O QUE ESPERAR PARA O FUTURO ECONÔMICO DO...

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Foto: Empiricus O QUE ESPERAR PARA O FUTURO ECONÔMICO DO BRASIL? Marília Fontes (Empiricus Research) fala sobre a confiança dos empresários, eleições americanas, PEC-55 e PIB. 2 Mercado 5 Mídias Scot 6 Mercado de reposição 9 Relação de troca 11 Mercado da carne sem osso 13 Proteínas alternativas 15 Couro e sebo 16 Clima 17 Economia 19 Insumos 22 Entrevista 24 Relação de troca com insumos 26 Agricultura 27 Estatística da pecuária 28 Fique sabendo COURO E SEBO: Lentidão no mercado do couro mantém preços andando de lado ESTATÍSTICA DA PECUÁRIA: Rondônia 15 PÁGINA 27 PÁGINA MERCADO DA CARNE SEM OSSO: A receita da indústria caiu quase 9,0% em doze meses PÁGINA 11 MERCADO DE REPOSIÇÃO: Mercado de reposição andando de lado na semana 6 PÁGINA Ano 21 21 a 27 de novembro de 2016 Informativo Pecuário Semanal Seu melhor parceiro para bons negócios BOI & COMPANHIA 1209 PÁGINA 22

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O QUE ESPERAR PARA O FUTURO ECONÔMICO DO

BRASIL?Marília Fontes (Empiricus Research) fala sobre a confiança dos empresários, eleições americanas, PEC-55 e PIB.

2 Mercado 5 Mídias Scot 6 Mercado de reposição 9 Relação de troca 11 Mercado da carne sem osso 13 Proteínas alternativas 15 Couro e sebo 16 Clima 17 Economia 19 Insumos 22 Entrevista 24 Relação de troca com insumos 26 Agricultura 27 Estatística da pecuária 28 Fique sabendo

COURO E SEBO:Lentidão no mercado do couro mantém preços andando de lado

ESTATÍSTICA DA PECUÁRIA:Rondônia15

PÁGINA

27PÁGINAMERCADO DA CARNE SEM OSSO:

A receita da indústria caiu quase 9,0% em doze meses

PÁGINA

11MERCADO DE REPOSIÇÃO:Mercado de reposição andando de lado na semana 6

PÁGINA

Ano 21 21 a 27 de novembro de 2016

Informativo Pecuário Semanal

Seu melhor parceiro para bons negócios

BOI & COMPANHIA1209

PÁGINA 22

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O cenário atual é semelhante ao que vem sendo observado há algumas semanas, com margens de comercialização em patamar historicamente bom, mas sem volume de escoamento da produção de carne, o que deixa o mercado sem grandes alterações.

As programações de abate de frigoríficos que possuem estratégias de garantia de matéria-prima, como boiadas próprias, parcerias e negociadas a termo estão confortáveis, mas também com nível importante de ociosidade.

Empresas que não possuem estas opções trabalham com programações menores e testam menos nas ofertas de compra.

Passamos pela primeira quinzena do mês sem aumento de consumo. Nos próximos dias será paga a primeira parcela do décimo terceiro salário de uma grande parte da população, o que pode ser positivo para a demanda, mas sem grande expectativa de aumento.

APESAR DO PERÍODO DO ANO, DEMANDA FRACA NO MERCADO DO BOI GORDO

TABELA 1.Atacado de carne em SP - R$/kg, à vista.

FIGURA 1.Boi gordo em Araçatuba-SP - R$/@, a prazo.

FIGURA 2.Dianteiro avulso, R$/kg, à vista.

TABELA 2.Boi gordo internacional.

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MERCADO

Peça 10/11/16 11/11/16 14/11/16 16/11/16 17/11/16

Traseiro 1x1 11,70 11,70 11,70 11,70 11,70

Dianteiro 1x1 7,40 7,40 7,40 7,40 7,40

Ponta agulha charque 7,15 7,15 7,15 7,15 7,15

Traseiro avulso 11,35 11,35 11,35 11,35 11,35

Dianteiro avulso 7,35 7,35 7,35 7,35 7,35

Boi casado (capão) 9,44 9,44 9,44 9,44 9,44

Vaca casada 9,15 9,15 9,15 9,15 9,15

Boi casado (inteiro) 9,24 9,24 9,24 9,24 9,24

Equiv. Físico Boi 141,57 141,57 141,57 141,57 141,57

Equiv. Físico Vaca 137,25 137,25 137,25 137,25 137,25

Equivalente Scot Boi 149,28 149,28 149,28 149,28 149,28

País US$/@

Brasil 45,70

Argentina 58,10

Uruguai 48,30

Paraguai 45,60

Austrália 71,00

Irlanda 60,00

Estados Unidos 61,53

Oferta limitada tem segurado as pontas no mercado do boi gordo, mas consumo está lento.

jul/

16

ago/

16

set/

16

out/

16

nov/

16

7,20

7,30

7,40

7,50

7,60

7,70

7,80

7,90

8,00

8,10

151,00

152,00

153,00

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HYBERVILLE PAULO D’ATHAYDE NETOé médico veterinário, mestre em administração de organizações

e consultor da Scot [email protected]

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BOI & COMPANHIA - INFORMATIVO PECUÁRIO SEMANAL - SCOT CONSULTORIAEditor-chefe: Hyberville Paulo D’Athayde NetoEquipe técnica: Alcides de M. Torres Jr., Alex Lopes, André Pinho, Breno de Lima, Felippe Reis, Francisco Woolf, Gustavo Aguiar, Isabella Camargo, Juliana Pila, Marco Silva, Milena Marzocchi, Natália Montelli, Paola Jurca e Rafael Ribeiro.Jornalista responsável: Isabel Torres - MTB 10097Scot Consultoria – Todos os direitos reservados. Este relatório foi preparado para uso de seus assinantes e colaboradores. Para a reprodução é necessária autorização por escrito da Scot Consultoria. Não nos responsabilizamos por negócios realizados através do uso de informações contidas neste informativo.

• MERCADO DO BOI GORDO em @ - Cotações da semana em R$/@, a prazo

SP SP MG MG MG MG GO GO MS MS MS RS RS BA BA MT

Barretos Araçatuba Triângulo Belo Horizonte Norte Sul Goiânia Sul Dourados Campo

GrandeTrês Lagoas Oeste* Pelotas* Sul Oeste Norte

17/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 149,00 150,00 143,00 144,00 141,00 142,00 140,00 4,80 4,90 151,00 158,00 130,00

16/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 150,00 150,00 144,00 142,00 141,00 142,00 140,00 4,80 4,90 151,00 158,00 130,00

15/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 150,00 150,00 144,00 142,00 142,00 142,00 142,00 4,90 4,90 151,00 158,00 130,00

14/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 150,00 150,00 144,00 142,00 142,00 142,00 142,00 4,90 4,90 151,00 158,00 130,00

11/11/16 152,00 152,00 146,00 150,00 150,00 150,00 144,00 142,00 142,00 142,00 142,00 4,90 4,90 151,00 158,00 131,00

Variações (em R$ nominais)

Semana 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -0,7% 0,0% -0,7% 0,7% -0,7% 0,0% -1,4% -2,0% 0,0% 0,0% 1,9% -1,5%

Mês -1,3% -1,3% -0,3% 0,3% -2,0% 0,0% -0,7% 0,0% -4,7% -2,1% -3,4% 1,1% 2,1% 2,7% 5,3% -3,0%

Ano 2,0% 1,3% 4,3% 2,7% 2,8% 1,4% 1,1% 2,1% 0,0% 0,0% -0,7% -2,0% -2,0% 2,7% 6,8% -1,5%

MT MT MT PR SC MA AL PA PA PA RO TO TO AC ES RJ

Sudoeste Cuiabá** Sudeste Noroeste Oeste*** Oeste Marabá Redenção Paragominas Sudeste Sul Norte

17/11/16 128,00 137,00 135,00 154,00 160,00 140,00 157,00 132,00 130,00 134,00 131,00 140,00 137,00 126,50 152,00 152,00

16/11/16 128,00 137,00 135,00 154,00 160,00 140,00 155,00 132,00 130,00 134,00 132,00 140,00 137,00 126,50 152,00 152,00

15/11/16 132,00 138,00 135,00 154,00 160,00 140,00 155,00 132,00 130,00 134,00 133,00 140,00 138,00 126,50 152,00 152,00

14/11/16 132,00 138,00 135,00 154,00 160,00 140,00 155,00 132,00 130,00 134,00 133,00 140,00 138,00 126,50 152,00 152,00

11/11/16 132,00 138,00 135,00 154,00 162,00 140,00 152,00 133,00 132,00 134,00 133,00 140,00 138,00 126,50 151,00 152,00

Variações (em R$ nominais)

Semana -2,3% -0,7% 0,0% 0,0% -1,2% 0,0% 3,3% -0,8% 0,0% -0,7% -1,5% 0,0% -0,7% 0,0% 0,0% 0,0%

Mês -5,9% -1,4% -2,2% 0,0% -4,2% 0,4% 4,7% -2,2% -4,4% -0,7% -2,2% 2,2% 0,7% -0,4% 0,0% -0,3%

Ano -3,0% 2,2% 0,7% 2,0% 1,3% -5,4% 2,6% -2,9% -4,8% -2,2% 3,1% -1,1% -3,9% - 3,4% 1,3%

* R$/kg ** Inclui a região de Rondonópolis *** preços para descontar funrural / prazo de pagamento de 20 dias

MERCADO

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MERCADO

MT MT MT PR SC MA AL PA PA PA RO TO TO AC ES RJ

Sudoeste Cuiabá** Sudeste Noroeste Oeste*** Oeste Marabá Redenção Paragominas Sudeste Sul Norte

17/11/16 125,00 130,00 130,00 142,00 155,00 127,00 150,00 123,00 121,00 125,00 125,00 132,00 127,00 119,00 145,00 140,00

16/11/16 125,00 130,00 130,00 144,00 155,00 127,00 150,00 123,00 121,00 125,00 125,00 132,00 128,00 119,00 145,00 140,00

15/11/16 127,00 130,00 130,00 144,00 155,00 127,00 150,00 123,00 121,00 125,00 125,00 132,00 128,00 119,00 145,00 140,00

14/11/16 127,00 130,00 130,00 144,00 155,00 127,00 150,00 123,00 121,00 125,00 125,00 132,00 128,00 119,00 145,00 140,00

11/11/16 127,00 130,00 130,00 144,00 155,00 127,00 145,00 123,00 123,00 125,00 125,00 132,00 128,00 119,00 145,00 140,00

Variações (em R$ nominais)

Semana -1,6% 0,0% 0,0% -1,4% 0,0% 0,0% 3,4% 0,0% -1,6% -0,8% 0,0% 0,0% -0,8% 0,0% 0,0% 0,0%

Mês -2,3% -0,8% -1,5% -1,4% -1,9% 0,0% 3,4% -2,4% -4,7% 0,0% 0,0% 2,3% 0,8% 0,8% 2,5% 0,0%

Ano -0,8% 2,4% 2,4% 0,7% 5,4% -6,6% 2,7% -2,4% -4,3% -2,3% 5,0% -2,6% -5,2% - 7,4% 3,7%

* R$/kg ** Inclui a região de Rondonópolis *** preços para descontar funrural / prazo de pagamento de 20 dias

• MERCADO DA VACA GORDA em @ - Cotações da semana em R$/@, a prazo

SP SP MG MG MG MG GO GO MS MS MS RS RS BA BA MT

Barretos Araçatuba Triângulo Belo Horizonte Norte Sul Goiânia Sul Dourados Campo

GrandeTrês Lagoas Oeste* Pelotas* Sul Oeste Norte

17/11/16 142,50 143,00 140,00 142,00 139,00 140,00 135,00 137,00 136,00 137,00 135,00 4,65 4,65 146,00 150,00 125,00

16/11/16 142,50 143,00 140,00 142,00 140,00 140,00 137,00 137,00 136,00 137,00 135,00 4,65 4,65 146,00 150,00 125,00

15/11/16 142,50 143,00 140,00 143,00 140,00 140,00 137,00 137,00 136,00 137,00 137,00 4,65 4,65 146,00 148,00 125,00

14/11/16 142,50 143,00 140,00 143,00 140,00 140,00 137,00 137,00 136,00 137,00 137,00 4,65 4,65 146,00 148,00 125,00

11/11/16 142,50 143,00 140,00 142,00 140,00 140,00 137,00 137,00 136,00 137,00 137,00 4,65 4,65 146,00 146,00 125,00

Variações (em R$ nominais)

Semana 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -0,7% 0,0% -1,5% 0,0% 0,0% 0,0% -1,5% 0,0% 0,0% 0,0% 4,2% 0,0%

Mês -1,0% -0,7% 0,0% 0,7% -6,1% 0,0% -2,2% -0,7% -4,2% -2,1% -2,2% 3,3% 3,3% 3,5% 4,2% -2,3%

Ano 1,1% 0,7% 6,1% 2,9% 3,0% 5,3% 1,5% 1,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,2% 2,8% 4,9% 0,8%

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PRÓXIMOS EVENTOS • SCOT CONSULTORIA

EVENTOS LOCAL DATA

Encontro de Analistas da Scot Consultoria São Paulo - SP 25/11/2016

Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria

Ribeirão Preto - SP 04/04 a 07/04/2017

Encontro dos Encontros da Scot Consultoria Ribeirão Preto - SP 03/10 a

06/10/2017

MÍDIAS @SCOTCONSULTORIATWITTER FACEBOOK INSTAGRAM

AGENDA SCOT

TERREMOTO ATINGE A ZONA RURAL NA NOVA ZELÂNDIA.Bovinos isolados por deslizamentos de terra na costa norte de Kaikoura, depois do terremoto de magnitude 7,5 de segunda-feira (domingo no Brasil).

O terremoto causou danos em propriedades rurais, interrompendo estradas e matando duas pessoas.

Os danos maiores foram em fazendas de produção de gado de leite. Os deslizamentos cortaram também o acesso dos caminhões às fazendas.

Atualmente, a relação de troca entre o boi casado de animais castrados e a carcaça de frango está em 2,1. Ou seja, com o preço de um quilo da proteína bovina é possível adquirir 2,1 quilos de carcaça de frango.

Na comparação com o mesmo período do ano passado a relação está 10,8% menor. Isso quer dizer que a carne bovina ganhou competitividade frente à carne de frango.

Esse cenário foi possível, pois no período, enquanto o boi casado de animais castrados subiu 0,5%, a carcaça de frango subiu 12,7% no atacado.

ESPAÇO LINEAR DE COCHO: PEQUENOS NÚMEROS, GRANDES DÚVIDAS!

“Seis centímetros para sal mineral e 12 a 15 centímetros para proteinados: O que está por trás destes números? Literalmente atrás está o suplemento, cujo uso o produtor espera que compense o dinheiro neles investido. Para tal, precisam ser ingeridos pelos animais! Por essa razão esse dimensionamento é tão importante.” (Sérgio Raposo de Medeiros)

Economia: varejo recua 1,0% em setembro/16, revelando uma queda na margem mais intensa que no trimestre anterior.

Mesmo com oferta restrita, baixa demanda por couro mantém mercado andando de lado.

Alguns frigoríficos têm trabalhado com a ociosidade elevada como estratégia para regular os estoques.

Apesar da crise econômica, a perspectiva é de que o mercado do boi se mantenha sustentado neste último bimestre.

Os preços do milho caíram em novembro com a menor movimentação interna e o ritmo mais lento das exportações.

Segundo a UNICA, até o dia 1 de novembro, 55 usinas encerraram o ciclo atual, contra 18 em 2015 no mesmo período.

Dia 14 de novembro

Dia 17 de novembro

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Baixa movimentação no mercado de reposição. Na média de todas as categorias de machos anelorados e estados pesquisados pela Scot Consultoria, a queda semanal foi de 0,2%.

As categorias mais jovens são as que apresentam preços mais frouxos quando comparadas às mais eradas. Nos últimos sete dias o boi magro (12@) e o garrote (9,5@) tiveram desvalorização de 0,2% e o bezerro desmamado (6@) de 0,5%.

A incerteza quanto ao mercado do boi

TABELA 1. Indicador bezerro Esalq/BM&F - MS, à vista.

Fonte: Esalq/BM&F • Elaboração: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

ISABELLA CAMARGOé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected] DE REPOSIÇÃO

Data R$/kg R$/cabeça US$/cabeça

16-nov 6,11 1.240,95 362,00

14-nov 6,11 1.240,95 360,64

11-nov 6,10 1.239,48 363,70

10-nov 6,16 1.227,98 365,14

9-nov 6,60 1.227,61 381,96

MERCADO DE REPOSIÇÃO ANDANDO DE LADO NA SEMANAA incerteza quanto ao mercado do boi gordo é o principal fator que afasta os compradores.

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gordo é o principal fator que colabora para manter os compradores retraídos.

Em Minas Gerais, o bezerro desmamado está cotado em R$1,06 mil por cabeça, queda de 4,5% desde o início do mês.

Por outro lado, as recentes chuvas melhoram a capacidade de suporte das pastagens e são um fator positivo para a movimentação dos negócios, cujo volume ainda não foi suficiente para retomada nos preços.

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MERCADO DE REPOSIÇÃOMACHO NELORE

BOI MAGRO 360kg 12@ GARROTE 18M 285kg 9,5@ BEZERRO 12M 225kg 7,5@ DESMAMA 8M 180kg 6@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1930,00 1,30 SP 1600,00 1,57 SP 1340,00 1,87 SP 1180,00 2,13

MG 1750,00 1,38 MG 1450,00 1,66 MG 1240,00 1,94 MG 1060,00 2,27

GO 1840,00 1,28 GO 1520,00 1,55 GO 1270,00 1,86 GO 1130,00 2,09

MS 1780,00 1,31 MS 1480,00 1,57 MS 1270,00 1,83 MS 1170,00 1,99

BA 1820,00 1,37 BA 1500,00 1,66 BA 1240,00 2,01 BA 1060,00 2,35

MT 1720,00 1,23 MT 1490,00 1,42 MT 1240,00 1,70 MT 1100,00 1,92

PR 1920,00 1,32 PR 1620,00 1,57 PR 1380,00 1,84 PR 1200,00 2,12

PA 1590,00 1,37 PA 1310,00 1,66 PA 1150,00 1,89 PA 960,00 2,27

RO 1590,00 1,36 RO 1420,00 1,52 RO 1190,00 1,82 RO 1010,00 2,14

TO 1670,00 1,38 TO 1470,00 1,57 TO 1270,00 1,82 TO 1080,00 2,14

MA 1590,00 1,45 MA 1320,00 1,75 MA 1120,00 2,06 MA 950,00 2,43

RJ 1860,00 1,35 RJ 1560,00 1,61 RJ 1440,00 1,74 RJ 1170,00 2,14

MACHO MESTIÇO

BOI MAGRO 330kg 11@ GARROTE 18M 240kg 8@ BEZERRO 12M 195kg 6,5@ DESMAMA 8M 165kg 5,5@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1760,00 1,43 SP 1340,00 1,87 SP 1150,00 2,18 SP 1010,00 2,48

MG 1550,00 1,55 MG 1220,00 1,97 MG 1030,00 2,34 MG 890,00 2,71

GO 1650,00 1,43 GO 1220,00 1,93 GO 1020,00 2,31 GO 910,00 2,59

MS 1560,00 1,49 MS 1240,00 1,88 MS 1090,00 2,13 MS 990,00 2,35

RS* 1740,00 1,39 RS* 1430,00 1,70 RS* 1170,00 2,07 RS* 980,00 2,48

SC* 1910,00 1,38 SC* 1630,00 1,62 SC* 1390,00 1,90 SC* 1210,00 2,18

BA 1650,00 1,51 BA 1260,00 1,98 BA 990,00 2,52 BA 850,00 2,93

MT 1550,00 1,36 MT 1250,00 1,69 MT 1060,00 1,99 MT 950,00 2,22

PR 1730,00 1,47 PR 1360,00 1,87 PR 1160,00 2,19 PR 1020,00 2,49

PA 1430,00 1,52 PA 1100,00 1,98 PA 920,00 2,37 PA 780,00 2,79

RO 1420,00 1,52 RO 1190,00 1,82 RO 1010,00 2,14 RO 860,00 2,51

TO 1500,00 1,54 TO 1230,00 1,88 TO 1010,00 2,29 TO 900,00 2,57

MA 1430,00 1,62 MA 1110,00 2,08 MA 960,00 2,41 MA 820,00 2,82

RJ 1680,00 1,49 RJ 1310,00 1,91 RJ 1220,00 2,06 RJ 990,00 2,53

* RS e SC referem-se a animais de cruzamento industrial (peso de referência do gado nelore)

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MERCADO DE REPOSIÇÃOFÊMEA NELORE

VACA BOIADEIRA 315kg 10,5@ NOVILHA 18M 255kg 8,5@ BEZERRA 12M 180kg 6@ DESMAMA 8M 150kg 5@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1410,00 1,78 SP 1160,00 2,16 SP 930,00 2,70 SP 840,00 2,99

MG 1360,00 1,77 MG 1140,00 2,11 MG 950,00 2,54 MG 810,00 2,97

GO 1400,00 1,69 GO 1150,00 2,05 GO 890,00 2,65 GO 780,00 3,03

MS 1440,00 1,62 MS 1180,00 1,97 MS 920,00 2,53 MS 830,00 2,80

BA 1230,00 2,03 BA 1180,00 2,11 BA 880,00 2,83 BA 760,00 3,28

MT 1330,00 1,59 MT 1110,00 1,90 MT 900,00 2,35 MT 770,00 2,74

PR 1530,00 1,66 PR 1350,00 1,88 PR 1160,00 2,19 PR 960,00 2,65

PA 1280,00 1,70 PA 1070,00 2,04 PA 810,00 2,69 PA 680,00 3,20

RO 1170,00 1,85 RO 1020,00 2,12 RO 860,00 2,51 RO 770,00 2,81

TO 1310,00 1,76 TO 1140,00 2,03 TO 950,00 2,43 TO 820,00 2,82

MA 1180,00 1,96 MA 1010,00 2,29 MA 790,00 2,92 MA 700,00 3,30

RJ 1360,00 1,84 RJ 1280,00 1,96 RJ 1010,00 2,48 RJ 850,00 2,95

FÊMEA MESTIÇA

VACA BOIADEIRA 315kg 10,5@ NOVILHA 18M 255kg 8,5@ BEZERRA 12M 180kg 6@ DESMAMA 8M 150kg 5@

UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca UF R$/cab Troca

SP 1270,00 1,97 SP 1080,00 2,32 SP 800,00 3,14 SP 710,00 3,53

MG 1290,00 1,87 MG 1040,00 2,32 MG 810,00 2,97 MG 670,00 3,60

GO 1270,00 1,86 GO 1040,00 2,27 GO 760,00 3,10 GO 660,00 3,58

MS 1330,00 1,75 MS 1050,00 2,22 MS 780,00 2,98 MS 710,00 3,28

RS* 1350,00 1,80 RS* 1230,00 1,97 RS* 910,00 2,67 RS* 790,00 3,07

SC* 1560,00 1,69 SC* 1400,00 1,89 SC* 1080,00 2,44 SC* 930,00 2,84

BA 1150,00 2,17 BA 1050,00 2,37 BA 750,00 3,32 BA 650,00 3,83

MT 1280,00 1,65 MT 1060,00 1,99 MT 770,00 2,74 MT 670,00 3,15

PR 1450,00 1,75 PR 1260,00 2,02 PR 1060,00 2,40 PR 840,00 3,03

PA 1210,00 1,80 PA 960,00 2,27 PA 690,00 3,16 PA 580,00 3,76

RO 1100,00 1,97 RO 920,00 2,35 RO 740,00 2,92 RO 650,00 3,33

TO 1240,00 1,86 TO 1070,00 2,16 TO 860,00 2,69 TO 740,00 3,12

MA 1120,00 2,06 MA 930,00 2,48 MA 680,00 3,40 MA 610,00 3,79

RJ 1280,00 1,96 RJ 1180,00 2,13 RJ 860,00 2,92 RJ 730,00 3,44

* RS e SC referem-se a animais de cruzamento industrial (peso de referência do gado nelore)

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RELAÇÃO DE TROCA: QUANTO VALE SEU BOIANDRÉ PINHO

é engenheiro agrônomo e analista da Scot [email protected]

1,32 1,29

1,30 1,29

1,36

1,41 1,40

1,42 1,40

1,43 1,46

1,48 1,47

1,25

1,30

1,35

1,40

1,45

1,50

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

boi magro média

1,45

1,43 1,44 1,44

1,53

1,58 1,57

1,58

1,55

1,59

1,62

1,66 1,67

1,40

1,45

1,50

1,55

1,60

1,65

1,70

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

garrote média

1,67 1,65

1,67 1,67

1,77 1,83 1,81

1,81

1,79

1,84

1,88 1,89

1,93

1,60

1,65

1,70

1,75

1,80

1,85

1,90

1,95

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

bezerro média

1,90 1,86 1,88 1,88

2,02

2,10 2,09

2,09 2,08

2,14 2,20

2,24 2,27

1,85

1,90

1,95

2,00

2,05

2,10

2,15

2,20

2,25

2,30

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

desmama média

FIGURA 1.Boi magro / boi gordo*.

FIGURA 2.Garrote / boi gordo*.

FIGURA 3.Bezerro / boi gordo*.

FIGURA 4.Desmama / boi gordo*.

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

*boi gordo de 16,50@

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

No Tocantins, as pastagens tiveram melhora após o início das chuvas, consequentemente, o mercado de reposição começou ganhar maior movimentação de negócios concretizados. Apesar disso, os preços não obtiveram incrementos consideráveis.

Em um ano, todas as categorias tiveram recuo nos preços, com exceção do boi gordo. Destaque para as categorias mais novas (bezerro de ano e

desmama), que apresentaram recuos de 11,0% e 14,1% no período. Já o boi gordo, no mesmo intervalo, teve um incremento de 2,8% no preço.

Hoje em dia, é possível comprar 2,27 bezerros de desmama com a venda de um macho terminado de 16,5@ no Tocantins. Considerando que há um ano essa relação era de 1,9 bezerro de desmama com a venda de um macho terminado, houve queda de 19,7%.

Média =2,06Média = 1,79

Média = 1,39 Média = 1,55

TOCANTINSEm um ano, todas as categorias, com exceção do boi gordo, tiveram quedas.

Foto: Bela Magrela na Fazenda Alta BagagemEdição: Bela Magrela

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MACRO-ECONOMIA

MERCADODO BOI GORDO

QUALIDADEDA CARNE

VAGAS ESGOTADAS

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MERCADO DE CARNE SEM OSSO

FIGURA 1.Preços médios recebidos pelo traseiro bovino* em SP na semana - R$.

TABELA 1.Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo na semana.

Mercado parado, impregnado de viés de baixa desde outubro, e, na toada em que a coisa anda, deveremos terminar novembro dessa forma, já que está difícil acreditar em uma melhora de venda na próxima semana, a terceira do mês, sazonalmente a pior para escoar a produção.

O cenário está completamente fora do normal para final de ano.

No acumulado dos últimos sete dias, o mercado chegou ao ponto de precificar a carne, em média, 1,2% abaixo do registrado há um ano.

Se adicionarmos a inflação a isso, as indústrias estão recebendo quase 9,0% menos pelos cortes sem osso, frente ao que recebiam na mesma semana, em 2015. Isso dá a noção exata do tamanho do estrago que a crise fez à cadeia da carne. E, sem consumo, não há alta nos preços da arroba.

Os frigoríficos, porém, têm conseguido manter suas margens acima da média histórica, ao redor de 24,5%. Sem necessidade de intensificar a compra de matéria-prima, “controlam” seus resultados a partir dos preços pagos pela arroba, impondo pressão sobre o mercado do boi gordo.

ATACADO

*Referência boi gordo de 16,5@ com 52,0% de rendimento de carcaça

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

* mercado de São Paulo

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

A RECEITA DA INDÚSTRIA CAIU QUASE 9,0% EM DOZE MESESAtacado - cortes* R$/kg

Variações

7d – R$ 30d – R$ ano – R$

Acém 11,12 -0,51% -4,24% -5,26%

Alcatra (miolo) 20,72 -0,61% -4,53% -2,03%

Alcatra com maminha 19,01 1,10% -2,05% -2,70%

Alcatra completa 21,99 -0,95% -4,09% 4,00%

Capa de filé 12,48 1,23% -0,52% 8,16%

Contra filé 19,45 -1,02% -4,42% -12,12%

Coxão duro 14,30 -0,97% -0,50% -1,30%

Coxão mole 15,39 -1,32% -3,75% -3,99%

Cupim 14,69 -2,26% -2,64% -7,25%

Filé mignon com cordão 34,74 0,72% 0,58% -3,42%

Filé mignon sem cordão 37,83 -1,43% -3,12% -3,71%

Fraldinha 16,74 3,09% 5,57% 10,38%

Lagarto 14,45 -0,91% -2,54% -1,32%

Lombinho 11,70 0,00% 0,43% 2,97%

Maminha 20,36 -1,52% -4,08% 2,43%

Músculo 13,37 3,72% -6,58% 6,26%

Paleta com músculo 11,30 -2,33% -5,12% -5,91%

Paleta sem músculo 12,16 0,18% -6,10% -6,25%

Patinho 14,82 0,00% -1,33% -5,30%

Peito 11,55 -1,76% -1,70% -3,62%

Picanha (A) 32,67 2,07% 3,35% 2,17%

Picanha (B) 25,55 0,00% -0,34% 1,29%

1.203,84

1.389,96

1.531,71

2.461,30

1.050

1.250

1.450

1.650

1.850

2.050

2.250

2.450

Boi gordo Atacado carcaça Atacado cortes Varejo

Queda nos preços e inflação reduziram receita das indústrias

Por fim, as exportações começaram em novembro, na primeira quinzena, com queda de 20,0% na média diária embarcada na comparação anual. Os resultados parciais ainda não traduzem uma resposta positiva à recente valorização cambial.

ALEX LOPESé zootecnista, mestrando em administração pela UNESP

de Jaboticabal e consultor da Scot [email protected]

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MERCADO DE CARNE SEM OSSOMARGEM ACIMA DO RESULTADO DE 2015VAREJO

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.brFonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

TABELA 2.Preços médios dos cortes no mercado varejistana semana.

TABELA 3.Preços médios mensais dos cortes no mercado varejista, em R$/kg.

Preços estáveis em São Paulo, alta de 0,5% no Paraná, de 0,3% em Minas Gerais e de 1,4% no Rio de Janeiro.

Os varejistas seguem trabalhando melhor os estoques, ajustados à demanda existente, o que permite elevar os preços e implica em queda das cotações da carne no atacado.

A margem dos açougues e supermercados,

VAREJO - CORTES 2015 2016 Variação dos preços

nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov nov16/outl16

nov16/nov15

Acém 18,60 18,67 18,67 19,30 19,11 18,77 18,49 18,47 18,91 18,19 18,19 18,48 18,39 -0,5% -1,1%

Alcatra (miolo) 33,08 33,57 34,59 34,13 34,10 34,14 33,25 32,62 31,02 31,42 33,02 34,01 34,74 2,1% 5,0%

Contra Filé 31,99 31,99 32,11 33,26 31,69 29,96 29,66 30,24 32,90 29,71 30,22 30,98 31,63 2,1% -1,1%

Costela 14,55 15,07 15,21 16,27 15,47 15,92 16,18 16,13 17,31 15,58 15,46 15,83 15,91 0,5% 9,4%

Coxão duro 24,37 24,57 25,33 24,85 24,13 23,76 23,78 23,95 24,04 23,89 23,93 24,12 23,93 -0,8% -1,8%

Coxão mole 24,98 25,25 25,31 26,19 25,02 25,05 24,55 24,20 29,31 24,63 25,20 25,12 25,13 0,0% 0,6%

Cupim 20,55 20,73 20,53 21,55 20,80 20,16 19,80 19,76 18,68 19,56 19,14 19,54 20,76 6,3% 1,0%

Filé mignon com cordão 39,95 39,95 40,86 41,50 41,69 42,75 43,00 43,00 43,92 43,00 43,00 43,00 43,00 0,0% 7,6%

Filé mignon sem cordão 55,09 57,89 58,32 58,55 52,35 50,20 48,98 47,43 47,13 47,05 48,84 51,54 53,57 3,9% -2,8%

Fraldinha 24,51 26,08 25,72 25,76 23,39 24,22 24,77 24,16 22,55 24,98 24,95 25,09 25,52 1,7% 4,1%

Lagarto 24,69 24,99 25,33 26,14 24,89 24,44 24,29 24,18 24,38 26,28 26,57 26,27 24,89 -5,3% 0,8%

Maminha 30,08 30,87 30,69 31,14 30,12 29,45 29,82 29,11 28,07 29,44 29,93 30,96 31,86 2,9% 5,9%

Músculo 19,69 19,79 20,39 20,57 20,03 20,55 21,34 21,41 23,41 21,98 21,78 21,87 21,85 -0,1% 11,0%

Paleta 19,44 19,69 19,12 19,56 19,28 19,47 19,83 19,49 20,47 18,96 19,04 19,45 19,51 0,3% 0,3%

Patinho 24,90 25,05 25,10 25,88 24,83 24,81 24,37 24,22 24,33 24,42 24,54 25,25 25,21 -0,1% 1,2%

Peito 18,76 18,76 18,95 19,09 18,91 19,89 19,69 19,83 19,95 19,80 20,39 20,57 20,44 -0,6% 9,0%

Picanha 44,68 46,25 47,47 47,41 45,25 45,71 44,61 44,97 45,22 43,08 41,95 43,29 45,70 5,6% 2,3%

VAREJO - CORTES (R$/KG) SP PR MG RJ

Acém 18,08 16,61 17,55 18,08

Alcatra (miolo) 34,84 32,93 31,49 32,42

Alcatra com maminha 24,14 28,68 27,63 26,82

Contra filé 31,84 30,97 28,78 31,40

Costela 15,99 15,13 11,95 14,35

Coxão duro 24,08 22,56 23,78 21,71

Coxão mole 25,01 24,81 26,40 22,61

Cupim 20,58 16,69 17,67 19,49

Filé mignon com cordão

43,00 39,34 39,00

Filé mignon sem cordão

53,90 44,49 42,83 52,66

Fraldinha 25,42 24,41 19,07 21,12

Lagarto 24,92 22,08 23,83 22,24

Lombinho 20,29 20,80 16,84 18,75

Maminha 32,11 29,27 27,48 30,21

Músculo 22,18 18,94 17,56 19,03

Paleta 19,33 16,31 18,27 17,62

Patinho 25,23 23,27 24,18 21,41

Peito 20,44 16,60 16,77 14,74

Picanha 47,20 41,35 38,80 39,43

.

Varejistas trabalham melhor o estoque e o ajustam à demanda existente

em 59,0%, está quase seis pontos percentuais acima do registrado há um ano.

ALEX LOPESé zootecnista, mestrando em administração pela UNESP

de Jaboticabal e consultor da Scot [email protected]

A margem dos açougues e supermercados, em 59,0% está quase seis pontos percentuais acima do registrado há um ano.

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PROTEÍNAS ALTERNATIVAS

FIGURA 1.Preços médios mensais pagos pelo suíno terminado, em R$/@, à vista, em São Paulo.

As médias mensais dos preços do suíno nas granjas de São Paulo estão praticamente estáveis há três meses. A arroba do animal terminado está cotada em R$78,00.

No atacado, o cenário é o mesmo. A carcaça segue negociada, em média, em R$6,00/kg. A oferta e a demanda estão equilibradas.

A boa notícia para o setor fica por conta das recentes quedas no preço do milho, principal insumo utilizado na alimentação dos animais.

Na parcial de novembro, a relação de troca

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.brFonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

entre o grão e o quilo do suíno é a melhor do ano. Na média do mês, é possível comprar 6,32 quilos de milho com um quilo de suíno, melhora de 6,2% em relação à média do mês anterior (outubro) e melhora de 10,6% em relação a janeiro deste ano.

Nos próximos dias a demanda deve ficar apática em decorrência do período do mês, no qual a população começa a ficar descapitalizada.

SUÍNOS 09/nov 10/nov 11/nov 14/nov 16/nov

Terminado CIF frigorífico SP - R$/@ 78,00 78,00 78,00 78,00 78,00

Carcaça especial atacado SP - R$/kg 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00

Foto VisualHunt Editada por Bela Magrela.

SUÍNOApesar da estabilidade nas cotações, poder de compra do suinocultor é o melhor do ano.

56,00

60,00

64,00

68,00

72,00

76,00

80,00

84,00

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

JULIANA PILAé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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OVOSO mercado do frango vivo está estável há 52 dias. A ave terminada está cotada em R$3,10/kg nas granjas paulistas.

No atacado os preços oscilaram na semana. Atualmente a carcaça está cotada, em R$4,47/kg, uma queda de 0,2% no período.

Apesar do recuo na comparação semanal, o produto, no atacado, está custando 12,3% mais

Depois da reação nos preços observada na semana passada, o mercado perdeu força. O giro de mercadorias diminuiu e os preços caíram.

Nas granjas de São Paulo, a queda foi de 1,5% na semana. A caixa com trinta dúzias está cotada, em média, em R$66,50.

FRANGOque em igual período do ano passado. Para uma comparação, neste período, a carne suína teve queda de 2,5% e carne de dianteiro bovino caiu 3,9%.

A alta maior para o frango foi resultado do bom ritmo de vendas no mercado interno, em decorrência do poder aquisitivo da população prejudicado este ano.

No atacado, a caixa tem sido negociada em média, em R$71,00, redução de 1,4% no período.

Diante do período do mês, os indícios são de que os preços de referência não terão condições de se sustentar e quedas estão previstas.

PROTEÍNAS ALTERNATIVAS

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

FIGURA 2.Preços médios mensais pagos pelo quilo do frango vivo, em R$, à vista, em São Paulo.

FIGURA 3.Preços médios mensais pagos pela caixa com 30 dúzias de ovos, na granja, em R$, à vista, em São Paulo.

FRANGO 09/nov 10/nov 11/nov 14/nov 16/nov

Granja interior SP - R$/kg 3,10 3,10 3,10 3,10 3,10

Resfriado médio atacado SP - R$/kg 4,48 4,50 4,50 4,50 4,47

OVO 09/nov 10/nov 11/nov 14/nov 16/nov

Atacado SP - R$/30 dúzias 72,00 72,00 72,00 71,00 71,00

Granja interior SP - R$/30 dúzias 67,50 67,50 67,50 66,50 66,50

2,40

2,50

2,60

2,70

2,80

2,90

3,00

3,10

3,20

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

56,00

60,00

64,00

68,00

72,00

76,00

80,00

84,00

nov-

15

dez-

15

jan-

16

fev-

16

mar

-16

abr-

16

mai

-16

jun-

16

jul-

16

ago-

16

set-

16

out-

16

nov-

16

Mercado de ovos não se sustenta e preços cedem na semana.

JULIANA PILAé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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COURO E SEBO

COURO

Com a procura pelo couro verde em baixa, os preços estão estáveis.

Mesmo com a oferta limitada, os curtumes encontram dificuldade no escoamento da produção.

No Brasil Central o couro verde está cotado em R$2,40/kg, considerando o produto de primeira linha. Na região, os preços estão estáveis há pouco mais de dois meses.

No Rio Grande do Sul o couro verde comum está cotado em R$2,50/kg. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve queda de 3,8%.

Apesar da demanda em baixa, o que normalmente gera pressão de queda no mercado, a disponibilidade do couro está restrita e mantém a oferta ajustada à demanda, colaborando com o cenário de estabilidade.

SEBO

A procura por sebo está alta e exerce pressão positiva no mercado.

No Brasil Central a gordura animal está cotada em R$2,60/kg. Frente ao mesmo período de 2015, houve alta de 30,0%.

No Rio Grande do Sul o sebo está cotado em R$2,60/kg.

Com o óleo de soja valorizado, as indústrias de biodiesel têm optado pela maior utilização de sebo na produção do combustível. Esse fator, associado à oferta restrita de sebo, mantém o mercado firme.

Para o curto prazo fica a expectativa de valorização, uma vez que o cenário de oferta restrita e demanda em alta deve permanecer.

FIGURA 1.Preços do couro e sebo no Brasil Central, em R$/kg, sem imposto, nos últimos doze meses.

TABELA 1.Evolução dos preços do couro verde e do sebo no Brasil Central e Rio Grande do Sul, em R$/kg, sem imposto.

FELIPPE REISé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

* a prazo - FOB (sem ICMS) **à vista, sem bonificação - FOBFonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

LENTIDÃO NO MERCADO DO COURO MANTÉM PREÇOS ANDANDO DE LADOMesmo com demanda em baixa, a oferta limitada de couro tem colaborado para um mercado estável.

Em R$/kg SEBO* COURO VERDE**

Dia Brasil Central RS

Brasil Central RS

Primeira linha Comum ou catado Comum ou catado

17-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

16-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

14-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

11-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

10-nov 2,60 2,60 2,40 1,85 2,50

1,95

2,15

2,35

2,55

2,75

2,95

17/1

1/15

13/1

2/15

8/1

/16

3/2/

16

29/2

/16

26/3

/16

21/4

/16

17/5

/16

12/6

/16

8/7

/16

3/8

/16

29/8

/16

24/9

/16

20/1

0/16

15/1

1/16

Sebo Couro

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CLIMA

Na primeira quinzena de novembro choveu em quase todo o país. A exceção foi a faixa que vai do litoral do Maranhão até o interior de Pernambuco.

Na região Sudeste, as precipitações chegaram a 150-200 milímetros no norte de São Paulo e no Triângulo Mineiro. No sul de Minas e no Rio de Janeiro choveu até 250-300 milímetros em algumas áreas, no acumulado até o dia 16.

No Sudeste e no Sul do país, as chuvas ficaram entre 50-100 milímetros acima da normal climatológica.

CHUVAS CHEGARAM A 250-300 MILÍMETROS NA REGIÃO SUDESTE EM NOVEMBROMaiores volumes foram registrados no sul de Minas e no Rio de Janeiro.

Fonte: IGES / COLA

Fonte: INMET / CPTEC / INPE Fonte: INMET / CPTEC / INPE

FIGURA 1. Volume acumulado de chuvas em novem-bro, até o dia 16, em milímetros.

FIGURA 3. Previsão de chuvas entre os dias 17 a 25 de novembro de 2016, em milímetros.

FIGURA 2. Anomalia de chuvas em novembro (até o dia 16), em milímetros.

RAFAEL RIBEIRO DE LIMA FILHOé zootecnista, mestrando em administração

pela UNESP de Jaboticabal e consultor da Scot Consultoria.

[email protected]

Choveu acima da média histórica também no sul de Mato Grosso e no sul da Bahia, entre 25-50 milímetros a mais. Veja a figura 2.

Para a segunda metade de novembro estão previstas chuvas em boa parte do Brasil Central e região Nordeste, onde os volumes podem chegar a 100-150 milímetros no acumulado do dia 17 a 25.

Para as regiões Sul e Sudeste estão previstas chuvas mais ao leste destas regiões, de até 30-50 milímetros no período.

 

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ECONOMIA

A vitória de Donald J. Trump na corrida presidencial americana pegou todos de surpresa. Apesar de haver indicações de que a corrida estava muito apertada, muitos de nós se negaram a crer que tal resultado fosse muito provável de acontecer. Como decorrência de um mundo em transmutação se movendo da liderança política global unipolar para um mundo provavelmente de liderança multipolar, estamos atravessando o período do Mundo G-0, de descoordenação política e de desdobramentos outrora considerados impensáveis.

A Selic chega próximo ao final do ano em 13,75% a.a., a partir do início de 2017, com a estabilidade politica mundial, acreditamos que o comitê poderá acelerar seu rit-mo de corte, de maneira que a Selic encerre 2017 em 10,50% a.a.

A TROMPA DA INCERTEZA RESSOOU, ACORDANDO OS INCAUTOS...

Trump foi eleito com uma plataforma baseada basicamente em (i) desregulamentação, (ii) cortes de impostos e (iii) retirada do Estado da economia e (iv) uma agenda fortemente anti-liberal sobre o comércio internacional. Tudo isto vendido com um discurso bastante inflamado e altamente populista, que encontrou na China seu grande inimigo externo causador de todas as mazelas da economia norte-americana. Em seu primeiro discurso, o republicano engrossou o coro sobre a necessidade de investimentos na infraestrutura americana como forma de voltar

a crescer e gerar postos de trabalho, porém, de forma muito vaga, anunciando um pacote de US$500,0 bilhões.

Com sua nomeação ao cargo de POTUS confirmada, o mundo se deu conta de um possível corvo de batalha sobrevoando nossas cabeças e fez ressoar a Trompa de Heimdall, despertando os incautos. O fato é, que ainda se desconhece parte do gabinete do futuro presidente, bem como quais de suas propostas que serão efetivamente colocadas em prática. E, em tempos de incerteza, a certeza que temos é que os ativos de risco tenderão a sofrer com

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ECONOMIAbastante volatilidade e desvalorizações, na medida em que os grandes fluxos de capitais buscam refúgios nos Campos Elísios do mundo desenvolvido.

Ainda que tenhamos argumentos que possam colocar o FED agindo de maneira mais cautelosa com os juros daqui por diante ou, pelo contrário, se tornando mais hawkish (termo econômico usado para definir quem, entre outros pontos, foca a política econômica no controle da inflação) do que seriam num outro cenário, o que permanece é a incerteza. E com esse véu, o interregno benigno em que se encontra o setor externo, citado pelo COPOM, deverá dar espaço a uma nova avaliação de risco, na qual o BCB entende ser necessário continuar cauteloso, mantendo o ritmo de queda da Selic em 25 pontos base em sua próxima reunião.

de alimentos, já estão exercendo pressão deflacionária significante no curto e médio prazos. Além do mais, as expectativas de mercado para inflação seguem bastante comportadas e em trajetória de queda.

Aproveitamos também a oportunidade para rever nossas projeções de câmbio, que contam com uma moeda brasileira mais desvalorizada nos próximos períodos. Projetamos que o câmbio encerrará 2016 com a média de R$3,51, de anteriores R$3,46, e para 2017, a projeção da média do ano foi alterada de R$3,30 para R$3,41. Essas alterações no câmbio não trouxeram mudanças significativas em nosso cenário de inflação, de maneira que nossas projeções para o IPCA seguem em 6,9% para 2016 e 4,8% em 2017.

Em meio a essas mudanças conjunturais revisamos nosso cenário. Agora esperamos que o COPOM corte a Selic em 0,25 p.p. na última reunião de 2016, neste mês de novembro, levando a Selic a encerrar o ano em 13,75% a.a.. Já, a partir do início do ano que vem, como maior clareza sobre os desdobramentos desse mundo G-0, acreditamos que o comitê poderá acelerar seu ritmo de corte, de maneira que a Selic encerre 2017 em 10,50% a.a.. Esse aumento no ritmo de redução dos juros é crucial para colocar a taxa de juros real em território menos contracionista e auxiliar a recuperação e o processo de desalavancagem do setor privado.

O baixo nível de atividade, confirmado pela piora dos indicadores, a distensão do mercado de trabalho e a queda dos salários reais, juntamente com o recuo dos preços

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INSUMOSTABELA 1. Preços dos fertilizantes.

*soma dos nutrientesFonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

FERTILIZANTES % Nutriente R$/t R$/kg US$/t US$/kg nutriente

NITROGENADOS N % kg N

Sulfato de amônio 20,0 900,00 0,90 236,84 1,18

Ureia agrícola 45,0 1.040,00 1,04 273,68 0,61

Nitrato de amônio 34,0 950,00 0,95 250,00 0,74

POTÁSSICO K2O % kg K2O

Cloreto de potássio granulado 60,0 1.190,00 1,19 313,16 0,52

FOSFATADOS Solúveis P2O5 % (água +CNA) kg P2O5

Super simples granulado 18,0 900,00 0,90 236,84 1,32

Super simples pó 18,0 910,00 0,91 239,47 1,33

Super Triplo 41,0 1.350,00 1,35 355,26 0,87

MAP 52,0 1.550,00 1,55 407,89 0,78

DAP 46,0 1.600,00 1,60 421,05 0,92

FORMULADOS Soma de Nutrientes kg *

04-14-08 26,0 910,00 0,91 239,47 0,92

04-14-08 + Zn 26,0 960,00 0,96 252,63 0,97

04-20-20 44,0 1.110,00 1,11 292,11 0,66

04-30-10 44,0 1.150,00 1,15 302,63 0,69

Natural P2O5 % total

Fosfato de Araxá (ensacado) 24,0 450,00 0,45 118,42 0,49

Fosfato de Araxá (granel) 24,0 375,00 0,38 98,68 0,41

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INSUMOSTABELA 2. Preços dos alimentos energéticos.

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

CONCENTRADOS ENERGÉTICOS R$/t R$/kg MS (%) MS (R$/t) PB (%) PB (R$/t) NDT (%) NDT (R$/t)

FARELO DE ARROZ SP 832,50 0,83 91,0 914,84 13,0 7.037,19 60,0 1.524,73

FARELO DE ARROZ MG 1.000,00 1,00 91,0 1.098,90 13,0 8.453,09 60,0 1.831,50

MILHO GRÃO SP 760,56 0,76 88,0 864,27 9,3 9.293,20 85,0 1.016,79

MILHO GRÃO MG 714,58 0,71 88,0 812,03 9,3 8.731,47 85,0 955,33

MILHO GRÃO GO 688,89 0,69 88,0 782,83 9,3 8.417,51 85,0 920,97

FARELO DE TRIGO SP 787,90 0,79 89,0 885,28 14,0 6.323,40 74,0 1.196,32

FARELO DE TRIGO RS 586,67 0,59 89,0 659,18 15,6 4.225,49 74,0 890,78

SORGO GRÃO SP 555,56 0,56 89,0 624,22 11,0 5.674,72 72,0 866,97

SORGO GRÃO MG 558,33 0,56 89,0 627,34 11,0 5.703,10 72,0 871,31

MELAÇO in natura 1.000,00 1,00 75,0 1.333,33 4,0 33.333,33 72,0 1.851,85

MELAÇO em pó SP 1.589,00 1,59 95,0 1.672,63 2,0 83.631,58 80,0 2.090,79

POLPA CÍTRICA PELETIZADA 725,00 0,73 91,0 796,70 6,7 11.891,09 82,0 971,59

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INSUMOS

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TABELA 3. Preços dos alimentos proteicos.

CONCENTRADOS PROTEICOS R$/t R$/kg MS (%) MS (R$/t) PB (%) PB (R$/t) NDT (%) NDT (R$/t)

FARELO DE ALGODÃO 28 SP 911,33 0,91 92,0 990,58 28,0 3.537,78 52,0 1.904,96

FARELO DE ALGODÃO 38 SP 1.103,75 1,10 92,0 1.199,73 38,0 3.157,18 65,0 1.845,74

FARELO DE ALGODÃO 28 MG 927,88 0,93 92,0 1.008,57 28,0 3.602,02 52,0 1.939,55

FARELO DE ALGODÃO 38 MG 1.091,14 1,09 92,0 1.186,02 38,0 3.121,11 65,0 1.824,65

FARELO DE ALGODÃO 28 GO 888,12 0,89 92,0 965,35 28,0 3.447,67 52,0 1.856,44

FARELO DE ALGODÃO 38 GO 1.013,79 1,01 92,0 1.101,95 38,0 2.899,87 65,0 1.695,31

FARELO DE SOJA SP 1.292,15 1,29 89,0 1.451,85 46,0 3.156,20 80,0 1.814,81

FARELO DE SOJA MG 1.268,85 1,27 89,0 1.425,68 46,0 3.099,30 80,0 1.782,10

FARELO DE SOJA MT 1.196,05 1,20 89,0 1.343,87 46,0 2.921,47 80,0 1.679,84

FARELO DE SOJA MS 1.239,80 1,24 89,0 1.393,04 46,0 3.028,34 80,0 1.741,30

FARELO DE SOJA GO 1.160,00 1,16 89,0 1.303,37 46,0 2.833,41 80,0 1.629,21

FARELO DE SOJA PR 1.148,76 1,15 89,0 1.290,74 46,0 2.805,97 80,0 1.613,43

FARELO DE SOJA RO 1.300,00 1,30 90,0 1.444,44 46,0 3.140,10 80,0 1.805,56

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ENTREVISTA

O QUE ESPERAR PARA O FUTURO ECO-NÔMICO DO BRASIL?Marília Fontes fala sobre a confiança dos empresários, eleições americanas, PEC-55 e PIB.

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A economista Marília Fontes concedeu uma entrevista à Scot Consultoria. Ela será uma das analistas do bloco sobre macroeconomia no Encontro de Analistas da Scot Consultoria, que acontece dia 25 de novembro, em São Paulo-SP.

Marília Fontes é economista (INSPER) e responsável pelos relatórios de renda fixa da Empiricus Research.

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA.

Scot Consultoria: A CNC aponta para melhoria da confiança dos empresários do comércio nos últimos meses. Este é um dos diversos indicadores de confiança que têm melhorado, embora muitos ainda estejam em patamares historicamente baixos. Quando este incremento de confiança deve começar a ser convertido em empregos?

Marília Fontes: A conversão demora porque o emprego é o último a responder. Primeiro,

o aumento da confiança tem que se traduzir em aumento do consumo. Depois, o aumento no consumo puxa o aumento na produção e a contratação.

Embora a confiança tenha crescido de níveis muito deprimidos, as vendas no varejo ainda não mostram nenhum sinal de melhora, se mantendo em patamares muito baixos. Por conta disso, economistas estão revisando para baixo suas estimativas de crescimento no ano que vem. A melhora, que era esperada para acontecer no terceiro trimestre, parece que será adiada para o quarto trimestre de 2016 ou ainda o primeiro trimestre de 2017.

Scot Consultoria: Como as eleições americanas devem influenciar a economia brasileira e o câmbio?

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ENTREVISTAMarília Fontes: Donald Trump fez

promessas de campanha como, por exemplo, aumentar tarifas de importação, realizar políticas contra imigração, estimular investimentos em infraestrutura e reduzir regulamentação.

Para o Brasil, especificamente, essas políticas não são totalmente ruins. O Brasil é uma economia mais fechada e que não exporta tanto para os EUA. Não sofreria muito, portanto, com o aumento de tarifas. A crise da imigração também não nos afeta. Os investimentos em infraestrutura seriam muito positivos para o Brasil, que é exportador de minério de ferro. Assim como fornecemos boa parte dos materiais para a China promover avanços em sua infraestrutura, para os EUA também poderíamos ser um bom provedor. Por fim, a desregulamentação poderia gerar maior crescimento, e isso não é ruim para nós.

O câmbio poderia sofrer se o crescimento gerado fosse tal que exigisse do Fed uma alta muito forte dos juros, valorizando o dólar. Mas creio que o efeito positivo da atividade compensa a alta dos juros.

Scot Consultoria: Se aprovada, além dos efeitos de austeridade de longo prazo, o que a senhora espera como resultados mais imediatos da PEC-55 (antiga PEC-241)? Risco Brasil, câmbio e juros devem ser afetados de maneira mais imediata?

Marília Fontes: Certamente. É juros para baixo, valorização do câmbio e bolsa para cima. A aprovação de uma reforma fiscal é muito

positiva para o país ao elevar a confiança dos agentes na sustentabilidade da economia, no pagamento de suas dívidas e nos investimentos de longo prazo.

O efeito principal e direto se dá nos juros. A política fiscal passou vários anos do governo anterior trabalhando contra a política monetária restritiva. Se ela passa a trabalhar a favor, os juros necessários para controlar a inflação passam a ser bem menores.

Scot Consultoria: Para 2017, as expectativas do mercado (Focus de 4/11/16) são de crescimento de 1,2% para o PIB. A Empiricus compactua com este patamar ou tem outras projeções?

Marília Fontes: Temos discordância entre os analistas. O PIB depende de consumo, gastos do governo e investimentos. O consumo ainda deve ser baixo pelo alto nível de desemprego, os gastos do governo serão restritivos, e sobraria para o investimento. Eu entendo que com o alto nível de capacidade ociosa que temos atualmente, o investimento ainda ficaria um pouco deprimido. Mas, como eu disse, a opinião não é unânime na casa.

Scot Consultoria: Se fosse para deixar algum conselho para os leitores da Scot Consultoria em relação à investimentos em 2017, qual seria?

Marília Fontes: Seria focar em seu próprio país. Temos um governo disposto a atacar uma série de problemas estruturais da economia, além de empresas com preços das ações ainda baixos e a maior taxa de juros do mundo. Temos uma série de oportunidades por aqui em meio

a uma quebra estrutural positiva. Por mais que a volatilidade internacional atrapalhe, podemos ter bons retornos com os ativos locais.

Temos um governo disposto a atacar uma série de problemas estruturais da economia, além de empresas com preços das ações ainda baixos e a maior taxa de juros do mundo.

MARÍLIA FONTESé economista (INSPER) e respon-

sável pelos relatórios de renda fixa da Empiricus Research.

Para mais informações sobre este eventoligue 17 3343 5111 ou acessewww.encontrodeanalistas.com.br

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1340,80 1318,13

1324,80 1313,07

1151,49

1053,09

1112,14

1483,96 1446,67

1416,60 1351,60

1284,69 1281,48

1.000,00 1.050,00 1.100,00 1.150,00

1.200,00 1.250,00 1.300,00 1.350,00 1.400,00 1.450,00 1.500,00

nov/

15

dez/

15

jan/

16

fev/

16

mar

/16

abr/

16

mai

/16

jun/

16

jul/

16

ago/

16

set/

16

out/

16

nov/

16

8,95 8,85 8,75

8,48

7,37

6,70

7,16

9,35 9,19 9,23

8,87

8,35 8,43

6,50

7,00

7,50

8,00

8,50

9,00

9,50

nov/

15

dez/

15

jan/

16

fev/

16

mar

/16

abr/

16

mai

/16

jun/

16

jul/

16

ago/

16

set/

16

out/

16

nov/

16

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

RAFAEL RIBEIRO DE LIMA FILHOé zootecnista, mestrando em administração

pela UNESP de Jaboticabal e consultor da Scot Consultoria.

[email protected]

FIGURA 2. RELAÇÃO DE TROCA Arrobas de boi gordo por tonelada de farelo de soja em São Paulo.

FIGURA 1. SÉRIE HISTÓRICAPreço médio do farelo de soja em São Paulo, em R$ por tonelada, sem o frete.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

A demanda aquecida pela soja norte-americana tem colaborado com um cenário de preços mais firmes (pontualmente) no mercado internacional.

No Brasil, as cotações do grão subiram em novembro, com o dólar voltando a se valorizar em relação ao real.

Este quadro deu sustentação aos preços do farelo de soja, que ficaram praticamente estáveis em novembro. As cotações estavam em queda desde junho deste ano (figura 1).

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a tonelada do farelo ficou cotada, em média, em R$1.281,48 em São Paulo, sem o frete. Em relação a novembro de 2015, o insumo está

custando 4,4% menos.Considerando a praça de São Paulo,

atualmente são necessárias 8,43 arrobas de boi gordo para a compra de uma tonelada de farelo de soja.

Com o mercado do boi patinando, a relação de troca para o pecuarista piorou 1,0% em novembro, frente a outubro último, mas segue 5,8% melhor que o registrado em novembro do ano passado. Veja a figura 2.

Em curto prazo a expectativa é de preços mais firmes para o farelo de soja no mercado brasileiro, com influência do dólar em alta e da forte demanda mundial.

MÉDIA = 8,44 ARROBAS DE BOI GORDO /TONELADA DE FARELO DE SOJA

RELAÇÃO DE TROCA COM INSUMOS

MÉDIA = R$ 1298,35 POR TONELADA

RELAÇÃO DE TROCA COM INSUMOS

PREÇO DO FARELO DE SOJA FIRMOU, COM O DÓLAR SUBINDO E DEMANDA MUNDIAL AQUECIDAAs cotações estavam em queda desde junho deste ano no mercado interno.

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A N A I S D O S

Os temas giram em torno de adubação e manejo de pastagens, mercadodo boi gordo e reposição, índices zootécnicos da cria, nutrição, gestão,controle de custos, conjuntura política e econômica da pecuária brasileirade corte e leite.

Este livro apresenta com objetividade um resumo dos assuntosabordados nos seguintes Encontros:

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AGRICULTURA

No relatório de novembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima a área plantada de milho de primeira safra no país.

A expectativa é de crescimento entre 0,8% e 6,4% em 2016/2017, frente à safra passada, podendo chegar a 5,73 milhões de hectares.

No relatório anterior, divulgado em outubro, a previsão era de queda de 1,2% a crescimento de 4,2% na área de milho de verão.

Além do crescimento da área, a produtividade

Tabela 1. Cotações de milho e soja.

Soja (60kg)

R$ / saca disponível

RS PR SP MT MS GO BA

Passo Fundo Oeste Orlândia Rondonópolis Dourados Rio Verde Luís E. Magalhães

16/11/16 75,00 74,00 75,00 68,00 68,50 73,00 70,00

14/11/16 75,00 75,50 76,00 70,00 69,50 73,00 70,00

11/11/16 75,00 75,50 76,00 71,00 69,50 73,00 70,00

10/11/16 75,00 75,00 75,00 71,00 69,00 73,00 68,50

Crescimento pode chegar a 6,4% frente à safra passada.

Milho (60kg)

R$ / saca disponível

SC RS PR MT MS SP GO MG

Chapecó Erechim Maringá Cascavel Rondonó-polis Dourados Mogiana Rio

Verde Uberlândia

16/11/16 39,00 39,00 34,00 33,50 30,00 29,00 37,80 32,00 39,00

14/11/16 40,00 40,00 34,00 33,00 30,00 29,00 37,80 32,00 39,00

11/11/16 41,00 40,00 34,00 33,00 30,00 29,00 37,80 33,00 40,00

10/11/16 41,00 40,00 33,00 33,00 30,00 30,00 37,80 34,00 40,00

RAFAEL RIBEIRO DE LIMA FILHOé zootecnista, mestrando em administração

pela UNESP de Jaboticabal e consultor da Scot Consultoria.

[email protected]

AUMENTO DA EXPECTATIVA COM RELAÇÃO À ÁREA DE MILHO DE PRIMEIRA SAFRA

média deverá ser 3,8% melhor, estimada em 83,0 sacas por hectare (média nacional).

Com isso, a produção na primeira safra está estimada entre 27,06 milhões e 28,55 milhões de toneladas. Estes volumes são, respectivamente, 4,7% e 10,4% maiores que o colhido em 2015/2016.

Com relação à segunda safra, a Conab manteve a área semeada em 2015/2016, de 10,53 milhões de hectares para a temporada atual.

A produção foi estimada em 56,07 milhões

de toneladas. São 15,36 milhões de toneladas a mais que o colhido na “safrinha” passada.

Por fim, as exportações em 2015/2016 foram revisadas para baixo, em função da maior competitividade com os Estados Unidos neste segundo semestre. Foram estimadas 18,50 milhões de toneladas embarcadas, frente as 20,00 milhões estimadas em outubro.

Dessa forma, os estoques finais na temporada que se encerrou foram revisados para cima. Foram estimadas 7,28 milhões de toneladas

no país, frente as 5,45 milhões de toneladas estimadas em outubro. De qualquer maneira, o volume é o menor desde 2012/2013.

Com relação aos preços, estes continuam frouxos no mercado brasileiro, em função da menor movimentação no mercado interno e o ritmo mais lento das exportações nesta segunda metade do ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

A expectativa de uma produção maior em 2016/2017 colabora com este cenário por ora.

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ESTATÍSTICA DA PECUÁRIARONDÔNIAMercado com viés de baixa na região.

Apesar da baixa disponibilidade de boiadas terminadas, a demanda enfraquecida vem sendo o principal fator para que os frigoríficos testem o mercado e ofereçam pagamentos abaixo da referência.

Esse é o cenário também na maioria das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria.

A cotação da arroba do macho terminado está em R$129,00, à vista. Queda de 2,3% desde o início do mês.

Para a vaca gorda o cenário é de estabilidade. Já são nove dias com preços estáveis na região.

A cotação de referência para esta categoria está em R$123,00/@, na mesma condição.

TABELA 1.Cotação do boi gordo em Rondônia, em R$/@, a prazo.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

FIGURA 1.Preços mensais do boi gordo, em R$/@, a prazo, valores nominais, em Rondônia.

FIGURA 2.Preço da vaca gorda, em R$/@, a prazo.

Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br

Cotação nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16

Mínimo 123,00 121,00 122,00 125,00 125,00 127,00 127,00 128,00 126,00 125,00 128,00 133,00 131,00

Média 126,58 121,90 123,87 125,63 126,27 128,45 128,27 128,41 126,43 126,30 130,62 134,33 133,09

Máximo 128,00 122,00 125,00 126,00 128,00 130,00 130,00 129,00 129,00 128,00 133,00 136,00 134,00

Média do período = 127,70

120,00 122,00 124,00 126,00 128,00 130,00 132,00 134,00 136,00

nov/

15

dez/

15

jan/

16

fev/

16

mar

/16

abr/

16

mai

/16

jun/

16

jul/

16

ago/

16

set/

16

out/

16

nov/

16

mínimo média máximo 115,0 120,0 125,0 130,0 135,0 140,0 145,0 150,0 155,0 160,0

Acre PA Redenção

PA Marabá MT Norte

MT Sudoeste PA Paragominas

RO Sudeste MA Oeste TO Norte

MT CuiabáMT Sudeste

TO Sul GO Goiânia

MS Três Lagoas MS Dourados

GO Reg. Sul MS C. Grande

MG Norte RS Oeste

RS Pelotas MG Triângulo

MG Sul RJ

MG B.Horizonte PR Noroeste SP Barretos

SP Araçatuba ES

BA Sul BA Oeste Alagoas

SC Oeste

ISABELLA CAMARGOé zootecnista e analista da Scot Consultoria

[email protected]

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FIQUE SABENDOFIM DA SAFRA EM 55 USINAS REDUZ EM 17,9% A MOAGEM DE CANA NA REGIÃO CENTRO-SUL

MERCADO DO MILHO MAIS FROUXO EM NOVEMBRO

QUEDA DO LEITE NO MERCADO SPOT

Por Paola Jurca Por Rafael Ribeiro Por Rafael Ribeiro

Segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (UNICA), a região Centro-Sul processou 537,31 milhões de toneladas da matéria-prima no acumulado da safra 2016/17, volume 4,2% maior frente a safra 2015/16.

Analisando a segunda quinzena de outubro a moagem atingiu 31,74 milhões de toneladas, um recuo de 17,9% em relação ao ciclo passado.

Neste mesmo período a produção de açúcar totalizou 2,05 milhões de toneladas, queda de 6,0% na comparação com as 2,18 milhões de toneladas produzidas na temporada anterior.

Para o etanol total o decréscimo foi de 29,3%, passando de 1,84 bilhão de litros nos últimos quinze dias de outubro da safra 2015/16 para 1,30 bilhão de litros na safra 2016/17.

Ainda de acordo com a UNICA, até o dia 1 de novembro, 55 usinas encerraram o ciclo atual, contra 18 usinas que haviam encerrado a safra neste mesmo período em 2015, o que justificaria, em parte, o cenário acima.

Os preços do milho caíram em novembro com a menor movimentação interna e o ritmo mais lento das exportações brasileiras.

Na região de Campinas-SP, segundo levantamento da Scot Consultoria, a saca de 60 quilos está cotada em R$39,00 para a entrega imediata, sem o frete, na comparação com negócios em até R$41,00 por saca no começo do mês.

Em curto prazo a expectativa é de mercado mais frouxo, mas os estoques mais enxutos devem limitar as quedas nos preços no mercado interno.

Os preços do leite continuam em queda no mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias.

Em São Paulo, segundo levantamento da Scot Consultoria, o litro ficou cotado, em média, em R$1,15 na primeira quinzena de novembro, frente à média de R$1,18 por litro na segunda metade de outubro deste ano.

O menor valor encontrado foi R$0,95 por litro, posto na plataforma. O preço máximo foi de R$1,30 por litro.

A pressão de baixa vem do aumento da produção no país, além das quedas dos lácteos no atacado nos últimos meses, especialmente para o leite longa vida.

A expectativa é de queda para a segunda quinzena deste mês, com os valores mínimos chegando a R$0,80 por litro e os valores máximos em R$1,20 por litro.

Foto: Visual HuntEdição: Bela Magrela

Foto: Visual HuntEdição: Bela Magrela

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