O Transcendente - Encarte Pedagógico 3

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Subsídio Religioso Jornal O TRANSCENDENTE Serv. Missão Jovem, 1079 Florianópolis SC 88020-001 Fone: (48) 3222-9572 ANO 1 AGOSTO / SETEMBRO 2008 - Nº 3 Embora o Ensino Religioso seja reconhecido como disciplina formal da área do conhecimento, ela traz con- sigo a mística do transcendente e da essência humana que vai além do conhecer, pois inte- gra o sentir, o apropriar, o assumir e o agir. Ser Educador de Ensino Religioso vai ainda mais longe de tudo isso. Ele transcen- de todos estes conceitos, pois, de um modo geral este professor tem um “olhar” diferenciado so- bre os seus alunos. Um olhar que não se cristaliza em conceitos pré-estabelecidos, em teorias e teses testadas e aprovadas. O professor de Ensino Religioso é comprometido com uma linguagem dialética onde as construções se fazem e se refazem a partir de cada sinal, de cada sím- bolo, de cada gesto e de cada atitude. Muitas pessoas olham, mas não enxergam. Há quem diga que o Educador completo é aquele que percebe, olha, vê e enxerga. Seu olhar perpassa a materialidade do ser, A equipe do CONER-SC, Conselho de Ensino Religioso do Estado de SC, reúne-se bi- mestralmente para tratar de assuntos referentes ao Ensino Religioso no Estado. O Jornal O Transcendente participa do trabalho desenvolvido por este grupo na articulação de ações conjuntas que visam garantir o direito à liberdade religiosa e o direito ao ER implementado em todas as escolas do Brasil. Fazem parte do CONER as seguintes denominações religiosas: Islamismo, Igreja do Evan- gelho Quadrangular, Fé Bahá’i, Igreja Evangélica Luterana do Brasil, Hinduísmo, Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, Igreja Católica Apostólica Brasileira, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Católica Apostólica Missionária de Evangelização, Brahma Kumans - URI United Religions Initative, Igreja Ortodoxa Grega. como que um raio-x, e capta a vibração da alma do seu educando. O olho é o principal órgão da percepção sensitiva. É através do olho que se percebe e se enxerga a luz. A mesma luz que é captada pelo olho é também emanada pelo olhar. O olho é o instrumento de expressão da alma e do espí- rito. A Mística do olhar perpassa várias religiões. Na Índia, o terceiro olho é o olho de Shiva, o ter- ceiro membro da trindade do Hinduísmo: Brahma, Vishnu, Shiva ou Siva, o olho da proteção. Este olho seria a glândula pine- al situada no cérebro. Ela é considerada mística por excelência, pelo mistério que a envolve. A ciência ainda pouco sabe sobre ela. Este “olho” é cultuado por algumas religiões, seitas e muitas filosofias. O Budismo reconhece o terceiro olho como símbolo da visão in- terior. Ele se situa na testa de Buda e serve para que ele possa ver o sofrimento das pessoas e auxi- liá-las em sua agonia. Um amuleto, muito difundido no Egito, era chamado de olho de Udjat, o olho de falcão do deus celeste Horus que repousa sobre um ce- tro semelhante a um bastão curvado. O olho de Horus tudo vê. O olho grego, também co- nhecido como olho turco, ainda hoje é um símbolo pagão muito usado pelos povos árabes em pulseiras, colares, chaveiros ou pendurados nas portas. A ele é atribuída a proteção das pessoas e dos seus lares contra o “olho gordo”, que é o olho do mau. O olho no centro da mão, Hamsa, que quer dizer, em árabe, cinco dedos das mãos e cinco níveis da alma, é encontrado na Índia e na região do Mediterrâneo. Para estas culturas, este olho traz proteção e é usado contra o mau olhado, nas portas das casas e nos berços de bebês. Na Bíblia, o olho aparece como símbolo da onis- ciência, vigilância e onipresença protetora de Deus. Na arte cristã, um olho circundado de raios solares significa Deus. A versão cristã do Olho da Providência dentro de um triângulo é uma alusão à Santíssima Trindade. Nos últimos tempos, a NASA (agência espacial norte americana) divulgou imagens detalhadas de uma das nebulosas planetárias mais próximas da terra, a nebulosa Helix. Sua forma impressionan- te se assemelha a um olho. Por esta razão foi batizada de olho de Deus. Caro Educador, diante desta compreensão sobre os olhos, resta-nos concluir que o olhar do professor de Ensino Religioso se assemelha a estes olhares mís- ticos. Ao contrário de uma visão que foca somente a aparência, ele vai além, transcende, dialoga, capta verdades e necessidades e, com este trunfo, promove transformações capazes de mudar o mundo. A profissão de professor requer muito mais que uma formação e um conheci- mento teórico-prático sobre uma ciência. O professor “professa” uma ciência e, para ser completo, agrega à sua profissão a habilidade e a sensibilidade de um educador. Ser educa- dor, por sua vez, abarca a responsabilidade do educar, o que é muito mais amplo e comple- xo do que simplesmente informar. Isto signifi- ca dizer que educador é aquele que transmite uma informação com o cuidado de levar seu educando à construção do conhecimento que promova à vida. PAG E1.indd 1 18/7/2008 15:06:37

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Edição Agosto/Setembro 2008

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Subsídio Religioso • Jornal O TRANSCENDENTE • Serv. Missão Jovem, 1079 • Florianópolis • SC • 88020-001 • Fone: (48) 3222-9572

ANO 1AGOSTO / SETEMBRO

2008 - Nº 3

Embora o Ensino Religioso seja reconhecido como disciplina formal da área do conhecimento, ela traz con-sigo a mística do transcendente e da essência humana que vai além do conhecer, pois inte-gra o sentir, o apropriar, o assumir e o agir.

Ser Educador de Ensino Religioso vai ainda mais longe de tudo isso. Ele transcen-de todos estes conceitos, pois, de um modo geral este professor tem um “olhar” diferenciado so-bre os seus alunos. Um olhar que não se cristaliza em conceitos pré-estabelecidos, em teorias e teses testadas e aprovadas. O professor de Ensino Religioso é comprometido com uma linguagem dialética onde as construções se fazem e se refazem a partir de cada sinal, de cada sím-bolo, de cada gesto e de cada atitude. Muitas pessoas olham, mas não enxergam. Há quem diga que o Educador completo é aquele que percebe, olha, vê e enxerga. Seu olhar perpassa a materialidade do ser,

A equipe do CONER-SC, Conselho de Ensino Religioso do Estado de SC, reúne-se bi-mestralmente para tratar de assuntos referentes ao Ensino Religioso no Estado. O Jornal

O Transcendente participa do trabalho desenvolvido por este grupo na articulação de ações conjuntas que visam garantir o direito à liberdade religiosa e o direito ao ER implementado em todas as escolas do Brasil.

Fazem parte do CONER as seguintes denominações religiosas: Islamismo, Igreja do Evan-gelho Quadrangular, Fé Bahá’i, Igreja Evangélica Luterana do Brasil, Hinduísmo, Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, Igreja Católica Apostólica Brasileira, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Católica Apostólica Missionária de Evangelização, Brahma Kumans - URI United Religions Initative, Igreja Ortodoxa Grega.

como que um raio-x, e capta a vibração da alma do seu educando.

O olho é o principal órgão da percepção sensitiva. É através do olho que se percebe e se enxerga a luz. A mesma luz que é captada pelo olho é também emanada pelo olhar. O olho é o instrumento de expressão da alma e do espí-rito. A Mística do olhar perpassa várias religiões.

Na Índia, o terceiro olho é o olho de Shiva, o ter-ceiro membro da trindade do Hinduísmo: Brahma, Vishnu, Shiva ou Siva, o olho da proteção. Este olho seria a glândula pine-al situada no cérebro. Ela é considerada mística por excelência, pelo mistério que a envolve. A ciência ainda pouco sabe sobre ela. Este “olho” é cultuado por algumas religiões, seitas e muitas filosofias.

O Budismo reconhece o terceiro olho como símbolo da visão in-terior. Ele se situa na testa de Buda e serve para que ele possa ver o sofrimento das pessoas e auxi-liá-las em sua agonia.

Um amuleto, muito difundido no Egito, era chamado de olho de Udjat, o olho de falcão do deus celeste Horus que repousa sobre um ce-tro semelhante a um bastão curvado. O olho

de Horus tudo vê. O olho grego, também co-

nhecido como olho turco, ainda hoje é um símbolo pagão muito usado pelos

povos árabes em pulseiras, colares, chaveiros ou pendurados nas portas. A ele é atribuída a proteção das pessoas e dos seus lares contra o “olho gordo”, que é o olho do mau.

O olho no centro da mão, Hamsa, que quer dizer, em árabe, cinco dedos das mãos e cinco níveis

da alma, é encontrado na Índia e na região do Mediterrâneo. Para estas culturas, este

olho traz proteção e é usado contra o mau olhado, nas portas das casas e nos berços

de bebês.Na Bíblia, o olho aparece como símbolo da onis-

ciência, vigilância e onipresença protetora de Deus. Na arte cristã, um olho circundado de raios solares significa Deus. A versão cristã do Olho da Providência dentro de um triângulo é uma alusão à Santíssima Trindade.

Nos últimos tempos, a NASA (agência espacial norte americana) divulgou imagens detalhadas de uma das nebulosas planetárias mais próximas da terra, a

nebulosa Helix. Sua forma impressionan-te se assemelha a um olho. Por esta

razão foi batizada de olho de Deus.Caro Educador, diante desta compreensão sobre

os olhos, resta-nos concluir que o olhar do professor de Ensino Religioso se assemelha a estes olhares mís-ticos. Ao contrário de uma visão que foca somente

a aparência, ele vai além, transcende, dialoga, capta verdades e necessidades e, com este trunfo, promove transformações capazes de mudar o mundo.

A profissão de professor requer muito mais que uma formação e um conheci-mento teórico-prático sobre uma ciência.

O professor “professa” uma ciência e, para ser completo, agrega à sua profissão a habilidade e a sensibilidade de um educador. Ser educa-dor, por sua vez, abarca a responsabilidade do educar, o que é muito mais amplo e comple-xo do que simplesmente informar. Isto signifi-ca dizer que educador é aquele que transmite uma informação com o cuidado de levar seu educando à construção do conhecimento que promova à vida.

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PLANO DE ATIVIDADE I ENCARTE DO JORNAL OTII AGOSTO / SETEMBRO - 2008

Educador (a), para o dia dos pais, motive seus alunos a realizarem uma bonita festa em família. Através desta atividade perceba nas crianças a competência e a habilidade em iden-

tificar os valores que enriquecem a vida fami-liar e como ela apresenta sua própria famí-

lia. Após a atividade, converse com seus alunos sobre os valores ou contra-valores

que elas encontram em sua família. Em segui-da, faça suas considerações sobre a realidade apre-

sentada, lembrando que a criança pode ajudar a família a melhorar seus valores.

Querido (a) aluno (o):Vamos festejar o Dia dos Pais com um lin-

do bolo que revele como é a nossa família. Em seu caderno, desenhe um bolo com dez fatias e em cada fatia cole o nome de um valor ou contra-valor que você encontra em sua família. Recorte dez palavrinhas abaixo para colar nas fatias do seu bolo que complete a frase: “minha família é....”

Educador!Uma das questões mais preocupantes do mundo é a questão da fome,

conforme alerta à página 8. Sabemos que esta problemática envolve ações políticas, ou seja, são fatos que passam pelas mãos humanas: Má distribuição de renda e de alimentos, sistema de saúde precário e edu-cação de má qualidade são fatores que elevam os contrastes sociais. Muitas crianças no mundo passam fome. Também no Brasil esta reali-dade é muito presente. Diante disso precisamos desenvolver, em nossas

crianças, um espírito fraterno de solidariedade e compreensão da par-tilha. Vamos motivar nossos futuros líderes a praticarem as virtudes do amor!

Professor (a), a atividade que segue promove competências e habili-dades de percepção, pensamento e ação. Após a realização do exercício, estimule suas crianças a justificarem as suas escolhas para que elas pró-prias reflitam sobre os seus sentimentos.

CRIANÇA NÃO DEVE PASSAR FOME

Querida criança, observe os alimentos abaixo. Escolha apenas um lanche para você e escreva ao lado dos demais o nome de um (a) amiguinho (a) para o qual

você gostaria de oferecê-lo. Não precisa ser somente algum amigo de sua turma da escola. Você pode escolher crianças da sua rua ou da sua comunidade.

2. Se você fosse um agricultor, quais sementes de alimentos você plantaria?

Escreva o nome do alimento, desenhe o alimento e diga por que você esco-lheu plantar este alimento.

1. Complete as frases abaixo, escrevendo ou desenhando os seguintes alimentos:

Amiguinhos, a terra nos dá muitos alimentos gostosos. Precisamos plantar para colher. Para fazermos o pão precisamos plantar o Para fazermos feijoada precisamos plantar o Para fazermos goiabada precisamos plantarPara bebermos laranjada precisamos plantarPara fazermos cocada precisamos plantarPara fazermos salada precisamos plantar

Atitude e Ação:Que tal convidar sua turma para uma Campanha de Arrecadação de Alimentos?Os donativos poderão ser encaminhados para uma instituição de crianças carentes. Vai ser uma festa!

Meu Pai merece um lindo presente: Ao lado das gravatas abaixo, escreva frases de amor que você vai dizer para o seu pai no dia dele.

UNIDA - FELIZ – ANIMADA – BRIGUENTA – MENTI-ROSA – CARINHOSA – INCOMPLETA – GENIAL – COM-PLICADA – VERDADEIRA – CORAJOSA – RELIGIOSA – VALOROSA – LINDA – GRANDE – PEQUENA – BA-RULHENTA – QUIETA – AMOROSA – PARTICIPATIVA – EDUCATIVA - SOLIDÁRIA – DESUNIDA.

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PLANO DE ATIVIDADE IIENCARTE DO JORNAL OT AGOSTO / SETEMBRO - 2008 III

Ouça a canção: É preciso saber viver – Roberto Carlos

Toda pedra no caminhoVocê deve retirarNuma flor que tem espinhos Você pode se arranhar Se o bem e o mal existem Você pode escolher É preciso saber viver...Cada pessoa nasce livre para optar em ser bom e praticar a bondade ou ser

mau e fazer coisas ruins.

• É muito triste conviver com pessoas que fazem o mal. • É muito bom conviver com pessoas do bem.

Vamos fazer uma corrente do bem!

Amigo (a) Educador (a)!Com muita alegria vamos trabalhar atividades relativas aos conteúdos desta edição

que dizem respeito à realidade das nossas crianças. Na educação, tão importante quanto construir o conhecimento é a conscientização de que o conhecimento adquirido pode e deve ser transformado em promoção de vida.

De maneira lúdica, vamos abordar seriamente, com os nossos pré-adolescentes, os seguintes temas desta edição: o casamento hinduísta, a realidade da fome no mundo, as celebrações de vida e o compromisso das pessoas frente às exigências do mundo. Antes, porém, localize no jornal os conteúdos a serem trabalhados e apresente-os aos seus alunos. A seguir, trabalhe com eles as atividades propostas:

Comer faz bem e é muito bom para a saúde, principalmente quando comemos os alimentos que mais gostamos. Mas, veja só, embora exista muito alimento no mundo, muita gente ainda morre de fome. Atividade: Após acompanhar o texto apresentado pelo (a) professor (a) sobre A

Fome no Mundo, converse com seu (sua) colega, reflitam e escrevam o que vocês compreenderam sobre a realidade da fome pela qual passa a humanidade.Competências e habilidades: Despertar o senso crítico e formar opinião frente à realidade social.

Nas várias culturas religiosas os alimentos podem ter significados diferentes.

• Na Índia a vaca é considerada um animal sagrado e é adorada em alguns festivais religiosos.

• Os budistas não matam o peixe pescado; deixam-no morrer na praia para ser comido depois.

• Para muitos africanos a galinha e o galo não são animais usados para a alimentação e sim para o sacrifício e oferendas aos deuses.

• A carne de porco não é comida por judeus e muçulmanos por ser considerada imprópria para alimentação.

• Para os cristãos o pão e o vinho consagrados são considerados corpo e sangue de Jesus Cristo.

Atividade: Além de alimentos, outros símbolos são considerados sagrados em várias religiões. Pense e pesquise sobre alguns símbolos considerados

sagrados nas religiões.Competências e habilidades: Perceber e identificar nas diferenças o encontro

da unidade do sagrado.

Casar é opção de duas pessoas que se amam e, por isto, desejam viver juntas, ter filhos e formar uma família. Celebrar o matrimônio é um evento que acontece nas várias culturas religiosas e de maneiras diferentes. Acompanhe o curioso texto que fala sobre o casamento hinduísta.Atividade: Com certeza você já foi convidado (a) para uma celebração de casamento, lembra? Então, desenhe a imagem deste casamento que você registrou

em seu pensamento e responda: Por que você acha que pessoas casam?Competências e habilidades: Reconhecer a união de um casal como sendo um casamento e a diversidade dos seus ritos nas várias culturas religiosas.

Atividade:

• Recorte dez tiras de papéis coloridos, escreva em cada tira uma atitude que caracte-riza uma pessoa boa.

• Em seguida, una as tiras de papel, em elos, formando uma bonita “corrente do bem”.

• Junte sua corrente com as correntes dos (as) seus (suas) colegas e enfeitem a sala de aula.

Competências e habilidades: Identificar, discernir e tomar posicionamento frente o bem e o mal.

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IV AGOSTO / SETEMBRO - 2008 PLANO DE ATIVIDADE III

ENCARTE DO JORNAL OT

A água é muito importante para a nossa vida. Por esta razão ela é tratada como símbolo da vida em várias religiões.

No Hinduísmo, a água é presença importante nos templos, pois a purificação é um ritual vital. Antes de começar o culto, os sacerdotes se banham em água corrente.

As águas do Rio Ganges são consideradas as mais sagradas. Nesse rio acontecem vários rituais religiosos, desde batismos, casamentos e banhos de purificação até fune-rais, quando as cinzas da pessoa morta são lançadas no rio.

Vamos fazer uma pesquisa em algumas culturas religiosas e descobrir o significado da água para cada uma delas?

As Camisetas Falam é uma atividade criativa e envolvente para ser trabalhada com adolescentes da 6ª a 9ª séries, pois diz respeito aos costumes e jeito de vestir da garotada, portanto, algo que faz parte da realidade do cotidiano deles.

Esta atividade genial pode ser adotada também no Ensino Médio, visto que o uso de camisetas com inscrições faz parte do jeito de ser dos adolescentes e dos jovens.O objetivo da atividade, sugerida pela professora Janice, “é o de promover um olhar crítico e reflexivo sobre as ilustrações e os escritos no vestuário dos adolescentes e dos jovens,

principalmente em suas camisetas”.O (A) professor deverá estar muito atento (a) a esta atividade, pois o valor da ética será o ponto alto de sua avaliação e mediação junto à turma.Observação: A foto ilustrativa é dos alunos da professora Janice que realizaram a atividade.

1ª semAnA: O que eu vistO?

• Cada aluno (a) observará as suas próprias camisetas.

• Apresentação e análise dos valores contidos nas ilustra-ções e nos dizeres.

2ª semAnA: em minhA vOltA eu vejO....

• Pesquisa em revistas, jornais, propagandas, envolvendo as ilustrações, marcas e os dizeres do vestuário feminino e masculino (em especial das camisetas).

• Confecção de um mural apresentando a pesquisa re-alizada.

3ª semAnA: COntemplAndO A vidAOrganização de um trabalho comparativo:

• Dizeres de Vida Plena – Exemplo: “Jogo no time da vida.”

• Dizeres de Não Vida - Exemplo: “Bebo porque estou bem, porque se estivesse mal eu tomaria remédio.”

4ª semAnA: pOssO fAzer AlgO

• Sugestões de ilustrações e dizeres educativos que prio-rizam a vida.

• Escolha de uma sugestão de camiseta para ser confec-cionada pela turma (se possível).

5ª semAnA: visuAlizO Assim...

• Exposição de camisetas na sala de aula. (Pode ser visita-da pelos alunos de toda a escola).

• Avaliação oral e escrita do trabalho desenvolvido.

TEMA: As camisetas falam EIXO ORGANIZADOR ER: ethos

CONTEÚDOS: expressões que traduzem modos de ser e pensarTRANSVERSALIDADE: Ética e pluralidade Cultural

INTERDISCIPLINARIEDADE: educação Artística, língua portuguesa e língua inglesa. FUNDAMENTO: LIMITES ÉTICOS

Água que nasce na fonteSerena no mundoE que abre um Profundo grotãoÁgua que faz inocenteRiacho e deságua Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos riosQue levam

TEMA: HinduísmoEIXO ORGANIZADOR: Ritos

CONTEÚDOS: A água como símbolo sagradoTRANSVERSALIDADE: Ética, pluralidade cultural

INTERDISCIPLINARIEDADE: História, Geografia, Língua Portuguesa e CiênciasFUNDAMENTO: Rituais, símbolos e espiritualidades

1. Professor (a): recorte os potes abaixo e entregue para seis equipes montadas na turma.Cada equipe deverá pesquisar sobre o simbolismo da água na cultura religiosa escrita no

pote que receber e fará apresentação ao grupo em data determinada pelo (a) professor (a).CinCO pOtes: Cristianismo – judaísmo – religiões afro-brasileiras – islamismo – indígena - hinduísmo.

O site O TRANSCENDENTE auxilia-rá em sua pesquisa sobre a simbologia da água.

A fertilidade ao sertãoÁguas que banham aldeiasE matam a sede da população...

Águas que caem das pedrasNo véu das cascatasRonco de trovãoE depois dormem tranqüilasNo leito dos lagosNo leito dos lagos...

2. Professor (a), a canção Planeta Água, de Guilherme Arantes, de maneira devocional nos revela a espiritualidade da água. Trabalhe com seus alunos a letra desta canção e procure fazer com eles uma análise construtiva sobre o sentido da água expressado pelo compositor.

Planeta Água

Composição: guilherme Arantes

Água dos igarapésOnde Iara, a mãe d’águaÉ misteriosa cançãoÁgua que o sol evaporaPro céu vai emboraVirar nuvens de algodão...

gotas de água da chuvaAlegre arco-írisSobre a plantação

Gotas de água da chuvaTão tristes, são lágrimasNa inundação...

Águas que movem moinhosSão as mesmas águasQue encharcam o chãoE sempre voltam humildesPro fundo da terraPro fundo da terra...

Terra! Planeta ÁguaTerra! Planeta ÁguaTerra! Planeta Água... (2x)

Faça como aprofessora Janice.

Envie para o jornal “O TRANSCENDENTE”

atividades especiais que fazem sucesso em suas aulas. Com a sua colaboração os

nossos subsídios pedagógicos ficarão cada vez mais interessantes!

A criatividade é algo essencial para o êxito das aulas do ER.

Parabéns, professora Janice!

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