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preço 1$00 Quinta-feira, 11 de Agosto de 1955 Ano I N.° 23 íSS',*“® *1 INFORMAÇÃO •• CULTURA .. RECREIO Proprietário, Administrador e fditor v. s. MOTTA PINTO REDACÇÃO E ADMINISTR AÇÃO — RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A --------------------------- MONTI J O ------------------------ COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX- - MONTIJO DIRECTOR RUY DE MEN D ONÇA De 13 a 1S de Agosto realizam-se em ALCOCHfTf As festas do Barrete Verde e das Salinas Festas caracteristicamente ribatejanas, organizadas pelo Aposento do Barrete Verde com o patrocínio da Câmara Municipal de Al- cochete, têm ano após ano conquistado público e adeptos que nesta época já as não dispensam. (Ver na página 6 programa completo e mais noticias ) Mamata «■MBHKsaa IX Nos últimos anos a média tem sido de 11,4. Quando este valor au- menta quer dizer que o mi- lho está barato e os porcos estSo bem pagos ; quando diminue significa que o milho está caro e os porcos baratos. Ao dar-se esta circuns - tância o produtor reduz o ■júmero de porcas na época de criação imediatamente a seguir assim 12 a 18 pieses O problema da cràvíira do sui Realizou-se no passado dia 20, uma reunião nesta pro- priedade a que assistiram além dos seus proprietários Família Vieira da Cruz, os Rendeiros e 0 Sr. José da S ih a Leite, Presidente do Município de Montijo que em representação do Sr. Go- vernador Civil, impossibili- tado de comparecer por afa- zeres importantes e inadiá- veis, apresentou aos pt esentes uma solução conciliatória para satisfação de ambas as partes em litígio. O assunto que vai ser estudado pelos interessados, será de novo revisto em próxima reunião em que estarão presentes qua- tro rendeiros os Srs. Antó- nio S i m õ e s dos Santos, Francisco Martins da Silva, António José Machado e Manuel Constantino, que constituem a comissão no- meada para tratar 0 assunto e um representante da fa - mília Vieira da Cruz. Aguarda-se co/n interesse a solução do caso, que ca- rece urgência pois está che- gada a época de pagamento de novas rendas. Médicos Crónicas irrequietas Invasão de escalracho v O nosso país, e a possa língua, e os nossos costumes, — quase toda a nossa vida, afinal — , sofrem desta inva- são constante que nos de- prime e modifica as caracte- rísticas originais. Isto não é de hoje, nem de ontem; já vem de longe. Sempre tivemos g r a n d e tendência para a imitação, esquecendo o que é nosso, genuinamente nosso. Nos últimos tempos, porém, esta doença aumen- tou e toma aspectos epidé- micos. E não percebo, com fran- queza, a razão deste fenó- meno. Não é porque toda a me- xerufada que vem de fora seja melhor. Em muito casos é até pior.. • Será, talvez, porque pa- rece mais chique, mais da moda, mais smart, porque dá certo tom á fibra... Ora cada um deve ser como é e não como os ou- tros são. Chama-se a isto «ter personalidade», e pelo da Seiva Dr. Cabral Adão (Continuação do número anterior) A SUIN 1 CULTURA NOS fSIADOS UNIDOS (fsHcial para «A Província» - Do College Station - Texas - U. S. A.) pelo Dr. Ramiro Ferrão mais tarde o número de ca- beças apresentados para venda é consideràvelmente reduzido. Se bem que outros facto- res possam influenciar a produção em menor ou maior grau considera-se que nos E. U. a relação do preço do porco/milho é o principal responsável pelas curvas de preços que se (Continua na página 7 ) A cultura arvense, nesta região de clima seco, conse- gue-se tirando partido da época das chuvas. Até fins de Abril as forragens cres- cem, 0 Verde atinge a pu- jança. Depois, antes que sequem rápidamente, toca a ensilar 560 toneladas de ali- mento para 0 gado. Enquanto nas propriedades de Volta, 0 uso é cultivar milho, trigo, aveia ou centeio durante um ano, e abandonar a terra du- rante sete anos (pousio), aqui, no Posto, faz-se uma rotação nas folhas de cul- tura durante oito anos (de Queremos a PRÀCÀ de toiros r Parece que as palavras escritas no último número, espevitaram um pouco os ânimos e ficou no ar a espe- rança de que continuando a nossa campanha, poderemos contribuir para que se apres- sem os meios ao alcance da (Continua na página 2 ) aveia aqui, de trigo além, de tremocilha adiante, de side- ração acolá, destinada, esta, a enterramento, para adubo, culturas sachadas mais lá) e deixa-se um só ano em pousio, que é, mesmo assim, uma pastagem natural me- lhorada. Falámos em tremocilha. Entre as aquisições moder- nas da agricultura de pastos, ela ocupa 0 lugar primacial, porque se julga ser, hoje, a planta que melhor pode Va- lorizar as areias pobres do pliocénico, especialmente pela forma decidida como contribui para 0 aumento da densidade pecuária. Quem não Viu ainda em qualquer terra bravia, uma erupção espontânea de pés verde-escuros, como os dos tremoços, e uma espécie de espinha de peixe elevando-se ao centro, com florinhas amarelas nos flancos? É essa, a tremocilha. Tremocilha e ovelha eis os poios mestres de apro- veitamento da região, de que se pretende fazer escola en- (Continua na página 6) nos fica bem defendê-la em todos os campos. O que nos fica mal, é «ter personali- dade» e perdê-la ou alterá- -la profundamente, com pro- pósito inconcebível, por tolice ou por vaidade. Chega a ser falta de patrio- tismo ! Ainda se tivéssemos ne- por Alvaro Valente cessidade imperiosa dessa invasão, por carência de ele- mentos, vá que vá; mas, se está mais que provada a nossa suficiente provisão, em quase todos os casos, não existe semelhante neces- sidade de tanto nos abas- tardarmos. Vamos ver alguns exem- plos : Quando alguém nos agradecia com um «muito obrigado», nós respondía- mos: Não há de quê» ou «não tem de quê». Que precisão havia de trocar essas frases portu- guesas pela palavra espa- nhola «nada», como res- posta ? Que precisão havia de trocar a s «ementas», o u «listas», de hotéis e restau- rantes pela palavra «menú» ? E que precisão havia de encher essas ementas, ou listas, de palavrões fran- ceses, ingleses, espanhóis, e americanos ? (Continua na página 7) Alcochete, Montijo e a Escola Técnica Foi com bastante aprazi- mento que trouxemos a pú- blico, no nosso jornal, 0 artigo sobre este assunto que 0 nosso confrade «A Voz de Alcochete» publicou no seu número 84. E dizemo-lo com bastante aprazimento porquanto, ' como um dos responsáveis pelas l.”5 démarches, é sem- pre agradável ver bom acolhimento às iniciativas que se tomam, mormente partindo elas de fontes até então julgadas hostis ou pelo menos alérgicas ao pro- gresso da nossa terra! Sabemos perfeitamente que a criação da Escola Téc- (Coatinoa na página 2)

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preço 1$00 Quinta-feira, 11 de Agosto de 1955 Ano I N.° 23

í S S ' , * “ ® * 1

I N F O R M A Ç Ã O •• C U L T U R A . . R E C R E I O

Proprietário, Administrador e fditor

v. s. M O T T A PINTOREDACÇÃO E ADMINISTR AÇÃO — RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A

--------------------------- M O N T I J O ------------------------ —COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX- - MONTIJO

D I R E C T O R

R U Y D E M E N D O N Ç A

De 13 a 1S de Agosto

realizam-se em ALCOCHfTfAs festas do Barrete Verde e das Salinas

F e s ta s c a r a c te r is t ic a m e n t e r ib a t e ja n a s , o r g a n iz a d a s p e lo A p o s e n to do B a r r e te V e r d e co m o p a tr o c ín io da C â m a ra M u n ic ip a l d e A l­c o c h e te , têm a n o a p ó s a n o c o n q u is ta d o p ú b lic o e a d e p to s q u e

n e s ta é p o ca j á a s n ã o d is p e n s a m .

(Ver na página 6 program a com pleto e m ais noticias)

Mamata «■MBHKsaa

IX

Nos últimos anos a média tem sido de 11,4.

Quando este valor a u ­menta quer dizer que o mi­lho está barato e os porcos estSo bem pagos ; quando

diminue significa que o milho está caro e os porcos baratos.

Ao dar-se esta circuns­tância o produtor reduz o ■júmero de porcas na época de criação imediatamente a seguir assim 12 a 18 pieses

O problema da

c r à v í i r a d o s u iRealizou-se no passado dia

20, uma reunião nesta pro­priedade a que assistiram além dos seus proprietários Família Vieira da Cruz, os Rendeiros e 0 Sr. José da S ih a Leite, Presidente do Município de Montijo que em representação do Sr. Go­vernador Civil, impossibili­tado de comparecer por afa­zeres importantes e inadiá­veis, apresentou aos pt esentes uma solução conciliatória para satisfação de ambas as partes em litígio. O assunto que vai ser estudado pelos interessados, será de novo revisto em próxima reunião em que estarão presentes qua­tro rendeiros os Srs. Antó­nio S i m õ e s dos Santos, Francisco Martins da Silva, António José M a c h a d o e Ma n u e l Constantino, que constituem a comissão no­meada para tratar 0 assunto e um representante da fa ­mília Vieira da Cruz.

Aguarda-se co/n interesse a solução do caso, que ca­rece urgência pois está che­gada a época de pagamento de novas rendas.

M é d i c o s

Crónicas irrequietasInvasão de escalracho

vO nosso país, e a possa

língua, e os nossos costumes,— quase toda a nossa vida, afinal — , sofrem desta inva­são constante que nos de­prime e modifica as caracte­rísticas originais.

Isto não é de hoje, nem de ontem; já vem de longe. Sempre tivemos g r a n d e tendência para a imitação, esquecendo o que é nosso, genuinamente nosso.

Nos últimos t e m p o s , porém, esta doença aumen­tou e toma aspectos epidé- micos.

E não percebo, com fran­queza, a razão deste fenó­meno.

Não é porque toda a me- xerufada que vem de fora seja melhor. Em muito casos é até p io r .. •

Será, talvez, porque pa­rece mais chique, mais da moda, mais smart, porque dá certo tom á f i bra. . .

Ora cada um deve ser como é e não como os ou­tros são. Chama-se a isto «ter personalidade», e só

pelod a S e ivaDr. Cabral Adão

( C o n t i n u a ç ã o d o n ú m e r o a n t e r i o r )

A SUIN1CULTURA

NOS f S I A D O S UNIDOS(fsHcial para «A Província» - Do College Station - Texas - U. S. A.)

pelo Dr. Ramiro Ferrão

mais tarde o número de ca ­beças apresentados p a r a venda é consideràvelmente reduzido.

Se bem que outros facto­res possam influenciar a produção em m e n o r ou maior g r a u considera-se que nos E. U. a relação do preço do porco/milho é o principal responsável pelas curvas de preços que se

(Continua na página 7 )

A cultura arvense, nesta região de clima seco, conse­gue-se tirando partido da época das chuvas. Até fins de Abril as forragens cres­cem, 0 Verde atinge a pu­jança. Depois, antes q u e sequem rápidamente, toca a ensilar 560 toneladas de ali­mento para 0 gado. Enquanto nas propriedades de Volta, 0 uso é cultivar milho, trigo, aveia ou centeio durante um ano, e abandonar a terra du­rante sete anos (pousio), aqui, no Posto, faz-se uma rotação nas folhas de cul­tura durante oito anos (de

Queremos aPRÀCÀ de toirosr

Parece que as palavras escritas no último número, espevitaram um pouco os ânimos e ficou no ar a espe­rança de que continuando a nossa campanha, poderemos contribuir para que se apres­sem os meios ao alcance da

(Continua na página 2 )

aveia aqui, de trigo além, de tremocilha adiante, de side- ração acolá, destinada, esta, a enterramento, para adubo, culturas sachadas mais lá) e deixa-se um só ano em pousio, que é, mesmo assim, uma pastagem natural me­lhorada.

Falámos em tremocilha. Entre as aquisições moder­nas da agricultura de pastos, ela ocupa 0 lugar primacial, porque se julga ser, hoje, a planta que melhor pode Va­lorizar as areias pobres do p l i o c é n i c o , especialmente pela forma decidida como contribui para 0 aumento da densidade pecuária.

Quem não Viu ainda em qualquer terra bravia, uma erupção espontânea de pés verde-escuros, como os dos tremoços, e uma espécie de espinha de peixe elevando-se ao centro, com florinhas amarelas nos flancos? É essa, a tremocilha.

Tremocilha e ovelha eis os poios mestres de apro­veitamento da região, de que se pretende fazer escola en-

(Continua na página 6)

nos fica bem defendê-la em todos os campos. O que nos fica mal, é «ter personali­dade» e perdê-la ou alterá- -la profundamente, com pro­pósito inconcebível, p o r tolice ou por vaidade.

Chega a ser falta de patrio­tismo !

Ainda se tivéssemos ne-

p o r

Alvaro Valente

cessidade imperiosa dessa invasão, por carência de ele­mentos, vá que vá; mas, se está mais que provada a nossa suficiente provisão, em quase todos os casos, não existe semelhante neces­sidade de tanto nos abas- tardarmos.

Vamos ver alguns exem­plos :

— Quando alguém n o s agradecia com um «muito obrigado», nós respondía­mos: Não há de quê» ou «não tem de quê».

Que precisão havia de trocar essas frases portu­guesas pela palavra espa­nhola «nada», como res­posta ?

Que precisão havia de trocar a s «ementas», o u «listas», de hotéis e restau­rantes pela palavra «menú» ?

E que precisão havia de encher essas ementas, ou listas, de palavrões fran­ceses, ingleses, espanhóis, e americanos ?

(Continua na página 7)

Alcochete, Montijo e a Escola Técnica

Foi com bastante aprazi- mento que trouxemos a pú­blico, no nosso jornal, 0 artigo sobre este assunto que 0 nosso confrade «A Voz de Alcochete» publicou no seu número 84.

E dizemo-lo com bastante aprazimento p o r q u a n t o ,

' como um dos responsáveis pelas l.”5 démarches, é sem­pre a g r a d á v e l ver bom acolhimento às iniciativas que se tomam, mormente partindo elas de fontes até então julgadas hostis ou pelo menos alérgicas ao pro­gresso da nossa terra!

S a b e m o s perfeitamente que a criação da Escola Téc-

(Coatinoa na página 2)

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M O N T I J O

AGUACAMPILHO

A f S C O L A T É C N I C A Bombeiros Voluntários(Continuação da prim eira página)

nica em Montijo, em muito virá beneficiar o Visinho Concelho de Alcochete, mas sabemos também que, ape­sar desse interesse, ele po­deria ser sacrificado em au- locasto a outros interesses retrógados, como muitas e tantas vezes se verifica.

E por isso nos aprás re­gistar essa incondicional, e cremos que sincera, adesão do nosso colega, que se não traduz fielmente o pensa­mento da t ot al i dade dos alcochetanos, é pelo menos o porta-voz dos responsá­veis pelo desenvolvimento da sua terra. As palavras judiciosas que o seu autor faz transparecei no seu edi­torial, representam o grito duma terra que anseia pelo progresso e de cujas quali­dades naturais faz eco, sem contudo menosprezar as dos seus visinhos, conforme o demonstra numa das passa­gens do seu escrito.

É assim que co m p reend e­mos a «política da b o a Visi- nhança» e não com politi- quices tão useiras e vesei- ras e que só prejudicam não só as am izades oficiais como a té as particulares.

Desejaríamos que fosse esse artigo o preambulo du­ma futura boa compreensão entre os velhos e visinhos concelhos, e que amanhã num outro Editorial «A Voz de Alcochete» escolhesse para seu fecho, o seguinte período: Em tudo quanto necessário, o concelho do Montijo conta com a nossa

«A P r o v ín c ia » — N .° 23 — 11/8/955

C O M A R C A DE M O N T I J O

AnúncioP e lo J u iz o d e D ir e ito da c o m a r c a

d e M o n t i jo , s e faz s a b e r q u e se a c h a d e s ig n a d o o d ia 13 d e O u tu ­b r o , p e la s 10 h o r a s , p a ra a a r r e m a ­ta ç ã o , e m h a s ta p ú b lic a , em 2. a p r a ç a , d o im ó v e l a d ia n te m e n c io ­n a d o , p e n h o ra d o n a E x e c u ç ã o H ip o te c á r ia q u e E d u a r d o M a rq u e s d e L im a m o v e c o n t r a Alberto Júlio dos Santos e m ulher, p ara p a g a m e n to da q u a n tia d e 2 7 .4 3 4 $ 3 0 .

IM Ó V E L A A R R E M A T A R

« U m a c a s a d e r é s -d o - c h ã o , co m 4 d iv is õ e s e q u in ta l , s itu a d a n a V in h a d a s P e d r a s ou C a r v a lh e ir a , f r e g u e s ia d e A lh o s V e d ro s , d e sta c o m a r c a , d e s c r ita n a C o n s e r v a tó r ia do R e g is to P r e d ia l , d e sta c a m a r c a , s o b o n .° 1 1 8 6 0 a f ls . 122 v .° d o L iv r o B - 3 2 e in s c r it a n a m a tr iz r e s p e c t iv a s o b o a r l .° 8 0 1 e q u e v a i à p r a ç a p e lo v a lo r d e 1 9 .4 4 0 S 0 0 .

M o n t i jo , 30 de J u lh o d e 1955

O C h e fe da l . a S e c ç ã o , a) António Paracana

V e r if iq u e i a E x a c t id ã o :O J u iz de D ir e i to ,

a) Josè M aria Pereira de Oliveira

inteira solidariedade» para que nós montijenses lhes correspondessemos da mes­ma forma!

No entanto e por enquanto nos basta a sua solidarie­dade a bem duma causa que, embora de maior realce para Montijo, traz o progresso e o interesse a ambos os con­celhos.

Julgamos estarem de para­béns, todos aqueles que se interessam pela criação du­ma Escola Técnica em Mon­tijo por esta adesão extra- -muros.

José Estevão

[ ..SALVO QUÂMDQ A LUZ E

LUMIARA LAMPADA GiUE NAO ENGANA

José Teodósio da Silva( H e rd e ir a )

Fábrica fundada em 1900 (em edi­fício próprio)

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Praça da República—M O N TIJO

D E M O N T I J O

Queremos aprácà d í toirosi(Continuação da í . a página)

comissão p a r a a b r e v i a r quanto possível os entraves postos à realização do pro­jecto.

Agora que a Comissão já sabe oficialmente que o pro­jecto não foi aprovado pois carece de algumas modifica­ções, julgamos inoportuno estar com lamentos e des­confianças, e se por certo o que interessa é executar, nada há a fazer senão ràpi- damente cada um cuidar de procurar saber o que é pre­ciso alterar.

E estamos certos de que feitas as alterações e entre­gue o projecto a quem de direito, tudo ficará por fim resolvido.

Os Bombeiros Voluntá- rios de Montijo, devido a alguns jactos que tem che­gado atè esta Corporação, vêm-se na necessidade de vir publicamente defenderem se de algumas acusações que gratuitamente lhes fazem, pedem-nos que sejamos nós a esclarecer os jactos e a chamar a atenção do público Para os últimos aconteci­mentos na Casa Branca. Gostosamentb o jazemos.

Cumpre-nos em primeiro lugar esclarecer o bom povo do Montijo, que o Bombeiro, quer pelos seus regulamentos, quer pela noção de vida que tem, nunca pode ser mal­criado para quem quer que seja, mas, o que ele não pode, ê estar à mercê de qualquer energúmeno, que sem a m í­nima noção de respeito pelo próximo, o pretenda agredir ou ojende-lo, no que ele tem de mais sagrado a sua honra, e a sua farda.

No desejo de bem cumprir a divisa de Bombeiro «de vida por vida», e porque sabe que possui material de­ficiente para o cumprimento do seu dever, a Comissão A n g a r i a d o r a de Fundos para renovação de material, dirigiu-se a sua Ex.a o Sr. Comandante da Base Aérea n.° 6, solicitando-lhe a ce­dência de uma parcela da inata junto à praia, próximo da Casa Branca, para ali proporcionar bailes, e ex­plorar um bufete, a que amàvelmente, e por se tratar da Corporação dos Bombei­ros Voluntários do Montijo sua E x.a, acedeu, dando-lhes a devida autorização, pelo que publicamente esta Cor­poração lhe envia os seus mais c a l o r o s o s agradeci­mentos. Todavia, esta ce­dência, implica responsabili-

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UMA CA NE T A PARA ESCREVER MELHOR

dades para a Corporação dos Bombeiros:

1.°) Conservar o local sempre limpo.

2.°) Evitar quebra das árvores da mata; e manter a devida ordem naquele local.

Assim, nos dias úteis os B o m b e i r o s deslocam.se àquele local para proceder à limpesa dos detr itos deixados pelos frequentadores aos Do­mingos.

A Comissão Angariadora de bundos para a renovação de material dos Bombeiros Voluntários de Montijo, con­tinua, a proporcionar ao povo de Montijo, bailes e pic-nics, na Praia da Casa Branca, solicitando o auxilio de todos, mas pedindo também, um pouco de compreensão para as responsabilidades que a amável cedência de sua Ex.“ o sr. Comandante da Base Aérea n.° 6 acarreta para os Bombeiros Voluntários de Montijo.

Exames de aptidão para a regência de postos escolares

C o n fo rm e o d e te r m in a d o n o De­c r e to n .° 2 5 .7 9 7 , d e 2 8 -8 - 3 5 e P or­ta r ia n .° 8 .7 6 6 , d e 2 - 8 - 3 7 , os exa­m es d e a p tid ã o p a ra a r e g ê n c ia de p o s to s e s c o la re s te r ã o in íc io em 6 de O u tu b r o p ró x im o .

S ã o a d m itid o s às su a s provas, q u e te rã o lu g a r n as se d e s dos d is t r i to s e se a c h a m r e g u la m e n ­tad as p e la P o r ta r ia n .° 8 .7 3 1 , de 3 1 -4 -9 3 7 , o s in d iv íd u o s do sexo m a s c u lin o co m p e lo s m e n o s de 20 a n o s e n ão m a is d e 4 5 , e d o sexo fe m in in o c o m o m ín im o de 18 e o m á x im o d e 4 5 , se n ã o tiv erem s id o re p ro v a d o s d e p o is d e 6 A bril ú lt im o .

A id a d e m ín im a le g a l p o d e ser c o m p le ta d a a té ao p r im e ir o dia d as p ro v a s .

A a d m is s ã o a e s te s e x a m e s é r e q u e r id a p e r a n te a D ir e c ç ã o d:> D is tr i to E s c o la r d a r e s id ê n c ia dos c a n d id a to s p o r m e io d e boletim m o d e lo 6 3 3 , do c a tá lo g o -D iv e rs o s d a Im p re n s a N a c io n a l, acom p a­n h a d o da c e r t id ã o d e n ascim en to , a te s ta d o d e r e s id ê n c ia , c e r t id ã o de a p ro v a ç ã o n o e x a m e do 2 .° g rau e d a d e c la r a ç ã o a q u e se re fe re o D e c r e to 2 7 .0 0 3 .

O p ra z o p a ra a e n tr e g a destes d o c u m e n to s é e s te a n o , e x c e p c io ­n a lm e n te , de 1 a 15 de Agosto.

P N E U S

M a b o rAGENTES

TAMARCA, Lda.Telef. 026152 MonHjo

Vende-se em Montijo na R E P A L , L .DA

Praça Gomes freire de Andrade, 22Tslafon* 036 378

Fotografia■ L U C Y j(JUNTO AO CASINO)

Fotografias em todos os géneros

R . D r . R u y R a m o s , 11

T e l e f o n e 1 6 6

N A Z A R É

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11.8-955 ▲ PROVINCIA 3

N O T I C I A S D A S E M A N AcAgenda

Aniversários— D ia 8, fez u m a n o d e id a d e a

m enina M a ria M a rg a r id a G o u v e ia M oreira in t e r e s s a n te a filh a d a d o nosso re d a c to r S r . J o s é E s te v ã o da S ilv a C a r v a lh o .

— D ia 11, o m e n in o M a n u e l d o s Santos L o p o , f i lh o d o n o s s o a s s i ­nante s r . M a n u e l C a s t a n h e ir a L o p o .

— D ia 12, a m e n in a M a ria B e n - vinda C aria N eto , f i lh a do n o s s o am igo e a s s in a n te s r . F r a n c is c o Neto dos S a n to s .

— D ia 17 , a m e n in a M a ria J o s é M arques G e r v á s io g e n t i l s o b r in h a do n osso a s s in a n te s r . A n tó n io G on çalves d a S i lv a .

Visitas— D e u -n o s o p r a z e r da su a v i ­

sita no p assad o d ia 4 o s r . T e n e n t e A gostinh o da C o s t a F ig u e ir a , nosso m u ito d e d ic a d o c o la b o r a d o r e am igo q u e d e sd e o in íc io d o nosso jo r n a l se te m m o s tr a d o in ­cansável a u x i l ia r n a p ro p a g a n d a de <A Provincia» em e s p e c ia l n o Fundão, t e r r a o n d e r e s id e e n a qual goza d e a lto p r e s t íg io , n ã o só pelos c a rg o s p ú b lic o s q u e d e s e m ­penhou c o m o p e lo se u f in o t r a to e ▼alor in t e le c tu a l .

G ratos p e la h o n r a d a v is i ta , n o s co n fessam os.

— T e v e a g e n t ile z a d e p e s s o a l­m ente n o s v i r a g r a d e c e r a s r e f e ­rências fe ita s n o n o s s o ú lt im o n ú ­m ero, o s r . M a jo r M á rio d o s S a n ­tos A n in o . S u a E x .a n e n h u n s a g ra d ec im en to s n o s d e v e , p o is n ã o fizem os m a is d o q u e a n o s s a o b r i ­gação. O s f i lh o s d e s ta te r r a q u e pelos seu s p r e d ic a d o s d e v a lo r se elevam n a so c ie d a d e p o r tu g u e s a ao n ív e l a q u e p r e s e n te m e n te c h e ­gou o s r . M a jo r M á rio A n in o , sã o cred ores da e s t im a e c o n s id e r a ç ã o de todos o s se u s c o n t e r r â n e o s . Não fizem o s m a is d o q u e m a n if e s ­tar p u b lic a m e n te o s s e n t im e n to s daqueles q u e s e s e n te m o r g u lh o s o s de o p o d er a p o n ta r c o m o m o n t i ­je n se i lu s t r e q u e é.

Férias— R e g re sso u da C u r ia , a c o m p a ­

nhado d e su a E x . ma E s p o s a , o s r . José A u g u sto S im õ e s d a C u n h a , Ilu stre s e c r e tá r io da m e s a d a S a n ta Casa da M is e r ic ó r d ia d e M o n t i jo e nosso d e d icad o c o la b o r a d o r .

— P a ra a F ig u e ir a d a F o z , p a r t iu 0 sr. d r . J o s é M a r ia G o n ç a lv e s G u e r r a , a c o m p a n h a d o d e su a E x .ma E s p o sa e f i lh in h o , e m g o z o de m e re c id a s fé r ia s .

— P ara A lc o b a ç a , o n o s s o q u e ­rido a m ig o , e s c r i t o r e jo r n a l i s t a s r . Alvaro V a le n te a c o m p a n h a d o d e sua E x .ma E s p o s a .

~ P ara a C o ló n ia d e F é r ia s da F. N. A. T . o n o s s o d e d ic a d o a s s i ­nante s r . O r la n d o G o n ç a l v e s «ornes e fa m ília .

~ P a ra a N a z a ré o E x . mo s r . d r . C ristiano L e i t e d a C r u z e su a E x-ma fa m ília .

— P a ra C a n a s d e S a b u g a l B e ir ap a r t iu p a ra fé r ia s , o n o s s o

assin ante , s r . N o r b e r to M a r t in s soares.

—• S e g u iu a c o m p a n h a d o d e su a •x.ma fa m ilia p a ra o C a r a m u lo , r> D r. A v e lin o J o s é da R o c h a B a r - osa, i lu s t r e m é d ic o m o n t i je n s e ,

anm de e s t a g ia r d u ra n te a lg u m e™p0 n u m d o s s a n a tó r io s d a q u e la L a n cia d e re p o u s o .

A to d o s d e s e ja «A P r o v ín c ia » ■erias fe liz e s .

P r o |. Jo a o D ia i M onteiro flntÓflio Pestana

p n e u s

M AB O RAgência oficial:

Viuva & filhos de Román Saachez

A b a n d o n o u o c a r g o d e C h e fe de R e d a e çã o e E d ito r do jo r n a l «/I Voz de Palm eia» o s r . P r o f . J o ã o D ia s M o n te ir o , q u e te v e a g e n t i ­le z a d e n o s a p r e s e n ta r c o r d ia is c u m p r im e n to s d e d e sp e d id a .

«A P r o v ín c ia » la m e n to o se u a fa s ta m e n to fa z e n d o v o to s p e lo se u re g r e s s o ã im p r e n s a r e g io n a l is t a , p o is m u ito h á a e s p e r a r da su a a c ç ã o d in â m ic a e e s p ír i to lú c id o d e p r o fe s s o r c o m p e te n te .

O s r . P r o f . J o ã o D ia s M o n te ir o , c o n t in u a a te r n e s te jo r n a l as m e s m a s fa c il id a d e s e s im p a tia q u e s e m p r e d is f r u to u q u a n d o e d ito r d e «A V o z d e P a lm e ia » .

F a le c e u n o p assad o d ia 27 de J u lh o o s r . A n tó n io P e s ta n a d e 5 5 a n o s d e id a d e e c h e fe d e s e c ç ã o d o s B o m b e ir o s V o lu n tá r io s d e M o n t i jo .

O e x t in t o q u e se a l is ta r a n a c o r p o r a ç ã o em 10 d e A b r r i l d e 1 9 2 5 , fo i s e m p r e u m b o m b e ir o c o m p e ­te n te , d is c ip lin a d o e e n é r g i c o , te n d o n o s se u s 3 0 a n o s d e s e r v iç o a c t iv o , r e c e b id o v á r io s lo u v o re s e ',d is t in ç õ e s .

A o E x mo S r .

losé da Silva LeiteA s fa m ília s d as c r ia n ç a s q u e

f r e q u e n ta r a m o 1 .° tu r n o da su a C o ló n ia B a ln e a r 1 v êm p o r e s te m e io a g r a d e c e r m u ito íe c o n h e c id a m e n le a S u a E x .a to d o o c a r in h o e b e m - -e s ta r q u e se d ig n o u p r e s ta r a o s se u s f i lh in h o s e p a re n te s .

Q u e D e u s lh e p a g u e .

M o n t i jo , 3 d e A g o s to d e 195 5

EspectáculosC a r t a z d a S e m a n a

C IN E P O P U L A R

5 .8- fe ir a , 1 1 ; (1 8 a n o s ) « H o u d in i , o G r a n d e M á g ic o » c o m « B r a s a V iv a » .

S á b a d o , 1 3 ; (1 3 a n o s ) «O R a p a z A tó m ic o » c o m « B a r r e ir a s S a n ­g r e n ta s » .

D o m in g o , 1 4 ; (1 8 a n o s ) « F á c i l d e A m a r» .

2 .a- f e ir a , 1 5 ; (1 8 a n o s ) « D ir e i to à V id a » c o m « C o n tin u o a E s p e r a r te »

C IN E M A l .o D E Z E M B R O

S á b a d o , 1 3 ; (1 8 an os,) « Q u a n d o tu le r e s e s ta c a r ta » c o m « 1 3 .° H o ­m e m » .

D o m in g o , 1 4 ; (1 3 a n o s ) «O E s ­c u d o N e g ro » e m C in e m a S c o p e .

2.a- f e ir a , 1 5 ; ?4 .a- f e i r a , 1 7 ; (1 8 a n o s ) « A n n a

À m o n » (a h is tó r ia d e u m a m o r p r o ib id o ) c o m « M é x ic o e m F e s ta » .

(ine Teatro São JoãoP A L M E L A

E n c o n t r a - s e e n c e r r a d a e s t a ca s a d e e s p e c tá c u lo s r e a b r in d o em S e t e m b r o co m n o v a a p a r e lh a ­g e m e u m a c o m p le ta e p e r fe ita in s ta la ç ã o p a ra C in e m a S c o p e .

O chefe de secção dos B. V. M. sr. António Pestana

O se u fu n e r a l q u e se re a liz o u n o d ia s e g u in te p a ra o c e m ité r io d a n o s s a v ila , fo i b e m a m a n ife s ­ta ç ã o s e n tid a d e q u a n to s o e s t im a ­v a m e v ia m n e le u m b o m a m ig o e s in c e r o id e a lis ta — p e la c a u sa do B o m b e ir o .

V á r ia s c o r p o r a ç õ e s a b o m g e s to se f iz e r a m r e p r e s e n t a r n o fu n e r a l , ta is c o m o o s V o lu n tá r io s de P in h a l N o v o , A lc o c h e te , M o ita e M u n d e t.

«A P r o v ín c ia » a p r e s e n ta s e n tid a s c o n d o lê n c ia s à fa m íl ia do e x t in t o a s s im c o m o à C o r p o r a ç ã o de q u e fa z ia p a r te .

V E N D E - S EP ré d io d e r e n d im e n to n a ru a do

ca e s . T r a t a r c o m A m a d e u A u g u sto d o s S a n to s .

0 VI aniversário daSociedade Recreativa

Áito das Vinhas GrandesEsta popular colectiv idade,

que tãó ú teis serv iços tem prestado ao Bairro onde està situada, pois que além de acção recrea tiv a exerce uma in teressan te f u n ç ã o benefi­cente, es ta rá em festa de 14 a 21 do corrente, pois com em ora o seu 6.° an iversário .

O program a variado e in ­teressante é o seg u in te :

D om ingo, 14 de Agosto.Às 7 horas, alvorada ; ás 13

horas, concentração da Di­recção e C om issão; às 14 horas, ab ertu ra da Q u erm esse; à s 15 horas, apresentação do pau ensebado com um bom pré­m io ; às 16 horas, uma g ran ­diosa M atinée abrilhantada por uni dos m elhores con ju n ­tos m usicais «Unidos do Jazz» do Alto E stan q u eiro ; às 12,30 horas, Sessão S o le n e ; às 21 horas, uma grandiosa Soirée pelo m esm o con junto .

Dom ingo, 21 de AgostoProssegu into das festas de

novo com um program a duplo.A’s 7 horas, alvorada ; às 12

horas, concentração da Di­recção e C om issão ; às 13 horas, corrid a de bicicletas para tirar fitas e ç a r t ir panelas com um bom p rém io ; às 14 horas, ab er­tu ra da Q u erm esse ; às 15 ho­ras, Sessão S o le n e ; à s 15,30 horas, corrid a de s a c o s ; à s 16 horas, duas equipas, Benfica e Sp ortin g no ag arra -te se podes, e Bailes de tarde e á noite abrilhantados por «Uni­dos do Jazz» do A lto E stan ­queiro.

«A Província» agradece o convite que lhe foi dirigido e deseja à p restig iosa co lectiv i­dade assim com o aos seus di­rigentes um larg o futuro cheio de êx ito s e felicidades para poderem com o atè aqu i con ti­nuar a tra b a lh a r a bem do seu b a irro e de M ontijo.

M O N T I J O 0 n o vo posto da P . S. P .« Q u in ta d a C a n e ir a » . V e n d e -s e

e s ta p ro p rie d a d e co m c e r c a d e 11 h e c t a r e s . T r a t a J o ã o L o p e s de F i ­g u e ire d o t e l e f o n e 0 2 7 1 3 6. A L C O C H E T E

Precisa-seM u lh e r de m e ia id a d e p a ra s e r ­

v iç o s le v e s .R e s p o s ta a e s ta R e d a c ç ã o .

Agradecimento EmpregadaO C o m a n d o d o s B o m b e ir o s V o ­

lu n tá r io s d e M o n t i jo , a g r a d e c e às C o r p o r a ç õ e s d o s B o m b e ir o s V o ­lu n tá r io s d o P in h a l N o v o , A l ­c o c h e t e , e da M o ita , e à C o r p o r a ­ç ã o P r e v e n t iv a da M u n d e t, e a to d a s a s p e s s o a s q u e s e in c o r p o r a ­ra m n o d ia 2 8 p e la s 1 5 h o r a s d o m ê s f in d o , n o fu n e r a l do c h e fe d e d iv is ã o d e s ta C o rp o ra ç ã o , s r . A n ­tó n io P e s ta n a .

Círio Novo da Atalaia

T iv e r a m a g e n t ile z a d e v i r à n o ssa r e d a c ç ã o a p r e s e n ta r c u m p r i­m e n to s , o s c o m p o n e n te s d e s t e c o n h e c id o C ír io d o q u a l é P r e s i ­d e n te o n o s s o d e d ica d o a s s in a n te e a m ig o s r . J o s é D o m in g o s M ira n d a d a J a r d ia .

0 C ír io N ov o d a A ta la ia , e s ta r á e s te a n o c o m o d e c o s tu m e , p r e s e n te n a g r a n d e r o m a r ia te n d o in ic ia d o n a p a ssa d a 3 .a- f e ir a a su a c o lh e i ta d e d o n a tiv o s , p e la v ila a o so m da c a r a c te r ís t ic a g a ita d e fo le s . G r a to s p e la v is i t a e . . . D o m in g o 2 8 lá e s ta m o s .

C o m m a is d e 18 a n o s e a p r e s e n ­ta ç ã o , p r á t ic a d e b a lc ã o p a s te la r ia .

N e s ta R e d a c ç ã o s e in f o r m a .

P a d a r i aV e n d e - s e , C r u z a m e n to d e P e ­

g õ e s . C o n su m o 8 0 sa c . t ip . c o r ­r e n t e e 1 5 t ip . e s p e c ia l .

In fo r m a n e s ta R e d a c ç ã o .

AgradecimentoM a n u e l d os S a n to s T a n e c o , te n d o

s id o s u b m e tid o a u m a in te r v e n ç ã o c i r ú r g ic a em 20 p. p . v e m p o r e s te m e i o a g r a d e c e r r e c o n h e c id o a to d a s as p e s so a s q u e s e in t e r e s ­s a ra m p e lo se u e s ta d o d e sa ú d e .

c r i a d a ”P r e c is a - s e p a ra to d o o s e r v iç o .

B o m o rd e n a d o .In fo rm a n e s ta R e d a c ç ã o .

E s te v e n a p a ssa d a 5 .3 fe ir a em M o n t i jo , o s r . C o m a n d a n te D is t r i ­ta l d a P . S . P . s r . C a p itã o M a n u e l F i l ip e M e x i a q u e p r o p o s ita d a ­m e n te se d e s lo c o u à n o s s a v ila a fim d e v is i t a r as n o v a s in s ta la ­ç õ e s p a ra o P o s to lo c a l.

S u a E x .a q u e fo i a c o m p a n h a d o n a su a v is i ta p e lo s r . J o s é da S i lv a L e i t e , P r e s id e n t e d a C â m a ra e p e lo s r . l . ° S u b - c h e f e R o g é r io F e r r e i r a da S i lv a C o m a n d a n te d o P o s to lo c a l , c o n c o r d o u c o m a t r a n s f e r ê n ­c ia d o s s e r v iç o s p o l ic ia is p a ra o n o v o e d if íc io n a ru a M ig u e l P a is , m a n ife s ta n d o ta m b é m a o p in iã o d e q u e d e v e s e r a u m e n ta d o , o n ú ­m e r o d e g u a r d a s e m s e r v iç o n e s te P o s to .

F in d a a v is ita o s r . C a p itã o M a n u e l F i l ip e M e x ia , r e t i r o u p ara S e tú b a l b e m im p re s s io n a d o .

BAILESOrfanato

R ealiza-se no próxim o Sá ­bado 13, um grandioso baile abrilhantado pelo C onjunto M usical «R eis aa A legria», le ­vado a efe ito pelo «Palm eiras Clube M ontijense de D espor­tos» para o qu al já d istribuiu convites.

No Dom ingo 14, realiza-se tam bém um grandioso baile abrilhantado por dois ex ce­lentes con ju n tos m usicais, «OsCariocas» e «Reis da Alegria».

Coisas que a c o n te c e m ...

mas n ão deviam acontecerF o m o s n o D o m in g o ao B a ile do

o r fa n a to p a ra o u v ir a « Orquestra Ligeira do Coliseu dos R e­creios».

C o m o n ó s , d e s lo c a r a m - s e a q u e le re c in to c e n te n a s d e p e sso a » d is ­p o s ta s a p a s s a r um b o c a d o de n o ite a g r a d á v e l ao so m d e u m a b o a o r q u e s tr a .

N ad a d isso a c o n te c e u , p e la razão s im p le s d e q u e a o r q u e s tr a c o n ­tr a ta d a fa lto u ao se u c o m p r o m is s o , e se fez à ú lt im a h o ra s u b s t i tu ir p o r o u tr a de m u ito m e n o r c a te g o ­r ia , c o m e le m e n to s r e c r u ta d o s à p re s s a p o r c a fé s e b o te q u in s , c o n s ­ti tu in d o u m g r u p o d e to c a d o r e s d is p o s to s a v i r a o M o n t i jo r e c e b e r ■a g r o s s a m a q u i a . . . q u e t in h a s id o e s t ip u la d a p a ra o s o u t r o s . . .

E v i e r a m . . . e le v a ra m m e s m o . . .P o is o s o r g a n iz a d o r e s d e s ta s

fe s ta s — Os R eis da A legria — v ít im a s d o p o u co e s c r u p u lo d a ­q u e le s q u e s e c o m p r o m e te r a m a v i r a M o n t i jo , to c a r à E s p la n a d a d o O r fa n a to , t iv e r a m q u e p a g a r p o r b o m , a q u ilo q u e o p ú b lic o o u v iu : — u m a o r q u e s t r a ( ? ) sem c o n ju n to , s e m r i t m o , se m r e p e r ­tó r io , se m a f in a ç ã o , se m u m m í­n im o d e c o n d iç õ e s p a ra a g r a d a r n u m a T e r r a o n d e fe liz m e n te se c o n h e c e m ú s ic a e s a b e a p r e c ia r d e v id a m e n te a a r te s u b lim e d o s so n s .

L a m e n ta m o s o q u e a c o n te c e u , n ã o só p e la fa lta d e c u m p r im e n to de u m c o n t r a t o e n tr e p r o f is s io n a is , c o m o p e lo d e s p r e s t íg io p a ra a o r ­g a n iz a ç ã o q u e a f in a l n ã o fo i c u l ­p ad a, m a s s im v í t im a ta l c o m o o p ú b l i c o . . .

C o is a s q u e a c o n t e c e m . . .

Banda DemocráticaT a m b é m e s ta c o le c t iv id a d e o fe ­

r e c e u n o D o m in g o n a su a e s p la ­n a d a m a is u m a n im a d o b a ile , co m d u as o r q u e s tr a s b e m c o n h e c id a s e d e c r é d ito s f ir m a d o s « O r q u e s t r a , O s R ib a te ja n o s » d e M o n ti jo e «O s R iv a l is ta s » d a M o ita .

B o m a m b ie n t e , m u ito p ú b lic o a a s s is t ir , m a s p o u c o s p a re s a d a n ç a r . E p e n a q u e o e s f o r ç o d isp e n d id o p e la c o m is s ã o o r g a n iz a d o r a d e ste s B a i le s , n ã o s e ja c o n v e n ie n te m e n te c o m p re e n d id o e a u x il ia d o p elo s q u e g o s ta m d e d a n ç a r .

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Page 4: O problema da realizam-se em ALCOCHfTf · Júlio dos Santos e mulher, para pagamento da quantia de 27.434$30. IMÓVEL A ARREMATAR «Uma casa de rés-do-chão, com 4 divisões e quintal,

4

Q la fa iia da a ida

De quando em quan doPorque é que eu sou Poeta ?!...

F iz uma quadra um dia Que teve a honraria Dum prémio bom, ganhar; E alguém p’ra me pisar, Dizia . , impertinente'.«Que havia muita gente Por uma quadra, ter Composto, simplesmente,Julgava-se poeta ? ! . . . ». . . 7"alvez desse dizer,Ou dessa quadra apenas, Depois, sem eu saber Brotaram já centenas. . .

. , . E a quadra premiada Porque è que assim ã f i z ? .. Que em brilho iluminada Do prémio teve a palm a? . . . Alguém me disse um d ia :_Alguém a quem eu quizCom toda a minha alma! — «Você, que é afinal A s s i m . .. sentimental 1. . .Talvez se concorresse Um dia à Emissora Com verso, que escrevesse Nalguns jogos Floraes Ganhasse na poesia ! ? . . . » Na chama abrasadora Que sentem os mortaes Tentei ser sonhador. . .S ‘ct evi a quadra um dia,E tive a honraria Dum prémio de valor.

Depois nada custaram A s que a seguir eu fiz ,— E tantas já brotaram ! . . . Foi Deus que as inspirou, Por tudo o que criou Na vastidão do mundo.

Se a vontade persiste E o pensamento é livre,A quadra, podem crer,E simples de fazer,Desde que a alma vibre No sentimento fundo De tudo quanto é belo,E em tudo o mais que existe Que, Deus sonhando, cria Com seu saber profundo,. . . Eu vislumbro a Poesia :

Às minhas escassas leitoras

A suavisar um pouco a irreve­rência dos paiadoxaes concei­tos do «meu amigo Gastão».

Na sombra dum castelo Ao declinar do dia. . .No esvoaçar da ave Riscando o firmamento. . .No cântico suave Da água no açude,Assim como um lamento. ..Na pomba cujo ninho Um dia jo i desfeito P or alma torpe e rude.. ■No pobre viandante Ao fim do seu caminho Tombando sobre um leito.. .Na fuga dum instante Que roça p‘la quimera.. .No nome duma amante,Gravado em folha d’hera P ‘lo tempo ressequida. . .Nas cristas altaneiras Dos vagalhões do mar. . .Na nuvem impelida P ’lo vento, a ulular Nas folhas das palm eiras.. .No fulgido arrebal Das tardes outonaes.. .No Cantigo do sol ..No louro dos trigaes. ..Na luz da madrugada ■... . ,E em ‘special ainda'.Na obra mais divina De toda a criação ! . . .Na mul her! ! . . . Quando é linda,E d’alma peregrina E meiga sedução,Nada a ela se iguala! .. .P or isso em meu trovar,Enquanto Deus me der Alento p‘ra viver E um sopro de talento. . .Hei-de sempre cantá-la'.No talhe e na finura Da sua formosura. . .Na graça do sorriso. ..Na chama do olhar, . .Na voz terna e dolente.. .. . . E neSse encantamentoDe doce ParaísoQue para o meu cansaço,Cat idosamente Existe em seu regaço.

Manuel Giraldes da Silva

P A L A V R A S C R U Z A D A SH O R I Z O N T A I S : — C a m p e ã o ; c l im a ; a n te s

d e C r i s t o ; p o r c o . 2 — Q u e s e a p r e s e n ta co m q u a s e a c o n s is t ê n c ia d a p e d r a . 3 — L u g a r e s a n e x o s às fá b r ic a s de a ç u c a r p a ra g u a r d a r as c a n a s . 4 — L u la ; a v e de r a p in a . 5 — C h a m a is ; s u p lic a . 6 — F a m íl ia d e o r ig e m c o m u m ( E s c ó ­c ia ) , a fa v o r . 7 — T u m o r ; g r u ta . 8 — N o m e d e j m u lh e r : c u r s o s d e á g u a . 9 — O m e sm o q u e c o r o a s . 10 — P a r a r a m . 1 1 — P e r t e n c e s ; p r o n . p e s ; c a r ta de jo g a r ; p u ro .

V E R T I C A I S : 1 - P r o n . d e f ; s im b o lo q u í ­m ic o d o c h u m b o ; p a r te d o s m e m b r o s ; c a te - 3 d r a l . 2 — s o b r a n c e lh a s . 3 — L a m in a s d e m a ­d e ir a s , fe ita s p a ra c o m p r im ir u m a p a r te do 4 c o r p o q u e se d e s e ja m a n te r im ó v e l . 4 — D e s c id a ; q u e te m s a b o r p ic a n t e . 5 — S o b e r a n o ; c u lp a d o , g 6— e n g a n a r ía m o s . 7 — L a v r a : l ig a . 8 - C o s t u r e ; h a b ita n te s d u m p a ís c u jo s ta p e te s tê m g r a n d e fa m a . 9 F u g i . 10 — G é n e r o d e in s e c to s o r tó p - te r o s da fa u n a de A n g o la . 1 1 — A q u e le s ; b a tr á - q u io ; t r iu n fa d o r :;r u im .

P r o b e m i » I S . 0 19

8 9 10 11

6

Solução do problema n.° 18 8H O R IZ O N T A IS 1 — W e s t m in s t e r .2 - M o i;

m o . 3 — R o c a ; t i jo s . 4 - A s ; a g i u ; p o . f 5 — R i - v a lid a d e s . 6 — A n a. 7 — Im p e r a d o r e s . 8 — R e ; v a r e ; sa . 9 — A s m a ; is c a . 1 0 — R a ; r ia . 1 1 — 10 S h a k e s p e a r e .1” : V E R T I C A I S : 1 — M a r ; i r a is . 2 — E m ; s ia - n m e s . 3 — S o r ; m o a . 4 — T i o ; e v a . 5 C a la r a ; r e . 6 - Im a g in a r ia s . 7 — N o ; id a d es. 8 — T u a ; c r e . 9 — T r i ; a ia . 1 0 — O p e r e s ; a r . 1 1 — R a so s sa l .

H á d e z an o s re b e n to u a l . a B o m b a

J o s é Á n í ó n i o M o e d a s

Não há muito tempo so­breveio um fim do mundo em Hiroshima, cidade de 250.000 almas; foi no dia 6 de Agosto de 1945, às ° to e um quarto da manhã, mo­mento em que foi lançada a primeira b o mb a atómica. Tem a palavra um excelente escritor norte - ameridano, John Hersey, autor do livro «Hiroshima». Este escritor tem 35 anos e antes de ser correspondente de guerra na Itália e na Rússia escrevera um3 novela apenas. O texto de «Hiroshima» foi redigido «in loco», interro­gando os sobreviventes da terrível explosão. O cata­clismo é pois contemplado através dos olhos, actos e expressões de algumas pes­soas com os quais convi­vemos familiarmente nas primeiras páginas do liv ro : a menina Sasaki, uma jóvem funcionária; a senhora Na- kamuiia, viúva dum alfaiate: o jesuíta alemão p a d r e Kleinsorge; o r e v e r e n d o Tanimoto, pastor metodista. Os outros testemunhos per­tencem a médicos, enfer­meiras, crianças...

Tomamos conhecimento delas às oito da manhã de 6 de Agosto de 1945.

De repente veem um res­plendor e «um lençol de sol que vai desde a cidade até à s colinas». Contem­plam-na com curiosidade. Não ouvem o mais pequeno ruído. Mas à sua volta, e sobre eles, a cidade cai em derrocada e estalam os in­cêndios. Um cheiro estranho provoca-lhes o vómito. Um furacão monstruoso lança-os por terra.

«Debaixo d o s destroços inumeráveis das casas, as gentes pedem socorro ; mas ninguém se importa com elas. Regra geral, naquele dia os sobreviventes auxi­liam apenas os parentes e vizinhos im ediatos: é-lhes impossível abraçar, com o espírito, um círculo de so­frimentos mais extensos».

Sacerdote ,pastores, e mé­dicos tentam ir em socorro da cidade que arde. Mas 0 esforço heróico, do mais verdadeiro e puro heroismo, é completamente baldado. De 200 médicos, sobrevivem apenas dez; de 1.724 enfer­meiras, 1.654 estão mortas».

Começa então a descrição de visões que dão razão ao Prof. Harley quando escreve que «o homem pode des­truir a criação». A maior parte das vítimas ensan­guentadas estão núas; as roupas arderam sobre os

seus propnos corpo.®; os o l hos e s t ã o liquefeitos. A l g u n s mortos deixaram sobre as paredes a sombra do seu último gesto. É tudo quanto deles fica. Muitos têm as sobrancelhas calci­nadas ; a pele pende mate­rialmente do seu rosto e das suas mãos. Sobre a de algu­mas mulheres veem-se as flores estampadas dos seus quim onos... A s famílias, formam um só bloco de seres sobrepostos. A maior parte das pessoas que ainda não morreram, não andam nem falam; estão vomitando, sentadas ou deitadas, mori­b u n d a s ou esperando a morte. Na lagoa, o reverendo T a n i m o t o i n c l i n a - s e e agarra a mão duma m ulher; a pe l e cede e sai-lhe às tiras, como se fosse uma luva, E o senhor Tanimoto, ao transportar aqueles simu­lacros de corpos, ergue os olhos ao céu e murmura: «E eram seres hum anos...»

Um formidável c i c l one faz cruzar pelos ares o mais i n v e r o s í m i l c o r t e j o de objectos: telhas, f e r r o s , portas. . . «O padre Klein­sorge cobre os olhos do fe­rido com um pano com re­ceio que e le endoideça». Hersey não no-lo d iz ; mas podemos supor que se o padre jesuíta teve esse gesto

Leonardo da Vinci, é sem dúvida a celebração humana mais p o d e r o s a até hoje conhecida, que abr a ngeu com igual mestria todas as artes e ciências.

E para atestar 0 que atrás se diz, basta citar 0 imortal quadro «Mona Lisa del Gio- condo», que nos atrai irre­sistivelmente com 0 seu sor­riso estranho e perturbador, um dos quadros mais céle­bres do Mundo, sempre au­reolado através dos séculos, impondo-se dominante aos olhos extasiados dos que 0 comtemplam.

Aparecem mais e mais obras primas, deste e da­quele pintor, maravilhas des­lumbrantes, concebidas por génios que ficaram tão céle­bres quanto ele, mas quem não conhece 0 sorriso da «Gioconda» ou as portento­sas criações que são a «Santa Ceia» e «Santa Ana e 0 Me­nino Jesus».

Mas nem só na pintura se destacou este ser formidável, a ele se atribuem também, peças escultóricas de rara beleza.

Nascido em Florença em 1452, foi em pequenino afas­tado da mãe, jóvem campo-

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Coordenação deFrei Agostinho de Penamacor

Dia 10 — 1866 — Instala­ção do primeiro cabo sub­marino através do Atlântico.

Dia 11 — 1161 — Institui­ção da Ordem de Aviz.

Dia 12 — 1895 — Nasceu em Coimbra o proíessor do I. N. Técnico Dr. António Herculano Guimarães Cha­ves de Carvalho.

Dia 13 - 1946 — Tomou posse da presidência da Câ­mara de Setúbal, o sr. Dr. Miguel Rodrigues Bastos, actual Governador C ivil do Distrito.

Dia 14 — 1385 - Batalha de Aljubarrota.

Dia 15 — 1432 — É desco­berta a Ilha de Santa Maria.

Dia 15 — 1195 — Morre em Lisboa Santo António.

Dia 16 — 1779 — Foi pu­blicado o Decreto da Rainha D. Maria I, acerca do Mar­quês de Pombal.

Dia 17 — 1900 — Morre em Paris Eça de Queiroz.

Dia 17 — 1808 — Trava-se a Batalha de Roliça.

BARRIS \ CARTOLASComprai na

« C fíS fl C Á ÍH B O LA S »Casa das Vergas

Telef. 026260 M 0 M T I I 0

fIGAS, CANHOTO!O D ia b o 'te m p o d e re s d e o m n i-

p r e s e n ç a : o n d e e s tá D e u s e s tá o D ia b o , m as Onde e s tá o D ia b o , é q u e n e m se m p r e e s tá D e u s . D a í, a lu ta tre m e n d a q u e s e tr a v a n o m u n d o e n t r e o B e m e o M al, in d o à f r e n te o M a l — p o r m a l d o s n o s s o s p e ca d o s . F ig a s , c a n h o to !

O D ia b o é um a r t is ta em b a r a ­lh a r e c o n f u n d ir ; m is t u r a r a lh o s c o m b o g a lh o s é o s e u p r a z e r ; o bota aqui e tira além que isto de fa zer e desfazer tudo é fazer, é p a ra o D ia b o u m p ra to d o m e io p o r q u e o m e io n e s ta s c o is a s é ca la d o , e o c a la d o é p a ra e le o m e lh o r . O D ia b o é c o m i lã o . . . F ig a s , c a n h o t o !

O D ia b o é o te n ta d o r d o h o m e m . P r iv i le g ia d o s d e D eu s são a q u e le s a q u e m o D ia b o n u n c a te n to u . A n ó s , j á p o r d iv e rs a s v e z e s e m c a r n e e o sso , o D ia b o n o s a p a r e c e u . A ú lt im a v e z lu tá m o s . A lu ta fo i á s p e r a d e p a r te a p a r te . M as ao f im e ao c a b o , o D ia b o , d e rro ta d o e m o c h o , c h e io d e r a iv a n u m a c a n t i le n a in f e r n a l , d eu às tr a n c a s a fu g ir q u e se d e s u n h a v a . A té e s te m o m e n to , g r a ç a s a D e u s , n u n c a m a is o v im o s . F ig a s , c a n h o to !

N o m u n d o m o d e r n o , o s c o r r e ­l ig io n á r io s d o D ia b o t r a n s f ig u ­r a d o s em p e s so a s d e b e m são a o s m ilh õ e s H á q u e c o m b a t è - lo s , sem r é g u a s , o n d e q u e r e q u e s e e n c o n tr e m . S e n ã o . . . o p o u c o do b o m q u e a in d a e x is t e n a so c ie d a d e , s u b m e r g ir - s e - à se m r e m é d io ; e s u r g ir á a d e so rd e m . C a u te la ! V a le m a is p r e v e n ir do q u e r e m e d ia r . F ig a s , c a n h o to !

C a d a r o c a co m o se u fu so , c a d a t e r r a co m se u d ia b o . C e r ta v e z , u m D ia b o d e s s e s q u e h á de fe it io a rr e v e z a d o e in t e r e s s e ir o , in e n t iu c o m ta l im p u d o r v e le n d o -s e d a c á te d r a , q u e c o is a a s s im n u n c a s e v iu , e n tr e p e s s o a s q u e se p re z a m 1 F ig a s , c a n h o to 1

F o i o c a so d a c a p e l in h a d e S ã o P e d r o o do lo g ra d o u r o c o m u m p ú ­b l ic o d o M o n te d e S ã o P e d r o , tã o l in d o 1 q u e fo i s e m p r e o r e c r e io p r e d ile c to d a g e n te m o ç a da v i la .

(Continua na p á g in a 6 )

n e s a p o s do p a i , o ac ío da V i n c i , e à f , qu e n ã o tolersPento d e s i ­g u a l ® p r o p u n h a f a z e r ® de L e o ­nardo I

|° se r e s - - - I Petlueno Le oi n°o v á r io s e s t u # o n a lid a d ed e 0- f este f a c t o teria p è n c i a n a

Deiseritii

mandou-o estudar para casa do mestre Verrochio, que se dedicava além da Pintura a outras artes e ciências.

Depressa o jóvem Leo­nardo assimilou tudo quanto o mestre lhe pôde ensinar, e com 18 anos apenas, com ­pletou o curso, chamemos- -lhe assim.

Aos 20, ingressou na A ca­demia dos Pintores Floren- tinos, com eçando desde logo

e x e m p l a r e s

I‘«muda d a (Uitiei.

por Mário Martins

v id a; | e$tre F l o - renfl to do a m o r diiast P e lhe d e ­dicai Paterna e a madrí I

De J a p u r a d í s - siina;: pureza, e expr1 ra?âo a t r a ­vés í: de p a j s a _ gens. s e m e ­l h a i . d e t r a ç o .

Ní* !! esta nrn.pens

li*.-. - “ ayu.I# \ esta p r o _

)esenho, e

a espantar quantos o conhe­ciam, com os prodígios da sua arte.

Músico exímio, a sua acti­vidade no campo das ciên­cias é surpreendente.

Anteviu séculos atrás o submarino, o aeroplano, o para-quedas, inventou bom ­bas de sucção para esvasiar f o s s o s , idealizou canhões enormes, novos tipos de ba­las e granadas, bombas, más­

caras anti-gás, e um sem número de engenhos, dos quais, só centenas de anos mais tarde, a Humanidade tiraria óptimos resultados.

Além disto construiu tam­bém um completo sistema de esgotos para a cidade.

Percorreu a Europa a con­vite dos respectivos monar­cas, grangeando admirações e adulações.

Incansável, mesmo durante as viagens não cessava de produzir, e durante uma Via­gem à Suiça, lá pintou a tela admirável que é a «Virgem dos Rochedos».

Exigente quanto aos seus trabalhos, poucos concluiu, daí derivando o extravio de muitas das suas obras.

O seu cérebro fecundo, sempre em ebulição, fazia-o procurar no âmago das co i­sas as suas causas.

Profundamente estudioso, descobriu também, ao dedi­car-se à Medicina, que a arteriosclorose p r o d u z a morte em idade avançada, e que as pulsações do pulso, têm relação sincrónica com as do coração.

Chega a ser inacreditável(Continua na página 6)

MIRADOURO

V a id a d e , só v a id a d e . . .A mulher dos nossos dias parece

mais que nunca apostada em fazer crer ao homem que não lhe é, por forma nenhuma, inferior nas suas apregoadas virtudes, para isto ou para aquilo. Mas, sobretudo, no que a mesma insiste de forma especial é na afirmação de que o seu émulo do outro sexo é susceptível, tanto como ela, aos chamados pequeninos-grandes de­feitos de coquetaria.

Ainda há pouco tempo, em Londres, num banquete em que predominava o elemento masculino, Lady Astor, a primeira mulher inglesa que logrou assento na Câmara dos Comuns, quiz provar que os homens são tão vaidosos como as mulheres. Houve ruidosos protestos, como se calcula, mas a nobre dama manteve a sua opinião e acrescentou: — «Todavia, alguns dos homens mais cultos do nosso país são lastimàvelmente descuidadosno vestir. Precisamente aqui neste jantar, o ho­mem mais culto de Londres tem o nó da gravata singularmente mal feito. Imediatamente todos os cavalheiros presentes levaram a mão à gravata. Lady Astor provara a sua afirm ação: os homens são, na realidade, muito vaidosos!

Com efeito, e ainda que isso nos pese no mais recôndito da alma, há, efectivamente, que reconhecer esta verdade.

Aliás, a história diz-nos que nem mesmo os grandes homens se furtaram, por vezes, ao suave reflexo da vaidade, cometendo rasgos de rara imodéstia, só perdoáveis pelo valor que realmente tinham, como grandes figuras da hu­manidade.

Malherbe, o poeta das rosas efé­meras, um dia em que alguém lhe prometeu mostrar os mais belos versos do Mundo, não se conteve que não dissesse, com um sorriso de superio­ridade— «Decerto jà os conheço, pois se realmente são os mais belos, não há dúvida de que fui eu que os escrevi».

V í t o r Hu g o — também ele, não pôde, pelo menos durante alguns anos, furtar-se à obsessão de que era, não só o mais notável poeta, como o maior génio da humanidade. Em alguns dos seus versos sublimes, chega mesmo a declarar-se instrumento de Deus para cantar as suas maravilhas.

Ora, na verdade, não se pode dizer que o tenha feito por mera e inofensiva liberdade poética. Valeu-lhe (e a Ma­lherbe) o terem sido, realmente, gran­des. ..

Pior, no entanto, que a imodéstia nos homens de génio, é a vaidade balofa nos homens sem valor, os que se exibem para si e para os outros, sem outra recomendação que não seja a de serem, realmente, vaidosos !

Todos conhecem, por certo, a his­tória daquele mosquito pretencioso que, tendo atravessado, certo dia, uma ponte, na companhia de um elefante, se virou, no fim. para este e d isse :— «Puxa! Você reparou como fizemos abanar aquela coisa?».

«Vanitas vanitatum et omnia va- nitas». Infelizmente, há homens assim, que não tendo luz própria, como certos planetas, se recolhem, por paradoxo, à sombra de alguém e, depois, se remiram nas águas, como Narciso, dizendo, encantados de si próprios:— «Meu Deus, como sou perfeito!...».

Pobres deles. Já o diz um provér­bio kurdo: «E’ o cavalo que corre e o cavaleiro se glorifica por isso».

Cegos como andam, nem sequer reparam que o Mundo os olha, afinal, com mal contida repulsa. Indiferentes a tudo, no auge da sua vaidade sem nome, eles pulam, saltam e correm, procurando a todo o transe um pri­meiro plano na breve fotografia da vida. Descontente com o seu justo merecido e pequenino lugar ao sol, o sol da vulgaridade, chegam a esquecer esta verdade terrena, proclamada por Tagore: «Há homens que, sem custo, se mantêm à frente de todos; e há homens que, dignamente, ficam em segundo lugar».

Não. Não nos venham dizer que a vaidade é «coisa» apenas inerente às mulheres. Faça cada um o seu acto de contricção: eu, pecador me con­fesso. ..

Quando o homem afirma «que o Mundo sem a mulher seria insupor­tável, tão insuportável como agora», que é isto se não vaidade?

Razão tem Lady Astor: nós, os homens, somos vaidosos, triste e ver­dadeiramente vaidosos.

«Tout le reste est littérature», como diria Verlaine.

Mesão frio Pinto da Cosia

Gabinete de leituraO Sesim brense — T r i n t a anos ao

serviço dos interesses regionais atinge agora este nosso colega que se publica na progressiva vila de Sesimbra.

«A Província» saúda com amizade o antigo Semanário Sesimbrense dese­jando-lhe vida próspera e longo futuro.

Visor — Revista portuguesa de Cine­matografia. Continuamos a receber com regularidade este orgão de movimento cine-clubista de Rio Maior dirigido pelo sr. Fernando Duarte. O número de Julho que temos p r e s e n t e , tem variada colaboração, muitas gravuras e útil informação de Portugal e do Es­trangeiro.

O D e s p e r t a r — Bi-Semarário de Coimbra — Quiz o mais antigo jornal de Coimbra, referir-se ao nosso Sema­nário em termos de cativante gentileza. Gratos nos confessamos pelas amáveis palavras e gostosamente vamos per­mutar.

Revista Portuguesa de Seguros — Di­rigida por Luís Costa Santos, que é também seu proprietário e editor, rea­pareceu esta tão interessante como útil publicação, que se ocupa de estudos económico - sociais, mutualismo, divul­gação e propaganda de seguros.

Depois de mais de 15 anos de suspen­são Luís Costa Santos, retomou o seu lugar na Imprensa portuguesa, disposto a marcar destacada posição na defesa dos interesses e propaganda da activi­dade seguradora.

A Revista Portuguesa de Seguros, é uma boa publicação no género, servida por óptimos e competentes colabora­dores, estando-lhe por certo reservado longo futuro.

«A Provincia» que sempre tem con­tado com a boa amizade de Luís Costa Santos, deseja-lhe sinceramente um êxito completo e felicita-o vivamente pela sua iniciativa.

Page 6: O problema da realizam-se em ALCOCHfTf · Júlio dos Santos e mulher, para pagamento da quantia de 27.434$30. IMÓVEL A ARREMATAR «Uma casa de rés-do-chão, com 4 divisões e quintal,

6 ▲ PROVINCIA I1 -8 .9 IJ

Leonardo da Vinci(Continuação d asp ág. centrais)

que um sô homem pudesse ter sido tão brilhante nos Vários sectores de actividade a que se dedicou, mas o que é certo, é que em todas elas se agigantou, deixando atrás de si um rasto luminoso que brilha ainda, talvez mais in­tensamente, muito embora a sua morte se tenha verifi­cado há já 400 anos, isto é em 1519.

Máriõ M a r t in s

lm, CÀHHOIO!(Continuação d asp ág. centrais)

A c a p e lin h a , d e s tr u ir a m -n a , a p o u co e p o u c o , c o m o q u e a m e d o ; o m o n te fo i a n e x a d o , a p r in c íp io , a o s b o c a d o s , p o r f im , n u m só ja c t o . E tu d o is to se fe z co m c o n h e c im e n t o d a p a rte r e s p o n ­s á v e l , s a b e - s e lá se d e m ã o b e i ­ja d a ! ? . . .

V a le m b e m c e r c a d e 10 0 c o n to s a c a p e lin h a e o m o n te . O ra , se p e lo se u v e r d a d e ir o d o n o e s s e s 100 c o n to s fo s s e m b e m a p lic a d o s , c e r t a m e n t e q u e o u tro g a lo c a n ­ta r á , e c a n t a r á a le g r e m e n te co m c e r te z a , se se c o lo c a r n o c o c u r u to d e u m a fo n te p ú b l ic a , a d a r d e b e b e r a q u e m te m se d e , em V a l­v e r d e o u em B o g a s .

A s s im , n o e s ta d o d o e n t io em q u e as c o is a s s e e n c o n t r a m , s u ­c e d e q u e h á s e is a n o s a p r o x im a ­d a m e n te , a c a p e lin h a e o m o n te e s tã o a s e r u s u fr u íd o s à m a rg e m d o fis c o e à b a r b a lo n g a , p o r d o is c o n s p íc u o s c id a d ã o s , de q u em co m v e rd a d e e c o m ju s t i ç a se p o d e d iz e r q u e sã o u n s m a u s m u n í­c ip e s .

A in d a h o je e x is t e n a to p o n im ia fu n d a n e n s e o « L a r g o d e S ã o P e d r o » e a « E s t r a d a d e S ã o P e d r o » . S e o u t r a s p r o v a s n ã o h o u v e s s e , fu n d a m e n ta is , e s te fa c to p o r s i só p r o v a b e m à e v id ê n c ia q u e a c a p e l in h a e o m o n te sã o p ú b lic o s e b e m p ú b lic o s !

A m á x im a s a lu ta r d e se fa z e r ju s t i ç a a to d o s em v ez de fa v o re s a a lg u n s , sã o p o u c o s o s h o m e n s in fe l iz m e n te q u e a a c a ta m e p r a ­t ic a m o D ia b o g u e r r e i - a , a ss im c o m o g u e r r e ia i n ju r ia , p e r s e g u e e m a ltr a ta to d o s o s in d iv íd u o s q u e n ã o são d e c a r a c t e r h ib r id o e p e la v e rd a d e se s a c r i f ic a m . F ig a s c a ­n h o t o 1

Argòs

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1). 1. COSTA JUNIORj Drogas e Ferragens j M adeiras e C im entas

j I l l lR e p re se n ta n te d e j

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1919

Largo de S. João

A L C O C H E T E

Café

A L C O C H E T E

festas do Barrete Verde e das SalinasDe 13 a 16 de Agosto de 1954

Organizadas pelo Aposento do Sarrete Verde com o patrocínio da Câmara Municipal

A rra ia l - Q uerm esse - Feira Franca Concertos M usicais por 4 Bandas - C O R ­RIDA DE TO IRO S e FESTIVAL TA U R IN O Largada de Toiros nas ruas da vila - C a va ­lhadas - FESTIVAL N Á U T IC O - D eco ra­

ções e Ilum inações regionais

Detalhe do ProgramaSábado, dia 13

A ’s 21 horas — Salva de 21 morteiros anunciando a abertura do Arraial, Quermesse e da Feira Franca.

A ’s 22 horas — Concerto pela Banda da Sociedade Im parcial 15 de Jane iro de 1898, de Alcochete.

Domingo, dia 14-

A ’s 9 horas da v ila .

Largada de loiros nas ruas

A ’s 11 horas — Festival N áufico , em queparticiparão embarcações «Snipes», «Motts» e «Vougas» disputando 3 taças, oferecidas pela Câmara Muni­cipal, Aposento do Barrete Verde e Trabalhadores das Salinas

A’s 17,30 horas — Grandiosa Co rrida de To iros com 2 cavaleiros: Dr. FernandoSalgueiro e o jovem e Valente Estevão Oliveira Fernandes (Vendas Novas).E dois espadas: O matador de touros de alternativa Barlolom é G im enez Torres e o joVem e valente novilheiro sevilhano Cláud io Prielo e ainda o aspirante a novilheiro Manuel Rodri­gues.Um valoroso conjunlo de bandari- Iheiros e o va len le grupo de Forcados de A lcochete tendo por cabo o arro­jado pegador António Sequeira (Se- queirinha.

A ’s 22 horas — Concerto pela Banda da Sociedade União Artística P iedense,da Cova da Piedade e continuação do Arraial e da Feira Franca.

S e g u n d a fe ira , d ia 15

A ’s 9 horas da vila.

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A’s 17,30 horas — Sensacional Festival de Variedades Taurinas.

A ’s 22 horas — Concerto pela Banda da jj Sociedade Progresso e Labor Samou- | quense, do Samouco, e continuação I do Arraial e da Feira Franca.

Terça feira, dia 1©

A ’s 13 horas — Corridas de natação e de barcos a remos com prémios pecuniá­rios para os 1.° e 2.° classificados.

A ’s 17 horas — Cavalhadas com boas prendas e 2 prémios pecuniários para o l -° e 2.° cavaleiros que conquistarem maior número de prendas.

A ’s 21 horas — Chegada do Rancho fo l­cló rico de Benavente.

A ’s 21,30 horas — Concerto pela Banda da Sociedade Filarm ónica Palm elense (Loureiros), de Palmeia.

A ’s 0 horas — Exibição do Rancho Fol­c ló rico de Benavente, e continuação do Arraial e Feira Franca.

Médicos da Seiva(Continuação da 1 .* página)

tre os p rop rietário s Visinhos. E o certo é que alguns já j Vão segu in d o.

Actualmente, a população do ovil orça por trezentas e tal cabeças, todas classifica- das em ficha própria, com assentos de genealogia, pro­dução e particularidades vá­rias. Entre ovelhas e carnei­ros fazem-se estudos de cruzamento, em vários nú­cleos, Visando o melhor ren­dimento de leite, de lã, e de crias.

Vi exemplares corpulentos, com camadas de lã alta e puríssima, atestando que o penso que se lhes dá, quer na pastagem livre, quer das forragens ensiladas, dispôs, tas nas manjedouras a tempo e horas, é o tratamento ópti­mo. Há-as que costumam produzir 1 k9,100 de leite, diàriamente.

Estamos agora no figuei- ral. As árvores, com 11 anos de idade, mostram-se cheias de Vida. Os frutos, ou se lan­çam no mercado, em seco ou natural, ou se dão aos porcos numa época do ano em que já não há espigas no restolho e ainda não chegou a boleta dos montados.

Percorremos seguidamente as folhas de cultura econó­mica, e as paralelas do afo- lheamento em miniatura es­pécie de laboratório de en­saios onde se investigam Variedades de s e m e n t e s , mondas, adubações, proces­sos de cultura, linhas paria- das, etc.. Chegam-se a fazer4.000 parcelas experimentais. Só de cevada ensaiaram-se 62 linhas e de tremoço 500!!!

Dr. Cabral Adão(Continua)

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José Batista CantaSUCESSOR DE

J o ã o Bat i s ta Ca n tafazendas, Mercearias, Loiça de— esmalte e outros artigos —Correspondente Bancário

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11.8-955 Aj PROVINCIA 7

Crónicas irrequietas(Continuação da prim eira página)

A S u i n i c u l t u r e(ContinuaçãO\da prim eira página)

A nossa cozinha não é capaz, não é uma das me­lhores do mundo? Não tem ela nomes próprios e bas­tantes ?

— Que precisão haverá das fazendas inglesas se 0s nossos lanifícios sã o tão bons ou melhores?

Mas vem de lá a presun­ção de só vestir «fatos de corte inglês e vai tudo por água abaixo!

E muitas vezes a fazenda é tão inglesa como eu sou inglês.

O dono d o estabeleci­mento impinge a fazenda portuguesa como sendo in ­glesado pedante português fica todo satisfeito e dali a leva como tal.

— Qualquer agrupamento de indivíduos, para certa finalidade, é uma associação ou agremiação ou grémio. Forque há-de s e r clube? Que necessidade há de adul­terar a nossa língua ?

— E que necessidade ha­via de compor os títulos à inglesa: «Palace Hot e l », « A v i s Hotel», «Ginásio Club», «Sintra Club», «Car- cavelos C l u b » , «Beirolas Club»?

— Porque há-de ser toi- lette e não toucador?

— Porque há-de ser «Foie grast e não fígado de ganso ?

— Porque há-de ser ate- lier e não oficina, gabinete de trabalho, laboratório?

— Porque há-de ser bal masque e não baile de más­caras ?

— Porque há-de ser réveil- lon e não consoada ?

— Porque há-de ser cock­tail e não cacharolete ?

—Porque há-de ser parure e não adereço ?

Porque há-de ser au ra- lenti e não marcha mode­rada?

Porque há-de ser tricot e não malha, ponto de meia?

— Porque há-de ser ma- rionnete e não fantoche, ro- berto ?

— Porque faá-de ser mar- ron e não castanho?

— Porque há-de ser Water closèt e não privada, sen­tina ?

Etc., etc., etc..Neste capítulo, então, era

«um nunca acabar»!— E quanto a letreiros e

tabuletas ?Veja-se esta beleza; Bar

British, L.de ; Casa A v a n ti; Casa Jersey; Ca f é Élite; Café Granvia; Café Palla- dium ; Casa R o yal; Loja da Groelândia; Fábrica Jockey; Farmácia V ita lis ; Casa So- notone; Fábrica Atlantic; etc., etc., etc..

Pois se até alguns artistas nossos, se quiserem ganhar para a «bucha», têm que adoptar um rótulo estran­geiro! Com nomes portugue­ses não os aceitam, não ser- veir. para bom cartaz!

— E o que se passa com a Música e a Dança ?

Dantes era o vira, a ca­ninha verde, o verde gaio, o bailarico saloio, a dança de roda, a canção da Mar­garida, a mulher ingrata, etc.. Depois, veio a mazurca, a polca, a valsa, a quadrilha, os lanceiros, e começou a invasão.. Como isso não chegasse, porém, veio, o «fox», a «mar- chinha», o «charleston», o «samba», o «schimy», o «slow», o «rag-time», o «bos- ton«, os vários batuques de pretos, etc.

E os portugueses desnal- gam-se, derretidos de goso e de amor pátrio!

— E quanto aos costu­mes ?

Pintura e mais pintura!Nas mulheres, chama-se

até maquillage, para s e r mais estrangeiro ain da!

E mais o baton, o rouge, o rí/nel, e uma caterva de engredientes franceses, in­gleses, e americanos.

Os homens andam e m fralda pelas ruas e Cafés, e as mulheres de calças e es­

candalosamente d e s pi d a s , por aqui, p o r ali, pelos solões de chá, pelos casinos, pelas praias, por toda a parte!

E tudo isto p o r q u e é moda lá fora, porque se não o consentirem cá dentro são «botas de elástico», estão a t r a s a d o s da civilização mundial não sei quantos séculos, e o «mais se verá» ...

— E quanto a certos co­mércios e certas indústrias ?

A s estrangeiradas farma­cêuticas são aos milhares, os tecidos femininos têm nomes que a gente maldiz, as confeitarias e pastelarias estão cheias de chantilly, de Cinsano, Vatei, Maggi, ver- mouth, triple-sec, chartreuse,— o inferno!; as maquina­rias falam sueco, suiço, in­glês, alemão, — eu s e i!; o automobilismo t r o u x e o chauf feur< o cai ter, o cardan, o tablier, — o diabo !

E noutros sectores dão-se iguais cutiladas...

E o pior é que este poli- glotismo parece que é muito do agrado geral, parece que dá mais valor, mais impor­tância a quem o emprega, parece que há até quem faça gala no seu uso per­manente !

Não haverá, pois, maneira de tirar este escalracho da terra portuguesa?

Nem ao menos aliviá-lo,— como se diz na agricul­tura — ?

Teremos, então, que nos conformar?

Eu, - desde já aqui o de­claro — , é que não me con­formarei nunca!

Alvaro Valente

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T e l e f o n e 0 2 6 1 1 4

M O N T I J O

observam c a d a dois em cada cinco anos.

Uma vez que são neces­sários 12 a 18 meses para que os resultados do elevado custo do milho se laçam sentir e também porque o lavrador age em função do que nesse momento se ve­rifica em vez de, como é de aconselhar, se reportar aos meses anteriores, estas cur­vas de produção são bas­tante pronunciadas e a crise violenta.

Os estudiosos da questão aconselham o lavrador a dispor as coisas de forma a que a produção anual tenha um volume tal que o con­sumidor a pague por preço compensador. No entanto não apontam qualquer pro­cesso prático para levar a efeito este sistema.

Somos tentados a compa­rar o caso presente com o que se observa no nosso País. Embora as bases da questão não difiram gran­demente são outros ou apre- sentam-se com diferente as­pecto os factores em jogo, pois em Portugal há que entrar com a influência da fartura ou penúria de bo­lota na montanheria.

Por outro lado o milho é também entre nós um im­portante elemento no custo e portanto na p r o d u ç ã o suina sucede a i n d a que sendo este milho em geral importado de grandes dis­tâncias e sujeito a variadís­simas influências de ordem agrícola e comercial o nosso engordador se vê muita ve­zes em apuros para fazer os seus cálculos não obstante as diligências do organismo coordenador.

Passando aos factores que influenciam a procura os americanos consideram que o mais importante deles é o poder de compra do con­sumidor.

O período compreendido entre 1932 e 1934 foi aquele em que a procura foi menor

por ser também o corres­pondente à fase mais crítica da depersão iniciada em 1929.

O Senhor Knute Bjorka, f u n c i o n á r i o do Departa­mento de Agricultura dedi­cou-se à tarefa de determi­nar a distribuição da per­centagem do dinheiro que o consumidor p a g a pela carne de porco e verificou que de. cada 100 libras peso deste produto 22,2"/, iam para o retalhista ; 12,97, iam para o armazenista;18,4% eram para despesas de frabrico e preparação in­cluindo abate ; 40 3 70 iam para as despesas e lucros dos produtos e finalmente 6,47o ficavam-se no custo de transporte e outros ser­viços prestados ao animai em vida.

A exportação influi tam­bém 110 preço muito em­bora nos E. U. ela não se faça s e n t i r grandemente pois como já vimos, este País não exporta grandes quantidades de produtos cárneos.

fl BORDO DO DC-6B(Continuação da pá gin a 8 )

q u e fa z e m a c a r r e i r a r e g u la r e n tr e o a e r o p o r to e A m ste rd ã o . P a is a g e m lin d ís s im a , d ife r e n te d e to d o s os o u tr o s p a ís e s : a H o la n d a é p la n a . O s c a n a is q u e c o r ta m as q u in ta s d ão u m e n c a n to c a r a c t e r ís t ic o . M as os h o la n d e s e s , n o se u c o m b a te às á g u a s , n ã o se c o n te n ta r a m c o m a d e fe sa , p a ssa n d o ta m b é m à o fe n ­s iv a . A u tiliz a ç ã o d o s m o in h o s (s e i lá q u a n to s !) d e v e n to p e r m it iu - lh e s a d r e n a g e m d e la g o s e c h a r c o s , o r ig e m d e r e g iõ e s n o v a s , d e n o m i­n a d a s « p o ld e rs » .

D u r a n te o p e r c u r s o in f o r m a m - -n o s q u e e m b o r a o d e s a g u a m e n to p o r m e io de m o in h o s de v e n to e s t e ja e m g r a n d e p a rte s u b s t i tu íd o da u t iliz a ç ã o d o u tr o s p o n to s de e n e r g ia o s c o n t o r n o s c a r a c t e r ís ­t ic o s de c e n te n a s d e sse s m o in h o s c o n t in u a m a e m b e le z a r a p a isa g e m h o la n d e z a . C h e g á m o s a A m s te rd ã o .

Tçlefone 0-6 579

f )a t a boat (Jtótoptafiai

Foto Montijense

F o l h e t i m d e « A P r o v í n c i a » N . “ 1 9

õ segredo do espelhop o r

d u g u i t u i Jftu.it

Sem mais delongas, come­cei a seguir passo a passo as pégadas impressas na neve e lancei-me por minha vez a caminho de pequena casa do Misterioso German.

Não le v a v a um planodefinido.

Tudo que me preocupava era não deixar o mais pe­queno indício que pudosse aclarar a situação.

Quando já estava a pouca distância de Falcon Lodge, Moderei a marcha e tomei todas as precauções para «ao ser visto.

Reinava um a completa °bscuridade.

Lucille Paradene, já devia entrado.

Como nada se via, cami­nhei ainda com mais cui­dado, e abrindo a pequena porta de ferro que dava ingresso no jardim, entrei na propriedade, em direcção à porta da casa.

Os cortinados das janelas estavam corridos, e o escuro, silencio e desolação eram completos, dando ao am­biente uma singular e estra­nha sensação de medo.' Acabei por fim de des­cobrir um ténue, raio de luz atravessando uma janela do rés-do-chão.

Este facto me fez pensar que aquele quarto era o local da reunião. O meu primeiro impulso foi forçar

a entrada e obrigar um dos dois a confessar-me a ver­dade.

Mas fiquei, em face de outra solução que me acor­reu.

Uma coisa era certa. Lu­cille Pa r a d e n e tinha-me mentido.

Não podia julgar que a jovem tivesse cedido a um impulso súbito.

A reunião havia sido com­binada previamente

Resolvi regressar ao «Cas­telo».

Quando cheguei subi ao meu quarto e sem fechar a porta aguardei calmamente a volta da enigmática rapa­riga.

Se ela voltasse agora uma vez mais ao quarto de Félix Swinburn ou visitasse outro local do «Castelo», tinha tomado a resolução de a deixar proceder à-vontade, mas segui_la de muito perto.

Mais de uma hora passou, sem que t i v e s s e notado qualquer ruí do, que me

advertisse da sua presença.Desci.A porta de entrada, estava

já fechada.Lucille Paradene, tinha

entradqcom tanta precaução que eu não tinha ouvido o mais ligeiro barulho.

Aborrecido por aquela negligência e extremamente cansado, voltei a deitar-me e desta vez só acordei de manhã, com as pancadas discretas dadas por Dunstan na porta do meu quarto, e anunciando-me o primeiro almoço.

* * *

Quando mais tarde, desci à casa de jantar, aquele aposento normalmente som­brio era ban bado fortemente pelo sol, dando-lhe uma tonalidade v i v i f i c a n t e e alegre.

Lucille, desceu pouco de­pois e saudou-me alegre­mente.

Assim à sua frente, à mesma mesa, pareceu-me verdadeiramente impossível

que aquela graciosa rapa­riga fosse a mesma que eu vira na noite anterior, secre­tamente espiando o quarto de meu avô e em segredo trepando a encosta gelada a caminho de Falcon Lodge.

A s faces estavam real­mente pálidaseumaro negro circundava os seus melan­cólicos olhos, mas a sua atitude era de mais perfeita simplicidade e t r a nqui l a satisfação.

Quanto a mim, estava completamente desmorali­zado, e a ideia de que ela juntava contra mim toda a sua astúcia e p e r f í d i a , aumentavava o meu abati­mento.

Estive tentado a lançar- -lhe em rosto a sua visita a «Mister» German.

Mas o resto de senso que ainda me ajudava, obrigou- -me a guardar silêncio.

Seria deita a perder a única possibilidade, de des­vendar toda a meada.

( Continua)

Page 8: O problema da realizam-se em ALCOCHfTf · Júlio dos Santos e mulher, para pagamento da quantia de 27.434$30. IMÓVEL A ARREMATAR «Uma casa de rés-do-chão, com 4 divisões e quintal,

8 ▲ PROVINCIA 11-8-955

A C T U A L I D A D E S D O M U N D OVoando para a Holanda

PAGINÁ QUINZENALNÚMERO 6

11 de Ágosfo de 1955

P o r t u g a l - H o la n d a G£££a™tíonõl Em AmsterdãoA p r e s e n ta m o s h o je a o s n o s s o s

le i to r e s u m a p á g in a d e d ic a d a à H o la n d a , b e l a m e n t e g o v e rn a d a p o r su a m a g e s ta d e a R a in h a J u ­l ia n a .

A r e a liz a ç ã o d e s ta p á g in a d e v e -s e ta m b é m à c o la b o r a ç ã o d e s in te ­r e ssa d a da C o m p a n h ia d e A v ia ç ã o

H o la n d e sa K . L . M . q u e fo r n e c e u e s c la r e c im e n to s e fo to g r a f ia s .

P a r a o i lu s t r e M in is t r o da H o ­la n d a , em L is b o a , s r . D r . V an K le f fe n s , P r e s id e n te da A s s e m b le ia d a s N a çõ e s U n id a s v ã o o s s in c e r o s a g r a d e c im e n to s d o jo r n a l «A P r o ­v ín c ia »

O D C-6 B no aeroporto pouco antes de p a rtir para Am sterdão

(I B o r d o do DC-6BA K. L. M. (Com panhia de

Aviação Holandesa) facilitou a viagem à H olanda , sem qual­quer interesse monetário ou de propaganda, para mim ou para este j o r n a l . Esclareço publicam ente este aspecto para que os leitores não julguem que houve p u blicidade. O único desem bolso, fo i sim plesm ente a cedência das gravuras que ilustram e s t a p á g in a , p ela K. L. M.

N o A e r o p o r t o d a P o r l e l aP e la s 3 ,1 5 da m a d r u g a d a p a r t i ­

m o s p a ra a H o la n d a , n o a v iã o D C -6B , p a ra u m v ô o d ir e c to de4 h o r a s e 30 m in u to s , d is tâ n c ia q u e s e p a r a P o r tu g a l da H o la n d a . O a v iã o é o da c a r r e ir a d e S a n tia g o d o C h i le -A m s te r d ã o . T e n d o s id o a p r im e ir a e ta p a em B u e n o s A ire s , d e p o is e m M o n te v id e o , R io , R e c ife , D a k a r e L is b o a .

. A n te s do e m b a r q u e fo i-n o s o fe ­r e c id o p e la K . L . M ., n o A e r o p o r to u m W hisky, te n d o s e g u id o d e p o is p a ra b o rd o .

A ’ h o r a m a r c a d a , fu i c o n v id a d o , c o m o s o u t r o s 37 p a s s a g e iro s a a p e r ta r o c in t o d e s e g u r a n ç a , q u e s e e n c o n t r a p r e s o em ca d a u m a d as c a d e ir a s -c a m a s ( s le e p -a ir ) . U m s in a l lu m in o s o a c e n d e u a c im a da p o r ta da c a b in e d e p ilo ta g e m no m o m e n to e m q u e ia d e s liz a r p e la p is ta . E s s e s in a l d iz ia : « F a s te n s e a t b e l t s » , q u e tr a d u z id o q u e r d iz e r : «Aperte o seu cinto de segurança».

N o m o m e n to e m q u e a e n o rm e a e r o n a v e s e e r g u e u , c o r r e u u m a l ig e i r a d if e r e n ç a n a p re s s ã o a tm o s ­f é r ic a d e ca d a la d o d os t ím p a n o s . J á e s ta v a h a b itu a d o a e ssa p re s s ã o p o is q u e j á n ã o é a p r im e ir a vez q u e voo a tr a v é s d a E u r o p a . P a r a a q u e le s q u e v ã o fa z e r o « b a p tis m o d o a r » , o m e lh o r , o m a is a c o n s e ­lh á v e l é m a n t e r as n a r in a s fe c h a d a s e t e n t a r s o p r a r p e lo n a r iz . A h o s ­p e d e ir a d e b o rd o — u m a e n c a n t a ­d o ra r a p a r ig a — fo r n e c e u p a s t ilh a s d e h o r te lã e « c h ic le t s » .

A b o rd o , a m a io r p a rte d o s p a s ­s a g e ir o s d o r m e m a so n o s o lto . E u n ã o c o n s e g u i « p r e g a r o lh o » . E ’ s e m p r e a g r a d á v e l u m a v ia g e m d e a v iã o e a in d a m a is co m o c o n fo r to d e s te s a p a r e lh o s q u e só fazem v ia ­g e n s d e l . a c la s s e .

N e s ta v ia g e m de tu r is m o a p e n a s fo i n e c e s s á r io o p a ss a p o r te p o is q u e o r e s t o d e e n tr a d a já n ã o é n e c e s s á r io .

J á d e v ía m o s s o b r e v o a r o A t lâ n ­t ic o , e n tr e a E s p a n h a e a F r a n ç a q u a n d o a s im p á tic a h o s p e d e ira n o s t r o u x e 1 su m o d e to m a te .

A ’s 6 h o r a s e 4 5 , os p a ssa g e iro s c o m e ç a r a m a m o v im e n ta r - s e , U m a c la r id a d e m u ito su a v e e n tr a v a p e la s v ig ia s*

O m e u c o m p a n h e ir o d e s c o n h e ­c id o , q u e v in h a de S a n t ia g o do C h ile , c o m e ç o u a a r r u m a r as m a la s e c o m u m à -v o n ta d e e x t r a o r d in á r io t ir o u d o b o is o , d e u m a d a s m a la s , u m a p a r e lh o e lé c t r ic o d e b a r b e a r e a l i m e sm o ra p o u a c a r a .

A ’s 7 ,4 0 s o b r e v o á v a m o s o a e r o ­p o rto d e « S h ip o l» em A m s te r d ã o . C in c o m in u to s d e p o is a te r r a v a m a g e s to s a m e n te .

J á n o in t e r io r do a e r o p o r to , s e n tim o s a a ra g e m f r e s q u in h a da m a n h ã , q u e n o s p u r if ic o u os p u l­m õ e s .

N a a lfa n d e g a fo r a m - n o s v is ta s as m a la s e a d o c u m e n ta ç ã o . S ó é p e im it id a a s e g u in te e n tr a d a de m o e d a : 1.000 f lo r in s q u e c o r r e s ­p o n d e m a is o u m e n o s a 8 c o n to s . A m o e d a e s t r a n g e ir a n ã o te m l im ite s .

E m s e g u id a , t o m á m o s lu g a r n u m a d as c a m io n e ta s da K . L . M .,

(Continua na página 7)

Especialidades gastronómicas

A lm o ç á m o s n o R e s t a u r a n t e H o o r n w y c k , o p r a to m a is p o p u la r n a H o la n d a — o b ife l io la n d e z , c o r ta d o c o m c la s s e e q u a s e a m o r , p e la h a b il id o s a fa c a d e u m a ç o u ­g u e ir o d e e s c o l .

O « S t e a k » é c u id a d o s a m e n te c o lo c a d o e m m a n te ig a b e m q u e n te , r e t ir a d o d a f r ig id e ir a a n te s de f ic a r p o r d e m a is p a s s a d o e e n tã o s e r v id o s o b r e u m a té n u e ca m a d a d e s u c u le n to m o lh o , a c o m p a n h a d o d e le g u m e s d e to d a a e s p é c ie e tu d o is to re g a d o d e b e lo v in h o f r a n c ê s .

F o i s e r v id o em s e g u id a o q u e i jo h o la n d e z d e A lk m a a r .

A p r o p ó s ito d e A lk m a a r , d i r e ­m o s q u e à s s e x ta s fe ir a s se r e a liz a o d ia d o m e rc a d o .

O s c a r r e g a d o r e s d e q u e i j o u sa m c h a p é u s d e p a lh a d e d iv e rs a s c o r e s : a z u l , v e r m e l h o , a m a re lo , v e r d e e l a r a n ja . O q u e i jo d e sta lo c a lid a d e é u m a e s p e c ia lid a d e . A p ó s é s ta s o b r e ­m esa v e io a f r u ta e p o r ú lt im o u m c h a ­r u to , ta m b é m h o ­la n d e z , c é le b r e p e la m is tu r a h á b il d e ta b a c o s e x c e le n t e s d a In d o n é s ia e d o u ­tr a s p a r te s .

T u d o is to p o r c e r c a d e 7 f lo r in s ( c e r c a d e 5 8 $ 0 0 ).

F a la n d o d e b e b i d a s . . .E ’ c o s tu m e n o s P a ís e s B a ix o s

to m a r d iv e r s o s « d r in k s » c o m o a p e r it iv o a n te s da p r in c ip a l r e f e i ­ç ã o d o d ia , q u e é jà n o it e . A b e b id a n a c io n a l é a g e n e b r a , e m b o r a a m a io r p a r t e d o s r e s ta u r a n te s e c a fé s te n h a , ta m b é m , u m e s to q u e c o m p le to d a s c h a m a d a s b e b id a s e s t r a n g e ir a s . A g e n e b r a h o la n d e s a , o u « b o is » , c o m o é p o p u la r m e n te d e n o m in a d a , é b a s ta n te io r t e , m as te m d e s e r e x p e r im e n ta d a m a is d e u m a v e z , p o is a o s p o u co s v a i se n d o m a is e m a is a p r e c ia d a , a té se c h e ­g a r à c o n c lu s ã o d e q u e e s te é um « d r in k » q u e r e a lm e n t e a q u e c e o c o r a ç ã o , m e lh o r a o h u m o r e e s t i ­mu l a o a p e t ite , se n d o ta m b é m b a ­ra to .

A in d is c u t ív e l a f ir m a ç ã o f in a l é d e q u e , q u a n d o o tu r is ta v o l ta ao seu p a ís , u m a d a s p r im e ir a s c o is a s q u e d e s e ja e p r o c u r a d iz e r é q u e e m p a r te q u a lq u e r d o M u n d o , j a n ­to u e b e b e u tã o b e m e p o r p re ç o s tã o c o n v id a tiv o s c o m o n a H o la n d a .

O « U I T S M I J T E R » ta m b é m é u m p ra to s i m p l e s n a c io n a l e m u ito p o p u la r . C o m p õ e -s e d e d u as fa t ia s d e p ão c o b e r t a s co m m a n ­te ig a , c o p io s a m e n te a d o r n a d a s de p r e s u n to o u d e c a r n e s a lg a d a e c o r o a d a s d e d o is m a g n íf ic o s o v o s e s tr e la d o s . S a l , p im e n ta , m o s ta r d a e u m a fo lh a d e a lfa c e c o m p le ta m o p r a io .

P r o d u ç õ e s a s t r o n ó m i c a s

NUM PEQUENO PAISO e n s in o a g r íc o la a s s u m iu u m

p a p e l d e ta n ta im p o r tâ n c ia q u e b a s ta d iz e r q u e h á n a H o la n d a 2 22 e s c o la s d e a g r ic u lt u r a e 1 0 9 d e h o r t ic u l t u r a , e s c o la s d e v e rd a d e , q u e fo r m a m a lu n o s a p to s a c o m ­p r e e n d e r a te r r a , a c u l t iv á - la co m a c e r to , a lu ta r c o n t r a as in te m p é ­r ie s , as m o lé s t ia s e o s o b s tá c u lo s d e to d a s as e s p é c ie s .

A lém d is s o , 1 .9 0 2 c u r s o s d e a g r i ­c u ltu r a , h o r t ic u l t u r a e p e c u á r ia e s tã o fr a n q u e a d o s a to d a s a s p e s ­so a s q u e d e s e ja m a p e r fe iç o a r os c o n h e c im e n to s n e s s e s s e c to r e s .

A I lo la n d a e x p o r ta m e ta d e da p ro d u ç ã o a g r íc o la , p e c u á r ia e h o r ­t íc o la , o q u e c o r r e s p o n d e a v á r io s b i l iõ e s d e q u ilo s p o r a n o . E m 1950 a p r o d u ç ã o d e le i te fo i de 5 .7 3 7 .0 0 0 .0 0 0 d e l i t r o s , p a ra u m r e b a n h o d e 2 .7 0 0 .0 0 0 v a c a s , e n tr e as q u a is s e c o n ta v a m 1 .5 2 0 .0 0 0 v a c a s le i te ir a s .

A p ro d u ç ã o d e q u e i jo , n e s s e a n o , a t in g iu o s 127 m ilh õ e s d e q u ilo s e a d e m a n te ig a d e 9 4 m ilh õ e s d e q u ilo s , d o s q u a is fo r a m e x p o r ta d o s , r e s p e c t iv a m e n te , 6 5 e 10 m ilh õ e s d e q u ilo s .

E m a is a lg u n s d a d o s c u r io s o s q u e n o s fa z e m p e n s a r : P o r c o s : 1 .8 6 0 .0 0 ; C a v a lo s 2 5 0 .0 0 ; C a r n e i­ro s 3 9 0 .0 0 0 ; P a to s 5 2 0 .0 0 0 ; G a li­n h a s 2 3 .4 0 0 .0 0 0 ; c a b e ç a s d e g a d o b o v in o 2 .7 2 5 .0 0 0 .

O c u p e i a p a rte d a m a n h ã c o m a v is ita a A m s te rd ã o , c id a d e d e8 0 6 .0 0 0 h a b ita n te s .

O s e s t r a n g e ir o s q u e n u n c a v i ­s ita r a m a H o la n d a s e n te m - s e e x ­ta s ia d o s a n te a v a r ie d a d e d e c o is a s b e la s q u e lh e s é d ad o o b s e r v a r n a c a p ita l .

A q u i a m is tu r a d o m o d e r n o e d o a n tig o é c a r a c t e r ís t ic a e p e r ­m ite q u e se p a sse q u a se se m t r a n ­s iç ã o d o b o r b o r in h o d a « K a lv e r s - t r a a t " , co m a s c a s a s c o m e r c ia is m o d e r n a s e m u ltH ã o e le g a n t e , a o s « g r a ç h ts » (c a n a is ) t r a n q u ilo s , o n d e o s s é c u lo s p a r e c e m h a v e r d e tid o su a m a r c h a .

A s m a r g e n s d e sse s c a n a is , q u e c ru z a m a c id a d e e m to d a s a s d i­r e c ç õ e s , são in v a r iá v e lm e n te p la n ­tad as d e o lm o s . O s b a ir r o s e le ­g a n te s de h o je sã o o s m e s m o s do s é c u lo X V I , s e n d o fr e q u e n te , p o r is s o , e n c o n t r a r - s e c a s a s c o m p a ­r e d e s d e p a in é is b o n ito s e a n tig o s , c o m tr a b a lh o s de ta lh a . O M u se u

O Palácio R eal de Amsterdão

Uma encantadora hospedeira

W il le t é u m p e r fe ito m o d e lo d as v e lh a s ca sa s p a tr íc ia s . O M u se u M u n ic ip a l, q u e o tu r is ta c o m u m fr e q u e n te m e n te p a ssa p o r a lto , p o s s u i, a lé m d e q u a d ro s m o d e r n o s , a lg u m a s sa la s in te r e s s a n t ís s im a s , m o b ila d a s in te ir a m e n te n o s e s t i lo s d o s s é c u lo s X V I I e X V I I I . A m s ­te rd ã o s e m p r e fo i um d o s p r i n c i ­p a is p o r to s d e m a r d o n o r d e s te da E u r o p a .

E n tr e a a r q u it e c tu r a a n t ig a , v i a c a s a d a s c a b e ç a s e s c u lp id a s a c a s a d o s m e d id o re s d e c e r e a is a C a p e la I n ê s , a C a sa d a F a m íl ia T r ip , A s c a s a s d o s t r ê s c a n a is , de P e n h o r e s e d e « L e e u w e m b u r g » , o s P a ç o s d o C o n c e lh o , a U n iv e r ­s id a d e e v e lh o A rs e n a l.

C o m o M u se u s (q u e eu n ã o v i ­s i te i to d o s) o do E s ta d o ( R i jy s - m u s e u m ), o n d e s e e n c o n t r a a c é ­le b r e te la d e R e m b r a n d t , «A R o n d a N o c tu rn a » , a C asa d e R e m b r a n d t , n a Jo d e n b e e s t r a a t 4 - 6 . O g r a n d e a r t is ta a li v iv e u d e 1 6 3 9 a 1 6 4 8 ; o P a lá c io R e a l , o D a m , c o n s t r u íd o em 1648 p o r J a c o b v a n C a m p e n ; o I n s t i tu to d as ín d ia s ,o M u s e u « A lla rd P ie r s o n » , o M u se u M u n i­c i p a l ; o M u se u « W il le m I I o l- th u is e n » , ca s a p a t r íc ia do s é c u lo X V I I , co m lin d ís s im a s p o r c e la n a s , m ó v e is e b ib l io t e c a d e h is tó r ia da a r t e ; M u se u s « F o d o r» , H is tó r ic o e o de « A m s te lk r in g » e o u tr a s g a le ­r ia s d e g r a n d e v a lo r a r t ís t ic o .

i 'm a vez em A m s te rd ã o n ã o se p o d e d e ix a r d e v is i t a r a i l ha d e M a o k e n e V o le n d a m , co m o s seu s t r a jo s lo c a is q u e são tã o p o p u la r e s q u ? o s e s t r a n g e ir o s f r e q u e n t e ­m e n te o s to m a m p e lo s u sa d o s n o r ­m a lm e n te p o r to d o s o s h a b ita n te s d o p a ís , e s q u e c id o s d e q u e ca d a

r e g iã o d a H o la n d a p o ssu i tra jos p r ó p r io s e t íp ic o s . D e v e -s e re c o ­n h e c e r , n ã o o b s ta n te , q u e os de M a rk e n e V o le n d a m o fe re c e m no­tá v e is p a r t ic u la r id a d e s .

A m s te rd ã o é a c a p ita l cerca d a d e á g u a , co m c e r c a d e 4 0 0 p o n tes !

U m p a s s e io a tr a v é s de A m s­te rd ã o te m , ta m b é m , a co m p a n h a ­m e n to m u s ic a l . H á p e lo m enos c in c o tô r r e s o n d e g e r a lm e n te re­p ic a m o s s i n o s . . . c in c o c a rr ilh õ e s , c a d a u m d o s q u a is é tr ic e n te n á r io e o b r a d e u m d o s m a io r e s fa b r i­c a n te s de s in o s d o m u n d o — F ra n ç o is H e m o n y . N as ru a s , os re a le jo s m a g n if ic a m e n te a d o r n a d o s t que sã o e s p e c ia l id a d e h o la n d e s a ’ e que m e d ia n te u m a p e q u e n a re co m ­p e n s a , q u a lq u e r v is i ta n te pode to c a r , g ir a n d o a m a n iv e la .

P a r a o v e rd a d e iro a m a n te da m ú s ic a h á , n a tu r a lm e n t e , o Cou- ce r tg e b o u x v , ou sa lã o de c o n c e r to s , te m p lo d e u m a d as m a is fam osas o r q u e s tr a s d o m u n d o , a o rq u e stra d e C o n e e r tg e b o u w .

P a ra os m a is t r a n q u ilo s h á os p e q u e n o s b a re s o n d e u m p ia n is ta to c a m ú s ic a s u a v e , p a ra s e r v ir de fu n d o à p a le s tr a ou à c o n ta g e m do d in h e ir o . E s s e p ia n is ta to cará q u a lq u e r m ú s ic a q u e s e lh e peça E s s a s d iv e rs õ e s em A m ste rd ã o são u m a r é p lic a d o q u e e x is t e em Haia d u r a n te o v e rã o , e m c u ja estação b a ln e â r ia de S c h e v c n in g e n todos e s s e s d iv e r t im e n to s e o u tro s são p ro p o rc io n a d o s ao v is i ta n te . E seja e m A m s te rd ã o o u em H aia , uma n o ite d e d iv e r t im e n to n ã o é o n e ­r o s a , c o m p a r a n d o -a c o m a m a io ria d o s c e n tr o s e u r o p e u s .

Música alegreA m s te rd ã o n ã o é u n ic a m e n te

u m a c id a d e d e v e lh o s c a n a is em c u ja s m a r g e n s , m a n s õ e s m ed ie v a is tê m u m a a u r é o la d e s o n h o e v elh as to r r e s e sc o a n d o as v o ze s d e um p a ssa d o lo n g ín q u o . É ta m b é m uma c id a d e d e p r a ç a s i lu m in a d a s e de ru a s a le g r e s o n d e « d a n c in g s » , « c a ­b a r e ts » e c a fé s a g r a d á v e is a ce lera m o p u lso e a q u e c e m o s a n g u e . Em a lg u n s lo c a is c u l t iv a -s e a trad ição da v e lh a V ie n a , c o m as v a lsa s de S tra u s< , as c a n ç õ e s v ie n e n s e s e o s v io lin o s c h o r o s o s c o m b in a n d o - - s e p a ra d iv e r t i r o v is i t a n t e Ou. en tã o ,’ s e r ã o h ú n g a r o s o u c ig a n o s co m a su a m ú s ic a q u a s e se lv ag em a r r e b a ta n d o d e a le g r ia e d e e n tu ­s ia sm o .