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M@rés d'Aprender
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Catarina Liberal
Mafalda Pereira
Diogo Soveral
Manuel Pires
Maria Martins
Tomás Carlos
2013/2014
Biologia e Geologia
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Índice
Origem dos Oceanos ----------------------------------------------------------- 3
Formação abiótica dos seres ------------------------------------------------- 4
Diversidade ----------------------------------------------------------------------- 5
Fósseis vivos ---------------------------------------------------------------------- 6
Espécies em vias de extinção ------------------------------------------------- 8
Poluição marinha --------------------------------------------------------------- 11
Utilização humana -------------------------------------------------------------- 12
Bibliografia ----------------------------------------------------------------------- 13
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ORIGEM DOS OCEANOS
Os oceanos são a componente principal da superfície do planeta Terra (71% da
superfície da Terra) e são constituídos essencialmente por água salgada. É por este
motivo que se costuma designar o nosso globo por “planeta Azul”. Mas como se
formaram os oceanos? Para descobrirmos, teremos de recuar cerca de 4,6 biliões de
anos.
De acordo com a Hipótese Nebular, teoria explicativa da origem do Sistema
Solar, existia uma gigante nébula de gases, poeiras e matéria interestelar, enriquecida
com elementos pesados, provenientes do Big Bang, e fria no espaço entre as estrelas da
nossa galáxia. Normalmente, nesse tipo de nuvens há duas forças opostas que se
equilibram: a gravidade, que tende a contraí-las, e a pressão térmica, que tende a
expandi-las. Devido a fenómenos de condensação de matéria, o núcleo da nuvem
começou a aquecer e a rodar, o que a levou a ganhar um centro gravítico. Lentamente,
a nébula começou a arrefecer e a adquirir a forma de um disco achatado em torno de
uma massa de gás densa e luminosa, que seria o Proto-Sol. Este era formado por
partículas da nébula que se aglutinaram no centro. Simultaneamente, os restantes
materiais da nébula começaram a condensar de um modo não uniforme, formando os
planetesimais. Seguidamente, já com o proto-Sol evoluído para Sol, continuou a acreção
destes corpos, originando corpos cada vez maiores – proto-planetas -, cujo interior era
homogéneo e se encontrava fundido.
Posteriormente, o planeta Terra, como os restantes planetas telúricos, sofreu um
processo de diferenciação, em que os elementos foram separados de acordo com as
suas densidades, sendo que os mais pesados como o ferro e o níquel migraram para o
centro da Terra e outros como o hidrogénio, hélio e vapor de água fazem movimentos
em direção à superfície, formando a 1ª atmosfera da Terra (atmosfera redutora), que
não continha oxigénio.
Devido a um arrefecimento do sistema Terra, o magma da superfície
consolidou de forma lenta, formando rochas magmáticas do tipo granitoide. Estas
originaram a crosta terrestre, que no início também constituíam o primeiro
supercontinente. Este arrefecimento levou igualmente à condensação da grande massa
de vapor de água presente na 1ª atmosfera, originando as primeiras chuvas, que
escorreram até zonas mais rebaixadas da crosta, formando os primeiros lagos e mares.
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O aumento do volume de água aconteceu, também, devido ao impacto de meteoros
que transportavam uma enorme quantidade de partículas de água. Formou-se, assim, o
oceano primitivo, no qual as águas eram ácidas, uma vez que na atmosfera outro gás
predominante era o Dióxido de Carbono, e possuíam temperaturas muito elevadas.
Outro elemento existente nesta atmosfera era o Ácido Clorídrico (HCl), que foi a fonte
de Cloro para as águas dos mares, levando a que se tornassem salobras.
Com o passar do tempo, a atividade geológica interna da Terra conduziu a dois
processos: a abertura de riftes, consequência de um período de estiramento crustal, que
levou à fragmentação da crosta terrestre; e a uma posterior reunião devido à
convergência das placas tectónicas. O último supercontinente formado foi a Pangeia,
que era envolvida por um único oceano – a Pantalassa. Devido ao movimento das placas
tectónicas, a Pangeia fragmentou-se, criando fendas, nas quais se intrometeu o oceano,
originando, com o passar do tempo, os oceanos de hoje em dia.
E foram estas condições no oceano que levaram à origem da vida.
FORMAÇÃO ABIÓTICA DOS SERES
Uma das grandes incógnitas da ciência moderna é o problema da origem da
Vida na Terra. Este é de facto um grande mistério pois, dos milhares de planetas já
descobertos, só na Terra é que a vida é conhecida. No entanto, pode-se afirmar sem
margem de dúvida que a vida na Terra terá tido origem nos mares de então.
A atmosfera primordial de então desempenhou um papel importante na
origem da vida na Terra, pois era essencialmente redutora, sendo composta
maioritariamente por metano, amoníaco, vapor de água, sulfato de hidrogénio e dióxido
de carbono, sendo o oxigénio e azoto quase inexistentes.
Estas características únicas permitiram que ocorresse um fenómeno que até
hoje só existe na Terra, a formação de moléculas orgânicas, essenciais na formação de
células. Tanto a atividade elétrica (através dos relâmpagos) como a energia geotermal
são fontes de energia que contribuíram para a formação dos primeiros monómeros.
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De seguida, formaram-se os primeiros polímeros através da junção de
monómeros. Esses polímeros viriam a formar as primeiras células (protobiontes). É este
último passo que os cientistas têm dificuldade em compreender. Como é que moléculas
individuais dão origem a entidades independentes com capacidade de se replicarem?
Uma teoria apresentada é que havia moléculas que possuíam capacidade de se replicar.
Essa capacidade permitiu que a seleção natural pudesse começar a ocorrer, uma vez
que, ao replicarem-se, com relativo sucesso ter-lhes-á sido conferida a capacidade de
transmitir as suas características (hereditariedade). No entanto, consideram-se os
primeiros seres vivos os protobiontes que eram constituídos por uma estrutura esférica
formada por lípidos e com ADN. De seguida, a seleção natural favoreceu as células com
membranas estáveis e elásticas.
No entanto, a maior parte dos seres vivos de hoje é composta por células
eucarióticas, e não por células procarióticas como eram os primeiros seres vivos.
Segundo Lynn Margulis, as células eucarióticas nasceram como comunidades de
organismos em interação, que se uniram numa ordem específica. Os elementos
procarióticos poderiam ter entrado numa célula hospedeira por ingestão. Com o tempo,
os elementos originais teriam desenvolvido uma interação biológica mutualmente
benéfica que mais tarde se tornou numa simbiose obrigatória.
DIVERSIDADE
Milhões de anos após a formação da Terra, no período Câmbrico, deu-se uma
grande explosão de vida, tendo surgido vários grupos biológicos distintos com uma
imensa variedade de características.
De entre a variedade de características observáveis, existem algumas bastante
peculiares tal como a luminescência em seres vivos.
Bioluminescência é a produção e emissão de luz por um organismo vivo. Trata-
-se de uma forma de ocorrência natural de quimioluminescência, em que a energia
resultante de uma reação química é lançada sob a forma de emissão de luz.
A maior parte dos seres luminescentes vive nas profundezas do oceano. Os
peixes abissais são alguns dos seres vivos que habitam essas zonas muito escuras,
chamadas zonas abissais. Estes peixes apresentam características tais como a
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bioluminescência de modo a facilitar a busca de alimentos, a fuga diante do ataque de
predadores e o encontro de parceiros para o acasalamento.
Por fim, temos as esponjas que são os representantes mais primitivos dos
animais invertebrados. Sendo os primeiros da sua linha evolutiva, colonizaram todos os
mares e algumas espécies conquistaram a água doce.
O filo dos espongiários reúne seres de uma baixa complexidade morfológica e
funcional, o que contribui para o seu sucesso evolutivo, sendo que, desde a sua origem,
pouco mudaram na sua maneira de viver. Fazem entrar água no seu corpo, de onde
filtram as partículas alimentares e o oxigénio.
As esponjas são desprovidas de órgãos, de sistema nervoso e hormonal. O seu
corpo é uma parede formada por duas camadas de células: ectoderme, que se encontra
em contacto com o meio exterior, e endoderme, abre-se sobre a cavidade interior.
Estes animais podem recorrer a processos de reprodução assexuada ou
sexuada. Sexuadamente, cada um emite para o meio os seus espermatozóides. Estes
são recolhidos pelas células de outro indivíduo e depositados no seu seio, onde
encontram os óvulos, dando-se então a fecundação. A larva produzida, ciliada, nadará
em busca de um substrato mas a sua esperança de vida é muito reduzida.
As espículas, estruturas que sustentam o animal, são sintetizadas por células
chamadas escleroblastos a partir do calcário ou da sílica existente no meio.
Curiosamente, as esponjas são consideradas fósseis vivos, mas para além
destas existem outros exemplos.
FÓSSEIS VIVOS
"Fósseis vivos" são organismos atuais pertencentes a grupos biológicos que, no
passado geológico da Terra, tiveram maior abundância e diversificação do que o que
acontece na atualidade.
"Fóssil vivo" é uma expressão também frequentemente utilizada
informalmente para designar organismos de grupos biológicos atuais que são
morfologicamente muito similares a organismos dos quais há conhecimento no registo
fóssil.
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Estes seres mantiveram as suas características ao longo do tempo, sendo
excelentes fósseis de fácies já que vivem em ambientes restritos. Há que salientar que
estes indivíduos atuais, estes "fósseis vivos", apesar de muito semelhantes aos seus
parentes conhecidos através do registo fóssil (do Cretácico, no final do Mesozóico, por
exemplo, no caso dos celacantos), não pertencem, exatamente, às mesmas espécies.
Não são, portanto, a mesma entidade biológica.
Um dos exemplos mais conhecidos de "fósseis vivos" são os celacantos
(espécies Latimeria chalumnae e L. menadoensis), um grupo de peixes. Durante
bastante tempo pensou-se que estes peixes, com origem há cerca de 400 milhões de
anos, tinham sido extintos juntamente com os dinossauros no final do período
Cretácico, há 65 milhões de anos. No entanto, em 1938 foi redescoberto junto com
outros peixes, apanhados por um pescador local na África do Sul. Desde então, já foram
observados celacantos no Quénia, Tanzânia, Moçambique e Madagáscar. Curiosamente,
os animais mais próximos taxonomicamente do celacanto, são os tetrápodes
(vertebrados de quatro patas) e os peixes pulmonados. Os celacantos conseguem viver
mais de 100 anos.
As mixinas, também conhecidas como peixes-bruxa ou enguias-de-casulo
(classe Agnatha ou Myxini) são os únicos animais vivos de crânio sem coluna vertebral, o
que leva alguns taxonomistas a hesitar em classificá-las como animais vertebrados. O
seu aspeto e características são tão primitivos quanto os dos seus ancestrais, gravados
em registo fóssil desde há 550 milhões de anos. Como defesa dos predadores as mixinas
possuem glândulas segregadoras de muco em toda a pele e são consideradas uma
ligação evolutiva crucial entre animais vertebrados e invertebrados.
Nautilus é um cefalópode (“parente” das lulas, dos polvos e dos chocos) que
teve origem há 500 milhões de anos atrás, tendo sido contemporâneo de vários animais
pré-históricos como as trilobites ou os dinossauros. Atualmente, os nautilus podem ser
encontrados nas águas do Indo-Pacífico. As seis espécies de nautilus sobreviventes, de
um total de mais de 2.500 espécies identificadas, são praticamente idênticas aos
nautilus das águas de há meio bilião de anos atrás. Recentemente, descobriu-se que os
nautilus têm capacidade de memória longa, apesar de nunca terem evoluído as
estruturas cerebrais necessárias para o efeito.
As língulas estão entre os animais com menos alterações na sua aparência e
existem há mais de 500 milhões de anos (período Câmbrico, muito antes do primeiro
dinossauro pisar a Terra). As conchas apresentam a forma de uma língua (classe
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Lingulata, a palavra latina para “língua”) e possuem um longo pedículo com o qual se
movimentam no solo arenoso.
O caranguejo-ferradura, ou límulo (Limulus polyphemus) está no registo fóssil
do período Ordovício, há cerca de 450 milhões de anos. O seu sangue azul é considerado
uma mais valia na medicina humana para o combate a infeções bacterianas. Na extração
do sangue os animais não são sacrificados, sendo devolvidos à água sem problemas.
Estes caranguejos são também capazes de regenerar membros perdidos, como uma
estrela-do-mar – fragmentação. É o animal vivo mais próximo das trilobites que
podemos observar.
A lula-vampira-do-inferno (Vampyroteuthis infernalis) vive em águas profundas
dos Oceanos Atlântico e Pacífico, sendo o único cefalópode conhecido capaz de viver a
um quilómetro de profundidade. Um fóssil dos meados do período Jurássico, com cerca
de 165 milhões de anos, provou que as lulas-vampiras já existiam claramente nessa
altura. A única diferença entre a lula-vampira do tempo dos dinossauros (Vampyronassa
rhodanica) e a atual, está nas diferentes dimensões dos braços e do manto.
Apesar da diversidade de tartarugas existentes, as tartarugas pouco mudaram
desde o seu aparecimento, há cerca de 220 milhões de anos atrás, no período Triássico.
As tartarugas fazem assim parte de um dos grupos de répteis mais antigos do planeta.
No entanto, este ser encontra-se em vias de extinção.
ESPÉCIES EM VIAS DE EXTINÇÃO
Uma espécie em vias de extinção é uma espécie cuja população está a diminuir. Esta
situação pode ocorrer devido à destruição de habitats, à caça/pesca exagerada, à poluição, ao
aumento da temperatura das águas ou mesmo devido à acidificação das mesmas.
Para avaliar a probabilidade de uma espécie continuar a existir na natureza, há
diferentes fatores a ponderar, como a amplitude da distribuição geográfica da espécie, o nível
de ameaça a que esta está sujeita e a variação do tamanho da sua população.
Existem várias classificações do estado de conservação das espécies de animais e
plantas, mas entre todas a Lista Vermelha da UICN (União Internacional para a Conservação da
Natureza) é a mais conhecida. Para esta avaliação são utilizadas as seguintes categorias:
• Extinta;
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• Extinta na Natureza - existem indivíduos em cativeiro;
• Criticamente ameaçada (num futuro próximo);
• Em perigo;
• Vulnerável (a médio prazo);
• Quase ameaçada;
• Segura.
Dois exemplos integrados na categoria “Criticamente ameaçado” são a tartaruga de
pente e o cachalote.
Cientificamente conhecida como Eretmochelys imbricata (Lineu, 1766) e
tradicionalmente conhecida como tartaruga de escamas, a tartaruga de pente é um animal
marinho que mede entre 80 a 90 centímetros de comprimento.
Alimenta-se de lulas, camarões, anémonas e medusas e tem como habitat natural
recifes de coral tropicais e águas costeiras rasas. Estão distribuídas por uma vasta faixa do globo
terrestre, sendo predominantemente encontradas nos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico. Esta
tartaruga tem duas subespécies, a Eretmochelys imbricata imbricata (do Atlântico) e a
Eretmochelys imbricata bissa (da região Indo-Pacífica).
A tartaruga de pente encontra-se criticamente ameaçada devido à sua caça
indiscriminada. A carapaça da mesma é usada para fins decorativos e, países como a China e o
Japão, servem-se da sua carne para alimentação.
O cachalote, cientificamente conhecido como Physeter catodon (Lineu, 1758) é o
maior cetáceo com dentes atualmente existente na Terra e pode medir até 18 metros de
comprimento.
Uma curiosidade sobre este animal é que a baleia branca do clássico de Herman
Melville,“Moby Dick”, era um cachalote.
O cachalote alimenta-se de várias espécies como potas, polvos, raias mas
principalmente de lulas gigantes. Está distribuído por todos os oceanos mas é mais abundante
entre o Ártico e o Equador. As populações são maiores próximo de plataformas continentais,
provavelmente devido à maior facilidade de encontrar alimento.
Para os cachalotes só existem dois predadores, os seres humanos e as orcas. Grandes
grupos de orcas atacam frequentemente conjuntos de cachalotes fêmeas com as suas crias,
mas nunca cachalotes machos.
Este animal é uma espécie criticamente ameaçada devido, principalmente, ao ser
humano. Apesar de em 1979 a baleação (caça de baleias) ter sido proibida, a ameaça do ser
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humano ao cachalote não desapareceu. A espécie continuou a ser caçada devido à sua carne e
ao espermacete (um óleo que se encontra na cabeça do cachalote usado para inúmeros fins
como, por exemplo, cosméticos e compostos farmacêuticos). Para além da sua caça, o
cachalote sofre outras ameaças devido ao Homem, como colisões com grandes embarcações,
prisão em redes de pesca, ingestão de resíduos sólidos (por exemplo o plástico) e derrames de
hidrocarbonetos, como o petróleo.
Na categoria “ Em perigo” encontramos Balaenoptera musculus (Lineu, 1758), a
baleia azul. É um mamífero marinho capaz de chegar aos 30 metros de comprimento, sendo
por isso conhecido como o maior animal que na atualidade habita na Terra.
Alimentam-se quase exclusivamente de krill (pequenos crustáceos), embora também
possam ingerir lulas e pequenos peixes.
Encontram-se distribuídas por todo o mundo, divididas em agrupamentos e sabe-se
da existência de 4 subespécies diferenciadas pelas zonas que habitam: as que habitam o norte
dos oceanos Pacífico e Atlântico- Balaenoptera musculus musculus-; as que se encontram no
oceano Antártico - Balaenoptera musculus intermédia-; as que vivem predominantemente no
oceano Índico- Balaenoptera musculus brevicauda-; e por fim as que se localizam no sul do
oceano Pacífico- Balaenoptera musculus indica.
As baleias azuis começaram a ser capturadas de modo a substituir a caça de
cachalotes, devido ao facto de estes se encontrarem à beira de extinção. Atualmente, no
entanto, estão ambas as espécies marinhas em vias de desaparecer da Terra.
Por fim, na categoria de “vulnerável” temos o caso do tubarão branco.
Cientificamente conhecido por Carcharodon carcharias (Lineu, 1758), o tubarão
branco é considerado o peixe predador de maiores dimensões do planeta e também o tubarão
mais perigoso do mundo.
Alimenta-se principalmente de focas, leões-marinhos, atuns e pinguins ou outros
animais que habitem em zonas perto da costa.
Este animal vive nas zonas costeiras, onde as águas são menos profundas, pois é
onde se encontra maior quantidade de alimento. Apesar de ter um avançado metabolismo que
lhe permite manter-se mais quente que a água que o rodeia, este não é suficiente para o
permitir povoar zonas extremamente frias como o Ártico e o Antártico. Habita uma vasta zona
do globo: a zona costeira do oceano Pacífico na América do Norte e na América do Sul; alguns
arquipélagos do oceano Pacífico como a Austrália, o Hawai e a Nova Zelândia; o litoral asiático
como o Japão; também é avistado nas ilhas de Cabo Verde e das Canárias e nos mares
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Vermelho e Mediterrâneo. Nestes mares devido à exploração pesqueira e à contaminação das
águas a distribuição desta espécie tem diminuído consideravelmente.
Esta espécie marinha tem como maior inimigo o Homem mas também teme a orca,
tanto que, quando um tubarão deteta a presença de uma orca, abandona de imediato o local.
A Lista Vermelha da IUCN incluiu o tubarão branco como sendo uma espécie
vulnerável devido à sua escassa taxa de reprodução, baixa densidade populacional e baixa
esperança de vida. Claro que o Homem também contribuiu para esta situação com a pesca
desportiva deste animal, incentivada pelo filme “O Tubarão” devido à informação errada que
passa desta espécie.
Por fim, outro dos grandes problemas que potenciou a vulnerabilidade de várias
espécies, incluindo o tubarão branco, foi a poluição, outro erro do Homem.
POLUIÇÃO MARINHA
A poluição marinha é a presença de lixos sólidos e poluentes líquidos nas águas
dos mares e oceanos, sendo fruto da atividade humana. Para além de ser uma das
grandes causas da extinção de espécies tem muitas outras consequências no mar e até
fora dele.
Uma das maiores e mais graves causas de poluição do ambiente marinho são
os petróleos derramados, tanto de cargueiros que o transportam, como de acidentes
em plataformas petrolíferas que se encontrem no mar. Estes petróleos irão misturar-se
no mar, sendo assim impossível retirá-los de lá. Estes derrames põem em perigo todos
os seres que lá habitam, como já foi referido, mas também seres terrestres como as
aves que se alimentam de peixes de água salgada.
Outra grande causa deste enorme problema é todo o lixo que nós, seres
humanos, depositamos diretamente no mar ou mesmo na areia. Infelizmente, muitos
Homens poluem o mar atirando para lá o que parece ser uma simples lata ou pacote de
plástico. Se os seres humanos não se aperceberem deste erro e não corrigirem as suas
ações, chegaremos ao dia em que estaremos a nadar em lixo. No Brasil, das 20 praias
existentes entre a Barra e a zona sul do Rio de Janeiro, 11 são impróprias para banho,
podendo os banhistas dessas praias apanhar hepatite através da água. Pelo contrário,
92% das águas portuguesas são consideradas excelentes.
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A terceira causa a apontar para este modo de destruição antrópica do
ambiente marinho é o lixo que é despejado no mar por fábricas e grandes empresas.
Estas empresas têm resíduos dos quais precisam de se desfazer e, muitas vezes, por ser
mais económico e prático, a sua escolha é o mar. Estas entidades são castigadas mas
apenas com multas que, quando comparadas com o seu orçamento, se resumem a
pequenas migalhas. Algumas empresas chegam mesmo a despejar resíduos nucleares
no mar, pondo em risco não apenas as espécies que o habitam mas todas as existentes.
Estima-se que, em 2050, a população mundial possa vir a aumentar para cerca
de 12 mil milhões de pessoas. Destas, cerca de 60% deverá viver a menos de 60 Km de
distância do mar. As atividades agrícolas e industriais necessárias para sustentar esta
população irão aumentar as já significativas pressões sobre as férteis áreas costeiras.
Será que queremos pôr em risco o nosso futuro e das próximas gerações? Se
não, teremos de mudar o nosso comportamento, pois cada vez mais a poluição infeta
peixes que infetam os seus consumidores e será toda uma cadeia que pode chegar a nós
humanos.
UTILIZAÇÃO HUMANA
Atualmente, conhecem-se vários seres com muita utilidade para o Homem.
Temos o caso das algas vermelhas, pertencentes ao filo Rhodophyta, são assim
conhecidas devido à sua cor. As rodófitas são, em geral, multicelulares e crescem junto a
um substrato. Estas algas possuem nas suas paredes celulares depósitos de carbonato
de cálcio, o que as torna muito resistentes e sem flexibilidade. São muito abundantes e
ecologicamente importantes.
Possuem importância económica, na alimentação ou na produção secundária
de produtos utilizados, principalmente, nas indústrias alimentícia e farmacêutica.
As utilizações podem ser tão variadas como em meios de cultura para
microrganismos, cápsulas, supositórios, anticoagulantes, sabonete, creme para mãos,
substituto da gelatina e na produção de gelados.
Como foi referido anteriormente, as esponjas são animais que têm a
capacidade de filtrar as substâncias e o oxigénio da água que absorvem.
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Por isso, são muito sensíveis à poluição e o estudo da sua diversidade num
dado local é um bom indicador da qualidade das águas.
Para além disso, as esponjas são usadas na produção de esponjas naturais que
têm utilidade ao nível da higiene, da pintura e limpeza. No entanto, a pesca de esponjas
tem diminuído devido ao aumento do fabrico de esponjas sintéticas.
Assim, concluímos que um grande número de espécies marinhas têm
importância para os humanos, sendo necessário não perturbar os seus habitats.
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Documentos consultados
Abiogenesis. (s.d.). Obtido em 8 de abril de 2014, de Wikipédia: http://en.wikipedia.org/wiki/Abiogenesis
Baleia azul. (s.d.). Obtido em 10 de abril de 2014, de Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Baleia-azul
Bioluminescência. (s.d.). Obtido em 7 de abril de 2014, de Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bioluminesc%C3%AAncia
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Fósseis vivos. (s.d.). Obtido em 8 de abril de 2014, de Mundo dos animais: http://www.mundodosanimais.pt/animais-
selvagens/fosseis-vivos/
Fóssil vivo. (s.d.). Obtido em 9 de abril de 2014, de Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3ssil_vivo
Peixes Abissais. (s.d.). Obtido em 7 de abril de 2014, de Not 1: http://not1.xpg.uol.com.br/peixes-abissais-
caracteristicas-e-fotos-vida-em-regioes-profundas/
Porifera. (s.d.). Obtido em 7 de abril de 2014, de Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Porifera
Rhodophyta. (s.d.). Obtido em 7 de abril de 2014, de Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rhodophyta
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pente
The Origin of Life. (s.d.). Obtido em 8 de abril de 2014, de
http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPages/A/AbioticSynthesis.html
Tubarão branco. (s.d.). Obtido em 10 de abril de 2014, de Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o-
branco
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FIM