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Oficina temática 1 Compreensão e Expressão do Oral

O formador residente:

António Marcelino Fernandes

20 de Outubro de 2009

Agrupamento

de Escolas

de Abraveses

Direcção Regional de Educação do Centro

Compreensão e Expressão do Oral

António Marcelino1

O desenvolvimento da Linguagem Oral

É possível afirmar que existe uma relação

directa entre o grau de desenvolvimentolinguístico à entrada do 1º Ciclo e osucesso aí alcançado, em particular nosprimeiros anos. Concretamente, o domínioda oralidade é determinante naaprendizagem da leitura e da escrita (…)pelo que aquele desenvolvimento deve serestimulado desde o ensino pré-escolar,sendo o papel do professor do 1º Ciclo

crucial.

(Brochura Desenvolvimento Linguístico p.6)


António Marcelino2

Provocação…

“(…) em rigor, a escola que tão malensina a escrever, não ensina detodo a falar. A aprendizagemelementar da fala e odesenvolvimento da língua estãoentregues à família, ao meiotécnico e cultural em que acriança vai crescer…é assim quecostuma decorrer todo oprocesso de ensino-aprendizagem.”

José Saramago, 1998, Cadernos de Lanzarote, Diário


António Marcelino3

“(…) em rigor, a escola que tão malensina a escrever, não ensina detodo a falar. A aprendizagemelementar da fala e odesenvolvimento da língua estãoentregues à família, ao meiotécnico e cultural em que acriança vai crescer…é assim quecostuma decorrer todo oprocesso de ensino-aprendizagem.”

http://www.caleida.pt/saramago/biografia.html


António Marcelino4

A oralidade na minha sala de aula. Que práticas ?

O que se faço para desenvolver quer a compreensão quer a expressão do

oral?

Que objectivos pretendo atingir?

Planifico as actividades do oral? E depois procedo à sua avaliação?

Que competências desenvolvo?

Uso especificamente estratégias de ensino explícito?

Geralmente , o oral na sala de aula:

. Não é planificado nem avaliado

. Não é assumido como competência a desenvolver explicitamente

. Não é entendido com valor próprio antes é subsidiário de outras

competências

. Perde validade quando acaba a aula. Não é mobilizado noutras

competências

. Não se transforma em ferramenta de trabalho dos alunos


António Marcelino5

Diagnóstico da situação actualAuto Questionamento!...

Ponto de partida para a oficina de oralidade…

Se queremos trabalhar sobre o processo de aprendizagem-ensino da linguagem

nas crianças, temos de olhar para o crescimento linguístico do aluno (como se

processa, o que o facilita ou inibe, etc.) e para os níveis de mestria linguística

que consideramos possível e desejável atingir com o nível de ensino em que

trabalhamos.

Ou seja, temos de considerar:

1- Desenvolvimento da linguagem no aluno enquanto indivíduo

2- Orientações Programáticas do Sistema Escolar


António Marcelino6

Competências Nucleares

Compreensão do Oral

Leitura

Expressão Oral

Expressão Escrita

Conhecimento Explícito

Mestria Linguística


António Marcelino7

Mestria Linguística (competências)

compreensão oral expressão oral

conhecimentoexplícito

leitura escrita

In “A Língua Materna na Educação Básica”

Competências

Conhecimento da língua

reconhecimento produção elaboração

Actividade

Mental

Capacidades

8Compreensão e Expressão do Oral

António Marcelino

Compreensão Oral


António Marcelino9

A Compreensão do Oral

O nível de compreensão oral dascrianças, à entrada no 1.º Ciclodepende:

da extensão e diversidade do seuvocabulário passivo e dacomplexidade sintáctica que jáadquiriu;

da sua exposição ao grau deformalidade do discurso ouvido eaos tópicos abordados no mesmo.


António Marcelino10

As capacidades individuais do aluno, ao nível da oralidade, enquadram-se em 2 níveis. A saber:

1- Compreensão oral (Reconhecimento)

A compreensão do oral é a competência responsávelpela atribuição de significado a discursos ou cadeiasfónicas de acordo com as regras da gramática de língua.( Sim-Sim, Duarte e Ferraz 1997:26)

2- Expressão Oral (Produção)

Produção de cadeias fónicas com significado



Competência da Compreensão do Oral

Compreensão do Oral

envolve

Decifraçãoda

mensagem

Recepçãoda

mensagem

Implica

O acesso à informação linguística registada permanentemente na

memória

Reconhecimento – atribuição de significado



Esquema síntese da Compreensão Oral

•FIXAR

•ORGANIZAR

REAGIR ADEQUADAMENTE


António Marcelino

Em suma, a Compreensão do Oral releva para…

o acesso ao conhecimento

a eficácia da comunicação

a aprendizagem e avaliação de todas as restantes capacidades escolares, quer setrate de matemática ou de qualquer outra disciplina;

a proficiência na oralidade pois desta depende a interacção com os demaisfalantes de uma comunidade e, logo, a realização pessoal e profissional decada um.

a socialização da experiência individual quer pela atribuição de sentido pelosalunos a situações de comunicação favorecendo a interacção e a adequaçãodo discurso, quer pela tomada de consciência da especificidade do oral (comrecurso a experiências adequadas) treinando a escuta, a compreensão e areflexão crítica)

O novo programa de Português recentra e reforça esta importância nacompetência da oralidade. (Analisar D.D. pág. 29 e 30 novos programas).

sucesso escolar



O processo de compreensão do oral envolve basicamente as seguintes micro habilidades

Reconhecer (sons e palavras)

Seleccionar (palavras relevantes – nome, verbo, palavra-chave)

Interpretar (compreender o conteúdo do discurso -)

Antecipar (prever o que se vai dizer a partir daquilo que já foi dito)

Inferir (saber extrair informação do contexto comunicativo, interpretar os códigosnão verbais…)

Reter (com recurso à memória de curto e longo prazo e utilizando os diferentestipos de memória)

Nos primeiros anos trabalhar mais os aspectos globais da compreensão(tema e ideias básicas),mobilizando sobretudo a atenção e a retenção



Comparemos, em síntese, as duas competências do oral


António Marcelino

16

Expressão Oral



Esquema síntese da Expressão Oral

•FALAR PARA APRENDER

•FALAR PARA PARTICIPAR / INTERAGIR(Analisar Descritores de Desempenho para Exp. Oral pág.31,32,33,34)


António Marcelino

O pequeno falante, não dominando ainda completamente o oral, nas suas modalidades e

níveis, vai confrontar-se com outra situação difícil:

a relação arbitrária entre o oral e a escrita, relação essa fomentadora de erros e incorrecções.

Na fase de desenvolvimento em que a criança se encontra, os principais obstáculos a vencer

serão, portanto, a insuficiente experiência linguística oral e as características específicas do

código escrito em que se inicia. (escrita de base alfabética).

Todas as investigações confirmam amplamente que a aprendizagem da vertente

escrita da língua assenta no domínio dessa língua na sua vertente oral.

Assim sendo, estimular o desenvolvimento da linguagem oral, nas suas várias vertentes

é um meio indiscutível para facilitar a aprendizagem da leitura e da escrita.

Da vertente Oral à vertente Escrita da Língua



FALA

Vertente oral versus vertente escrita da língua

ESCRITA

Sistemas distintos e complementares…

Possuem características próprias que os distinguem.

Ambos usam o mesmo vocabulário e as mesmas formas gramaticais.


António Marcelino

No desenvolvimento da linguagem podem ser

reconhecidas 2 fases distintas:

A fase pré-linguística, em que são vocalizados apenas

fonemas (sem palavras) e que persiste até aos 11 – 12

meses.

A fase linguística, quando a criança começa a falar

palavras isoladas com compreensão. Posteriormente, a

criança progride na escalada de complexidade da

expressão. Este processo é contínuo e ocorre de forma

ordenada e sequencial, com sobreposição considerável

entre as diferentes etapas deste desenvolvimento.


António Marcelino

1 - Pragmático

O Desenvolvimento da Linguagem(envolve 4 sistemas independentes)

3 - Semântico 4 - Gramatical

2 - Fonológico

Estes níveis vão permitir a compreensão e a expressão.


António Marcelino

Literacia(estudo PISA)

Oracia

Capacidade de cada indivíduocompreender, usar e dereflectir sobre os textos orais,de modo a atingir os seusobjectivos, desenvolver osseus próprios conhecimentose potencialidades e participaractivamente na sociedade.

Oracia vs Literacia

Capacidade de cada indivíduocompreender, usar e dereflectir sobre os textosescritos, de modo a atingir osseus objectivos, desenvolver osseus próprios conhecimentos epotencialidades e participaractivamente na sociedade.



O professor do 1º Ciclo deverá: Trabalhar o modo de compreensão e expressão do oral.

Partir da oralidade (daquilo que as crianças já conhecem).

Expor os alunos a discursos orais em diferentes variedadesdo Português, com nível de complexidade e formalidadecrescentes;

Ensinar os alunos a saber ouvir e participar de forma apropriada e eficaz numa discussão

Fazer sentir aos alunos a necessidade de estarem atentos

Dar aos alunos ferramentas que os tornem mais autónomos



Ouvir e

desenhar

Completar

quadros

Escolher

opções

Identificar

erros

Transferir

informações

A

C

T

I

V

I

D

A

D

E

S



Sugestão de possíveis Actividades Ouvir pequenas narrativas;

Ouvir gravações ou assistir a representações teatrais de qualidade;

Ouvir diálogos sobre assuntos bem delimitados;

Ouvir curtas exposições informativas;

Participar em jogos para descoberta do significado das palavras integradasnum contexto linguístico;

Participar em actividades que exijam compreensão de estruturassintácticas específicas;

Detalhes (Os alunos têm de descobrir alguma informação concreta:definição de um conceito, o número de vezes que uma palavra se repete,etc..);



Actividades Cont. Ouvir e desenhar;

Completar quadros (A partir de uma exposição ou documentário oral: “Ondevive? O que come?”);

Escolher opções (Os alunos têm três fotografias: de pessoas, paisagens,objectos, etc. e têm de descobrir qual a que corresponde à descrição.);

Identificar erros (Pedir aos alunos que identifiquem num texto oral ou emdescrições de imagens, erros ou contradições.);

Transferir informações;

Reconstrução de um texto (Os alunos devem completar um texto, a partir deum texto oral.);

Antecipação (Os alunos ouvem um excerto breve. O professor pára e os alunosdevem dizer como termina uma frase, a resposta que alguém vai dar, etc..);



Actividades Cont. Prática de trava - línguas , com objectivos de adaptação articulatória

Exercícios que envolvam a função distintiva da entoação (pergunta / ordem /pedido / asserção)

Treino das estruturas do diálogo para tomada consciente de palavra e troca de

papéis

Exercícios visando a adequação do discurso ao interlocutor, à situação e ao meio de

comunicação

Dramatizações, recontos orais (de narrativas e acontecimentos) e completar de

histórias

Descrições de pessoas, objectos e gravuras

Planeamento verbal de actividades a realizar(uma visita de estudo, a organização

de um jornal de turma,…)



Actividades Cont. Actividades de planeamento e de produção de diversos tipos de discurso oral, com

grau crescente de formalidade

Actividades que propiciem a participação eficaz e adequada em diversas situações de interacção (debates, exposições, entrevistas, sínteses,…)

Dramatização de provérbios

Preparação :

Pede-se aos alunos para se lembrarem de alguns provérbios e para os registarem

por escrito para a aula seguinte.

Desenvolvimento:

Em grupos, os alunos vão dramatizar situações ilustrativas destes provérbios. Os

outros grupos tentam adivinhar o provérbio ilustrado, explicando seguidamente o

respectivo sentido.



Actividades Cont.

Histórias em roda

Preparação:

Os alunos sentam-se em circulo no chão da sala.

Desenvolvimento:

Um elemento começa uma frase, por exemplo: “Era uma vez uma vaca amarela que gostava decomer erva…”. De seguida o elemento seguinte continua a história com outra frase, porexemplo: “Essa vaca tinha um dono chamado João…”. E daí por diante.

Não interessa que as frases dos diferentes elementos sigam sempre a mesma ideia, o queinteressa é que os elementos do grupo usem uma palavra da frase anterior como referência

semântica para a que eles próprios vão criar.Textos misturados

São distribuídas aos alunos frases pertencentes a dois textos diferentes . De seguida, os alunos

que têm a primeira frase de cada um dos textos lêem-nas e colocam-nas em cada um dos lados

do quadro.

Pede-se então aos restantes alunos que vão lendo as respectivas frases, descobrindo a

sequência das duas histórias. Colocam-nas então no local correcto, construindo-se, assim,

dois textos distintos.



Actividades Cont.

Adivinhar profissõesPreparação

Faz-se uma lista de enunciados “produzidos” por pessoas com várias profissões.

Exemplo: O seu cão está doente.

Silêncio no tribunal.

A sua tensão arterial está alta.

O seu bilhete, por favor.

Desenvolvimento

A actividade consiste em adivinhar a profissão associada a cada frase.

Distribui-se a ficha e explica-se a actividade. Concluída esta primeira parte doexercício, pede-se aos alunos para inventarem outras frases que irão ler ao restoda turma para tentarem adivinhar a que profissões se referem.



Actividades Cont.

Jogo da apresentação

Pede-se aos alunos que escrevam o seu nome num bocado depapel. Recolhem-se todos os papelinhos numa caixa ou numsaco e misturam-se. Seguidamente, pede-se a cada aluno quetire um papelinho que não deve mostrar. Durante algunsminutos os alunos têm de fazer oralmente, em forma deadivinha, a descrição do colega que lhes calhou no sorteio. Oscolegas tentam adivinhar de quem se trata.



Num primeiro momento é dito às crianças que se vai ler um texto ao qual

devem prestar muita atenção porque, posteriormente, irão desenvolver um

trabalho relacionado com ele;

O professor faz a leitura em voz alta e, posteriormente, sugere aos alunos

que ilustrem, através de um desenho, a informação contida no texto.

Ouvir e desenhar

Num segundo momento confrontam-se as crianças com os desenhos e com a

história, levando-os a concluir que os desenhos contêm pormenores não descritos no

texto, faltando-lhes outros importantes;

Explica-se a importância de tirar notas enquanto se ouve a história, explica-se a

estratégia e repete-se a experiência com o texto inicial no qual se modificam alguns

pormenores.


António Marcelino

Ouvir e desenhar


António Marcelino

Completar quadros

Pedir aos alunos para completarem quadros com base numa

exposição ou documentário oral.

Nome do animal: Cão Truta Galinha (…)

Onde vive?

De que se alimenta?

Como se reproduz?

(…)


António Marcelino

Identificar erros

O professor lê um texto em voz alta e pede aos alunos para

identificarem erros.

Tarde de Inverno

Naquela manhã de Primavera, a floresta negra estava muito colorida.

As folhas castanhas das árvores cobriam o chão.

Uma tarde de Outono

Era no mês geringonça de Outubro, Maio, numa quarta feira à tardemanhã.

Nesses semanas dias, Isabel não António tinha aulas. Por isso,máquina mal acabou o jantar almoço, saiu entrando para a quintaribeira.

O tempo lençol estava ainda azul quente e nem uma erva buliarato.Isabel dirigiu-se para portão um pequeno feio bosque que ficavaperto quilómetro da casa.

Sophia de Mello Breyner, A Floresta

Também pode funcionar com descrições de imagens.


António Marcelino

Transferir informação (quadros conceptuais)

O professor lê um texto e pede aos alunos para transferirem a

informação para um quadro conceptual.


António Marcelino

Transferir informação (quadros conceptuais)

Árvoresas espécies

podem ser

por ex.

características

dão-nos

por ex.

por ex.

características


António Marcelino

Escolher opções

Dar aos alunos três fotografias de pessoas, paisagens, objectos, etc.

Descrever oralmente uma fotografia.

Os alunos têm que descobrir a qual corresponde a descrição.

Dar aos alunos três fotografias de pessoas, paisagens, objectos, etc.

Descrever oralmente uma fotografia.

Os alunos têm que descobrir a qual corresponde a descrição.

Identificar erros

Os alunos ouvem um excerto breve…

O professor pára a leitura e os alunos tentam antecipar:

- como termina uma frase; - a resposta a uma pergunta; - o que irá acontecer a seguir,

Antecipação


António Marcelino

Detalhes

Os alunos ouvem um texto oral e tentam descobrir alguma informação concreta:

- um conceito

- número de vezes que uma palavra se repete,

- (…)

Resultados esperados

Compreensão Oral Expressão Oral

1º e 2º

anos

• Saber escutar para reproduzir

pequenas mensagens e para

cumprir ordens e pedidos;

• Prestar atenção a breves

discursos sobre assuntos que

lhe são familiares, retendo o

essencial da mensagem;

• Compreender o essencial de

histórias contadas, de poemas

e de textos da tradição Oral;

• Falar de forma clara e audível;

• Esperar a sua vez, saber pedir a

palavra;

• Formular pedidos e perguntas

tendo em conta a situação e o

interlocutor;

• Narrar situações vividas e

imaginadas;


António Marcelino

Resultados esperados

Compreensão Oral Expressão Oral

3º e 4º

anos

• Saber escutar para organizar e

reter informação essencial,

discursos breves em português

padrão com algum grau de

formalidade;

• Distinguir entre facto e opinião,

informação implícita e explícita, o

que é essencial do que é

acessório;

• Pedir e tomar a palavra e

respeitar o tempo da palavra

dos outros;

• Planificar e apresentar

exposições breves sobre temas

variados;

• Produzir breves discursos orais

em português padrão com

vocabulário e estruturas

gramaticais adequados;


António Marcelino

Na sala de aula concede-se primazia à modalidade oral (sobre a modalidade escrita).Mas ensina-se o oral? Que diferenças existem entre o oral reflectido e oespontâneo?

Ensinar o oral não é apenas:

– Centrar-se em trocas verbais escolares do tipo “pergunta - resposta”

• Visam testar o conhecimento de conteúdos programáticos de outrascompetências;

– Promover actividades de leitura expressiva

• trabalha o ritmo, a acentuação, a articulação, a dicção;

– Ensinar um conjunto de expressões - feitas

• Conduz apenas a uma automatização de estruturas formais da língua;

– Promover a aprendizagem natural por contacto artificial com diferentessituações de comunicação

• Não desenvolve as capacidades discursivas por falta de intervençãosistemática.



Questões síntese para reflectir tendo como referência o aprendido na sessão

Aprendizagens relevantes desta sessãoNota: Este diapositivo será elaborado no final da sessão com

síntese feita pelos formandos)



• Vídeo 1: Exemplos de tarefas realizadas no âmbito da Oralidade/PNEP

• http://www.youtube.com/watch?v=XizMxYD8g9o

• Vídeo 2: A Roda de Conversa

• http://www.youtube.com/watch?v=hWb3aaqXXJg



http://www.youtube.com/watch?v=hWb3aaqXXJg


http://www.youtube.com/watch?v=XizMxYD8g9o




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