Oficina de contar histórias (Leonardo Pereira).

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Essa oficina apliquei no Gelpalho em Vitoria no Es

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I N T R O D U Ç Ã O - Afinal o que é preciso para contar a história?

Antes:

Processo de escolha;Ler várias vezes para deixar a história entrar - perceber a emoção da história;Conversar antes com as crianças para que a história não seja interrompida;Esquematizar mentalmente ou em um script (roteiro) a introdução, o desenvolvimento e a conclusão da história.

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LITERATURA

A HISTÓRIA faz parte da cultura de todos os povos.Conhecida como um dos mais eficazes meios de se transmitir conhecimento, foi

largamente utilizada pelo Cristo através de suas Parábolas.Através dela, chega aos corações dos homens: conhecimentos, condutas e valores

que lhe enriquecem a alma. Ao deparar com situações semelhantes, o homem relembra, inconscientemente, a atitude/resposta que ouviu na história, tendendo a repeti-la.

Na Evangelização, o evangelizador tem a responsabilidade de transmitir à criança o conteúdo Evangélico-Doutrinário.

A história entra como ferramenta riquíssima, como condutora dos valores morais cristãos e do conhecimento espírita.

Somos responsáveis pelo conteúdo da história que escolhemos. Saibamos escolher com maturidade e senso crítico aqueles conteúdos que tocarão tão profundamente os

corações infantis.

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Quando alguém se propõe a analisar o papel da literatura na

Escola de Evangelização, não pode fazê-lo separadamente. Ela é parte de um sistema. O sistema é ensino-aprendizagem e como tal,

não é um fim em si mesma, é apenas um meio, um recurso.Em primeiro lugar é preciso colocar-se o objetivo maior do

trabalho, aquele que será alcançado não apenas em um ano de atividades, mas numa integração de vários anos. Deseja-se que os

frequentadores das Escolas de Evangelização interiorizem os princípios básicos da Doutrina Espírita e organizem um sistema de

vida à luz desses princípios, com base nos ensinamentos evangélicos. Em outras palavras, preparem-se para a vivência Cristã.

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A LITERATURA NA EVANGELIZAÇÃO

Se atingiremos ou não esse objetivo, só o saberemos a partir da observação constante e sistemática de tais

evangelizandos, na Escola de Evangelização, no lar, na comunidade e, mais tarde, por aquilo que sua vida nos revelar.

Partindo-se desse objetivo justifica-se o papel da Literatura neste trabalho, sempre de acordo com o interesse

do evangelizando.Eis porque se considera a Literatura apenas um meio,

que dependerá do objetivo de cada aula, dos interesses daqueles com quem se trabalha; de suas necessidades; da adequação ao assunto, ao meio ambiente, às condições do evangelizador e dos evangelizandos e de suas experiências.

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A ESCOLHA DA HISTÓRIA

Alguns critérios precisam ser usados a fim de se escolher apropriadamente a história que melhor se adeque à nossa aula, tais como:

Levar em consideração o objetivo da aula - Qual o tema da aula? Qual seu objetivo?

Apenas com esses dados em mãos escolheremos satisfatoriamente a história. A prévia análise nos possibilitará a retirada ou adaptação de detalhes que

fujam do objetivo da aula, ou que possam conduzir o evangelizando a conceitos errôneos sob o tema em enfoque.

Ser totalmente doutrinária - A pureza doutrinária será preservada se cada um de nós se predispuser, em seu campo de ação, a utilizar seu senso crítico.

A história, não obstante bela, pode induzir quem a escuta a conceitos errôneos. A rigidez na análise da história, impedindo-se a divulgação de conceitos

doutrinariamente errôneos deve ser considerada como imprescindível pelo contador da história. Pontos dúbios, errôneos devem ser evitados através da adaptação da

história.

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A ESCOLHA DA HISTÓRIA

Se os erros doutrinários não puderem ser retirados sem o comprometimento da própria História, então esta deve ser abandonada,

escolhendo-se outra em seu lugar.

Levar em consideração as características do evangelizando - A história, para ser bem absorvida, compreendida e explorada deve ser escolhida

com base nas características do evangelizando, seu grau de escolaridade, idade, maturidade, grau de alfabetização, motivação pelo tema, além das

características socioculturais do meio em que vive.

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10 anos em diante

Aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções. Fábulas, mitos e lendas.

FAIXA ETÁRIA E INTERESSES

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Até 3 anos Histórias de bichinhos, brinquedos, objetos, seres da natureza (humanizados); histórias de crianças.

3 a 6 anos Histórias de repetição e acumulativos (Dona Baratinha, A Formiguinha e a neve); histórias de fadas.

7 anos Histórias de crianças, animais e encantamento, aventuras no ambiente próximo (ambiente familiar comunidade); histórias de fadas.

8 anos Histórias de fadas com enredo mais elaborado; histórias humorísticas.9 anos Histórias de fadas; histórias vinculadas a realidade.

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Se necessário, adaptemos o vocabulário àquele conhecido pelo evangelizando, não abrindo mão de enriquecê-lo. Observar o ambiente em que será contada a história - Quantos evangelizandos há? Qual o tamanho da sala? Há áreas livres? Está muito quente ou muito frio? Os evangelizandos estão bem? O prévio trabalho de análise da história poderá ser desperdiçado se, ao a contarmos, não propiciarmos ao evangelizando meios de absorvê-la bem. Se necessário, utilizemos recursos de apoio, tais como gravuras, slides, “cineminha”, colocar os evangelizandos sentadas no chão, levar para baixo de uma árvore, arredar móveis, etc. OBS: A escolha da história funciona como uma chave mágica e tem importância decisiva no processo narrativo. Chave, não uma varinha de condão. Chave requer habilidade para ser manejada – habilidade que se conquista com empenho e estudo.

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ESTRUTURA DA NARRATIVA

ENREDO

INTRODUÇÃO DESFECHO

CLÍMAX

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INTRODUÇÃO É a parte inicial, preparatória. Tem por objetivo localizar o enredo da história no tempo e no espaço, apresentar os personagens principais e caracterizá-los.Deve ser curta, dar as informações necessárias para facilitar a compreensão do que se vai escutar.A introdução diz: quando (Era uma vez...), onde (numa floresta distante), quem (três porquinhos decidiram fazer uma casa para morar).Estabelece o contato inicial entre o narrador e o ouvinte, devendo ser enunciada com voz clara, pausada, uniforme.

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ENREDO Diz respeito à sucessão dos episódios, os conflitos que surgem e a ação dos personagens.Esses episódios devem ser apresentados numa sequência bem ordenada, mantendo-se a expectativa até alcançar o clímax.

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CLÍMAX É o ponto culminante da história.Surge como uma resultante de todos os acontecimentos que formam o enredo.As variações da voz do contador, com breves e oportunas pausas preparam o momento culminante.

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DESFECHO É a conclusão da história.Onde o contador aproveita para rematar os pontos principais da história.

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OBSERVAÇÕES SOBRE A ESTRUTURA DA NARRATIVA É importante ressaltar no enredo o que é essencial e o que são detalhes. O essencial deve ser contado na íntegra e os detalhes podem fluir por conta da criatividade do narrador no momento.Estudar uma história é também inventar as músicas ou adaptar a letra a músicas conhecidas conforme a sugestão do texto, que são introduzidas no decorrer do enredo ou no seu final.Quem se propõe a fazê-lo, adquire maior confiança, familiariza-se com os personagens, vivencia emoções que poderá transmitir, fazendo adaptações convenientes e trabalhando cada elemento com a devida técnica.Adaptar não significa modificar o texto aleatoriamente. As adaptações devem tornar mais espontânea a linguagem escrita e dar um tom harmônico à narrativa como um todo.

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I N T R O D U Ç Ã O - Afinal o que é preciso para contar a história? Durante:

Controlar a voz (modulações, ritmo, altura):Pronunciar pausadamente as palavras, especialmente as que dão a dinâmica da história. Não esquecer da concordância padrão das palavras.Se for o caso, aproveitar momentos para a participação do publico;Sempre que possível inserir uma música ou adereços.

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DDIICCÇÇÃÃOO EEIIMMPPOOSSTTAAÇÇÃÃOO

DDAA VVOOZZ

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1. INTRODUÇÃO

O que você diz conta 7% no efeito geral;

Como você diz cerca de 40%;

Sua voz e sua linguagem corporal são, depois dos recursos visuais, os maiores responsáveis pelo sucesso de sua apresentação.

Experiências

mostram que:

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2. DEFINIÇÃO

Em retórica, maneira de dizer considerada quanto à conveniência dos termos, quanto à sua disposição gramatical e quanto à pronúncia.

Dicção

Impostação

Correta emissão, colocação e projeção da voz, por atores, cantores etc. Tom de voz com que se pronuncia determinada fala.

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3. AUTOCONSCIÊNCIA

É possível identificar e melhorar em quatro características a voz:

Tom ==> copo ==> faca

Timbre ==> cordas vocais relaxadas.

Volume ==> ar dos pulmões ==> glote

Clareza ==> calma ou nervosismo.

Você já ouviu a sua própria voz? Notou alguma estranheza?

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4. RESPIRAÇÃO

Na inspiração:

- Encha bem os pulmões de ar;

- Respire através do diafragma.

Na expiração:

- Mantenha relaxados os músculos faciais;

- Abra farta e tranquilamente a boca e a garganta.

A base da voz é a respira-ção.

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Expirar contando em voz alta: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ..... até 60. ==> AUMENTAR FÔLEGO

Inspirar e expirar várias vezes lentamente: P B T D G Q (exercício de domínio da expiração) ==> CONSOANTES OCLUSIVAS.

Emitir UMA, e depois DUAS vezes o verso: “O sol da perfeição é que ilumina os gênios” ==> ECONOMIZAR FÔLEGO.

RE

SP

IRA

ÇÃ

O

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5. PRONÚNCIA, PONTUAÇÃO, ENTONAÇÃO

PronúnciaDizer as palavras inteiras, evitando “engolir” sílabas.

Pontuação

Dizer o texto em tom conversativo, respirando nos pontos e vírgula.

Entonação Treinar a voz de ouro, de prata, de bronze e de veludo.

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6. SINAL ENFÁTIVO

Você abriu a porta?

Se a ênfase for dada a você, a pessoa indagada será influenciada a responder: “Sim, eu”.

No caso de abriu, ela responderá: “Sim, abri”.

Em porta, ela retrucará: “Sim, foi a porta”.

Dar às palavras a ênfase que merecem.

Colocar o sinal enfático no lugar certo.

Entonar a voz de acordo com a emoção.

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Um prato de trigo para um tigre, dois pratos de trigo para dois tigres, três pratos de trigo para três tigres ... dez pratos de trigo para dez tigres.

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DICÇÃO

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Rififi de piriquiribi viril chincrin e tiguimirim, inimissíssimos de pirlimpimpim. Imbiri incio, pirim, quis distinguir piquiritis de chibis miris, timbris de dissímil piriquiti.

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DICÇÃO

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O mameluco melancólico meditava e a megera megalocéfala, macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca miasmática. Migalhas minguadas de moagem mitigavam míseras meninas.

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DICÇÃO

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Segundo o Espírito Emmanuel, deveríamos “educar a voz, para que se faça construtiva e agradável”.

Assim, quem se preocupa com a palavra, aumenta suas chances como orador.

7.CONCLUSÃO

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8.FONTE DE CONSULTA

SIGNATES, L. Caridade do Verbo - Métodos e Técnicas de Exposição Doutrinária Espírita. Goiânia, Federação Espírita do Estado de Goiás, 1991 SANTOS, M. F. dos. Técnica do Discurso Moderno. 4. ed., São Paulo, Logos, 1959.

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I N T R O D U Ç Ã O - Afinal o que é preciso para contar a história?Antes: Processo de escolha;Ler várias vezes para deixar a história entrar - perceber a emoção da história;Conversar antes com as crianças para que a história não seja interrompida;Esquematizar mentalmente ou em um script (roteiro) a introdução, o desenvolvimento e a conclusão da história.Durante: Controlar a voz (modulações, ritmo, altura):Pronunciar pausadamente as palavras, especialmente as que dão a dinâmica da história. Não esquecer da concordância padrão das palavras.Se for o caso, aproveitar momentos para a participação do publico;Sempre que possível inserir uma música ou adereços.

Depois:

Ouvir as manifestações do público - Avaliação.

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O CONTADOR DE HISTÓRIAS Cuidados ao se escolher uma história: Conhecer o tema da aula Ter em mente os objetivos que deseja alcançarAnalisar a história em seu aspecto moral, doutrinário, recreativo.Conhecer o ambiente, o tempo disponível, a criança, a cultura local.

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A preparação do contador: Saber bem a história Preparar o material ilustrativo Adaptá-la, se necessário, modificando palavras, encurtando-a. Experimentar contar antes a história Explicar às crianças, quando necessário, o significado das palavras chaves à compreensãoMotivá-las para a história

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Ao contar a História, o evangelizador precisa:

Conhecer o enredo com toda a segurança Ter confiança em si mesmo

Narrar com naturalidade, sem afetação. Ser comedido nos gestos

Evitar tiques, cacoetes, estribilhos. Dispensar atenção a todos

Falar com voz agradável Sentir a história

Utilizar linguagem adequada, correta. Seguir a sequência regular da história

Explorar corretamente o membro fantasia, de modo a não criar confusões na mente infantil, estabelecendo conceitos errôneos.

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CUIDADOS QUE CONTRIBUEM PARA O ÊXITO DA NARRAÇÃO No começo é interessante cantar com os evangelizandos. Cantar, bater palmas, levantar os braços facilita a concentração dos ouvintes.A duração da narrativa em si depende da faixa etária e do interesse que suscita: 5 a 10 minutos para os pequeninos, de 15 a 20 minutos para os maiores. No que se refere às interrupções, as quais não têm a ver com o enredo, o contador, em nenhum caso, interrompe a narrativa. Se foi um adendo, confirma-o com um sorriso, uma palavra, um gesto de assentimento. Caso contrário, fixa o olhar na direção de quem o interrompeu, sorri e com um gesto pede-lhe para aguardar.

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Se o narrador mantiver sempre uma atitude calma e tranquila, sem se impacientar ou irritar-se, mesmo os evangelizandos que não conseguem ficar atentos, breve serão bons ouvintes, pois nada melhor que uma história para desenvolver a capacidade de atenção.

Conversa depois da história. Comentar, ao que parece, prolonga o deleite, conduz a novas leituras da trama, dos personagens, a uma compreensão mais nítida e esclarecedora.

Comentário do ouvinte evidencia o efeito da história contada e oferece condições para avaliar sua maior ou menor repercussão. É nessa fase, inclusive, que o narrador apreende reações dos evangelizandos, aprimorando-se na prática da arte de contar e aperfeiçoando um estilo próprio.

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A ADAPATAÇÃO DE UMA HISTÓRIA INFANTIL

Quanto ao conteúdo: Eliminar tudo o que não concorra para aumentar o seu valor Retirar aspectos anti-doutrinários Incluir diálogos ou acontecimentos que facilitem a compreensão do temaQuanto à extensão:História longa - elimina-se alguns fatos, verificando-se os indispensáveis. Resumir as explicações preliminares, suprimir digressões (desvios do assunto), diminuir os personagens, evidenciando as ações do personagem principal.História muito curta - amplia-se, obedecendo-se uma sequência lógica de eventos e eliminando ocorrências que vão de encontro aos princípios doutrinários, mantendo a sequência lógica dos assuntos.

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FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS HISTÓRIAS

Estudar uma história é ainda escolher a melhor forma ou o recurso mais adequado para apresenta-la. Os recursos mais utilizados são:a simples narrativa;a narrativa com o auxílio do livro;o uso de gravuras, de flanelógrafos, de desenhos;narrativa com interferência do narrador e dos ouvintes.

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1- SIMPLES NARRATIVA

Mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, mais tradicional e autêntica expressão do contador de histórias.Não requer nenhum acessório e se processa por meio da voz do narrador, de sua postura. Este, por sua vez, com as mãos livres, concentra toda a sua força na expressão corporal. Lendas, fábulas e histórias recolhidas da tradição oral são melhor transmitidas sob a forma de simples narrativa e ainda é a maneira que mais contribui para estimular a criatividade. A utilização de material ilustrativo nos exemplos citados, poderia desviar a atenção do ouvinte, que deve estar fixa no narrador.

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2 - COM O LIVRO Há textos que requerem, indispensavelmente, apresentação do livro, pois a ilustração os complementa. Examinando-se livros onde se destaca a apresentação gráfica e a imagem é tão rica quanto o texto, verifica-se a propriedade do recurso.

Essa apresentação, além de incentivar o gosto pela leitura (mesmo no caso dos ainda não alfabetizados) contribui para resolver a seqüência lógica do pensamento infantil.Devemos mostrar o livro para as crianças virando lentamente as páginas com a mão direita, enquanto a esquerda sustenta a parte inferior do livro.

Narrar com o livro não é propriamente ler a história. O narrador a conhece, já a estudou e a vai contando com suas próprias palavras, sem titubeios, vacilações ou consultas ao texto, o que prejudicaria a integridade da narrativa.

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3 - COM DESENHOS

É um recurso atraente no caso de histórias de poucos personagens e traços rápidos. Pode ser desenhado no quadro de giz ou papel de metro.Aguça a curiosidade dos ouvintes.

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4 - COM GRAVURAS As gravuras favorecem, sobretudo, as crianças pequenas, permitem que elas observem detalhes e contribuem para a organização do pensamento. Isso lhes facilitará mais tarde a identificação da ideia central, fatos principais, fatos secundários, etc.Antes da narrativa, empilham-se as gravuras em ordem viradas para baixo. À medida que vai contando, o narrador as coloca uma a uma no suporte próprio.

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5 - COM O FLANELÓGRAFO Este recurso é ideal para ser usado nas histórias em que a personagem principal entra e sai de cena, movimenta-se num vai e vem durante o enredo. Na gravura reproduz-se a cena. No flanelógrafo, cada personagem é colocado, individualmente, ocupando seu lugar no quadro, o que dá a ideia de movimento.O mais importante nessa técnica é a ação do personagem principal, num movimento constante.

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6 - COM INTERFERÊNCIAS DO NARRADOR E DOS OUVINTES

Seja qual for a forma de apresentação, pode-se introduzir a interferência, se o texto a requer ou sugere.A interferência resulta da criatividade do narrador, que a incorpora ao texto para tornar a narrativa mais atraente. É um excelente recurso quando se trata de público numeroso, em locais abertos, facilitando a concentração dos ouvintes. No entanto, é preciso cuidado para não transforma-la em programa de auditório, pois ela deve surgir em decorrência do enredo e ser mantida em equilíbrio sob o controle do narrador.

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ATIVIDADES A PARTIR DA HISTÓRIA Há vários tipos de atividades que podem ser desenvolvidas, com base nas sugestões que o enredo oferece. Dramatização;Pantomima (mímica, gestos);Desenho, recortes, modelagem, dobraduras, cartões, marcadores de livros;Criação de textos orais e escritos (confecção de livros, poemas, quadrinhas, etc.);Brincadeiras e teatro de bonecos e fantoches;Construção de maquetes.

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Trabalho com EVA

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Trabalho com fantoche

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Trabalho com fantoche – Colher de pau.

Materiais:

• Colher de pau• Tecidos• Cola quente• Tesoura• Lã• Fitas• Pincel atômico para fazer o rostinho• Folha para fazer os braços e pernas.

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Trabalho com desenhos ou ilustrações

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Teatro

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折り紙 - Origami

折り – “ ori” = dobrar紙 – “ gami” = papel

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• Introdução• Objetivo• Forma básica da flor• Caixa• Tsuru• Flor de íris• Curiosidades• Conclusão• Referências

Roteiro

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• Mostrar que qualquer pessoa pode fazer um origami, não precisa ser oriental ou possuir habilidades especiais.

• Basta querer e começar a fazer!

• Isto se aplica a diversas outras coisas na vida.

Objetivo

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• Século VI – Possível surgimento do origami, quando um monge budista trouxe da China a maneira de se fabricar papel.

• 1797 – Primeira evidência do origami com o livro “Senbazuru Orikata” (Como dobrar mil ‘pássaros’).

• Século XIX – O termo origami e a maneira como é feita atualmente são consolidados por meio de uma mescla do origami europeu e do origami japonês.

Introdução

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Forma básica da flor

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Caixa

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• A tradução de tsuru é grou, essa ave abaixo.

Tsuru

O tsuru representa a Paz,a Saúde,a Longevidade e a Fortuna, motivo pelo qual é bastante utilizado em comemorações festivas, fazendo-se presente nos enfeites e embalagens.

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Tsuru• Diz -se que ao dobrarmos mil "tsuru",os nossos desejos serão realizados,

ou ainda que ao oferecê-los a uma pessoa doente, estaremos transmitindo-lhe o nosso desejo para o seu pronto restabelecimento.

• Certo é que ao dobrarmos cada figura, nela são depositadas a nossa fé, esperança, carinho e energia, formando uma espécie de corrente com vibrações positivas

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Tsuru

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Tsuru

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Flor de Íris

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Flor de Íris

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Origami matemático

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Origami artesanal

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Origami avançado

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• Todo mundo pode fazer origamis, basta começar a fazer.

• Na vida, sempre que nos esforçamos podemos alcançar qualquer coisa, mesmo que pareça algo difícil, com um pouco de empenho a gente sempre consegue.

Conclusão

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• Kanegae, M., Imamura, P., Origami – Arte e técnica da dobradura de papel, Aliança Cultural Brasil-Japão, São Paulo, 10ª ed., 1999.

• http://www.paperfolding.com/history/

• http://origami.ousaan.com/library/historye.html

• http://www.nihonsite.com/orig/

• http://origami-taresu.blogspot.com/2008/08/folclore-e-origami-unindo-ainda-mais-o.html

• http://www.pjlighthouse.com/2007/02/10/amazing-origami-satoshi-kamiya/

Referências

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Bibliografia Geral