R$ 3,5 mil. Cantores que nasceram no Estadofizeram shows e arrecadaram R$ 16 mil. Ao todo, foramgastos quase R$ 10 milhões para reconstruir ou restau-rar os imóveis atingidos.

Exemplo de São Luiz do Paraitinga

São Luiz do Paraitinga, ci-dade turística localizada a 182quilômetros de São Paulo,utilizará a experiência de Go-iás Velho para reconstruir omunicípio destruído pelaságuas do Rio Paraitinga, quetransbordou com as forteschuvas no começo deste ano.

Prédios históricos, entreeles a igreja matriz São Luizde Tolosa, construída no sé-culo 19, foram destruídos. Se-gundo balanço do Institutode Pesquisas Tecnológicas(IPT), 300 imóveis foram afe-

tados pela chuva. Mais de 4 mil pessoas fo-

ram obrigadas a sair de casa.Os prejuízos ainda são so-

mados, mas apenas com ocancelamento do carnaval –um dos mais tradicionais doEstado de São Paulo – cercade R$ 20 milhões deixarão deser arrecadados.

Em janeiro, foram libera-dos, por meio do PAC dasCidades Históricas, R$ 10 mi-lhões para a reconstrução erestauração dos imóveis nacidade.

Reconstrução envolve memória do povo

“Como explicar para umasenhora de 90 anos, que há 60deles guarda sua tesourinhana gaveta, ao lado da cama,que a sua casa não está maislá. O trabalho de reconstruçãode uma cidade envolve muitomais do que valores, é a me-mória de uma população. Sãoessas pessoas que fizeram ahistória e souberam preservar

300 anos de cultura.”Responsável por coorde-

nar a reconstrução de GoiásVelho em 2001, Salma Saadi,superintendente regional doInstituto do Patrimônio His-tórico e Artístico Nacional(Iphan) em Goiás, contou osdesafios para devolver à po-pulação a rotina que lhes da-va vida.

AA77Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Nacional JORNALO JORNALO

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Voluntários trabalham na prevenção de desastres em janeiro passado em Istambul, capital da Turquia Crianças em escola de Istambul mostram saber como reagir a tremor, embora ainda não tenham enfrentado um

Preparando-se para resistir ao piorEntre as cidades ameaçadas

e localizadas em países em de-senvolvimento, Istambul se des-taca por tentar ficar à frente dorisco. Um primeiro passo foidado em 2006, quando se tra-çou um grande plano para osterremotos. Criado para os go-vernos municipal e federal pelaequipe de Erdik e por pesqui-sadores de outras três univer-sidades turcas, o plano é rarida-de fora de locais ricos como Tó-quio e Los Angeles.

Seguir a longa lista de reco-mendações é um desafio, pois,como na maioria das cidadesmuito populosas, a maior fontede pressão política em Istambulnão vem de um terremoto imi-nente, mas do tráfico, da crimi-nalidade, da falta de empregose de outros problemas “emtempo real”.

Mesmo assim, as liçõesaprendidas com a devastaçãono Haiti aumentaram a urgên-cia de uma ação em Istambul,que faz o que pode para esca-par de seu próprio desastre. Oesforço de preparação está vin-do de cima, com códigos deconstrução mais rígidos, segu-ro para terremoto obrigatório eempréstimos de bancos de de-senvolvimento internacionalpara melhorar ou substituir es-colas e outros prédios públicosque sejam vulneráveis.

A prioridade é manter empé estruturas vitais como hos-pitais, escolas e corpos de bom-beiros. Por meio de um progra-ma financiado com mais deUS$ 800 milhões em emprésti-mos do Banco Mundial e doBanco de Investimento Euro-peu, a Turquia está no estágioinicial de fortalecer centenas deescolas vulneráveis em Istam-bul, além de importantes pré-dios públicos e mais de 50 hos-pitais.

Até agora, cerca de metadedas 700 escolas definidas comoalta prioridade foi reforçada ousubstituída.

Nos distritos onde o traba-lho foi ou está sendo feito, es-tudantes, pais e professores ex-pressam alívio, mas se mostram

conscientes de que a renovaçãonão diminui as chances de ca-lamidade.

“As melhorias são ótimas,mas o prédio ainda pode ruir”,disse Serkam Erdogan, profes-sor de inglês em uma escolaprimária próxima à costa, cujaconstrução foi reforçada e re-cebeu ajustes simples – comoalargar as portas para facilitara retirada. “Precisamos apren-der a viver com esse risco. Ascrianças precisam saber o quefazer.”

Por isso, em uma sala da 5.ªsérie a assistente social NazanSati pergunta às crianças de 11anos o que fariam se um terre-moto acontecesse naquele exatomomento. A princípio, todoslevantam a mão, mas ela pedeque mostrem, não falem. Então,todos se protegem embaixo desuas carteiras.

A ameaça para as criançase seus pais está além das pare-des da escola, em cada metrodos bairros tomados por estru-turas chamadas “gecekondu”(“que aterrissou durante a noi-te”, em tradução livre).

Elas foram construídas rapi-damente nos últimos 10 ou 20anos, enquanto centenas de mi-lhares de migrantes de regiõesrurais chegavam à cidade.

Esse tipo de construção écomum em muitas das zonassísmicas mais instáveis do pla-neta. Bilham, da Universidadedo Colorado, estima que ape-

nas 3% das construções em an-damento ao redor do mundoestão sob acompanhamento deengenheiros.

Peter Yanev, que foi conse-lheiro do Banco Mundial emengenharia de terremotos, res-saltou que, mesmo quando al-guém com um diploma de en-genharia está envolvido, nãohá garantia de que a construçãoserá segura, porque há poucotreinamento especializado nospaíses em desenvolvimento.

Perante esses problemas, or-ganizações não-governamen-tais treinam dezenas de volun-tários em distritos pobres e osmantêm equipados com rádios,alavancas e kits de primeirossocorros para que estejam pron-tos a responder quando – e não“se” – o pior acontecer.

Mustafa Elvan Canteking,engenheiro turco que dirige oprojeto (financiado por umaagência de desenvolvimento daSuíça), participou do treina-mento de 49 equipes na cidadee viajou para Marrocos, Jordâ-nia e Irã para ajudar a criar pro-gramas semelhantes.

Ele afirma que a dura reali-dade das dezenas de pequenascomunidades de uma megaci-dade é que, quando um terre-moto acontece, elas têm de con-tar com elas mesmas.

Foi o que ocorreu em 2008,quando um forte tremor atin-giu a Província de Sichuan, naChina.

Cidades se preparam para terremotosPaíses em desenvolvimento realizam obras para que danos sejam mínimos quando da ocorrência de um tremor

Ao passar pelas ruas deIstambul, na Turquia, Musta-fa Erdik, diretor de um insti-tuto de engenharia de terre-motos, sente-se como um mé-dico que observa a enferma-ria superlotada de um hospi-tal.

Sua maior preocupaçãosão as dezenas de milhares deedifícios espalhados pela ci-dade, construídos de forma

aleatória, sem inspeção e compressa, enquanto a populaçãoultrapassa a marca dos 10 mi-lhões (há apenas 50 anos, con-tava-se 1 milhão de morado-res). Para alguns sismólogos,esses prédios “esperam se tor-nar destroços”. “Os terremo-tos sempre encontram o pontomais fraco”, afirmou Erdik.

Istambul é uma das diver-sas cidades de países em de-

senvolvimento localizadas emáreas sísmicas, onde a popu-lação cresce mais rápido quea capacidade de oferecer mo-radia suficientemente segurapara protegê-la de um desas-tre – que, em alguns casos,poderia ser ainda maior doque o terremoto do Haiti, em12 de janeiro.

Roger Bilham, sismólogoda Universidade do Colora-

do, afirma que a crescente ecada vez mais urbana popu-lação mundial - que deve au-mentar em mais 2 bilhões atéo meio deste século e exigir 1bilhão de habitações - enfren-ta “uma forma não reconhe-cida de arma de destruiçãoem massa: casas”.

Segundo ele, sem uma ex-pansão nos esforços para mu-dar as práticas de construção

e educar as pessoas - de pre-feitos a pedreiros - sobre mo-dos simples de tornar estru-turas mais seguras, é quasecerto que a tragédia do Haitiseja superada ainda neste sé-culo quando um grande ter-remoto atingir Karachi, no Pa-quistão; Katmandu, no Nepal;Lima, no Peru; ou outra deuma longa lista de cidadespobres localizadas onde ter-

remotos grandes são inevitá-veis.

Em Teerã, a capital do Irã,Bilham calcula que 1 milhãode pessoas poderiam morrerem um terremoto de intensi-dade similar ao do Haiti (7,0graus de magnitude). Em Is-tambul, um estudo estimouque um tremor deixaria de 30mil a 40 mil mortes, além deferir 120 mil gravemente.

JORNALO JORNALO

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Internacional

Paredes são reforçadas por pedreiros em escola primária de Istambul

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Vivendo os dias no improviso

Na comunidade, as condi-ções de sobrevivência são as maisdifíceis. Sem água e sem banhei-ro, as famílias improvisam parasobreviver. A área externa dospavilhões é usada pelos morado-res para fazer as necessidades fi-siológicas. Por isso, é comum sedeparar com resto de fezes aoredor dos terrenos.

Aágua é adquirida atravésde uma perfuração feita em umcano que abastece as casas queficam fora do terreno da anti-ga colônia. Uma procissão demulheres e até de crianças évista diariamente carregandovários utensílios com o líquidopreciso. O banho, muitas vezesé tomado lá mesmo e as crian-ças menores não perdem aoportunidade de, no auge dainocência, transformar aquele,num momento de lazer.

Pelos pavilhões, já passa-ram diversas famílias. Algu-mas, diante da luta para sobre-viver, acabaram desistindo eoptaram por abandonar o local.Mas outras pessoas, na pura

falta de opção onde morar, aca-baram ficando e estão lá há 23anos.

É o caso de Maria José Sera-fim da Silva, que reside no queera uma cela com o esposo ecinco filhos. Seu sogro foi o pri-meiro a ocupar uma das de-pendências da colônia, poucodepois de inúmeros morado-res, inclusive de outros estados,chegarem para habitar o local.

Os anos se passaram, os fi-lhos foram nascendo e a famí-lia Serafim da Silva cresceu semperspectiva de morar num localdigno. Maria José, durante essesanos, perdeu as contas de quan-tas pessoas passaram pela co-munidade, prometendo a cons-trução de habitações para eles.“Eu ainda acredito que um diavou ter a minha casa para morarcom meus filhos e meu mari-do”, diz, meio desconfiada, con-tando que os cinco filhos estãona escola e apostam que terãoum futuro melhor. (M.L.)

(Continua nas páginas A10e A11)

A vida em liberdade atrás das gradesEm condições degradantes e subumanas, mais de 400 famílias moram em celas na antiga colônia de Santa FéMônica LimaRepórter

Morar atrás de grades, emcelas que um dia abrigou pre-sos em cumprimento de pena.Esta é a realidade de centenasde pessoas que, há cerca de 20anos, transformaram um pre-sídio, em moradia, no municí-pio de União dos Palmares.Muitos já passaram pelo lugar,

alguns desistiram de continuarvivendo em meio ao lixo, fezese urina. Mas outros optarampor transformar o local emuma residência, apesar da faltade estrutura e das condiçõesde salubridade e ainda acalen-tam o sonho de morar em umacasa, longe da miséria em quesão obrigados a morar.

A estrada de barro esbura-cada, que se transforma num

imenso lamaçal durante o pe-ríodo de chuva, em meio aoscanaviais é o principal acessoa comunidade de Santa Fé. Onome do bairro é herança daantiga colônia penal, desativahá mais de 25 anos. Uma esco-la e um posto de saúde são osequipamentos instalados nopovoado que fica na área ruralde União dos Palmares, conhe-cida como terra da Liberdade,

por ter abrigado o maior qui-lombo da história do Brasil.

A antiga construção com-posta de 16 pavilhões, com in-filtrações, paredes sujas, semágua ou qualquer tipo de in-fraestrutura, foi o espaço ondeaproximadamente 480 famí-lias decidiram morar. Os pri-meiros habitantes chegaramlogo após a desativação do an-tigo presídio Santa Fé. Mas

tudo foi tão imediato que,quando os primeiros morado-res chegaram, ainda havia al-guns presos. Aos poucos, ospavilhões foram sendo desati-vados, até o dia em que nãorestou mais nenhum detento eos novos inquilinos puderamentão ocupar cada cela.

O ambiente em quase nadamudou: ainda resta aquelaaura de prisão, de privação de

liberdade. Mas hoje, ao invésde criminosos, os pavilhõesabrigam em suas dependên-cias pessoas idosas, crianças,jovens e adolescentes, que an-seiam por dias melhores, mascustam a acreditar em quemchega prometendo ajuda. Adesconfiança é o resultado dosque já passaram pelo povoadoprometendo ações, que nuncase concretizaram.

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CidadesAA99

Yvette Moura

As crianças nascem e crescem, acostumadas

com a vida sem estruturas

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Cidades

Apesar da vida dura e difícil, os sonhos resistemDesconfiados com os estra-

nhos que se aproximam da co-lônia Santa Fé, já que são víti-mas de discriminação pela so-ciedade local, os moradores ob-servavam a equipe de Reporta-gem de O JORNAL. Alguns fi-zeram questão de falar, comoJosé Cláudio dos Santos. O jo-

vem sonhador, apaixonado peladança e teatro, mora há cercade 10 anos no pavilhão, e já sabemuito bem o que é enfrentar di-ficuldades. No espaço em quemora, a sala, o quarto e a cozi-nha, são divididos com lençóise lonas. Mas o jovem não perdea chance de reivindicar o que

acredita ser de direito. Ele cobrapolíticas públicas, principal-mente a construção de um con-junto habitacional, há muitoprometido.

Desempregada, Maria Iolan-da Ferreira, mora há apenas umano numa das celas da antiga co-lônia, opção que encontrou para

fugir do aluguel. Uma amiga in-dicou o lugar e, mesmo sabendodas condições desfavoráveis, re-solveu enfrentar a miséria, o maucheiro que exala das fezes e daurina das pessoas e dos animais.“Não penso em sair daqui, antesde ter a minha casa própria paramorar”, sonha. (M.L.)

Projeto social acena mudanças para a comunidadeA chance de ter uma oportu-

nidade, pequena que seja, de teruma vida melhor pode aconte-cer. A comunidade da Santa Féestá prestes a ser beneficiada comum projeto social, que há mais deseis anos, desenvolve um traba-lho em Maceió, no Village Cam-pestre II. O Centro de Formaçãoe Inclusão Social Inaê, destinadopara crianças e adolescentes em

situação de risco é uma iniciativada ialorixá mãe Neide OyaD’Oxum, do Grupo União Espí-rita Santa Bárbara. A ação fazparte da política de expansão doprojeto, e vai funcionar como umaextensão da escola para as crian-ças que moram na comunidade.

Nas visitas que fez a todas asfamílias que ocupam os pavi-lhões, Mãe Neide viu de perto a

miséria e ouviu as histórias deangústia e aflição dos moradores.Em parceria com a prefeitura domunicípio, o projeto Inaê naTerra da Liberdade está em con-tagem regressiva para iniciar.

Os primeiros passos paraconcretização das atividades jácomeçaram, com o aluguel deuma casa na comunidade, ondeserão construídos dois galpões

e um refeitório. Lá serão dadasoficinas de capoeira, dança afro,teatro e percussão. Nessa primei-ra etapa serão atendidas 100crianças, mas a proposta é alcan-çar outros moradores.

Entre os pequenos beneficia-dos, a expectativa é tanta que,nem mesmo as inscrições foramabertas e 80% das vagas já forampreenchidas. (M.L.)

Os pavilhões queabrigavam presos

são o lar dasfamílias, que

padecem, vítimasdo descaso

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Sede do projeto social está sendo preparada: benefícios futuros Os pavilhões terão um novo uso: servirão de espaço para as oficinas

Reaplicando a fórmula em uma nova situaçãoAexpectativa é que o projeto

na comunidade de Santa Fé re-pita o sucesso do projeto de For-mação e Inclusão Social no Villa-ge Campestre II, que atende maisde 50 pessoas, entre crianças e jo-vens da comunidade.

Ainiciativa, segundo contou aidealizadora, aconteceu depois denos anos de 1990, observar a carên-cia das famílias que migraram dointerior para capital alagoana embusca de novas oportunidades. “Oprimeiro passo foi juntar um grupo

de mulheres e, com retalhos con-feccionamos peças, que foram co-mercializadas e, o dinheiro davenda foi se multiplicando. E, apartir daí, o projeto foi crescendoe tomando outra dimensão”, conta.

Com o apoio da Fundação

Cultural Palmares, Neide reali-zou recentemente diversas ofi-cinas para comunidade, encer-rando o curso com um desfileque contou com os artistas darede Globo Isabel Filardis eErnesto Xavier. (M.L.)

Adultos terãooportunidade

A proposta do Centro deFormação não contemplaapenas as crianças. Os paistambém estão nos planos,dentro do programa de ge-ração de emprego e renda.Através da realização decursos profissionalizantes,como corte e costura, pintu-ras, confecções, os adultospoderão ter nas mãos aoportunidade de mudar orumo de suas vidas.

Quatro servidores domunicípio já foram desig-nados para trabalhar na me-renda e nas ofici-

n a s .A p e n a sp e r c u s -são ed a n ç aafro fica-rá ac a r g odos mo-n i t o r e sq u ea t u a mno proje-to Inaê,e mMaceió.

Como não po-deria deixar de ser, os mo-

radores receberam a notí-cia do projeto com ummisto de esperança e des-confiança. Cansados daspromessas feitas no passa-do e de já terem visto outrosprojetos nascerem e teremvida curta, eles olham comcerta suspeita. Mas tambémse empolgam na expectati-va do início das atividades.

Crianças e jovens jáestão contando os dias, paracomeçarem a participar dasoficinas que, nessa fase, seráfeita nos galpões que estãoem construção na sede doInaê e, que serão transferi-dos para um dos pavilhões.(M.L.)

Moradores, apesarde tanta carência,

deixam acesa achama da esperançaem uma vida melhor

As condições subumanas dasfamílias parecem esquecidas

pelo poder público

Crianças jácontam osdias para oinício dasatividades

Fotos: Yvette Moura

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IML será transferido para o Tabuleiro; prédio passará por reformas e sediará uma escola para restauro A arquitetura da antiga Faculdade de Medicina será transformada em Memorial da Universidade

Pedra fundamental será lançadaO Memorial da Ufal será

apenas uma parte do grandeprojeto que será implantado naantiga Faculdade de Medicina.O prédio, que ainda hoje rece-be alunos da área de saúde, jáestá com data marcada para dei-xar de funcionar: o último diado ano letivo. A partir daí, co-meçará todo o processo de res-tauração de suas dependências.

Em 2011, quando encerra asua gestão na universidade, a

reitora Ana Dayse, pretende lan-çar, logo no início do ano, apedra fundamental que dará opontapé inicial para a obra. Ocurso de Medicina funcionaráem um bloco, que está sendoconstruído próximo ao prédioda reitoria, no campus A. C.Simões, no Tabuleiro.

O projeto “Memorial daUfal – 50” anos foi elaboradopelos estudantes de Arquiteturae Urbanismo da disciplina

Prática de Restauro. A coorde-nação dos trabalhos está sobresponsabilidade da professoraJosimary Farrare, que preparaos alunos para trabalhar em4.727,3 m² de área para ser res-taurada. Nesses espaços serãoconstruídos restaurante, audi-tório, livraria para divulgaçãodas publicações da Edufal, bi-blioteca - inclusive com obrasem Braille – e ala destinada ahistória da universidade. (M.L.)

IML vai virar escola de restauroA professora Josimary Far-

rare já esteve em Salvador, paraverificar o trabalho realizado naprimeira Faculdade de Medi-cina da Bahia, que foi restaura-da e se transformou numa es-cola de restauro. Aideia é cons-truir uma semelhante, no localonde funciona o Instituto Mé-dico Legal, que atenderá jovensda comunidade, que suprirá acarência de profissional no setorde restauro em Alagoas. “A es-trutura do IMLdeverá ser trans-

ferida para um outro local, queainda não está definido. Há umprojeto antigo para que passe afuncionar em uma área doTabuleiro do Martins, mas quenunca saiu do papel”, explicouJosimary.

De acordo com ela, estásendo feita uma pesquisa paraidentificar a procedência dosazulejos, que formam o painel“Cristo Médico”, e em outrospontos do prédio e das estátuasque estão espalhadas no jardim.

A professora informou que omaterial veio da cidade doPorto, em Portugal, especialis-ta na arte de azulejaria e porce-lana, que tem suas peças espa-lhadas pelo mundo.

Com a expansão da Ufal eo intercâmbio com outros paí-ses, está previsto no projeto, aconstrução de um local desti-nado a hospedagem de profes-sores, palestrantes e outros quevem participar de atividades nainstituição. (M.L.)

Praça da Faculdadeestá no projeto

A Praça Afrânio Jorgehá muito que mudou denome e passou a ser conhe-cida unicamente comoPraça da Faculdade, porcausa da proximidade coma escola de Medicina. Elatambém está incluía doprojeto de recuperação. E,para isso, a direção da Ufalestá em entendimento como município, para que o lo-gradouro público seja re-cuperado.

Palco das antigas festasnatalinas e de apresenta-ções culturais, das décadasde 1970 e 80, a praça tam-bém será contemplada. Oprojeto prevê no Panteon,monumento construídopara abrigar os restos mor-tais dos marechaisDeodoro da Fonseca eFloriano Peixoto, haverápainéis que contarão a his-tória da praça e do memo-rial, ficando aberto à visi-tação pública.

HISTÓRIA - O prédioonde funcionou a primei-ra Faculdade de Medicinade Alagoas, foi construídopelo engenheiro militarCarlos Jorge Calheiros deLima, em 1891, através doGoverno Federal, paraabrigar a sede do Quarteldo 33° Batalhão deCaçadores, que depois pas-sou a ser o Quartel doExército, até a década de1940.

Após a transferênciapara o quartel erguido nasede do 59º Batalhão deInfantaria Motorizado, naAvenida Fernandes Lima.Depois de ter sido transfe-rido, o prédio ficou aban-donado, o que levou umgrupo de médicos, tendoa frente Abelardo Duartee IB Gatto, a fundar aSociedade de Medicina.Eles ficaram sabendo, atra-vés do Programa A Voz doBrasil, que o GovernoFederal havia liberado oprédio para ser transfor-mado na Faculdade deMedicina. E, em 1951 o ar-quiteto Joffre Sant YvesSimon, iniciou a constru-ção, transformando em es-tilo neoclássico, colocandosímbolos como o deAsclépio , o deus grego daMedicina. (M.L.)

O prédio histórico pronto para renascerTombamento do edifício prédio do CCBi abre as portas para um mundo de novas possibilidades para a antiga FaculdadeMônica LimaRepórter

A história da UniversidadeFederal de Alagoas (Ufal) nãopode ser contada sem passar pelaantiga Faculdade de Medicina,no Prado, onde tudo começou.O prédio imponente que servede referência e que chegou a darnome à praça situada em frente,deverá ser tombado e transfor-

mado num Memorial da Ufal.Mas não será apenas mais ummuseu, Será um espaço destina-do a unir o passado ao presen-te, promovendo ações que en-volvam a comunidade.

Aideia de fazer do prédio ummemorial partiu da reitora AnaDayse quando, ao tentar procu-rar material para as comemora-ções dos 50 anos da Ufal, em 2011,constatou que não havia infor-

mações suficientes. De imediato,ela resolveu formar uma comis-são tendo a frente do projeto co-mo presidente, o professor Ni-raldo Farias. O grupo foi sub-di-vidido, uma vez que, a propostanão se limita apenas a restaura-ção do prédio, mas a produção delivros, espaço com material dosantigos reitores, entre outros.

Mas, para o projeto ser colo-cado em prática, a Universidade

Federal de Alagoas necessitaráde recursos e, não são poucos.Atualmente, a reitora e dos de-mais envolvidos estão em buscade captar recursos junto aoGoverno Federal, que certamen-te dará a sua contribuição. “Mastambém vamos recorrer à inicia-tiva privada, diante da grandio-sidade da obra, que se transfor-mará num pólo de pesquisa, en-sino e formação para futuras ge-

rações”, explicou Niraldo Farias. Situado num ponto limítro-

fe, dividindo as zonas Norte eSul de Maceió, o prédio que já foio Centro de Ciência Biológicas,por onde passaram nomes ilus-tres da Medicina alagoana, nãovoltará a ter como destino oabandono, ao qual foi submeti-do no século passado, após o en-cerramento das atividades doantigo quartel do Exército. “O

projeto é tornar o CCBI num es-paço vivo, que sirva para contara história da universidade. Que-remos que a população possadesfrutar dele, através de cur-sos, palestras e outras ativida-des que serão disponibilizadas.Ele também pode servir para for-mação de profissionais na áreade restauro, uma vez que, emAlagoas há carência de especia-listas”, exemplificou.

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Corredores abrigarão uma série de novos equipamentos como biblioteca, livraria e até hospedagem

Fotos: Yvette Moura

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Diva e Marcos: o queridinho das “meninas” é apaixonado pela esposa

Fotos: Thallysson Alves

O segredo é estar bem consigo mesmoA dona de casa Geraldina

Cavalcante Pimentel tem 78anos e ficou viúva há 11. Seuamor pela dança e pelo conví-vio com os outros idosos eladivide com os três filhos, os seisnetos e os três bisnetos.

Geraldina conta que nuncateve uma cadeira de balançoem casa já para não querer sen-tar-se à medida em que a idadeavance. Quanto à saúde de

dona Geraldina? Vai muitobem obrigada. Aliás, ela dizque se não fosse tão ativa esta-ria cheia de problemas dasaúde, por causa da idade.Antes de sair de casa, a jovemsenhora dá uma olhada no es-pelho para conferir o visual.Passaear sem batom ou brin-cos? Jamais! “Sinto-me semroupa”, compara ela.

A também dona de casa

Marina Hozana de Araújo tem72 anos e três filhos que lhesderam 10 netos e outros quatrobisnetos. Ela faz questão dedizer que foi mãe muito nova.“Aos 15 anos de idade”.Segundo ela, ao perder a ju-ventude para a maternidadeteve como ganho o amadureci-mento de saber que, para serfeliz ela só precisa estar bemcom ela mesma. (V.C.)

Amor forte, à prova até do tempoA maior parte dos frequen-

tadores das festas para a ter-ceira idade são solteiros, sepa-rados ou viúvos e iniciam – ounão – um relacionamento à me-dida em que convivem juntos.

Mas há também casais for-mados há muito tempo e longedas pistas de dança. Um dess-es casais é formado pela pro-fessora Dilva Paiva Lyra deCarvalho, 57 anos, e pelo com-erciário Marcos Antônio deCarvalho, de 63.

Há pelo menos sete anos, ocasal deixa todos os compro-missos profissionais, os três fil-

hos e os quatro netos paraaliviar o estresse caudado pelodia-a-dia e para manter viva achama do casamento. Eles estãojuntos a 43 anos, 37 dos quaiscomo marido e mulher.

“Não há vida particular oucasamento que resista tantotempo se cada um não fizer asua parte. Aqui a gente fica felizindividualmente e garante a fe-licidade do outro”, resumiu aprofessora Dilva Paiva.

Confessando-se orgulhosa,Dilva Paiva disse que o mari-do é o “queridinho” das meni-nas da terceira idade. “Como

formamos um dos poucos ca-sais, ele é o centro dasatenções. Mas não ligo não.Até gosto”, garante.

É, mesmo que ela tivesseciúmes, a situação seria logocontornada. Sem nenhumacerimônia, Marcos Antôniodisse que só tem olhos paraDilva. “Essa é a mulher daminha vida. Tudo o que elafaz é perfeito. De qualquerjeito ela é sempre linda”, der-reteu-se em uma declaraçãode amor que ultrapassou atémesmo os longos anos de con-vivência a dois. (V.C.)

Um “fera” que estána terceira idade

Em Delmiro Gouveia, asatenções estão voltadas paraLaércio Lemos Vilar, 65 anos.No ano passado, ele foi apro-vado no vestibular deEngenharia Civil, no Campusda Universidade Federal deAlagoas (Ufal), naquela cida-de.

O agora estudante univer-sitário divide seu pouco tempolivre com a esposa, os cinco fi-lhos e os quatro netos. Ele con-tou que sempre teve vontadede cursar uma faculdade, maspor morar no interior doEstado, a distância era seumaior empecilho.

“Hoje não sei se irei atuarna minha profissão depoisque eu me formar. A idadeestá chegando. Quando metornar engenheiro civil, terei70 anos. Mas, vamos ver o queo futuro reserva”, disse.

A esposa da LaércioLemos, Ione Varlene MaltaVilar, tem 58 anos. Eles estãocasados há cinco. O estudan-te universitário disse que elalhe dá total apoio. “Acho queela ainda não atentou para ofato de que minhas amigasda faculdade tem, em média,vinte e poucos anos”, brin-cou. (V.C.)

Na idade certa para viver bem a vidaJovens de mente e espírito, homens e mulheres da terceira idade enxergam além do alcance e garantem a felicidadeValdete CalheirosRepórter

A última quarta-feira decada mês é praticamente umadata sagrada para centenas de“jovens da terceira idade” quelargam todos os seus afaze-res para se dedicarem a umaatividade maravilhosa: a vida.

Prazerosa e obrigatória aprogramação que, uma vezpor mês homens e mulheresque já passaram dos 60, 70 oumesmo dos 80 anos costumamfazer é se encontrar numa pro-gramação de happy hour paraconversar, dançar, passar otempo, paquerar e quem sabearrumar um novo amor.

É o caso, por exemplo, dasamigas Vanusa Monteiro deSouza, Geraldina CavalcantePimentel e Marina Hozanade Araújo. Cada uma das jo-vens senhoras tem uma his-tória de vida distinta. Mas aosom das bandas musicais quese apresentam no palco, elastêm um único desejo em

comum: a vontade de viverintensamente.

A professora VanusaMonteiro de Souza tem 64anos, é separada, tem quatrofilhos e sete netos. Há cincoanos ela frequenta o happyhour, mesma época em quepôs fim a um casamento de37 anos.

Vanusa mora sozinha poropção. Disse que, apesar deadorar os filhos e os netos nãodividiria seu espaço com nin-guém. “Faço minhas própriascoisas. Cozinho, faço minhascompras, cuido da minhacasa, enfim, cuido da minhavida”.

A professora contou que

antes de participar do happyhour, frequentou o local duasvezes e ficou meio receosa.“Agora não perco um baile.Trago até mesmo meus netos.Sinto que estou mais dispos-ta. Não tenho diabetes nemsou hipertensa. Minha maiorcerteza é que temos a idadeque queremos ter”, ensinou.

AA1166 Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

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As amigas Marina Hozana, Geraldina e Vanusa: sem perder um baile

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O território para os rituais sagrados dos Kapotós é sempre “bisbilhotado” pelo “homem branco”

O cacique Geová tem esperanças de aumentar território para reunir os índios que estão longe da aldeia

Morando às margens da BR há anos, os Wassu terão, mais uma vez, que abrir passagem para a rodagem

Obras de duplicação da

BR-101 passarãopor aldeias,

terras e até umaçude de

propriedade indígena

Estrada interfere na vida da aldeiaA duplicação da BR-101

nesta aldeia irá desalojar maisde 100 famílias, derrubandocasas, árvores frutíferas cen-tenárias que chegam dar maisde 800 frutos na época de col-heita. “Essa não é a primeira vezque a BR-101 passa dentro daaldeia. Em 1955, a BR foi cons-truída e nós não sequer fomosindenizados. E agora, mesmoque sejamos indenizados, nãoteremos mais as árvores dão fru-tos o ano inteiro. Depois quetirarem uma árvore teremos queesperar anos para que outraplantada volte a dar frutos”, de-clarou o cacique Geová da Silvaque nasceu e sempre viveu nacomunidade.

Já o líder comunitário JoséCláudio Luiz da Silva, que morahá 45 anos na mesma casa, disseque não quer sair, mas se esse éo único jeito, não terá o que fazer.Ele disse que o pior de toda essasituação é não saber o que o des-tino reserva para recomeçar avida pela segunda vez. Ele emais cinco famílias vivem numamesma fazenda e se sustentamda renda obtida da venda defrutas.

Mas não só as árvores quesustentam a aldeia serão der-rubadas. Com a obra, três es-colas recentemente construí-das deixarão de existir. Sãonessas unidades de ensinoonde são passados os ensina-mentos indígenas às crianças.

Lá, elas aprendem a respeitaros mais velhos, a preservar acultura, e conhecem a im-portância da terra, da naturezae dos ritos religiosos. “Eles sãolivres para participar do ritu-al, até porque isso tem que par-tir de dentro de cada um, temque ser uma vontade espon-tânea”, disse Rosinei dosSantos, coordenadora da es-cola indígena e presidente daassociação.

Apopulação está esperandoque tudo se resolva antes queas obras atinjam a comunidadee, por isso, todos estão dispos-tos a ajudar. “O pior é a incertezado amanhã. Está tudo muitobonito no papel, mas na hora daexecução, a história pode seroutra. Só deixamos nossas casasquando fizerem as outras”, afir-mou Rosinei dos Santos.

Outra pessoa também pre-ocupada com as mudanças quese adivinham é a diretora da es-cola indígena, Maria JoséPaulino, que além de estar de-sanimada porque vão derrubaruma escola que está em ótimascondições, pensa também na suafamília.

Foi na beira da estrada, quea educadora criou seus cinco fil-hos. “Tenho todo tipo de fruta naminha casa: laranja, acerola, ba-nana, mangas que eu pegavatudo fresquinho do pé. Agoraaté que as árvores cresçam, vouter que comprar”, afirmouMaria José. “Sem falar na históriada minha casa que foi onde vividurante 45 anos. A casa está atéprecisando de uma reforma, masvou esperar a decisão da dupli-cação para não investir e depoisperder tudo”. (L.S.R. / F.A.)

História e tradição dos Wassu-CocalA população dos Wassu-

Cocal é de 3.500 indígenas.Eles são descendentes das fa-mílias Honório e Malta, res-ponsáveis pela conquista dosterritórios hoje habitados. Aárea foi conquistada logoapós a guerra do Paraguaycomo recompensa pela vitó-ria. “Dom Pedro II doou asterras, em 1918, aos nossosancestrais, que eram guerrei-ros. A princípio, eram 57,19mil hectares, hoje temos ape-nas 2.719 hectares. Nossas ter-ras foram invadidas por pos-seiros e ficamos apenas comisso”, contou o cacique GeováSilva.

De descendência dos

Tupis Guaranis, os Wassu-Cocal viviam, na época dodescobrimento do Brasil, noLitoral e foram subindo, fu-gindo da ação dos coloniza-dores, até chegar à região daZona da Mata alagoana. Hávários anos, eles vivem na-quele mesmo local realizan-do rituais religiosos a cada30 dias. Como manda a tra-dição, se isolam do contatocom o “homem branco”, vi-vendo suas origens. É duran-te os ritos, que eles se encon-tram com os encantadoscomo chamam os espíritos deantepassados indígenas.

Antigamente, todos tra-balhavam como bóias-frias

para os fazendeiros. Depoiscomeçaram a praticar a agri-cultura de subsistência, plan-tando e colhendo, de formaindividual, vendendo as fru-tas na margem da rodovia.Hoje, essa é a maior forma desobrevivência da tribo.“Cada índio tem seu territó-rio e cuida de sua terra.Infelizmente, a nossa áreanão dá para todos os nossosíndios morarem e alguns dei-xaram a aldeia seguindopara Maceió e até Recife. Anossa expectativa é ganharmais terra para que todospossam morar na aldeia”,completou o cacique GeováSilva. (L.S.R. / F.A.)

O desenvolvimento duela com a tradiçãoA duplicação da BR-101 tem tirado o sossego de três tribos indígenas, que temem que a obra destrua as aldeias

Láyra Santa RosaRepórter

Fabyane AlmeidaEstagiária *

A duplicação da rodoviaFederal BR-101, programadapara começar no próximo mêsde maio, está tirando o sosse-go de três tribos indígenas ala-goanas. Isso porque, as aldeiasdos Wassu-Cocal, Kariri-Xocóe Karapotó ficam localizadasexatamente em trechos que pre-

cisaram ser removidos para ocrescimento da estrada. Casas,árvores centenárias, açudes, es-colas e o próprio território queé protegido pelo Governo dei-xarão de existir para dar lugarà construção de mais duas fai-xas de rodagem.

Na véspera do Dia do Índio,as tribos não têm nada o quecomemorar e reclamam de,mais uma vez, terem de ter suasáreas invadidas, em prol doprogresso dos “brancos”. É namargem da rodovia que mui-

tas famílias tiram o sustentovendendo frutas, verduras e ar-tesanato. Foi ainda ao longo daBR-101, que a vida das aldeiasfoi desenvolvida com a cons-trução de casas e escolas.

Essa não é a primeira vezque os índios são obrigados adeixar suas áreas. Há mais de50 anos, época quando a via foiconstruída, eles tiveram quedeixar seus lares e não recebe-ram a indenização desejada.

Cada tribo sofre com umaproblemática de acordo com

sua região. Os Wassu Cocal,que ficam localizados no mu-nicípio de Joaquim Gomesserão os mais atingidos com aduplicação da rodovia. No pro-jeto do Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transporte(DNIT) serão removidas 250casas, mais de seis quilômetrosde árvores frutíferas, três esco-las construídas recentementepara repassar os ensinamentosindígenas, vários estabeleci-mentos comerciais, além damudança do Rio Capim que

serve para a pesca da aldeia.Já na região do Baixo São

Francisco, os Kariri-Xocó, emPorto Real do Colégio; e osKarapotós, em São Sebastião, vãoperder mais de oito quilômetrosde terras indígenas. Além de umaçude responsável pela água queabastece uma das aldeias, sumi-rão do mapa, árvores centená-rias e uma área usada para oplantio de ervas, mandioca,milho, amendoim, feijão e pas-tos para a criação de animais.

Com tantas mudanças pres-

tes a acontecer em suas vidas, astribos são unânimes ao afirma-rem que só deixam as obras pas-sarem por suas aldeias se conse-guirem que algumas reivindica-ções sejam atendidas, dentre elasa liberação de territórios que estãoem negociação com a FundaçãoNacional do Índio (Funai). Os lí-deres indígenas garantem que,com a execução das obras, vãosofrer grandes impactos que ultra-passam a diminuição de suas fai-xas territórios e atingem suas po-pulações direta e indiretamente.

AA1188 Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

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Fotos: Yvette Moura

Cláudio sabe que não terá como continuar na casa que mora há 45 anos

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O pajé Auru teme que a aldeia seja ainda mais invadida por intrusos

... e tradições como forma de manter o contato com antepassadosÍndios mais velhos passam para os descendentes as histórias...

Karapotós querem mais terra para integrar triboO clima é de expectativa e

ansiedade dentro da Aldeia dosKarapotós, que fica a menos dedez quilômetros da região cen-tral do município de SãoSebastião. As famílias já sabemque, em breve, terão suas ter-ras tomadas para a duplicaçãoda rodovia BR-101, área que foihabitada por esse povo de etniaXucuru, há mais de duzentosanos e reintegrada a nova ge-ração na década de 90.

A pequena Aldeia onde re-side cerca de 120 famílias, comum pouco mais de 300 índiosé dividida em duas partes:Terra Nova e Tabuado. Ao todo,as terras em poder da tribo nãochegam a medir dois mil hec-tares, quando na verdade essaárea deveria ser quase o dobrono tamanho. Eles aguardamagora a liberação da Funai demais 1.200 hectares, que servi-rá para habitar índios quevivem longe de sua cultura.

Essa negociação será essen-cial para que os índios se tran-quilizem e não criem proble-mas durante a construção danova via. O DepartamentoNacional de Infraestrutura eTransporte (DNIT) pode até ini-ciar as obras, mas quando che-gar a cerca de sete quilômetrosda Aldeia, deverá suspender aduplicação até que as negocia-ções sejam finalizadas e todasas reivindicações atendidas.

Hoje, a entrada de acesso àtribo fica na rodovia BR-101.Da pista, é possível avistar ascasas e as plantações. Nemmesmo o aviso na entrada aler-tando que só é permitido oacesso de pessoas com autori-zação evita a aproximação dohomem “branco”. Essa situa-ção é um dos maiores proble-mas enfrentados pelos indíge-nas que lutam para manter suaprivacidade, inclusive duranteos rituais. (L.S.R. / F.A.)

Duplicação pode facilitar invasões

Com a duplicação, osKarapatós devem perder umafaixa de terra que se estendeem três quilômetros. Com ela,serão retirados árvores frutífe-ras, plantações de subsistênciaresponsável pela alimentaçãodos índios e, ainda, um açudeque foi construído com recur-so próprio e abastece de águapotável os Karapotós. Porém,uma das maiores preocupaçõesdos lideres indígenas do localé que a tribo fique ainda maisacuada pela falta de respeito àssuas tradições.

“Estamos cada vez maispróximos da cidade e acuadospela presença do homem bran-co. Já tivemos problemas gra-ves por causa dessa invasão,inclusive chegando ao confron-to físico. Sabemos que essa du-plicação faz parte do desenvol-vimento do Estado e não po-demos impedi-la. Porém, nospreocupa bastante essa obra,principalmente por acreditar-mos que ela poderá piorar essasituação, deixando a nossa al-deia ainda mais fragilizada”,disse o pajé dos Karapotós,Auru de Oliveira Souza.

Segundo o pajé, é comum aaldeia enfrentar problemas deinvasão. Há alguns meses, umônibus alvo de assalto na rodo-via Federal foi abandonadocom passageiros dentro datribo. Os passageiros ficaramassustados, mas foram os ín-

dios que prestaram o apoio, le-vando as vítimas para a sededa Polícia Rodoviária Federal.Sem contar que, durante as ma-nifestações religiosas, feitas emáreas de mata virgem, os“brancos” de fazendas próxi-mas ficam observando de mor-ros mais altos os rituais sagra-dos, muito mantidos em segre-do pelos índios, há várias ge-rações.

O pajé revela que é cons-trangedor flagrar, muitas vezes,as pessoas observando os ri-tuais. Os curiosos ficam de cimade um morro próximo a mataaonde acontecem as manifes-tações religiosas analisando ascerimônias. “Anossa situação ébastante delicada. Sofremos otempo todo com essa invasão.Não somos respeitados nemdurante os nossos rituais que éfeito na mata do Ouricuri, localfrequentado pelos nossos an-cestrais”, contou. “Já deixamosoutra área de mata porque pas-sava por dentro de terras queestão em negociação e aindanão nos pertencem. Com isso,nos deslocamos para outra áreaque fica perto de um morroonde sempre somos observa-dos. Quando não, ainda recla-mam que cantamos alto, atra-palhando o sono deles. Só queaquele momento é quando con-seguimos encontrar verdadei-ramente com a nossa cultura”,explica. (L.S.R. / F.A.)

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Cidades JORNALO JORNALO

Fotos: Yvette Moura

Os Karapotós viviam naregião de São Sebastião, hámais de 200 anos, até que oBarão de Penedo passou poraquela região e expulsou asfamílias de suas terras. Algunsfugiram e se esconderam emPorto Real do Colégio junto,com a tribo dos Kariri-Xocós.Os que decidiram ficar acaba-ram casando com brancos evivendo uma cultura diferen-te. “Muitos índios que casa-ram com brancos viveram es-condidos durante muitotempo. Mas, quando tinha ri-tual que sempre acontece nocomeço e no meio do ano,esses índios levavam seus fi-lhos menores, a maioria sema família branca saber, paraparticipar e aprender a cultu-

ra indígena”, lembrou o pajéAuru.

A tribo se firmou nova-mente, após o casamento deum cacique Karapotó que foimorar em Porto Real do Co-légio, com uma índia Kariri-Xocó. Eles tiveram vários fi-lhos que deram origem a novageração dos Karapotós quevivem hoje em São Sebastião.“Estamos aqui há 17 anos.Quando chegamos, essa áreatinha apenas pasto para a cria-ção de gado. Fomos replan-tando árvores e a mata nativapara deixar esse local umpouco parecido como era notempo dos nossos ancestrais”,disse o índio. “Na época doBarão de Penedo, ele nos ex-pulsou daqui, queimou nos-

sas ocas e acabamos tendo quefugir para sobreviver. Foi aforça do nosso povo que fezcom que decidíssemos voltare, através de documentos queestão no Museu do Rio deJaneiro, provamos que essaterra nos pertenceu no passa-do e que deve ficar conosco”.

A ligação com os índios dePorto Real do Colégio sobre-vive até hoje. Pelo menos, duasvezes por ano, eles se deslo-cam para a cidade vizinhapara participar dos rituais sa-grados. “Acada 15 dias, nos re-fugiamos na mata para fazeros nossos rituais. Mas, pelomenos no começo e no meiodo ano, vamos para Porto Realdo Colégio participar com eles.Os Kariris foram os berços de

muitas tribos que se refugia-ram por lá. Índios de váriasetnias passaram por ali duran-te mais de 500 anos”, contouo pajé.

É durante os rituais quecrianças e adultos aprendemcom os mais velhos os ensina-mentos dos Karapotós. Dentroda mata, eles sabem mais sobresuas origens e sobre as mani-festações religiosas. “É naque-le momento que nos refugia-mos para ensinar a nossa tribomais sobre nossas origens.Vivemos próximos ao brancoe influenciados também pelasua cultura, mas quando esta-mos naquele espaço na mata,nos fechamos para as nossasorigens e nossos ancestrais”,disse. (L.S.R. / F.A.)

Aldeia tenta manter a cultura indígena viva

Na tribo dos Karapotós elesainda não têm idéia de quan-do as obras de duplicação darodovia BR-101 devem ser ini-ciadas. O que eles sabem é oquanto serão prejudicados comessa nova construção. “Já veioum pessoal da engenharia doDNIT fazer umas medições darodovia. Aduplicação irá acon-tecer do lado esquerdo no sen-tindo Aracajú–Maceió e vaiatingir exatamente a nossamaior riqueza que é o açude.Esse açude é quem abastece asnossas casas e serve de águapara beber e tomar banho. Sequiserem retirar ele, terão pro-blemas porque não vamos per-mitir”, contou o pajé Auru deOliveira.

De acordo com o líder indí-gena, a retirada desse açudeirá implicar com problemas defalta de água potável para a co-munidade. “Já furamos maisde quinze poços e não encon-

tramos nenhum com água deboa qualidade. Temos outrosaçudes que servem para apesca, mas só esse que temágua potável. Retirá-lo causa-rá graves danos a nossaAldeia”, disse o pajé. “Esseaçude foi feito com recursos daFunasa. Foi muito caro.Fizemos uma estação de trata-mento onde nossa água recebecloro, hipoclorito e é filtradaaté chegar as nossas casas.Nosso maior temor é que a du-plicação aterre a nascente e nãopodemos perder a nossafonte”.

Outra preocupação deAuru de Oliveira é em relaçãoa retirada das plantações desubsistência. “Plantamos nessaárea desde quando nos muda-mos para cá. A terra é arada erecebe amendoim, mandioca,milho, feijão para alimentarnossas famílias. Com a rodoviaa nossa área de plantio será

toda removida. Já sofremoscom a falta de terra para osnossos índios que moram nacidade e agora perder maisterra que nos alimenta ficacomplicado. Só vamos deixarisso acontecer depois que tudoestiver combinado e organiza-do”, falou.

Na comunidade, o plantioé dividido por família. Cadauma tem sua plantação e esco-lhe o que deseja cultivar.Mesmo sendo cada um respon-sável por seu pedaço de terra,eles se unem no plantio e na co-lheita um do outro. “A gentetrabalha junto. Índio que nãoajuda o outro, quando vai co-lher ou plantar na sua terratambém não recebe ajuda. Massomos muito unidos”, lembrouAuru de Oliveira.

O pajé afirmou, ainda, quenão existe dinheiro que pagueos prejuízos que eles devemter diante da duplicação.

“Vamos esperar para ver comovai ser feito essa negociação.Eles estão proibidos de mexerpor aqui enquanto as coisasnão tiverem acertadas. Mesmoassim, não tem indenizaçãoque pague o que vão nos reti-rar. Não adianta querer enga-nar o índio com proposta bestaque não vamos aceitar. Quere-mos o que nos é de direito”,alertou o índio.

Entre as reivindicações dacomunidade indígena, elesquerem que seja feito um acos-tamento mais alongado e pas-sarelas para travessia da rodo-via. “O número de acidentesjá é grande com apenas duasfaixas, imagina quando for du-plicada. Temos muito receiodos números de acidentes, masesperamos que sejam feitaspassarelas para facilitar o nossoacesso aos dois sentidos da ro-dovia”, finalizou o pajé Auru.(L.S.R. / F.A.)

Subsistência das tribos pode estar em risco

A aldeia dos Karapotós está

logo abaixo da BR

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Jó Santana lembra que seu pai e outros índios morreram atropelados Pajé Júlio explica que os rituais são para disciplinar a paz e o amor

Para entrar na aldeia sagrada, temque se pedir antes, a permissão dos espíritos da natureza

Ampliação da rodovia pode aumentar acidentesAssim como os índios de

São Sebastião, os Kariri-Xocós,em Porto Real do Colégio, quetêm 500 anos de resistência,vivem a expectativa da dupli-cação. A aldeia tem cerca 3.200índios que dividem num pe-queno espaço de terra quechega aos 600 hectares. Essanão é a primeira vez que a al-deia é cortada pela rodovia BR-101. No início da década de 70,ela foi construída, passandopor cima das terras dos Kariris-

Xocós, que acabou sendo divi-dida ao meio. Com a chegadado “progresso” a tribo acaboucrescendo à margem da rodo-via. Muitos índios, não acostu-mados com o movimento cons-tante acabaram sendo vítimasde atropelamentos, em algunscasos chegando até a morte.

Segundo Jó Santana, técni-co agrícola da Funai, seu paifoi uma das vítimas da rodovia.Logo após a construção, ele foiatropelado por um caminhão e

não resistiu aos ferimentos.“Meu pai foi a primeira víti-ma, mas durante esses anos ou-tros irmãos índios tambémmorreram. Com o alargamen-to da pista esse número tendea crescer ainda mais, pois oscarros e caminhões passamcom muita velocidade”, afir-mou Jó.

Mas esse não é o único pro-blema que está surgindo coma duplicação. Muitas casasserão derrubadas e reconstruí-

das em outros lugares. Árvoresfrutíferas também serão derru-badas e são elas que garantemhoje a sobrevivência da maio-ria dos índios. Sem falar nospastos que servem para alimen-tação dos animais, que serãoremovidos para dar passagema rodovia. Aprincípio, a dupli-cação vai parar sete quilôme-tros antes de chegar às terras in-dígenas, para que sejam anali-sadas as propostas dos índiosda aldeia. (L.S.R. / F.A.)

Duplicação é crucial para o desenvolvimentoProblemas com a licença

ambiental são hoje um dosmaiores empecilhos para o iní-cio das obras de duplicação darodovia BR-101, que vai cortarAlagoas da cidade de NovoLino até Porto Real do Colégio.Serão mais de 248 quilômetrosde estrada, com construção devárias pontes, viadutos, ciclo-vias e acessos mais seguros àsusinas de açúcar. No caso dasáreas urbanas, o projeto conta-rá ainda, com a criação de viasmarginais e contornos.

Aduplicação atingirá, ainda,as três tribos indígenas, que rei-vindicam a construção de novas

casas para as famílias que serãoretiradas, construção de esco-las que terão que ser removi-das, de pontos comerciais paraa venda de alimentos na mar-gem da rodovia e passarelaspara a travessia dos pedestres.

Aobra está orçada em R$ 1,3bilhão e prevista para ser inicia-da em maio. “Aprincipio aindaestamos vendo com o Ibama asituação de algumas licençasambientais, que foram liberadascom condicionantes. Alguns tre-chos estão sem liberação e nãopodemos trabalhar. Em maio,vamos iniciar a construção decanteiros, para, em setembro

após o período de chuva, passara terraplanagem e iniciar a du-plicação. Temos 540 dias, a par-tir do inicio, para a conclusãoda obra”, explicou o superinten-dente Regional do DNIT,Fernando Fortes Melro Filho.

Aduplicação da BR-101 emAlagoas está dividida em seislotes de obras que serão execu-tados simultaneamente. Anovapista será construída em pavi-mento rígido, garantindo maistempo de vida útil para a via,onde circulam aproximada-mente 7 mil veículos diariamen-te, principalmente caminhões.

As obras serão feitas atra-

vés de empresas que passa-ram por processo licitatório eainda, por equipes do ExercitoBrasileiro. A rodovia BR-101 éuma das mais importantes, jáque corta Alagoas de Norte aSul, ligando a todos os outrosestados nordestinos e da re-gião Sudeste. “Essa duplica-ção será muito importante,principalmente no que diz res-peito a questão do turismo noEstado. A BR-101 é, sem dú-vida, uma das nossas princi-pais rodovias e esse projetodeixará ela mais segura emtodos os sentidos”, contouFernando Fortes. (L.S.R. / F.A.)

O lugar onde até o pensamento é vigiado

Na aldeia de Porto Real doColégio existem várias casaspequenas e uma igreja católi-ca no meio, provando a pas-sagem da colonização. A tribofica localizada dentro do mu-nicípio ribeirinho, sendo ape-nas isolada por um portão deferro e estacas de madeira.Como a área territorial daaldeia é pequena, não com-porta todas as famílias indí-genas, que acabam se refu-giando na cidade. Diantedessa situação, a proximidadecom o homem “branco” e comsua cultura, acaba sendo in-fluencia direta dentro dos cos-tumes da tribo, inclusive o usoda televisão e antenas pa-rabólicas, presente em quasetodas as casas.

A aldeia é representadapelo pajé Júlio Queiroz, de 73anos, que faz parte da 8ª ger-ação e pelo cacique CíceroSantiago. A aldeia é consid-erada ponto de encontros devários índios, pois já foihabitada por indígenas deoutras aldeias que fugiam daexploração. Desse modo,houve uma miscigenação dosíndios das várias aldeias como homem “branco”, o quegerou um crescimento popu-lacional da aldeia Kariri-Xocó,ficando pequena a terra paramuitos índios. Hoje, 120famílias saíram do campo eforam para cidade, local quedá mais condições de trabal-ho e, de certa forma, os afas-ta da convivência direta comos costumes antigos.

O local é de uma energiadiferente. Na entrada, umaportaria foi colocada para evi-

tar a proximidade de qual-quer pessoa sem autorização.Eles consideram aquele localuma área sagrada, habitadapelos espíritos de seus ances-trais. A entrada só pode acon-tecer com o consentimento docacique ou do pajé da tribo.Mesmo assim, com a com-panhia de algum indígena.

A equipe de reportagemde O JORNAL esteve lá, masantes de entrar na área foialertada: “cuidado com seuspensamentos”. No decorrerda mata, uma parada parafazer um pedido a um espíri-to de natureza, local onde osíndios passam para fazerparte de suas orações.

Andando mais um pouco,chegamos a uma espécie dealdeia abandonada. As casassão pequenas, com cerca deum metro de altura e de umvão só, mas na época deoração servem para a estadiados índios Kariris-Xocós. Elasficam em torno de um terreiroque serve como ponto de en-contro nos períodos de rituaispara danças e orações.

O local de manifestaçãocultural é também chamadode Ourucuri. Fica distante dacidade para que outras pes-soas não possam observar.Eles consideram o momentoque estão reunidos comosagrado, onde passam os en-sinamentos para seus filhos.“O momento dos rituais ésagrado para se disciplinar eamar, pedindo força e segu-rança para todos, não só daaldeia, mas para todomundo”, declarou pajé JúlioQueiroz. (L.S.R. / F.A.)

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DNIT estuda compensações para obra

Desde que o projeto de du-plicação foi iniciado, integran-tes do DNIT, Funai e das pró-prias aldeias que deverão seratingidas com as obras têmsentando para negociar. Os ín-dios estão numa luta para ten-tar perder o mínimo possívelde território e, de imediato,terem suas faixas de terras de-volvidas, além de reivindica-ções como a construção antesda derruba de tudo que tiverque ser removido.

“Cada tribo tem pleiteado oque interessa. Na sede dosWassu-Cocal eles pedem ciclo-via, que será atendido; pontosde travessias que também serãoinclusos no projeto; construçãode uma área para comércio,que estamos estudando a pos-sibilidade de fazer. Mas, tam-bém pedem coisas como ôni-bus escolar que não é respon-sabilidade do DNIT. O que es-tiver no nosso alcance, vamosajudar e todos vão ser devida-mente indenizados”, disse ochefe do serviço de engenhariado DNIT, Romel Melo.

Segundo o funcionário doDNIT, não são apenas as áreasde reservas que terão que serremovidas, mas todas as cons-truções que tiveram ao longoda margem da rodovia.“Ainda não sabemos como vaifuncionar o processo de nego-ciação. Mas, existe a possibili-dade de as famílias serem in-denizadas, com tudo que forretirado casas, árvores, pastosou mesmo, com a construçãode casas e replantio. Isso seráalgo que veremos mais adian-te de acordo com a necessida-de das comunidades”, expli-cou Romel Melo. “A obra vaiter que acontecer e a gente es-pera chegar num denomina-dor comum. Vamos dar inicioàs obras e, se for o caso, pula-mos as aldeias e depois volta-mos para concluir o projeto.Esperamos que isso não sejanecessário. Tudo será conver-sado e o projeto está aberto areadequações”. (L.S.R. / F.A.)

* Sob a supervisão da Editoriade Cidades

As terras das aldeias estão isoladas de formafrágil: com cercas, muitas vezes invadidas pelos “brancos”

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O ar queMaceiórespira

vai ficarmais puro

Até 2012, 1 milhão de

árvores serão plantadas na

capital alagoana

Subir na mangueira do quintalpara alcançar o galho maisalto, comer fruta colhida na

hora, ter casa na árvore, passearcom o primeiro amor à sombra davegetação que margeava as ruasde Maceió. Os cidadãos mais ve-lhos guardam na memória pelomenos uma dessas lembranças deum passado verde. Entre os jovens,porém, crescer entre a naturezavem se tornando cada vez mais di-fícil. O último levantamento doÍndice de Área Verde (IAV), reali-zado em 2003 pela SecretariaMunicipal de Proteção ao MeioAmbiente (Sempma), constatouque existiam três metros quadra-dos de área verde para cada habi-tante, apenas 25% da taxa mínimarecomendada pela OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), que é de12m² por pessoa. De lá para cá, noentanto, a situação está mudando,graças a um esforço do poder pú-blico, que conta com a população.

A multiplicação da consciên-cia ambiental é revelada, aos pou-cos, através do número de árvoresjá plantadas e da procura de mo-radores, empresas privadas e ór-gãos públicos pelo projeto MaceióMais Verde – um milhão de árvo-res para a nossa cidade, daSecretaria Municipal de Proteção aoMeio Ambiente (Sempma). Tantoo número de solicitantes, bemcomo o de mudas, vem se intensi-ficando desde 2005, quando foi lan-çada a meta a ser cumprida até2012.

Hoje, o “arborímetro” – umenorme painel com o formato dodesenho infantil de uma árvore –instalado na Avenida FernandesLima, Farol, registra que 223.712mudas já foram distribuídas emMaceió. Faltam, portanto, 776.288plantas, a serem plantadas duran-te os próximos dois anos e oitomeses. É um objetivo desafiador,mas a evolução das estatísticasmostra que é possível chegar aosseis zeros que faltam.“Arborômetro” acompanha o ritmo da plantação de árvores em Maceió; meta é chegar a um milhão

JORNALO JORNALO

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Lula Castello Branco

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Ações levam mais verde para áreas públicas,conjuntos residenciais abertos e condomínios

No primeiro ano, oito açõesreuniram 3.562 mudas planta-das, das quais três em conjun-tos habitacionais abertos, umaem condomínio, uma em ins-tituição de ensino e duas emáreas públicas (um delas emparceria com duas empresasprivadas). A maior delas foi ainstalação de três mil coquei-ros na orla marítima. Segundoo diretor ambiental da secreta-ria, Noaldo Araújo, 2005 foi operíodo de produção do ma-terial, que chegou a 40 mil noParque Municipal de Maceió,um dos dois locais responsá-veis pela tarefa.

Já no ano seguinte, a plan-

tação quase duplicou, atingin-do 7.072, assim como os par-ceiros, que subiram para seis.Em 2008, após uma baixa drás-tica no ano anterior, o núme-ro avançou para 10.052 unida-des e 27 solicitantes.

Mas foi em 2009 que a mu-dança de atitude passou a serevidente: 76.059 mudas foramdistribuídas entre 68 locais,dos quais 38 solicitantes. Asresidências, porém, não sãoespecificadas nas estatísticas,que as dividiram entre osbairros arborizados, o que re-presenta um número poten-cial considerável, visto queconstam 15 localidades com o

total de 199 unidades planta-das.

Esse total não inclui osTermos de Ajustamento deConduta (TAC) e Termos deCompensação Vegetal (TCV),duas ferramentas importantespara alcançar o objetivo, se-gundo Noaldo. O primeiro éfirmado entre o MinistérioPúblico Estadual (MPE) e ainstituição ou empresa queviolou leis ambientais, e é res-ponsável pelo montante de8.285 mudas de 2005 a 2009.O diretor detalhou o procedi-mento: “A multa aplicada deacordo com os crimes é dimi-nuída, desde que a parte uti-

lize o recurso para plantar umdeterminado número de árvo-res, o que é fiscalizado pela se-cretaria”.

O segundo termo corres-ponde a 30.632 unidades plan-tadas entre 2005 e março de2010, e corresponde à vegeta-ção que teve que ser compen-sada ao local onde um estabe-lecimento foi instalado. “Se elequer retirar seis árvores paraconstruir o prédio, terá queplantar a mesma quantidade ecuidar delas até a idade adul-ta, o que acaba impedindomuitas empresas de continuarcom o plano inicial”, relatouNoaldo.

Noaldo Araújo, da Sempma, diz que supressão de árvores preocupa

No Benedito Bentes, o canteiro terá árvores frutíferas, como mangueiras, jambeiros e jenipapeiros; população local apoiou a iniciativa

Na Fernandes Lima, as flores proporcionam ar mais puro e com aroma

Marco Antônio

Lula Castello Branco

Lula Castello Branco

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No entanto, na avaliação dosecretário da Sempma, RicardoRamalho, o número é tão valio-so quanto a causa. “O importan-te é a mobilização da população,para que todos contribuam paraa arborização da cidade, além doque já fazemos nos espaços pú-blicos”.

É o caso do residencialTabuleiro do Martins, localizadono fim da Avenida MeninoMarcelo, popularmente conheci-da como Via Expressa, em umaregião onde dois fatores constan-temente viravam dor de cabeça:a exposição direta ao sol e a Lagoada Coca-Cola, localizada no outrolado da pista. Sem vegetação pró-xima ou pontos elevados que pro-jetassem sombra no condomínio,os moradores sofriam com o calordas residências, apesar da existên-cia de algumas árvores desde suaconstrução, em 1991. Com achuva, os alagamentos tambémeram constantes.

Em 2008, o cenário do resi-dencial mudou, quando 50mudas, entre árvores frutíferas eespécies de paisagismo foramplantadas em regime de mutirãode moradores de todas as idades,orientados por técnicos da secre-

taria de meio ambiente. O resul-tado foi aprovado e mais duasações foram realizadas, a últimaem janeiro deste ano, quandomais 35 unidades passaram a sercultivadas no local. A secretáriado condomínio, Calene Santos,narrou a experiência: “Fizemosum café da manhã para atrair atodos e juntamos a criançada paraajudar, e foi um sucesso”.

Atualmente, o pomar e os jar-dins são podados quatro vezesao ano, quando uma equipe daSempma é chamada para coor-denar e orientar o trabalho. É pos-sível ouvir pássaros cantando du-rante todo o dia, segundo a donade casa Ana Cláudia doNascimento, que mora no resi-dencial desde 1992. “Antes eramuito ruim, parecia uma favela.Agora, se tiver estressado, é sósentar embaixo de um ‘pé de ár-vore’”.

Ao fim da visita, Calene sedespede da reportagem. Surge apergunta se ela também é mora-dora. Diante da negativa (“moropróximo do Aeroclube”), respon-deu de pronto se aonde mora éarborizado da mesma forma:“Não. Queria eu que fosse comoaqui!”.

“Todos devem contribuir para aarborização da cidade”, diz secretário

A tentativa de derrubada deárvores como a do residencialTabuleiro do Martins ainda écomum em Maceió, e é, na ava-liação de Noaldo Araújo, umdos maiores empecilhos do pro-jeto. “As pessoas devem saberque é proibido podar ou cortarárvores sem entrar com um pe-dido na secretaria, e mesmoassim é preciso ter uma justifi-cativa”, referindo-se a condi-ções como estado de saúde daplanta ou risco a construçõespróximas. “São profissionais daSempma que vão até o localpara realizar o trabalho”, acres-centa.

A norma está prevista na leimunicipal 4.305, de maio de1994, e o seu descumprimentopode resultar em multa de até20 Unidades Fiscais de Refe-rência do Município (UFRMs)– atualmente fixada em 37,46 aunidade - por espécie de árvo-re, no caso de supressão. As me-

didas se aplicam à vegetação deporte arbóreo, ou seja, o “vege-tal lenhoso com diâmetro docaule superior a cinco centíme-tros à altura do peito a partir deum metro do solo”.

O conceito que norteia esseprocedimento alega que qual-quer árvore, estando em terrenopúblico ou particular, é um bemde interesse comum do municí-pio em que está situado; as ár-vores da calçada nem sequerpertence a quem a plantou.

Para atender a demanda, noentanto, o município conta comuma equipe de cerca de 25 pro-fissionais em regime de plantão,contingente que pode aumen-tar conforme o projeto evoluir.“Sabemos que é pouco, e vamosbuscar a ampliação aos poucos.Ainda é preciso fazer uma ava-liação da melhor forma, porquedepende de contratação e parce-rias”, justifica o diretor ambien-tal.

No Benedito Bentes foi im-plantado um canteiro com fru-teiras, na entrada do bairro, emfrente ao Caic Dr. José Mariade Melo. “Nós plantávamos eos alunos arrancavam. Quanto

aos tijolos, nós tivemos quemudar o padrão, porque, dojeito que estava antes, eles chu-tavam e quebravam tudo”, la-menta Noaldo. Foi também ocaso de roubos de mudas na

Praça Centenário, Farol, logoapós sua revitalização.

“Por isso nós fazemos a ma-nutenção dos canteiros perio-dicamente e tentamos conscien-tizar a população, que o proje-

to melhora a qualidade de vidadeles”. No canteiro do Caic,daqui há alguns anos, as crian-ças poderão experimentar ogosto de comer jambo, mangae genipapo direto do pé.

Para plantar uma mu-da, porém, o procedimen-to é muito mais simples.Segundo Noaldo, os vivei-ros do Parque Municipal,localizado no Bebedouro, edo setor de Parques eJardins, no Vergel, estão deportas abertas para pes-soas interessadas em arbo-rizar sua casa. Para conse-guir até três mudas, só épreciso preencher um for-mulário com dados pes-soais e assinar um termode compromisso de quecuidará bem da planta.“Temos inúmeras espéciesde mata atlântica e frutastípicas de Alagoas”, pro-pagandeia.

Para quantidades maio-res, o pedido deve ser feitoà Secretaria de MeioAmbiente, como fez o es-tudante de Ciências Sociaisda Universidade Federalde Alagoas (Ufal), RômuloCoelho Gonçalves, 28, queatuou como um verdadei-ro multiplicador da causa.Há seis meses morando noResidencial Jacarecica, lo-calizado no bairro demesmo nome, o universi-tário observava em umamata próxima a existênciade várias espécies de pas-

sarinhos e sagüis e resol-veu ajudar a preservar essadiversidade e acabar como calor do lugar.

Ele procurou, um porum, 60 apartamentos docondomínio, e lhes falousobre as vantagens de arbo-rizar a área comum dolocal. A aceitação foi unâ-nime, o que lhe muniu deapoio para procurar aSempma e solicitar o plan-tio das mudas. Na últimaquarta-feira (14), a equipetécnica foi ao residencialpara fazer a avaliação dolocal.

“Esse apoio da prefei-tura é muito bom. O agrô-nomo veio aqui e nosorientou quanto à abertu-ra de covas, o espaçamen-to de uma para outra, queespécies afastam insetos ouquais são desaconselháveispara o local”, contou. Serãoplantadas 100 mudas emduas etapas; a primeiraabarca de 50 a 60 unida-des.

Ele conseguiu, assim,pular etapas do trabalhodo município e contribuirpara que outro problemacomum não chegasse aameaçar as plantas aindafrágeis: o vandalismo.

Apesar de o canteiro plan-tado em frente ao Caic contri-buir para o embelezamento dacidade – fator levado em contapara avaliar a qualidade devida por órgãos mundiais,como a Organização dasNações Unidas (ONU) –, na re-gião circunvizinha as árvoressão encontradas em quantida-de considerável, local onde asresidências ainda preservam atradição do quintal repleto deplantas frutíferas. Por outrolado, em bairros como Prado ePonta da Terra, as casas deporta e janela coladas umas àsoutras ampliam a vastidão docimento e do asfalto.

Diante da constatação, a ne-cessidade de aplicar os recur-sos com mais precisão deter-minou o próximo passo do pro-jeto municipal, que promete fi-nalizar, até o fim de maio, omapeamento do Índice de ÁreaVerde (IAV) de cada bairro, afim de identificar os locais maisnecessitados. Segundo Noaldo,a contratação de uma empresaespecializada em mapeamen-to, a Geomap Engenharia, já foifeita há cerca de 30 dias.

“Também vamos poderatualizar o índice de arboriza-ção de Maceió, que já deve termudado ao longo da atuaçãodo projeto”, acrescentou o di-retor municipal. O método uti-lizado para a tarefa envolve o

registro de imagens por satéli-te e a delimitação do espaçocom a ajuda do Global Po-sitioning System (GPS), ouSistema de PosicionamentoGlobal.

A“fórmula” do cálculo con-siste dividir o total de metrosquadrados de áreas públicas eparticulares do terreno – aforareservas ambientais e áreas deproteção permanente – pelo nú-mero de habitantes da região.Segundo estudiosos da área aprecisão do índice pode variar,já que o valor pode ser eleva-do não pela quantidade de ár-vores, mas pela baixa quantida-de de pessoas. Apesar disso, osistema é utilizado no mundotodo para chegar ao indicati-vo.

De acordo com RicardoRamalho, a partir do estudo,bairros com menor índice serãopriorizados, mas a medida nãoimpede a plantação em outraslocalidades, principalmente seum solicitante procurar oórgão. “Estamos para plantar30 mil mudas no bairro doBenedito Bentes e em Ipioca”,exemplificou o secretário domeio ambiente, aconselhandotambém a aproveitar o períodopara buscar o projeto: “com achuva e a chegada do invernonós vamos intensificar os traba-lhos. O mês de maio é o me-lhor”.

Legislação prevê punição com multapara quem derrubar árvores na capital

Canteiro do Benedito Bentes II tem pés de manga, jambo e jenipapo

ADOTE UMA ÁRVOREMapeamento de bairros vai atualizaro índice de arborização de Maceió

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AA2233Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

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Cambona terá viaduto e orla de Jacarecica será urbanizadaNo último dia 9 de abril foi

dado o primeiro passo rumo àconcretização de duas grandesmudanças no ambiente urbanode Maceió. Os diários oficiaisdo Município, Estado e Uniãopublicaram avisos de licitaçãopara reurbanização da orla quevai de Cruz das Almas aJacarecica e a construção de umviaduto no cruzamento daAvenida Leste-Oeste com aGeneral Hermes, na Cambona.

As obras sinalizam para apossibilidade de resolver, par-cialmente, dois grandes proble-mas estruturais que afligem acapital alagoana, próprios datransição entre cidade média ecidade grande: o aumento cres-cente do número de carros e orápido alastramento da área ur-bana. Localizadas em áreasmenos favorecidas da capital,em diferentes proporções, o de-senvolvimento de infra-estru-tura também abre a possibili-dade de novas atividades.

Quanto à construção do via-duto na Cambona, o principalobjetivo, segundo o secretárioDaniel Eugênio, Municipal deInfraestrutura, é o desafoga-mento do trânsito, quando ofluxo de carros que transitam

entre o Centro da cidade e bair-ros como Bom Parto, Mutangee Bebedouro se encontra com oque segue do Farol para a orlalagunar.

Em relação às residências epontos comerciais localizadosna área de construção do via-duto, o contato ainda está sendofeito. “Vamos negociar caso porcaso, embora boa parte da obraesteja no contexto da via”, afir-mou.

A rua em que a estruturaserá elevada será a AvenidaGeneral Hermes, que passarápor cima da Avenida Leste-Oeste. Na simulação da obra épossível verificar que algumasconstruções terão que ser retira-das. Embora a estrutura do cru-zamento não seja muito modi-ficada.

Quem trabalha ou vive noentorno, no entanto, ainda nãotem uma opinião definida a res-peito da edificação, comoEdnaldo Graça, o gerente do su-permercado Unicompra, cujoviaduto será diretamente vizi-nho. “Quando começar é quevamos ver como vai ficar. Porenquanto, acho positivo. Nãodeve prejudicar nosso movi-mento”.Perspectiva do projeto para a construção do viaduto da Cambona/Leste-Oeste; projeto está na fase de aviso de licitação para construção

Cosme da Silva disse que comunidade de Jacarecica se sentirá mais segura

Orla de Jacarecica vaiganhar importanteobra de urbanização

Em Cruz das Almas eJacarecica, o estabelecimentode uma via de ligação entreos dois bairros e a reurbani-zação das orlas é um desejoantigo dos moradores e co-merciantes. No melhoramen-to da renda, da segurança oudo transporte, a notícia foi re-cebida com otimismo na re-gião.

Com a pequena extensãoda orla repleta de hotéis con-vivendo com um pequeno nú-mero de barracas já deteriora-das pelo tempo e freqüênciade assaltos em áreas próximasà do coqueiral, localizado nofim da extensão litorânea deCruz das Almas, os estabele-cimentos que ainda sobrevi-

vem não conseguem ampliarseus negócios, e os morado-res são obrigados a freqüen-tar outras praias para garantira diversão.

O italiano Graciano Pace,proprietário de um restauran-te de massas e pizzaria emuma rua que desemboca nocoqueiral, se entusiasmou coma possibilidade de dar mais vi-sibilidade ao estabelecimento,que, segundo ele, só ganhaclientes por causa do boca-a-boca, já que o local é difícil deser achado.

Residente de Maceió hádez anos, o aposentado re-solveu abrir na própria casa,depois de um ano, um pe-queno lugar para comercia-

lizar pratos cujas receitastrouxe consigo da terra natal.Hoje, tem vontade de insta-lar uma pousada no andarde cima, mas não há recursossuficientes. “Aqui é muito es-curo. Se essa obra acontecer,vai dar mais visibilidade,porque as pessoas começa-rão a passar por aqui. Então,com o tempo, eu abro minhapousada”, calculou, esperan-çoso.

A grande vantagem da viade ligação entre o bairro quemora e o que trabalha, paraele, é a diminuição do tempode caminhada e o risco quedeixará de correr, quandomargeia, todos os dias, a AL-101 Norte.

Cosme da Silva Santos, 28,trabalha no local há quatroanos, e mora em Jacarecica.Sua rotina consiste em chegara pé, às 14h, e sair às 22h, deônibus, não sem antes ter queandar um bom percurso rumoao ponto. Com a urbanização,ele se sentirá mais seguro nocaminho para o trabalho e devolta para casa, devido ao mo-vimento de pessoas que devecrescer na região.

A grande vantagem da viade ligação entre o bairro quemora e o que trabalha, paraele, é a diminuição do tempode caminhada e o risco quedeixará de correr, quandomargeia, todos os dias, a AL-101 Norte.

Obra em Jacarecica é desejo antigo da comunidade

Os recursos das obras sãoprovenientes do governo fe-deral, através do Programa deAceleração do Crescimento(PAC), com parcela de contra-partida do município. Naconstrução do viaduto, serãoinvestidos R$ 24,4 milhões -

R$ 21,9 milhões de recursosfederais e R$ 2,5 milhões domunicípio. Na reurbanizaçãoda orla, o valor é de R$24.827.148, sendo R$ 21.647.148 da União e R$ 3.180.000de Maceió.

De acordo com o texto, as

empresas interessadas devementregar as propostas no dia13 (viaduto) e 14 (urbanizaçãoda orla) de maio, na SecretariaMunicipal de Infraestrutura eUrbanismo (Seminfra). O prin-cipal critério será o menorpreço, embora tenham que

obedecer às normas exigidasnos projetos.

Quanto à continuidade demelhorias na cidade, o secretá-rio Daniel Eugênio comentoua política municipal: “na ver-dade, essas mudanças dão se-qüência a esse grande projeto

de urbanização promovido emMaceió. Elas serão implanta-das de imediato, mas outrostambém estão planejados,como a Via Norte, ligando oBenedito Bentes à Guaxuma, ea pavimentação e drenagemno litoral Norte”.

Segundo o secretário da Seminfra,Daniel Eugênio, o projeto prevê umavia para pedestres, uma ciclovia –que deve escoar a grande quantida-de de bicicletas que transitam diaria-mente pela rodovia – e áreas de es-porte e lazer. Também serão amplia-das as vias de acesso aos dois bairros.

A mudança de movimento serásentida, provavelmente, com muitomais força em Jacarecica, onde só há,atualmente, uma entrada para car-ros. Na orla, três barracas dividem oespaço. Na rua, o movimento é aindamenor. Consertando calmamente oportão de sua pousada, o aposenta-do catarinense Orlando Rosskampera um dos únicos a “colocar a carano portão”, no dizer popular. Ele acre-dita que o perfil do bairro mudará,assim como o de seu empreendimen-to.

“Jacarecica é um bairro de vera-neio, de temporada, aonde famíliasvêm passar um feriado prolongadoou as férias. Com a reurbanização, obairro passará a ser turístico, e até ascasas que são usadas com esse fimpodem se transformar em moradiasde fato”, avaliou Orlando. Ele come-morou a possibilidade da aberturade restaurantes e vida noturna nolocal, um atrativo a mais para o seunegócio.

Daniel Eugênio explicou que nãodeverá haver problemas em relaçãoaos proprietários dos terrenos situa-dos entre os dois pontos. “A faixa emque vamos construir é da União, quecedeu à prefeitura. O que estamos fa-zendo é garantir que a praia seja usu-fruída pelo público”, citou, referindo-se a um problema recorrente no lito-ral Norte: a falta de vias de acesso àareia. Segundo ele, a medida tambémpretende cumprir um Termo de Ajustede Conduta (TAC) firmado entre oMinistério Público Estadual (MPE) eo poder municipal, relacionado a essedireito da população.

Projeto terá vias definidas para pedestres e ciclistas

Orçamento para as duas obras conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento

Lula Castello Branco

Lula Castello Branco

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Jangada Acessível começa a atrair turistas especiaisDepois do lançamento da Acessibilidade

1, uma jangada projetada especialmente paradeficientes físicos, em fevereiro, o setor turís-tico já começa a sentir as mudanças provoca-das pelo empreendimento pioneiro e exclusi-vo no País. Segundo estimativa da AssociaçãoBrasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas(ABIH), o número de visitantes que se encai-xa no segmento dobrou, e mais três embarca-ções já estão em processo de construção.

Aampliação do projeto, desenvolvido peloarquiteto e urbanista ergonomista (profissionalespecializado em adaptar sistemas e objetosao bem-estar do indivíduo) Jorge Luiz Silva,será possível graças a duas importantes parce-rias, a Braskem e a rede de hotéis norte ame-ricana Radisson – presente em 40 países –, queinvestirão, juntas, R$ 49.500 ), para custeio dosrecursos técnico, material e humano, e o desen-volvimento das novas jangadas.

Aprimeira delas foi financiada pelo próprioJorge Luiz, que contou com o apoio daSecretaria Municipal de Promoção do Turismo,Secretaria de Convívio Urbano, Grupo deErgonomia e Novas Tecnologias da COPPE-UFRJ e Associação dos Deficientes Físicos deAlagoas (Adefal), que ainda permanecem nessanova etapa. Cláudia Pessoa, a secretária mu-nicipal de turismo, foi responsável, inclusive,pela aproximação das duas empresas com opesquisador da Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ).

OFÍCIO - A embarcação foi feita pelo pes-cador e jangadeiro Sidney Cícero da Silva, 40,conhecido como Dinho, que aprendeu o ofíciohá 28 anos, com um antigo construtor conhe-cido como Geraldo, e desde então vem fazen-do muitas das jangadas que mancham de bran-co, com suas velas, o mar verde-esmeralda dacidade.

Para adaptar a estrutura tradicional ao pro-jeto, Dinho teve que aumentar a proporção dajangada, que passou a ter 6,45m de compri-mento por 1,98m de largura. Ela pode compor-tar até dois deficientes e mais três acompa-nhantes (“para a família”, explicou), e possuium apoio de madeira onde a cadeira de rodasé encaixada. Uma barra de segurança é fecha-da à frente dos cadeirantes, mais ou menos naaltura do peito.

O contato entre Jorge e Dinho foi realiza-do pelo próprio pesquisador, que procurou aColônia de Pescadores Z1, onde o indicarampara o trabalho. “Ele me explicou a idéia e eugostei, aceitei na hora”, contou o jangadeiro.

Mas como chegar até ela? Diante do obs-táculo, o artesão Durval Joaquim, de Viçosa,ficou responsável por construir uma esteira re-sistente, fácil de manejar e grande o suficien-te para que a pessoa pudesse dar a volta coma cadeira de rodas ou que andasse lado a ladocom outro cadeirante. O material escolhido foio bambu cana-da-índia, alinhados em módu-los de 5m de comprimento por 1,60m de lar-gura.

Além do financiamento, o Radisson come-çou um trabalho de divulgação do atrativo,realizado pela assessoria de comunicação daempresa. Os resultados estão sendo positivosnão só nacionalmente, mas mundialmente,conforme a seccional da assessoria de Alagoas.A meta do hotel é alcançar o número de 20hóspedes portadores de mobilidade reduzidamensais até dezembro deste ano. Atualmente,são recebidas uma a três pessoas, a cada mês.

Carlos Gatto, presidente da ABIH, contaque o ritmo do crescimento de hóspedes por-tadores de deficiência ainda é lento, mas jávem dando resultados. “Posso dizer que do-brou, mas o número de pessoas é pequeno. Oprocesso leva tempo, e a época do verão já pas-sou, quando recebemos mais visitas”, justificou.Ele conta que os estabelecimentos já estão di-vulgando a novidade para seus clientes.

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Marina Ferro

Apesar do pouco tempo, Dinho játambém começou a perceber o aumen-to da procura. “Já recebi cadeirantesde São Paulo, Rio de Janeiro, SantaCatarina e Belo Horizonte”, enume-rou. Porém, a jangada não atrai sógente de fora: “Até o pessoal que édaqui e nunca teve a oportunidade defazer o passeio vem e se encanta”, co-

memorou o jangadeiro.Foi o caso do presidente da Adefal,

Luiz Carlos Santana, 29, que já visitouas piscinas três vezes. Paraplégico há21 anos por causa de uma infecção namedula, Luiz nunca havia tido a opor-tunidade de conhecer um dos maio-res cartões postais de Maceió. O tu-rismo – afirmou ele – é uma das maio-

res reivindicações da associação. “es-peramos que até o fim do ano oito jan-gadas iguais estejam já em funciona-mento”.

Para ele, este é um grande avançoem relação à maior dificuldade doscadeirantes, a de locomoção, ou comoexplica, “exercer o direito de ir e vir detodo cidadão”. Agora o foco, segundo

ele, é conseguir com que as empresasde ônibus atendam ao Decreto nº.5.296, de dezembro de 2004, que de-termina a total adequação das frotasa deficientes até 2014. Semana passa-da, a Piedade adquiriu 17 veículos jáequipados com o elevador, sob orien-tação da Superintendência Municipalde Transporte e Trânsito (SMTT).

Em pouco tempo, houve aumento na procura pelo passeio

Em Maceió, o passeio às piscinas naturaispara turistas especiais tem crescido nos últimos dias; oportunidade de conhecer essecartão-postal de Maceió agora é para todos

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Idealizador do projeto Jangada Acessível, Jorge Luiz diz que as condições de Maceió são as melhores da região costeira brasileira

AA2266 Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

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Ahabilidade de carregar por-tadores de deficiência para o mare retorná-los à jangada não é ta-refa para marinheiros de primei-ra viagem. Segundo Dinho, é pre-ciso saber o jeito mais confortá-vel de transportá-los, coisa que osjangadeiros de Maceió conhe-cem bem, habilidade adquiridadesde o tempo em que a Acessi-bilidade 1 não existia. “Antes, agente já recebia alguns cadeiran-

tes, mas era uma dificuldade.Tinha que amarrar ele no bancoe carregar pelo caminho de areia.Para se ter uma ideia, quandoeles chegavam lá, nem podiamdescer da embarcação”, lembrou.

As idas e vindas renderammaior facilidade para a assimila-ção do projeto; mesmo assim, ogrupo que atualmente trabalhacom a jangada acessível recebeuorientação da Associação de

Deficientes Físicos de Alagoas(Adefal), sobre o tratamento maisadequado ao público alvo.

Até a segurança em caso deacidentes melhorou bastante.“Nunca aconteceu nenhum tipode desastre, mas se um dia tivera jangada não traz risco nenhum.Todos vão de colete salva-vidaspara a piscina, e a trava de segu-rança tem abertura manual, paraque eles mesmos possam se sol-

tar. E, como quem fica amarra-da é a cadeira, se virasse eles fi-cariam flutuando como nós”, de-talhou. Dinho ressaltou aindaque todos os jangadeiros tenhamcurso de natação realizado pelamarinha.

PROGRAMAÇÃO -Segundo Dinho, é preciso ficaratento também às marés propí-cias para que esse tipo de públi-

co visite as Piscinas Naturais. Operíodo ocorre duas vezes aomês, durante as luas cheia enova, quando o nível de águaestá mais baixo e o local fica omais próximo possível da sen-sação de terra firme.

É possível programar a visi-ta com antecedência, por meiode um telefonema (9905-2515)ou no local, em frente à balan-ça de peixe da Pajuçara. De se-

gunda a quinta-feira, a esteira édisponibilizada para que as pes-soas que utilizam cadeira derodas tenham acesso à praia, deacordo com os horários previs-tos de maré baixa. No entanto,qualquer hotel ou instituiçãopode solicitar ao projeto a mon-tagem da estrutura em terra forada data, sem acréscimo no valorcobrado normalmente (R$ 20,00por pessoa).

Segundo Jorge Luiz, as condiçõesfavoráveis de mobilidade presentesem Maceió, aliadas à formação lito-rânea da cidade, com praias de águascalmas e protegidas pela cadeia decorais, determinaram sua escolhapela capital alagoana entre todos osmunicípios costeiros do País.

“Maceió, além de belas praias,tem ótimas condições topográficasda bacia que favorecem a implanta-ção do projeto. A orla de Maceió,embora não esteja 100% alinhadacom as normas de acessibilidade,está acima da média nacional, de-pois de sua reurbanização. Alémdisso, o aeroporto oferece as melho-res condições para o trânsito de ca-deirantes”, especificou.

Mas o esforço por facilitar a vidados deficientes físicos não está restri-to ao espaço público. Para atender ademanda crescente e as exigênciasda prefeitura, estabelecimentos quetrabalham com turismo vêm ade-quando seu espaço àqueles que pos-suem a mobilidade reduzida, esti-mados, atualmente, 15 milhões debrasileiros, ou 9% da população.

De acordo com Carlos Gatto, asadaptações vão de corrimões deapoio no quarto e no banheiro a Boxmaiores e portas mais largas. “Ame-dida mais nova é a disponibilizaçãode uma cadeira especial, de aço inox,instalada dentro do Box, para que oportador de necessidades especiaisnão precise molhar sua cadeira derodas”.

Ele também ressaltou as mudan-ças da orla como ponto essencial nocrescimento dessse tipo de turismoem Maceió. “A orla, além de ficarmais bonita, ainda possui rampas deacesso em todas as esquinas”. O quefalta, segundo ele, é uma maior di-

vulgação da jangada e demais espe-cificidades no material institucionaldistribuído pelo governo para o restodo Brasil. “Nós estamos apoiando, di-vulgando o projeto, mas seria bomque se aproveitasse o momento emque todos os olhos estão voltadospara o tema, por causa da novela[Viver a Vida]”, opinou.

Cláudia Pessoa, secretária muni-cipal de turismo, também afirmouque os esforços estão direcionadospara o atendimento às leis que tra-tam da acessibilidade (Decreto nº5.296, de dezembro de 2004, que re-gulamenta a Lei nº 10.048/2000 e a Leinº 10.098/2000). “Fazemos um traba-lho junto aos restaurantes, bares edemais estabelecimentos da área. Épreciso sensibilizar os empresários,a responsabilidade é nossa enquan-to cidadão”.

Em Alagoas, o percentual de de-ficientes (incluindo todos os tipos)em relação ao total de habitantes émais alto do que a média nacional,de 14,5%: mais de 445 mil pessoas seenquadram no segmento, ou 16,1%.

Outras iniciativas da prefeitura,ainda em fase de aplicação, podemcontribuir para a disseminação dafama de Maceió como destino idealpara deficientes com dificuldade delocomoção e demais tipicidades. NoParque Municipal de Maceió, porexemplo, está em curso a constru-ção de uma trilha especial para por-tadores de deficiência visual, usuá-rios de cadeiras de rodas, entre ou-tros. Também deverá melhorar a si-tuação dos turistas e residentes oprojeto Calçada Legal, que preten-de adequar as vias de pedestre àsleis de acessibilidade. Um modelo jáfoi inaugurado em frente à Adefal, noFarol.

Pescador garante a segurança do transporte legal aos passageiros especiais

A cidade de Maceió é modelo deacessibilidade para o resto do País

Marco Antônio

Turistas especiais defora e de Maceiótêm, cada vez mais,procurado o passeioàs piscinas naturaisda Pajuçara

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Operários retomam obras do aterro sanitário em ritmo aceleradoDepois que as águas de

março diminuíram o ritmo dasobras da primeira célula daCentral de Tratamento deResíduos Sólidos de Maceió,conhecido como aterro sanitá-rio, obrigando a PrefeituraMunicipal a adiar sua inaugu-ração, a Superintendência deLimpeza Urbana de Maceió(Slum), estabeleceu novo prazopara que o primeiro caminhãode lixo seja desviado do cami-

nho da Vila Emater para asimediações do Distrito deCachoeira do Meirim.

O superintendente ErnandeTorres Baracho anunciou queem meados de maio o aterro jácomeça a funcionar. Segundoele, embora algumas etapas ti-vessem suspensas por causa dachuva, outros procedimentosque não dependiam da perma-nência do bom tempo foramrealizados. Agora, o trabalho já

está normalizado – e, de acor-do com suas palavras, “devento em popa”.

“Acélula está na fase de aca-bamento. Faltam apenas algunsdetalhes, como a pavimentaçãodas vias de acesso e a instalaçãoda usina que tratará o choru-me”, citou. O líquido que es-corre do amontoado de lixo serátransformado em água e servi-rá para o consumo da Central,a compostagem (transformação

de resíduos orgânicos em insu-mos utilizáveis na agricultura).

Iniciadas em outubro de2009, as obras da primeira cé-lula deveriam terminar emmarço. Uma vez pronta, a es-trutura passará a receber todoo lixo da cidade, e terá vida útilde cinco anos. Ela será imper-meabilizada, e haverá poços demonitoramento na região paraajudar no controle da contami-nação dos lençóis freáticos.

Serão quatro espaços seme-lhantes ao todo, cada um acio-nado a partir da desativaçãodo anterior; em 20 anos, aterrosanitário terá alcançado sua ca-pacidade máxima.

A área total utilizada cor-responde a 139 hectares (o equi-valente a mais ou menos 139campos de futebol). A delimi-tação do espaço construído,porém, é de cerca de 90 hecta-res. O orçamento destinado ao

projeto foi de R$ 300 milhões,pagos ao consórcio de empre-sas vencedora da licitação, a V2Ambiental.

Nele está incluída a cons-trução do aterro sanitário e oprocesso de recuperação do ter-reno onde o lixão está instala-do, no São Jorge, um fator que,apesar de demorar cerca de 30anos para ser finalizado, já vemaumentando as perspectivas denegócio no bairro.

Célula está em fase de acabamento, faltando apenas a pavimentação das vias de acesso; chorume será transformado em água utilizável

No Sítio São Jorge, com a saída do lixão, os imóveis serão mais valorizados e as pessoas terão uma melhor qualidade de vida

Técnicos da Prefeitura de Maceió e ambientalistas dão explicações sobre a instalação do aterro sanitário e como ele vai funcionar, diferentemente de como é um lixão

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Yvette Moura

Yvette Moura

Lula Castello Branco

Mesmo com a vista privilegiada,a proximidade da praia e uma gran-de área verde ainda preservada, ocrescimento populacional do antigoSítio São Jorge, hoje transformado embairro, nunca chegou a vingar.Famílias em situação precária, mui-tas atraídas pela possibilidade de tiraro sustento do lixo, ocuparam, aolongo dos anos, as encostas da área;poucas ruas reúnem casas amplas,de terrenos grandes, porém desvalo-rizadas; dois grandes prédios aguar-dam que a vida tome conta de seusaposentos.

Os estabelecimentos da região são,na quase totalidade, pequenos, pro-priedades das pessoas que insisteme viver ali, apesar da fumaça e domau cheiro trazido pelo vento. Osterrenos mal alcançavam os R$ 20mil, e o rodízio de donos é intenso.

É o que pode se observar em umarápida passada pelo local, ou em umaconversa com alguns dos moradores.Geraldo Gomes da Silva, 34, entendebem essa realidade. Seus pais se mu-daram para o bairro quando ele aindanão havia nascido, em um sítio.Depois que ambos faleceram e o ter-reno foi repartido entre ele e maiscinco irmãos, o aposentado – graçasa uma cirurgia feita no coração – pas-sou a viver no Conjunto Luiz PedroIV, praticamente aos pés do lixão. Avista principal das casas é a monta-nha de detritos, cujo nascimentoGeraldo se recorda bem.

“Eu vi a primeira caçamba de lixochegar aqui, quando tinha 6 ou 7anos. Não tem essa água verde quepassa em frente ao conjunto? Era umriacho, com peixe e tudo; a gente to-mava banho e minha mãe lavavaroupa nele”, recorda, se referindo àlíngua de esgoto que desemboca emCruz das Almas, após passar pelaGrota do Arroz.

Segundo ele, as casas do conjun-to são vendidas a uma faixa de R$ 10a 20 mil, com mais freqüência queem outras regiões. O problema, nasua avaliação, é a falta de costumecom os insetos, o cheiro e a visão dolixo. “Minha esposa, logo quandoveio para cá, adoeceu. Tinha ânsia devômito, tontura”. Uma de suas vizi-nhas, contou ele, está para se mudarantes do verão, quando os incêndiosno lixão são mais freqüentes e a fu-maça toma conta das residências. Amulher sofre de asma.

Porém, já vislumbrando a recu-peração da área, e mesmo sabendoque serão anos até que esses efeitossejam sanados, muita gente começoua elevar o preço dos imóveis. Geraldopretende esperar até que o processoesteja mais avançado para vender suaparte do sítio herdado, alugar suacasa e viver no interior, como sempresonhou.

A valorização dos terrenos da re-gião já é realidade, antes mesmo dadesativação do lixão. WellingtonCosta, 26, vendeu seu pedaço de terrade 10m por 25m há quatro meses,por um valor superior ao triplo dequando o comprou, há dois anos. DeR$16 mil, a propriedade passou avaler R$60 mil.

Ele também vislumbra o cresci-mento do negócio de seu sogro, pro-prietário do Mercadinho Miramar.Wellington conta que a família pre-tende abrir um churrasquinho ou bar,tipo de empreendimento impensá-vel atualmente. “Quem é que vai que-rer comer cheirando lixo?”, justifica.

Segundo Ernande Torres, o pro-cesso de revitalização da área envol-ve diversas etapas. O lixo será reco-berto; uma camada material inerte(aquele que não participa de nenhu-ma reação química) será colocada; ochorume será tratado e o espaço seráreflorestado aos poucos com vegeta-ção nativa.

Wellington conta que antes nãohavia muita esperança de que issode fato ocorresse, quando gestões an-teriores haviam prometido a mudan-ça. “Agora estamos otimistas, porqueestamos vendo o aterro sendo cons-truído”.

Imóveis do Sítio SãoJorge serão valorizados

A situação mais preocu-pante, talvez, seja a da VilaEmater, onde residem os ca-tadores de lixo. Depois demal-entendidos e protestosda comunidade, a Prefeiturae os trabalhadores finalmen-te parecem ter entrado emacordo.

Serão duas as medidasprincipais adotadas pelo mu-nicípio. Aprimeira delas tra-balhará com o desenvolvi-mento do ofício em que oscatadores já estão inseridos:a comercialização de mate-rial reciclado.

Para viabilizar a ativida-de, dois galpões de triagemserão construídos para quea Coopvila, cooperativa cria-da pelo grupo, sob orientaçãodo poder público municipale auxílio da Organização NãoGovernamental (ONG)Guerreiros da Vila, selecio-ne o material aproveitávelpara a reciclagem, um naSanta Lúcia e outro noBenedito Bentes.

Asegunda medida, reali-zada através da SecretariaMunicipal de AssistênciaSocial (Semas) e parceiros,será a capacitação profissio-nal dos trabalhadores, paraque aprendam a ser carpin-teiros, eletricistas, pedreirose demais ofícios necessáriosà construção das células daCentral, para que sejam con-tratados pelos consórcios deempresas, além de cursosmais amenos, como cabelei-reira.

Os recursos já estão ga-rantidos, através do convê-nio com o Ministério dasCidades, que repassará amaior parte dos cerca de R$650 mil destinados aos pro-jetos, dinheiro também pro-veniente do PAC.

Ernande Torres conta queo objetivo foi auxiliá-los aconseguir a autossuficiência,para que não dependam in-definidamente de ajuda go-vernamental, como as bolsade assistência do governofederal. “É preciso ensiná-losa pescar”.

Dois galpões e uma profissão

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Novo sistema de organização reduz índice de dispensa por licença médica

De outubro de 2009 ajaneiro de 2010, o número deservidores municipais afasta-dos por motivo de licençamédica diminuiu em 80%. Aintrigante redução, ocorrida emapenas três meses, não tem re-lação com a melhora súbita daspessoas que voltaram ao tra-balho. A solução foi mais sim-ples: um software (programade computador) foi criado paraque as secretarias pudessemcontrolar os pedidos feitospelos funcionários.

Aferramenta, que começoua ser desenvolvida em novem-bro de 2009 pela Secretaria deMunicipal Administração, Re-cursos Humanos e Patrimônio(Semarhp), foi idealizada como objetivo de facilitar a verifi-cação do número total de diasem que passava afastado cadatrabalhador, diminuindo, as-sim, os casos de licença des-necessária.

Antes de entrar em fun-cionamento – todo o municí-pio já está usando o softwaredesde janeiro deste ano –, oservidor entregava o docu-mento aos Recursos Humanos(RH) de onde estava lotado, eo controle era feito manual-mente, através do preenchi-mento de fichas. Além doenorme volume de papel e tra-balho, dificilmente era possí-vel verificar com a velocidadenecessária se a pessoa já haviaexcedido o limite de dias deafastamento determinado peloEstatuto do Servidor.

Segundo o secretário mu-nicipal de administração, Sér-gio Vilela, essa foi a linha in-dutora do projeto. “Sem a ins-peção dos afastamentos pode-ria existir o desatendimento aodispositivo legal que obriga aavaliação médica oficial paranovas concessões de licenças,e é justamente nesse aspectoque se concentraram os es-

forços para corrigir essas in-congruências”, destacou.

O documento define o máxi-mo de 30 dias de falta por ano,consecutivos ou não. Quandoesse limite for ultrapassado, ofuncionário deve ser examina-do por um profissional da JuntaMédica do município, que ve-rificará se o descanso é, de fato,necessário. Se o afastamento so-licitado foi mais longo que trêsdias seguidos, também é pre-ciso passar por esse processo.

“Imagine controlar todos osatestados da Secretaria Mu-nicipal de Educação, que temum volume grande [6.023] deservidores”, exemplificou o

analista Fernando Pinto, umdos programadores da ferra-menta.

Agora, os gestores dos RHsde cada órgão municipal in-serem os dados dos pedidosaté o fim de cada mês. Umtreinamento foi dado pela se-cretaria para que não houvesseproblemas com o uso do pro-grama, que possui uma inter-face simples. Ele calcula sozi-nho o número de dias, e, sehouver a tentativa de inclusãode um novo atestado, o sistemaimpede o usuário.

SOFTWARE LIVRE - Afer-ramenta, totalmente desen-

volvida por técnicos da Se-marhp – com custo zero, por-tanto – foi elaborada seguindodeterminação do governo fe-deral; um software de uso livree gratuito.

Por causa dessas caracterís-ticas, a possibilidade de o pro-jeto ser exportado para outrosestados se torna mais concreta.O interesse, inclusive, já foidemonstrado por várias capi-tais, durante o 51º FórumNacional de Secretarias Muni-cipais de Administração dasCapitais (Fonac), ocorrido emmarço, no Hotel Ritz Lagoa daAnta. Porém, ainda não há ne-gociações em curso.

Secretário Sérgio Vilela, da Administração, disse que o novo sistema vai organizar as concessões de licenças

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Cidades JORNALO JORNALO

SAIBA O QUE DIZ O ESTATUTODO SERVIDOR A RESPEITO DA LICENÇA MÉDICA:

Art. 101 - Será concedida ao servidor Licença paraTratamento de Saúde, a pedido ou de ofício, com baseem perícia médica, sem prejuízo da remuneração a quefizer jus.

Art. 102 - Para licença até 3 (três) dias, a inspeçãoserá feita por médico assistente e, se por prazo supe-rior, por Junta Médica Oficial.

§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica serárealizada na residência do servidor ou no estabelecimen-to hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º - O servidor que durante o mesmo exercícioatingir o limite de 30 (trinta) dias de licença para trata-mento de saúde, consecutivos ou não, para a conces-são de nova licença, independentemente do prazo desua duração, será submetido à inspeção por JuntaMédica Oficial.

Art. 103 - Findo o prazo da licença, o servidor serásubmetido à nova inspeção médica, que concluirá pelavolta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela apo-sentadoria.

Art. 104 - O laudo da Junta Médica não se referiráao nome ou natureza da doença, salvo quando se tra-tar de lesões produzidas por acidente em serviço oudoença profissional.

Art. 105 - O servidor que apresentar indícios de le-sões orgânicas ou funcionais será submetido à inspe-ção médica.

Arquivo

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Associação aprova mudanças no trânsitoPara a representante da

Associação dos Hotéis, Pou-sadas e Trade Turísticos do li-toral norte (Ahmaja), VergíniaStodolni, o ordenamento dotrânsito em Maragogi deve tra-zer benefícios para o setor. Elaacredita que os ajustes realiza-dos atendem à demanda decrescimento da cidade, que vêa população triplicar durantea alta temporada. No entanto,acredita que as mudançasainda encontram resistênciaem questões culturais.

“Toda mudança provocaconflitos, que são superados

com o tempo, à medida que apopulação vai se adaptando. Omunicípio cresceu bastante eprecisa de um trânsito fluído,sem congestionamentos. Massão necessárias algumas adap-tações ao plano inicial propos-to pela polícia. Maragogi re-cebe turistas de todos os luga-res do Brasil e até de outrospaíses. Para nós do setor hote-leiro, a organização é muitobem vinda, porque mostra quea cidade está preparada parareceber visitantes”, observou.

Vergínia cita o ordena-mento do trânsito durante o

carnaval como exemplo.Segundo ela, durante a Festade Momo deste ano, nenhumgrande congestionamento foiregistrado no município.“Trabalho com turismo hámuitos anos em Maragogi enunca vi um carnaval tão or-ganizado quanto este último.O trabalho da Polícia Militarmerece destaque, porque foibastante eficiente. O plano detráfego atendeu todas as ex-pectativas do setor hoteleiro”,garantiu.

A empresária lembra quejá foi multada, mas reconhe-

ce o erro ao relatar que esta-cionou em área proibida.“Como já disse, é uma ques-tão cultural. Eu sabia que olocal era de estacionamentoproibido, mas decidi conti-nuar mesmo assim. Era cô-modo naquele momento, enão posso afirmar que o po-licial não estava cumprindoo seu papel. Mas temos quenos conscientizar sobre a im-portância de respeitar normasde trânsito”, ressalta a repre-sentante da Associação dosHotéis, Pousadas e TradeTurístico, Vergínia Stodolni.

Conselho define o reordenamento

As discussões sobre o trân-sito em Maragogi ganharamforça na última semana, quan-do o Conselho Municipal deSegurança definiu novas alte-rações para o tráfego de veí-culos na área central da cida-de. Durante a reunião, queaconteceu na sede da CâmaraLegislativa, foram delimita-das áreas específicas paracarga e descarga de mercado-rias e para estacionamento atéa conclusão das obras de re-vitalização do Centro, quedevem ser finalizadas aindaeste ano.

Após a apresentação doplano de ordenamento feitopelo 6º Batalhão da PM, os ve-readores, a promotora de JustiçaFrancisca Paula Santana, o se-cretário de Obras e Infraes-trutura de Maragogi, PedroJeová, representantes da Guar-da Municipal e da Associaçãode Hotéis, Pousadas e TradeTurísticos do litoral norte suge-riram mudanças, que foramacatadas pelo comando da po-lícia e já começaram a vigorar.O patrulhamento de trânsito,que também havia sido suspen-so, voltou ao normal.

Segundo a promotoraFrancisca Paula Santana,além de prejudicar o comér-cio do município, o plano deordenamento impedia a exe-cução de serviços públicos,como a manutenção da redeelétrica. Técnicos da Ele-trobrás Distribuição Alagoas(antiga Companhia Ener-gética de Alagoas – Ceal) ale-garam que os reparos na rededo município estariam para-dos depois que uma equipedo órgão foi multada por es-tacionar em área proibida du-rante a execução dos traba-lhos de manutenção.

“O ordenamento não podeimpedir a execução de servi-ços públicos. Esse foi mais umdos motivos pelos quais oMinistério Público Estadualdecidiu convocar o Conselhode Segurança para discutir otrânsito em Maragogi. Oplano inicial servirá comobase para as melhorias. Oacesso de vereadores àCâmara, por exemplo, nãopode ser impedido. Uma áreadeve ser destinada para o es-tacionamento de veículos pró-ximo ao local, o que não haviaanteriormente”, observou apromotora de Justiça Fran-cisca Paula.

Para o secretário de Obrase Infraestrutura de Maragogi,Pedro Jeová, o município nãoacumulará prejuízos com a re-tirada de placas e a pintura denovas faixas, o que custoucerca de R$ 13 mil aos cofrespúblicos. Ele explicou que omaterial deve ser relocadopara outras áreas que tambémnecessitam de sinalização, por-tanto sem ônus para a prefei-tura. Apenas placas para de-ficientes físicos e outras indi-cativas de carga e descarga demercadorias terão que ser con-feccionadas.

“Foram confeccionadas115 placas de metal parasubstituir as de madeira queexistiam na cidade. Elas serãoapenas relocadas para outrospontos que não têm sinaliza-ção atualmente. Não haveráperdas para o município, jáque o material será reapro-veitado. Mas, será necessáriaa compra de novas placas, in-dicando áreas exclusivas paracarga e descarga, além devagas para deficientes físi-cos”, expôs o secretário deobras, Pedro Jeová.

JORNALO JORNALO

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Municí iosp

Eduardo Almeida

Eduardo Almeida

Trânsito gera polêmica em MaragogiVereadores e comerciantes reclamam do plano de tráfego elaborado pelo 6º Batalhão da Polícia MilitarEduardo AlmeidaRepórter

MARAGOGI – Classifi-cado como “caótico” pela po-pulação, o trânsito no segun-do pólo de turismo do Estadotem provocado muita polêmi-ca entre vereadores, comer-ciantes e representantes daPolícia Militar de Alagoas. Asrestrições às áreas de estacio-namento e o elevado númerode multas – aplicadas inclusi-ve aos próprios vereadores –motivaram questionamentossobre a eficácia do plano deordenamento, elaborado pelo6º Batalhão da PM após umestudo de tráfego na região.

Se de um lado os vereado-res e empresários alegam quefaltam áreas para estacionarno Centro, o que afeta o co-mércio local, a Polícia Militarargumenta que as ruas estrei-tas da cidade permitem queas vias funcionem apenascomo local de parada, ou seja,o tempo necessário para o em-barque e desembarque de pas-sageiros. No entanto, as dis-cussões giram em torno deáreas para carga e descarga demercadoria, que atualmentenão atendem os anseios dosempresários locais.

Descontentes com as altera-ções no trânsito, uma comissãode vereadores e comerciantesprocurou o Ministério PúblicoEstadual para informar os pre-juízos que acumulam. A pro-motora de Justiça FranciscaPaula Santana convocou umaaudiência pública, onde oConselho Municipal deSegurança definiu alteraçõesno plano de ordenamento.Ficou acertado que parte dasplacas de sinalização, que cus-taram cerca de R$ 13 mil aoscofres públicos, seria retiradae as áreas liberadas para esta-cionamento.

Conforme o comandante

do 6º Batalhão, tenente-coro-nel Osman Vilela, as altera-ções podem significar um re-trocesso. Vilela explicou queo ordenamento foi baseadoem um estudo que monito-rou os principais pontos detrânsito na cidade. O coman-dante disse ainda que a efi-cácia do plano elaboradopela polícia foi constatadadurante o carnaval deste ano,quando o trânsito fluiu nor-

malmente, sem congestiona-mentos.

“O ordenamento deu maisfluidez ao trânsito, que era caó-tico. Durante o carnaval, quan-do a população cresce com achegada de turistas, não regis-tramos problemas. As mudan-ças implantadas acontecerambaseadas em estudos e não deforma arbitrária. No entanto, oprojeto está aberto a sugestões,que podem ser adotadas caso

a maioria assim decida. A PMnão trabalha para impor e, sim,em colaboração com a popula-ção, que é a maior beneficiadacom o projeto”, explicouOsman Vilela.

Segundo a presidente daCâmara de Vereadores, ElbaVasconcelos, as discussõessobre o trânsito de veículosem Maragogi foram motiva-das pelo número de recla-mações que os membros do

Legislativo receberam. A ve-readora explicou que algu-mas placas foram retiradase que a sinalização horizon-tal de algumas vias apaga-da. A PM suspendeu as mul-tas na última semana, apósacordo estabelecido entreMinistério Público, prefeitu-ra, vereadores e a própriapolícia.

“Os vereadores entende-ram que há excesso de placas

proibindo o estacionamento.Em Palmares, Pernambuco,há doze placas enquanto emMaragogi há sessenta. O nú-mero de multas também é ele-vado, foram mais de 600 sóeste ano. Nós entendemosque deve haver um trabalhoeducativo antes das punições.Até turistas haviam sido mul-tados”, explicou a presiden-te da Câmara, Elba Vas-concelos.

Áreas para carga edescarga de mercadorias

não atende os anseiosdos empresários

Conselho Municipal de Segurança definiu, durante reunião, as novas alterações para o tráfego de veículos na área central da cida-

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O serviço Social do Co-mércio (SESC) realiza maisuma etapa do projeto CineSesc no Interior. Nos dias 28 e29 de abril serão exibidos fil-mes brasileiros nas unidadesSesc Ler Palmeira dos Índios eSesc Ler Teotônio Vilela. Opbjetivo é garantir o acesso dejovens e adultos ao cinema dequalidade e, a partir disso, pro-mover o debate e incentivar areflexão sobre temas como ci-dadania e cultura.

No dia 28 será exibido, emPalmeira dos Índios, o filmeMaré, Nossa História de Amor,da premiada diretora LuciaMurat. No dia 29, em TeotônioVilela, será a vez de O Céu deSuely, de Karim Aïnouz. A en-trada é franca em ambas asexibições.

A narrativa de Maré, NossaHistória de Amor foi construí-da a partir de elementos co-muns da realidade brasileirae se utiliza de elementos lúdi-cos, característicos de um mu-sical. O filme é uma releiturado clássico Romeu e Julieta,de Shakespeare, com traços darealidade subdesenvolvida doBrasil, junto à nossa musicali-dade e dança contemporânea.A personagem Analídia é filhade um dos chefes do tráfico dedrogas.

Jonatha, interpretado porVinícius D’Black, escolhidoentre mais de 500 candidatospara viver o personagem, éirmão do chefe da facção rivaldo pai de Analídia. Separadospelo apartheid das drogas, elesencontram no grupo de dançada comunidade um refúgiopara o sonho. Este é o segun-do filme em que a diretoraLucia Murat e a atriz MarisaOrth trabalham juntas. O pri-meiro foi Doces Poderes.

O Céu de Suely apresenta ahistória de uma jovem de 21anos, Hermila (interpretada porHermila Guedes), que está devolta à sua cidade natal, a pe-quena Iguatu, no interior doCeará. Ela volta acompanhadade seu filho. Ambos estão à es-pera de Mateus, pai da crian-ça, que ficou em São Paulo pararesolver assuntos pendentes.

O tempo passa e Mateus de-saparece. Hermila quer, a qual-quer custo, sair daquela cidadee tem uma ideia inusitada: rifarseu próprio corpo para conse-guir dinheiro suficiente paracomprar uma passagem de ôni-bus para outra cidade e come-çar uma vida nova. Com dire-ção de Karim Aïnouz, o mesmodiretor de Madame Satã, ofilme será exibido no Sesc LerTeotônio Vilela.

Festival “Gargalhada” vai contar com a participação de diversos artistas que trabalham com o universo do circo em Alagoas

CULTURA

Arapiraca realiza o primeiro encontro de palhaços do Estado

Vacinação contra aaftosa começa em maio

Alagoas dará início a maisuma campanha de vacinaçãocontra a febre aftosa no próxi-mo mês. Velha conhecida dosprodutores de bovídeos (bois ebúfalos) e já incorporada aos há-bitos agropecuários, essa etapatraz uma novidade. Pela primei-ra vez será realizada durante omês de maio.

Amudança no calendário va-cinal, que teve seus meses alte-rados de abril e outubro paramaio e novembro, atendeu a umpedido de diversos segmentosda agropecuária alagoana.“Igualamos nosso calendário aosde Sergipe e Bahia. Temos umtrânsito intenso de animais comesses estados. Movimentaçãoque ficava prejudicada duranteas campanhas de vacinação porcausa das distorções de datas”,explica Hibernon Cavalcante, di-retor presidente da Agência deDefesa e Inspeção Agropecuáriade Alagoas (Adeal).

As novas datas da campanhasolucionam problemas, mas oscriadores devem ficar atentos: asvacinas só podem ser adquiri-das durante os meses de vacina-ção de Alagoas. “Alguns produ-tores que possuem proprieda-des em Alagoas e Pernambuco,que continua vacinando em abril,já estão comprando vacinas paraaplicar nos animais dos dois es-tados. Isso não pode ser feito. As

vacinas aplicadas em Alagoas sópoderão ser compradas emmaio”, alerta Hibernon.

A vacinação, destinada atodos os bovinos e bubalinos, co-meça, no próximo dia 1° e vaiaté 31 de maio. A exemplo deoutras etapas o governo deAlagoas doará 165 mil doses devacinas para produtores que pos-suírem até 10 animais.

Os criadores que não se en-caixarem nesse perfil devem ad-quirir a vacina em uma loja agro-pecuária. A nota fiscal de com-pra serve como comprovante davacinação e deve ser apresenta-da em um dos escritórios daAdeal, até 15 dias depois do tér-mino da campanha.

Quem não vacinar ou nãodeclarar a vacinação está sujeitoa penalidades, como multas eimpedimento de comercializaros animais. “Estamos no rumode alcançar o reconhecimento dezona livre da febre aftosa. Ama-nutenção de bons índices de co-bertura vacinal é um fator im-portantíssimo nesse processo.Por isso, nessa campanha enfa-tizaremos as fiscalizações a pro-priedades de risco e produtoresinadimplentes”, declaraHibernon.

Em caso de dúvidas, os pro-dutores podem acessarwww.adeal.al.gov.br ou ligar gra-tuitamente para 0800 082 0040.

Cine Sesc exibe filmes no interiorProjeto vai beneficiar com produções brasileiras as unidades de Palmeira dos Índios e Teotônio Vilela

AA3300 Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Municípios JORNALO JORNALO

Um evento que tem comofoco a brincadeira e o riso vaiinvadir as ruas de ArapiracaNos próximos dias 23, 24 e25 o município sedia oFestival Gargalhada, o pri-meiro encontro de palhaçosda cidade. A atividade é umarealização da CompanhiaTeatral Turma do Biribinha,comandada pelo palhaçomais conhecido do Estado.

Aideia deste animado en-contro surgiu da necessida-de de imortalizar a tradiçãoda arte circense em Alagoas.“Viajamos o Brasil todo par-ticipando de eventos grandio-sos neste segmento e quere-mos aproximar nossa arte dopúblico daqui. Temos com-petência e talento de sobra”,

diz o representante do grupo,Silveira Júnior, o palhaçoMixuruca, preocupado emperpetuar essa cultura popu-lar às futuras gerações.

Mixuruca seguiu a carrei-ra do pai, o Biribinha. Iniciouna “brincadeira” ainda crian-ça, aos seis anos. “O circo temessa magia. Começamos jo-gando umas bolinhas e quan-do menos se espera, já esta-mos completamente envolvi-dos”, conta o palhaço, duasvezes campeão (2005 e 2009)no quadro Se Vira nos 30, doprograma Domingão doFaustão. Venceu com instru-mentos inusitados: um pianofeito com garrafas e o outrocom panelas.

No festival Gargalhada

serão três dias de muita ale-gria e atividade, com a parti-cipação de artistas consagra-dos do universo circense. Nasexta (23), haverá uma “pa-lhaceata”, um desfile de pa-lhaços, músicos, atores, artis-tas de rua contagiando o pú-blico para a prática do riso.Em seguida, apresentação doartista cearense AugustoBonequeiro, com seu parcei-ro de palco, o BonecoFuleragem, além da exibiçãodo filme O Circo, de CharlesChaplin.

Já no sábado (24), é a vezdo espetáculo Palha Assada,do palhaço Xeleléu (BA);Linguiça Antes e Depois doAmor, do palhaço Linguiça(PE); e Casar pra depois

Morrer... de Rir, da Turma doBiribinha. Palestras sobre ocirco, exibição de filme nascomunidades também fazemparte do evento. Fechando oencontro, no domingo (25),os Doutores da Alegria leva-rão doses de humor aos hos-pitais. No final da tarde, maisapresentações com os artis-tas da terra – um circo lambelambe e um conto mágico – ea participação especial deMárcio Libar, fundador doTeatro de Anônimos (RJ), comO Pregoeiro.

Os espetáculos que serãoapresentados na Tenda daAlegria, montada no ParqueCeci Cunha, terão custo de R$5 e R$ 10. Mais informações:(82) 9323-2389 ou 9946-3151.

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JORNALO JORNALO

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Ara iracaAA3311

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Atores do grupo de teatro circulam pelas ruas e flagram crianças trabalhando no centro de Arapiraca

Projeto busca diminuir índicesNo Brasil foram criados

alguns programas para com-bater o trabalho infantil.Além do Bolsa Escola, noqual os pais recebem umaquantia em dinheiro por cadacriança mantida na escola, háo Programa de Erradicaçãodo Trabalho Infantil (Peti). Oprograma oferece a BolsaCriança Cidadã, com o obje-tivo de recriar condições mí-nimas para que a famíliapossa prover suas necessi-dades básicas e complemen-tar sua renda. Existe ainda oFórum Nacional de Preven-ção e Erradicação do Traba-lho Infantil.

Em Arapiraca, o progra-ma atende mais de 1300 cri-

anças e adolescentes entre 7e 15 anos, distribuídas nos 29núcleos existentes. De acordocom a coordenadora do Petiem Arapiraca, Maria JoséGomes Carneiro, o municí-pio tem conseguido reduziros índices do trabalho infan-til através de diversas açõesque contemplam a área rurale urbana. “O enfrentamentodas políticas feitas no Brasilcontra o trabalho infantil temdado resultado. Os númeroscaíram pelo enfrentamentodo governo, da sociedade”,afirma.

A coordenadora disse quea maior dificuldade esta rela-cionada as crianças que tra-balham na agricultura fami-

liar. “Temos dificuldadespara identificar os locaisporque em muitos casos ascrianças trabalham com aporta da casa fechada e se es-condem quando a equipe doPeti se aproxima”, ressalta.

Dentre as ações do Peti emArapiraca esta a realizaçãode oficinas de música comaulas para as crianças e ado-lescentes assistidos no proje-to. “Ao abandonarem a esco-la, ou terem que dividir otempo entre a escola e o tra-balho, o rendimento escolardessas crianças é muito ruim.Para que isso não acontecerealizamos atividades quedespertem o interesse das cri-anças”, expôs Maria José.

MPT lança campanha em ALO Ministério Público do

Trabalho (MPT) em Alagoas deuinício a uma série de atividadespara sensibilizar a população eabrir o debate sobre as respon-sabilidades do Estado, da so-ciedade e da família na proteçãointegral de crianças e adoles-centes. Em 2010, o MPT traz umanova campanha educativa decombate ao trabalho infantil, bemcomo concurso de redação des-tinado a alunos da rede muni-cipal de ensino.

Em uma audiência públicaque será realizada na próximaquinta-feira, o MPT pretendefazer amplo debate sobre o com-bate ao trabalho infantil. O even-to contará com a participação derepresentantes da Justiça do

Trabalho (TRT 19ª Região), doMinistério Público Estadual, daAssociação dos Magistrados doTrabalho de Alagoas (Amatra),da Vara da Infância e daJuventude da Capital, da Orga-nização Internacional do Tra-balho (OIT), da PrefeituraMunicipal de Maceió, dentre ou-tros órgãos.

O objetivo de abrir a dis-cussão sobre o papel dosConselhos Tutelares é no senti-do de sensibilizar os conselheirospara atuação na chamada buscaativa de crianças encontradas tra-balhando nas ruas. Isso faz parteda estratégia de implantação dodisque denúncia, que funcionará24 horas na capital, em cumpri-mento a acordo judicial firma-

do com o MPT. De acordo com a procu-

radora do Trabalho RosemeireLôbo, a intenção é sensibilizaros conselheiros tutelares paraatendimento imediato às de-mandas apresentadas pela so-ciedade sobre exploração do tra-balho de crianças e adolescentese exploração sexual infantil, apartir do disque denúncia.“Todos temos de unir forças,cada um fazendo sua parte, paratentarmos extinguir essa chagamundial que é o trabalho pre-coce. Por isso é importante quetodos estejamos cientes de nos-sas responsabilidades. Não dápara extinguir o trabalho infan-til sem que haja parceria e uniãode forças”, declarou.

Escolas oferecem jornadas ampliadasO projeto de Escolas de

Tempo Integral de Arapiracafoi o primeiro do Estado.Atualmente, a cidade possuisete escolas que oferecem jor-nadas ampliadas com reforçoescolar e atividades comple-mentares, a exemplo de aulasde balé, dança, música, aulasde Francês, teatro, informáti-ca, atividades esportivas, cul-tivo de hortaliças e alimentaçãocinco vezes ao dia, além daoferta de cursos profissionali-

zantes para os pais de alunos.A proposta tem o objetivo

de reforçar o repasse de conhe-cimentos, estimulando as po-tencialidades dos jovens, alémde manter os alunos em tempointegral, com uma jornada dedez horas. Relatório divulgadopela Secretaria Municipal deEducação no final do ano pas-sado revelou que nenhum dos1.900 alunos desistiu ou pediutransferência para estudar emoutro estabelecimento.

Para Maria José Gomes, asEscolas de Tempo Integral têmsido uma aliada ao combate aotrabalho infantil no município.“Retirar uma criança do traba-lho infantil implica em que elaseja mantida e acolhida pela es-cola, a oportunidade para par-ticipar de atividades comple-mentares na escola, políticas deinclusão, políticas que atendamas famílias dessa criança, que acriança tenha assistência do sis-tema de saúde”.

Grupo combate a exploração infantilCia. Luzes da Ribalta realiza um trabalho de orientação às pessoas que circulam nas ruas do centro da cidadeCarolina SanchesRepórter

ARAPIRACA – Apesar deo trabalho infantil no País tercaído 0,7% na comparaçãocom 2007, o Brasil ainda tem993 mil crianças ocupadasentre 5 e 13 anos. A informa-ção faz parte da últimaPesquisa Nacional por Amos-tra de Domicílios (Pnad) di-vulgada no ano passado peloInstituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE).Nordeste é a região que apre-sentou a maior proporção depessoas ocupadas com idadeentre 5 e 17 anos.

A triste realidade não serestringe apenas a áreas ru-rais. No centro da cidade deArapiraca, não é difícil encon-trar crianças que, ao invés deestarem na escola, estão traba-lhando. São tarefas enfado-nhas e mal remuneradascomo vendedores DVDs, pi-colés e balas. Também há en-graxates e vigias de carros.

Para combater o proble-ma no município, um grupode teatro iniciou um traba-lho de orientação as pessoasque circulam nas ruas da ci-dade. Além desta ação, ogrupo realiza oficinas de tea-tro para crianças de comuni-dades carentes. A iniciativa éda Cia. Teatral Luzes daRibalta, composta por umgrupo de atores do municí-pio de Arapiraca.

O Diretor de markting daLuzes da Ribalta, MarlosHenrique dos Santos Ferreira,explicou que a proposta depromover ações para coibiro trabalho infantil no muni-cípio surgiu pela observação

de pessoas do grupo de tea-tro. “Os participantes perce-beram que o grupo teatralnão pode se restringir ape-nas a apresentações de espe-táculos, mas contribuir paraa melhoria da sociedade”,afirmou.

Há duas semanas, umanova etapa do projeto foi co-locada em prática. Antes, aação era apenas através deoficinas de teatro que são rea-lizadas nas comunidades ca-rentes. “As oficinas são opor-tunidades para que as crian-ças e adolescentes das comu-nidades possam a-prender teatro e, aomesmo tempo, teruma ocupação queevite o trabalho narua”, afirma.

Na segunda etapa,os artistas se fanta-siam e vão às ruaspara realizar um tra-balho de conscientiza-ção. O alvo é o centroda cidade, onde a cir-culação de pessoas émaior. Nas ações, ogrupo distribui panfletos ecartilhas educativas e orien-ta crianças, adolescentes eadultos. “Buscamos explicarpara as pessoas a importân-cia de respeitar a Lei. Quandoencontramos crianças e ado-lescentes trabalhando, bus-camos explicar a importân-cia de ir à escola e de prati-car outras atividades”, expli-cou o diretor de marketing.

O menor R.S., de 11 anos,trabalha como engraxate nasruas do centro de Arapiraca.Ele contou que trabalha pelamanhã e a tarde para ajudara família. Ao receber a carti-

lha do grupo teatral, R.R. de-volveu aos artistas e disseque não sabia ler. Quandopercebeu a aproximação deum adulto, que também tra-balha como engraxate, o me-nino se afastou da reporta-gem de O JORNAL.

Para Marlos Henrique, oque leva as crianças a traba-lharem é a realidade econômi-ca das famílias, que têm con-dições de manter seus filhosna escola, obrigando-os a con-tribuírem com o orçamentodoméstico como forma de ga-

rantia da sobrevivên-cia de toda a família.“Muitos pais impõemque seus filhos aban-donem os estudos paratrabalhar e isso é pre-judicial. Os pais deve-riam buscar outras for-mas de sobreviver e seconscientizar de que oestudo é o diferencialpara um futuro me-lhor”, diz.

PROIBIDO – A legisla-ção brasileira proíbe qualquertipo de trabalho para meno-res de 14 anos. O trabalho apartir dos 14 anos é permiti-do apenas na condição deaprendiz, em atividade rela-cionada à qualificação pro-fissional. E acima dos 16 anoso trabalho é autorizado desdeque não seja no período danoite, em condição de peri-go ou insalubridade e desdeque não atrapalhe a jornadaescolar. No entanto, se ojovem com mais de 16 anosnão tiver carteira assinada ouestiver em situação precária,ele entra nos números de tra-balho infantil e ilegal.

Carolina Sanches

Artistas

do grupo

fazem

panfletagem

e orientam

crianças nas

ruas do

Centro

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Economia

Xiemar Zarazúa, presidente da Coca-Cola Brasil, esteve em Maceió Nova unidade da empresa multinacional no Benedito Bentes, na capital alagoana, projeto sustentável exigiu recursos de R$ 90 milhões

Coca-Cola vai investir R$ 11 bi no BrasilPaís e Nordeste se destacam, segundo presidente nacional da companhia, como mercados promissores

Patrycia MonteiroRepórter

Cerca de 28% da populaçãobrasileira ingere refrigerantepelo menos cinco vezes por se-mana, ou mais. De acordo comestudo divulgado esta semanapelo Ministério da Saúde, o con-sumo das bebidas gaseificadase de sucos artificiais aumentou

13,4% no ano passado, em rela-ção a 2008. O Brasil já é o tercei-ro mercado consumidor mun-dial do produto, perdendo ape-nas para os Estados Unidos e oMéxico. E é nesse cenário paralá de positivo para o setor quefoi inaugurada na última sexta-feira a primeira fábrica ecologi-camente correta da Coca-Colana América Latina, localizada

no bairro do Benedito Bentes,em Maceió.

A nova unidade industrialadotou tecnologias que permi-tem o uso eficiente e racionalde insumos como água e ener-gia, materiais de construção cer-tificados e adquiridos nas pro-ximidades do Estado para re-duzir a emissão de gás carbôni-co na atmosfera. O empreendi-

mento, chamado ConviverBebidas e Alimentos, pertenceao Sistema Empresarial Cons-tâncio Vieira e requisitou R$ 90milhões em investimentos. Anova unidade, de 38 mil metrosquadrados, foi erguida numaárea de 210 mil metros quadra-dos, no Bairro do BeneditoBentes.

“A nova fábrica verde de

Alagoas já é um exemplo paraas outras unidades do SistemaCoca-Cola no Brasil. Desejamosque seu modelo seja amplamen-te reproduzido entre os nossosfranqueados”, afirmou XiemarZarazúa, presidente da Coca-Cola no Brasil, que esteve pre-sente na solenidade de inaugu-ração do empreendimento. Ani-mado, o executivo, nascido no

México, traduz em números aboa fase vivida pelos fabrican-tes nacionais de bebidas. “A di-visão brasileira da Coca-Colaregistrou crescimento de 4% novolume de vendas no ano pas-sado. Vendemos 9,6 bilhões delitros de bebidas não alcoólicase atingimos um faturamento deR$ 17 bilhões”, contabilizou.

(Continua na página A34)

Fotos: Lula Castello Branco

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AA3344 Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Brasil: nas unidades da companhia, trabalham cerca de 38 mil funcionários e outros 340 mil dependem indiretamente das atividades da rede

BANCO PATAGÔNIA

Banco do Brasil afirma queainda não fechou a aqusição

O Banco do Brasil infor-mou na sexta-feira que “até omomento não há qualquer po-sição definitiva” sobre a aqui-sição do Banco Patagônia, naArgentina. Segundo o comu-nicado, o BB diz que há a pos-sibilidade de comprar o con-trole acionário do banco ar-gentino ou ainda deter umaparticipação relevante na ins-tituição.

“Dentre as alternativas queestão em análise, há a possibi-lidade de que o Banco doBrasil venha a deter uma par-ticipação relevante ou o contro-le acionário daquele banco”,diz trecho do comunicado en-viado à Comissão de ValoresMobiliários (CVM).

O Banco Patagônia, no en-tanto, informou que as negocia-ções com Banco do Brasil paraa aquisição do banco argentinose encontram “muito avança-das” e estima que “nos próxi-mos dias” poderá chegar à con-clusão de um acordo. Segundocomunicado do Patagônia, esteacordo pode incluir a aquisi-ção do controle do banco ar-gentino pelo brasileiro.

A notícia é mais um capí-tulo no processo de interna-cionalização do BB, o maiorbanco da América Latina, re-velado por seu presidente,Aldemir Bendine, em novem-bro de 2009. O interesse dobanco brasileiro por uma fatiano argentino foi revelado emdezembro.

Nesta semana, o BB já haviainformado que obteve do Fe-

deral Reserve o status de “Fi-nancial Holding Company”, oque o autoriza a exercer ativi-dades bancárias nos EstadosUnidos. Para acelerar a entradanaquele mercado, o BB conside-ra comprar algum banco regio-nal onde haja forte concentra-ção de brasileiros e latinos.

Simultaneamente, o banco

estatal avança no plano de le-vantar de 8 a 10 bilhões dereais por meio de uma ofertapública primária, proposta queserá apresentada aos acionis-tas, conforme anunciou naquarta-feira.

O jornal Folha de S.Paulopublicou reportagem afirman-do que o BB havia fechado a

compra do Patagônia e que nodia 22 o comando do bancobrasileiro irá a Argentina paraa formalização da compra. Nasexta, a BM&FBovespa sus-pendeu os negócios com osBDRs (Brazilian DepositaryReceipts) do Banco Patagônia,no “aguardo de maiores escla-recimentos” sobre a aquisição.

País é o quarto maior mercado consumidorDe acordo com o executivo,

o Brasil é o quarto maior merca-do consumidor global da Coca-Cola - abaixo apenas do EstadosUnidos, México e China – comgrandes chances de subir algu-mas posições no ranking emmédio prazo. “E é de olho nessepotencial que decidimos inves-tir um total de R$ 11 bilhões noPaís, no período entre 2010 e2014. No ano passado, eu tinhaanunciado que estávamos fazen-do um dos maiores investimen-tos de todos os tempos no Brasil,de R$ 1,7 bilhão. Mas, este ano,o aporte de recursos será 17%superior e deve atingir um totalde R$ 2 bilhões”, disse.

O executivo explica que ocrescimento das vendas daCoca-Cola em mercados emer-gentes como China, Índia eBrasil ajudou a companhia a re-gistrar um aumento de 55% nolucro do quarto trimestre de2009, embora os negócios naAmérica do Norte continuemsendo pressionados pela fraque-za no consumo. Lá, a receita caiu

4% e o volume de vendas enco-lheu 1%. Em termos internacio-nais, no entanto, o volume devendas cresceu 6%, com altassignificativas nas receitas naÍndia e na China. “O resultadoda Coca-Cola reflete uma ten-dência observada em outros re-sultados corporativos divulga-dos recentemente: o consumoem mercados emergentes daÁsia e da América Latina está

ganhando força, enquanto nosEstados Unidos os consumido-res ainda não se reergueram”,refletiu.

Com atuação no País desde1942, a divisão da multinacionalno Brasil é composto pela Coca-Cola Brasil e mais 16 gruposempresariais independentes,chamados de fabricantes auto-rizados, além da fabricante dechás Leão Junior e a de sucos

Del Valle, que juntas elaboramo produto final em suas 43 uni-dades industriais e o distribuemaos pontos de venda. No total,o Sistema Coca-Cola Brasil gera38 mil empregos diretos e outros340 mil empregos indiretos.

De acordo com Zarazúa, osfabricantes nacionais fraquea-dos mantêm um contrato coma multinacional, no qual se com-prometem a produzir, engarra-far e distribuir todos os produ-tos da Coca-Cola Brasil, obser-vando um rigoroso padrão dequalidade mundial, que é marcaregistrada da empresa. Há fá-bricas de Coca-Cola em todasas regiões do País, garantindo oabastecimento de cerca de ummilhão de pontos de venda.“Hoje, a Coca-Cola Companyestá presente em mais de 200países e responde por mais de400 marcas de bebidas não-al-coólicas, entre estas, quatro dascinco marcas mais consumidasno planeta: Coca-Cola, Coca-Cola light, Fanta e Sprite”, des-taca, sem falsa modéstia. (P.M.)

Presente em todo o Brasil, o abastecimento de refrigerante está garantido

Fotos: Lula Castello Branco

Um dos principais bancos da Argentina, compra pelo BB acelara processo de internacionalização

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AA3355Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Presente em cinco estados nordestinos, atualmente mais de 29 mil alunos estão matriculados na rede

Segundo o empresário Janguiê Diniz, objetivo é ampliar quantidade de alunos em Maceió até 2014, abrindo um leque maior de cursos

Empreendimento será no FarolO empresário conta que o

novo campus será construídono bairro do Farol, nas proximi-dades do Centro de Maceió,num terreno de 11 mil metrosquadrados. “As obras serão ini-ciadas em meados de julho, comprevisão de conclusão de 18meses. Será um prédio de 12andares com 20 mil metros qua-drados”, descreve, mencionan-do que o prédio, que já perten-ceu à ESAMC, não será desati-vado em função da construçãodo novo campus. “Vamos man-ter uma unidade voltada paraas classes A e B, no prédio daPonta Verde, com alguns cursos,e o outro para as classes C e D,onde serão oferecidos cursos di-ferentes, com mensalidades apreços competitivos”, afirmaDiniz.

Outra novidade reservadapara o mercado alagoano, aindaeste ano, é a implementação deprojetos de responsabilidade so-cial por parte do Ser Educacio-nal em Maceió. “Já desenvolve-mos ações deste gênero nos ou-

tros estados onde atuamos. EmAlagoas, estamos elaborandoalguns projetos direcionadospara área de meio ambiente edevemos adotas algumas co-munidades para desenvolverações voltadas para Educação”,frisa.

Além de Maceió, o grupopretende aplicar a outra partedos recursos do financiamentoadquirido com o Bird na cons-trução de novos campi nas ci-dades de João Pessoa (PB),Fortaleza (CE), Caruaru (PE),além de dois prédios e uma bi-blioteca no Recife (PE). “Aapro-vação do financiamento peloIFC é um importante reconhe-cimento do alto nível acadêmi-co das instituições do Grupo. Oprojeto do IFC possibilita me-lhorar os padrões educacionaisem um setor altamente frag-mentado, e atrair recursos pri-vados ao setor educacional bra-sileiro, ainda carente de inves-timentos”, afirma.

Fundado em 2003, o GrupoSer Educacional tem mostrado

um crescimento expressivo nosúltimos anos. Em 2008, com en-trada do fundo norte-americanode private equity CartesianCapital Group, a holding reali-zou aquisições em Salvador,Maceió e Natal, e aperfeiçoousua estrutura gerencial para darsuporte a seu crescimento fu-turo. No Recife, a unidade daFaculdade Maurício de Nassauiniciou processo de certificaçãoda ISO 9000 E 14000, que de-signam, respectivamente, ogrupo de normas técnicas esta-belecendo um modelo de ges-tão de qualidade e a série denormas que estabelece diretri-zes sobre a área de gestão am-biental dentro da organização,sendo a única instituição de en-sino da região já com os pro-cessos de certificação em anda-mento. “Aconquista das ISOs éum modo de garantir os pro-cessos, a qualidade de nossoscursos e a responsabilidadesócio-ambiental que transmiti-mos a nossos alunos e funcio-nários”, destaca Janguiê Diniz.

Faculdade expande de olho na classe CGrupo controlador da Maurício de Nassau anuncia investimento de R$ 30 milhões em novo campus de Maceió

Patrycia MonteiroRepórter

Uma das maiores redes de en-sino superior do Nordeste, oGrupo Ser Educacional, obtevehá 15 dias a aprovação de US$ 35milhões em financiamento daInternational Finance Corporati-on (IFC), instituição financeiravinculada ao Banco Mundial(Bird). E com o novo aporte de ca-pital, o grupo mantém um ambi-cioso plano de expansão: aumen-tar de 29 mil para 50 mil o núme-ro de alunos matriculados nas fa-culdades que fazem parte de suarede, no prazo de quatro anos, eainda entrar nos mercados deSergipe e Maranhão - onde aindanão mantém negócios.

Atualmente, o Ser Educacio-nal, que é sediado em Recife (PE),detém nove instituições de ensi-no superior distribuídas pelosestados de Pernambuco, Bahia,Paraíba, Alagoas e Rio Grandedo Norte. A holding é a contro-ladora das Faculdades Mauríciode Nassau, Faculdades JoaquimNabuco, Faculdade Baiana deCiências (FABAC) e Centro Pro-fissionalizante Joaquim Nabuco,onde oferece cursos de gradua-ção, pós-graduação e técnicos.

A rede entrou no mercadoalagoano há um ano e meio, apósfazer a aquisição da antiga EscolaSuperior de Administração eMarketing e Comunicação(ESAMC), que mantinha umafaculdade localizada na ruaSandoval Arroxelas, bairro dePonta Verde. De lá para cá, a hol-ding mudou o nome da institui-ção para Faculdade Maurício deNassau e incrementou o portfó-lio com lançamento de cinco no-vos cursos de graduação: Jorna-lismo, Nutrição, Turismo, Direitoe Farmácia. Antes, a ESAMC ofe-recia os cursos de Administração,Publicidade e Propaganda, Ciên-

cias Contábeis e Design Gráfico.“Na nossa unidade de Mace-

ió temos cerca de 900 alunos ma-triculados, mas queremos elevaresse número para seis mil até2014. Para tanto, pretendemosampliar ainda mais a oferta decursos, atingindo um total de 18,e construir um novo campus noqual vamos investir R$ 30 mi-lhões”, afirma Janguiê Diniz, fun-dador e presidente do Conselhodo Grupo Ser Educacional, men-cionando que os novos cursossó serão definidos quando a hol-ding tiver em mãos os resultadosde uma pesquisa de mercado en-comendada para avaliar as de-mandas por graduação de Ma-ceió e que devem ser entreguesno prazo de 30 dias.

De acordo com o empresá-rio, o mercado de ensino superiordo Nordeste está longe da satu-ração e ainda tem muito poten-cial de crescimento, apesar daconcorrência acirrada. “Segundodados do Ministério da Educação(MEC), apenas 12% da popula-ção, com idade entre 18 e 24 anos,está matriculada em algum cursode graduação. Precisamos atrairesses 88% que estão de fora dassalas de aulas, isso sem mencio-nar o contingente de pessoas commais idade e que ainda não con-cluiu o curso superior. Para tanto,queremos oferecer o diferencialda qualidade de ensino”, diz.

Diniz explica que nas cida-des do Recife, Salvador e Forta-leza a demanda por cursos degraduação é crescente entre es-tudantes de famílias das classesA e B. “Contudo, em Maceió eem João Pessoa percebemos quea demanda está mais aquecidaentre os estudantes das classes Ce D”, afirma. “Por isso, os inves-timentos que estamos realizan-do em Alagoas é direcionadopara atender os anseios dessesgrupos”, acrescenta.

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O sr. está investindo firmena internet como ferramen-ta de negócios. Qual a impor-tância da web no faturamen-to da Mário Dias?

Em termos de negóciosefetivados ainda não repre-senta muito, mas em termosde consultas a nossa carteirade imóveis vem crescento.Para se ter uma idéia já rece-bemos consultas de clientesna Rússia, Europa e EstadosUnidos.

Dá para traduzir em nú-meros?

Atualmente, cerca de 20%do nosso atendimento pro-vem de consultas pela home-page. Agora, se considerar-mos o acesso pelos proprie-tários, esse índice é de 100%.Por meio da internet todospodem tirar extratos, acom-panhar a situação do seu imó-vel e receber circulares infor-mativas. Agora, inovamoscom os formulários para de-claração do Imposto de Rendadisponibilizados na internet.

O que o visitante encon-tra no sítio?

Já por parte dos clientes épossível consultar a localiza-ção do imóvel em mapas, co-nhecer o valor do aluguel, doIPTU e do condomínio, alémde poder fazer uma visita vir-tual por meio de fotos.Ninguém mais tem tempopara percorrer a cidade visi-tando imóveis para alugar atémesmo por questões de segu-rança. O internauta pode atémesmo de madrugada visitaros imóveis.

A campanha que sorteianotebooks entre os clientesvem dando resultado?

Sim. Os clientes trazemseus imóveis para que admi-nistramos e não escondem ointeresse na campanha, quebeneficia também que fechacontratos de aluguel.

Qual a dinâmica da cam-panha?

No mês em que o locadore o locatário fecharem contra-to na Mário Dias concorrerãoa dois notebooks, um equipa-mento para cada um. Os sor-teios ocorrem sempre no 15ºdia útil do mês seguinte à as-sinatura do contrato. Seisclientes já foram sorteados nosúltimos três meses.

Um assunto preocupa osetor: a inadimplência. Comosua empresa enfrenta essaquestão?

Praticamente não temosinadimplência. Até este mo-mento temos 8 mil reais deinadimplência. Esse valor re-presenta 0,02% dos créditosque temos a receber, ou seja,não considero isso inadim-plência.

E qual o segredo?Temos um bom critério de

seleção de clientes, um setorde cobrança muito eficiente eflexibilidade de negociaçãocom clientes que passam porsituações atípicas em decor-rência de desemprego e perdade receita. Sempre encontra-mos uma solução.

Para o locador, a preocu-pação é receber o aluguel emdia...

Nós garantimos o repassedo aluguel mesmo que o in-quilino não o faça. E isso valepara o IPTU a para a pinturaapós a desocupação do imó-vel. Quando o proprietário nosentrega um imóvel, ele podearmar uma espreguiçadeirana praia e ficar tranqüilo por-que receberá o seu aluguel eterá a certeza deque as contas doimóvel serãopagas. Esta ga-rantia é previstaem contrato.

A Lei doInquilinato so-freu alteraçõesrecentemente.Quais são osprincipais desta-ques?

Li recente-mente um artigopublicado na im-prensa alagoanae percebi queexiste muita de-s i n f o r m a ç ã omesmo entrepessoas queatuam no setor.O texto diz quea lei torna o des-pejo mais rápidoquando há inadimplência. Éum erro afirmar isso. A rapi-dez no trâmite do despejoocorre apenas nos casos emque não há garantias em con-trato. O juiz pode concederuma liminar para desocupa-ção do imóvel em 15 dias semprecisar ouvir o inqluino ina-dimplente. Nos contratosonde há garantias, como fia-dor, seguro-fiança ou caução,o trâmite é normal. Atémesmo a questão dos 15 diasé discutível. Além desse prazo

o juiz pode levar semanaspara ler o processo e emitir asua decisão.

Esta novidade não foiuma revolução como foi tãopropalado, então?

De fato. Não foi, mas abriua oportunidade para se buscaros seus direitos. Existindo alei, existe o direito em poten-cial.

O sr. acreditaque esta altera-ção vai estimu-lar contratossem garantia?

Posso dizerque na MárioDias realizamosmuitos negóciossem estipular ga-rantias em de-corrência da lei.Veja só: uma pes-soa conhecida,sem restrições,com renda pró-pria, emprego hámais de um oudois anos, tempatrimônio e umnome a zelar.Para que voupedir uma ga-rantia a essa pes-soa. A garantia éa história docliente. É aquela

história de que antigament ofio do bigode e a palavra dadaeram a garantia. Já fizemosmais de 100 operações semgarantia depois de janeiro,quando entrou em vigor osnovos artigos da lei.

Algo mais chamou suaatenção no referido artigo?

O texto diz ainda que “oinquilino pode atrasar o paga-mento da multa de mora duasvezes a cada ano”. Não setrata de multa mas de purga

de mora. Ou seja, estou ina-dimplente e o locador entracom ação de despejo. O loca-tário, para não ser despejado,resolve pagar o que deve. Ouseja, purgou (acabei) com amora. Antes, o inadimplentepodia lançar mão desse recur-so duas vezes por ano, agoraé apenas uma vez no períodode dois anos. Se atrasar nova-mente e for alvo de uma açãoneste período será despejado,mesmo que queira pagar.Agora, o propietário por acei-tar o pagamento. Outro erro:o texto dizia que “O paga-mento de multa por rescisãocontratual tinha que ser inte-gral anteriormente e queagora a multa deve ser apenaspelo tempo restante do con-trato.” Errado. Ela nunca foiintegral. O Código Civil jádizia claramente que o paga-mento da multa é proporcio-nal ao tempo de atraso. Seuma imobiliária fizer tal tipode cobração estará agindo er-rado e poderá ser acionadapara devolver a diferença. Vioutras falhas mas vamos ficarpor aqui.

Se o contrato tiver garan-tias o trâmite na Justiça é nor-mal. Mas fica a pergunta: oque pode ser consideradonormal. Quanto tempo asações de despejo levam paraser concluídas?

Tem ações de despejo quelevam dois a três anos. OCódigo de Processo Civil es-tabelece os seguintes prazos:Depois de receber a ação o juiztem 10 dias de prazo para de-cidir. O cartório tem mais 10dias para providenciar a cita-ção do inquilino e 15 dias parao oficial de justiça encontrar oréu e entrega a citação. Deoiso inquilino tem mais quinzedias para fazer a contestaçãoou pagar a dívida e o juiz mais10 dias para decidir. Levariadois meses num rito normalmas não existe prazos defini-dos. Há casos que chegam a 4anos. É como uma ação quetemos contra um inquilino ini-ciada em 2006. Estou brigan-do com o inquilino e com ojuiz até hoje, já que este assu-miu a defesa do devedor. Cabeinclusive uma representaçãocontra o juiz. Ele acatou umaapelação fora do prazo e deuum efeito suspensivo numaapelação de ação de despejo,o que é proibido textualmen-te pela lei 8245.

Qual tempo recorde o sr.já conseguiu?

Foram três meses. E façoquestão de citar o nome destemagistrado, o dr. Domingos deAraujo Lima Neto, juiz de Direitoda 9ª Vara Cível da Capital.

A obrigação de pagar ataxa de condomínio é do in-quilino?

A dívida do condomínio échamada "própria do bem".Na ausência do inquilino,quem deve ser executado é oproprietário. E tem mais. Sea dívida foi contraída quandoo proprietário era outra pes-soa, o atual passa a ser alvoda execução, daí a importân-cia de se checar no condomí-nio se existem pendênciasantes de comprar o imóvel.

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JORNALO JORNALO

Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

ImobiliárioImóveis.com

EM FOCO

O secretário de Estado da Infraestrutura, MarcoFireman, uniu coro aos demais secretários de Estadoda Habitação do País reivindicando aumento de 35%no teto do valor repassado pelo Programa MinhaCasa, Minha Vida 2. Atualmente, o governo federalfinancia moradias com custo de até R$ 52 mil, mas ovalor subiria para R$ 70,2 mil com o reajuste. A pro-posta surgiu no Fórum Nacional de Secretários deHabitação realizado em São Paulo nesta terça.

Theodomiro Jr. [email protected]

IMPORTANDO MÃO-DE-OBRAO presidente da Câmara Brasileira da Indústria da

Construção Civil (CBIC), Paulo Safady Simão, disse esta se-mana que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI)de alguns segmentos da construção está beirando os 90%. Deacordo com ele, grande parte das empresas está com NUCIentre 87% e 88%. Simão ponderou que não há razão para temerum eventual desabastecimento, pois todas as empresas estão in-vestindo e ampliando a capacidade de produção. O presidenteda CBIC disse ainda que a falta de mão de obra especializadaestá obrigando o setor a importar trabalhadores da Colômbia,Bolívia e Peru. O número ainda não é significativo, porém émais uma demonstração de que este é o principal gargalo dosetor.

PRIORIDADE

As famílias que moram em áreas de risco ou quepossuem mulheres chefes de família serão priorizadasna modalidade do programa Minha Casa, Minha Vidaque atende a famílias com renda de até R$ 1.395. Aindabem que o temporal que vem afogando Aracaju eSalvado não chegou por estas bandas.

EMBAIXO D’ÁGUA

Falamos na semana passada que a cidade sobrevi-veu relativamente bem às pancadas de chuva. Digo re-lativamente por que teve prédio na Ponta Verde sendoinvadido pelas águas.

NÍVEL DE EMPREGO

Apenas no acumulado dos dois primeiros mesesdeste ano, o nível de emprego na construção civil cres-ceu 4,14%, com a impressionante contratação de mais101.813 trabalhadores formais. E ainda tem gente quecritica o Minha Casa, Minha Vida.

BOA NOTÍCIA

Quem pretende construir ou reformar não precisamais correr. A redução do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) dos materiais de construção - quevigora desde abril de 2009 e terminaria em 31 de junho- foi estendida até o fim de 2010. Serão mantidas redu-zidas as alíquotas de 30 produtos.

EXPLICAÇÃO

Fabricantes e varejistas já haviam avisado ao gover-no que muitas lojas e construtoras estavam formandoestoques dos materiais, como forma de se precavercontra a alta de preços que ocorreria quando a reduçãodo IPI acabasse. O problema é que essa prática poderiaprovocar a falta de produtos nas lojas, o que os deixa-ria mais caros, porque não há como controlar preçosquando há falta de mercadorias.

NÚMEROS

A boa nova é que a indústria avisa que tem plenascondições de atender à demanda crescente. Antes daredução do IPI, a indústria estava com 77% de utiliza-ção da capacidade produtiva e apenas 35% das empre-sas previam investimentos para os próximos 12 meses.Hoje, a utilização da capacidade produtiva está em85%, o que dá certo respiro, e mesmo assim 70% dasempresas preveem investimento.

CIMENTO

Sustentada pelo avanço da construção civil nos últi-mos meses, a venda de cimento no Brasil no mês passa-do foi 20,6% maior que no mesmo mês de 2009. Foram5,1 milhões de toneladas vendidas em março.

“Despejo em 15 dias sóquando não há garantias”

ENTREVISTA/MÁRIO DIAS

Oempresário Mário Dias desembarcou emMaceió na década de 80 em busca de umlugar ao sol. Não só conseguiu um “lugar” pri-

vilegiado como fundou uma administradora de imóveis -que leva seu nome - cuja carteira reúne atualmente1500 unidades. Formado em Direito, Mário Dias se in-comoda quando “especialistas” em leis abordam assun-tos dos quais desconhecem. “São informações quelevam o consumidor ao erro e que são, na verdade, umdeserviço à sociedade”, disse Mário Dias, referindo-se a

recente artigo publicado na imprensa alagoana.Em entrevista ao JJoorrnnaall IImmoobbiilliiáárriioo, Mário Dias escla-

receu vários pontos da Lei do Inquilinato, que sofreu al-terações no início do ano. Um dos principais pontos dizrespeito ao dispositivo que define prazo de 15 dias paraque a ação de despejo seja executada. Diferente do quefoi amplamente divulgado, esse prazo refere-se a umcaso bem específico. Saiba qual é ele na entrevista a se-guir, concedida por Mário Dias em seu confortável escri-tório.

Empresário e advogado MárioDias esclarece a Lei do Inquilinato

Recentemente

li um artigo

na imprensa

alagoana e

percebi que

existe muita

desinformação

sobre as novas

alterações na

Lei do

Inquilinato

mesmo entre

quem atua

no setor.

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JORNALO LO

DoisJORNA

BB11Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: ccuullttuurraa@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr Confira as promoçõesna Revista da TV

Elô BaêtaRepórter

“Vou ler a composi-ção de uma me-nina do inte-

rior”, anuncia uma das ma-dres do Colégio de São Josédiante da turma de garotasconcorrentes a vagas para oingresso na instituição deensino - uma das mais tradi-cionais de Maceió no passa-do. A leitura da redação foia redenção. Estava escrito: atímida menina, vinda da ci-dade de Marechal Deodoro,é aprovada com louvor parafazer parte do quadro de es-tudantes da escola. Malsabia a madre que a autorado poético texto que tinhaem mãos - inspirado emuma paisagem rural e quehavia chamado a sua aten-ção -, Arriete Vilela, tinhaum talento poético aindaadormecido no seu âmagoe, anos depois, iria ser defi-nitivamente seduzida pelainfinita e fértil estrada de“fantasiar pessoas, situaçõese mundos diversos” com assuas inseparáveis compa-nheiras: palavras, palavras,palavras.... Uma “pena” (tra-balho literário) tocante, poé-tica, literária. Um caminho -sem desvios - que decidiuabraçar como a sua vida,

como um “filho”, para ine-vitavelmente se transformarem uma das mais nobres es-critoras da literatura alagoa-na. Reverenciada e referen-ciada aqui e lá fora.

Com livros de contos,crônicas, poemas, romance eprosa poética escritos emquase 40 incansáveis anosde dedicação à literatura eo afago de mais de 30 prê-mios literários, homenagense um indiscutível reconheci-mento nos meios acadêmicoe estudantil, a escritoraArriete Vilela agora presen-teia os alagoanos com maisum “filho” nascido das suasentranhas literárias: Obrapoética reunida, coletânea comos seus dez livros de poe-mas publicados até agora.Um relicário que traz desdeo primeiro deles - a marcaoficial do seu início na arteda escrita poética, publicadona “flor” da sua juventude(por volta dos 20 anos) -, Eu,em versos e prosa (1971), pas-sando por Ávidas paixões, ári-dos amores (2007), A palavrasem âncora (2005), Frêmitos(2004), Artesanias da palavra(2001), Vadios afetos (1999), Oócio dos anjos ignorados (1995),A rede do anjo (1992) e 15 poe-mas de Arriete (1974), até omais recente deles, Palavrasem travessia (2009).

Arriete em versos e prosaArriete em versos e prosaEscritora alagoana lança Obra poética reunida, uma coletânea com os seus dez livros de poemas publicados;compilação vem sendo distribuída em escolas das redes pública e privada do Estado e em bibliotecas daqui e

de todo o País em um trabalho de “formiguinha”, inédito em Alagoas, realizado pela própria autora

A ideia da reunião dos fru-tos da sua poderosa veia poéti-ca, que irriga a alma de umaseiva definida por ela como im-prescindível a sua vida, em umsó volume tem por trás o fortezelo e o inegável carinho com assuas obras e os seus leitores. “Trêsrazões me motivaram a ideali-zar essa coletânea dos meus li-vros de poemas. Aprimeira delasé porque todos eles já estão comas edições esgotadas, o que difi-culta o acesso do leitor; depois,para evitar distorções na Internet,onde muitos dos meus poemasestão dispersos, publicados semreferências bibliográficas e atécom erros; e a terceira para faci-litar o estudo sistemático das mi-nhas obras por estudantes de es-colas e universidades”, explicaArriete.

Desde a sua publicação, Obrapoética reunida vem sendo distri-buído em bibliotecas de Alagoase do Brasil e apresentado em es-colas públicas e privadas e em fa-culdades do Estado pessoalmen-te pela escritora. “Tenho sido in-cansável em relação as minhasobras: visito escolas e faculda-des, constantemente, para apre-sentar os meus livros. A divul-gação é que é complicada por-que não temos agente literário,não temos quem quebre pontade lança para que o nosso traba-lho circule nacionalmente.Escrevo porque a literatura, de

certa forma, dá sentido a minhavida, mas quero ser lida, claro,e o retorno dessa leitura me faz,de certa maneira, avaliar a minhaescrita literária e tentar, sempre,aperfeiçoá-la”, afirma.

As mais de 500 páginas dacoletânea, minuciosamente pro-duzida, editada e revisada pelaescritora, com uma tiragem de300 exemplares - boa parte como patrocínio da Secretaria deEstado da Cultura (Secult) -, éuma verdadeira viagem pelaslinhas e entrelinhas do amor: “Aminha poesia / lambe a carneviva do amor. / Não que hajamágoas, dores, / cicatrizes. Oucontendores. / Não há. / É o pró-prio amor que se oferece / emcarne viva / à minha poesia”.(trecho do Poema 11 de Palavrasem travessia). E das palavras: “APalavra / - memória do mundo- / trança, dentro das paixões mí-ticas, / jeitos singulares de con-firmar-se / oráculo: / faz-se únicodestino / única fortuna / o gostoúnico do melhor vinho / e o maisdesarrazoado e irrenunciávelamor do Poeta”. (Poema 42 deApalavra sem âncora), tônicas res-saltadas por Arriete como cons-tantes nos seus discursos literá-rios poéticos. Para a autora: “Oexercício de toda uma vida lite-rária, de dedicação única à lite-ratura”.

Continua na pág. B5

Em cima - e nas três fotos

da página B5 -, imagens da

natureza, fruto do treino

do olhar de Arriete Vilela

(acima) em mais uma de

suas paixões: a fotografia;

coletânea (ao lado) visa

facilitar o estudo

sistemático de estudantes e

acadêmicos, além de evitar

distorções nas publicações

dos poemas da autora

na Internet

Arriete Vilela / arquivo pessoal

Arquivo pessoal

Reprodução

Page 38: OJORNAL 18/04/2010

Golbery Lessa

Afamosa frase “o alagoano não temidentidade” faz uma geléia de váriasdimensões que precisam ser percebi-

das nas suas especificidades. É engraçadoque a frase afirma a existência de um entedenominado “alagoano”, portanto, de umaidentidade e, ao mesmo tempo, afirma queeste ente não teria identidade. Nesse grau degeneralização, a frase estabelece uma incoe-rência lógica e um absurdo ontológico. Afrase só faria sentido se separasse uma iden-tidade em si de uma identidade para si.

O conceito de “formação social”, de“consciência em si” e “consciência para si”resolvem boa parte do problema. Mesmoque constatássemos a inexistência de umsentimento de alagoanidade em toda a po-pulação desse território que chamamosAlagoas e em todas as épocas, isso de modoalgum nos autorizaria a afirmar inexistênciade uma formação social particular entre afoz do Rio São Francisco e a foz do RioPersinunga. Ou seja, a existência de umaalagoanidade é independente da consciên-cia que os alagoanos tenham dela ou das in-terpretações que os acadêmicos lhe dêem,ela é um fato social objetivo, que tem dimen-sões materiais e dimensões subjetivas, espi-rituais. Não é necessário termos consciênciadas singularidades do nosso sotaque paraentorná-lo nas nossas conversas mais coti-dianas e nos momentos mais graves, bemcomo não é necessário termos consciênciadas especificidades de vários de nossos ges-tos para usá-los nas situações mais comezi-nhas e nas cerimônias mais importantes. Defato, em qualquer sociedade a maior partedos indivíduos passa toda a vida tendo ape-nas uma consciência muito limitada de suasespecificidades espirituais e objetivas.Quem deseja afirmar a inexistência de umaalagoanidade precisa, antes de tudo, provara inexistência de especificidades objetivas esubjetivas na formação social que costuma-mos chamar de Alagoas, não basta apontardificuldade que o alagoano tem de reivindi-car uma identidade local positiva. Tem exis-tência real mesmo um ente que ainda nãofoi de uma “consciência em si” a “uma cons-ciência para si”.

Outro tipo de objeção comum à noção dealagoanidade vem dos representantes dopensamento “pós-moderno”, geralmenteinstalados em cadernos de cultura, espaçosalternativos de produção musical e cátedrasuniversitárias. Como os autores europeus enorte-americanos dos quais partem, tememos universais e suas possíveis conseqüênciasautoritárias no campo da ciência, da arte eda política, principalmente em suas deriva-ções socialistas. Os conceitos de alagoanida-de, estado, classe, nação, “verdade objetiva”e “realismo artístico” seriam necessariamen-te encobridores das identidades de gênero,etnia, opção sexual e outras. A alternativaseria a afirmação prática e teórica da incog-noscibilidade do mundo social e de uma es-tratégia não utópica e não universalista nocampo da luta política, marcada principal-mente pelo subjetivismo e pela valorizaçãoexclusiva das assim chamadas “micro-iden-tidades”.

Mesmo discordando de seus fundamen-tos filosóficos, admito sem dificuldade que o

pensamento pós-moderno trouxe avanços noque se refere à ampliação do leque de temasdas ciências sociais, bem como questiona-mentos relevantes sobre verdades envelheci-das, com alguns impactos epistemológicos epolíticos positivos. O principal problemadesta perspectiva em Alagoas reside no fatode que, pelas várias razões que apontamosacima, a nossa modernidade é incompleta,incoerente e estagnada, o que faz com que acrítica pós-moderna fique sem objeto. Falta-nos a consolidação de universais básicos,como os sistemas de educação, saúde, águapotável, produção cultural, estradas e comu-nicação. Somos oprimidos principalmentepela ausência desses universais e não pelasua presença, mesmo que já exista a opressãoespecificamente moderna no interior das ver-sões incompleta desses universais; sofremosmais pela não universalidade e pelo caráternão clássico do assalariamento do que pelasderivações desse regime de trabalho na suaforma acabada; o alagoano luta para ser opri-mido por um patrão moderno, já que o mer-cado de trabalho formal é restrito; humilha-se para fazer parte da rede estatal de prote-ção, já que as alternativas são o desespero oua subserviência ao mandonismo.

CIDADANIA - Sofremos menos devidoàs limitações burguesas da noção de cidada-nia do que pela não vigência desse conceitono cotidiano da população; sofremos menosde stalinismo no espaço público do que dehegemonia do liberalismo conservador.Desse modo, na realidade alagoana o pensa-mento pós-moderno tem tornando inférteisaté suas positividades, já que propõe umaespécie de esquecimento dos problemas pro-venientes da incompletude da modernida-de, o que termina gerando um alheamentocompleto da realidade e levando água para omoinho de um status quo arcaico.

Somos um feixe de identidades e pode-mos sublinhar a identidade que queremosem cada momento e de acordo com os nos-sos interesses, desejos e sentimentos. Issonão nega o fato de que há uma hierarquia decausalidades entre os vários complexos so-ciais nos quais estão incluídas as nossas vá-rias identidades e que tenhamos que levarisso em conta quanto nos movemos para pri-vilegiar essa ou aquela dimensão de nossoser. Mas, por outro lado, é um equívoco ima-ginar que as identidades inseridas no uni-verso do trabalho, que é o momento predo-minante do sistema social, sejam as únicasdignas de mobilização. Como a revolução éum movimento amplo e complexo de supe-ração do capital, precisa mobilizar todas asidentidades relevantes na medida e de acor-do com as necessidades e desafios postospela realidade. Dizer que existe uma “ala-goanidade” que pode ser reinventada comooutra identidade social qualquer é análogo adizer que existe uma identidade masculina,uma identidade feminina, uma identidadeoperária. O caráter social das identidadespressupõe que elas foram inventadas (commaior ou menor consciência, com maior oumenor ação coletiva) e podem ser reinventa-das. Se Alagoas foi uma invenção do decretode D. João VI, o que eu não acredito, passoua ter existência real e a ser reinventada pelosalagoanos, passou a ter uma existência socialobjetiva, mesmo que cambiante.

JORNALO JORNALO

BB22

Es açopDomingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoo

UMAS POUCAS PALAVRAS

Existiria uma alagoanidade?O texto de Golbery apresenta sua inquietação quanto à

natureza de nosso processo histórico, discutindo o que pode-ria ser chamado de atributo da alagoanidade ou aquilo quecaracteriza a condição do local a ponto de evidenciar a suaparticularização. Foi produzido a partir de depoimentodado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, integran-te do Agenda/Alagoas. Golbery é um dos representantes doque vem sendo pensado em Alagoas no campo do marxismo.

A sua tese merece ser lida por todos aqueles que se encon-tram empenhados na construção/reconstrução de Alagoas,seja qual for a matriz política a que pertença. No fundo, argu-menta a necessidade de encontrarmos Alagoas nos andamen-tos da formação histórica e, como tal, necessariamente espe-cífica. É preciso saber que ela existe e traz um modo de ser efazer-se Alagoas. No fundo seu argumento leva à propostade um novo bloco histórico. Espaço teve o objetivo de incen-tivar a discussão sobre o que é Alagoas. A mesmice da políti-

ca em Alagoas deve ser quebrada e outra esfera de discussãodeve ser aberta. Seria de extrema importância que as diversascorrentes construíssem teoricamente sobre nós, condição de-mocrática por excelência no que Espaço vem colaborando.Para o caso, não importa o que se pensa, mas que se pensa. Énecessário que Alagoas se pronuncie em outro patamar, quese veja em profundidade como condição básica de estar emsua atualidade ou em sua atualização, melhor dizendo, paraenfatizar como deveria ser o andamento da performance his-tórica.

Espaço neste sentido está aberto para a construção da po-lítica e deve ser entendido como um local que aposta na mo-dernidade de Alagoas; o Estado precisa ser alavancado, sairda exótica mesmice que o assume. É preciso encontrar os ter-mos da modernidade e somar pelo moderno, pelos avançossociais e econômicos. É tempo de um chamamento maiorpela construção de uma sociedade alagoana menos atrasada,

menos desbotadanão é uma tarefa junto e nisto deve não tem o monoppetência o que é vida política.

Espaço vem copode ser coisa mincontribuição. As dpossível que todanão se repetir. Todmados para esta diálogo. Golbery fé lugar para um gohabituar a ver o oum projeto de trapor uma formulaç

Dialética da alagoan

A barba stulti discit tonsor

O conceito de alagoanidade é muito im-portante do ponto cognitivo e epistemológico,mas também é decisivo para pensarmos umprojeto político para Alagoas. Há uma fraseem qualquer constituição democrática, seja nabrasileira, seja na alagoana, basilar para perce-bermos a importância da identidade regional.A frase é a conhecida “todo poder emana dopovo e em seu nome é exercido”. Ora, se a de-mocracia formal, que não é a única possível,mas é importante e desejável, se baseia naidéia de povo, é preciso definir o povo e o ter-ritório que ele ocupa. A noção de identidaderegional passa a ser decisiva para pensar polí-ticas públicas, revolução democrática e media-ções para um socialismo futuro, ou seja, anoção de alagoanidade é intrínseca à discus-são da cidadania e do status quo capitalista nasociedade alagoana. Esta é uma sociedadeonde o Estado de Direito é extremamente pre-cário, onde a cidadania burguesa é ainda umaesperança e não uma efetividade.

Gosto de sublinhar essa conexão porque àsvezes falo de alagoanidade e meus interlocuto-

res pensam que estou falando de um jarro deflores, de um elemento sem sustentação teóricae sem implicações práticas. Quando discuto aquestão da identidade alagoana, discuto aquestão da cidadania e as possibilidades de su-peração do capitalismo. Não há como ter umasociedade civil que debata cidadania, políticaspúblicas e socialismo se não existir a percepçãoe a reconstrução de uma identidade local, poisesta funciona como cimento cognitivo de umacomunidade política; a existência desta comu-nidade é decisiva para as correntes progressi-tas, mesmo que saibamos desde Marx que nãoé uma ágora de socialmente iguais.

A percepção e a reconstrução da identida-de local têm muito de “invenção da tradição”.Nesse ponto, entra o historiador. O historia-dor não é apenas um destruidor de mitos,também cria narrativas alternativas com algu-mas dimensões mitológicas, é inevitável. Nãoestou defendendo o irracionalismo, estou di-zendo que há dimensões arbitrárias em qual-quer narrativa, pois toda narrativa implica emescolhas valorativas. Se falarmos de classe

“A noção de identidade regional pa

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BB33oorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

a, menos infernal em certos aspectos. Istode alguém ou de um grupo; é de um con-ser entendida uma coisa trivial: a esquerdaólio da honestidade, da verdade e da com-válido para uma faixa bem mais larga da

ontribuindo para um debate sobre Alagoas;núscula, pode ser maiúscula, mas existe taldiversas correntes devem se pronunciar e éas concordem que Alagoas deve mudar edos os setores da sociedade devem ser cha-modernização, mas é preciso um grande

finaliza seu texto dizendo que Alagoas nãoolfo. Certamente não é. Nós precisamos nosoutro a partir de suas idéias, entender quensformação não vinga por imposição, masção coletiva, abrangente.

O que faz Golbery Lessa, 43, graduado em História pela UFAL, Doutor

em Ciências Sociais pela Unicamp. Pertence ao quadro técnico doMinistério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde exerce ocargo de Especialista em Políticas Públicas e GestãoGovernamental. É membro colaborador do Grupo de PesquisaTrabalho e Capitalismo Contemporâneo, da UFAL.

nidade (III)

operária, de identidade da classe operária, es-taremos fazendo abstrações e deixando delado as várias identidades existentes no inte-rior da classe operária, pois os operários sãonegros, brancos, mulatos, maceioenses, pene-denses, paulistas etc.

Aafirmação de uma “verdadeira” identida-de operária contra uma “artificial” identidadealagoana não tem coerência teórica porque aidentidade operária também tem dimensõesconstruídas pelo historiador e pelos própriosoperários. Fico muito à vontade de trabalharcom os dois conceitos, de ter preocupação coma classe trabalhadora, com os negros, com osíndios, mas também com a identidade alagoa-na global, que abarca classes sociais antípodase grupos étnicos antagônicos. Entre os regatea-nos e azulinos há industriais e operários.

Se observarmos Pernambuco nos últimosquinze anos, perceberemos que a auto-estimapernambucana melhorou muito ao mesmotempo em que os projetos econômicos,mesmo sendo conservadores, passaram a serefetivados. Os dois fenômenos estão conecta-

dos: nova etapa do desenvolvimento do capi-talismo e nova etapa da reafirmação da iden-tidade local. Os investimentos no Porto deSuape e no Galo da Madrugada estão relacio-nados, condicionaram-se mutuamente. Issotambém ocorreu na Bahia. O tropicalismo deCaetano e Gilberto Gil está ligado ao pólo deCamaçari e à modernização conservadora li-derada por Antonio Carlos Magalhães.

Sem esses avanços nas dimensões simbóli-ca e econômica o carnaval baiano não seria aapoteose da indústria cultural que é hoje.Seria decisivo que nós alagoanos tivéssemos apercepção que pernambucanos e baianos tive-ram do caráter político da reconstrução daprópria identidade local; entretanto podería-mos ir além, trilhando por um caminho dereinterpretação da alagoanidade que fossemais progressista, democrático e que tivessedimensões socialistas sem deixar de abarcarum conjunto de classes, estratos sociais, etniase outras referências identitárias. O objetivonão seria a constituição de uma nova etapa decapitalismo conservador, mas um momento

de reforma profunda da sociedade no sentidode sua democratização sob hegemonia dopróprio povo, de um novo bloco histórico, enão das atuais classes dominantes.

Não concebo nenhum programa políticopara o presente de Alagoas que seja o progra-ma máximo socialista. Mesmo para um socia-lista revolucionário, o programa político paraAlagoas precisa ser composto por uma sériede reformas no interior do capitalismo, docontrário teríamos que propor o socialismoem um único Estado da Federação ou desistirde fazer política, que são os equivocados ca-minhos trilhados por alguns marxistas emAlagoas. É necessário, portanto, focar na rea-lização da reforma agrária, na reforma dasinstituições públicas básicas, como aAssembléia Legislativa, a Justiça e as câmarasde vereadores, e na reforma das políticas pú-blicas essenciais, como saúde, educação e cul-tura, além de propor modificações profundasno modelo econômico, buscando ampliar omercado interno e reverter o sentido exporta-dor da economia.

assa a ser decisiva para pensar políticas públicas”

Em Alagoas, discutir a revolução mundial é tra-tar da favela Sururu de Capote, é debater a favelaou vila de pescadores de Jaraguá. Quem não tiverum programa político capaz de ajudar a populaçãoda favela Sururu de Capote, não me venha falar derevolução mundial. Minha preocupação teórica bá-sica é o relacionamento entre a revolução socialistae a realidade local, meu foco é a partir da seguintehipótese: para nós alagoanos, “alagoanizar” Marxé a única maneira de ser coerentemente marxista.Parece que estou ouvindo: “Céus, heresia entre asheresias”. Mas percebam: “alagoanizar” Marx im-plica em “marxianizar” Alagoas. Isso é o que maisme move no presente. Trazer todas as preocupa-ções mais avançadas da vanguarda socialista, davanguarda científica, e tentar caminhar na via queos clássicos socialistas trilharam: trabalhar a cone-xão com a minha realidade e estar junto ao meupovo.

O fato de sermos alagoanos tem conseqüênciasexistenciais muito importantes. Como temos vividonum capitalismo travado, que produz principal-mente o lado negativo do sistema e inibe suas posi-tividades, acabamos vivendo numa tragédia perma-nente. Não temos sido um povo épico, mas um povotrágico. Nada está completo, nada está certo, o bemquase nunca vence o mal, a democracia não se esta-belece, os talentos artísticos são destruídos, a infân-cia é desprezada. O nosso grau de tragédia é tãoacentuado que os nossos erros pessoais têm conse-qüências muito maiores do que ocorre em outrasformações sociais. Acredito que essa natureza trági-ca da sociedade alagoana possui aspectos extrema-mente negativos, mas também possibilita uma aber-tura epistemológica, como ocorre com toda tragédia.Facilita determinadas percepções sobre as possibili-dades do presente e do futuro, bem como abre anossa visão para questões universais. Isso ajuda aexplicar, por exemplo, a argúcia de GracilianoRamos para o trágico.

Mesmo tendo a percepção dessa existência trá-gica, e talvez até por tê-la, acredito que há váriasaberturas para o futuro. Nenhuma história é fecha-da. A nossa história está aberta e temos que ter sen-sibilidade para compreender seus cursos alternati-vos; mas é preciso ter mais que uma compreensãointelectual, é preciso também uma compreensãoexistencial e afetiva. É isso que tenho buscado.Tento encontrar janelas e acredito na fertilidade devárias das janelas que encontro. Não é uma crençaapenas ética, não é uma fé idealista, é uma convic-ção científica. Acredito que nossa atitude deve ser aseguinte: reconhecer a tragédia, reconhecer queessa realidade trágica tem conexão com o mais ínti-mo das nossas individualidades, mas ao mesmotempo responder com uma abertura epistemológi-ca e uma abertura afetiva para as possibilidades fu-turas inscritas no presente. É preciso acreditar nes-sas possibilidades.

Ninguém nunca vai ouvir da minha boca umaanálise teleológica da história de Alagoas; umaanálise da história de Alagoas que não perceba bi-furcações no passado e que feche o futuro. É muitofácil fazer uma análise pessimista, a qual justificauma série de posições políticas conservadoras,mesmo quando estão pintadas com uma lingua-gem revolucionária, e encobre posturas imorais navida pessoal e no espaço público. Tenho a nítidapercepção do caráter trágico da nossa sociedade,do caráter trágico da vida de cada um de nós, mastambém percebo que estamos condenados à lutaem busca de um futuro que nos ofereça acesso àdignidade humana, caminho que trilharemos coma ajuda da filosofia, da arte, da ciência, da políticae, principalmente, do afeto. Alagoas é um péssimolugar para um golfo.

“‘Alagoanizar’ Marx é a maneira

de ser coerentemente marxista” Fotos: Sávio de Almeida

A formaçãohistórica:

caminhos epossibilidades

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TTVV AABBEERRTTAA

EDUCATIVA Canal 306h00 - Via Legal06h30 - Brasil Eleitor07h00 - Palavras de Vida08h00 - A Santa Missa09h00 - Viola Minha Viola10h00 - A Turma do Pererê10h30 - Poko11h00 - Castelo Rá-Tim-Bum11h30 - Janela Janelinha12h00 - ABZ do Ziraldo12h45 - Curta Criança13h00 - Os Heróis da Praia13h30 - Papo de Mãe14h30 - Cultura Ponto a Ponto

15h00 - Stadium16h00 - Assim que Funciona16h30 - Expedições17h00 - Ver TV18h00 - De Lá pra Cá18h30 - América Latina Tal

Como Somos19h00 - Som na Rural20h00 - Conexão Roberto D'Ávila21h00 - EsportVisão22h30 - Arte com Sérgio Brito23h00 - Cine Ibermédia00h45 - Curta Brasil01h45 - DOC TV

00h00 - IURD05h25 - Bíblia em Foco05h55 - Desenhos Bíblicos 06h45 - Nosso Tempo 07h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Record Kiks09h00 - Ponto de Luz10h00 - Alagoas da Sorte

11h00 - Informativo Cesmac11h30 - Record Kids12h30 - Tudo é Possível17h00 - Domingo Espetacular20h30 - Programa do Gugu 00h00 - Serie: Heroes01h00 - IURD

TV PAJUÇARA Canal 11

TV GAZETA

05h55 - Santa Missa 06h45 - Sagrado06h55 - Gazeta Rural 07h30 - Pequenas Empresas08h05 - Globo Rural08h55 - Auto Esporte09h30 - Esporte Espetacular12h30 - Aventuras do Didi13h05 - Os Caras de Pau13h45 - Temperatura Máxima

- As Crônicas de Nárnia - O

Leão, A Feiticeirae o Guarda-Roupa

15h44 - Globo Notícia 15h47 - Futebol 2010

- Campeonato Carioca: Flamengo x Botafogo

18h00 - Domingão do Faustão20h45 - Fantástico23h10 - SOS Emergência23h40 - Domingo Maior

- Os Bad Boys II

Canal 7

07h00 - Info10h30 - Brasil Caminhoneiro11h00 - Rota Sertaneja12h00 - Liga Dos Campeões

- Magazine12h30 - Band Esporte Clube14h00 - Fórmula Truck15h30 - Futebol 201018h00 - Terceiro Tempo20h00 - Videonews

21h15 - Domingo no Cinema- Distração Fatal

23h00 - Fórmula Indy23h25 - De Olho na Copa23h30 - Canal Livre00h30 - Mundo Fashion01h00 - Cine Band

- Pollock03h00 - Vida Vitoriosa

TV BANDEIRANTES Canal 38

JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB44

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

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JORNALO JORNALOVariedadesBB55Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Continuação da página B1

As obras de Arriete Vilelanão só são inspiradoras, comoapreciadas e profundamenteanalisadas nos meios acadêmi-cos, sendo tema de inúmerosestudos, ensaios, monografiase dissertações. Agora, o “fazerpoético” da escritora alagoanavem sendo objeto de análise datese de doutorado em EstudosLiterários, da UniversidadeFederal de Alagoas (Ufal), daprofessora-mestre ElaineRaposo, intitulada Memória,corpo e espaço na poesia de ArrieteVilela, iniciada no ano passadoe com previsão de conclusãoem 2012.

Adoutoranda explica que aideia de trazer a obra poética deArriete como tema da sua tesepartiu da premissa da ausência,em Alagoas, de espaços paradiscussões e estudos das obrasde escritores alagoanos, alémda carência de uma estruturaviável que dê visibilidade àsproduções dos autores daterra. “Em Alagoas, nãohá um espaço conside-rável para se discutir asobras de autores alagoa-nos, principalmentepara quem estuda oscontemporâneos, nemuma estrutura que en-globe a produção, a cir-culação e a recepção dasobras de escritores epoetas locais. Todo essetripé fica sob a respon-sabilidade do poeta ouescritor, como é o caso deArriete, que não só produz,como faz a sua obra circularpessoalmente, com a distribui-ção em escolas, universidadese bibliotecas”.

O fato de no Estado havermaior demanda de estudossobre prosa do que sobre poe-sia, além da pouca ou quasetotal ausência de comercializa-ção dos escritos de autores“pratas da casa” nas livrariaslocais, são outros fatores res-saltados por Elaine Raposocomo inquietantes e aguçado-res para o estudo em minúciasda obra poética de uma escri-tora alagoana. “As livrarias dacidade e do Estado não ven-dem os escritores locais, e issose agrava ainda mais em rela-ção à poesia”, destaca a auto-ra, fazendo menção ao ser hu-mano, no seu mais profundoâmago, que habita os poemasde Arriete; ao estar no mundo,ao se colocar enquanto ser - so-bretudo as mulheres - em buscada identidade; à relação com ooutro através do amor, do ero-

tismo, das perdas; ao se conhe-cer através do próprio corpo eao modo como o “eu lírico” sesitua em um determinado es-paço na construção da suaidentidade como elementos, se-gundo ela, visivelmente marca-dos nos poemas de ArrieteVilela.

Aautora do estudo enfatizaainda mais duas questões, aoseu ver, recorrentes na literatu-ra poética da escritora alagoa-na: a temporalidade e a nature-za. “Também é muito forte nasua obra o se conhecer atravésda passagem do tempo numatentativa que não se confundecom saudosismo, mas voltar oudeter o tempo que se foi. O eulírico ainda é um Dom Quixote,perseguindo o tempo, que nãose deixa apreender, que se de-senvolveu. É o olhar para tráse ver quanto desse ser que seconstituiu no passado tem a ver

com o aqui e agora.Também surgem deforma muito marcantenas suas obras poéticascomponentes da natu-reza, retratando umapaisagem que é nossa:mar, lagoas, rios, cons-truindo um sentido deidentidade”, completaa doutoranda.

Para ela, Memória,corpo e espaço na poesiade Arriete Vilela é mais

uma tentativa de reconhe-cimento, de forma acadêmica,da importância da obra literá-ria da escritora alagoana.“Enquanto herança, trabalhoscomo esse deixam várias mar-cas, além de ser mais uma viade validar os textos poéticosde Arriete, que já é um nomeconsolidado no contexto deprodução literária. É umaforma de abrir caminhos paraque surjam outros estudos nosentido de perceber que os nos-sos contemporâneos estão pro-duzindo, mas que os seus tex-tos não chegam ao leitor. Opoeta precisa ser lido para quea sua obra se consolide; preci-sa passar pelo crivo tanto doleitor especializado quanto docomum. Alagoas é uma terrade grandes poetas e escritores,mas a maioria fica no anoni-mato. Foi muito doloroso paramim perceber essa realidade”,salienta a professora-mestre,também autora da dissertaçãode mestrado - defendida comlouvor - O lugar do corpo emArriete Vilela: um estudo sobreLãs ao vento e Fantasia e avesso.(E.B.)

Obras inspiram a produção de trabalhos acadêmicos

Graduada em Letraspela Universidade Federalde Alagoas (Ufal) e mestraem Literatura Brasileira pelaUniversidade Federal daParaíba (UFPB), ArrieteVilela é uma eterna abne-gada do seu ofício poético,com uma vida marcada porlongos e infindáveis pas-seios pela literatura e pelapoesia e cerca de duas de-zenas de obras publicadas,muitas delas memoravel-mente premiadas.

Para além do avesso dacorda; Pequena história da me-ninice e outras estórias, querecebeu o Prêmio CarlosPaurílio - Grupo LiterárioAlagoano; Remate"; "CarlosMoliterno: vida e obra, con-templada com os prêmiosComendador Tércio Wan-derley, do Instituto Históricoe Geográfico de Alagoas(IHGAL), e Organização Ar-non de Melo, da AcademiaAlagoana de Letras; O poetapopular José Martins dosSantos; Fantasia e avesso;Farpa, que concedeu à escri-tora o Prêmio Romeu Ave-lar, da Academia Alagoanade Letras; Grande baú, a in-fância; Lãs ao vento, com oqual recebeu o PrêmioLuzia Aizim de Ficção ePoesia de Mulheres, conce-dido pela União Brasileirade Escritores do Rio deJaneiro, na Academia Bra-sileira de Letras da capitalcarioca... Um breve montan-te das tantas e tantas raízesfincadas pela escritora noseu fértil solo literário.

O seu indiscutível talen-to com as palavras tambémvem sendo reverenciadocom homenagens, com oseu nome estampado naBiblioteca Escritora ArrieteVilela, da Ufal, e no EdifícioArriete Vilela, no condomí-nio Praça dos Poetas, e o re-cebimento de inúmeros re-conhecimentos, como oMérito Cultural, da UniãoBrasileira de Escritores doRio de Janeiro; os prêmiosImprensa - Categoria: Poe-sia, da Fundação CulturalCidade de Maceió, e Des-taque na Literatura, conce-dido pela Prefeitura Muni-cipal de Maceió; o AltoMérito Sociocultural, daUnião Brasileira de Escri-tores do Rio de Janeiro; aComenda Nise da Silveira,e tantos outros. (E.B.)

O poeta

precisa ser

lido para

que a sua

obra se

consolide

É fato que a escritora pen-durou o bastão como profes-sora da Ufal, mas não a suanobre missão de transmitirtodo o seu saber poético lite-rário às novas gerações. Tantoé que, há mais de dez anos,organiza e coordena gruposde leitura, agregando valor aoestudo literário no Estado. Emturmas com cerca de cinco alu-nos, Arriete comanda commaestria um estudo semanalde textos literários de diver-sos autores - baseados nostemas dos cursos e seleciona-dos por ela -, aliado às lingua-gens fotográfica (com o apoioda fotógrafa Rose Dias) e cine-matográfica, com exibições de

filmes referentes às temáticasdiscutidas. As oficinas desteano já foram iniciadas a todovapor, com as turmas deErotismo na literatura (já encer-rado), Recortes do romance con-temporâneo e Literatura e cine-ma: diálogos, com aulas umavez por semana para cadauma e duração de três meses.“Esses cursos são uma formade estimular e de despertar ointeresse das pessoas por lite-ratura através da leitura deobras de grandes nomes”, sa-lienta a professora.

Com cursos de cinema, defotografia e de Publicidade ePropaganda - este último, comformação superior -, Arriete

Vilela deixa escapar que foto-grafar é mais uma de suas pai-xões. “Sempre gostei de tirarfotos dos meus familiares.Como escrever é um ato muitosolitário, descobri esse hobby,que treina o meu olhar para oque é sensível. Estou me aper-feiçoando, fotografando comos meus alunos dos grupos deleitura”, revela. O seu amor ea sua dedicação pela literatu-ra - escancarados, premiadose inquestionavelmente concei-tuados - têm uma razão de sere são resumidos pela escrito-ra com uma única e polidaafirmação: “Enquanto eu forviva, cuidarei da minha litera-tura como de um filho”. (E.B.)

Autora premiada ede grandes paixões

Elaine Raposo analisa o “fazer poético” da escritora em sua tese de doutorado, intitulada Memória, corpo e espaço na poesia de Arriete Vilela

Escritora comanda estudo semanal de textos literários

Iracema Ferro

Page 42: OJORNAL 18/04/2010

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JORNALO JORNALO

BB66

SocialDomingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

“A maior felicidade é a certeza de sermos amados,apesar de sermos como somos”JetNews

RECADO

EElleenniillssoonn GGoommeess

HHoollooffootteess

Clicado com Gal, sua musa, Chico Brandão segue na maratona de “parabéns para você,em razão de mais um niver que celebrou ontem

Chico Brandão

A empresária Alessandra Nutels, sucesso com sua Flu Look, espera a chega da cegonha que em breve trará sua primeira herdeira, já batizada de Letícia

Arquivo

1A noite de 26 de abril pro-mete ser bem agitada, no

Teatro do Colégio Marista. Láserá exibido o filme Anna Bella,a princesa de Galles, que foi es-crito, produzido e dirigido pelomédico psiquiatra Mário JorgeCalheiros Feijó e filmado nasdependências do HospitalEscola Portugal Ramalho. A as-sessora de comunicação BettyCosta nos reforçou o convite.

2Hoje, mais do que nunca, édia de correr para Ipioca e

saborear as delícias servidas norestaurante Hibiscus.

3O programa Conexão, trans-mitido pela Tv Pajuçara volta

às telinhas no próximo dia 25.Bárbara Santiago estará a fren-te da atração, que para esta novatemporada trará muitas surpre-sas e quadros inovadores. Afesta de lançamento acontece nopróximo dia 22, às 20h, no HotelRadisson, Praia de 7 Coqueiros.

4Com um time de grandes gri-fes, Mônica Fireman está

atraindo todas as atenções paraa sua Naranja. Marcas Lenny,Body for Sure, entre outras, de-sembarcaram por lá cheias denovidades. Confiram!

5A direção da Sal Produçõesnos informou que, " por mo-

tivo de força maior", o espetácu-lo "Putz Grill", com o comedian-te Oscar Filho, que seria realiza-do hoje, no Teatro Gustavo Leitedo Centro de Convenções deMaceió, foi adiado para o dia 4de julho. Quem achava que iadar boas gargalhadas neste finalde semana vai ter que procuraroutro programinha. Por outrolado, informa que a devoluçãodos ingressos acontecerá a par-tir do dia 21 de abril no estan-de do Viva Alagoas do MaceióShopping. Informações: 3033-5539 /8821-7727

6Almoço em família combinacom o ambeinte e com o car-

dápio servido no Alecrim Verde,das queridas Elaine e ElianeTenório. O menu de comida ja-ponesa, então, faz o maior su-cesso.

7Se uma briga de casal inco-moda, o que dizer de uma

sessão pública e melada deafeto. Ninguém gosta de pre-senciar os dois, pois ninguémtem nada a ver com a infelicida-de ou felicidade das pessoas.Troca de carinho explícito é atéaceitável, mas com certas limi-tações. Nada de beijos estala-dos e cinematográficos. Issoconstrange quem está ao seulado. O mesmo para as brigas.Quer lavar roupa suja, corrapara casa.

[email protected]

Chico Brandão

Soninha Lages, uma grandedama em nosso mundosocial, é presença confirmada em nossa festa de julho

Chico Brandão

Sempre atenta as úlitmas novidaes, a querida Fábia Moura é destaque no mundo dos negócios

Chico BrandãoChico Brandão

Enquanto Adriana Beràrd continua se destacando no mercado alagoano com suas belas folhagens, Sterpaula Coutinho encanta brasileiros e estrangeiros com suas magníficas orquídeasO nosso fax : 4009-1960.

FAX

Existe um ponto queleva muitos casais ao fim deseu relacionamento: falta dediálogo. Um exemplo bemsimples é quando uma daspartes se interessa por de-terminado assunto ou segueuma religião e pressiona ooutro a participar. Pior, háquem coloque toda a famí-lia no pé para participardesta ou daquela tradiçãofamiliar. Pois bem, ir umaou duas vezes aos lugaresque seu amor gosta não sig-nifica dizer que isso deveacontecer sempre. Conver-sem e ponham em pratoslimpos essa situação. Nãose pode ceder sempre!

DICAS NEWS

Chico Brandão, homemtalentoso, generoso e ilumi-nado, passa o final de sema-na celebrando mais uma vi-rada de calendário. O niverfoi ontem, mas como este re-nomado fotógrafo tem mi-lhões de amigos, com certe-za ouvirá coros de parabénspor alguns dias.Aproveitamos para desejarmuitas felicidades, mais su-cessos e esta iluminação di-vina que o permite ser refe-rência no que faz. Parabénsquerido amigo e o nossomuito obrigado por sua par-ceira com esta coluna. Tudode bom para você! Sempre!

CHICO BRANDÃO

Uma pesquisa revelouque mulheres usuárias deóculos de grau ainda têm di-ficuldades em encarar seusmodelos como acessórios demoda e estilo. Elas afirmamque preferem, muitas vezes,não usar o modelo mesmosabendo que podem preju-dicar sua visão. A razão,para muitas, está na dificul-dade em combinar o apetre-cho com o formato de seusrostos. Aliás, o estudo tam-bém revelou que quandopercebem que podem termodelos diferentes e especí-ficos para seu rosto e paracada ocasião elas passam atéa colecioná-los.

EU USO ÓCULOS

Clodovaldo Oliveira etoda a equipe da Mapel co-memoram mais um reconhe-cimento obtido pela conces-sionária da Volkswagen. NaCampanha Alta Performanceda VW, de fevereiro, a Mapelficou em quinto lugar, numaavaliação de 100 empresas detodo o Brasil. Com 1890, elaleva o "troféu" de diamante. Acampanha avalia itens comorentabilidade, vendas, partici-pação no mercado e o índicede satisfação dos clientes. Empouco tempo ela alcançará otopo. Alguém duvida?

DIAMANTE

Chico Brandão

Os amigos Corália e Wander Lobo são presenças mais que obrigatórias em nossos eventos sociais e filantrópicos

8O bom gosto de TerezinhaMenezes fez de sua

Bonequinha de Luxo um dospoints mais comentados dacidade. Sua loja multimarcaschegou mostrando a que veiocom coleções maravilhosas.

9Enquanto Mônica LuzLobo comemora mais um

prêmio Light Design ofWorld, entregue emFrankfut, na Alaemanha, suamãe, a querida LygiaCoutinho deixa seus amigosalagoanos com saudades,voltando para o Rio deJaneiro.

10Leis que proíbem cigarroem locais públicos dimi-

nuem as internações decorren-tes de ataques cardíacos. É oque mostra uma revisão de 50estudos divulgada pelaColaboração Cochrane nestasemana. O trabalho represen-ta a primeira análise sistemáti-ca do efeito das legislações an-titabagistas aplicadas em 13 paí-ses. O caso é sério, já que a OMS(Organização Mundial daSaúde) estima que o tabaco sejaa segunda maior causa de mor-talidade do mundo: 10% dosadultos morrem em decorrên-cia do uso.

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JORNALO JORNALO

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Social

Fotos: Chico Brandão

Sofia Arecippo Marinho e Rafaella da Costa Barros com a designer Elisa Atheniense que esteve na cidade para o lançamento de sua nova linha de bolsas e sandálias, na loja que leva seu nome

Chico Brandão

Amarca Francesca Romana Diana tem ótimas op-ções de presentes para o Dia das Mães. São cinco

kits especialíssimos, com pulseira, colar e brincos,para deixar todas as gerações de mamães sempreelegantes. Eles ainda vêm em uma charmosa caixaporta-jóias, com detalhe especial do papel de sedacom o famoso pattern de Ipanema. Tudo isso a par-tir de R$ 320,00. Dica preciosíssima!

Se você chegar numa banca de revistas, neste fim de semana,ela estará na capa da Caras e da Contigo! vestindo Daniela Mercurye sua filha Giovana Povoas de noiva. Também verá que ela é a únicaentrevista da edição especial da Caras Moda, onde suas pecas sãocomparadas as pecas de alta costura de Karl Lagerfeld. Na sofis-ticadíssima Casa Claudia Luxo, uma matéria com quatro pági-

nas, intitulada Sucesso Brasil, mostra um pouco mais sobre ela.Na Isto É Gente faz um editorial chamado de Vestida paraarrasar. De quem estamos falando? É claro que estamos fa-lando do maior nome da moda brasileira na atualidade,

nossa querida Martinha Medeiros.E como para ela tudo aindaé pouco, Thereza Collor lançou seu livro na última quarta usan-

do um vestido étnico lindíssimo assinado por Martha. DéboraSecco apareceu provocante num super evento realizado no HotelUnique, em Sao Paulo, com um mini bege de manguinha de pé-rola recebendo altos elogios em toda a mídia brasileira .Esta se-mana ela será uma das entrevistadas do programa Amaury Jr eno início do mês faz mais um desfile de noivas no programa daamiga Hebe Camargo.Mas o que Martinha ama mesmo e ficarem Maceió, na sua loja , atendendo suas clientes alagoanas, poristo chega amanhã à cidade repleta de novidades para a suaMaison M e recebendo a todos com aquela atenção especial quefizeram dela este sucesso!

MARTHA MEDEIROS NÃO PÁRA

Para as mães mais chiques

Chico Brandão

Os amigos Viviana e Luciano Cartaxo comsua herdeira Ana Julia que será batizada hoje

Ontem, o renomado coiffeurKallarrari celebrou mais uma vi-rada de calendário, comemorandotambém para comemorar mais umano de sucesso de seu salão, que hábem pouco tempo foi totalmentereformulado. Ele, que em 2010 fazbodas de prata na profissão, temmotivos de sobra para celebrar: oambiente de seu estúdio está aindamais chique, os tratamentos sãotop de linha e ele continua sendoo queridinho dos antenados deMaceió. O slão ganhou sobreno-me e agora será conhecido comoKallarrari Kapsalon. A este queri-do amigo e grande profissional(um dos melhores de Alagoas), osnosso parabéns e o desejo de maissucessos em sua vida.

PARABÉNS, KALLARRARI!

ColeçãoOutono/Inverno

Cantão. Ana Linsnão tem tidomais sossego

depois dachegada de peças

como estas.

Kallarrari, que ainda recebe osparabéns por mais um niver

Novas dependências do Kallarrari Kapsalon

Cantão

Soninha Sampaio Cameloestava de tirar o fôlego,na formatura de seumarido, usando umbelíssimo modelo

só encontrada nosdomínios daMammoth

MammothStore

Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

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BB88 Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO JORNALOModa

BOX FASHIONAAnnaa BBrrííggiiddaa

Olha o azul ai gente!!!!!!

Quem foi que disse que o azul virou o hit da estação?As passarelas do mundo gritaram pra todos ouvirem em

alto e bom som..melhor pra todos verem!!Todo mundo ta sabendo e você não

pode deixar de apostar, toda mulher deestilo tem uma peça azul no guarda-roupa , blue blue blue muito blue.

Jeans detonado ou até mesmo clar-inho com cara de velho que fica umluxo com ankleboots .

Até as unhasentram na retado blue.Delire e ouse!!!!

Pela primeira vez no Brasil, a Swarovski,marca austríaca conhecida por seus cristaislapidados, apresenta uma coleção de joias ex-clusivas. A linha - chamada 'Ginga Collection'- traz peças que têm o País como inspiração,"destacando as cores e o DNAnacional", verde,amarelo e azul.

Pensando na Copa do Mundo, uma dasreferências é o simbolismo do 'olho grego' -conhecido como um forte amuleto -, que surgecom aplicações especiais para levar sorte à se-leção de futebol.

Engajada socialmente, a multinacional des-tinará R$ 4 decada artigo

vendido pa-ra a 'Funda-ção Gol deLetra', or-ganização

m a n t i d apelos ex-jo-

gadores de fute-bol Raí de Oliveira

e LeonardoNascimento e queajuda crianças emsituação de vulnerabili-dade social.

Para estrelar a campanha de lançamentodos produtos, a eleita foi a modelo Raica deOliveira. Segundo a diretora da empresa,Andrea Bedricovetchi, a morena foi escolhi-da por ser uma top internacional e represen-tar, como poucas, a beleza brasileira. A mod-elo foi clicada pelas lentes do fotógrafo RenamChristofoletti e com stylist de Rita Lazzaroti.O maquiador Daniel Hernandez foi respon-sável por cabelo e make.

Dúvidas de Moda | [email protected]

FILÓ

Vision

Por Flávia Barros l [email protected]

Depois de 21meses de pesqui-

sa, duas milideias e mais de

40 protótipos, a Puma revelou oseu novo sistema de embalagem,

que substitui as caixas de papelão.Feito pelo designer industrialYves Béhar, o lançamento subs-tituirá todas as caixas presentesno varejo até o 2º semestre de2011. A embalagem é com-posta por duas partes: umasacola feita com plástico degarrafas recicladas, que de-pois ganha utilidade no coti-diano, e um cartão dobrávelcom encaixes, que acondicio-na o calçados, sem necessida-de de cola ou aviamento.

No lançamento da emba-lagem, chamada "Clever Little

Bag" (Saquinho Inteligente),foram destacados dados positivos para o meio am-

biente:

�Diminuição de cerca de 29 milhões de sacolas plásticas;� Redução de uso de água e energia em 25%;� Diminuição de emissão de CO2 em 25%;

� Redução de uso de papel em 75%;� Redução de utilização de pape-

lão em 65%.

Futuramente, pretendemmudar também a embalagemdas coleções de vestuário,agregando à campanha "Sou

metade do saco que eu era".

AChiclets, marca de goma de mascar ícone dosanos 80 e 90, lança uma coleção exclusiva desen-volvida pelo estilista Ronaldo Fraga. São peças comestampas desenhadas e desenvolvidas pelo de-signer e inspiradas no produto: tanto a embalagemquanto as próprias pastilhas da goma se transfor-maram em prints coloridas e divertidas.

A Levi Strauss, fabricante dos conhecidos jeans Levi's, reinventa

sua imagem e pretende aproximar amarca do luxo com a venda de peças

mais sofisticadas e a abertura denovas megastores, publicou nesta

quarta-feira o The Wall Street Journal.Com isso a companhia, com 157 anosde história, quer, além de ser uma re-ferência no setor de roupas básicas,

situar-se entre as grifes preferidas dos"fashionistas" ao mesmo tempo em

que impulsiona as vendas,informa as agências de notícias internacionais.

Grazi parece ser mesmoa mais nova queridinha dajoalheria Vivara. Voou dire-to para NY interpretandouma princesa delicada e român-tica. No Studio de dança doSOHO o ensaio foi fotografadopor Paulo Vainer para a campanha

do dia das mães e dos namora-dos, em sequência. No Make e nohair DudaMolinos e assinando ostyling Rodrigo Pollack.G

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Swarovski Brasileiro

Chanel lança joias delicadas e femininas

A estilista Chanel adoravajoias, sempre. Mas dizia: "OObjetivo da joia Não É FazerUma mulher Parecer Mais rica,Mas fazê-la Parecer Mais Bonita,o que não é a mesma coisa".Pensando nisso, a MaisonApresenta, Para o verão 2010/11

sua nova Coleção de Acessórios,com discretas peças elegantes.

Inspirada na flor ícone damarca, a Coleção Camélia feitaem ouro amarelo e diamantesPara as Linhas Suaves de pul-seiras, braceletes, anéis e brin-cos.

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APTO. VENDA

CENTRO CENTRO – CONDOMÍNIOFECHADO - VENDO apto novo-Sala L com varanda, 03 quartos,sendo 02 suites, Wc social, cozin-ha, área de serviço. Predio comguarita, interfone, salão festa, chur-rasqueira, piscina,bar, elevador ,pertinho de tudo. R$ 140 mil. Aceitofinanciamento bancário. Tr. 9351-4440 CRECI 343.

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VENDO apto andar alto, sala deestar e jantar, 3 qtos, s/1 ste, coz.,wc social, dependência completaempregada.Excelente local. R$ 270mil. Tr. 9351-4440.CRECI 343.

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PONTA VERDE – VENDO aptosala com varanda, 03 quartossendo 01 reversível com ar-mários, Cozinha, 01 vaga. R$140 mil. Tratar pelo telefonepara contaos.9351-4440.CRECI 343.

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JORNALO JORNALO

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PONTAVERDEEd. Damascus - Entrega Nov/2010 - Área101m² - 3 qtos (st), dce, piscina. Financioaté 100 meses p/construtoraEd. Classic - Em Construção - entrega pre-vista fev/2011 - Área 144m² - 3 sts, ga-binete, piscina, 2 vgs. Financiamento pelaConstrutora até 100 meses.Ed. Elegance - Entrega jan/2010 - Área132m² - sala c/var, gabinete, 3 qtos s/2 stes,coz, serv, dce, piscina, salão festas, 2 vagas.Financio até 100 meses p/ Construtora.Ed. Brilhanche - entrega abril/2012 - Áreaaprox. 64m² - 2 suites s/1 revers, piscina.Financio até 100 meses p/cosntrutora. Ed. Spazio Vitale - entrega previstajulho/2012 - Opção de 1 e 2 qtos. Financioaté 130 meses p/construtora.

MANGABEIRASEd. Absolut - entrega prevista: dez/10 -Opções de 1 e 2 qtos. Construção: Cons-trutora Penedo - parcela até 60 meses.

PAJUÇARAEd. Amalfi - Entrega prevista: Nov/11 -Padrão V2 - sala, wc soc, 3 qtos (st) coz,serv. parcela até 100 meses.Ed. Dolce Vita - Entrega prevista; 36meses - área aprox. 137m² - 2 ou 3 vagas- parcelado.

APTOS. PRONTO P/MORARJATIUCA

Ed. Gentille Bellini - Área 252m² - Ao ladodo Corredor Vera Arruda - 3 vagas, pis-cina, salão festas, var. e sala c/vista p/o mar,lavabo, 4 stes, coz., área de serviço, de-pendência completa. Parcelo / Ac. Imóvel.

Ed. Romã - Área 84m² - R$ 160 mil - Sala,wc social, 3 qtos (st) coz, serv, 01 vaga.Ed. Villa Del Mare - Área 99m² - varan-da, sala 2 amb, wc social com blindex, 3qtos (st) coz, serv, wc serv.Ed. Oregom - PRONTO PARAMORAR- varanda, sala, wc social, 3 qtos (st) coz.serv, dce, piscina.Ed. Edmilson Pontes - ao lado co CorredorVera Arruda - sala c/var, 3 qtos (st) todosc/arms, coz. c/arms, serv, dce, 1 vagaEd. Chales Garnier - sala c/var, 3 qtos s/2stes (1 é revers), coz. c/arms, serv, wcserv, 2 vagasEd. Porto Valarta - área media 63m² - no-vo, prox.. ao Shopping, opção de 2 e 3 qtos.Prazo até 60 meses pela construtora.

PONTAVERDEEd. Granada - Beira mar - Área 193m² -sala c/varanda, wc social, 4 qtos s/2 stes,coz., área de serviço. Parcelo. Ed. Pallais Royal - Beira Mar - 194m² -3 vgs, piscina, sl. festas, sala 3 amb, c/ ter-raço, lavabo, 3 suites, coz. serv, dce.Ed. Ilha de Limnos - Baira Mar - Bl. B -Area 106m²- varanda, sala, wc soc, 3 qtos(st) coz, serv, dce.Ed. Casablanca - R$ 160 mil - Varanda,sala, wc social, 3 qtos (st) s/1 revers. todosc/armariso, coz. c/armários, serv.Ed. Antilhas - Sala c/estante, var., wc so-cial c/arm. e blindex, 3 qtos c/armários s/1ste, coz. c/armários, área de serviço.Ed. Montcarlo - R$ 185 mil - Sala, 2 qtos,wc social, coz., área de serviço, piscina.Ed. Gennesis - Área 100m² - 3 qtos (st)dce, pisicna, 2 vgs. Financio até 100 mesesp/construtoraEd. Antilhas - Área 71m²- R$ 205 mil -Varanda, sala c/estante, wc´s c/blindex earmários, 3 qtos c/armários s/1 ste, coz.c/arms, área de serviço. Ed. Mont Carlo - Área 66m² - Sala, 2qtos (st) cozinha, área de serviço, salão fes-tas, piscina. R$ 185 mil. Ed. La Place - Área 105m² - Var., sala, wcsocial, 3 qtos (st) coz., área serviço, de-pendência, 2 vagas, piscina, salão fes-tas.Nascente.Ed. Vitor Hugo - Área 110m² - Varanda,sala, wc social, 3 qtos (st) coz, serv, dce.R$ 200 mil.

Ed. Houston - Área 106m² - varanda,sala, wc soc, 3 qtos (st) coz, serv, dce,piscina, 2 vagas. Ed. Ed. Maria Beatriz - Área 105m² - Varanda,sala, wc social, 3 quartos(st) coz,, serv, dce.R$ 190 mil. Ed. Delphos - Área 155m³³ - piso grani-to, sala 3 amb, c/var c/vista mar, home, 3qtos s/ 2 stes (sts. c/arms, coz. c/arms,serv, dce, 3 vagas, piscina sl. festaEd. Esmeralda - R$ 170 mil - 3 qtos s/1revers, sala c/ var, coz, serv, wc serv. andaralto.Ed. St. Barth - Área 59m² - R$ 160 mil -cala c/ coz. americana c/arm, 2 stes c/ar-mários, piscina, 2 vagas.

PAJUÇARAEd. Casa Bela - Beira Mar - Var., sala, wcsocial, 2 qtos s/1 ste, coz. serv, 2 vagas. Ed. Luiza Fernandes - Sala c/var, , wc ́ sc/box, 3 stes c/arms, s/1 revers, coz. c/arms, serv, dce, 2 vags. Área 150m²

MANGABEIRASResidencial San Francisco - Varanda, sala,wc social, 3 qtos (st) s/1 revers, coz, serv. Ed. Roberto Malta - qto e sala, coz, wc.,2 elev, gerador, gás, 01 vagaEd. Gabriela - sala, varanda, wc social, 3qtos (st), coz. área de serviço. R$ 80.000,00Condomínio Ilhas do Caribe - sala c/es-tante, wc´s c/box blindex, 3 qtos c/arms,s/1 ste, coz. c/arms, wc serviço. R$ 120mil.

FEITOSAResidencial Sangrilá III - sala 2 ambien-tes, 3 qtos s/1 ste, coz. c/arms, área serv.

FAROLEd. Myconos - R$ 170 mil - Varanda,sala 2 amb, wc social, 3 qtos (s) , coz, serv,dce. Prox. ao Tribunal de Contas

CASASFarol

CASA PROX. PRAÇA ARNON DEMELO - c/garagem, sala estar, 2 amb,jantar, wc soc., 3 qtos c/arms (st) coz.c/arms, e despensa, serv, depósito, dce.Troco apto. R$ 210 mil.Av. Rotary - Excelente casa c/garagem,terraço, 3 salas, gabinete, wc soc, 3 qtos(st) copa, coz, serv, dce. Exc. p/consultórioR$ 300 mil.

JATIÚCARua Luiz Ramaljho de Castro - Garagem,terraço, sala 2 ambientes, wc social, 3qtos (st) czoinha serviço.

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ambientes c/terraço e churrasq., gabinete,

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qtos s/1 ste, copa/ coz. c/mesa em grani-

to e armários, depósito

SANTAAMÉLIAC5941 - Terraço, garagem, sala 2 ambi-

entes, wc social, 3 qtos s/1 ste, coz., des-

pensa, área de serviço.

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qtos sociais, coz., área de serviço. Meza-

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JARDIM DO HORTO FAROL –VENDO casa nova, sala de estar,sala de jantar, gabinete,, hall, 04suites, sendo 01 master comclosed,copa/cozinha, despensa,área de serviço, DCE, garagem,jardim,R$ 680 mil. Facilito paga-mento. Tr. 9351-4440 CRECI 343.

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JACINTINHO VENDO casas no Conj. Peixoto,no Jacintinho. Valores R$ 85,60 e 45 mil. Tr.: 8868-4938/9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127. Creci: 1736

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VENDO casas no Conj.Pajuçara. Valores R$ 150, 220,140 e 190 mil. Tr.: 8868-4938/9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127. Creci: 1736

TABULEIRO OPORTUNIDADE! VENDOcasa c/ 2 qtos., salas, coz., quin-tal 5x15. R$ 17 mil. Tr.: 8896-3946/ 9978-6430. Creci: 1007.

TABULEIRO – SALVADORLYRA – VENDO casa nascente,totalmente reformada, com sala2 ambientes, 03 quartos sendo01 suíte, área serviço, Cozinha,Wc social, DCE. Documentada.Garagem R$ 120 mil. Tr. 9351-4440. CRECI 343.

SERRARIASERRARIA – VENDO casanova (condomínio Fechado) aolado da Fundação BRADESCO.com 02 salas, 03 quartos, sendo02 suites, DCE, 02 Vagas, finís-simo acabamento com área útil300m². R$ 450 mil. TR. 9351-4440. CRECI 343.

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viço, wc serviço.

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randa, 2 stes s/1 revers, coz., serviço.

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sala c/ var, wc social, 2 qtos (st) coz,

serv, 2 elev, gerador, gás.

Ed. Platanus - Aptos: 405 - Novo,

sala c/ var, wc social, 2 qtos (st) coz,

serv, 2 elev, gerador, gás.

Ed. Platanus - Aptos: 406 - Novo,

sala c/ var, wc social, 2 qtos (st) coz,

serv, 2 elev, gerador, gás.

Ed. Platanus - Aptos: 501 - Novo,

sala c/ var, wc social, 2 qtos (st) coz,

serv, 2 elev, gerador, gás.

Ed. Oregon - Aptos: 402, Novo, 2

qtos s/1 ste, coz, serv. piscina, salão

festas 01 ou 2 vagas.

Ed. Oregon - Aptos: 602, Novo, 2

quartos s/1 suite, coz, serv. piscina,

salão festas 01 ou 2 vagas.

Ed. Jorge de Lima - Sala c/estante,

wc soc. c/arm. e blindex, 3 qtos s/1

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tos s/1 suite, coz, serv. piscina, salão

festas 01 ou 2 vagas.

Ed. Seatlle - Apto. 606 - Novo, 3 quar-

tos s/1 suite, coz, serv. piscina, salão

festas 01 ou 2 vagas.

MangabeirasEd. São Rafael - Varanda, sala, wc

social, 3 qtos s/1 ste, coz., área de ser-

viço, dependência completa.

Ed. Barra Mar - Varanda, sala, wc so-

cial, 3 qtos s/1 revers., coz., área de

serviço, wc de serviço.

PajuçaraEd. Timoneiro - varanda, sala, wc so-

cial, 2 qtos (st) coz., área de serviço,

wc serviço. R$ 550,00.

JacarecicaConj. Alfredo Gaspar de Mendonça -sala, wc social, 2 quartos, cozinha, áreade serviço. R$ 430,00 + condomínio R$40,00.

PoçoEd. Bruno Perreli - Apto. 107 - Novo,c/varanda, sala, wc social, 3 qtos (st) coz,área serviço, lazer na cobertura c/salãofestas, piscina, sauna.Ed. Bruno Perreli - Apto. 903 - Novo,com varanda, sala, wc social, 3 qtos(st) coz, área serviço, lazer na cobertu-ra c/salão festas, piscina, sauna.

Cruz das AlmasEd. Santa Joana - sala, wc social, 2 q-tos, coz., serviço, wc serviço

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SERRARIA – VENDO casanova (condomínio Fechado) aolado da Fundação BRADESCO.com 02 salas, 03 quartos, sendo02 suítes, DCE, 02 Vagas, finís-simo acabamento com área útil300m². R$ 450 mil. TR. 9351-4440. CRECI 343.

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EsportesEsportesEsportesJORNALO LO JORNA

Domingo, 18 de abril de 2010 | wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm | e-mail: [email protected]

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

BateProntoVictor Mélo - [email protected]

GRANDES DO RIO DEVEM SE UNIROs quatro grandes clubes do Rio de Janeiro devem fechar um acordo

para defenderem ações em comum. Os grandes de São Paulo já fizerameste pacto e a tendência é de que o modelo paulista seja até copiado.Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo sempre divergiram em questõesde interesse do futebol carioca, mas, após a conturbada reeleição de FábioKoff no Clube dos 13, os dirigentes chegaram à conclusão de que preci-sam se unir para lutar por seus interesses.

Na eleição do Clube dos 13, que envolvia disputas na cúpula do fu-tebol brasileiro, Botafogo e Vasco votaram no candidato da Confederação,Kléber Leite. Fla e Flu preferiram manter Koff no poder.

A dor de cabeça de Joel Santana é Adriano. O destaque doFlamengo treinou com desenvoltura a partir de quinta-feirae está descansado. Esse pode ser ainda o ponto de desequilí-brio do clássico.

O CRB volta a reunir a tropa na próxima terça-feira. O técnicoCelso Teixeira vai iniciar o trabalho visando à Série C basicamentecom a prata da casa.

CURTO-CIRCUITO

De volta ao time do Fla, Adriano vai ser acompanhado de perto pelos marcadores do Botafogo

A derrota de 2 x 0 para aUniversidad Católica, no Chile,pela Copa Libertadores, na noitede quarta-feira, não vai deixar oFlamengo abatido para a decisãoda Taça Rio, segundo turno doCampeonato Carioca, contra oBotafogo, hoje, às 16 horas (deBrasília), no Maracanã. Pelo me-nos é isso que os jogadores daequipe estão garantindo às vés-peras da final.

“O nosso grupo é compostopor jogadores experientes, quesabem muito bem que um jogonão pode influenciar outro. Apartida contra a Católica fazparte do passado e precisamosde uma melhor atuação contrao Botafogo, que tem um estilo dejogo muito bem definido e vainos dar trabalho”, afirmou o lat-eral-direito Leonardo Moura.

Pensamento parecido tem ogoleiro Bruno. “O Flamengoconta com jogadores experien-tes e sempre assumimos a nossaresponsabilidade. Tenho certezade que não entraremos em cam-po abatidos contra o Botafogo,

principalmente por se tratar deuma decisão”, garantiu.

Em relação ao time que vaia campo, o técnico Andrade de-verá anunciá-lo apenas minutosantes do confronto. O treinadorterá o reforço do atacante Adria-no, que não participou dos últi-mos jogos por conta de doreslombares. O meia Michael, recu-perado de dores na coxa direi-ta, é outro que reaparece na equi-pe.

Em contrapartida, o zaguei-ro Álvaro, com um estiramentona panturrilha direita, foi veta-do pelo departamento médico.David e Fabrício disputam suavaga. Na lateral-esquerda, Ro-drigo Alvim assume o posto deJuan, suspenso por ter sido ex-pulso na vitória por 2 x 1 sobreo Vasco.

GLORIOSO - Com umaatuação ruim do volante TúlioSouza diante do Fluminense, otécnico Joel Santana voltou a teruma dúvida para a partida con-tra o Flamengo: quem será o

substituto de Lúcio Flávio, afas-tado com um problema nodedo?

Leandro Guerreiro e SandroSilva têm vagas asseguradas,restando o posto de camisa 10.Se Túlio Souza, de fato, sair, atendência é que Edno possaenfim ganhar uma oportunida-de entre os titulares. Se vencera partida de hoje, o Botafogoconquista a Taça Rio e conse-quentemente o título carioca. Seo jogo terminar empatado, vaiser disputado nos pênaltis.

FLAMENGO - Bruno;Leonardo Moura, David (Fa-brício), Ronaldo Angelim eRodrigo Alvim; Toró, Willians,Maldonado e Michael; VagnerLove e Adriano.

BOTAFOGO - Jefferson;Antônio Carlos, Fahel e FábioFerreira; Alessandro, TúlioSouza (Sandro Silva), LeandroGuerreiro, Renato Cajá eMarcelo Cordeiro; Herrera eLoco Abreu.

Clássico decisivoBotafogo será campeão carioca se derrotar

hoje o Flamengo na decisão do Segundo Turno

UNIÃO EM ALAGOAS?

Se transferirmos essa decisão para o âmbito alagoano, pode-ria ser criado um bloco de coalizão entre CRB, ASA e CSA, prin-cipais marcas do Estado. A união desses clubes de massa poderiarepresentar o fortalecimento do futebol local, que enfrenta umagrave crise financeira e está levando pouca gente aos estádios.

LIGAS X FEDERAÇÕES

A reeleição de Koff abriu o debate no futebol brasileirosobre a criação de Ligas, como defende abertamente, porexemplo, o presidente do Sport, Silvio Guimarães. A CBF e asFederações prometem combater com veemência essa iniciativacom medo de perder espaço no País. Os confrontos podem ga-nhar força ainda neste mês.

SÃO PAULO X SANTOS

O São Paulo promete hoje lutar muito na Vila Belmiro paraacabar com a banca do Santos. Time mais badalado do momento,o Peixe gerou um certo ciúme no Morumbi e a rivalidade acirra-da deve ser colocada em campo. De acordo com Jorge Wagner, oTricolor já sabe como explorar os pontos fracos do Santos, ou seja:os espaços deixados no campo defensivo quando o Peixe atacaem massa. Para se classificar à decisão, o São Paulo precisa vencero rival por dois gols de diferença. O jogo começa às 16h.

BOTAFOGO X FLAMENGO

O Botafogo sabe da importância do clássico de hoje para oseu futuro no Estadual. Com uma vitória sobre o Flamengo, oAlvinegro quebra a escrita de não vencer o rival na decisão docarioca nesta década. O cenário é favorável à equipe de Joel,que ficou treinando no Rio enquanto o Fla fazia uma desgas-tante partida contra a Universidad Católica. O time rubro-negro é melhor tecnicamente, mas está desgastado física e psi-cologicamente, o que pode favorecer ao jogo de força doGlorioso.

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33Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

A professora Alessandra de Farias pratica squash há seis anos

Mulheres ainda buscam seu espaçoApesar de muito pratica-

do em Arapiraca, o esportepossui mais adeptos do sexomasculino. As mulheresainda são minoria na moda-lidade. Mas essa realidadepode estar com os dias con-tados. Aos poucos, mulheresestão rendendo-se à práticado squash.

A educadora físicaAlessandra Andréa de Farias,que também pratica o squash,explicou que muitas pessoassão atraídas pelos benefíciosque a modalidade proporcio-na. "O squash é um exercíciocompleto, que trabalha per-

nas, glúteos e região lombar,bem como o pulmão e o co-ração", disse.

Segundo Alessandra, ojogo ajuda a gastar muitas ca-lorias e exige concentração eestratégia. "Não existem con-tra-indicações para a práticado squash, mas sim limita-ções. Pessoas cardiopatas,obesas e grávidas devem serorientadas pelos seus médi-cos", alerta.

APOIO TOTAL - Ales-sandra conta que muitas mu-lheres que conhecem osquash acabam virando

adeptas do esporte e que nãosentem nenhuma resistênciapor parte dos homens quepraticam. "As mulheres quevêm à academia sempre vol-tam", garante.

Foi o que aconteceu coma estudante Bárbara CamilaRodrigues, de 17 anos. Elacomeçou a assistir aos trei-nos na academia Aquarius ese interessou pelo esporte."Gostei muito de praticarsquash. Comecei no ano pas-sado e este ano passei umtempo afastada, mas sentifalta e retomei os treinos",contou a estudante. (C.S)

Novidade na quadraSquash ganha adeptos em Arapiraca e movimenta os atletas com a realização do EstadualCarolina SanchesRepórter

ARAPIRACA - O squashvem ganhando força no inte-rior de Alagoas. Em Arapiraca,a modalidade esportiva é pra-ticada por mais de cem pessoas,entre homens e mulheres. Atéa próxima quarta-feira, atletasde todo Estado participam emum campeonato que começousexta-feira no município. A ini-ciativa é da academia Aquarius,que promove a sétima ediçãodo Open de Squash.

O técnico eletricista IsmaelBarboza dos Santos, de 37 anos,é um dos veteranos na moda-lidade em Arapiraca. Ele par-ticipa do campeonato na cate-goria avançada e diz que a ex-pectativa é de conquistar as pri-meiras colocações. "Este é o ter-ceiro campeonato que partici-po e agora estou mais expe-riente e confiante que nos ou-tros", afirmou.

Quem começou a prática dosquash há pouco tempo nãoperde a esperança de conquis-tar uma boa colocação no cam-peonato. O advogado VeridianoAlmir Lira, de 25 anos, disseque pratica a modalidade há

cinco meses. Ele contou que foiincentivado pelo irmão quan-do o acompanhava nos treinos."Jogava muito futebol à noite,mas depois que conheci osquash deixei um pouco o'racha' de lado", afirmou.

O campeonato recebe 20participantes, entre homens emulheres, que competem emduas categorias, avançado e in-termediário. De acordo com oproprietário da academia, JoséLuzivam Gomes de Oliveira, oobjetivo da realização do tor-neio é oferecer aos praticantesdo esporte um momento paramostrar as habilidades, alémde ser uma forma de socializaro esporte.

Luzivan explicou que a mo-dalidade já é oferecida há 14aos na academia e que semprechegam novos adeptos. "Osquash vem crescendo muitopor aqui. A modalidade podeser praticada por todas as ida-des, e pode ser realizada emqualquer época do ano, já que,por ser em quadra fechada,não depende de sol nem echuva", explica o empresário,ao ressaltar que também pra-tica o esporte.

"Quem começa a jogar o

squash se apaixona e não deixamais de freqüentar a academia.Um campeonato deste nível émuito importante para incenti-var a pratica", observou Luzivan.

O JOGO - A atividade pra-ticada com uma raquete e umabolinha. Semelhante ao tênis, adiferença é que o exercício éfeito em uma quadra em fren-

te a um paredão. Pode-se trei-nar sozinho, mas os jogos sãoem duplas (um contra um), ouuma dupla contra outra. O ob-jetivo é bater a bola contra aparede e rebatê-la após ela terdado apenas um quique nochão.

Aorigem da prática vem daInglaterra, no início do século19. Os primeiros relatos sobre o

esporte têm duas versões.Segundo a primeira, prisionei-ros ingleses tiveram a ideia dearremessar bolas contra a pare-de com as próprias mãos, bati-zando a brincadeira de racket.De acordo com a outra, umgrupo de estudantes da HarrowSchool criou a prática em 1822,provavelmente baseada nos de-tentos.

Competição começou na última sexta-feira e vai ser disputada até a próxima quarta-feira, em Arapiraca

Carolina Sanches

Carolina Sanches

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Victor MeloEditor de Esportes

Alagoas já revelou jogado-res de grande destaque nofutebol mundial, mas ape-

nas dois, Zagallo e Dida, tiveramo privilégio de disputar umaCopa do Mundo. Os dois craquestambém merecem ser exaltadospelos elencos qualificados que in-tegraram, conquistando dois tí-tulos mundiais.

“Eram estilos completamen-te diferentes. O Zagallo jogavamais atrás, era mais tático e talvezpor essa obediência ao sistemaconseguiu uma vaga cativa nas se-leções de Feola e Aymoré Moreira.É difícil comparar os jogadoresporque tinham característicasbem distintas, mas, tecnicamen-te, Dida era melhor, mais impe-tuoso, artilheiro. Zagallo tambémtinha muitas qualidades e era umatleta cerebral”, comentou o jor-

nalista e historiador LauthenayPerdigão. “Um fato interessanteé que os dois estrearam na se-leção no mesmo dia, 4 de maio de1958, contra o Paraguai”, com-pletou o historiador.

Mário Jorge Lobo Zagallo nas-ceu no Estado, dia 9 de agosto de1931, mas foi para o Rio de Janeirocom apenas oito meses e desen-volveu toda a sua carreira naCidade Maravilhosa, defendendo,como atleta, as cores de América,Flamengo e Botafogo. Zagallochegou à seleção executando umanova função no futebol. Ele eraum ponta recuado, que voltavapara buscar a bola no meio-campo e também ajudava na mar-cação na lateral. A polivalênciarendeu a ele o apelido deFormiguinha e um lugar nas se-leções de 58 e 62.

As características diferentespara os sistemas de jogo da épocafizeram Zagallo, que atuava no

Flamengo, vencer o duelo com obadalado Pepe, do Santos, pelavaga na equipe titular da seleção.Ele chegou ao time principalquando o técnico Vicente Feolacomeçou a treinar o escrete e sedestacou na preparação para oMundial já na partida do dia 4de maio, contra o Paraguai, emque o Brasil venceu por 5 x 1. Oalagoano marcou dois gols e semanteve no timee nas três parti-das seguintes. Mas seu rival Pepetinha muitas qualidades técnicas,um chute impressionante e reto-mou a condição de titular. No úl-timo amistoso antes da Copa,Feola testou o time com Pepe eZagallo, mas quem ficou com avaga de titular no primeiro jogoda competição foi o Velho Lobo.Sua primeira partida na Copa foidisputada dia 8 de junho. Na es-treia, a seleção bateu a Áustriapor 3 x 0, gols de Mazolla (2) eNilton Santos.

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Um gol marcado na decisão contra a SuéciaNa Copa de 58, Zagallo dis-

putou seis partidas e marcouum gol na finalíssima, dianteda Suécia, dia 29 de junho. OBrasil ficou com a taça apósbater os donos da casa por 5 x2 e, além do alagoano, mar-caram nesse jogo Pelé (2) eVavá (2).

Em 1962, Mário Jorge Za-gallo era um dos jogadoresmais experientes do grupo emanteve a condição de titular.O técnico contratado foiAymoré Moreira e a base ti-tular da seleção era formadapor jogadores do Botafogo.Além de Zagallo, a equipe con-

tava com Nilton Santos, Didi eAmarildo, que substituiu Peléa partir do segundo jogo, con-tra a Tchecoslováquia. Essescinco jogadores trouxeram oentrosamento e a qualidade doGlorioso e foram fundamen-tais para a conquista do bi-campeonato, com grande

destaque para Garrincha, ocraque da Copa.

Se Zagallo marcou um golna última partida da Copa de58, em 62, ele deixou sua marcano primeiro jogo, contra oMéxico. A seleção venceu esseduelo por 2 x 0 e outro gol foimarcado por Pelé. (V.M)

Velho Lobo também brilhou como treinadorZagallo se orgulha de ser o

único homem do Planeta queconquistou quatro títulos mun-diais. Após pendurar as chutei-ras, ele virou treinador e coman-dou aquela que seria conside-rada a seleção mais espetacularda história do futebol. O alagoa-no assumiu o escrete no lugar deJoão Saldanha e estreou no amis-toso do dia 22 de março de 1970,contra o Chile. Pé-quente, o trei-

nador iniciou o trabalho comuma vitória por 5 x 0.

O último jogo oficial da se-leção comandada por Saldanhafoi no dia 8 de março de 70 e aescalação foi a seguinte: Leão,Carlos Alberto Torres, Brito,Fontana e Marco Antônio;Piazza, Gérson, Dirceu Lopese Pelé; Jairzinho e Edu. O Brasilvenceu a Argentina por 2 x 1,gols de Pelé e Jairzinho, mas o

time sofreu algumas mudan-ças importantes até a estreia noMundial.

Zagallo fez alguns testese, trabalhando em conjuntocom os líderes da equipe,sacou Leão, Fontana, MarcoAntônio, Dirceu Lopes e Edu.Para a estreia do Brasil noMundial, contra a Tchecos-lováquia, entraram Félix, nogol, Everaldo, Clodoaldo, com

Piazza sendo recuado para azaga, Rivellino e Tostão. A se-leção fez uma bela apresen-tação e goleou por 4 x 1, dia3 de março de 70.

Depois, o Brasil venceu aInglaterra, por 1 x 0, aRomênia, por 3 x 2, o Peru, por4 x 2, o Uruguai, por 3 x 1, e aItália, por 4 x 1, conquistandoo tricampeonato no dia 21 dejunho. (V.M)

A Copa do Mundo é nossaZagallo e Dida já defenderam Alagoas nos Mundiais; Pepe pode defender Portugal na África do Sul

Didi, Vavá, Dida e Zagallo na seleção brasileira campeã em 1958

Zagallo jogava como ponta recuado

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55Domingo, 10 de janeiro de 2009 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Derrotas dolorosas em 74 e 98Zagallo continuou à frente da se-

leção, mas acabou sofrendo uma der-rota impactante nas semifinais daCopa de 1974, quando o Brasil foi des-classificado pela Holanda, de Cruyff,dia 3 de julho, com uma derrota por2 x 0. Após esse jogo, o Velho Lobo foimuito criticado por não ter se preca-vido em relação à força da LaranjaMecânica. O Brasil ainda disputou oterceiro lugar no Mundial e foi derro-tado por 1 x 0, terminando a compe-tição em quarto lugar.

As duras críticas sofridas peloalagoano quase o fizeram abando-nar a carreira de treinador e, talvezpor isso, ele só voltou à seleção em1994, como coordenador-técnico. Aolado de Parreira, pegou um time de-sacreditado e ajudou a montar umferrolho na defesa. Com Romário eBebeto inspirados na frente, a sele-ção venceu as desconfianças e con-quistou o tetra batendo a Itália, dia17 de julho, na decisão por pênaltis.Zagallo levantou assim seu quartotroféu de campeão do mundo, esta-belecendo um recorde difícil de serbatido.

A boa campanha da seleção fez aCBF convidar Zagallo para voltar aocomando do time nacional.Desgastado, Parreira se afastou e oVelho Lobo iniciou seu último voocom o Canarinho dia 23 de dezem-bro de 1994, no amistoso contra aIugoslávia, em Porto Alegre. O Brasilacabou vencendo a partida por 2 x0, gols de Viola e Branco, e animouo alagoano para a sequência do tra-balho. Veio o Mundial de 1998 e agrande aposta do treinador eraRonaldo, o melhor jogador domundo. A seleção cresceu durante acompetição e chegou à final contra aFrança, dia 12 de julho, em Saint-Denis.

Depois de ter batido a temidaHolanda nos pênaltis, nas semifinais,a seleção entrou na decisão como fa-vorita, apesar de jogar na casa doadversário. Mas Ronaldo sofreu con-vulsões no dia da partida e o timeperdeu o foco. Zagallo escalou oFenômeno, que não reunia as condi-ções físicas ideais e a seleção sofreuuma das derrotas mais dolorosas desua história, por 3 x 0. Com esse vice-campeonato, o alagoano encerrousua passagem pela seleção e foi bus-car outros desafios por clubes nacio-nais. (V.M)

Dida, a Copa de 58 e a disputa com Pelé O alagoano Edvaldo Alves Santa

Rosa, o Dida, também fez parte da se-leção brasileira nos Mundiais. Sua tra-jetória foi bem menos intensa que a deZagallo, mas não por falta de talento.

Craque do CSA na década de 50,Dida brilhou no Flamengo e chegou àseleção em 1958. Sua estreia foi registra-da no dia 4 de maio, na vitória contrao Paraguai, por 5 x 1, partida que tam-bém marcou o início do trabalho deZagallo no escrete. Edvaldo fez umaboa partida e marcou um gol.

No dia 7, ele se manteve na equipetitular de Feola no empate com oParaguai, por 0 x 0, e seguiu no time noamistoso contra a Bulgária, ao lado dePelé, com a seleção vencendo por 4 x 0e o alagoano marcando um dos gols.No segundo amistoso contra os búlga-ros, Dida perdeu a condição de titulare o ataque brasileiro foi formado porGarrincha, Mazolla, Pelé e Canhoteiro.Ele continuou na reserva num duelo depreparação contra o Corinthians e re-

cuperou a condição de titular há doisjogos do Mundial, dia 29 de maio, dian-te da Fiorentina, amistoso vencido peloBrasil por 4 x 0. Dida seguiu no time napartida não-oficial contra a Inter deMilão, vitória da seleção por 4 x 0, naItália, marcou um gol e disputou ape-nas a primeira partida do Mundial, con-tra a Áustria, no dia 8 de junho. O Brasilvenceu por 3 x 0, mas Dida perdeu a po-sição para Vavá.

“A determinação era para que ape-nas um jogador por posição fosse esca-lado e, pelo o que eu sei, o Dida barrouo Pelé no início da Copa”, afirmou oirmão do craque, Edson Santa Rosa.

“Depois, o meu irmão ficou abaladopor causa da forma como ele foi sacadodo time pelo técnico Vicente Feola. Foramconvocados 22 jogadores para o Mundialde 1958, na Suécia, sendo dois para cadaposição, mas poderia haver uma adap-tação para o Dida jogar com o Pelé. OBrasil estreou na Copa contra a Áustriae venceu por 3 x 0, com dois gols de

Mazzola e um de Nilton Santos. O meuirmão perdeu um gol, mas isso não atra-palhou a seleção, já que, depois, até ogrande jogador Didi declarou que ele foifundamental na partida porque abriu es-paços na defesa adversária. Infelizmente,Dida não foi escalado para o jogo seguin-te, contra a Inglaterra, perdendo a vagapara Vavá”, lembrou Edson.

No banco de reservas, Dida foi cam-peão mundial em 1958, mas ficou ma-goado com a seleção. Em grande forma,o craque achava que poderia ter sidomelhor aproveitado no Mundial e dei-xou a Suécia amargurado. “Ele passouuns seis meses para voltar a ser o joga-dor que foi convocado para a seleção”,contou Edson.

A ligação entre Dida e Alagoas foimaior que a de Zagallo. Edvaldo nas-ceu em Maceió, desenvolveu todo o seutalento no Estado e chegou a defendera camisa do CSA. Ele faleceu no dia 17de setembro de 2002. (VM)

Continua na página 6

Dida ao ladode Pelé naconcentraçãoda seleçãobrasileira

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Pepe pode ser o 3ºalagoano na CopaVictor MéloEditor de esportes

O terceiro alagoano que pode disputar umaCopa do Mundo iniciou a carreira no CRB, pas-sou pelo Corinthians-AL e hoje atua no poderosoReal Madrid. O zagueiro Pepe se naturalizouportuguês e, de acordo com o médico CarlosNoronha, que acompanha o seu tratamento nojoelho, tem 80% de chances de participar doMundial da África.

Ao contrário de Zagallo e Dida, o zagueironão teve chances na seleção brasileira, mas podeenfrentar o time pentacampeão no dia 25 dejunho, quando Brasil e Portugal vão duelar naprimeira fase.

Quatro meses depois de sofrer uma gravelesão no joelho direito, Pepe já iniciou o traba-lho no gramado na última segunda-feira, emMadri. Sua lesão vai ser reavaliada por médicosdo Real e da seleção portuguesa, e o técnico por-tuguês Carlos Queiroz deve esperar até o últi-mo dia para convocá-lo.

Aos 27 anos, Pepe é titular absoluto da se-leção lusitana e não atua desde o dia 12 dedezembro do ano passado, quando se machu-cou numa partida entre Real e Valencia. “Osmédicos dizem que meu joelho está bem, masque devo tomar algumas precauções. Tenhomuita vontade de ajudar a seleção portuguesae, se o treinador me convocar, acho que estareino Mundial”, declarou o jogador.

HISTÓRICO – Képler Laveran Lima Ferreiraasceu em Maceió no dia 26 de fevereiro de 1983,e deu seus primeiros passos rumo à carreiraprofissional no CRB, em 2000. Nesse período setransferiu para o Corinthians-AL e, no anoseguinte, já estava defendendo o Marítimo, dePortugal. Também atuou no Porto, de 2004 a2007, quando se transferiu para o Real Madrid.O alagoano foi convocado pela primeira vezpara a seleção portuguesa no dia 30 de agostode 2007 para a disputa do Campeonato Europeue, até hoje, disputou 24 partidas com a camisavermelha, marcando dois gols.

PERFILPepeNome completo Képler Laveran Lima Ferreira

Data de nascimento: 26 de Fevereiro de 1983 (27 anos) Local de nascimento: Maceió, Brasil Altura: 1,87m Peso: 81 Kg Pé: destro Apelido: Pepe Clube atual: Real Madrid Número: 3 Posição: zagueiro

Pepe estreouna seleçãode Portugalem 2007

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77Domingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

O Santos pode perder poraté um gol de diferença para oSão Paulo, hoje, às 16h, na VilaBelmiro, que se classifica para afinal do Paulistão. Mas, no Peixe,ninguém quer saber de jogarusando o regulamento. Alerta-dos pelo ótimo segundo tempofeito pelo Tricolor no último do-mingo, no Morumbi (o São Pau-lo chegou a empatar, mas o San-tos venceu por 3 x 2), os santis-tas dizem o que é preciso fazerpara evitar um triunfo do ad-versário desta vez.

“Temos que apostar em umamarcação mais forte, não deixara bola ser tocada por eles na en-trada da área. Eles possuem joga-dores que chutam bem, e, se fi-zermos essa marcação, vamosconseguir desestabilizar umpouco este ponto forte do SãoPaulo. E não podemos pensar emregulamento. Temos que jogarda maneira de sempre, buscan-do o gol. No último jogo, recua-mos no segundo tempo e não sa-bemos jogar assim”, alertou Leo.

Marquinhos concorda com ocompanheiro nos dois aspectos.Ele lembra que todos no Peixeprecisam ajudar na marcação,

mas sem perder a característicade atacar, o que fazem melhor.

“Quando se fala em marcação,não é só do meio-campo. Ela co-meça na frente e assim, consequen-temente, facilita para o pessoal detrás. Fomos um pouco abaixo doque podemos no segundo tempono Morumbi e temos que melho-rar para fazer o jogo perfeito. Issoé complicado por 90 minutos, háos momentos de turbulência, mas

precisamos estabilizar a equipe”,explicou o meia.

Marquinhos ensina que o re-gulamento só deve ser lembra-do nos momentos finais da par-tida e em situações específicas.Se o empate ou uma derrota porum gol de diferença vale para oSantos chegar à final e um dessesresultados estiver acontecendo,que se faça a “cera”, diz o atleta.

“A vantagem só vai ser im-

portante no fim. Não adiantafalar que pode jogar pelo empa-te ou por uma derrota porquenão tem como segurar um timeque sempre ataca. E tem que ata-car mesmo, independentemen-te de vantagem. Claro que se fal-tarem cinco minutos para o jogoacabar, e o placar estiver 0 x 0, aío time não precisa acelerar, podefazer cera, pois todo mundo faz”,avisou Marquinhos.

Ricardo Gomes não consegue esconder o jogoComo é de praxe, apesar de

já saber qual time vai escalar,Ricardo Gomes não divulgouoficialmente o São Paulo para oclássico de hoje, às 16h. No en-tanto, durante sua última entre-vista coletiva antes do clássico,o treinador deu algumas dicasde qual será a formação.

Com a semana livre, o coman-dante trabalhou a equipe com:Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva,Miranda e Junior Cesar; RodrigoSouto, Hernanes, Cleber Santanae Jorge Wagner; Dagoberto eFernandinho. E esta deve mesmoser a escalação do Sampa.

“Só 45 minutos antes, nãovou antecipar”, afirmou RicardoGomes.

No entanto, perguntado so-bre Washington ficar fora, comFernandinho em seu lugar:

“Contra o Botafogo, fomoscom Marlos, Dagoberto e Fernan-dinho e fizemos cinco gols. É umavariação que temos a obrigação deter. Temos ela com o Fernandinho,que agora está bem. Isso vai duraro ano todo, com ou sem um ho-mem de referência. Pode ou nãoser utilizado (Washington). Nãoconta o número de artilharia, con-ta ter a variação”.

Outra dúvida é a lateral es-querda. Junior Cesar, que falhouem dois gols do Santos no últi-mo confronto, não agradou Ri-cardo Gomes, que testou Richar-lyson, volante de origem, na po-

sição. Ele está confirmado entreos titulares.

“O Richarlyson tem umaforma física boa. Vou tentar me-lhorar este lado, mas o JuniorCesar, que é mais forte no ataque,pode ser utilizado durante a par-tida. Vou apostar no retorno doRicharlyson, mesmo fora da suaposição”, analisou Gomes.

Cicinho volta para lateral di-reita. Com isso, Jean ficará no ban-co de reservas. Então, no meio decampo, fica a última dúvida.Marlos, suspenso por ter recebi-do cartão vermelho na primeirapartida, está fora. Cleber Santanaé a favorito para vaga. E Ricardodá indícios de que ele será titular:

“Não costumo fazer isso,

mudar muito. Com a saída doMarlos, você tem de mudar bas-tante. Claro que, com isso, mudao posicionamento do Hernanes”.Mais recuado, como volante vindode trás, assim atuou o camisa 10quando Marlos esteve em campo.Com Cleber Santana, Hernanesadianta um pouco e fica mais nafrente. Ele, inclusive, é a grandeaposta da comissão técnica para oconfronto. Apesar do mistério, otreinador são-paulino, nas entre-linhas, escalou o Tricolor:

“Temos de fazer melhor doque foi o segundo tempo contrao Santos. As mudanças já estãoanunciadas, o resultado é quevai mostrar se foram benéficasou não”, finalizou.

Prova dos 9Sem pensar em regulamento, Santos prioriza ataque contra o São Paulo

Peixe, de Neymar, venceu o São Paulo no primeiro confronto do mata-mata por 3 x 2, domingo, no Morumbi

GGUUIIAA DDOOTTOORRCCEEDDOORR

X

QQUUAANNDDOO:: hoje, às 16h /OONNDDEE:: Vila Belmiro

AAGGEENNDDAA DDEE HHOOJJEE

CCaammppeeoonnaattooIInnggllêêss

09h30 Wigan x Arsenal12h Portsmouth x Aston Villa

CCaammppeeoonnaattooIIttaalliiaannoo

10h Udinese x Bologna10h Atalanta x Fiorentina

10h Parma x Genoa10h Sampdoria x Milan

10h Bari x Napoli10h Cagliari x Palermo10h Catania x Siena13h30 Lazio x Roma

CCaammppeeoonnaattooEEssppaannhhooll

12h Málaga x Valladolid12h Tenerife x Getafe

12h Xerez x Racing Santander12h La Coruña x Almería

14h Athletic Bilbao x Zaragoza16h Real Madrid x Valencia

CCaammppeeoonnaattooPPeerrnnaammbbuuccaannoo

16h Ypiranga-PE x Porto-PE16h Santa Cruz-PE x Salgueiro16h Sete de Setembro x Central

16h Cabense x Vera Cruz16h Vitória-PE x Araripina

16h Náutico x Sport

CCaammppeeoonnaattooPPaauulliissttaa

16h Santos x São Paulo18h30 Santo André x Grêmio

Prudente

CCaammppeeoonnaattooMMiinneeiirroo

16h Cruzeiro x Ipatinga-MG

CCaammppeeoonnaattooEEssttaadduuaall ddoo RRiioo

16h Botafogo x Flamengo

CCaammppeeoonnaattooBBaaiiaannoo

16h Bahia x Bahia de Feira17h Vitória x Camaçari

SSAANNTTOOSS - Felipe, Wesley, EduDracena, Durval e Léo; Arouca,Marquinhos e Paulo HenriqueGanso; Neymar, André eRobinho. Técnico: Dorival Júnior

SSÃÃOO PPAAUULLOO - Rogério Ceni,Cicinho, Alex Silva, Miranda eJunior Cesar; Rodrigo Souto,Hernanes, Cleber Santana eJorge Wagner; Dagoberto eFernandinho.

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 18 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

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OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÂO REFLETEM A OPINIÃO DE O JORNAL

Diretor-ExecutivoPetronio [email protected]

Editor-GeralDeraldo [email protected]

Diretora ComercialEliane [email protected]

EditorIgor [email protected]@ojornal-al.com.br

Colaboradora editorialJakeline Siqueira

Colaboradores

Mega ModelAri BarrosoLojas RennerJr GavazziProdutor Moda Rodrigo

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TOK DÉCOR

Eduardo TavaresApaixonado pelos quatro cantos de Alagoas.

Serviço: S.C.A. Maceió | Av. Alameda Álvaro Calheiro, 1120 | Mangabeiras | Fone: (82) 3235-1702 | www.sca.com.br

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Quem não conhece o procurador-geral deJustiça, Eduardo Tavares Mendes, chefe doMinistério Público Estadual, não imagina que portrás do homem do Direito, do tribuno do júri, do ex-diretor de faculdade e professor de Direito Penal, existeum homem de hábitos simples, amante da natureza e li-gado ao mar e à terra.

Filho da pequena cidade de Traipu, encravada no bei-ral do Rio São Francisco, ele veio para Maceió, quandoainda estudante. Antes disso, trabalhou e viajou por quasetodo o Estado. Essa talvez seja uma característica que ofaça ser um apaixonado pelos quatro cantos de Alagoas.

Quando não está trabalhando, Eduardo está no campoou no leito do "Velho Chico", ou no mar. Ele tem comohobby velejar a bordo de seu "Day seiller - Catarine",nome dado ao seu Velamar de 22 pés em homenagem àsua esposa. Um tempo desses, Eduardo colocou a espo-sa e o filho Júnior a bordo do veleiro e "subiu" quase quetodo o baixo Rio São Francisco, pernoitando nas chama-

das "croas" e desfrutando do sabor dos pesca-dos que ainda abundam no chamado Rio daUnidade Nacional.

Na vida profissional, o procurador EduardoTavares está no auge. Mas antes disso, passoupor uma longa caminhada, além de ter sidopor quatro vezes presidente da Associação doMinistério Público de Alagoas, diretor para oNordeste da Confederação Nacional doMinistério Público. Em fevereiro último, ele re-cebeu aqui os seus colegas procuradores-geraisde todo o Brasil e pôde levá-los para visita a vá-rios pontos turísticos do Estado.

Seu sonho é poder dar uma volta ao mundoa bordo de um veleiro e com o "Eduardinho",seu filho mais novo, a bordo. Enquanto nãorealiza esse seu sonho, Eduardo Tavares vai fi-cando por aqui, curtindo o "Sertão do SãoFrancisco" e as águas da enseada da Pajuçaraou do complexo lagunar. "Vivemos emum dos lugares mais lindos do mundo",disse. Recentemente, passou três diasem alto mar, saboreando os mais de-liciosas iguarias e a brisa marinha.

O que mais repudia no ser huma-no é a inveja e, se pudesse, não viauma criança passando fome. Paraele, Alagoas está repleto dehomens de bem, quebuscam construir

um futuro maisdigno para os

alagoanos.No entan-to, comoem todas o c i e -

d a d e ,existem pessoas comprome-tidas com a corrupção."Diminuir as injustiças, foieste o interesse que me fezingressar na vida ministe-rial", apontou.

Caseiro, Eduardo não dispen-sa um bom filme, sendo um de seusprediletos "Em busca da felicidade"com Will Smith. Poucos sabem queele também toca piano com exce-lência. Recentemente, em umafesta foi convidado por amigos

para demonstrar que ainda man-tinha a agilidade nos dedos. Ochefe do MP ainda gosta de res-taurantes e de sair com os seuscolegas promotores e procura-dores de Justiça. Ultimamentetem visitado o interior alagoa-no e, cada vez mais, se vê encan-tado com suas belezas e com ahospitalidade do seu povo.

Outro hobby de EduardoTavares é escrever. Quando pode,escreve artigos para os jornais,abordando os mais variadostemas. Experiência que relembraos velhos tempos quando deu osprimeiros passos na profissão dejornalista em Maceió ou quandodirigiu um jornal em Palmeira dos

Índios.Otimista, Eduardo Tavares

Mendes aposta em um futu-ro melhor para o País e para oseu povo sofrido como em re-lação ao Meio Ambiente, umade suas prioridades. "Costumodizer a frase de um autor desco-nhecido de que mais vale pre-

servar uma gota d'água doVelho Chico, hoje, do que

chorar uma lágrima porele amanhã, mesmo quesincera", disse. Devotode Nossa Senhora do"Ó", ele se consideraum homem de fé. "Soumovido pela paixão,sentimento que revo-luciona o espírito epela esperança queno dizer do PadreAntonio Vieira é 'adoce companheirada alma'", destacou.

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JORNALO JORNALO

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Moda / Design / Beleza / Saúde

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CChheeff JJoonnaattaass MMoorreeiirraa

MOQUECA DE CAMARÃO COM POLVOAo som de uma música baiana e

o cheiro saboroso de uma moqueca decamarão com polvo, o chef JonatasMoreira fala da sua vida. Com 22anos, Jonatas passou quatro anos naFrança se aperfeiçoando em Gastro-nomia no Institut Paul Bocuse, ondetrabalhou em restaurantes renoma-dos como o Michel Bras, Ledo-yen(Christian Lesquer) e LourentBouvier.

Seu estilo é a culinária contempo-rânea, que ele aprimora com pratosclássicos do restaurante do seu pai, oAkuaba, no espaço gourmet VeraMoreira, sua mãe. "A minha mãe é amelhor chef do mundo, tanto porsaber trabalhar com sabores comopela técnica que ela utiliza. Uma gran-

de autodidata", ressalta. Baiano, dacidade de Salvador, Jonatas chegou aestudar Administração de empresasem Maceió, mas logo percebeu que aGastronomia era o que mais queriafazer, abandonou o curso e foi paraa França. "Cresci entre as panelas, viaminha mãe cozinhando, meu paiatendendo os clientes, aquele ambien-te é saudável, gostoso, lembra famí-lia, requinte, solidariedade e sofisti-cação". Entre as especiarias que maisgosta de preparar estão os frutos domar, que ele salienta o siri mole comouma iguaria incomparável. "Não exis-te em nenhum outro lugar". Entre ospeixes que aprecia estão o Robalo, oCamurim, a Cioba e a Carapeba.

Para o futuro, Jonatas planeja

abrir um restaurante Akuaba, emSalvador. "Possivelmente em 2013,por enquanto, quero aprimorar ospratos clássicos criando uma culiná-ria franco africana e pratos que sejamdeliciosos, porque acho tudo issomuito gratificante", diz apaixonadopelo que faz.

Para o espaço Gourmet , Jonataspreparou a moqueca e passa a recei-ta que encanta os amantes da boaGastronomia, tudo isso associado aoprazer de comer bem e está ao ladode pessoas interessantes. "O rigor eo esmero de trabalhar um prato comcuidados com a matéria-prima, alémde transformar o prazer de cozinharem uma arte, foi o que me encantouao escolher Gastronomia", conclui.

Ingredientes:- 250 gramas de Polvo cozido- 200 gramas de camarão(sem cabeça)- 1 tomate picado- 1 cebola picada- meio molho de coentro- meio molho de cebolinha verde- 300 ml de leite de côco- 10 ml de azeite de dendê- dois limões- sal a gosto

Coloca-se tudo em uma panela(preferência de barro) e põe para ferver.Após o cozimento desliga o fogo. Para acompanhamento, coloca a farofa

de dendê e o arroz branco. Para decorar o prato acrescenta uma pimenta-biquinho e uma folhinha de coentro.

Modo de preparo:

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JORNALO JORNALO

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saltar a feminilidade e sofisticação que o invernopede, seja em composições completas ou nos de-talhes incrementando o look.

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