OBRIQAÇÕ^ES ESPIRITUAIS BO CREITE · que a Igreja passará pela grande tribulação que virá...

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ANO 57 - ABRIL A JUNHO 2017 - N° 217 OBRIQAÇÕ^ES ESPIRITUAIS BO CREITE Hebreus 13:7-17 Aos hebreus, a quem foi dirigido este livro, é recomendado nesta passagem que se lembrem dos seus guias, os mestres que lhes ensinaram a palavra de Deus. Observando o êxito que tiveram em sua carreira cristã, a sua fé deve ser imitada. Temos para nós os exemplos dados no Novo Testamento de alguns, como Paulo e seus companheiros, que pela fé levaram o Evangelho ao mundo descrente. Alguns dos campeões da fé na antiguidade são bons exemplos, como vemos no capítulo 11. Todos mantiveram a sua confissão firme até o fim da vida, e vários foram até martirizados. Essa é a fé que se apega a Cristo e à doutrina cristã, que traz Deus para nosso lado em cada passo da vida neste mundo. Não somos todos chamados para as mesmas formas de serviço, mas todos somos chamados a uma vida de fé. Jesus Cristo é o Filho de Deus, "ontem" chamado Javé, o Senhor, e hoje o Messias, ou Senhor Jesus Cristo em nosso idioma, eternamente imutável. Que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre foi o foco do ensino, do objetivo e da fé desses guias dos hebreus. Em seguida vem uma advertência contra os falsos ensinos. Os judaizantes insistiam que a santidade estava ligada a coisas externas, tais como cerimónias, rituais e alimentos, por exemplo. A verdade é que a santidade é produzida pela graça, não pela lei. Os estatutos relativos a alimentos "limpos" e "imundos" visavam produzir uma limpeza ritual. Mas não produziam santidade espiritual. Um homem pode estar cerimo- nialmente limpo e ainda estar cheio de ódio e hipocrisia. Só a graça de Deus pode inspirar e capacitar os crentes a viver vidas santas. O amor pelo Salvador que morreu por causa de nossos pecados nos motiva a "viver sobriamente, com retidão e tementes - 01 -

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ANO 57 - A B R I L A JUNHO 2017 - N° 217

OBRIQAÇÕ^ES ESPIRITUAIS BO CREITE

Hebreus 13:7-17 Aos hebreus, a quem foi dirigido

este l ivro, é recomendado nesta passagem que se lembrem dos seus guias, os mestres que lhes ensinaram a palavra de Deus. Observando o êxito que tiveram em sua carreira cristã, a sua fé deve ser imitada. Temos para nós os exemplos dados no Novo Testamento de alguns, como Paulo e seus companheiros, que pela fé levaram o Evangelho ao mundo descrente. Alguns dos campeões da fé na antiguidade são bons exemplos, como vemos no capítulo 11. Todos mantiveram a sua confissão firme até o fim da vida, e vários foram até martirizados.

Essa é a fé que se apega a Cristo e à doutrina cristã, que traz Deus para nosso lado em cada passo da vida neste mundo. Não somos todos chamados para as mesmas formas de serviço, mas todos somos chamados a uma vida de fé.

Jesus Cristo é o Filho de Deus, "ontem" chamado Javé, o Senhor, e

hoje o Messias, ou Senhor Jesus Cristo em nosso idioma, eternamente imutável. Que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre foi o foco do ensino, do objetivo e da fé desses guias dos hebreus.

Em seguida vem uma advertência contra os falsos ensinos. Os judaizantes insistiam que a santidade estava ligada a coisas externas, tais como cerimónias, rituais e alimentos, por exemplo. A verdade é que a santidade é produzida pela graça, não pela lei. Os estatutos relativos a alimentos "limpos" e "imundos" visavam produzir uma limpeza ritual. Mas não produziam santidade espiritual.

Um homem pode estar cerimo-nialmente limpo e ainda estar cheio de ódio e hipocrisia. Só a graça de Deus pode inspirar e capacitar os crentes a viver vidas santas. O amor pelo Salvador que morreu por causa de nossos pecados nos motiva a "viver sobriamente, com retidão e tementes

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a Deus na época presente'' (Tito 2:12). Afinal de contas, as regras infinitas com respeito aos alimentos e bebidas não têm sido úteis para a santificação dos seus adeptos.

Não percamos o triunfo das palavras ''Temos um altar'\o a resposta confiante do crente às repetidas provocações dos judaizantes. Nosso altar é Cristo, e, portanto, inclui todas as bênçãos que se encontram nEle. Os que estiverem ligados ao sistema levítico não têm o privilégio de participar dos privilégios melhores do Evangelho. Primeiro devem se arrepender de seus pecados e crer em Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador.

Sob o sistema sacrificial, certos animais eram mortos e seu sangue era trazido para o lugar Santo dos Santos pelo sumo sacerdote como um sacrifício pelo pecado. Os corpos desses animais eram transportados para um lugar longe dos arredores do Tabernáculo e queimados. "Fora do arraial" significa fora da cerca exterior que rodeava o Tabernáculo.

Os animais queimados fora dó arraial foram um tipo; o Senhor Jesus foi o antítipo. Ele foi crucificado fora dos muros da cidade de Jerusalém. Foi fora do arraial do judaísmo organizado que Ele santificou o povo com seu próprio sangue.

A aplicação para os primeiros leitores da epístola foi esta: eles deviam romper com o judaísmo. Eles deviam de uma vez por todas virar as costas aos sacrifícios do templo e apropriarem-se da obra terminada de Cristo como seu sacrifício suficiente. A aplicação

para nós é semelhante: o "arraial" de hoje é todo o sistema religioso que ensina a salvação pelas obras, pelo caráter, pelo ritual ou por ordenanças. E o sistema das igrejas modernas com seu sacerdócio ordenado humanamente, seus instrumentos físicos para adorar e sua pompa cerimonial. É a cristandade corrupta, uma igreja sem Cristo. O Senhor Jesus está lá fora e temos de sair para estar com Ele, levando a Sua ignomínia.

Jerusalém era amada pelos que serviam no templo. Era o centro geográfico do seu "arraial". O crente não tem uma cidade assim na terra. Seu coração está dirigido à cidade celestial, a nova Jerusalém, onde está o Cordeiro em toda a Sua glória. O sacrifício de louvor é o fruto de lábios que reconhecem o Seu nome. A única adoração que Deus recebe é a que procede das almas redimidas.

No Novo Testamento todos os crentes são sacerdotes. São sacerdotes santos, indo para o santuário de Deus para a adoração (1 Pedro 2:5), e são sacerdotes reais, saindo ao mundo para testemunharem (1 Pedro 2:9). Há pelo menos três sacrifícios que um crente-sacerdote oferece:

• O primeiro é o sacrifício de sua própria pessoa (Romanos 12:1).

• Em seguida, neste versículo 15, está o segundo: o sacrifício de louvor. É oferecido a Deus através do Senhor Jesus. Todo nosso louvor e adoração passa por Ele antes de chegar a Deus Pai; nosso grande Sumo Sacerdote remove todas as impurezas e imperfeições e acrescenta sua própria virtude a

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eles. O sacrifício de louvor é o "fruto dos lábios que confessam o Seu nome" (versículo 15). • O terceiro sacrifício é a oferta de nossas posses. Devemos usar nossos recursos materiais para fazer o bem e na partilha com aqueles que estão em necessidade. Deus se agrada com esse sacrifício. É o oposto de acumular para si.

Os leitores foram instruídos, nos versículos 7 e 8, a se lembrarem dos seus guias no passado. Agora eles são ensinados a obedecer aos seus líderes presentes. Isso diz respeito principalmente aos que estão na direção da igreja local. Esses homens agem

como servos de Deus na igreja. Receberam essa autoridade, e os crentes devem ser submissos a eles. Como "sub-pastores", os superinten­dentes cuidam pelas almas do rebanho. Um dia eles terão que prestar contas a Deus pelo seu desempenho. Farão isso com alegria ou tristeza, dependendo do progresso espiritual do seu rebanho. Se for com tristeza, isto significará perda de galardão pelos santos em causa. Portanto é para benefício de todos respeitar as linhas de autoridade que Deus estabeleceu.

R. David Jones

A SENDA DO CRISTÃO Publicação trimestral cristã, sem fins lucrativos e mantida por ofertas voluntárias.

FUNDADOR: Kenneth Jones

" " ' ' ' Sugestões e artigos devem ser encaminhados ao: E D I T O R RESPONSÁVEL: Orlando Arraz Maz

e-mail: [email protected] R. Oswald de Andrade, 59; Chácara Sergipe; Cep 09.894-070 S. Bernardo do Campo - SP

Ofertas e pedidos devem ser encaminhados ao:

T E S O U R E I R O : James Crawford; e-mail: [email protected] Caixa Postal, 19 - CEP 14.600-970 - São Joaquim da Barra - SP ou

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indicando que pessoa ou igreja enviou.

Para orientação das igrejas e dos innãos, o custo de cada exemplar de A Senda do Cristão é de RS 0,80.

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¥OCÊ QUEE QUE E m ¥ E i m ? Pois então, caro leitor, somente

aqueles que amam a vinda do Senhor Jesus para arrebatá-los manifestam esse sentimento constantemente: "Vem, Senhor Jesus"! Portanto, permita-me lhe perguntar: Você quer que Ele venha? A pergunta é pertinente tendo em vista que Ele mesmo deixou asseverada essa promessa: Venho sem demora (Apocalipse 3:11; 22:12 e 20).

Entretanto, aqueles que de fato não vivem essa maravilhosa expectativa dirão: "Ah, tanto tempo já passou e até agora nada; não há nenhum sinal aparente da proximidade da Sua vinda"! Mas os que têm autenticidade de fé não se deixam influenciar por essas zombarias.

Os muitos que assim pensam estão a incidir em um enorme equívoco, a asserção "sem demora" mencionada pelo Senhor Jesus não é segundo a nossa contagem de tempo, mas no tempo divino já estabelecido mediante a exclusiva autoridade do Pai (Atos 1:7).

Portanto, não nos compete conhecer tempos ou épocas reservados por Deus, não há que se ir à busca de sinais da Sua vinda entre nuvens para arrebatar a Sua Igreja, pois eles não existirão. Para aqueles que verdadei­ramente O esperam a Sua volta é iminente, a qualquer momento, num piscar de olhos, não dependendo de nenhum sinal terreno a não ser a palavra de ordem do Pai, proferida no Céu, para que esse glorioso momento aconteça.

Simples assim, caro leitor, mas se

puderem complicar, por que facilitar, não é mesmo? Por oportuno, nunca é demasiado lembrar o alerta de Pedro de que nos últimos dias surgirão aqueles que irão questionar acerca da demora da vinda do Senhor Jesus por desconhe­cerem a longanimidade de Deus para que todos tenham a possibilidade de chegar ao arrependimento. Não deixe de ler o capítulo 3 de 2 Pedro, é fundamental uma meditação profunda nas revelações ali contidas.

Mas essa busca de "sinais" é provocada pela enorme confusão feita ao se interpretar as revelações contidas em Mateus 24. Por definição, elas não dizem respeito à Igreja de Deus. O mais grave é que já são muitos que acham que a Igreja passará pela grande tribulação que virá sobre este mundo sob o comando das duas bestas mencionadas no capítulo 13 de Apocalipse. Por conta disso saem à busca de "sinais", dentre esses cito a identificação de quem seria o provável "anticristo", e acabam escrevendo muitas impropriedades a respeito.

Já houve quem dissesse que a Igreja de Deus não está esperando pelo "anticristo", mas a volta do Filho de Deus, e quando ocorrer essa revelação (das duas bestas) os que de fato crêem no Senhor Jesus já terão sido por Ele arrebatados entre nuvens conforme claramente ensinado pelo apóstolo Paulo (Leia 1 Tessalonicenses 4:13-18 eFilipenses 3:20-21).

Também no capítulo 15 de 1 Coríntios, com considerável inspiração

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divina, Paulo traz um claríssimo ensino acerca desse notável evento, demons­trando que a ressurreição do Senhor é a garantia da ressurreição de todo aquele que nEle crê com inabalável fé, pois Ele é as primícias dos que dormem, ou seja, os que partiram desta vida e agora aguardam a ressurreição de seus corpos transformados e revestidos da incorruptibilidade. Não deixe de ler esse precioso capítulo.

Entrementes, há que se ter compreensão clara acerca desses textos revelados por Paulo. Segundo a teologia do arrebatamento pré-tribulacional, o Senhor Jesus virá entre nuvens para buscar os Seus e, nessa ocasião, não colocará Seus pés na Terra, e os por Ele redimidos irão ao Seu encontro nos ares, primeiramente os ressurretos, em seguida os vivos que aqui estiverem (1 Coríntios 15:50-58).

Após esse importante aconteci­mento, dar-se-á a revelação das duas bestas infernais e, por conseguinte, o início da grande tribulação. Ao final dos sete anos previstos para esse período de grande angústia, aí sim o Senhor Jesus aqui virá para pôr um basta à tenebrosa atividade dessas duas entidades diabólicas e estabelecer o Seu reino milenar (Apocalipse 19). _ „ ,̂

Cumpre-se, portanto, nesse exato momento, a revelação do antigo profeta que teve a percepção desse magnífico acontecimento que se daria milénios a sua frente: Então, sairá o Senhor e pelejará contra essas nações... Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém (Zacarias 14:3-4). A Sua majestosa volta acontecerá

Vem Israel, por isso os cristãos jamais

deveriam ser contra Israel em prol de qualquer causa árabe, pois lá continua sendo a terra de Deus e os judeus, o Seu povo terreno.

Vejo algo muito estranho debaixo do céu! O surgimento daqueles que dizem saber idiomas bíblicos e ficam a insinuar que as interpretações remotas das Escrituras não são bem aquelas que nelas constam. De fonna leviana, diria eu, pois isso equivale dizer que ao longo de quase dois milénios os codificadores do Novo Testamento teriam cometido erros crassos ao coligirem os antigos textos.

Sem dúvida uma atitude de escárnio, pois estão a desdenhar do notável saber daqueles que, inspirados por Deus, se dedicaram a essa árdua tarefa. Entre nós, não posso deixar de citar John Nelson Darby, o precursor do dispensa-cionalismo, que traduziu as Escrituras para vários idiomas. Pior ainda, são os bacharelandos em "teologia" que em suas monografias de final de curso defendem a heresia de que as Escrituras são parcialmente inspiradas por Deus, provocando com isso gravíssimas distorções doutrinárias. .

Contudo, de onde menos se espera por vezes chega algo de certa forma surpreendente. Em recente matéria que me foi enviada, divulgada pelo Breaking Israel News, relata sobre alguns acontecimentos inéditos ocorridos em janeiro último que foram considerados como indícios do cumprimento das profecias de Ezequiel que indicariam que a vinda do Messias prometido para Israel estaria próxima.

Não entrando no mérito da questão

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e sem coi^estar os fenómenos ocorridos, sabemos que o Messias aguardado pelos hebreus de fato se trata do retorno do Senhor Jesus, o Messias por eles rejeitado, que aqui voltará para estabelecer o Seu reino. Todavia, a vinda do Rei dos reis dar-se-á ao final da grande tribulação e a Igreja já não mais aqui estará no mínimo sete anos antes desse acontecimento.

Mas o que me chamou à atenção nessa notícia foi a constatação de que os hebreus estão atentos à vinda do Messias, coisa esta que não está se observando com a mesma intensidade entre os atuais cristãos. Raramente se fala a esse respeito em nossos dias. Qual foi a última vez que você ouviu, caro leitor, uma mensagem exortando que o Senhor Jesus Cristo está chegando para arrebatar a Sua Igreja? Essa postura da cristandade em nossos dias dá a ideia de que Ele não irá voltar!

Por vezes fica-se com a impressão de que os cristãos sentem vergonha de expressar essa realidade com receio de serem debochados. Zombeteiros não faltarão para isso, dizendo que isso é uma lenda para iludir criancinhas e velhos. "Onde já se viu acreditar em algo tão absurdo em pleno terceiro milénio", dirão esses tais.

O despreparo sobre isso é uma triste realidade. A grande maioria dos cristãos não tem respostas quando arguidos. Falta-lhes conhecimento face à quantidade de interpretações sobre o assunto que gera graves erros doutrinários. Geralmente cada seg­mento do multifacetado cristianismo tem o seu particular entendimento.

Preocupam-se hoje em pregar

sobre prosperidade, determinação, saúde perfeita, cultos festivos sem nenhuma reverência a Deus etc. O atual modismo é que tem que se falar sobre aquilo que o povo gosta de ouvir, pois assim os salões das igrejas ficarão lotados e, por extensão, aumenta-se a arrecadação. A "cristandade de massas" não significa sucesso, pois acaba ficando muito próxima ao paganismo na medida em que se afasta dos princípios estabelecidos na Palavra de Deus, conforme lemos em 2 Timóteo 3:1-9,13; Judas e Apocalipse, dentre outros. Nesse contexto falar sobre pecado, arrependimento, salvação, santificação etc, nem pensar, mesmo porque não traz ganhos materiais. Imagine, então, falar-se no arrebata­mento que o Senhor Jesus efetuará.

Apesar das opiniões contrárias completamente equivocadas, o arreba­tamento pré- t r ibulacional é uma magnífica promessa, pois livrará os filhos de Deus da ira vindoura: "Jesus, que nos livra da ira vindoura" (1 Tessalonicenses 1:10); "Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:9); "Sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira" (Romanos 5:9); "Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro " (Apocalipse 3:10).

Finalizando, caro leitor, volto à pergunta inicial: Você quer que Ele venha? Acrescento: Você acredita que Ele virá para arrebatar os Seus? Cumpre-me lembrá-lo de que, aos que

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crêem, há um galardão específico que Paulo revela em 2 Timóteo 4:8... "Jà agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos

amam a sua vinda".

Portanto, minha última pergunta: Você ama a Sua vinda? Permita Deus que assim seja!

José Carlos Jacintho de Campos

VOCÊ ESTARá NA FESTA? "Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! ' Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro,e a sua noiva já se aprontou" E o anjo me disse: 'Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro!" E acrescentou: 'Estas são as palavras verdadeiras de Deus". (Apoc. 19:7, 9)

A Igreja é uma instituição criada por Deus, e teve seu início após a ascensão de Jesus, mais precisamente no Pentecostes, quando o Espírito Santo passou a habitar entre os novos cristãos. , ,

Portanto, essa igreja é invisível, e independe de prédios suntuosos, ou de pessoas para comandá-la, e é somente vista por Deus, e por este apreciada.

Quando da volta de Cristo para buscar aqueles que lhe pertencem, consequentemente os que fazem parte desta igreja, ocorrerão a tão esperada Bodas do Cordeiro, descrita de maneira deslumbrante pelo apóstolo João em sua visão na ilha de Patmos:

Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou.

Será uma festa sem igual, onde o Senhor Jesus receberá a noiva, sua igreja, já pronta e totalmente ornada para encontrá-lo.

O apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios faz um paralelo do amor entre marido e mulher, e descreve o amor de Cristo por sua igreja:

Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. (Ef 5:25-27).

Cristo purificou a igreja, isto é, cada um que faz parte dela, buscando-a nos lugares mais tristes de pecado, assim como o pastor resgatou a ovelha perdida, machucada, abatida, e alegre a colocou em seus ombros. Ou, ainda, como o pai que recebe o filho que se extraviou, maltrapilho, triste, enver­gonhado, e oferece-lhe, além de roupas, sandálias novas, um anel em seu dedo, um banquete sem igual. E tudo se transformou na mais perfeita alegria. E diante do inconformismo do irmão mais velho, o pai exclama:

Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava

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perdido e foi achado (Lucas 15:32). Cristo amou a igreja, comprou-a com

seu sangue. Deu-lhe uma nova condição, pois a noiva que v iv ia enferma. Ele a curou; era ignorante e Ele a instruiu; era pobre e Ele a enriqueceu; era cega e Ele restaurou lhe a vista; estava imunda e Ele a lavou com seu sangue; era fraca e Ele a amparou em seus braços; estava nua e Ele a vestiu de roupas brancas; era perversa e o odiava, e Ele a suportou e amou-a; não queria escutá-lo. Ele foi após ela com amor e humildade, e ganhou o seu amor, coração e mente.

Esta é a noiva que Cristo receberá naquele dia, a igreja, enfim, todos os que O confessaram como Senhor e Salvador, que foram amados, remidos e perdoados, e que estarão vestidos de trajes reluzentes, para serem apresentados ao Pai como a Noiva do Cordeiro.

Diante deste quadro que comove o nosso coração, resta-nos viver vidas que honrem nosso Salvador, obedientes à sua Palavra, na expectativa dessas gloriosas Bodas do Cordeiro.

Que assim seja! Orlando Arraz Maz

O relacionamento entre um homem e uma mulher, no que diz respeito a vínculos de afetividade, tem mudado drasticamente durante a história da humanidade. As mudanças mais radicais começaram há pouco mais de 100 anos.

Na história do povo hebreu encontramos os seguintes princípios:

1) Não havia pedido de namoro. Havia, apenas, pedido de casamento. Todo o procedimento antes do casamento tinha como finalidade certa o estabelecimento de um matrimónio. Vemos, isto, por exemplo, no relato de Génesis 24:38 a 51.

2) O tempo entre o contato e a realização do casamento podia demorar poucos dias ou, no máximo, um ano.

Encontramos algumas vezes a expressão "tomou para si uma mulher": (Gn 4:19; 24:67). O período de espera de um ano visava provar que a "desposada" não era grávida.

3) O pretendente precisava ter maturidade e condições financeiras para formar um lar. Uma das provas era o dote que era dado por ocasião do compromisso de casamento firmado (Gn 24:53).

4) Em se tratando de uma família temente a Deus, a direção do Senhor era fundamental para firmar o compromisso de casamento (Gn 24:7,12, 50).

Somente no início do século XX, e portanto, há pouco mais de 100 anos, começou uma mudança na conduta em relação à afetividade. Nessa época ainda se fazia primeiro o contato com os pais a fim de obter o consentimento. O jovem podia visitar a sua futura esposa e fazer a "corte", mas sem abraços e beijos. O contato entre os dois acontecia sob a vigilância de alguém da família. É claro que houve exceções, a nível de famílias reais ou de pessoas não tementes a Deus. Porém, ainda me lembro muito

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bem da forma como eram os relacio­namentos durante a minha infância e adolescência, entre pessoas "de família".

Em nossa época, o namoro frequentemente acontece sem qualquer compromisso de casamento, sem um tempo de oração e consequentemente sem a direção de Deus. E não somente isso. Surgiu o "ficar", e brinca-se com a questão da afetividade como se fosse uma "mercadoria descartável".

Grande parte do meu tempo é usada para o aconselhamento conjugal. Estou constatando sempre de novo que grande parte dos problemas na vida conjugal tem a sua origem nos relacionamentos antes do casamento. Muitas pessoas confessam que nas horas de intimidade conjugal estão fantasiando com antigos namorados ou namoradas. Sem dúvida é de máxima importância que este tema seja abordado com muita clareza em nossas igrejas e em conversas com os filhos. Alguns princípios bíblicos precisam ser muito bem enfatizados:

1) Quem é cristão somente deve se envolver num relacionamento com outro cristão, visto que o objetivo concreto deve ser o casamento (I I Co 6:14-16). Tantas pessoas se enganam esperando que a outra parte vai se converter, e muitas vezes o sofrimento é pelo resto da vida.

2) Precisa haver uma submissão à direção do Senhor (Pv. 19:14; Gn. 24; Mt. 19:6; Tiago 1:17). Isto não significa orar por alguns dias e já partir para a conquista. O verdadeiro amor sabe esperar e confiar no Senhor.

3) Quem deseja casar com uma pessoa abençoada por Deus, deve evitar envolver-se com pessoas inconstantes

(Tiago 1:6-8). Verifique como a pessoa é na questão da frequência das reuniões da igreja, como está o seu desempenho escolar e profissional, como lida com a questão das cornpras e dívidas, como se porta na questão da pontualidade etc.

4) Não case com uma pessoa preguiçosa (Pv. 13:4; 15:19; 20:4).Quem não é dedicado no trabalho vai trazer problemas para dentro do casamento.

5) Não se case com uma mulher encrenqueira (Pv. 21:19; 25:24). Quando um viúvo cr is tão foi perguntado como se sentia no funeral da esposa, ele respondeu: "Acabou-se a guerra dos trinta anos".

6) O amor ao Senhor deve estar acima dos sentimentos que temos para com a outra pessoa (Mt. 10:37; 22:37-39). Uma pessoa que está disposta a abrir mão das reuniões da igreja para namorar, certamente não ama ao Senhor sobre todas as coisas.

7) Evite relacionamentos precipitados, quando a perspectiva de um casamento é de longo prazo. Dentro do modelo bíblico o tempo entre o pedido de casamento e a realização do casamento tem a única finalidade de fazer os preparativos para casar. Quando este período é muito longo, vai ser muito difícil não incorrer no pecado de defraudação, isto é, despertar desejos que ainda não podem ser satisfeitos ( I Ts 4:6-8).

Uma senhora cristã muito dedicada me disse recentemente: "Se eu soubesse naquela época o que sei hoje, não teria beijado como beijei".

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Tudo isso é muito radical? Certamente muitos jovens acharão que sim. Mas apresento estes fatos baseado nas constatações que faço como constan­temente no aconselhamento conjugal. Uma jovem me perguntou recentemente por que eu tratava a questão dos relacionamentos com tanta dureza. Respondi a ela que eu não gostaria de vê- la dentro de alguns anos no consultório, chorando e tentando se redimir de erros cometidos no passado.

Aquilo que é desfrutado precipi­tadamente durante o namoro, normal­mente fará falta no futuro. Quando a aproximação entre os dois acontece dentro dos padrões bíblicos, certamente se poderá dizer: "As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, certamente o desprezariam".

Peter Unruh (Transcrito de Revista Ide - 2011)

EICHAED HOLDEl (1828 - 1886) - Segunda parte

Suas atividades e seu relaciona­mento com Dr. Kalley e com a Igreja Evangélica Fluminense

Sr. Holden morou no Rio de Janeiro de 18 de fevereiro de 1865 até 8 de julho de 1871, como agente da Sociedade Bíblica Britânica e copastor na Igreja Evangél ica Fluminense. Em 2 de dezembro de 1868 o casal Kalley viajou para a Inglaterra, e sr. Holden ficou só, no pastorado da Igreja, até a volta do casal em 18 de junho de 1871.

Durante o tempo em que morou no Rio, sr. Holden fazia muitas viagens ao norte e ao sul do Brasil, a serviço da Sociedade Bíblica. Suajurisdição, como agente, abrangia todo o território do Brasil, e em 1868, com a saída do sr. Corfield de Buenos Aires, passou a abranger também o Uruguai e Argentina. Durante esse período, a venda das Escrituras, que era de cerca de 18.800 cópias aumentou para 53.700.

Sr. Holden chegou ao Rio em 18 de fevereiro de 1865, e em 12 de junho do mesmo ano adoeceu com varíola. Logo

que melhorou, internou-se em uma casa de saúde, em Botafogo, para restabelecer-se, tendo a intenção de ali permanecer uns cinco meses, mas já no dia 20 de agosto pregou na casa-de-oração, logo depois viajou para o sul do país a serviço da Sociedade Bíblica de onde voltou em 22 de novembro.

Em 31 de maio de 1866 Sr. Holden chegou ao Rio, voltando de outra viagem. Dia 17 de agosto de 1866 o sr. Holden saiu com o sr. João Menezes em viagem ao norte do Brasil, tendo chegado de volta ao Rio em 29 de setembro de 1866.

Em 31 de outubro de 1866 faleceu na Inglaterra sr. William Wilson, pai de D. Sarah Kalley, com 66 anos de idade.

Na primeira semana de janeiro de 1867, Dr. Kalley procurou o sr. Holden para pagar-lhe o que havia sido ajustado entre eles, no princípio de 1866. Sr. Holden manifestou ao Dr. Kalley seu escrúpulo em aceitar esse pagamento, tendo isso desagradado ao Dr. Kalley, houve algum desentendimento entre

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eles, e terminou o sr. Holden concor­dando em receber somente dois terços da quantia estipulada (40 libras esterlinas). Porém, o sr. Holden conti­nuou mostrando ao Dr. Kalley que tinha o propósito de servir o Senhor sem salário fixo, porque queria estar sempre com liberdade para dar opiniões em pontos em que houvesse discordância com o pensamento de Dr. Kalley. (LP-11-176).

A esse propósito é bom lembrar que em 25 de novembro de 1864 o Dr. Kalley, em uma carta aberta enviada a todos os deputados da Assembleia Legislativa da Província, defendendo-se de algumas acusações, declarara, entre outras coisas: " A minha fortuna particular é tão suficiente para os meus misteres, que eu jamais consentiria em servir qualquer pessoa, ou sociedade, sob remuneração alguma que me pudessem oferecer". (LP-I-341). No entanto, depois não quis aceitar atitude semelhante do sr. Holden. Mais tarde (em 31 de dezembro de 1871) o sr. Holden, quando escreveu da Inglaterra à Igreja Fluminense, uma das razões que apresentou para não voltar a trabalhar com a Igreja foi que não via razões que justificassem o propósito do Dr. Kalley de "d i r ig i - lo" , nem razões "para trabalhar sob o seu controle". (LP-III-229). Isso parece explicar o principal ponto de atrito que sempre existiu entre os dois. O que se deduz é que Dr. Kalley queria pagar ao sr. Holden um salário de seu próprio bolso, e poder assim exercer tutela sobre ele no trabalho evangélico. Aconteceu que sr. Holden devia ser possuidor de certo recurso financeiro. Trabalhara no Brasil, depois foi aos Estados Unidos onde fez o

seminário, voltara ao Brasil onde já vivia desde 1860, depois foi à Inglaterra em 1864 e voltou em 1865, o que mostra que tinha certo recurso; além disso, sob outros aspectos, como no conheci­mento bíblico, no conhecimento do hebraico e do grego, etc. ambos estavam no mesmo nível ... e ambos eram escoceses! Em agosto de 1864 o sr. Holden havia terminado de escrever um livreto em que fazia a comparação da "bíblia romana" com a "bíbl ia protestante", e tinha o propósito de fazer uma nova versão da Bíblia para o português, com referências. Em meados de 1869 havia terminado a revisão do livro de Génesis etc.

Em junho de 1867 o sr. Holden viajou para visitar as províncias do norte do Brasil. Chegou de volta ao Rio no dia 22 de julho. Em outubro do mesmo ano foi a São Paulo em uma viagem de apenas 5 dias.

Em 9 de dezembro de 1867 o Rev. Ashbel Green Simonton, com 34 anos de idade, faleceu em São Paulo para onde havia se transferido do Rio três semanas antes, em busca de melhoras. Foi o primeiro missionário presbiteriano americano, enviado ao Brasil.

Em 1868 a Sociedade Britânica enviou como colportor para Pernam­buco o sr. Manuel José da Silva Viana, tendo o Dr. Kalley ajudado nas despesas da mudança. Sr. Viana era moderado, porém muito dedicado ao trabalho, nada o demovia de suas obrigações. Saía com uma bolsa com livros, vendendo-os e pregando o Evangelho, uns ouviam-no de boa vontade, outros injuriavam-no e até o maltratavam.

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Em 15 de outubro de 1868, o sr. Holden viajou para o Norte, voltando em 2 de novembro. xu:>:vy.:.z i ^

Em 2 de dezembro de 1868 o casal Kalley viajou para a Inglaterra, a conselho do Dr. Fairbanks, seu médico particular no Rio, que o aconselhara a ir à Europa tratar-se com um especialista, por estar sofrendo do coração. Da Inglaterra, depois do descanso e tratamento, o casal Kalley empreendeu uma viagem pela Alemanha e outros países da Europa Continental, em seguida visitou Esmima e as ruínas de Éfeso e seguiram para o Líbano: depois percorreram a terra de Canaã, foram ao Egito e daí voltaram à França, e finalmente chegaram à Inglaterra. Na volta da Inglaterra para o Brasil, o casal visitou Portugal durante um mês, e chegou de volta ao Rio em 18 de junho de 1871.

Durante esse período de ausência do Dr. Kalley, o sr. Holden ficou só, no pastorado da Igreja Fluminense.

Em 1869 o sr. Holden foi à Bahia a trabalho da Sociedade Bíblica de onde voltou em 12 de junho. Por esse tempo o sr. Holden terminou a revisão do livro de Génesis para a Sociedade Bíblica Britânica. Em 4 de novembro o sr. Holden chegou de uma viagem ao sul do Brasil.

Em 1869 sr. Fletcher foi para Portugal como cônsul dos Estados Unidos no Porto. Em 1871o Dr. Kalley visitou Portugal, ah permaneceu um mês, e quando visitou a cidade do Porto, Fletcher estava entre as personalidades que o foram receber à chegada.

A continuar Acontecimentos no Brasil após 1871

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NOSSA HERANÇA -Cap. 1 2 - P R E S E R V A N D O A NOSSA H E R A N Ç A

Muitos dos leitores mais velhos rejeitariam a ideia do fato de que as assembleias formam uma seita, reivindicando que estamos procurando recuperar a simplicidade original por formar igrejas como existiam na época do Novo Testamento. Entretanto, do ponto de vista sociológico, somos encarados como sendo uma seita, visto que nos separamos dos grupos principais estabelecidos na cristandade. Isso nos dá a oportunidade de citar o parágrafo inicial de um novo livro a respeito de seitas religiosas. "Seitas são movimentos de protesto religioso. Seus membros separam-se de outros homens em relação a suas crenças religiosas, práticas e instituições, e muitas vezes em muitas outras áreas de suas vidas. Rejeitam a autoridade ortodoxa dos líderes religiosos, e frequentemente, também do governo secular. Lealdade à uma seita é voluntária, mas os indivíduos são admitidos apenas após provar a sua convicção, ou por um teste de mérito: a continuação da lealdade depende da evidência sustentada no compromisso com a crença e a prática da seita. Sectários colocam sua fé em primeiro lugar: eles organizam suas vidas de acordo com a sua fé. O ortodoxo, em contraste, compromete a fé com outros interesses, e sua religião se acomoda às exigências da cultura secular".

A implicação da citação acima seria que a manutenção de tais grupos de pessoas exige devoção contínua às mesmas convicções. Será que estamos

em perigo de nos tomarmos "ortodoxos", comprometendo nossa fé com nossos interesses? O simples fato de os ortodoxos agirem assim ilustra o fato de que não são descendentes diretos do cristianismo primitivo. Nada era mais exigente do que as reivindicações de Jesus Cristo. Se a cristandade acha que o cristianismo é fácil, só pode ser devido ao fato de ter-se comprometido e se acomodado. Nossa herança só pode ser mantida pela convicção e devoção. Será que temos zelo suficiente para mantê-la?

Muitos de nós estamos perdendo os melhores anos de nossas vidas. Se não investirmos na igreja na nossa juventude antes das responsabilidades do lar, família, negócios e profissão exercerem sua pressão em nossas vidas, prova­velmente não seremos tão úteis quanto poderíamos. Precisamos evitar dois extremos. O primeiro é ser totalmente desinteressado. O outro é analisar tudo o que os anciãos fazem como total­mente errado. Mesmo se estiverem errados, não fiquem surpresos se não aceitarem as crí t icas de pessoas completamente sem experiência que dentro de poucos anos provavelmente vão mudar de opinião. Os jovens que se esforçam ao máximo para ajudar sem dúvida receberão um elogio e serão ouvidos com mais facilidade. Deixe que seu progresso seja mais ouvido em vez de sua força. Prove o fato de que você faz parte da comunidade antes de tentar mudá-la.

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É meio apavorante ver jovens que parecem querer ajudar todo mundo e tudo menos na sua igreja. Há algo totalmente contraditório em relação a passar suas férias em campanhas de evangelismo e dando tanto de sua vida em fazer isso quando você não moveu uma palha em relação à igreja local.

Qualquer igreja é um reflexo do tipo das pessoas que a compõe. Sua atividade ou inatividade é diretamente relacionada à atividade ou inatividade dos seus membros. O velho dístico ainda é muito evocativo.

"Se todo mundo na nossa igreja [fosse como eu,

Que tipo de igreja ela seriaT' Se cada membro em comunhão

fizesse tanto ou tão pouco como eu faço; ofertasse tanto ou tão pouco como eu oferto; sentisse tanto ou tão pouco como sinto, qual seria o resultado final da minha igreja?

Se vamos sobreviver ao materia­lismo do século 20* com sua atitude-não-me-importo em relação às coisas espirituais, teremos de ofertar muito mais do que muitos de nós temos ofertado. Se vamos continuar sendo igrejas do Novo Testamento, teremos de passar mais tempo no Novo Testamento do que estamos fazendo. Se formos acrescentar aos nossos membros no mundo ao redor, teremos de nos concentrar mais em evange­lismo do que temos feito.

Todos vocês já ouviram a respeito de Nabote. Sua herança particular era vizinha da herança do rei e o rei foi um tanto inescrupuloso. Precisando expandir o rei lançou seus olhos gananciosos na herança de Nabote.

Será que ele trocaria? Será que venderia? Que Deus possa gravar a sua resposta em nossas almas: "Guarda-me o Senhor, de que eu te dê a herança de meus pais" (1° Rs 21:3). Nabote morreu em vez de entregar a sua herança. Será que temos convicções como essa?

Talvez corramos o perigo de perdê-la de maneira mais traiçoeira. No século 20* Satanás está conseguindo o que quer por métodos sutis. Invasão, comprometimento, falta de convicção, ignorância da verdade, descuido. Todas essas podem ser a causa de perdermos a nossa herança.

:, ? , u;y aijiiiuijí} James Anderson

* Nota do tradutor: O autor escreveu esses artigos no século 20, mas mesmo no século 21o que diz é verdadeiro.

Tradução: \Meg Crawford

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fflTEODUÇÃO AO E V M Q E L H O DC MARCOS o nome por extenso do escritor

deste evangelho é João Marcos, e referência é feita a ele nove vezes nas Escrituras. Cronologicamente, as referências são: (At 12:12,25; 13:5,13; 15:37; PPe5:13;C14:10; Fm v. 24; 2" Tm 4:11). Também o certo jovem (Mc 14:51,52 SBTB) pode ter sido o próprio Marcos. Assim, temos uma pequena visão da sua vida, seu ministério com os apóstolos Paulo, Pedro e também Barnabé. A sua falha nos fornece uma descrição balanceada deste servo do Senhor, a quem foi confiada a obra santa de escrever um evangelho. É geralmente aceito que debaixo da inspiração do Espírito Santo, a fonte principal de informação de Marcos foi Pedro, e há muitos detalhes no seu evangelho que confirmam isso.

Marcos, como servo dos que foram chamados a serviço mais alto com e para Seu Senhor, foi a escolha do Espírito Santo para descrever o caráter do Servo do Senhor. Ele assim fez de uma maneira simples, clara e direta. Frases tornam-se quadrinhos. Este evangelho é cheio de ação. Por exemplo, no curso do capítulo 1, o Senhor encontra-se nas águas do Jordão, no deserto, à beira-mar, na sinagoga, numa casa, num lugar solitário, e nas cidades da Galileia.

O Seu programa pode ser analisado assim:

A recomendação do Servo 1:1-13 O Servo 1:14-45 A autoridade do Servo 2:1-3:6 Os amigos do Servo 3:7-6:6

As influências do Servo 6:7-8:26

A instrução do Servo 8:27-10:52 O caminho do Servo 11:1-12:44 A profecia do Servo 13:1-37 A despedida do Servo 14:1-15:47

A exaltação do Servo 16:1-20

Este evangelho é semelhante a um rio de correnteza rápida, entrando na área da Galileia (1:14-9:50), e depois do Jordão (10:1-31), e finalmente para a Judeia, com Jerusalém como o ponto central (10:32-16:18). Saindo para Betânia (16:19-20), com o Seu serviço perfeitamente cumprido, o Senhor voltou ao céu para começar um trabalho novo através de outros.

E. L . H. Ogden Extraído de Caminhada diária pelo Novo Testamento.

S I T E D O HINÁRIO HINOS E CÂNTICOS

Visite o site no seguinte endereço: vvmv.hinosecanticos.com.br, e conheça melhor a história de nosso hinário. Há notícias recentes e interessantes que vão enriquecer o seu conhecimento sobre o hinário.

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SEDENTOS

Vós que viveis sedentos, tendo embora

O poço imenso da crendice humana. Vede que o meigo Salvador nesta hora. Todas as classes na humildade irmana.

Lembrai-vos que esta vida se evapora.

Ou se aniquila na amargura insana,

Iluminai-vos no esplender da aurora.

Do doce exemplo da samaritana.

Vede a bondade, o amor de Cristo, vede. E dizeis, de humilhados, na atitude:

Senhor, nós temos sede! Temos sede!

E, como outrora, aquela arrependida, - • Jesus com igual solicitude.

De graça dar-vos-á da água da vida.

Mário Barreto França

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